ediçao nº 1530
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Diario do AlentejoTRANSCRIPT
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Eurico ReisA história deste homemnão dá um fi lme,deu muitos págs. 12/13
SEXTA-FEIRA, 19 AGOSTO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, Nº 1530 (II Série) | Preço: € 0,90
Cultura do Alentejo desperdiçamais de dois milhões de euros
Investigação de José António Cerejo e opinião de Paulo Lima nas páginas 2/3
Direção Regional abandona programa de salvaguarda do património imaterial
Portas de Mértola vão para obras em setembroO projeto de benefi ciação da baixa de Beja, or-çado em mais de 800 mil euros, arranca já no início de setembro. Trata-se de uma obra que prevê zonas de ensombramento, zonas verdes e pontos de água. pág. 5
Caixinha sozinho na corrida pela Coop BejaAntigo vereador comunista da Câmara de Beja encabeça a única lista que se apresenta hoje às eleições para os corpos sociais da Coop Beja. Não deixar cair a cooperativa de consumo é o principal desígnio desta candidatura.pág. 4
“Aldeia da Terra” nasce perto de ArraiolosÉ a “mais nova” das aldeias alentejanas. E é feita de muita imaginação. Uma espécie de “Portugal dos pequenitos” que acaba de nascer em Ilhas, bem às portas de Arraiolos. Sugestão para um agosto sem praia. pág. 16
DR
Direção Re
Desde os anos 1960 que Monte Gordo se transformou no principal destino estival de muitas famílias do Baixo Alentejo. Beja, em agosto, é um perfeito deserto. Embora o seu tecido social não se desmembre por completo: transfere-se é de armas e bagagens para a mais alentejana das praias algarvias. Fotorreportagem de José Serrano, nos areais do sotavento. págs. 12/13
Beja quaseum deserto
e Monte Gordoaqui tão perto
Reportagem
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Na capaPara lá dos sete ou oito milhões que se perderam em diversos
investimentos, perdeu-se uma oportunidade única de
valorizar toda uma região naquilo que tem de mais forte: a sua
identidade. Oportunidade que não voltará a existir”. Paulo Lima
A decisão, que nunca foi assumida publicamente nem tem qualquer despacho a formalizá-la e a justificá-la, foi tomada nos primeiros dias de 2010 pela actual directora
regional, Aurora Carapinha, pouco depois da sua nomeação.O projecto, conhecido pelo nome de Identidades, prendia-se
com a inventariação, valorização, promoção, divulgação e trans-missão de saberes e tradições relacionados com o cante alente-jano, as artes do espectáculo, as práticas alimentares e outros aspectos marcantes da identidade alentejana. Concebido pela Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA), em articula-ção com muitas autarquias e outras entidades, foi objecto de uma candidatura ao Programa Operacional do Alentejo (Inalentejo), financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder), em Junho de 2009.
A proposta contemplava um investimento total de 1.254.480 euros, em 2010 e 2011, dos quais cerca de 878 mil seriam pagos pelo Feder e 376 mil pelo Orçamento do Estado.
Antes da apreciação da candidatura, o Instituto dos Museus e da Conservação, através do director do Departamento do Património Imaterial e da então subdirectora Clara Camacho, emitiu um parecer obrigatório, que representa a posição do Ministério da Cultura, onde se afirma que “o projecto é de grande relevância para o enriquecimento do panorama patrimonial na-cional”. O parecer diz também que a iniciativa “se reveste de grande pertinência patrimonial e relevância técnica e científica” e apresenta um carácter “claramente inovador”, com “possibili-dade de replicação”. Além disso, atesta que “a Direcção Regional de Cultura do Alentejo reúne todos os requisitos técnicos e finan-ceiros indispensáveis à boa prossecução do projecto”.
Previamente à apresentação da candidatura, a Secretaria de Estado da Cultura tinha dado luz verde ao projecto, inscrevendo uma verba de 78.250 euros no plano de investimentos da DRCA para que o trabalho pudesse arrancar ainda em 2009 e compro-metendo-se mesmo, em caso de não aprovação, a assegurar a contrapartida correspondente ao Feder.
Avaliada em profundidade pelos serviços do Inalentejo, a candidatura foi objecto de um parecer favorável, em Dezembro do ano passado, parecer esse que, normalmente, deveria ter sido seguido da sua aprovação formal. No início de Janeiro, porém, a comissão directiva do Inalentejo decidiu suspendê-la, alegando apenas, em acta, que tal se devia “às componentes apresentadas” e ao “elevado montante financeiro associado”. De acordo com a mesma acta, foi deliberado diligenciar junto da DRCA “no sen-tido do agendamento de uma reunião, com vista à solicitação da reformulação da candidatura, por forma a que se possa revestir das condições necessárias à sua aprovação”.
Nos processos arquivados na DRCA e nos serviços do Inalentejo não existe qualquer traço destes contactos, nem dos verdadeiros motivos da suspensão, mas várias fontes ouvidas pelo PÚBLICO garantem que foi a própria Aurora Carapinha, mais ligada às questões do património edificado, quem pediu, informalmente, a paragem do processo.
Já em meados deste ano, a também professora da Universidade de Évora declarou ao PÚBLICO, por escrito, que, “a partir de Dezembro de 2010”, a DRCA analisou o projecto e concluiu “pelo
Abandono dos trabalhos de inventariação custou 92 mil euros em indeminizações
Cultura do Alentejo deixou morrer projecto com 878 mil euros
A Direcção Regional de Cultura do Alentejo
abandonou, no ano passado, um projecto de
salvaguarda do património imaterial e oral
que foi considerado de “grande relevância”
pelo Instituto dos Museus e da Conservação e
que tinha um financiamento europeu de 878
mil euros praticamente garantido.
Texto José António Cerejo
Exclusivo “Público”/”Diário do Alentejo”
Foto José Serrano
cancelamento, uma vez que foram detectadas irregularidades processuais que comprometeriam a comparticipação do Feder”. A decisão de cancelamento, confirmou a directora, não foi ob-jecto de qualquer despacho.
Numa entrevista ao Diário do Alentejo em Junho do ano pas-sado, contudo, Aurora Carapinha afirmara que houve “a neces-sidade de suspender – não de acabar com o projecto, atenção – enquanto não forem encontrados novos caminhos para algumas irregularidades encontradas”.
Sobre a natureza dessas irregularidades, Aurora Carapinha nada disse. Nos processos consultados pelo “Público”, tam-bém nada consta, a não ser uma dúzia de folhas de rascunho existentes na DRCA com uns apontamentos manuscritos, sem data, nem assinatura, que referem falhas de natureza proces-sual na contratação de alguns serviços, em 2009.Quanto ao Inalentejo, um novo parecer de Julho de 2010 confirma que foi o desinteresse da DRCA que motivou a decisão final de “não aprovação” tomada uma semana depois. Diz o documento que, após ser solicitada a “ponderar a reformulação, ou eventual de-sistência da candidatura, considerando o novo contexto (...) de-corrente da mudança de direcção”, a entidade promotora não deu uma “resposta formal”, razão pela qual se propõe a “não-aprovação”.
Logo em Agosto, após ser notificada da decisão do Inalentejo, Aurora Carapinha chamou 11 empresas e particulares a quem a direcção regional já tinha adjudicado o fornecimento de servi-ços relativos ao projecto – desde a digitalização de espólios do-cumentais, à gravação de som e imagem – e propôs-lhes o pa-gamento de indemnizações contra a revogação dos respectivos contratos. No total, foram gastos 91.931 euros em indemnizações a essas entidades, que se juntam aos 78.249 euros anteriormente pagos pelos serviços já realizados.
De acordo com Aurora Carapinha, o valor total das prestações de serviços adjudicadas até então era de 374.288 euros, pelo que, “atendendo às irregularidades presentes no processo, o cancela-mento do projecto foi a decisão mais correcta, uma vez que cor-respondeu a uma economia ao erário público de 204.107 euros [diferença entre o valor contratado e a soma do que foi pago]”.
As nove câmaras municipais do Alentejo e as várias associa-ções e juntas de freguesia com as quais a DRCA tinha celebrado protocolos relativos ao programa Identidades, antes da nomeação da actual directora, nunca receberam qualquer informação sobre o seu cancelamento. “A direcção regional nunca mais disse nada. Parece-me que aquilo morreu na casca”, disse na semana passada o presidente da Câmara de Ourique, Pedro do Carmo (PS).
O mesmo respondeu o autarca de Portel, Norberto Patinho (PS), que não escondeu a sua “frustração” com o abandono do projecto. “A determinado momento, nunca por via oficial, aper-cebemo-nos de que, a nível nacional ou regional, tinha passado a haver uma maior atenção a outros patrimónios, que não o imate-rial, e que o Identidades, em que tínhamos depositado muitas ex-pectativas, não ia por diante”.
Este artigo foi originalmente publicado na edição de 14 de agosto de 2011, do jornal “Público” e respeita a ortografia original.
❝O cancelamento do projecto foi a decisão mais correcta,
levou a uma economia de 204.107 euros”.Aurora Carapinha, diretora da DRCA
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O programa Identidades, que ainda há dois me-ses aparecia em destaque no site do Ministério da Cultura, foi concebido por uma equipa liderada pelo
antropólogo Paulo Lima, da Câmara de Portel, e visava não só a inventariação, como também a salvaguarda e a promo-ção, do património imaterial da região, numa perspectiva de sustentabilidade e criação de riqueza para a região. De acordo com a apresentação que constava do site – que entre-tanto foi retirada –, as acções a desenvolver eram balizadas pelo espírito da convenção da Unesco sobre o património cultural imaterial, sendo, aliás, programadas em articula-ção com a Comissão Nacional da Unesco
Para lá da inventariação, que implicava a recolha, no-meadamente de som e imagem, a sistematização, digi-talização e tratamento de grandes quantidades de in-formação relativa às diferentes manifestações daquele património, o projecto dava uma especial ênfase à sua salvaguarda. Nesta óptica foram celebrados protocolos com numerosas entidades, avultando os que envolveram nove municípios do Alto e Baixo Alentejo. Portel com-prometia-se a desenvolver um projecto dedicado ao tema Território, Paisagem e Identidades, a instalar no extinto Convento de São Paulo; Borba centrar-se-ia no estudo e salvaguarda do teatro tradicional; Ourique trabalharia o tema da viola de arames (viola campaniça); Álcacer do Sal os cantes de improviso; Serpa o cante a vozes, com a criação da Casa do Cante; Arraiolos os têxteis do Alentejo; Beja a história oral do Alentejo; Alandroal a
Festa de Santa Cruz da Aldeia da Venda; e Reguengos a Festa de Santa Cruz e a dança da pinha. Em matéria de salvaguarda, foram também estabelecidos acordos com juntas de freguesias e colectividades locais, e ainda com a Confraria Gastronómica do Alentejo e com a Unione Delle Universitá deI Mediterraneo.
Nos termos da memória descritiva da candidatura apresentada ao programa Inalentejo (ver texto princi-pal), o projecto ia buscar a sua razão de ser à existência no Alentejo de “uma grande presença de manifestações pouco conhecidas ou mal estudadas, mas de grande es-pessura histórica, cuja salvaguarda se torna fundamen-tal, como garantia de continuidade da diversidade cultu-ral e de valorização das identidades”. No caso das Artes do Espectáculo, nas quais os promotores incluíam os di-ferentes tipos de canto coral, o canto de improviso ou o teatro tradicional (nomeadamente os bonecos de Santo Aleixo e os presépios do Norte Alentejano), trata-se de “uma realidade mal conhecida e em risco, não só pela perda de função, mas sobretudo pela falta de valorização e de dignificação”.
Subjacente a toda a estratégia de salvaguarda deste património, os promotores insistiam na sustentabiidade das acções a desenvolver, enquanto “mais-valia para as comunidades, para os grupos e para os indivíduos”, e para o próprio Alentejo, e na inovação tecnológica, no que respeita à valorização, transmissão e divulgação do património.
Transformar a tradição numa riqueza
Programa abarcava nove concelhos diferentes
Uma oportunidade perdida…
Até 2010 coordenei, na Direção Regional de Cultura do Alentejo (Drcalen), o Identidades, programa para a salva-
guarda do património imaterial do Alentejo.O Programa Identidades era dedicado ao
Património Imaterial (PCI) e estruturava-se em torno de ideias como Salvaguarda e Ética.
Este projeto procurava vulgarizar práticas da Unesco e da World Intelectual Property, cons-truindo-se sob uma correta política de salva-guarda (e não de preservação), querendo, tam-bém, proteger os direitos que as comunidades tinham sobre as suas manifestações, valorizando as opções que estas tomavam sobre estes bens.
O projeto nasceu em Portel, em 2005, quando esta autarquia desejou colocar on line um con-junto de espólios de eruditos regionais que possui em depósito.
Como estes se estruturavam em torno do can-cioneiro, considerou-se importante organizar um colóquio internacional sobre o Canto a Vozes, e construir um projeto, a instalar no Convento de São Paulo, criando aqui a Casa do Cante, onde, além de diversos conteúdos, contemplava-se um arquivo etnomusicológico.
O colóquio realizou-se em 2007, e aí foi apre-sentado um plano de intervenção para a salva-guarda do PCI, que tinha como promotor a re-cém-criada Drcalen.
O Identidades partia do conhecimento do ter-ritório, e das suas manifestações, valorizando a criação de uma estrutura em rede, que motivasse o Poder Local, e outras instituições, a formar par-cerias em torno de determinadas expressões. A instalação de uma série de casas fazia parte desta intenção, sustentando-se a escolha dos locais no seguinte: i. a força da manifestação que se queria salvaguardar; ii. a existência de locais patrimo-niais sob gestão da Drcalen; iii. a inexistência de projetos consolidados de gestão cultural.
Para lá da polémica, e das questões pessoais sempre inerentes, importa ressalvar que a atitude de extinguir este projeto traduziu-se em muito mais do que a perda de mais de dois milhões de euros de investimento.
Ao nível da requalificação do património ar-quitetónico abandonaram-se projetos como a Casa Fialho d’Almeida, em Cuba, ou o Convento de São Paulo, em Portel; não se levantou a Casa Manuel Bento, em Ourique, entre muitos outros.
Mas foi essencialmente o Património Imaterial que sofreu.
Não foi possível proceder à candidatura do Identidades às boas práticas da Unesco, e não podemos dar continuidade ao projeto de can-didatura dos diversos cantos a vozes, em espe-cial religiosos, integrando também o canto alen-tejano. Projeto para o qual a Comissão Nacional da Unesco nos tinha desafiado, em 2009, apre-sentado em Serpa, em 2010, num encontro da Associação MODA.
Para lá dos sete ou oito milhões que se perde-ram em diversos investimentos, perdeu-se uma oportunidade única de valorizar toda uma região naquilo que tem de mais forte: a sua identidade. Oportunidade que não voltará a existir.
As razões? Só as posso encontrar na relação entre o centro e periferia: o Alentejo em relação a Lisboa, e todo o Alentejo em relação a Évora.
Mas a mais forte está na visão pobre, que con-sidera que o construído é superior ao imaterial, e que este é “coisa etnográfica”… Esquecendo-se que o mais importante património é aquele que é formado pelas pessoas.
Sem elas não há Paisagem. Há um Mundo desabitado.
Paulo Lima
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Hoje
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Francisco Caixinha candidata-se à li-derança da Coop Beja, numa única lista que se apresenta hoje, sexta-feira, a eleições. A mesa da assembleia é en-cabeçada por Manuel Reis e o conse-lho fiscal por Leopoldo Santos.
Realizam-se hoje, sexta-feira, as elei-ções para os novos corpos sociais da Coop Beja, na sequência do pedido
de demissão do presidente da direção, João Machado, e dos restantes órgãos dirigentes.
Na única lista apresentada aos cooperan-tes, Francisco Caixinha é candidato a pre-sidente da direção e José Filipe Murteira à vice-presidência. Arminda Madeira, Fernanda Martins e Orlando Pereira são candidatos a vogais. Já a mesa da assembleia é encabeçada por Manuel Reis, sendo can-didatos a vice-presidente e a 1.º secretário Valdemar Martins e Vítor Lopes, respetiva-mente. Para a presidência do conselho fiscal a lista propõe Leopoldo Santos e como vo-gais Miguel Quaresma e Afonso Henriques.
Francisco Caixinha, em declarações
Francisco Caixinha é o único candidato
Coop Bejavai hoje a votos
A igreja da Misericórdia do Torrão está aberta ao
público e com visitas guiadas até dia 29. A construção
deste edifício, cujos alçados austeros evidenciam
o seu estilo maneirista, ter-se-á iniciado nos
finais do século XV ou inícios do século XVI.
Igreja da Misericórdia
do Torrão aberta ao público
Polícias nos antigos governos civis
As instalações dos extintos gover-nos civis poderão ser aproveitadas para instalar as forças de segurança
e serviços do Ministério da Administração Interna, como Autoridade Nacional de Proteção Civil e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
O secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D Á́vila, disse que as ins-talações dos extintos governos civis poderão ser aproveitadas para instalar as forças e ser-viços de segurança e para outros serviços do Ministério da Administração Interna.
Filipe Lobo D Á́vila adiantou à Lusa que o Governo está neste momento a prepa-rar um pacote legislativo que vai proceder à “transferência de competências” dos go-vernos civis e vai determinar “um procedi-mento para as questões patrimoniais” e dos respetivos funcionários.
“O compromisso do Governo é que esse diploma esteja em vigor até 15 de outubro. Contamos ter novidades em relação à afe-tação dos imóveis dos governos civis no decurso do mês de setembro”, afirmou o
secretário de Estado.Sublinhou ser intenção do Governo que
as instalações dos extintos governos civis “possam ser aproveitadas” para as forças de segurança e serviços do Ministério da Administração Interna, como Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
O secretário de Estado acrescentou que o SEF já ocupa atualmente instalações dos go-vernos civis, podendo no futuro continuar nesses locais e ganhar mais espaço.
Filipe Lobo D Á́vila disse ainda que o ministério está a fazer um levantamento de todos os arrendamentos e a fazer uma ava-liação daqueles que interessa manter, à se-melhança do que está a ser revisto em ou-tros ministérios.
As associações sindicais da PSP e da GNR, entretanto, congratularam-se com a intenção do Governo em aproveitar ins-talações dos extintos governos civis para instalar as forças de segurança, conside-rando que esta seria uma forma de “poupar dinheiro”.
ao “Diário do Alentejo”, adiantou que são apostas da equipa candidata “continuar a trabalhar para manter a cooperativa”, as-sim como “lançar uma campanha de sen-sibilização junto dos cooperantes para que comprem nas lojas da Coop”. O candidato referiu ainda que a direção “vai fazer um es-forço para que os preços possam ser mais convidativos” e “delinear um plano de via-bilização da própria cooperativa”, que per-mita “reduzir o saldo negativo atual”. Mas para a concretização desta redução, defende Francisco Caixinha, é fundamental “que os trabalhadores se esforcem e trabalhem com a direção”.
Do programa proposto destaque ainda para “a realização de uma campanha de angariação de novos cooperantes e o esta-belecimento de parcerias com estabeleci-mentos de hotelaria e restauração”. O can-didato diz que a equipa candidata pretende ainda “aumentar as vendas no serviço on line” e “diversificar ainda mais a oferta em todas as lojas”, o que “pode permitir mais cooperadores”.
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Candidaturas Abertas De 29 de Agosto a 11 de Novembro de 2011
GAL PRÓ-RURAL
EIXO 3 – DINAMIZAÇÃO DAS ZONAS RURAIS 2º Concurso
3.1 - Diversificação da economia e criação de emprego
3.1.1 - Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola
3.1.2 - Criação e desenvolvimento de microempresas
3.1.3 - Desenvolvimento de actividades turísticas e de lazer
3.2 - Melhoria da qualidade de vida
3.2.1 - Conservação e Valorização do Património Rural
3.2.2 - Serviços básicos para a população rural
Consulte os Avisos de Abertura do Concurso: www.alentejoxxi.pt
Mais informações contacte: 284 318 395
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Arrancam no início de setembro as obras de beneficiação da baixa de Beja (Portas de Mértola), cujo projeto já é conhecido e prevê, entre outras coisas, zonas de ensom-bramento, zonas verdes e pontos de água.
A empreitada do projeto de beneficiação da baixa de Beja (Portas de Mértola) vai começar no início de setembro. A garan-
tia foi deixada pela Câmara Municipal de Beja, que para dar a conhecer o plano de trabalhos e prestar esclarecimentos sobre as medidas toma-das, no sentido de minimizar as consequências das obras, realizou, ontem, uma sessão pública, no edifício dos paços do concelho.
