wayuri 2 edição especial final

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FOIRN 28 anos: Fundada no dia 30 de abril de 1987, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN têm a missão de defender os direitos dos povos indígenas do Rio Negro e exercer o controle social das políticas públicas implementadas pelos governos: municipais, estadual e federal. Histórico Ações prioritárias 2013-2016 Setores e Departamentos Histórico, conquistas e desafios NESTA EDIÇÃO: WAYURI Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro - FOIRN - São Gabriel da Cachoeira/Am. Wayuri edição 2/2015. Projetos Institucionais

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Edição Especial 2015 resume o histórico do movimento indígena no Rio Negro, a fundação, fortalecimento e projetos desenvolvidos atualmente pela Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN). Estrutura organizacional e as responsabilidades de cada setor e departamento da FOIRN. O objetivo do boletim é mostrar um pouco mais a estrutura e funcionando da instituição, além do histórico.

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Page 1: Wayuri 2 edição especial final

FOIRN 28 anos:

Fundada no dia 30 de abril de 1987, a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN têm a missão de defender os direitos dos povos indígenas do Rio

Negro e exercer o controle social das políticas públicas implementadas pelos governos: municipais, estadual e federal.

Histórico

Ações prioritárias 2013-2016 Setores e Departamentos

Histórico, conquistas e desafios

NESTA EDIÇÃO:

WAYURIFederação das Organizações Indígenas do Rio Negro - FOIRN - São Gabriel da Cachoeira/Am. Wayuri edição 2/2015.

Projetos Institucionais

Page 2: Wayuri 2 edição especial final

o dia 30 de abril de 1987 o ginásio da Diocese de São Gabriel da Cachoeira foi o palco onde se reuniram Nmais de 400 lideranças indígenas que vinham desde os anos 1970 se organizando e discutindo os direitos dos povos indígenas da região do Rio Negro. Neste evento que juntou diferentes etnias, povos, línguas, tradições e trajetórias históricas foi fundada a FOIRN. Nessa reunião estavam presentes não somente nossos parentes, mas também autoridades do Estado Brasileiro. Não que a presença de pessoas de contextos diferentes aos nossos fosse novidade. Nós indígenas do Rio Negro temos uma história de resistência à colonização desde a chegada de portugueses e espanhóis e mantemos nossa identidade indígena até hoje, somos sobreviventes. A fundação da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN marca mais uma dessas fases de resistência e foi com os motes de Terra e Cultura que fomos buscar nossos direitos.

A FOIRN foi criada para que nós tenhamos nosso próprio meio de expressão e reivindicação. Em prol dos povos que são negados seus direitos, do indígena com excelentes disposições de espírito e coração, um recurso humano capaz de desenvolver-se, fica fragilizado pelas brutalidades desta moderna cultura de desenvolvimento econômico. Aqui nós falamos por nós mesmos, evitando intermediários ou atravessadores.

Desde 1987 muitas ações foram concretizadas. Temos hoje Terras Indígenas demarcadas e com processo demarcação, a educação escolar indígena tem exemplos positivos, as línguas indígenas os costumes e tradições continuam a ser praticadas e, principalmente, hoje mostramos que ser indígena é motivo de orgulho, pois nossa história marca a diversidade, a pluralidade, a ampliação dos conhecimentos e caminha em conjunto com um enorme patrimônio social e natural. Afinal, a história dos povos indígenas do Rio Negro não separa o ser humano do seu ambiente, das águas, das florestas, das montanhas e dos animais. Criamos desta forma riquezas que vão além de cifrões, de números. Nossa riqueza é maior que o PIB, ela é todo esse território da qual o mundo precisa para que seu clima mantenha as condições de vida do ser humano, ela traz concepções filosóficas, mitológicas e ecológicas sobre uma das regiões com a mais rica biodiversidade do mundo, a Floresta Amazônica. Produzimos e conservamos um sistema agrícola de ampla diversidade, resistente a pragas e que não carece de venenos. Temos, portanto, enormes contribuições ao nosso mundo e lutamos para que estas sejam reconhecidas.