A obra deverá durar um ano e a empreitada (adjudicada ao consórcio Luís Frazão, S. A. – Somafre, S. A pelo valor de 823 001,30 euros +
Obras arrancam em setembro nas Portas de Mértola
Baixa de Beja renovadaIVA) é financiada em 85 por cento por fundos comunitários. A fiscalização, essa, encontra-se a cargo da empresa Enfigesp, Lda.
O projeto de beneficiação da baixa de Beja, que se integra no projeto global de regeneração do centro histórico de Beja, foi elaborado inter-namente por técnicos do município. A requalifi-cação do espaço inclui a criação de zonas de en-sombramento, zonas verdes e pontos de água, bem como a renovação de todas as redes de abas-tecimento e drenagem e a integração de novas re-des, como a de águas pluviais e de gás.
A Câmara Municipal de Beja pretende, assim, “criar melhores condições no espaço em questão, promovendo a atratividade do mesmo”. Outra das intenções da autarquia é “aumentar o conforto de todos os que o utilizam”. A obra ambiciona, ainda, promover o surgimento de novas dinâmicas.
As vindimas arrancaram, ontem, quinta-feira, na região demarcada
de Vidigueira. A apanha começou pelas castas tintas e a Adega
Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito acredita que “a qualidade do
vinho se vai manter”. As uvas brancas deverão começar a ser recolhidas
na próxima semana e a vindima deverá terminar no final de setembro.
Já sevindima
na regiãode Vidigueira
PCP leva Alqueva à Assembleia da República O PCP, a propósito das recentes declarações da ministra da Agricultura, no que diz respeito à conclusão de Alqueva no prazo previsto, e de declarações dos dirigentes distritais de Beja do PS e do PSD, garante que “voltará a levar o projeto de Alqueva à Assembleia da República, nomeadamente através da pro-posta de elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento para a área de influência do empreendimento e da pro-posta de criação de um banco de terras que permita a instalação de novos e jovens agricultores”.
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Arrancou na terça-feira, 16, mais uma edição do programa de
animação de idosos Vamos à Praia, promovido pela Câmara
Municipal de Ferreira do Alentejo em colaboração com as juntas
de freguesias do concelho. O programa tem como objetivo
“promover hábitos de vida saudáveis e dinamizar as rotinas e
relacionamentos dos participantes”. Este ano, à semelhança
do que aconteceu em 2010, o programa vai levar à praia,
para além dos idosos, um grupo de crianças carenciadas do
concelho de Ferreira do Alentejo. As próximas idas à praia estão
agendadas para os dias 31 de agosto e 6, 8, 13 e 15 de setembro.
Câmara de Aljustrel apresenta novos portais e oferece computadores A Câmara Municipal de Aljustrel apresenta hoje, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, nas Oficinas de Formação e Animação Cultural, dois novos por-tais municipais – o site autárquico e o portal do munícipe. Na mesma cerimónia será assinado um protocolo com várias as-sociações, juntas de freguesia, GNR e instituições particulares
de solidariedade social do concelho, que visa “a promoção do acesso às tecnologias da informação e comunicação”, e distri-buídos cerca de 50 computadores e material informático va-riado por estas instituições. O novo site autárquico pretende ser um “postal ilustrado” do concelho. O novo portal do mu-nícipe, “único na região, pretende ser uma extensão virtual da câmara, recorrendo a uma plataforma on line que permite
ao cidadão registar-se, falar on line com o presidente, remeter as suas opiniões sobre o concelho, comunicar à autarquia os seus problemas e posteriormente verificar como estão a ser tratados e reencaminhados”. Será ainda a base para a imple-mentação, num futuro próximo, do balcão único do municí-pio e de todos os restantes serviços on line previstos (SIG, pa-gamentos, entre outros).
Idosos de Ferreira do Alentejo vão à praia
Edifícios já foram entregues a instituições do concelho
Escolas fecham em Beja
EditorialSudoestePaulo Barriga
O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (Pnsacv) é um caso sé-rio. Ou melhor, o que por ali se passa não
tem mesmo gracinha nenhuma, de tão sério e afli-tivo que é. Em nome do suposto interesse nacional, é mais fácil construir um pseudoparque-de-cam-pismo com requintes melomaníacos e faraónicos do que um simples telheiro numa qualquer habita-ção rural. Aliás, viver no campo na área protegida pelo parque natural é um verdadeiro poema de res-trições, proibições, delimitações, inibições e inter-dições. Poema de rima árida. Cuja métrica polis-silábica tudo aguenta menos o bicho Homem. Ser “natural”, em Portugal, é normalmente um exercí-cio de exclusão que roça o fundamentalismo. Tudo é preservável, as praias, as falésias, as ervas, os bi-chos, menos as pessoas. As pessoas de lá, que lá vi-vem, que lá estão no meio das ervas, entre os bichos, perto das falésias, junto às praias. Essas não contam para nada. Fazem parte da rima pobre numa poesia que está talhada para os ricos. Estranha forma de fazer versos, esta, onde o sujeito aparece sistema-ticamente separado do predicado pela vírgula da intransigência. Raramente se ouve alguma voz le-vantar-se contra a agricultura intensiva que, entre Milfontes e Azenha do Mar, esgota definitivamente os solos, contamina irreversivelmente os aquífe-ros, espalha a olhos vistos o seu lixo pelos campos e os seus dejetos pelas praias. Como não ocorrerá a ninguém questionar os responsáveis pelo licen-ciamento simultâneo de três bojudos empreendi-mentos turísticos na malha urbana de Zambujeira do Mar. Sim, lá no mesmíssimo local onde ainda há dias foi retirada a bandeira azul em virtude do de-ficiente funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais. Um equipamento que está pre-parado para tratar despojos produzidos por 13 mil pessoas. Mas que a enchente do Festival Sudoeste fez arriar. É nestas situações que o Parque Natural costuma aparecer com pouca inspiração poética. É por demais evidente que a construção massiva em Porto Covo, Milfontes, Zambujeira ou Odeceixe não apenas descaracteriza por completo estas lin-díssimas e ancestrais aldeias de pescadores, como promove um tipo de turismo que é nefasto para a própria conservação da natureza. Existem muito mais perigos para o meio ambiente na massifica-ção do turismo na nossa sensível zona costeira do que na recons-trução dos montes abandona-dos, ainda que para fins turís-ticos. E é bom não esquecer que as áreas urbanas também fa-zem parte integrante do Pnsacv. E que isso é para levar a sério. E que isso se está a transformar num caso sério.
e o a b e te a ass cassa sensível na recons-bandonaa-
fins turís-quecer que ém fa-do
ra o
O Ministério da Educação divulgou no final da semana passada a lista das 297 escolas do 1.º ciclo do ensino básico no País que não abrem portas em setembro. Segundo a mesma, no Alentejo são cinco: quatro em Beja, cujo encerramento já tinha sido deci-dido, e uma em Redondo.
O Alentejo é a região do País com menos escolas do 1.º ciclo a en-cerrar no próximo ano letivo,
apenas cinco, em Beja (EB números 2, 3, 4 e 5) e em Redondo (EB Santa Susana), sendo a decisão do Governo recebida sem surpresa pelos autarcas locais.
“No Alentejo, nomeadamente no Baixo Alentejo, o reordenamento da rede escolar está em curso há vários anos e, por isso, a situação está estabilizada”, justificou à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Beja, Jorge Pulido Valente (PS).
O Ministério da Educação divulgou no final da semana passada a lista das 297 es-colas do 1.º ciclo do ensino básico no País que não abrem portas em setembro, de entre as quais cinco da Direção Regional de Educação do Alentejo.
Das restantes, 132 pertencem à Direção Regional de Educação do Norte, seguindo--se a do Centro com 85, Lisboa e Vale do Tejo com 68 e o Algarve com sete.
O fecho das quatro escolas no conce-lho de Beja não constitui surpresa para o presidente socialista da câmara munici-pal, que lembrou que a medida “já estava tomada” e que “os alunos foram transferi-dos para novos centros educativos”.
“Não encerram as escolas, porque, ou já estavam fechadas, ou já estava
previsto não reabrirem em setembro. A câmara municipal até já deliberou en-tregar os edifícios a outras instituições”, frisou.
Segundo Pulido Valente, para albergar os alunos destas escolas foram constru-ídos três centros escolares do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, estando o de Santa Maria a funcionar, enquanto o de Mário Beirão e o de Santiago Maior abrem em setembro.
O autarca realçou que, no Alentejo, “a rede escolar está estabilizada”, porque “os municípios foram pró-ativos e avançaram com a construção dos centros educativos, na perspetiva de concentrar os alunos” das escolas mais pequenas.
“Há uma ou outra escola que conti-nuam abertas por estarem requalificadas ou por a deslocação dos alunos para ou-tros estabelecimentos implicar transpor-tes de longa duração, prejudiciais para o rendimento escolar”, disse.
Quanto ao presidente Câmara de Redondo, Alfredo Barroso (indepen-dente), disse à Lusa “compreender e acei-tar” o fecho da escola da aldeia de Santa Susana, naquele concelho.
“Olhando para as condições que po-demos proporcionar” no novo Centro Escolar de Redondo e para “o número de alunos na escola de Santa Susana, mesmo face à distância, acabo por compreender e aceitar” a medida, afirmou.
Os “oito ou nove alunos” de Santa Susana, acrescentou, vão passar a ter au-las no novo Centro Escolar de Redondo, a cerca de uma dezena de quilómetros da aldeia.
“Para os alunos não tenho dúvidas que
é melhor, mas percebo que alguns pais prefiram ter os filhos mais perto de casa, mas isso implica não ter as condições que podemos proporcionar no novo centro es-colar”, argumentou.
Presidente da Câmara de Santiago con-
gratula-se com decisão O presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém considerou, entretanto, que “fo-ram atendidos os argumentos evocados pela manutenção de todas as escolas do 1.º ciclo existentes no município na atu-alidade”. Em comunicado de imprensa, Vítor Proença saudou “as populações e as juntas de freguesia do concelho por esta vitória alcançada” e lembrou que “em Santiago do Cacém chegou a admi-tir-se o encerramento de nove escolas do 1.º ciclo”. “Houve várias movimentações e tomadas de posição da câmara muni-cipal, juntas de freguesia e populações. Realizaram-se vários plenários com a participação de largas centenas de pes-soas. Circulou também um abaixo-as-sinado em defesa da escola pública ru-ral”, disse.
O autarca reafirmou ainda os prin-cípios de defesa dos interesses educacio-nais e pedagógicos dos alunos: “A conti-nuidade da rede de transportes escolares; o fornecimento de refeições quentes; o re-curso às tecnologias de comunicação e ao conhecimento; as condições de segurança dos alunos bem como a profunda ligação à comunidade e a importância que as es-colas rurais revestem no combate à deser-tificação e porque o encerramento de uma escola rural pode resultar na morte anun-ciada de uma aldeia”.
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CAMEIRINHA
Sílvia Ramos, líder distrital do CDS-PP, pediu a demissão
de todos os cargos que ocupava no partido. O anúncio
surge no seguimento de uma reportagem que foi imitada
na SIC, na terça-feira, que deu destaque a uma empresa, a
Megafinance, acusada de burla. Sílvia Ramos colaborou
com a Megafinance e, em declarações à Voz da Planície,
explicou que “alguém de má-fé pretendeu colar o CDS-PP
às notícias que vieram a público” e que, neste sentido,
decidiu abandonar todos os cargos que ocupava no CDS-PP,
porque não quer “manchar a imagem do partido”.
Emmerico Nunes e Casa da Juventude de Sines partilham instalações A Câmara de Sines e o Centro Cultural Emmerico Nunes (CCEN) assinaram um acordo de colaboração relativo à deslocação da Casa da Juventude de Sines para o edifício que o centro ocupa no largo do Muro da Praia. A mudança da Casa da Juventude, atualmente lo-calizada no largo Poeta Bocage, é justificada pelo facto “de
o seu espaço atual se situar no edifício da Câmara Velha, que será requalificado e transformado em instalações definitivas do serviço de música da Escola das Artes de Sines no âmbito do Programa de Acão para a Regeneração Urbana de Sines”. Segundo o acordo, o centro “manterá no edifício a sua sede so-cial, bem como a faculdade de continuar a realizar no mesmo algumas das suas atividades previstas no respetivo plano de
atividades”. A autarquia “instalará no edifício as valências da Casa da Juventude, ocupando os espaços considerados neces-sários para o efeito e, sempre, em cooperação com o CCEN”. Será feito um esforço para “articular a programação da Casa da Juventude com a programação do CCEN, de modo a permi-tir a adequada distribuição dos espaços ocupados face à ativi-dade de cada uma das partes”, diz o acordo.
Sílvia Ramos demitiu-se de
todosos cargos
Portugal e Espanha criam grupo de trabalho
Sines-Europa sobre carris
PUB
A criação de um eixo ferro-viário de mercadorias entre Sines e a fronteira franco-es-panhola foi uma das resolu-ções saídas da reunião en-tre o ministro da Economia, Álvaro Santos e o ministro do Fomento espanhol José Blanco, realizada esta quarta--feira, em Madrid.
Os dois dirigentes anali-saram vários dossiês re-lacionados com ques-
tões transfronteiriças e decidiram criar, nos próximos dias, um grupo de trabalho que impulsione a vontade conjunta de ligar o lito-ral alentejano à Europa através de ferrovia vocacionada para o trans-porte de mercadorias, “uma prio-ridade” para os dois governos, conforme explicou em Madrid
Álvaro Santos Pereira no final do encontro.
Na mesma ocasião, o ministro português, referindo-se à rede de alta velocidade, revelou que o go-verno português tomará uma deci-são sobre o assunto “no mês de se-tembro”, e esta será “articulada com as autoridades espanholas”.
Santos Pereira prestou apenas uma declaração, sem direito a per-guntas, tendo José Blanco perma-necido depois da sala de imprensa para responder aos jornalistas.
Questionado pela Lusa sobre o eventual impacto que uma decisão definitiva de suspensão do TVG por Portugal tenha nas contas do projeto do lado espanhol – dado o envolvi-mento de fundos europeus – Blanco escusou-se a antecipar posições.
“Estão a analisar o projeto. Em nenhum caso disseram que
suspenderiam o projeto, adiam até tomar uma decisão definitiva, que se conhecerá no mês de setembro. Não façamos hipóteses sobre uma deci-são que não conhecemos”, afirmou.
Blanco explicou aos jornalis-tas que Portugal considera não ter, atualmente, “condições financeiras para enfrentar o custo financeiro do projeto tal como está concebido”.
Ainda assim, insistiu, Espanha mantém os seus objetivos no que toca à ligação em alta velocidade entre Madrid e a fronteira com Portugal, numa altura em que to-dos os troços dessa ligação es-tão licitados, adjudicados, em fase de execução ou, em alguns casos, terminados.
“Quero ratificar o compro-misso de Espanha em relação com o AVE Madrid-Extremadura. Continuaremos com a nossa ação e
programação, mas queremos par-tilhar com Portugal os objetivos e desafios que temos como país”, considerou.
“Além disso, eles consideram prioritário, com ou sem alta veloci-dade impulsionar o transporte fer-roviário de mercadorias. Por linhas de alta velocidade em linhas mis-tas ou linhas sem alta velocidade. Para o governo português, para a sua competitividade e o seu desen-volvimento económico é impor-tante dar saída às suas mercado-rias”, considerou.
O governante português expli-cou que ao apostar na ferrovia de mercadorias “as nossas exporta-ções, bem como as plataformas lo-gísticas e portos, tornam-se mais competitivas, mais atrativas na Europa e no mundo e criarão mais riqueza e mais emprego”.
100 mil vão à Feirade Agosto, em Grândola Os Homens da Luta, Expensive
Soul, The Gift, Zeca Sempre e
Tony Carreira são alguns dos
nomes do cartaz musical da Feira
de Agosto, em Grândola, que
espera mais de 100 mil visitantes
entre os próximos dias 24 e 29.
A Feira de Agosto, Turismo e
Ambiente, que os promotores
consideram ser a “maior feira
franca do Alentejo” e uma das
mais importantes do País”, vai
decorrer no Parque de Feiras e
Exposições de Grândola com três
palcos de espetáculos. O certame,
a cargo da câmara municipal,
vai reunir, ao longo de seis dias,
mais de 400 expositores para dar
a conhecer a oferta turística e os
diversos setores económicos da
região, os produtos regionais,
o artesanato e a gastronomia.
À semelhança das duas edições
anteriores, o dia 26 será o Dia do
Emigrante, sendo esperadas mais
de duas centenas de emigrantes e
ex-emigrantes para um convívio.
Opinião
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Em Ilhas, junto a Arraiolos, acaba de nascer a mais recente “localidade” alentejana: a ALDEIA DA TERRA. Um local feito de imaginação e
onde a arte e o sonho imperam. Por estas paragens este é, talvez, o único sítio onde os números dos Censos 2011 são contrariados. Todos os dias crescem novas casas e chegam novos habitantes. Ainda que a brincar. PB
Os violentos acontecimentos em Inglaterra já fizeram correr muita tinta. Temo que a preocupação de tudo querer analisar nos possa fazer passar ao lado do essencial. E o essencial é que em Londres o estado falhou e a sua autoridade democrática sucumbiu. Luís Marques Mendes, “Correio da Manhã”, 15 de agosto de 2011
Non, ou a vã glóriade chatear!Ana Paula Figueira Docente do ensino superior
ÀÀ semelhança de tantos outros, também eu rumei nos últimos dias para terras algarvias para pôr os pezinhos na areia e de-leitar-me com uma das muitas maravilhosas praias que este país nos presenteou. Chegada ao areal, e depois de ter con-seguido uma réstia de espaço para espetar el sombrero e es-
tender a toalha, veio ter comigo uma conversa entre dois vi-zinhos que, sobre cada assunto, apresentavam à disputa – diria até sobranceiramente – um chorrilho de créditos com vista ao reconhecimento mútuo. Às tantas a conversa come-
çou a incomodar-me, levantei--me e fui ao banho; felizmente, quando voltei, eles já lá não es-tavam. Mas ficou o “boneco”, ou seja, o tipo que aquelas duas pessoas representam: indiví-duos que procuram palco, ávi-dos para dizer aos outros que sabem muito de tudo e que são excelentes a todos os níveis; com os quais é impossível con-versar: de tanto precisarem de se ouvir, esquecem-se de dei-xar falar os outros! Irrompem no nosso dia a dia, seja no tra-balho, num vulgar café, (em fé-rias, na praia!) ocupam espaço e tempo… perdido! Por isso, fu-gimos deles (tanto quanto po-demos) da sua melosa e desin-teressante conversa cujo ponto fulcral é, tão-somente… eles próprios! Confirmam o provér-bio francês beaucoup de bruit, peu de fruit e, por isso, Francis Bacon classifica-os como “óti-mos trombeteiros”, com utili-dade política. Duas pequeni-nas ref lexões a propósito: por um lado, apesar de as férias de-verem significar um corte com a rotina para as famílias por-tuguesas, ao invés rimam com frequência com substituição de rotinas; por outro lado, mais uma vez confirmo que é a cul-tura e a formação de um povo que faz a diferença! Por isso e para isso é importante ajudar a formar cidadãos que vejam o mundo não em função de si próprios, mas com base no que
os rodeia; que saibam analisar, fazer comparações e, muito especialmente, consigam traçar o seu próprio caminho, com virtude e solidariedade.
Profissões emergentes Francisco Martins Ramos Antropólogo
Num universo de galopan-tes mudanças sociais, sur-gem novas designações pro-fissionais, validadas ou não pelas entidades competen-tes. Algumas afirmam-se na arena científica, outras sur-gem na opinião pública por força da promoção e propa-ganda, outras ainda procu-
ram espaço por força da imitação de modelos estrangeiros.Mas convém refletir um pouco: Um(a) licenciado(a) em
Sociologia (três anos?), que deveria designar-se por bacha-rel, não é necessariamente um(a) sociólogo(a); nem um ba-charel em Ciência Política é um(a) politólogo(a); um bacharel em Turismo não é automaticamente um(a) técnico(a) supe-rior nessa área. Mas deixemos Bolonha em paz e os eufemis-mos dos graus.
Nos últimos três ou quatro anos, a comunicação social vei-cula profissões até há pouco não nomeadas ou desconhecidas.
Assim, existem duas designações profissionais que in-vadem o nosso quotidiano: O(a) politólogo (a) e o chefe cozi-nheiro (sofisticadamente designado por chef). Por outro lado, indivíduos com formação superior em Turismo começaram a ser designados, nomeadamente no Brasil e em França, por turismólogos(as). Em Portugal, a moda ainda não pegou…
Não sei se a profissão de comentador é assumida por al-guém, mas existem comentado-res que opinam sobre tudo: são os chamados tudólogos, que já foram objeto de crónica ante-rior. Por outro lado, alguns enó-logos e enólogas não serão ape-nas enófilos(as)?
Já existe o personal trainer, de que se evita a tradução, porque a designação inglesa dá estatuto à profissão.
Começam a surgir jorna-listas de investigação e, mais do que isso, indivíduos que se auto-designam por criativos. As deco-radoras de interiores já se afir-maram no mercado português, assim como consultores de imen-sas áreas (credenciados ou não).
Muito brevemente, geron-tólogos(as) invadirão a nossa so-ciedade, dado o crescente en-velhecimento da população portuguesa (e europeia). Mas a maior invasão de novas profis-sões prende-se necessariamente
com ocupações relacionadas com as novas tecnologias (atuais e futuras) que proliferarão em áreas tão diversas como o cibe-respaço, o ambiente, o planeamento urbano e a cultura.
Estas e outras profissões emergentes são a consequência lógica das mudanças sociais que o próprio processo de globali-zação e a investigação científica têm vindo a alimentar.
Para a afirmação de tais atividades laborais, em dedicação exclusiva ou em pluriatividade, torna-se necessária a adequada regulamentação, face à proliferação de tarefas que se cruzam na complexidade dos tempos atuais.
AEC de Música?Francisco Marques Músico
Não tenho dúvidas de que pelo facto de existirem as AEC de Música a situação do ensino da música nas nossas escolas é agora me-lhor do que era há alguns anos atrás. Parece-me que presentemente as nossas crianças já vão tendo uma formação musical mais efe-
tiva e ministrada, na maior parte dos casos, por profissio-nais competentes quer artística, quer pedagogicamente.
Contudo, parece-me uma incongruência que, exis-tindo a Música dentro do currículo, esta seja trabalhada como uma Atividade de Enriquecimento Curricular. Aquele enorme passo de incluir a Música no currículo do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo já foi dado, ou seja, já se
conseguiu que a Música, fa-zendo parte do currículo, te-nha o seu espaço próprio e tenha as suas linhas orienta-doras específicas. O passo se-guinte, que foi formar profis-sionais capazes de trabalhar a música de forma consciente e com a dignidade que esta ex-pressão artística requer por toda a sua especif icidade, também já se deu através dos diversos cursos ministra-dos nas escolas superiores de educação.
Por outro lado, e ainda que pareça contraditório, sou le-vado a pensar que na escola a Música continua a ser uma área subvalorizada e passada para segundo plano. Penso que o facto de se terem criado as AEC de Música, ou seja, de se ter feito da música uma área extracurricular, pode con-tribuir, e o mais certo é que isso aconteça, para que alu-nos e encarregados de educa-ção a vejam como uma área de pouco valor e algo que serve apenas para acrescentar mais
“qualquer coisa” ao currículo. Não podemos esquecer que para o senso comum o que é importante é que os alunos cheguem ao 2.º ciclo a saber ler, escrever e contar, o que não me causa estranheza uma vez que depois de domina-rem estas competências terão o caminho mais facilitado para o domínio de outras. O problema é que o domínio de outras competências, como é o caso de competências re-lacionadas com as artes ou o desporto, também deve ser uma meta a atingir até ao 2.º ciclo.
Em jeito de conclusão, penso que é importante sa-lientar que se deveria criar condições para trabalhar a Música como está prevista no currículo do pré-escolar e do 1.º ciclo, mantendo-a como uma atividade de en-riquecimento curricular apenas até esse objetivo estar alcançado.
Senhores autarcas, senhores dos organismos regionais: haverá algo que os possa ainda moti-var a comemorar com decência este centenário do nascimento de Manuel da Fonseca? Se hou-ver, digam. O tempo urge. Se não houver, paciência. Já estamos habituados à inação de quem nos diz representar. Carlos Júlio, acincotons.blogspot.com, 16 de agosto de 2011
Mais uma vez confirmo que é a cultura e a formação de um povo que faz a diferença! Por isso e para isso é importante ajudar a formar cidadãos que vejam o mundo não em função de si próprios, mas com base no que os rodeia; que saibam analisar, fazer comparações e, muito especialmente, consigam traçar o seu próprio caminho, com virtude e solidariedade.
Estas e outras profissões emergentes são a consequência lógica das mudanças sociais que o próprio processo de globalização e a investigação científica têm vindo a alimentar.
O facto de se terem criado as AEC de música, ou seja, de se ter feito da Música uma área extracurricular, pode contribuir, e o mais certo é que isso aconteça, para que alunos e encarregados de educação a vejam como uma área de pouco valor e algo que serve apenas para acrescentar mais “qualquer coisa” ao currículo.
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O ESTRANHO CASO DA CALÇADA da avenida de Salvada é duplamente lamentável. É triste porque o Estado, e nomeadamente
as autarquias, não pode impunemente continuar a ser mau pagador. E a fazer festas e obras com o dinheiro dos privados. É infeliz porque a atitude do subempreiteiro apenas prejudica quem não merece: a população. PB
Antes mesmo de o ministro da Educação revelar a lista das ESCOLAS PRIMÁRIAS a abater em 2011, já a Câmara de Beja havia destinado
o espaço de quatro antigos estabelecimentos da cidade a instituições do concelho, ao abrigo no normal reordenamento do parque escolar. Nada de novo num ano que se anunciava terrorífico nesta matéria. PB
Início duma ação política mais empenhadade Joaquim Lança no distrito de Beja
Joaquim Lança, nascido em 1895, é uma figura im-portante da direita dos interesses, sendo um dos fundadores da União dos Interesses Económicos,
em 1924. Inicia a sua atividade profissional em Beja, como funcionário da agência local do Banco de Portugal, mas no verão de 1920 encontramo-lo em Setúbal gerindo uma importante fábrica de conservas. Nesta nova ocu-pação, Joaquim Lança é eleito presidente da Associação Comercial e Industrial de Setúbal, vindo, em 22 de feve-reiro de 1922, a ocupar o cargo de presidente da Secção Sindical de Industriais e Fabricantes de Conservas.
Em novembro de 1921 Joaquim Lança adere ao Partido Republicano Liberal, data em que surge como colaborador regular do semanário “O Bejense”, ad-quirindo o estatuto de redator principal a partir do n.º 592 de 1 de julho de 1923, já com o jornal sendo editado como órgão oficial do Partido Republicano Nacionalista.
É, no entanto, em agosto de 1922, com a constitui-ção da sociedade de cereais, Castilho, Gomes e Lança, que Joaquim Lança inicia uma ação política mais em-penhada no distrito de Beja, de que é exemplo a organi-zação, juntamente com Palma Mira, do Congresso do Baixo Alentejo do Partido Liberal (12/08/1922).
Em resultado deste seu empenho político, Lança é eleito procurador à junta geral do distrito de Beja, pelo concelho de Serpa, nas eleições de 15 de novembro de 1922, em representação do Partido Liberal. Mais tarde, com o aparecimento do Partido Nacionalista, integra a comissão que escolhe os delegados do Baixo Alentejo ao 1.º congresso desta formação política, que ocorre, em Lisboa, em março de 1923. Toda esta atividade po-lítica, onde ainda se destaca o papel desempenhado na implantação dos nacionalistas no distrito de Beja, faz de Joaquim Lança o líder ideológico das forças conser-vadoras do Baixo Alentejo nos últimos anos de vida da Primeira República.
A partir de 1924, na qualidade de presidente da Associação Comercial e Industrial de Beja, Joaquim Lança tem um papel de destaque na criação, e posterior funcionamento, da União dos Interesses Económicos, organização constituída por representantes da indústria, comércio e agricultura que tem por objetivo não só a de-fesa destes grupos económicos, mas também uma inter-venção política no país ao serviço destes interesses.
Aquando da escolha dos candidatos a deputados pelo Partido Nacionalista, nas eleições de 8 de novem-bro de 1925, Joaquim Lança entra em litígio com a di-reção desta formação política no distrito de Beja, uma vez que esta não aceita o seu nome e o de Aresta Branco como candidatos. No seguimento desta desavença po-lítica, Lança demite-se do Partido Nacionalista, sendo um dos responsáveis pela desvinculação do Centro Republicano Nacionalista de Beja do partido e a sua transformação em centro republicano conservador au-tónomo, em 3 de novembro de 1825, com a designação de Centro Republicano Dr. António Aresta Branco.
Constantino Piçarra
EfemérideAgosto de 1922
[O governo PSD] contribui para a regressão de uma série de valores que temos tido até há pouco tempo, mesmo que não tenham sido muito cumpridos e que não tenham sido muito aprofundados – que são os valores que eu considero de esquerda, como o estado so-cial. Tem de haver um estado social muito mais eficaz. Irene Flunser Pimentel, ao “Diário de Notícias”, 16 de agosto de 2011
Há 50 anosA Censurasalazaristaexplicadaaos incautos
O “Diário do Alentejo” de 15 de agosto de 1961 abria com uma Nota do Dia em que o vespertino bejense
transcrevia um artigo da “Mais Alto”, jor-nal da Força Aérea Portuguesa, enunciando as regras básicas da Censura salazarista à Imprensa. Censura que, como se sabe, com a PIDE-DGS, a Legião Portuguesa e outras odiosas instituições fascistas, só seria ex-tinta com a Revolução de Abril de 1974.
Considerava o texto transcrito que “Durante bastante tempo, discutiu-se e criticou-se, em Portugal e no estrangeiro, a apertada vigilância que os Serviços de Censura exerciam sobre a Imprensa”. E ex-plicava: “Recentemente, porém, proces-sou-se, na situação de facto pré-existente, uma modificação à qual o ‘Mais Alto’ não quer deixar de referir-se, não só pela valo-rização positiva e imediata que pode ope-rar na Imprensa portuguesa, como pela repercussão que certamente provocará nou-tros países, como ainda pela justiça e honra que se impõe fazer, através da simples pu-blicação do acontecimento, àqueles que o ordenaram”.
Seguia-se, depois, o enunciar das “novas” regras da Censura nos jornais e revistas:
“A partir de agora, todos os actos passa-dos ou presentes da Administração pode-rão ser criticados com total liberdade, desde que não envolvam ataques pessoais; isto é, a Imprensa poderá discordar da maneira como são exercidas certas funções públicas, mas não lhe será permitido, e muito bem, difamar a pessoa que as exerceu ou a ser.
Passa a ser inteiramente livre, também, a transcrição de toda e qualquer notícia vinda do estrangeiro. Apenas se exige, e também aqui muito bem, que, no caso de ela ser ten-denciosa – infelizmente, hoje em dia, é a hi-pótese mais usual – o jornal que a trans-creve publique um comentário no qual, através da mera exposição da verdade dos factos, se denuncie essa tendenciosidade.
Por razões óbvias, continua a ser proi-bida, como aliás sucede em quase todos os países do Mundo, a publicação de no-tícias políticas e militares de carácter reservado.
Deu-se, não há dúvida, uma mutação. E com ela só deve lucrar a Imprensa e, de um modo geral, o País. Esperemos, agora, que os jornais portugueses saibam utilizar, construtivamente e sem medos, o poder-de-ver que lhes foi atribuído”.
Para lembrar aos leitores mais distraí-dos, que também os haveria naquela época, a distância entre as palavras e a realidade, lá figurava na primeira página dessa edi-ção, logo abaixo da Nota do Dia, o aviso de que o jornal era “Visado pela Comissão de Censura”...
Carlos Lopes Pereira
O que defendemos nós?
Francisco Barbosa Velho Münster - Alemanha
Impressionante, julgo eu, é a palavra correta para classificar o desgaste emocional ou intelectual da nossa cultura democrá-tica quando alguém critica outro que nos é simpático!
Será que tais motivos nos proporcionaram, a nós portu-gueses, termos desbaratado enormes potencialidades ao longo dos seculos?
Tentar preservar o culto da cunha, a imagem do chefe, os lóbis, os amigos, sempre foi para muita gente a imagem de marca que suplanta a defesa de instituições ou infraestruturas que servem uma sociedade ou um povo.
Este “dito” vem a propósito do futuro do “Diário do Alentejo”, prestigioso órgão informativo que faz falta e serve a região e não só.
Caiu o carmo e a trindade porque alguém opinou sobre uma personalidade que dizem ser a pureza de sentimentos, a sensibilidade única e a inteligência rara!
A personalidade que está em causa, por motivos atuais, de certo que tem um serviço de assessores que saberão (caso es-teja em causa a imagem do chefe) defendê-lo.
Afinal que cidadãos somos nós? O que defendemos que seja interessante e útil às sociedades?
Por casualidade lembro uma entrevista ou opinião de um técnico agrário dada ao “Diário do Alentejo” há uns 10 ou 12 anos, que entre muita coisa dizia que a agricultura no Alentejo não tinha razão de existir porque não era viável. Isto no auge da destruição de tal riqueza e quase ninguém se levantou a contestar tal afronta. E eu, ao tempo com mais de meio século de vida, ainda pensava que o Alentejo era o celeiro da Nação.
Na edição de 8 de julho do ano que corre, o senhor Rosseau, que já liderou ou ainda lidera as grandes superfícies que con-tribuíram para “matar” o comércio tradicional, entre muitas coisas, diz que o término do pequeno comércio ficou a dever-se aos proprietários não terem visão para o futuro. “Ensinando” ele próprio que caso os pequenos queiram vencer, terão que fa-zer como a Sonae e Jerónimo Martins que já têm projetos de lojas de proximidade.
E esta hein...! Como até à data ainda ninguém apareceu a criticar tão “brilhante” entrevista, sou obrigado a perguntar: o que defendemos nós?
Recordando Vitoriano Raposo
Mário Elias Mértola
Dando sequência à minha contumaz colaboração nas páginas do “Diário do Alentejo” vou hoje fazer numa referência a uma figura singular que se dedicou às letras, mais propriamente dito ao jornalismo, ou seja, Vitoriano Raposo.
Esta personalidade nasceu na freguesia de Santana de Cambas, no concelho de Mértola. Colaborou diversas vezes no “Diário do Alentejo” de parceria comigo, difundiu tam-bém inúmeros artigos no boletim da Câmara Municipal de Mértola.
Vitoriano Raposo era detentor de um estilo probo, impreg-nado de imagens de verdadeiro sentido poético, editando uma pequena novela intitulada “O Homem da Salamandra”. Em síntese presto aqui no “Diário do Alentejo” a minha sentida homenagem tentando libertar do injusto ostracismo em que na verdade se encontra. Faleceu com 37 anos.
Cartas ao diretor
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Além dos reis da Casa d’Avis que atrás menciono vários Braganças vieram também nos últimos tem-
pos fazer visita ao castelo dos barões, e fo-ram D. Pedro V com os irmãos D. Augusto e João, D. Luís sendo já rei, e ultimamente D. Carlos, que todos por estes sítios espairece-ram excursões, merendas ou caçadas. D. Maria II, na sua viagem a Beja, não de-mora em Alvito, visto o legitimismo acen-drado dos marqueses, que só com Pedro V se converteram à causa liberal. A viagem deste príncipe hamlético ficou célebre, e toda a ternura plebeia fundiu suas doçu-ras de cão por junto às plantas do ídolo, que pela primeira vez, depois duma quase invi-sibilidade de três sécu1os, lhe corporizava a ideia religiosa de rei numa diáfana figura de adoles cente alemão, de cabelos doirados e olhos azuis de miosótis. D. Pedro V por estes sítios foi alvo duma quebreira sen-timental em que ainda hoje os velhos fa-lam, insistindo na melancolia poética do pobre moço que merecia as açucenas de Sant’António, e seduzia pela pulcridade es-tranha dos instintos.
Ao tempo a linha férrea do sul só che-gava do Barreiro a Vendas Novas, e esse troço fresco inaugurado servira à via-gem de D. Pedro, que percorreu a cavalo, por étapes marcadas, em ida e volta, toda a charneca dentre Vendas Novas e a Mina de S. Domingos, que era o termo obrigado da jornada. Assim, no próprio dia do de-sembarque em Vendas Novas, o rei, mal-os irmãos, seguiu para Évora, onde estive-ram uns dias; marcharam depois d’Évora à Cuba, onde na igreja lhes foi servido o su-positório obrigado d’um Te-Deum, e esse dia e noite recolheram-se na Quinta dos Barahonas, morga dos do Cebolinho, que D. Maria II fizera viscon des da Esperança.
Camponeses e povoléu miúdo de Cuba e cer canas terras, que tinham vindo de vés-pera, à passagem do rei, acamparam de roda dos muros da quinta, e eram duares imensos de carros e bestiolas, foguetaria e lumes de comezaina, e nas clareiras fecha-das pelos carros, gentuza can tando ao som d’adufes e trebelhos, tanta e tão viva que o mesmo Pedro V, depois de ceia, andou pe-las ranchadas, até tarde, não faltando vi-vório e expansões de cândida borracheira, nem troveiros silvestres que a som de viola lhe soleassem boas vindas.
No dia seguinte, depois d’almoço, a caval gata partiu pela estrada de Beja, atra-vessando as terras do morgado, que iam da Cuba até ali perto da cidade; e aí o Barahona que era ao tempo, um pujante e orgulhoso arador de muitas searas kilométricas, man-dara estender aos dois lados da estrada, em ordem de batalha e coberta de flo res, toda a instrumental da sua casa de lavoira: os ara-dos apeirados nas cangas, as pezadas char-ruas bíblicas de três e quatro juntas, toda a criadagem de couteiros, lavradores, semeões,
Páginas Esquecidas
Fialho d’Almeida: A viagem de D. Pedro V (1837-1861) à vila de Alvito
Nestas coisas tem que haver um líder e Beja não tem um líder! Nunca teve um líder, alguém que esteja próximo dos governantes. Os políticos que temos tido são indivíduos agarrados à Assembleia da República, ao governo ou a um lugar bastante bom e não podem reivindicar. Ou melhor, acham que não podem reivindicar. É por isso que Beja precisava de alguém que não precisasse do ordenado para “bater o pé” e isso não temos. Manuel Figueira, “Correio Alentejo”, 12 de agosto de 2011
D. Pedro V Reprodução da estampa expressamente composta para solenizar o faustoso aia da Sua Aclamação, 16 de Setembro de 1855
man tieiros, escameis, moços de alavão e rou-paria, bem firmes nos seus postos, com seus apetrechos de faina, e logo os rebanhos de lã, que eram profusos, zagaletes, pastores e cães de gado, num formigueiro de pupilas luzen-tes e de cor nos... Esta foi talvez a primeira ideia de cor tejo rural e exposição agrícola su-gerida em terra portuguesa, e curioso seria segui-la evolução mental decorativa, que al-gumas deze nas d’anos deitou de si o tão apre-goado prés tito do centenário camoniano. A multidão que teimava em acompanhar o rei, era tão espessa, que a cavalgata houve de mo-derar o anda mento, para que as mulheres das aldeias e dos montes, que erguiam os filhos pedindo que S. Real Majestade lhes deitasse a bênção, pudessem enlevadas gravar bem a fisionomia triste do príncipe, e a poeira das correrias não sufocasse os jornadeantes, im-pedindo-os de ver a exibição das charruas e dos gados. Pedro V, educado pelo romântico Herculano à moda antiga, consi derava o mis-ter de rei não pelo lado propria mente político e diplomático, como mais tarde seu sobrinho D. Carlos, que disso foi vítima, mas como uma espécie de munificente pastor talhado em patriarca, intervindo pessoalmente nas leis, distribuindo ele mesmo as graças e a jus-tiça: e por isso se com prazia na exibição des-tes demorados convívios populares, donde a sua alma wertheriana sacava a delícia duma espécie d’auto-idolatria cabotina.
À saída das chãs chamadas Os Vales, come çaram a ficar para trás ranchos de fê-meas, e a cavalgata seguiu ainda com guarda de honra de jornaleiros e artífices, que tei-mava em correr às bandas da carreteira. O rei ia na frente, entre os irmãos D. Augusto e D. João; atrás, na comi tiva, seguiam o mar-quês de Ficalho, o marquês d’Alvito e o ver-melhaço D. Carlos de Masca renhas.