Este reconhecimento é o que guia os trabalhos da FOIRN, reconhecimento de que os povos indígenas habitam esta região há milênios e que contribuem enormemente ao nosso país e ao mundo. No entanto, isso somente acontece através de grandes esforços, é por isso que a luta faz parte do nosso cotidiano. Lutamos pois há interesses que prefeririam destruir nossos territórios para dar lucro para quem já está soterrado de dinheiro. Temos que lutar pois somos ameaçados com ideias que menosprezam e querem uniformizar nossos conhecimentos milenares. Lutar porque aqui já queimaram malocas e demonizaram nossos costumes. Lutar, pois há ameaças constantes sobre capítulos da Constituição que garantem os direitos indígenas para facilitar expansão do agronegócio, exploração mineral e madeira.

FOIRN 28 anos de história de luta e defesa dos direitosindígenas garantidos na Constituição Federal de 1988.

Fundação e histórico

Foto: Beto Ricardo/ISA

‘‘A FOIRN foi criada para que nós tenhamos nosso próprio meio de expressão e reivindicação. Em prol dos povos que são negados seus direitos, do indígena com excelentes disposições de espírito e coração, um recurso humano capaz de desenvolver-se, fica fragilizado pelas brutalidades desta moderna cultura de desenvolvimento econômico. Aqui nós falamos por nós mesmos, evitando intermediários ou atravessadores.’’

Page 3: Wayuri 2 edição especial final

A FOIRN dialoga com o poder público, propondo o uso sustentável de recursos naturais para o bem viver das comunidades e também lutar pela nossa cultura e território.

Há 28 anos trabalhamos com essa ferramenta garantida pela Constituição Federal de 1988, que é a associação indígena. Aqui na FOIRN propomos e acompanhamos as políticas públicas governamentais. Assim, construímos no dia a dia uma ponte entre a comunidade mais distante e o Estado Brasileiro. Fazemos as reivindicações de nossos parentes ecoarem nos Palácios do governo e chegarem a quem pode tomar decisões que garantam nossos direitos.

Apesar de toda esta trajetória nos últimos 28 anos, ainda recebemos críticas sem fundamentos de que as terras indígenas trazem atraso e impedem o progresso. Lembramos para estas críticas que é em nome desse progresso brutal que causa impacto ambiental predatória é responsável para acontecer à fúria da natureza ocasionando inundações, nevascas, desertificações em várias partes do planeta, é nessa hora que não vale nada o orgulho e poder dos países e homens mais ricos do mundo nesse bojo estamos nós indígenas. Diante da reação da natureza não existe protocolo nem todo dinheiro do mundo para acordar uma trégua.

Vale que os parentes no Mato Grosso do Sul são mortos por proprietários de grandes fazendas. É este progresso que polui nosso mundo e faz com os que mais ricos fiquem mais ricos e os mais pobres mais pobres. As Terras Indígenas são, ao contrário disso, reais exemplos de progresso. Nelas ainda se encontra ar puro, água, espaço, liberdade e reciprocidade. Nelas se pode viver sem nos submetermos a patrões e donos de negócios que querem só nossa força de trabalho e pagar o mínimo possível para que possam lucrar o máximo.

Convidamos assim vocês para refletirem sobre o nosso mundo de hoje, pensarem como podemos melhorá-lo e que estratégias podemos traçar em conjunto, pois essa história de 28 anos traz uma marca importante dos nossos ancestrais, a coletividade. Nossa instituição sempre foi e continuará de portas abertas para que nossos trabalhos sejam conhecidos, analisados e melhorados.

Assim como não deixamos de sermos indígenas por usarmos novas tecnologias ou falarmos português, não deixaremos que novas táticas de colonização acabem com nossos saberes e práticas milenares. Saibam suas histórias, procurem saber a versão não somente dos dominantes, mas também a versão daqueles que resistem que lutam para que injustiças não sejam perpetuadas. Uma grande parte dessa história de resistência está aqui, ela é incorporada pela FOIRN, está na nossa maloca, nas nossas lideranças, nas nossas comunidades, roças, em danças de cariçu, em rodas de caxiri e também em nossos livros, arquivos e vídeos. Conheçam esta história.

Os parabéns a FOIRN e a todos que contribuíram para sua existência no passado e no presente, é na verdade um parabéns à diversidade, à pluralidade e à tudo que nossos povos indígenas do Rio Negro representam.