Antes de S. Matias, já fora das terras da Esperança, dois rapagões de chapéu na mão, adiantaram-se d’um rancho de jornaleiros e ganhões que ficara retraído, e deslumbrado, ao ver os príncipes. Divisava-se-lhes grande agita ção e como um começo de disputa, pe-los ges tos sacados que faziam. Do monte de ganhões saíam vozes:
– É não ter acanhação, senhor Joaquim!– É falar durrijo, para eles ouvirem bem.E as caras pálidas, os olhos balbucian-
tes, tudo mostrava que alguma coisa grave ia correr. Em resumo. Uma lavradora da Cuba, da família Pêgas Taquenho, no alvo-roço súbito da Majestade lhe passar à porta, acordara rimando éclogas cândidas de hos-sana às excelências de Pedro e dos infan-tes, que fizera aprender a dois filhos já ho-mens Manuel Bonifácio e Joaquim Firmino, os quais, à orla da courela, e sem saber que destino dar aos chapéus e às mãos, faziam--se de mil cores, varados da audácia de ter de as recitar diante do rei.
– Ai que vergonha, ai que vergonha que me dá! dizia um, com o instintivo jeito de se esconder por trás das jornaleiras.
– Não sejas alarve, tornava o outro. Olha o papel! O que há-de dizer depois a nossa mãe...
Os versos armavam uma espécie do diá-logo de pastores, onde um fingia o alvoroço por saber quem fose esse príncipe brilhante como o sol, que despontara na Cuba, e o ou-tro metafo ricamente lhe explicava as origens fabulosas da viagem, e as excelcezas fulgen-tes do herói entre cópia d’alusões mitológi-cas e minusculo rias arcádicas ingénuas, que a boa mulher certo colhera de Rodrigues Lobo ou João Xavier de Matos, nalgum sur-rado tomo de pastorais e ditirambos.
A crónica refere que Joaquim Firmino e Manuel Bonifácio, d’atrapalhados co’a pre-sença do rei, não tiveram saliva avonde para lubrifi car a gorja e dar curso à língua poética materna, e isto por não poderem mexer a própria no paladar resseco da comoção que lhes embargara o nó vital. Também D. Pedro V perdeu uma ocasião única d’inquérito à pulmoeira poética e lírica da Cuba, que me parece não volverá a rimar enquanto a po-pulação não souber ler.
Deixemos o rei em Beja, onde ao pas-sar um arco de triunfo, este abateu, dando--lhe ainda os armatostes do tímpano uma violenta pancada no cavalo; deixemo-lo ir comer a casa do mar quês de Ficalho, em Serpa, o prometido jantar alentejano onde o porco brilhou té sob a fama de feijão com orelheira; deixemo-lo na horro rosa jornada à Mina de S. Domingos, início a sério da ex-ploração mineira em Portugal...
Neste sul de província deserta, comple-tamente fechado ao espírito de crítica, e re-vivendo ainda as crenças lendárias dos sé-culos d’obscurantismo e de servidão, não admira que aos episódios da admiração popular ingénua, se misturem de quando em quando uns, mais grotescos, que os in-fantes só a muito esforço de morder lábios não recebem a francas gargalhadas.
Tal por exemplo a história do Paneirinho de S. Matias... aldeola entre Beja e Cuba, for mada por famílias de ga-nhões das convizinhas grandes lavoiras da planície. Paneirinho era uma espécie d’anão negrusco, d’olho africano e gestos de bichinina, que d’ordinário fazia quar-tel-general em S. Matias, irradiando pelos povos rodeiros, com o macho carregado e a clavina no garroxo, à coca de vender as sa-ragoças e briches que lhe mandava um ir-mão, da Casta nheira.
Com uma imaginação ardorosa, cuja exibência de galas sempre o simplismo rús-tico dos meios d’acção prejudicava, este ho-mem que nalguma rica cidade teria sido um ordenador de cavalgatas históricas, ali, no chavascal da aldeia, apenas achou para mandar ao encontro de D. Pedro V e dos in-fantes, o seu próprio macho das saragoças, albardado de velho e com um lençol que o envolvia desde a cabeça, dei xando avoe-jar os alvejantes fraldões por sob a anca, onde aqui e além luziam mataduras. Ves-tiu a opa melhor, pôs o sombreiro dos do-mingos, broslado, com abas de velódromo, e que um lenço d’Alcobaça resguardava das malandri ces do vento, atado em bar-buqueixo; e com sua espora no calcâneo, o cajado enristado em lança manchega, ei-lo
cavalga dramaticamento o macho, que ao avoejar do lençol produzia a estilização de um corcel de torneio ou quer que o valha.
A pouco trecho topa a régia comitiva, e possesso de jubilo, sem encontrar na lín-gua falada do seu uso exclamações que ex-primam o inex plicável clangor monárquico que o vibra, tira o chapéu e desata a gritar:
– Viva o Santíssimo Sacramento!O rei e os príncipes, desconcertados so-
bre o tipo bizarro que lhes surge, contes-tam com uma reverência às exclamações do Paneirinho, que sem se desguarnecer da filáucia manchega avança para os três e diz assim:
– Qual de Vossa Xúrias, indas que eu mal prégunte, é Vossa Real Maestade?
Mostram-lhe D. Pedro V, e ele, às mesuras:
– Como tem Vossa Real Maestade pas-sado, a senhora rainha, e mais companha?
Responde o rei que bem, e lhe agradece.– Pois eu, diz o Paneirinho, venho por
mandado além dos daquela aldeia, que são uns bru tos, e tiveram vergonha de vir ver o rei do seu país. Uns alarves daqueles! Se em vez dum rei fosse uma pipa de vinho, aposto em como aba lavam todos e nem lá ficavam cegos e entrevados.
Pergunta D. Pedro V se a terra é prós-pera e as colheitas foram fartas.
– Vai-se passando, V. Real Maestade, vai-se passando. O que faz falta é um moi-nho de vento. Para moermos a ceara, temos de levá-la lá fora, ao Guadiana.
– Não será difícil arranjar o moinho, diz o rei.
– Mas em terras baixas o vento é pouco; de sorte que o moinho raro traba-lharia se não construíssem também uma montanha…
Acha D. Pedro a ocorrência pitoresca, mas não é dado aos reis remover assim ter-ras, dum bloco. Se pedissem por exemplo, uma escola pri mária....
– Isso as escolas, contravém escorreito o Paneirinho, servem só para fazer dou-tores e aumentar o descaro dos caloteiros. No dia em que todos soubessem ler teria de lhes baixar o preço das saragoças e dos bri-ches... De sorte que se não puder ser o moi-nho, venha uma lei que torne por exemplo a saragoça obriga tória…
– Vá descansado, diz o monarca sor-rindo, e saúde em meu nome os do seu povo.
– Vou mas é explicar àqueles alarves que o rei não é nenhum papão que meta espanto, e todos os portugueses ganham em ver de perto os príncipes que os mandam. E com isto não enfado, Senhor D. Pedro V; visitas à senhora rainha, e aos meninos – que eu não sei se V. Real Maestade tem borregage…
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Faz o rei que não com a cabeça.– Pois é preciso arranjá-la. Não há
matrimónio feliz sem mulherota pou-pada e calças d’açoites nas petizes. Lá em minha casa tenho dez que não dou vestidos nem calçados; pois se algum dia me faltassem, perderia o único entre timento alegre da vida, que é to-dos os dias zurzir uns três ou quatro.
Esporeou a besta, que num re-poupo deu costas, deflagrando sob os fraldões do lençol, não sei que es-trépitos festivos. E meio voltado na albarda:
– Desculpem Voss’Xúrias esta di-vergência da cavalgadura. Como não está acostumada a ver grandezas...
À volta da excursão, no regresso da mina, D. Pedro V outra vez pernoitou na quinta da Esperança, e na seguinte manhã, primeiro de Novembro, to-mava pela estrada d’Alvito, onde caiu em plena feira de Santos, a das casta-nhas e das nozes, espalhada de roda do castelo. Ao atravessar, inda no termo da Cuba, as herdades do Banahona (José Maria de Barahona Fragoso Cordovil da Gama Lobo), nova exibi-ção de gados, desta vez em máxima afluência: mana das de éguas, boia-das, infinitas cabras e ovelhas, alfeires, varas de porcos, milhares de cabeças com dezenas de guardas negrejando nos valei rões do restolho, em infinitas finsulas moventes.
E outros lavradores vizinhos ti-nham tomado o exemplo do visconde, posto ao comprido da estrada em ban-deletas, riquezas pecuárias que trans-figuram súbito a campina, ocorrendo com as que migravam para a feira, e todas tocando de pastoril relevo a ari-dez já um pouco outonal dos costadoi-ros. O rei viu esse dia um espectáculo a que não estaria acostumado: a en-trada galopante dos gados, sob a po-eira fulva, em pleno charivari da cor-redoira, o zumbido apoplético d’um arraial de rurais em plena verve nó-mada de tráfego: e na apoteose da luz, em pagãs espirais, toda a exaltação do coro pastoril à glória de Pomona e Ceres, deusas tutelares da agricultura. Em Alvito ficou dois dias na câmara que lhe conserva o nome, e permane-cendo alfaiada como de quando a ha-bitara o rei nostálgico, foi muitos anos objecto duma romaria piedosa e en-ternecida; daí se foi a Aguiar, cerca de Viana, onde entrando em casa do pá-roco, quis comer. A estância era mui pobre – queijo de cabra, pão quente, agua mel numa malga ratinha, e al-guns cheirosos peros de Montemor – e não havendo copo, be beu por uma canada de barro, que foi o que o cura achou de melhor na prateleira...
Fialho d’AlmeidaIn Estâncias de Arte e de
Saudade(Ed. Póstuma, 1921, cap. “Em Alvito
– o Castelo”); actualizada a ortografia, manteve-se a pontuação do autor.
Fotorreportagem
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Diz-se de Monte Gordo que é a
única praia do mundo onde os
bejenses conseguem bronzear as
axilas, de tanto acenarem uns para
os outros. Aliás, Monte Gordo
é a verdadeira e única causa da
profunda desertificação que Beja
sofre em agosto. A cidade – tal como
acontece com Serpa ou Cuba –
muda-se de armas e bagagens para
os extensos areais do Sotavento.
Migração estival que acontece
desde os anos 1960, quanto,
precisamente em Monte Gordo,
se experimentou no Algarve o
conceito de turismo em massa. Fotos José Serrano
A exposição ao ar livre “Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista” é o contributo
desta cidade fundada pelo Marquês de Pombal, em plena era das Luzes, para o projeto
da Rede de Museus do Algarve, denominada “Algarve: do reino à região”. A mostra pode
ser visitada na marginal do Guadiana, na rua da Princesa, na praça Marquês de Pombal
,e nos largos António Aleixo e Lutegarda de Caires, durante o mês de agosto.
Urbanismo iluminista
nas ruas de Vila Real
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Série de fotografias obtida com uma máquina de filme muito rudimentar e económica, da marca “Lomo”. Tem a vantagem de resistir à água e à areia sem deixar de funcionar. É verdade que às vezes risca a película e nem sempre foca correta-mente, mas isso são apenas pormenores sem a mínima importância...
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Perfil
Eurico Reis projeta filmes há anos. Há tantos anos que já lhe perdeu a conta. Não
sabe quantas películas lhe passa-ram pelas mãos, porque esse so-matório também há muito que o deixou de fazer. As histórias e as emoções dos filmes interessam- -lhe mais do que os números.
Num dia igual a tantos outros, onde o vento não sopra e o sol não brilha, Eurico Reis abre a porta da sua casa. Começa por mostrar umas fotografias que repousam so-bre uma mesa. As mais gastas pelo tempo exibem-no ainda sem o ca-belo grisalho. As provas estão à vista. É, sem dúvida, o ofício de uma vida.
Eurico Reis, como não poderia deixar de ser, revê-se na história de um filme. “Cinema Paraíso”. A pe-lícula conta a história de um rapa-zinho que, tal como Eurico, se apai-xonou pelos encantos da sétima arte bem cedo. Em “Cinema Paraíso”, “Totó”, personagem principal, em criança, fugia para o cinema, es-preitando as projeções dos filmes. Eurico, com oito ou nove anos, tam-bém era para lá que corria, fazendo companhia ao projecionista. Foi nos bastidores, tal como o ator principal do seu filme de eleição, que Eurico Reis aprendeu a amar o cinema.
“Cinema Paraíso” foi rodado em Itália. O enredo da vida de Eurico Reis, esse, passa-se em Aljustrel.
“Comecei a ir muito cedo para o Cine-oriental, dada a proximidade a que este estava da casa dos meus pais. Sempre me interessei. O se-nhor Francisco Conceição era, na al-tura, o proprietário do cinema e eu mostrava muito interesse, o que o levou a simpatizar comigo. Ajudava no que podia. Ia buscar com um carrinho de mão ou com uma car-reta os filmes à estação de comboios e à rodoviária de Aljustrel. Colava os cartazes das películas em exibição no largo principal. Comecei por fa-zer estas tarefas. Em troca podia as-sistir aos filmes”, conta Eurico, com um sorriso.
O menino que passou a infância com os olhos postos no ecrã de fundo branco fez-se homem. Cresceu em al-tura e consigo cresceram também as
A vida de Eurico Reis é dar filmes aos outros
Cinema paraíso A vida de Eurico Reis, projecionista, poderia dar um filme. Mas o que o mais lhe interessa
é poder projeta-los e mostrá-los às pessoas. Às pessoas que continuam a ir às salas de ci-
nema ou a assistir aos filmes ao ar livre. O homem que cresceu e viveu com os olhos pos-
tos nos ecrãs de fundo branco continua na cabine, agarrado à máquina. Até porque é
aqui que se sente bem, no seu cinema paraíso.
Texto Bruna Soares
responsabilidades. “Quando já tinha uns 18 anos a Lusomundo comprou o cinema de Aljustrel e fiquei à frente da sala. Já estava preparado para as-sumir essa responsabilidade. Depois fui chamado para cumprir o serviço militar e tive de abandonar o cinema. No exército, no entanto, ingressei na especialidade foto-cine – Fotografia e Cinema dos Serviços Cartográficos do Exército. Aprendi inúmeras coi-sas na tropa. Interessei-me muito pela fotografia e comecei a fazer fo-torreportagem. Deixei, nesta altura, um pouco o cinema, mas o bichinho ficou sempre cá”.
Os dias do cinema Eurico Reis é, na verdade, um apaixonado por inú-meras artes. Para além de passar grande parte da sua vida agarrado à máquina de projeção, vendo os fil-mes através da própria cabine, passa
também grande parte do seu tempo a pintar, a fotografar e a fazer seri-grafia. “Sou um interessado pelas artes em geral. É este mundo que me fascina e que me move”.
O cinema, sempre o cinema, po-rém, é o que o ocupa profissional-mente. Atualmente projeta filmes no auditório António Chainho, em Santiago do Cacém. É o homem da máquina de projeção. Conhece-lhe a mecânica, o ouvir do trabalhar. Faz parte de si, até porque o fez sempre.
Eurico, contudo, está cons-ciente do que se passa atualmente no mundo do cinema. “O cinema, ao longo dos tempos, tem tido al-tos e baixos” E, como sabe do que fala, explica: “Quando apareceram as cassetes o cinema ressentiu-se. Muita gente começou a ver os filmes em casa. Depois vieram os DVD e, atualmente, a Internet disponibiliza
todo o tipo de filme. Muitos, inclu-sive, ainda estão em exibição no seu país de origem. A magia do cinema, aquela pela qual se esperava me-ses para se ver o filme mais famoso, perdeu-se”.
Eurico foi desse tempo, do tempo em que se esperava para ir ver o filme ao cinema. “Para as películas chegarem à província era necessário esperar muito. Primeiro rodavam nas grandes salas, que estavam nas grandes cidades. Só passado muito tempo é que chegavam e nesse dia, no dia em que eram exibidos, a sala enchia. O povo vestia-se a rigor e ia ao cinema, que era um ponto de en-contro e de convívio”.
De uma coisa, contudo, Eurico tem certeza. “Quem gosta de ci-nema continua a ir. O ambiente da sala, os sons, a grandeza do ecrã e toda a envolvência são coisas que
não se conseguem reproduzir em casa. Podemos ter um ecrã de topo, com alta definição, que não temos as mesmas sensações de estar a ver o filme no cinema. Essa é a magia que nunca se perderá”.
Eurico continua a promover o ci-nema como pode e tenta levá-lo a to-dos os sítios. Tanto que, há uns anos, adquiriu uma máquina de cinema portátil. “Posso passar cinema em todos os sítios. Basta-me ter uma parede ou uma tela branca”. É o ci-nema na rua, ao ar livre, lembrando as antigas esplanadas.
Em 2000 Eurico avançou para ideia de fazer cinema itinerante. E a sua máquina, de origem chinesa, já correu inúmeros recantos do Alentejo. “Dá-me prazer levar o ci-nema às freguesias mais isoladas. Estive em vários sítios onde as pes-soas nunca tinham visto cinema. Por exemplo, na aldeia de Estrela, no concelho de Moura, a primeira vez que as pessoas viram cinema foi através do meu sistema. Isto são ex-periências e sensações que não se esquecem”.
O cinema ao ar livre, para Eurico Reis, “é muito cativante”. “A má-quina de projeção está no meio das pessoas. As pessoas acompanham todo o processo. Veem os rolos das bobines, as películas, ouvem o ba-rulho da máquina a rodar. É um ci-nema de proximidade. As crianças ficam totalmente encantadas e a sensação é muito boa”.
Mas também o cinema itine-rante já teve melhores dias. “Este ve-rão está muito fraco. As verbas para este tipo de atividades estão reduzi-das e é muito difícil”.
Eurico continua, porém, a meter a máquina a trabalhar. “Pode estra-gar-se por rodar muitos filmes, mas também pode estragar-se por estar demasiado tempo parada”, ironiza.
Passados tantos anos, Eurico Reis continua com os olhos postos no ecrã de fundo branco. Continua a ver mui-tos dos filmes através da cabine e o fu-turo é coisa que não o assusta. E, neste sentido, o cinema digital também não. “Tudo evolui. É o progresso”, consi-dera, até porque, como diz uma das frases mais célebres do mundo do ci-nema (“E tudo o vento levou”), “afinal de contas, amanhã será outro dia!”.
Ajudava no que podia. Ia buscar com um carrinho de mão ou com uma
carreta os filmes à estação de comboios e à rodoviária de Aljustrel.
Colava os cartazes das películas em exibição no largo principal. Comecei
por fazer estas tarefas. Em troca podia assistir aos filmes. Eurico Reis
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Tiago e Magda mantêm a funcionar a Oficina da Terra no
centro histórico de Évora, na travessa do Sertório. Na net, na
página oficinadaterra.com, é possível aceder a mais informação
sobre os artesãos e a sua obra. Também é disponibilizada
uma reportagem televisiva sobre a “Aldeia da Terra”.
A lojaem Évora
e uma página na net
Como ir: Na Estrada Nacional 370, que liga Évora a Arraiolos, nos se-máforos da povoação de Ilhas, vira-se à esquerda para a rua dos Olivais. A partir daí o percurso de cerca 800 metros encontra-se indicado por pla-cas. A entrada é paga: adultos, 5 euros, crianças, 3 euros. Está aberto 365 dias por ano; abre às 9 e fecha às 18 horas.Verão
Horta gigante Um espaço para os gaiatos brincarem A Aldeia As casas crescem como cogumelos
Mãos Moldar um projecto de vida
Há uma povoação no Alentejo apostada em contrariar os nú-meros apurados nos Censos 2011 que revelaram uma inexo-rável desertificação e o dramá-tico envelhecimento do territó-rio. Na “Aldeia da Terra”, em Arraiolos, todos os dias, nas-cem novos habitantes e as ca-sas crescem como cogumelos.
Texto Aníbal Fernandes
Fotos Rute Reimão
Esta história começa há pouco mais de uma década, em 1998, com bonecos de
plasticina e uma pequena men-tira.
Tiago Cabeça, na altura estu-dante universitário e tarefeiro na EDP, gostava de fazer bonecos de plasticina com o sobrinho. Magda Ventura, hoje sua mulher e na al-tura namorada, frequentava uma formação de pintura em olaria tra-dicional, em São Pedro do Corval.
Tiago tinha jeito e muita von-tade de criar peças menos efé-meras. Com a desculpa de que queriam moldar uns cinzeiros, pediram algum barro na olaria. Dessa massa sem vida nasceram estudos anatómicos que origina-ram a sua primeira exposição no Posto de Turismo de Évora.
“À procura de um corpo” era o título da mostra e a venda de todas as peças expostas surpreendeu Tiago e Magda. Seis meses depois
Nas Ilhas, em Arraiolos, dois artesãos fundaram a “Aldeia da Terra”
A mais nova aldeia alentejanateve lugar uma segunda mos-tra, desta vez dedicada à “Paixão de Cristo”, um tema que lhe era muito pedido. Ao contrário das primeiras obras não pintadas, es-tas já contaram com a experiên-cia de Magda no processo criativo: ela é ainda hoje a responsável pela aplicação da cor em tudo o que sai das mãos de Tiago.
Descobriram por esta al-tura, pela voz de um técnico do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), que não fa-ziam bonecos. O que criavam era “artesanato contemporâ-neo” e a Feira Internacional de Lisboa (FIL) era o sítio certo para o mostrar. O resultado foi, logo em 2000, o 1.º Prémio de Artesanato Contemporâneo, galardão recon-quistado nos três anos seguintes.
Ainda a estudar e a trabalhar, resolveram procurar um espaço em Évora para instalar uma ga-leria/oficina. O empréstimo ao banco serviu para recuperar um espaço de 50 metros quadrados na rua do Raimundo que se tornou “logo um sucesso”.
O mesmo não se pode dizer dos cursos universitários que, depois de decidirem dedicar-se a tempo inteiro à nova atividade, “ficaram pendurados até hoje”.
Em 2004, com o nascimento do filho, deixaram de frequentar fei-ras. Ao mesmo tempo resolveram adquirir um terreno em Arraiolos, nas Ilhas. Um espaço com pouco
menos que um hectare onde ha-bitam e onde nasceu a “Aldeia da Terra”.
A ideia deste projeto nasceu por boas e más razões. Por um lado, as exposições que iam realizando – sempre com milhares de visitan-tes – e as solicitações permanentes de escolas para visitas aconse-lhavam a mudança para um es-paço maior; por outro, a “guerra” movida pelos senhorios – que de cinco em cinco anos lhes aumen-tavam as rendas de forma insu-portável – levou-os à solução de uma “exposição a céu aberto” in-tegrando várias valências: oficina, loja, quiosque, workshops e, claro,
a “Aldeia da Terra”.Desde 23 de junho que se pode
visitar, mas as obras nas infraes-truturas ainda estão a decorrer. O investimento previsto é de 200 mil euros e contou com a compar-ticipação de fundos europeus. Não fosse o processo burocrático te-ria arrancado mais cedo, mas este “projeto de vida” tem tido “reações muito boas” o que lhes dá a certeza de estarem no bom caminho.
Os dois meses que levam de ati-vidade provam, para já, que a ideia tem pernas para andar. A média de visitantes é de uma dezena por dia numa altura em que ainda não começou o ano letivo e o estudo
de viabilidade económica diz que com seis entradas por dia o pro-jeto é sustentável.
No dia em que o “Diário do Alentejo” visitou o espaço, Tiago Cabeça estava a ajudar ao parto de um novo habitante. Fazia lembrar o ex-deputado e comentador polí-tico Pacheco Pereira sentado num cadeirão, rodeado de livros que, depois de pintado, irá povoar a Tasca, um dos espaços da aldeia.
A povoação está organizada por ciclos: azeite, pão, vinho, leite, mel, tecelagem e olaria. Existem ainda núcleos temáticos: os mi-litares, o aeroporto, a oficina, a banda, a igreja. Em lugar de des-taque, o “casamento”, uma réplica da peça com que ganharam o pri-meiro prémio nacional, chama a atenção. Os bonecos são como cartoons a três dimensões. No en-tanto, as cenas rurais pretendem ter também uma função etnográ-fica e pedagógica.
Uma horta gigante e um pe-queno zoológico com reprodu-ções em cimento (elefante, girafa, porco, burro) permitem a interati-vidade das crianças com as peças expostas.
Num espaço à sombra, debaixo de quatro oliveiras, tijolos colo-ridos colocados em círculo espe-ram pelas crianças que ali ouvi-rão histórias e comerão os lanches depois de visitarem a única aldeia do Alentejo que, em pleno século XXI, não para de crescer.
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11O estado de crescente de-gradação do tartan da pista de atletismo do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, não permite a re-alização de provas de cariz nacional.
Texto e foto Firmino Paixão
Há três anos ainda se dis-putaram em Beja os Campeonatos Nacionais
da 3.ª Divisão. Nessa altura já o estado de conservação do tar-tan era questionável, mas atual-mente, e segundo declarações do presidente da associação regional da modalidade, António Casaca, ao “Diário do Alentejo”, “não po-dem vir para cá provas nacionais porque face ao estado de degra-dação da pista não há condições para trazer esses atletas”. A im-plantação desta infraestrutura desportiva municipal data de 1999, tendo evoluído do piso de cinza para tartan.
O atual executivo da Câmara Municipal de Beja, pela voz do
Beja sem provas nacionais de atletismo
Era uma vez uma pista de tartan
Pistas de atletismo
na região
BEJA: pista de atletismo Fernando Mamede. Perímetro: 400 m.
Balneários: quatro. Lotação: 1200 lugares. Piso: tartan. Cobertura:
descoberta. Modalidade: especializada. Setor: federado. CASTRO
VERDE: pista simplificada do Estádio Municipal 25 de Abril. Dimensão:
4850 m2. Perímetro: 219 m. Descoberta. Especificações: seis corredores
na reta da meta e quatro no anel. Balneários e eletrificação. Piso tartan,
bancada com 157 lugares. ODEMIRA: pista municipal de Odemira.
Dimensão: 6.930 m2. Perímetro: 400 m. Descoberta. Especificações: seis
corredores na reta da meta e quatro no anel. Balneários e eletrificação.
Piso tartan. Bancada com 1000 lugares.
Desporto
vereador com o pelouro do des-porto, Miguel Góis, diz acompa-nhar esse problema desde o dia em que tomou posse. “Era um dossier que já conhecíamos, uma situação que, inclusive, está mencionada no nosso próprio programa eleitoral e é um problema que está identifi-cado para ser resolvido”, diz o au-tarca, adiantando que a partir do momento em que tomaram posse efetuaram “diligências junto dos gestores dos quadros comunitá-rios e da Federação de Atletismo de Portugal” no sentido de apre-sentarem uma candidatura para financiamento da implantação de um novo tartan mas verificaram que “face aos prazos muito redu-zidos que existiam para efetivação dessa candidatura a mesma não foi aprovada devido a não existir a maturidade do projeto”.
Ora, sendo que o impor-tante é a beneficiação do equi-pamento, o que quererá dizer isto de maturidade do projeto? Miguel Góis explica: “Quer dizer que nós, e quando digo nós re-firo-me à Câmara Municipal de
Beja, nomeadamente quem nos antecedeu, se tivéssemos apre-sentado o projeto mais cedo, por exemplo em 2008, início de 2009, e lançado os procedimentos res-petivos, essa candidatura teria sido aprovada, contudo não foi. Neste momento, como é público, não existem, no âmbito dos qua-dros comunitários, linhas de fi-nanciamento disponíveis para o efeito. Estamos em conversa-ções estreitas com a Federação de Atletismo de Portugal, temos mantido uma atividade bastante efetiva na procura de soluções alternativas, algumas soluções que neste momento estão a ser utilizadas, nomeadamente na Andaluzia, para remodelação deste tipo de pisos”, acrescenta o responsável.
As condições climatéricas da região são, por outro lado, muito agressivas para este tipo de ma-térias, mas diz Miguel Góis afirma: “Quando a obra foi rea-lizada já se sabia que o Alentejo tinha este tipo de clima, as obras fazem-se tendo por base os
pontos fortes e fracos que terão que ser previstos. Existem con-dições de manutenção que têm que ser respeitadas”.
Quantificando o valor do in-vestimento, Miguel Góis revelou: “Temos dois ou três níveis de in-tervenção e de volume financeiro consoante a intervenção a reali-zar. Se falarmos de uma remo-delação completa os montantes rondarão os 500 000 euros, se fa-larmos de níveis diferentes como remodelação parcial ou apenas de alguns melhoramentos falare-mos de valores significativamente mais baixos”.
Perspetivando o momento em que essa intervenção se realizará, o vereador lembrou que “a questão é que não está aberta qualquer linha de financiamento ao nível de espa-ços comunitários ou programas de apoio ao investimento desportivo”: “Temos o projeto pronto a ser sub-metido, quando abrirem essas pos-sibilidades avançaremos”, disse.
Oposição refuta acusações Miguel Ramalho, vereador da oposição e
membro do executivo da CDU, ci-tado por Miguel Góis como res-ponsável pela não apresentação atempada da candidatura do pro-jeto de beneficiação do piso da pista, não deu grande relevância às declarações do atual vereador do desporto, alegando que estas desculpas já se tornaram recor-rentes: “Na altura apresentámos as candidaturas que entende-mos serem oportunas, agora este executivo está na câmara há dois anos e a desculpa para a sua ina-ção é sempre a mesma. Não po-dem desculpar-se eternamente com o passado, porque este exe-cutivo até dispõe de possibilida-des de recurso a financiamen-tos comunitários como nenhum outro teve na câmara de Beja. Em vez de candidatarem as Beja Wine Night e outro tipo de fes-tas façam outras opções que se-guramente serão mais corretas. O melhor é que cumpram as suas responsabilidades e os seus com-promissos para não serem diaria-mente notícia pelos piores moti-vos”, concluiu.
Investimento Remodelação completa da pista de tartan pode rondar os 500 000 euros
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Um fim de semana no ar, na água e em terra
Mértola Radical
Realiza-se no dia 4 de setembro, na praia de Melides, Grândola, o 11.º
Open de Pesca Desportiva de Mar “Praias de Grândola”, competição
organizada pela Associação dos Pescadores Desportivos de Grândola,
que se insere no mês do desporto na Vila Morena. A concentração
da prova está marcada para a 6 e 30 horas, na praia de Melides, e a
prova decorre entre as 8 e as 12 horas. A organização atribui prémios
monetários aos primeiros cinco classificados e troféus até ao vigésimo.
Coletivamente serão premiadas as primeiras três classificadas. Os
prémios serão entregues durante um almoço a realizar nos pavilhões
da Feira de Melides, certame que decorre nesse fim de semana.
11.º Open “Praias
de Grândola”
Mértola Radical e Campus de Jovens reuniram na Vila Museu cerca de 200 participantes en-tre atividades realizadas em Mina de São Domingos, Alcaria Ruiva e rio Guadiana.
Texto e foto Firmino Paixão
Susana Andrade, 31 anos, licen-ciada em engenharia de minas e geo ambiente é, neste mo-
mento, técnica superior de higiene e segurança no trabalho, é natural de Vila Nova de Gaia. Blanca Gómez, 33 anos, oriunda de Espanha, tra-balha como monitora de desporto. Duas jovens que têm em comum o gosto pela aventura, pela descoberta de maravilhas naturais e prática de desportos radicais.
O destino ou essa predestina-ção para o contacto com a natureza juntou-as em Mértola, a descer o rio Guadiana em canoa, uma entre outras atividades que a união en-tre os programas Mértola Radical e Campus de Jovens lhes propor-cionaram. Estas duas jovens são apenas dois exemplos escolhidos aleatoriamente entre os cerca de 200 participantes nas iniciativas promovidas pela câmara da Vila Museu, que incluíram um peddy
paper em Mértola, a descida do rio Guadiana (entre ao canais e o cais da vila) em canoa, jogos aquáticos, orientação noturna em BTT e pain-tball, em Mina de São Domingos, e o 14.º Encontro Internacional de Parapente, Paramotor e Voos Bilugar, que decorreu na serra de Alcaria Ruiva.
A engenheira de minas justificou a sua presença: “Estou a passar uns dias de férias em Castro Verde com uns amigos, estudaram comigo e es-tão cá a trabalhar. Eles tiveram co-nhecimento deste evento e convi-daram-me”. Confessou conhecer pouco de Mértola: “Esta descida do rio Guadiana foi a primeira inicia-tiva do género em que participei, es-tou ansiosa, não conheço a região e tenho alguma curiosidade, acho es-tas iniciativas muito interessantes, é uma forma de divulgar locais que são pouco conhecidos”, disse, reve-lando que vive perto do Douro mas é que a primeira vez que faz cano-agem. “Estou a gostar bastante do Alentejo, vou recomendar a outros amigos”.
A andaluz Blanca, monitora da Associação de Municípios de Beturia, enquadrava os jovens da comunidade no encontro transfron-teiriço mas ela própria disse que é a
primeira vez que visita Mértola e que toma contacto com esta zona do Guadiana: “É muito bonito, es-tou impressionada, já estive lá no cimo da vila e fiz uma gincana foto-gráfica muito bonita”. Quase a en-trar da canoa confirmou: “Vamos descer o Guadiana, vamos molhar o pé, é muito interessante trocarmos experiências, conhecermos estas realidades, através de uma saudá-vel união entre portugueses e espa-nhóis, e espero que seja para conti-nuar, a próxima será no meu país”.
O intercâmbio desportivo Campus de Jovens reuniu 50 par-ticipantes de diversos municípios portugueses e espanhóis, revelou Hugo Felício, técnico superior de desporto da câmara de Mértola, es-pecificando: “É um intercâmbio que faz parte do projeto Turismo Ativo Guadiana (TAG) que envolve vá-rios concelhos do Baixo Guadiana, jovens entre os 16 e os 18 anos, e o objetivo é mostrarmos as potencia-lidades do nosso concelho. Estes jo-vens ficarão a conhecer melhor a nossa região”.
O projeto TAG, explicou, “en-volve os municípios de Mértola, Vi la Rea l, Castro Marim, Mancomunidad Beturia (muni-cípios de El Almod, Cartaya, El
Granado, San Bartolomé de la Torre, Sanlúcar de Guadiana, San Silvestre de Guzman Villablanca e de Villanueva de los Castilejos) e Ayamonte e visa potenciali-zar as relações sociais e cultu-rais transfronteiriças”. Felício adiantou que para além deste Campus de Jovens de Mértola, este ano vão ter outro campus na Mancomunidad Beturia com o objetivo “de promover o conví-vio e a troca de experiencias de prática desportiva”.
Coincidência feliz o Campus de Jovens coincidir com o Mértola Radical? “Todos os anos nós de-senvolvemos esta atividade que é o Mértola Radical e, este ano, sur-gindo a oportunidade de organi-zarmos o Campus de Jovens, tentá-mos fazer coincidir os dois eventos de forma a que os jovens tivessem simultaneamente oportunidade de partilharem todas as atividades,” explicou o técnico, adiantando que Mértola, Alcaria e Mina de São Domingos constituem “um triân-gulo perfeito”, sem deixar de su-blinhar que no concelho existem outros lugares “que não sendo tão conhecidos têm enormes poten-cialidades para receber outro tipo de eventos”.
Intercâmbio Participantes no Campus de Jovens e Mértola Radical desceram o rio Guadiana de canoa
Despertar no Algarve e Castrense em casaJá é conhecido o calendário do
Campeonato Nacional de Iniciados,
época 2011/2012, prova em que a
Associação de Futebol de Beja tem
como representantes o Despertar
Sporting Clube e o Futebol Clube
Castrense. Na primeira jornada,
que terá lugar no dia 4 de setembro,
a equipa bejense desloca-se
ao Algarve para defrontar o
Louletano, enquanto a formação
de Castro Verde vai jogar no seu
campo com o Barreirense. As
duas equipas integram a série F do
campeonato, têm como adversário
outras duas formações alentejanas,
o Lusitano e o Juventude, ambos
de Évora, e jogarão entre si na
9.ª jornada da prova, em casa do
Despertar, em ronda marcada para
o dia 23 de outubro.
Odemirense empatou no EstorilO Odemirense iniciou o
Campeonato Nacional de Juvenis
com um empate a uma bola
no terreno do Estoril Praia.
Um ponto precioso para a
formação do litoral alentejano,
motivador para o confronto
da próxima jornada em que
vai atuar em casa frente ao
Casa Pia. A equipa do litoral
alentejano está a competir na
série D no Nacional de Juniores
B, em conjunto com outras duas
equipas do Alentejo, o União de
Montemor, em representação
da A.F.Évora, e a formação de O
Elvas, filiado na A.F.Portalegre.
Os resultados da ronda inaugural
foram os seguintes: Casa Pia,6-
-União Montemor,0; Estoril
Praia,1-Odemirense,1; Amora,1-
-Olhanense,1; Oeiras,7-O
Elvas,1; Imortal,3-Barreirense,0;
Cova da Piedade,0-Vitória
Setúbal,6. A classificação após
a primeira jornada é a seguinte:
em primeiro: Oeiras, Vitória de
Setúbal, Casa Pia e Imortal, com
3 pontos. Em quinto: Amora,
Estoril, Olhanense e Odemirense,
com 1. Em nono: Barreirense, O
Elvas, Cova da Piedade e União de
Montemor, com zero. No próximo
domingo o Odemirense joga em
casa com o Casa Pia, uma das
equipas que assume o primeiro
lugar da série face ao resultado
volumoso com que venceu o
União de Montemor.
Cruz de João Mendes inaugura polidesportivo de ar livre A Junta de Freguesia de São Francisco da Serra inaugurou o polidesportivo de ar livre da Cruz de João Mendes, no bairro da Esperança. O polidesportivo está apetrechado para várias modalida-des como futsal, ténis, basquetebol e andebol. Funcionará entre as 9 e as 22 horas, mediante inscrições. O mais recente equipamento desportivo do concelho de Santiago do Cacém está
orçado em cerca de 70 mil euros e contou com financiamento do Proder, através da Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejo, de 42 mil euros. A câmara atribuiu um apoio finan-ceiro para os arranjos junto ao polidesportivo de 16 mil euros. A candidatura resulta de uma parceria entre a junta de freguesia, o Grupo Desportivo e Recreativo de São Francisco da Serra e a Associação Jovem de Festas da Cruz de João Mendes.
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A secção de BTT do Grupo Desportivo e Cultural de Mombeja promove no dia 4 de
setembro o VII Passeio de BTT Pelos Trilhos de Mombeja, prova com três níveis
de dificuldade: 20 quilómetros com andamento guiado; 45 e 70 quilómetros em
andamento livre. A prova tem como objetivo complementar ao convívio entre os
participantes a divulgação da freguesia de Mombeja e a promoção da modalidade.
Pelos trilhos
de Mombeja
Já são quatro os jogadores oriun-dos do futebol baixo alentejano que atualmente vestem a cami-
sola da formação do Atlético Sport Clube de Reguengos de Monsaraz, clube que atualmente milita na 2.ª Divisão Nacional.
O êxodo começou com o médio esquerdino João Nabor que antes se notabilizou ao serviço do Desportivo de Beja, tendo representado outros emblemas como o Vasco da Gama de Sines e Despertar. Cobiçado pelo téc-nico Jorge Vicente, que antes tinha orientado o Desportivo, Nabor foi o precursor deste movimento migra-tório que valoriza os futebolistas sul alentejanos através do valor que lhe é reconhecido noutras paragens.
Seguiram-se o avançado Rui Sousa e o defesa Paulo Maurício. O primeiro já com um invejável currí-culo acumulado pelas experiências em Paços de Ferreira, Oliveira do Hospital, Oriental, Pinhalnovense e Aljustrelense; o segundo com longa permanência no Castrense.