Fundação e histórico

‘‘Convidamos assim vocês para refletirem sobre o nosso mundo de hoje, pensarem como podemos melhorá-lo e que estratégias podemos traçar em conjunto, pois essa história de 28 anos traz uma marca importante dos nossos ancestrais, a coletividade. Nossa instituição sempre foi e continuará de portas abertas para que nossos trabalhos sejam conhecidos, analisados e melhorados’’.

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Demarcação das Terras Indígenas de Cué-cué/Marabitanas, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos

Educação Escola Indígena: Em 2014 realizamos seminários de educação escolar indígena em todas as regiões do Rio Negro com objetivo de diagnosticar a atual situação da educação escolar indígena no Rio Negro. Os dados, as propostas elaboradas nesses seminários locais foram reunidas, debatidas e encaminhadas durante o seminário regional realizado em junho do mesmo ano, onde teve representantes de governos municipal, estadual e federal para a repactuação do Plano de Ação do Território Etnoeducional Rio Negro, onde cada instituição se comprometeu em realizar ações em prol da melhoria da educação escolar indígena no Rio Negro. As ações voltadas para a educação escolar indígena são realizadas ou acompanhadas pelo Departamento de Educação. Atualmente nosso foco é na elaboração dos Projetos Políticos Pedagógicos Indígenas onde acompanhamos equipes das secretarias municipais de educação no processo de construção desses projetos.

Saúde Indígena: Há pelo menos dois anos que a saúde indígena no Rio Negro está ruim. As equipes multidisciplinares não conseguem atuar em área por falta de medicamentos básicos, às vezes por falta de combustível e quando tem esses dois primeiros, por falta de pagamento de práticos/motoristas fluviais. Diante dessa situação exercendo nosso papel de controle social, realizamos reuniões com os profissionais de saúde e a coordenação do Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Negro para buscarmos respostas do problema. Organizamos comissão para estudar os problemas e sistematizar propostas enviadas pelas comunidades, que resultou em Carta Pública sobre a situação da saúde indígena no Rio Negro.

Gestão dos territórios: Formação de jovens lideranças para atuar no fortalecimento das associações de base (Gestores de Projetos e em Gestão Territorial e Ambiental) e apoio para realização de assembleias nas bases. Com as associações de base discutindo suas demandas, interesses, desafios e conhecendo melhor seus direitos estarão fortalecidas para fazer a gestão de seus territórios. Com o início de elaboração dos PGTAs na região irão fortalecer essa ação que é fundamental.

Economia Indígena: Os projetos que visam a geração de renda são desenvolvidas diretamente pelas associações de base, e o nosso papel é incentivar, apoiar e fortalecer essas iniciativas e projetos. Hoje, algumas iniciativas como a Pimenta Baniwa, dos povos Baniwa e Koripaco já é um projeto reconhecido nacionalmente, uma experiência que já beneficia várias famílias e comunidades na região do Içana. O mais recente e inovador projeto de alternativa econômica em desenvolvimento no rio Negro é o Projeto de Turismo de Pesca Esportiva no Rio Marié que beneficia 15 comunidades no Médio Rio Negro. Alguns artesãos da região do Tiquié continuam produzindo e comercializando o banco Tukano como alternativa econômica. Atualmente, há várias pequenas iniciativas de produção de artesanatos em toda a região, especialmente de mulheres indígenas através de associações. Outras iniciativas estão em processo de organização como o de artesãos do Rio Xié, que irão produzir artesantos a partir da fibra de piaçava. Mantemos também a loja Wariró na nossa sede em São Gabriel da Cachoeira, centro de comercialização de produtos indígenas do Rio Negro.

Anualmente realizamos oficinas sobre economia indígena e encontro de produtores indígenas do Rio Negro para troca de experiências, discussão de alternativas e projetos de geração de renda.

Estamos nos organizando para realizar o I Festival da Mandioca do Rio Negro, evento que tem o objetivo de divulgar e valorizar o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, reconhecido como patrimônio cultural do Brasil desde 2010, pelo IPHAN.

Temas prioritários da gestão 2013-2016

PIMENTA BANIWA

PESCA ESPORTIVA NO RIO MARIÉ banco TUKANO

Funai normatiza Etno e Ecoturismo em Terras Indígenas.