Subjugado ao processo evolucionista do futebol, sinto-me, hoje, desarreigado em princípios básicos que criaram outrora raízes profundas neste ilustre torrão lusitano. Reconheço que o tempo não perdoa, tanto mais que a ânsia da vitória é agora encarada com uma dimensão extra que se enquadra em pleno com as mais-valias monetárias entretanto arrecadas. Numa incursão cabimentada na temática trazida à estampa, revejo tempos idos onde figuravam nos clubes nacionais e regionais nomes que o povo conhecia em toda a sua linha. Atualmente essa filosofia está ultrapassada, sendo que alguns dos históricos clubes portugueses (Benfica) já entram em campo com um único jogador (Ruben Amorim) de nacionalidade lusa no 11 inicial. Outros com uma percentagem mínima na equipa principal. Constatado o facto é caso para afirmarmos que a coisa é mesmo para pasmar. Os nomes comuns da ortografia do império que um dia D. Afonso Henriques conquistou com valentia à senhora sua mãe, D. Urraca, na batalha de São Mamede, lá para as bandas de Guimarães, foram agora desvirtuados por exércitos de jogadores de qualidade dúbia, cujos dirigentes pomposamente declaram como craques imutáveis, esquecendo, por outro lado, os fartos dinheiros gastos no setor da formação. Quando interessa proclamam as virtualidades alcançadas pelos jovens atletas, porém, tudo acaba quando em causa colocam virtuais cenários vencedores com o plantel sénior. Constatando esta certeza evidente que se passa no futebol português, ante o estrangeirismo agora visualizado no seu contexto geral, é oportuno lançarmos um sinal de alerta sobre as hesitações que o futuro nos reserva. Oportuna é pois a interrogação: será que vivemos o pesadelo que reflete o finar de velhas tradições? O futebol, ópio do povo, está descontente com a corte de dirigentes que conduziram o jogo para este beco sem saída.
O finar de velhas tradições?José Saúde
Os “emigrantes” do futebol
Quatro bejenses em Reguengos de Monsaraz
O último reforço dos reguen-guenses pescado no distrito de Beja foi o avançado Jorginho, jogador que nas últimas épocas representou o Mineiro Aljustrelense.
E não está na foto, mas chegou há duas épocas a Reguengos, o guarda-redes Carlos Rato, oriundo do Cuba com representações posteriores em Serpa e Lusitano de Évora.
E o que têm todos eles em co-mum? Fizeram o seu percurso for-mativo no Desportivo de Beja, clube que os lançou na ribalta do futebol distrital.
Da Madeira à China, passando pelo Kuwait
Os alentejanos no mundo do futebol
No passado fim de semana disputou-se a primeira jornada da “Liga Zon
Sagres”. Mais uma vez, nenhuma equipa alentejana marca presença no campeonato de futebol mais mediático de Portugal. No en-tanto, se procurarmos bem, en-contramos três bejenses, noutros tantos clubes primodivisionários: Pedro Caixinha, João Aurélio e Tiago Targino.
O treinador da União de Leiria, que cumpre o segundo ano como técnico principal, viu a sua equipa perder os três pontos frente à Académica, depois de estar a ga-nhar ao intervalo (1-2).
Parece que o penoso final de campeonato protagonizado pela equipa de Leiria na última época se está a repetir. Para já, desen-tendimentos entre o clube e o mu-nicípio levaram a equipa para a
localidade vizinha de Marinha Grande, criando, assim, dificul-dades acrescidas aos adeptos que pretendam apoiar a equipa. Se juntarmos a isto as saídas de atle-tas no defeso dá para perceber que Caixinha vai ter muitos proble-mas para “ficar entre os oito pri-meiros”, objetivo traçado para este ano.
Tiago Targino foi titular do Vitória de Guimarães no jogo grande da jornada contra o FC Porto. A partida, mais disputada que a Supertaça da semana an-terior, acabou da mesma forma, com a vitória dos campeões nacio-nais. O jovem bejense foi substitu-ído aos 70 minutos e correm ru-mores de que, até ao fim de agosto, poderá rumar ao estrangeiro.
João Aurélio, que tal como Targino integra as seleções nacio-nais nos escalões jovens, assistiu
do banco ao empate sem golos do Nacional na casa emprestada do Feirense, em Aveiro.
O jovem médio, que está há três anos na Madeira, alinhou em 56 jogos, tendo marcado cinco golos. Na época passada era presença as-sídua no 11 inicial e deu nas vistas nas provas europeias.
Miguel Garcia, que em 2010/11 integrou o plantel do Sporting de Braga, que se classificou em 4.º lugar e disputou a final da Liga Europa frente ao FC Porto, este ano transferiu-se para o Ordusport, da Turquia, onde tem a companhia de outro português, João Ribeiro.
Também emigrado está José Romão, 57 anos, natural de Beja. O consagrado treinador alente-jano foi distinguido com o prémio para o melhor técnico do Kuwait na época passada. Apesar de ter decidido fazer “uma paragem de
seis meses para ref letir” a insis-tência por parte do Al-Arabi le-vou-o, em julho, a aceitar mais um desafio das arábias.
Nelo Vingada, que se sagrou campeão da Coreia do Sul com o FC Seoul, deu um saltinho e pas-sou-se para a China onde tem como tarefa salvar o Dalian Shide, atual 12.º classificado da liga chinesa, a três pontos da despromoção.
Em declarações ao site “Mais Futebol” o treinador serpense re-velou que foram “muito bem rece-bidos” e percebeu “que se trata de um grande clube e de grande pres-tígio”. “Vai ser um desafio muito interessante, as pessoas con-fiam na equipa técnica, existe um grande respeito por nós termos um currículo importante e somos campeões em título na Coreia do Sul, o que tem um grande impacto na China”, acrescentou. AF
Os “emigrantes” do futebol João Nabor, Rui Sousa, Jorginho e Paulo Maurício.
Bairro da Conceição faz captação de iniciados O Centro de Cultura e Desporto do Bairro Nossa Senhora da Conceição vai dar início no próximo dia 23 aos treinos de captação para jovens com idade compreendida entre os 12 e os 14 anos (escalão de iniciados)
tendo em vista a participação no campeonato distrital da Associação de Futebol de Beja, época 2011/2012. Os treinos realizam-se no campo de jogos daquele clube, às terças, quintas e sextas-feiras, a partir das 17 e 30 horas, sob orientação do técnico Pedro Crispim.
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Vitória, vitória conta a tua estóriaVitória, vitória conta a tua estória
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Dica da semanaEsta semana centramo-nos no trabalho do designer e ilustrador Rop van Mierlo, que usa aguarelas para dar vida aos seus personagens. Com uma técnica muito pró-pria de por muita água na cor pretendida, Rop Mierlo cria manchas que servem de corpo aos seus animais, de tal forma que a tinta ao espalhar-se no papel dá a sensação do próprio pelo. Podes ver um pequeno vídeo com mais sugestões.
Ao longo do mês de agosto a Biblioteca Municipal José Saramago, em Odemira, vai promover sessões de
cinema gratuitas dedicadas à população mais jovem do concelho. Todas as quartas-feiras e sábados, a partir
das 15 horas, crianças e jovens e, claro, quem goste de cinema poderá disfrutar de tardes divertidas a ver
e rever alguns êxitos de bilheteira, como “Charlie e a Fábrica de Chocolate”, de Tim Burton, “Megamind”,
de Justin Lin, “As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Caminheiro da Alvorada”, de Michael Apted, e “Gru o
Maldisposto”, de Chris Renaud e Pierre Coffin, entre muitos outros.
Tardes de cinema
em Odemira
Aprende a desenhar passo a passo o Smurf Chefe:
A páginas tantas ...Com a estreia do filme “Os Smurfs”, a ASA editora lançou em julho três livros baseados no filme, Uma Aventura Smurfante!, Fujam, Vem Aí o Gargamel!, Onde é que nós viemos Smurfar?, e a chegar às livrarias estão mais seis títulos que contam a história das pequenas criaturas azuis de Peyo e do temível Gargamel. Peyo é a assinatura com que Pierre Cullifordficou conhecido. Designer e escritor de banda desenhada, celebrizou-se mundialmente por ter criado “Os Smurfs”, inicialmente chamados “Strumfs”. “Os Smurfs” têm as suas raízes na série Johan et Pirlouit, que Peyo publicava nos anos 50 nas páginas do “Journal de Spirou”.
dDiEsta ilustrvida pria dmancformdo prsuge
,em julho três livros os no filme,entura Smurfante!, Fujam, Vem gamel!, Onde é que nós viemos ?, e a chegar às livrarias
mais seis títulos que contam ia das pequenas
as azuis de Peyomível Gargamel. a assinatura comrred
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Fim de semana
Castro Verde continua a celebrar as noites ao relento e recebe, na praça da República, pelas 21 e 30 horas, Sara Gonçalves, “dona de uma voz
inigualável, que traz na alma a paixão do fado e a autenticidade das palavras, intimistas e sentimentalistas”. Neste projeto junta-se aos “Alma”,
cinco músicos de carreira – Carlos Amarelinho (saxofone), Diogo Carvalho (percussão), Laurentiu Simões (violino), Ricardo Carvalho (trompete)
e Rui Martins (guitarra)) –, aliando o tradicionalismo do fado a uma melodia onde imperam novas emoções e sons carregados de destino e
de saudade. Sendo de uma formação invulgar, Sara Gonçalves & os Alma tem merecido os mais rasgados elogios do público e da imprensa.
Noites ao relento em Castro
Verde
Restauração da independência
IV Feira Histórica e Tradicional de Serpa
Uma arruada de tamborileiros pelo burgo seguida do anúncio da leitura de aclamação do duque de Bragança por um mensa-geiro que chega a cavalo, salvas de canhão e concentração dos
populares na praça do Paço marcam o início hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, da quarta edição da Feira Histórica e Tradicional de Serpa, que decorrerá até domingo, 21, no centro histórico da cidade, devidamente decorado ao estilo da época. Uma hora depois terá lugar o cortejo his-tórico para a receção a D. João IV e D. Luísa de Gusmão.
A recriação do quotidiano seiscentista por ocasião da revolta contra a monarquia dos Filipes de Espanha e da aclamação de D. João IV é or-ganizada por um conjunto de entidades, entre elas a câmara municipal e as juntas de freguesia do concelho, associações culturais e desportivas e Viv̀ Arte – Companhia de Teatro.
O programa para este primeiro dia reserva ainda a arregimentação de voluntários para incorporarem “o terço de defesa das Linhas da Raia”, treino de piqueiros e experimentação de armas de fogo (20 horas), dan-ças indianas da corte do Rei de Cochim, vassalo da Coroa portuguesa, treinos de artilharia e anúncio do concurso popular de trova (22 horas), um espetáculo de malabares de fogo no palco da praça do Paço (24 ho-ras) e a passagem dos beleguins, de lampião, pelas ruas e praças man-dando encerrar os festejos no burgo.
Amanhã, sábado, haverá, a partir das 18 horas, entre outras propos-tas, uma arruada de bombos pelas praças do burgo, seguida da leitura do edital anunciando a criação da Guarnição de Serpa leal à Casa de
Bragança, assim como uma desfilada a cavalo pelas ruas de Serpa, de-sembocando na praça do Paço. Para as 20 horas está agendado um tor-neio de armas a cavalo para apuramento de cavaleiros no socorro às pra-ças da fronteira, sob o comando do capitão Matias de Albuquerque. Pela mesma hora partirão as tropas comandadas pelo capitão-mor D. Manuel de Melo para irem acudir a Santo Aleixo. A noite reserva ainda a apre-sentação da embaixada de Macau que vem declarar o seu apoio à Casa de Bragança, com danças e exibições coreográficas de um dragão chi-nês, um espetáculo equestre, danças barrocas, treinos de artilharia, dra-matização de “As Sanzalas do Brasil” e um leilão de um lote de escravos da Guiné.
Os festejos do último dia, domingo, têm início com nova arruada pe-las praças do burgo, pelas 18 horas. O restante programa integra o jul-gamento de dois malfeitores capturados, torneio de armas a cavalo em justa singular pelo desagravo da honra de um dos fidalgos, treinos de ar-tilharia, notícias da guerra na Catalunha e procissão e auto de fé de heré-ticos e de cristãos novos judaizantes. Um espetáculo de fogo de artifício dá por encerrada a feira história e tradicional.
Durante os três dias haverá ainda espaço para uma animação ambu-lante, “A Ralé nas Guerras da Restauração”. Do pregador João à taberneira Maria, passando pelos loucos, proxenetas e outras ralés da época, vários personagens animam a feira, interagindo com o público, “recreando cos-tumes e comportamentos do dia a dia do povo na época da restauração da independência portuguesa”, numa organização da TEN_TART.
Moura recebe danças do mundo A cidade de Salúquia acolhe
desde ontem, quinta-feira, o
Danças do Mundo – Festival
Intercultural da Cidade de
Moura, que se prolongará até
ao próximo dia 23. Em palco
estarão artistas oriundos da
Bielorússia, Polónia, Porto Rico,
Grécia e Arábia Saudita, bem
como grupos de várias regiões de
Portugal, sobretudo do Alentejo,
com destaque para participação
de vários grupos de Moura.
O Festival Danças do Mundo
é uma organização da
Câmara Municipal de Moura
e da cooperativa Comoiprel
e realiza-se no âmbito da
promoção da interculturalidade
que as duas entidades têm vindo
a desenvolver nos últimos anos,
com vista à aproximação entre
os povos. Para hoje, sexta-
feira, segundo dia de festival,
estão agendadas as atuações dos
grupos acordeonistas de Moura
e Radost, da Bielorrússia, pelas
21 e 30 horas, no jardim da
Porta Nova. A noite de amanhã,
sábado, será dedicada à música
tradicional, recebendo a praça
Sacadura Cabral, também a
partir das 21 e 30 horas, os
grupos Terra Nostra, Penedo
Redondo, Gente do Alto Mira,
Musical Amoreirense e Musical
Cantar o Alentejo. Na terça-
-feira, dia 23, as propostas
passam pela atuação dos grupos
de dança Wisla (Polónia),
Danza Cultura (Porto Rico), Al-
rayah (Arábia Aaudita) e Estia
Pieridon Mousson (Grécia)
e ainda da banda do Centro
Recreativo Amadores de Música
Os Leões” (Moura) e dos grupos
Coral Brisas do Guadiana
(Moura) e musical Ardila
(Moura). As atuações terão
lugar na praça Sacadura Cabral,
a partir das 20 e 30 horas.
Helena Félix da Cruz expõe cerâmica Continua patente ao público, na
Biblioteca Municipal Manuel José
“do Tojal”, em Vila Nova de Santo
André, no âmbito da iniciativa
Artistas da Região, uma exposição
de cerâmica da autoria de Helena
Félix da Cruz. A mostra, intitulada
“Bolota”, pode ser vista até ao dia
31. Helena Félix da Cruz nasceu em
Lisboa, em 1979. “Um compasso
significativo da sua infância”, pode
ler-se no folheto que acompanha
a exposição, “ficou marcado pelos
cheiros da terra, pelo manuseio
da realidade campestre no litoral
alentejano”. A atração pela
estética “revela-se desde cedo,
pela sensibilidade e exploração no
domínio da cor, presente em todos
os parâmetros da sua vida e pela
pesquisa de equilíbrios criativos”. O
seu interesse pela cerâmica “segue-se
a um deambular pela tapeçaria”.
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Boa vida
“Distância que nos une”, uma exposição de
fotografia da autoria do artista João Ramos, pode
ser vista até ao dia 2 de setembro na Biblioteca
Municipal José Saramago, em Odemira. Ao longo
de 27 fotografias João Ramos “pretende transmitir
uma distância temporal e afetiva, dispersa, entre
outros significados ao público”. O rio, tema
dominante desta exposição, “é abordado de modo
peculiar em que a presença humana se encontra
omnipresente”, adianta a câmara municipal local.
João Ramos expõe fotografia
na Biblioteca de Odemira
Mostra de artesanato e produtos locais em Santiago do Cacém A Câmara Municipal de Santiago do Cacém promove nos dias 27 de agosto e 24 de setembro (aos sábados) uma mostra de artesanato e produtos locais. A mostra vai decorrer na quinta do Chafariz entre as 9 e as 13 horas e as 14 e as 17 horas. São no total 24 artesãos/produtores que vão passar pelo local na iniciativa “Encontro com a nossa terra”, que se realiza pela primeira vez. Trata-se de mais uma iniciativa da autarquia “para dinamizar os produtos locais e mostrar aos visitantes o que de melhor existe na região”.
Vamos lá saindo Postal do AlgarveManta Rota
Há uma faixa do Sotavento algarvio que frequento há quase meio século. Todos os
verãos. Conheço bem a costa desde Monte Gordo a Tavira mas espe-cialmente a praia da Manta Rota. É com certeza o Algarve mais pobre mas tenho-lhe amizade. Ainda por cima deram-lhe um nome bonito, Ria Formosa.
O mar cor de chumbo é meu ve-lho conhecido. Sempre que me sinto encalmado pego na toalha e vou ao seu encontro. Refresca-me com a generosidade de sempre, ele que às vezes é tão maltratado pelos despe-jos que lhe fazem, talvez por ser tão manso.
A areia finíssima e dourada da praia não me interessa, atravesso--a com a indiferença de um drome-dário que pisa areia todos os dias. Entretanto, como em fornalha de Belzebu, nela torram ao sol os cor-pos de muitos apaniguados, a maio-ria senhoras, em prolongadas curas de embelezamento. Quantas vezes recordo por antinomia as mulheres ceifeiras da minha infância que sob o sol em brasa só deixavam os olhos à vista porque os não podiam tapar!
Parece que o nome da praia terá vindo desses tempos em que o sol
metia respeito a toda a gente. É que não havendo os toldos de hoje, os banhistas se abrigavam da torreira com o que tinham à mão, as mantas mais velhas, com certeza rotas do uso, sustidas por meia dúzia de ca-nas espetadas na areia.
Na praia da Manta Rota se refu-giavam os alentejanos que não se queriam expor nas esplanadas de ostentação de Monte Gordo, fugindo ao convívio dos conhecidos que ine-vitavelmente repetiam as conversas que nas terras de origem tiveram todo o ano. Por isso aqui há menos alentejanos. Desse grupo mais res-trito faço eu parte, talvez um atípico banhista, mas resistente.
O mar e a areia são hoje os mes-mos mas a envolvência da praia com equipamentos e serviços está muito diferente, para melhor. Obra feita em dois ou três anos. Coisa de espantar para o nosso país e para o Algarve pobre onde o progresso anda a passo de caracol.
Na tentativa de salvar a duna os responsáveis vedaram-na, cons-truindo sobre ela passadiços ele-vados que conduzem à praia. Os restaurantes e cafés que so-bre a mesma se tinham levantado de forma mais ou menos ilegal, e
sempre improvisada, tiveram que ceder à mesma lógica ambientalista. Quando sigo na passadeira sei apon-tar o sítio exato onde se levantava “O Restinga”, o “Landoc” (nome que lhe dei por não saber o de registo) e “O Caninhas”, os dois últimos espe-cialmente frequentados por mim.
O senhor Landoc era um ho-mem pequeno, de pele baça, a ma-dame Landoc, pelo contrário, era uma mulherona alta, forte, branca, corada, de olhos azuis qual bávara alemã aterrada no Algarve. Nunca soube a idade dos membros do casal mas não errarei muito ao dar-lhes os 80 quando foram obrigados a fe-char a baiuca. A madame Landoc tinha maus fígados e quando gri-tava punha em pânico o marido que não sabia onde meter-se, entre-tanto ele recusava-se a tirar a placa que ostentava na parede por detrás do balcão “Se tens inveja de mim faz como eu, trabalha”. Na esplanada do “Landoc” recordo o café diário com o Manel Madeira, amigo de todas as horas, que já nos deixou, e com o Manel da Fonseca que espo-radicamente aparecia quando por cá andava e que teve problemas com a madame da casa devido às garra-fas de tinto.
No “Caninhas” era outra coisa, a luz do sol entrava no recinto coando--se pelos intervalos das canas do co-berto, daí o nome do espaço onde íamos petiscar após o banho da ma-nhã. O grupo de amigos (as mulheres ficavam na praia a cuidar das crian-ças) encaminhava-se de porta-moe-das em punho e pedia-se o primeiro prato de conquilhas e a primeira gar-rafa de branco. Depois outro com “estopeta” e assim por diante até ao limite do razoável. A partir daí re-gressávamos à praia retomar o pa-pel de pais de família. Mas havia um grupo de habitués barrigudos (en-tre os quais o presidenta da Junta de Cacela) que tomavam banho bem ce-dinho e ali ficavam até o relógio im-piedosamente os chamar para o al-moço. O corpo avermelhado destes heroicos veraneantes em calções fi-cava com a marca das riscas do sol do “Caninhas” mas eles não se importavam.
Era assim a Manta Rota de onde agora escrevo. Parte do que se disse pertencia a outros tempos. A sau-dade por vezes também vem a banhos...
João Mário Caldeira
Agosto/2011
Comer Pescada no tacho
Ingredientes para quatro pessoas:
4 postas de pescada (com 200 g cada) fresca se possível 2 cebolas 4 tomates maduros 4 dentes de alho 2 dl de vinho branco 1/2 dl de azeite 1 molho de salsa 1 folha de louro sal q.b. batatas cozidas ou puré de batata
Confeção: Tempere as postas de pes-cada com sal umas quatro horas antes da confeção.