A Fundação Nacional do Índio publicou a Instrução Normativa Nº 3 no último dia 11 junho de 2015, estabelecendo normas e diretrizes para as atividades de visitação com fins turísticos em Terras Indígenas.Fruto de um longo debate e acúmulo ao longo dos anos na Funai, a regulamentação é um dos desdobramentos da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas (PNGATI) que prevê ̈ apoiar iniciativas indígenas sustentáveis de etnoturismo e de ecoturismo, respeitada a decisão da comunidade e a diversidade dos povos indígenas, promovendo-se, quando couber, estudos prévios, diagnósticos de impactos socioambientais e a capacitação das comunidades indígenas para a gestão dessas atividades".

SAIBA +http://zip.net/bvsfK4

Foto: Rodrigo SallesFoto: Adeilson Lopes/ISA

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Projetos Institucionais da FOIRN em 2015

Rainforest Foundation, “Fortalecimento Institucional, governança e autonomia na Bacia Do Rio Negro, Noroeste Amazônico.” Este projeto trabalha com o fortalecimento da articulaçãoo política e da identidade organizacional da FOIRN, organizando e planejando as ações de todos seus departamentos e setores, produzir eventos que garantem a governança da FOIRN como o Conselho Diretor e garantir que a articulação da FOIRN com sua base e instituições parceiras seja constante e reflita os interesses dos povos indígenas.

Horizont 3000, “Gestão de direitos e territórios coletivos na governança do bem viver e produção de conhecimentos no rio negro”. Este projeto busca apoiar o reconhecimento e fortalecimento dos territórios e conhecimento indígenas e tradicionais do Rio Negro, garantindo a sustentabilidade e o bem viver das comunidades, por meio do fortalecimento da FOIRN e associações de base, sobretudo, na articulação e implementação de iniciativas inovadoras de gestão territorial.

Embaixada da Noruega, “Fortalecimento das Coordenadorias Regionais da FOIRN, articulação e comunicação para ações de Gestão Ambiental e Territorial do médio e alto rio Negro.” Este projeto trabalha para articular as Coordenadorias Regionais da FOIRN para garantir a execução e comunicação – através da atuação de equipes interinstitucionais para que a participação efetiva das Coordenadorias, lideranças comunitárias e associações locais – de ações de gestão territorial a partam de demandas locais e considerem a Política Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas. Possibilita ações das Coordenadorias, fomente ações de comunicação da FOIRN tanto para a região do Rio Negro como para instituições e público em geral. Cria também condições para elaborar os Planos de Gestão Territorial e Ambiental.

Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas, “Plano de gestão territorial e ambiental das terras indígenas do rio negro”. Este projeto teve como objetivo formar uma turma para conhecer e saber trabalhar com a PNGATI, lei de 2012 que dá diretrizes para a gestão territorial e ambiental das Terras Indígenas e suas ferramentas, os PGTAs. Durante o segundo semestre de 2014 e 2015 participantes das cinco coordenadorias mais funcionários da FUNAI, ICMBio e ISA se reuniram em 4 módulos em São Gabriel da Cachoeira, realizaram 3 etapas de pesquisas em suas comunidades e organizaram trabalhos de conclusão do curso que foi publicado pela FOIRN.

Prestação de contas dos Projetos da FOIRN

É contratada uma auditoria independente para todos os projetos institucionais da FOIRN, como também há uma auditoria institucional. A cada 4 anos é eleita pelo Conselho Diretor ( CD FOIRN) uma Comissão Fiscal para analisar todos os relatórios financeiros e contáveis de projetos desenvolvidos pela instituição antes de cada reunião do CD FOIRN que acontece 3 vezes por ano. A comissão faz um relatório (parecer) de observações e recomendações sobre os documentos analisados e, é apresentado na reunião onde é discutido e aprovado (ou não aprovado) pelo conselho. Esse relatório serve para orientar e melhorar o trabalho da diretoria, departamentos e setores da instituição, principalmente a gestão dos projetos desenvolvidos. O objetivo dessa atividade é garantir a participação das bases na gestão de recursos financeiros e projetos, pois os conselheiros do CD FOIRN são indicados nas bases e as informações compartilhadas nas reuniões são levadas até as comunidades.

Á esq. Formação de lideranças em PNGATI. a dir. Diretores da FOIRN: Marivelton R. Barroso e Almerinda em vista aos parceiros e financiadores na Áustría.

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SETOR DE PROJETOSResponsabilidades:• Viagens de diagnóstico, planejamento participativo com opúblico alvo (comunidades, etc...);• Trabalho de gabinete na FOIRN para sistematização,elaboração/formulação, negociação, encaminhamento ereformulação dos projetos institucionais e/ou das associaçõesde base da FOIRN para acessar recursos dos órgãos eagencias de financiamentos governamentais e nãogovernamentais.

SETOR DE LOGÍSTICA, SERVIÇOSGERAIS E ALMOXARIFADOResponsabilidades:• Cuidar da instalação, manter a segurança, organizar opatrimônio;• Controlar entrada e saída de equipamentos da FOIRN.

SETOR DE COMUNICAÇÃOResponsabilidades:• Informar, esclarecer e conscientizar ascomunidades, associações de base e a sociedade em geral, sobre temas relacionados a FOIRN e à população indígena.

SETOR WARIROResponsabilidades:• Incentivar a comercialização e a produção de artesanatonas comunidades, valorização e divulgação da culturaindígena.

DEPARTAMENTO DE MULHERESResponsabilidades:• Realizar, Articular, Representar, Participar dereuniões, Encontros, Conferências e Assembleias;• Elaborar Projetos para o DMIRN;• Apoiar a elaboração de Projetos da Associaçõesde Mulheres;;• Atender diariamente Público (MulheresIndígenas;• Realizar viagens de acompanhamento dasatividades das Associações de Mulheres;

SETOR FINANCEIROResponsabilidade:• Planejar e acompanhar a situação financeira da Foirne ainda apoiar no controle patrimonial e na logística.

SETOR DE SECRETARIA E RECEPÇÃOResponsabilidades:Secretaria• Averiguar e-mails institucionais e organizar e manter atualizada a agenda da diretoria e agenda geral. • Divulgar deliberações e procedimentos determinados pela diretoria;• Marcar, preparar e ajudar nas reuniões;• Apoio na organização de eventos.• Receber e encaminhar projetos, relatórios e correspondências em geral;• Manter atualizado o cadastro de associações filiadas a FOIRN;• Redigir ou digitar os convites, ofícios, relatórios, atas, estatutos dasassociações filiadas;• Redigir as correspondências em geral.• Elaborar ofícios ( responder e encaminhar para instituições)• Redigir declarações de Capitão da Comunidade (solicitar ata de eleição da comunidade) e declaração de residência;• Protocolar, arquivar os documentos e manter os arquivos atualizados e organizados;Recepção• Atendimento ao público em geral;• Encaminhar os visitantes ao setor responsável conforme suas solicitações;• Verificar a agenda da diretoria junto à secretaria;• Atender as solicitações de ligação da instituição e publico externo que solicitam ligação com previa autorização da diretoria executiva;• Atualizar lista de contatos da instituição;• Retirar correspondência da instituição nos correios;• Verificar e acompanhar o livro de ponto dos funcionários;

DEPARTAMENTO DE ADOLESCENTES EJOVENS INDÍGENASResponsabilidades:• Atender diariamente ao público;• Organização de documentos do DAJIRN;• Elaboração e preenchimento de projetos voltados para ajuventude;• Divulgar os trabalhos e o papel do DAJIRN através daradiofonia, do Wayuri, rádios, redes sociais, blog da FOIRN;• Acompanhar diretores nas viagens para divulgar os trabalhos do DAJIRN;• Elaborar relatórios após reuniões e eventos do DAJIRN/FOIRN;• Participação de seminários, conferencias, congressos,assembleias realizadas em nível municipal, estadual, federal e Internacional;• Buscar apoio para realizar eventos com outras instituições emovimento de jovens existentes;• Sistematizar as demandas apresentadas pelos jovens nosencontros, como proposta: política pública.

Responsabilidade:• Participar de reuniões, seminários, cursos de capacitação;• Incentivar a participação das comunidades na discussão sobre Educação Escolar Indígena e elaboração de projeto político pedagógico;• Participar das reuniões dos conselhos Municipais de Educação FUNDEB, MERENDA ESCOLAR, CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, magistério, Licenciaturas Indígenas e comissões ou comitês que tratem de Educação Escolar Indígena no município;• Assessorar as atividades acadêmicas aos estudantes indígenas;• Sistematizar e encaminhar para a diretoria as demandas das associações filiadas a FOIRN nas questões de educação;• Ser interlocutor da FOIRN junto a Associação dos professores Indígenas do Alto Rio Negro – APIARN;• Ser interlocutor da FOIRN junto à equipe de assessoria de Educação escolar Indígena;• Articular junto as comunidades e gestores públicos dos Município de abrangência da FOIRN;• Desenvolver e apoiar a valorização da diversidade lingüística do rio Negro

Departamento de Educação

Departamentos e SetoresConheça as responsabilidades/trabalhos de cada setor e departamento da FOIRN. Os Departamentos de Mulheres e Departamento de Adolescentes e Jovens tem seus membros eleitos a cada 4 anos, enquanto os recursos humanos dos demais departamentos e setores são permanentes.