Corte o tomate às rodelas, as cebolas e os alhos. Leve tudo num tacho ao lume com um pouco de sal, azeite e deixe cozer.
Adicione o vinho branco, a salsa, o louro e a pescada. Deixe cozinhar lentamente com o tacho tapado
Quando o peixe estiver co-zido retifique o tempero.
Sirva a pescada com puré de batata ou batata cozida.
Bom apetite...
António Nobre
Chefe executivo de cozinha
– Hotéis M’AR De AR, Évora
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Quem se interessa pela história do vinho sabe que todos os livros e cursos apontam o extremo oriental da Europa mediterrânea como o berço
da vinha. Os dados são ilustrados por hieróglifos do an-tigo Egito e por ânforas de gregos e fenícios.
E se o outro extremo do mediterrâneo – Portugal – tiver sido o verdadeiro berço da vinha?
Esta tese tem sido levantada com o suporte cientí-fico de equipas universitárias que descobriram 20 povo-amentos de videiras silvestres, sobretudo nas bacias do Guadiana, Almansor, Pônsul e Sado, com mais de 10 000 anos de datação. O mais extraordinário desta descoberta é que os estudos moleculares efetuados comprovam uma maior proximidade genética entre as castas (ou varie-dades) atuais e essas videiras silvestres agora descober-tas, relativamente às videiras do mediterrâneo orien-tal que pensávamos originais, o que é considerado um bom indicador contra a corrente atual de importação, para a Ibéria, de videiras do Oriente pelos mercadores fenícios.
Num esforço conjunto das universidades e empre-sas, e com o apoio de instituições públicas, foi consti-tuída a Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira que está a implantar pólos de conservação das várias castas e a estudar a respetiva variabilidade gené-tica com resultados muito interessantes, como a con-firmação da origem geográfica das castas nacionais e a chocante capacidade de obtermos, no seio da mesma variedade, uma produção de uvas que varia de uma a cinco vezes ou a produção de compostos da cor, do sim-ples para o dobro.
Sabia que uma das castas de maior implantação na-cional se apelida Tinta Roriz e a sua antiguidade em Portugal é maior no norte do que no sul? Em Espanha chama-se Tempranillo e até há pouco tempo pensava-se que teria nascido nas terras da Rioja. A genética vem agora demonstrar que a casta Tempranillo criou as pri-meiras raízes mundiais a sul da Rioja, numa denomi-nação de origem chamada Valdepeñas, na província de Aragón (Aragão). Talvez seja a explicação para esta casta se designar Aragonez, no Alentejo.
Aníbal Coutinho
Dois copos de conversaO berço da vinha
Vinho de calendário
Em julho foram conhecidos os resultados da 5.ª
edição do Concurso de Vinhos Engarrafados do
Alentejo, iniciativa que teve lugar no Convento do
Espinheiro, em Évora, no dia 18 de junho. O prémio
de excelência foi atribuído ao IG Alentejano Herdade
Grande, reserva de 2008, na categoria vinho tinto.
Vinho diário
Um dos vinhos que mais me impressionou na
recente prova cega que deu origem ao meu “Guia
Popular de Vinhos”, edição 2012, que estará
nas bancas em setembro, foi o Montinho de São
Miguel, IG Alentejano, tinto de 2010. Uma das
compras seguras em qualquer prateleira.
Fotoblogue
Matando o bicho
Joaquim Mourahttp://olhares.aeiou.pt/moura78
Este espaço é dedicado
aos amantes da fotografia
que disseminam pela Internet os
seus olhares sobre o Alentejo.
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Nº 1530 (II Série) | 19 agosto 2011
RIbanho POR LUCA
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Hoje, sexta-feira, 19, o céu poderá apresentar algumas nuvens. A temperatura vai oscilar entre os 18 e os 34 graus centígrados. Amanhã, sábado, podem cair alguns aguaceiros e no domingo o céu deverá estar nublado.
O novo projeto de José Emídio, Fanfarra Alfares, pretende sair pela estrada fora para divulgar a
nova música de intervenção, até porque, se-gundo o músico, “faz falta combater o ador-mecimento”. José Emídio explica: “O álbum ‘Promessas Absolutas’ fala de coisas sérias à boa maneira do nosso cancioneiro popular”.
Como surge o projeto Fanfarra Alfares?
Fanfarra Alfares é um projeto de raiz emi-nentemente popular, que pretende ocupar um espaço cada vez mais pertinente: a can-ção satírica. O sentido crítico submergiu al-guns anos após o 25 de Abril em cantigas de teor vincadamente político, partidário ou panfletário, que se desatualizaram irre-mediavelmente no panorama atual. No en-tanto, e volvidos que são 37 anos, a desca-raterização dos valores que perspetivaram a mudança e o seu reflexo no descontenta-mento popular justificam a oportunidade de um novo espaço de recriação para este tipo de canções. E é neste contexto que pensámos num projeto cujo embrião foi amadurecido com a observação e a experiência, tendo em conta as vertentes que consideramos essen-ciais: textos inéditos e irónicos, destinados a contextos amplos de audição, obrigatoria-mente com os “temperos” de humor que tor-nam mais suportável o nosso quotidiano.
O disco chama-se “Promessas Absolutas”.
Que promessas são estas?
Absolutamente só promessas que ficam por cumprir e que fazem parte da cartilha da maioria da nossa classe política que à conta de um tacho por rapar consegue ven-der depois da mãe a própria alma. Artistas
José Emídio47 anos, natural de Beja
José Emídio, mais conhecido como Zé Emídio, conta com vários projetos musicais no seu currículo, destacando-se Adiafa e Baile Popular. Fanfarra Alfares é o seu primeiro trabalho a solo. A música é, sem dúvida, a sua paixão, dedicando-se a ela a tempo inteiro, e a tradição e a identidade alentejana é uma marca inquestionável no seu trabalho. Na verdade, o músico tem, ao longo de vários anos, levado as sonoridades do Alentejo por esses campos fora e não só.
principais de um palanque à beira mar plantado que repartem como aves de ra-pina as sobras das ossadas por entre arraiais do arroto com sabor a bifanas e sardinha-das. Mais a pitada final das emoções roucas das vozes que eternizam velhas “Promessas Absolutas” que fundamentam a caça ao voto, por muito que na contrabalança possa existir a certeza de posterior e viciado in-cumprimento. O título que dá voz ao CD, composto por grande parte de temas escri-tos de forma satírica e com humor, não dis-farça, como a contradição do próprio título sugere, um sentido mais profundo de insa-tisfação, comprovando o velhinho mas sa-piente ditado popular que nos garante a pés juntos que “quem mais jura, mais mente”.
Até onde pode ir este projeto?
Apesar de recente este projeto já foi censu-rado. Enquanto conseguirmos tornear a censura, ele seguirá com a sua missão.
São muitas as pessoas que participam
neste trabalho…
É um projeto concebido por José Emídio com letras de Paulo Abreu Lima, a que se jun-tam João Frade (acordeão), Adriano Alves (baixo elétrico), Leonardo Tomich (bate-ria). Este álbum contou com a participação de António Zambujo, Eduardo Espinho, Fernando Pardal, Helena Viana, Jorge Roque, Jorge Vadio, Luís Espinho, Paulo Ribeiro, Zé Francisco Vieira, Alexandre Frazão, André Conde, Henrique Gabriel, Johan Zachrisson, Joaquim Simões, José Conde, Mário Delgado e Miguel Amado.
Entrevista de Bruna Soares
Festas em Honra de Nossa Senhora da Rocha em CubaA Comissão de Festas da Paróquia de S. Vicente
de Cuba vai realizar mais uma edição das Festas
Tradicionais em Honra de Nossa Senhora da Rocha,
que terão lugar nos dias 26, 27 e 28. O programa
reserva noite de fados com Luís Saturnino,
Francisco Aires, João Nobre e Susana Caixeiro,
acompanhados à guitarra e à viola por António José
Caeiro e António Barros; largadas; baile; a atuação
de Jorge Roque, vencedor do programa da RTP
“Operação Triunfo 2010”; e a tradicional missa e
procissão. No domingo, 28,terá lugar a gala equestre
“Campo em festa”, que “recria uma parte da vida
no campo, de uma forma festiva, dando grande
destaque ao cavalo e às tradições portuguesas”, e
onde não faltará música e animações.
Festas tradicionaisem Santana da SerraSantana da Serra, no concelho de Ourique, recebe
entre hoje, sexta-feira, e domingo, dia 21, as festas
tradicionais. A primeira noite conta com a já
habitual tourada com os cavaleiros João Moura,
Tito Semedo e Miguel Moura e o Grupo de Forcados
Amadores de Cascais. O programa para os dias 20 e
21 integra jogos e distrações típicas da região, comes
e bebes, música e baile com João Paulo Cavaco.
Uma noite a dormir com livros na biblioteca de Odemira No âmbito da comemoração do seu 11.º aniversário,
a Biblioteca Municipal José Saramago, de Odemira,
volta a proporcionar uma noite diferente às crianças
do concelho com a iniciativa Dormir com Livros,
agendada para o dia 2 de setembro. Os jovens
leitores têm a oportunidade de dormir na biblioteca,
“numa noite recheada de contos fantásticos,
divertidas dinâmicas de grupo e muitas outras
surpresas”, adiantam os responsáveis. As inscrições
estão abertas até ao próximo dia 27, no setor infantil
da biblioteca. A participação é gratuita, mas está
restrita a um máximo de 20 crianças, com idades
entre os sete e os 10 anos. O encontro está marcado
para as 21 e 30 horas.
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Fanfarra Alfares é o novo projeto de José Emídio
Um disco “para combater o adormecimento”
Cadernodois
Sexta-feira,19 AGOSTO 2011Nº 1530 (II Série)
Resialentejo recolhe 3000
litros de óleos alimentares
A Resialentejo, Empresa Intermunicipal de Gestão de Resíduos que abrange oito municípios do distrito de
Beja, recolheu no segundo trimestre do ano mais de 3000 litros de óleos alimentares usados, depositados nos
oleões colocados nesses municípios. Também durante o segundo trimestre a empresa procedeu à colocação
de mais uma dezena de oleões nos concelhos de Serpa e Beja. Recorde-se que o projeto, denominado Oilnet,
teve início no final do ano passado, tendo, na ocasião, sido distribuídos cerca de quatro dezenas de oleões pelos
municípios associados (Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Serpa, Mértola, Moura e Ourique).
O Governo garante que os pagamen-tos do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) em dívida vão ser efe-tuados em breve. Ficam assegura-dos, de imediato, os pagamentos em dívida aos beneficiários de todos os projetos do Proder, incluindo moder-nização das explorações, todas as instalações de jovens agricultores, regadio do Alqueva e Eixo 3.
O s pagamentos do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) em dívida vão ser efetuados em
breve, uma vez que o Governo desblo-queou a contribuição nacional de 25 mi-lhões de euros necessária para receber 75 milhões de euros de apoio comunitário.
Fonte do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, disse à Lusa que o Governo conseguiu a libertação das verbas na-cionais para pagamentos do Proder, um passo indispensável para serem desblo-queados os apoios financeiros comuni-tários para o setor, num montante global de 100 milhões de euros.
Com este valor, segundo a mesma fonte, “ficam assegurados, de imediato, os pagamentos em dívida aos beneficiá-rios de todos os projetos do Proder, in-cluindo modernização das explorações, todas as instalações de jovens agriculto-res, regadio do Alqueva e Eixo 3”.
Este pagamento vai ao encontro do es-forço de investimento do setor, adiantou a mesma fonte, realçando que “grande parte dos pagamentos tem um retorno fiscal para o Orçamento do Estado, atra-vés da cobrança de IVA no investimento, bem como aumento de receitas de IRC, TSU e IRS”.
No f inal de julho, numa audição na Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da República, a ministra da Agricultura assegurou que o Governo estava a fazer tudo para alocar mais 50 milhões de euros para garantir o au-mento da comparticipação nacional no Proder, para que não haja atrasos nos pagamentos aos agricultores e penaliza-ção por parte de Bruxelas por devolução de fundos.
“Estamos a trabalhar, em conjunto com o Ministério das Finanças, para que isso seja uma realidade a muito breve trecho, mas só nessa altura o direi”, disse então Assunção Cristas, adian-tando que está a trabalhar para que “não haja mais atrasos” e que até ao final do
100 milhões de euros serão desbloqueados
Governo assegura que apoios do Proder vão ser pagos em breve
JOSÉ
SER
RA
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“As verbas chegam ao agricultor sete meses depois do investimento, um atraso dramático. Por isso, são muito bem vindas porque a tesouraria dos agricultores está desfalcada”.
ano não ocorram mais situações de falta de dinheiro no Proder.
CAP diz que esta é uma boa notícia A Confederação dos Agr icu ltores de Portugal (CAP) considera que o paga-mento de 100 milhões de euros em dí-vida do Proder é “uma boa notícia”, real-çando que “a tesouraria dos agricultores está desfalcada”.
O presidente da CAP, João Machado, adiantou que “em alguns casos, as ver-bas chegam ao agricultor sete meses de-pois do investimento, um atraso dra-mático. Por isso, são muito bem vindas porque a tesouraria dos agricultores está desfalcada”.
João Machado realçou que entre os pagamentos em atraso “há medidas que estão atrasadas dois ou três meses e ou-tras sete e oito meses”, realçando que “há agricultores que estão com muitos pro-blemas, porque os bancos não estão a fa-cilitar a vida”.
Para o presidente da CAP, o desblo-queamento da contribuição nacional para o Proder representa “um esforço por parte da ministra da Agricultura para poder cumprir aquilo que estava no Orçamento do Estado”.
João Machado manifestou expetativa de que o esforço se estenda ao reforço da comparticipação nacional no Proder pre-vista no Orçamento do Estado, em mais 50 milhões de euros, acrescentando ter a indicação de que “as negociações com as finanças estão a correr bem”.
Por sua vez, a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) considerou que o pagamento de 100 milhões de euros em dívida do Proder “é importante”, mas alertou para a necessidade de reforçar o programa de forma a evitar atrasos nos pagamentos.
“Consideramos que é importante o desbloqueio da verba até porque o Estado português tem que garantir os seus com-promissos e devolver a verba é honrar os seus compromissos com os agricultores que estão à espera do dinheiro já contra-tualizado”, afirmou o dirigente nacional da CNA, Pedro Santos.
Reagindo à notícia de que os pagamen-tos do Programa de Desenvolvimento Rural (proder) em dívida, no valor de cerca de 100 milhões de euros, vão ser efetuados em breve, Pedro Santos disse que “o Proder nunca devia ter chegado a estes valores em dívida perante os agricultores”.
2 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011
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ARAÚJONeurologista do Hospital
dos Capuchos, Lisboa
ConsultórioCentro Médico de BejaLargo D. Nuno Álvares
Pereira, 13 – BEJATel. 284312230
FRANCISCO BARROCAS
Psicologia ClínicaPsicoterapeuta
e Terapeuta FamiliarMembro Efectivo
da Sociedade Portuguesa de Terapia
Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias
Comportamental e Cognitiva – Lisboa
Beja: CLINIPAX, Rua Zeca Afonso, nº 6 - 1º-B,
7800-522 Beja Tel./Fax 284322503
TM. 917716528Albufeira: OFICINA
DOS MIMOS – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO
DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL,
Quinta da Correeira, Lote 49,8200-112 Albufeira
Tel. 289541802Tm. 969420725
Psicologia ▼
Centro de Fisioterapia S. João Batista
Fisiatria – Dr. Carlos Machado
Psicologia Educacional – Elsa Silvestre
Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves
Tratamentos de Fisioterapia
– Classes de Mobilidade– Classes para
Incontinência Urinária– Reeducação dos Músculos
do Pavimento Pélvico– Reabilitação
Pós MastectomiaAcordos com A.D.S.E., ACS-
PT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça,
A.D.M.F.A., S.A.M.S.Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11
cave esq. – 7800 BEJA
Fisioterapia ▼
DR. J. S. GALHOZOuvidos,Nariz,
GargantaExames da audição
Consultas a partir das 14 horas
Praça Diogo Fernandes,
23 - 1º F (Jardim
do Bacalhau)
Telef. 284322527 BEJA
Otorrinolaringologia ▼
Orlando Fialho
Médico Psiquiatra Psicanalista
da Sociedade Portuguesa
de Psicanálise Membro
da International Psychoanalytical
Association SUPERVISÃO
DE GRUPOEM PSICOTERAPIA
OUTUBRO 2011 Informações e Inscrições
91 790 28 36
Psiquiatria ▼
CÉLIA CAVACOOftalmologista
pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa
Assistente graduada do serviço
de oftalmologia do Hospital
José Joaquim Fernandes – Beja
Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira,
entre as 15 e as 18 horasRua Dr. Aresta Branco, nº 47
7800-310 BEJATel. 284326728 Tm. 969320100
Oftalmologia ▼
GASPAR CANO
MÉDICO ESPECIALISTAEM CLÍNICA GERAL/MEDICINA FAMILIAR
Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503
Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA
Clínica Geral ▼
DRA. TERESA
ESTANISLAU CORREIAMarcação de consultas
de dermatologia:HORÁRIO:
Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas
pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das
consultas às quartas-feirasPelo tel. 284329134,
depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito,
nº 4 – 1º frente7800-544 Beja
(Edifício do Instituto do Coração,
Frente ao Continente)
Dermatologia ▼
DR. A. FIGUEIREDO LUZ
Médico Especialista pela Ordem dos Médicos
e Ministério de Saúde
GeneralistaCONSULTAS DE OBESIDADERua Capitão João Francisco
de Sousa, 56-A – Sala 8Marcações
pelo tm. 919788155
Obesidade ▼
Psiquiatria ▼
FERNANDO AREALMÉDICO
Consultor de Psiquiatria
Consultório
Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A
1º esqº 7800-451 BEJATel. 284320749
PARADELA OLIVEIRA
Psiquiatra do Hospital de BejaRetoma as consultas
na PoliclínicaSão Paulo
Rua Cidade São Paulo, 29, BEJA
Marcações: Tel. 284328023
HEMATOLOGIA
CLÍNICA
Doenças do Sangue
ANA MONTALVÃOAssistente Hospitalar
Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas
Terreiro dos Valentes, 4-1ºA7800-523 BEJA
Tel. 284325861 Tm. 964522313
Hematologia ▼
3 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011
saúde
PSICOLOGIAANA CARACÓIS SANTOS
– Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais;
– Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional;
– Métodos e hábitos de estudo
GIP – Gabinete de Intervenção PsicológicaRua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA
Tel. 284321592
CENTRO DE IMAGIOLOGIA
DO BAIXO ALENTEJO
António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo –
Montes Palma – Maria João Hrotko
– Médicos Radiologistas –
Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-
PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE,
ADVANCE CARE
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas
Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490
ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler
TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan
Mamografi a e Ecografi a Mamária
Ortopantomografi a
Electrocardiograma com relatório
Clínica Médico-Dentáriade S. FRANCISCO, LDA.
Gerência de Fernanda FaustinoAcordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E.,
Portugal Telecom e AdvancecareRua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão;
TEL. 284327260 7800-064 BEJA
FRANCISCO FINO CORREIA
MÉDICO UROLOGISTA
RINS E VIAS URINÁRIAS
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas
Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20
7800-451 BEJA
Tel. 284324690
_______________________________________
Manuel Matias – Isabel Lima – Ana Frederico
Hugo Pisco Pacheco – Miguel Oliveira e Castro
Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan
Densitometria Óssea
Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance.
Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica
Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt
Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja
E-Mail: [email protected]
medicina geral e familiarDr. Luís Capelaendocrinologia | diabetes | obesidadeDrª Luísa Raimundoterapia da falaDrª Vera Baiãopsiquiatria e saúde mentalDr. Daniel Barrocas
sioterapia | reabilita o (pós-AVC/ pós-cirurgia/ traumatologia/ cinesioterapia/ coluna)Dr. Fábio Apolinárioginecologia | obstetrícia | colposcopiaDrª Ana Ladeirapsicologia clínicaDrª Maria João Póvoaspsicologia educacionalDrª Silvia ReispodologiaDr. Joaquim Godinhocirúrgia vascularDrª Helena Manso
medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia)Drª Ana Rita Barros (ortodon a)
prótese dentáriaTéc. Ana Godinho cirurgia maxilo-facialDr. Luís Loureiro
pediatria do desenvolvimentoDrª Ana So a Brancopsicomotricidade | apoio pedagógicoDrª Helena Louro
Rua António Sardinha nº 23, 7800-447 Beja Telefone: 284 321 517|Tlm: 96 134 11 05
e-mail: [email protected]
Diversos Acordos
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/
Desabituação tabágica – H. Pulido Valente
Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina
Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de
Lisboa
Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja
Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja
Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia
Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar
e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva
(Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo
Alentejo.
Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia
Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar
Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial
e Reabilitação (difi culdades específi cas de aprendizagem/
dislexias)
Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja
Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/
Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa
Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias
Urinárias – H. Beja
Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria –
Hospital de Santa Maria
Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina
Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia
digestiva.
Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia
Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar
Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de
Beja
Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria
de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro
Hospitalar do Baixo Alentejo
Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de
Beja
Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia
Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do
Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja
Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital
de Beja
Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do
Hospital Garcia da Orta.
Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados:
Carta de condução; uso e porte de arma e caçador.
Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não
invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução
do tecido adiposo e redução da celulite
Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/
Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e
escrita específi ca e não específi ca. Voz/Fluência.
Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação
Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações
do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação;
Gerontomotricidade.
Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira
especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem
na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/
amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem
corporal da mãe – H. de Beja
Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528
Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja
Terapeuta da Fala
VERA LÚCIA BAIÃO
Consultas em Beja
CLINIBEJA – 3ªs, 5ªs, 6ªs
Rua António Sardinha,
25, r/c esq.
CENTRO DE FISIOTERAPIA S. JOÃO BATISTA
– 2ªs e 4ªs
Rua 25 de Abril, 11, cave esqª
Tm. 962557043
Terapia da Fala ▼
Urologia ▼
4 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011
institucional/diversos
FÉRIAS ALBUFEIRA
APARTAMENTOS e VIVENDAS
(T0, T1, T2 e T3 com piscina).
(Setembro 185/Semana)
Próximo da praia.
Contactar tm. 963055229
ANÚNCIOO senhor Vicente Chanu
Bexiga, revoga totalmente
qualquer procuração ao Dr.
Luís Garlito (advogado), no
dia 16 de Agosto de 2011.
Diário do Alentejo nº 1530 de 19/08/2011 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA
Nos termos do n.°1 do art.78.° do Decreto-Lei
n.°555/99, de 16 de Dezembro, torna-se público que
a Câmara Municipal de Beja emitiu em 24.06.2011 o
Alvará de Loteamento n.° 1/11.
Titular do alvará “RAFAEL ANTÓNIO ROGADO
CANDEIAS”.
Prédio descrito na Conservatória do Registo
Predial de Beja sob o n° 482/19940922 e inscrito na
matriz predial sob o artigo 269 da freguesia de Nossa
Senhora das Neves.
A operação foi aprovada por deliberação cama-
rária de 29 de Outubro de 2009.
Área abrangida pelo Plano Director Municipal
Área do prédio a lotear – 2.202,50m2
Área total de implantação – 764,64m2
Área total de construção – 1.422,15m2
7 Lotes, com a área de 164,15m2 a 193,57m2
N.° Máximo de pisos acima da cota de soleira: 2
N.° Máximo de pisos abaixo da cota de soleira: 0
N.° de Fogos total: 7
N.° de Lotes para habitação: 7
Área de cedência para domínio público muni-
cipal: 529,71m2, de terrenos destinados a infra-
estruturas.
O Presidente da Câmara Municipal
Jorge Pulido Valente
Diário do Alentejo nº 1530 de 19/08/2011 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL
DE ALMODÔVAR
Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada
hoje, neste Cartório, no livro de escrituras diversas n.° 147-C, a fis
26 e seguintes, MARIA CELESTE DA CONCEIÇÃO GUERREIRO
PINTO e marido Joaquim Manuel Guerreiro, casados na comunhão
de adquiridos, naturais da freguesia do Rosário, concelho de Al-
modôvar, onde residem na Rua do Lavadouro, n.° 5, com os N.I.F.
113559305 e 181756676 declararam:
Que, Maria Celeste, acima identificada, é dona e legítima
possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel:
Prédio urbano, situado no lugar do Rosário, freguesia do
Rosário, concelho de Almodôvar, composto de edifício de rés-do-
chão para habitação com 3 divisões e cozinha, com superfície
coberta de cinquenta e quatro metros quadrados, a confrontar do:
norte com via pública, sul com Manuel Daniel, do nascente com
José Francisco Nogueira e do poente com António Vizeu, inscrito
na respectiva matriz sob o artigo 440, com o valor patrimonial e
atribuído de € 205,89.
Que o prédio está omisso na Conservatória do Registo Pre-
dial de Almodôvar e inscrito na respectiva matriz em nome da
justificante.
Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o
direito de propriedade do prédio, mas iniciou a sua posse em mil
novecentos e oitenta e dois, ano em que o adquiriu por doação
meramente verbal feita por seu avô, Francisco José Maria da
Conceição Guerreiro, viúvo, residente que foi no mencionado
Rosário.
Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o referido
prédio, procedendo a todas as obras de conservação e restaura-
ção, habitando-o, nele guardando os seus haveres e fazendo essa
exploração com a consciência de ser a sua única dona, à vista de
todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há
mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública,
pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de
propriedade sob o prédio por usucapião, que expressamente invoca
para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.
Está conforme.
Almodôvar, 10 de Agosto de 2011.
A Conservadora, em funções notarias
Maria Joana Santos de Matos Garrido
Diário do Alentejo nº 1530 de 19/08/2011 1ª Publicação
MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS
SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248
ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES
N.º da Venda: 0248.2011.78 - Prédio urbano, construído em
alvenaria de tijolo e estrutura resistente em betão, que se destina
a habitação. Está constituído em propriedade horizontal, com 6
fracções designadas pelas letras A; B; C; D; E e F, autónomas entre
si, individualmente independentes e isoladas, tendo comum a todos
o terreno onde está implantado o prédio e todas as demais peças
descritas no artigo 1421 do Código Civil.
Fracçao B, destinada a habitação, sito na Rua Bernardo San-
tareno, nº 13, Beja, rés do chão esquerdo, constituído por quatro
assoalhadas, uma cozinha, duas casas de banho, um corredor e
duas despensas, inscrito sob o artigo nº 1822, concelho de Beja,
com a área bruta privativa 137,4000 m2 e com o valor patrimonial
de € 89.060,00.
Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço
de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz
saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos
termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e
de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de
Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado
infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s)
de execução fi scal.
É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) FLORIVAL GUERREIRO RAMOS,
residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi ca-
do a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 14:00
horas do dia 2011-08-19 e as 18:00 horas do dia 2011-10-17.
O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 62.342,00.
As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante
acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador
registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de
bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Ci-
dadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão
Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou
superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações
anteriormente apresentadas para essa venda.
O prazo para licitação tem início no dia 2011-10-03, pelas 10:00
horas, e termina no dia 2011-10-18 às 10:00. As propostas, uma
vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal
em contrário.
No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do
Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º
da portaria n.º 219/2011).
A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão
de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo
de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão
de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e)
CPPT).
No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e
mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias,
contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser
autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior,
de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante
em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).
A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos
que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre
as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto
Sobre o Valor Acrescentado ou outros.
Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1
CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores
desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para
reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o
pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o
bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).
Teor do Edital:
Identifi cação do Executado:
N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248201001000225 (e
apensos)
NIF/NIPC: 120310945
Nome: FLORIVAL GUERREIRO RAMOS
Morada: R BERNARDO SANTARENO LOTE 13 R/C - ESQº -
BEJA - BEJA
2011-08-09
O Chefe de Finanças
Manuel José Borracha Pólvora
Diário do Alentejo nº 1530 de 19/08/2011 Única Publicação
Tribunal Judicial de CubaSecção Única
ANÚNCIO
Processo: 272/10.2TBCUB
Divórcio Sem Consentimento do Outro Cônjuge
Requerente: Napoleão Cândido Branco Estevens
Réu: Sandra Licel Rodrigues de Deus Estevens
Nos autos acima identifi cados, correm éditos de 30 dias, contados
da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o(a) ré(u)
Sandra Licel Rodrigues de Deus Estevens, com última residência co-
nhecida em domicílio: Rua João Severino N° 3, Cuba, 7960-449 Vila
de Frades, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos,
contestar, querendo, a presente acção, com a indicação de que a falta
de contestação não importa a confi ssão dos factos articulados pelo(s)
autor(es) e que em substância o pedido consiste, tudo como melhor
consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria,
à disposição do citando.
Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário
judicial.
Cuba, 11-07-2011
N/Referência: 512936
O Juiz de Direito,
Dr(a). Vanda Lisa Sousa
O Ofi cial de Justiça,
José Bicho
Diário do Alentejo nº 1530 de 19/08/2011 Única Publicação
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL
DE SAÚDE DO ALENTEJO, I.P
Aviso
Informam-se os interessados que se encontra
publicado na Bolsa deEmprego Público (BEP), no site
www.bep.gov.pt um aviso relativo ao recrutamento
de trabalhadores, para a Administração Regional de
Saúde do Alentejo, I.P., em regime de mobilidade
interna na categoria, nas seguintes categorias:
Categoria Local de Trabalho Remuneração
Técnico Superior de Serviço Social (1)
Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UCSP de
Santiago do Cacém
1.201,48 €
Assistente Técnico (5) Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UCSP de
Alcácer do Sal
Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - SUB Odemira
Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UAG
683,13 €
Assistente Operacional (4)
Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UCSP de
Alcácer do Sal
Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UCSP de
Odemira
Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - UCSP de
Santiago do Cacém
Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral - SUB Odemira
485 €
O recrutamento destina-se a trabalhadores com
relação jurídica de emprego público, previamente
estabelecida por tempo indeterminado.
O requerimento de candidatura, acompanhado
de CV em formato europass, deve ser dirigido à Sra
Presidente do Conselho Directivo da Administração
Regional de Saúde do Alentejo, I.P. e enviado através
do e-mail [email protected].
pt, ou via correio, para a Rua do
Cicioso, nº 18, 7001-901 Évora.
Prazo para envio de candidaturas – 9 de Setem-
bro de 2011.
Évora, 16 de Agosto de 2011.
A Presidente do Conselho Directivo,
Rosa Valente de Matos
5 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011
diversos
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Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail [email protected] assinar o Diário do Alentejo, com início em _____________, na modalidade que abaixo assinalo:
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Envio Cheque/Vale Nº __________________ do Banco _____________________________________________
Efectuei transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia________________
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Código Postal _____________________________________________________________________________________
Nº Contribuinte ___________________ Telefone/Telemóvel _______________________________________
E-mail ______________________________________________________________________________________________
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Data de Nascimento ____________ Profissão _____________________________________________________
*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser endossados a:
AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
PRECISA-SE
Empregada do-
méstica interna
para cuidar de
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mados.
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6 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011
As notícias da regiãoquando quiser, esteja onde estiver.
www.diariodoalentejo.pt
Para existir é necessário estar presente, aparecer, permanecer a cada instante. E tal, agora, apenas é possível
lá no tal lugar onde o universo, a natureza, as sensações, a vida e até o ser e o estar se tornam virtuais: a Internet.
7 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011
necrologia
CAMPAS E JAZIGOSDECORAÇÃO
CONSTRUÇÃO CIVIL“DESDE 1800”
Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2
Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342
Serpa
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
Francisco José
Salgueiro Barão
Mãe, irmãos, sobrinhos e
primos cumprem o doloroso
dever de participar o faleci-
mento do seu ente querido
ocorrido no dia 10/08/2011, e
na impossibilidade de o fazer
individualmente vêm por este
meio agradecer a todas as
pessoas que o acompanha-
ram à sua última morada ou
que de qualquer forma mani-
festaram o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA
SERPENSE, LDA.Gerência: António Coelho
Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A 7830-344
SERPA
Vale do Poço
É com enorme pesar e soli-
dários na dor da família que
participamos o falecimento do
Sr. José Inácio Tomaz de 78
anos, casado com a Sra. Maria
Bárbara da Silva.
O funeral a cargo desta
Funerária realizou-se no pas-
sado dia 13 de Agosto da Casa
Mortuária de Vale do Poço para
o cemitério de Vales Mortos.
A família na impossibilidade de
o fazer individualmente, agrade-
ce a todas as pessoas que pela
sua presença ou de outra forma
expressaram o seu pesar.
FuneráriaCentral de Serpa, Lda.
Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Sr. DIAMANTINO ANTÓNIO MARTINS, de 72 anos, natural de São Pedro de Solis - Mértola. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
SANTA VITÓRIA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. HELENA FREITAS, de 90 anos, natural de Santa Vitória - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.
BERINGEL
†. Faleceu a Exma. Sra. D. LAURINDA DE ASCENSÃO FRADE, de 85 anos, natural de Beringel - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
BEJA/BERINGEL
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO DA SILVA LEITÃO de 64 anos, natural de Salvador – Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria da Nazaré Camacho Candeias Elias da Silva Leitão. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beringel.
NOSSA SENHORA DAS NEVES
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO NOBRE BENTO, de 60 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Bárbara Ramos Isidro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
Às famílias enlutadas
apresentamos as nossas mais
sinceras condolências.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt
Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309
www.funerariapax-julia.pt E-mail: [email protected]
Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
Beja
MISSA DO 30.º DIA
António Joaquim Amador Barradinhas
1.º Mês de Eterna Saudade
Filhos e restante família participam a todas as pessoas de suas
relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno des-
canso do seu ente querido no dia 26/08/2011, Sexta Feira, às
18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecendo desde
já a todos os que nela participem.
Dê SANGUE
dê VIDA
Associação Humanitária
dos Dadores de Sangue de Beja
INFORMA:
SERVIÇO DE SANGUE DO HOSPITAL
JOSÉ JOAQUIM FERNANDES
BEJA – Tel. 284310200
ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS E DOENTES HEMATO-ONCOLÓGICOS
8 / cadernodois / Diário do Alentejo /19 de agosto de 2011
F ilatelia Geada de Sousa Espaço bd Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha
Outrasnovidades
“Le Sang de Caroline”, por Roger
Seiter e Johannès Roussel, sob edição
Casterman. É o sexto tomo da série
“H.M.S., les Vaisseaux de sa Magesté”.
Introdução:
“A terra produziu verdura, erva com se-mente, segundo a sua espécie (...) foi o ter-
ceiro dia (Génesis 1, 11). Depois Deus disse: faça-mos o ser humano à nossa imagem e semelhança (Génesis 1, 26). Também vos dou todas as er-vas com semente (...) para que vos sirvam de ali-mento (Génesis 1, 29). O Senhor Deus levou o homem e colocou-o no jardim do Éden, para o cultivar (Génesis 2, 15) e disse-lhe Não comas o (fruto) da árvore do conhecimento (Génesis 2, 17). Vendo a mulher que o fruto da árvore de-via ser bom para comer agarrou-o, comeu e deu dele também a seu marido (Génesis 3, 6). Então o Senhor Deus disse (...) maldita seja a terra por tua causa. E dela só arrancarás alimento à custa de penoso trabalho, todos os dias da tua vida. (Génesis 3, 17). Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes”.
Para além destas referências ao pão, encon-tramos muitas outras na Bíblia Sagrada, tanto no Velho como no Novo Testamento.
É dado como certo que a atividade agrícola teve um papel fundamental na sedentarização do homem. Enquanto foi nómada, para além da caça, só poderia deitar a mão a um ou outro fruto da terra que encontrasse no seu caminho, para se poder alimentar.
Ao fixar-se, com caráter mais ou menos prolongado, num determinado território, o ho-mem já podia semear e colher alguns produtos que lhe estavam vedados enquanto ser errante, seguindo as presas mais fáceis, que lhe serviam de alimentação.
O consumo do pão remonta à mais alta an-tiguidade. Já era produto muito conhecido e apreciado no antigo Egito.
No adagiário português há muitas dezenas de provérbios dedicados a este precioso produto alimentar. Se alguns deles nos abrem o apetite, outros deixam-nos adivinhar as grandes difi-culdades porque o homem passa para o poder apreciar. Veja-se, como exemplo, que “pão mole depressa se engole” e que devido às dificuldades que muitas vezes o homem passou para o poder saborear diz-se, com razão, que “comeu o pão que o diabo amassou”.
Sobre o seu preço, controlado artificial-
mente muitas vezes pelos estados, também há referências adagiárias, pois “pão com-prado não enche a barriga”, o que certamente quer dizer que por ser caro não se pode comer muito.
O pão também serve para premiar os bons, pois a sabedoria popular não deixou de regis-tar que, quanto ao seu mérito, há que dar “pão a uns e pau a outros”.
O povo no seu saber também diz que co-mer pão embeleza, pois “pão mole e uvas às mo-ças põe lindas e às velhas tira as rugas”. Porém há que ter cuidado a comê-lo quando ele está mais apetitoso; é preciso não esquecer que “pão quente faz mal ao ventre”.
Este precioso alimento é o produto prefe-rido em qualquer lar, para substituir uma re-feição que não houve tempo de cozinhar ou de ingerir. Uma vez saído da padaria, está sempre pronto a ser consumido.
Invocação divina – mitologia A sentença divina, de caráter perpétuo, referida no Génesis, capí-tulo 3, versículo 19, obriga o homem a canalizar todos os seus esforços para o obter. Os católicos, numa das suas orações, o Padre Nosso, pedem a Deus que “o pão nosso de cada dia nos dá hoje (...)”.
Muito antes do aparecimento do cristia-nismo, já os nossos avoengos invocavam os seus deuses para obterem boas colheitas. Para que o pão nunca lhes faltasse, sentiram a ne-cessidade de os invocar para que a natureza não lhes fosse madrasta e lhes proporcionasse boas colheitas.
Não se pense que a invocação divina é ex-clusiva de culturas primitivas. Recorde-se que ainda está na memória de todos a realização de uma procissão católica no nosso distrito, invocando a queda da chuva que tardava em aparecer.
(continua)
BibliografiaBíblia Sagrada (3.ª ed.) – Lisboa, Difusora
Bíblica, 2001, 2143 pp.GRIMAL, Pierre – Dicionário da Mitologia
Grega e Romana – Lisboa, Difel, 2009, 556 pp.
O Pão (I)
Alegremente achando...
Com edição Bertrand, o álbum “Os Descobrimentos a Passo de Cágado” só podia ser da autoria
de mestre Artur Correia, com textos de António Gomes de Almeida.
Didático, mas também extrema-mente divertido, sobretudo graças à perícia que Artur Correia tem no seu talento para a arte de bem fazer rir.
Aqui, um inteligente e secular cá-gado tem o papel de narrador e vai-nos contando os principais factos relacio-nados com as gloriosas descobertas ou achamentos dos Portugueses.
Um álbum alegre e imprescindível.
“Jugurta/Intégrale 1”
“A Deusa Negra”Editora: Asa.Autores: Jean Dufaux e Philippe Delaby.
Obra: “A Deusa Negra”, da série “Murena”.
Neste episódio desta notável série, Nero e Murena já estão reconcilia-dos. O imperador vai modificando (para pior) a sua vaidade e a sua pre-potência. Seu amigo Murena vive afastado da corte, na companhia da bela Acté, há algum tempo repu-diada por Nero, depois de ter sido sua amante.
Mas a sinistra e inf luente Popeia intriga, intriga e intriga...
A edição da magistral série “Murena” em português tem apare-cido de um modo muito maltratado, o que não cabe na cabeça de ninguém,
sobretudo quando se verifica tal erro pela parte da editora responsável!...
Editora: Lombard.Autores: Jean-Luc Vernal, Hermann e Franz.
Obra: “Jugurtha, l’Intégrale 1”.
Magestoso volume de banda dese-nhada que, para além do dossiê de apresentação, reúne quatro aventuras do herói numida Jugurta: “Le Lionceau des Sables”, “Le Casque Celtibère”, “La Nuit des Scorpions” e “L’Île de la Résurrection”.
As duas primeiras histórias são de-senhadas por Hermann, enquanto as outras duas já são pelo traço de Franz. Claro que as de maior valor são as cria-das por Hermann, dado que o texto se baseia em documentação romana e nos relatos histórico-lendários dos suces-sores (tunisinos e argelinos) do povo numida.
Não menosprezando o grafismo de Franz, as aventuras por este desenha-das já são mera e fantasiosa ficção.