Diretores e funcionários participando da inauguração de uma das Casas da Pimenta Baniwa.Foto: Acervo FOIRN

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Organograma da FOIRN

Assembleia Geral

Conselho DiretorComissão Fiscal Coordenadorias

COIDI

COITUA

CAIARNX

CAIMBRN

CABC

Diretoria Executiva

SetoresDepartamentos Linhas de Ações

Departamentode Educação

Departamento de Mulheres

Departamentode Juventude

Setor de Comunicação

Loja WariróSetor de Projetos

Loja Wariró

Setor Financeiro

Secretaria/Recepção

Logística/Almoxarifado

Educação Escolar Indígena

Direitos Indígenas

MudançasClimáticas

ComercializaçãoWariró

FormaçãoCapacitação

Gestão Territorial

Controle Social

Valorização Cultural

Segurança Alimentar

A nossa instância maior de consulta e deliberação é a Assembleia Geral. A FOIRN realiza a Assembleia Geral para discutir tema importantes para os povos indígenas que representa, onde participam todas as lideranças das organizações de base. As Coordenadorias Regionais são os ‘‘braços direito’’da FOIRN, acompanham e apoiam as organizações de base na elaboração de projetos, realização de assembleias, elaboração de projetos e articulação política. Atualmente, a indicação de candidatos para concorrer a diretoria da FOIRN acontece nas Assembleias Sub-Regionais, que são eventos realizados por regiãodo Rio Negro pelas coordenadorias regionais. A FOIRN atua em várias linhas de ações e para isso, cada setor desempenha papel específico para que essas atividades sejam realizadas e os objetivos alcançados.

(ver página 8)

Page 8: Wayuri 2 edição especial final

SISTEMA AGRÍCOLA TRADICIONAL DO RIO NEGRO

Um dos principais desafios hoje dos povos indígenas no Brasil é a luta pela defesa e cumprimentos dos direitos garantidos na Constituição Federal de 1988, entre as quais o direito à terra (demarcação). Hoje há inúmeras propostas de leis tramitando no Congresso Nacional, feitos por representantes do agronegócio, empresas mineradoras e outros, como objetivo de acabar com esses direitos, movidos pela ganância e interesses próprios de poucos. Para isso é fundamental que organizações indígenas, desde as pequenas (das bases) e as maiores (de representação regional e nacional) estejam fortalecidas. Existe várias formas de você contribuir nesse processo,uma delas é compartilhando a história de luta dos povos indígenas pelos direitos e pela existência. Outra forma de contribuir é você participando das reuniões, seminários ou eventos realizados pelo movimento indígena. E ainda, você pode contribuir financeiramente para essas instituições continuem lutando pelos nossos direitos. Pensando nisso, foi criado pelo Conselho Diretor da FOIRN, aprovado em Assembleia Geral um fundo de participação de todos os interessados em contribuir financeiramente. Muitos já estão participando, e você nosso leitor, pode também participar. O recurso doado será aplicado e investido no fortalecimento das associações de base (apoio para realização de assembleias, oficinas de formação entre outras ações consideradas prioritárias). O próprio Conselho Diretor faz a gestão desse recurso, ou seja, a diretoria executiva da FOIRN não tem autonomia para usar o recurso, somente o Conselho Diretor que determina quando e onde deve ser usado o recurso, a partir das necessidades e prioridades. Participe, você também, deposite ou transfira quando e quanto puder para Fundo Wayuri: Banco do Brasil - Agência: 1136-3 e Conta Poupança: 23.414-1. (Envie seu comprovante para e-mail: [email protected] e seu nome será incluído na lista de colaboradores).

FUNDO WAYURI

‘‘ É uma conquista não apenas dos povos indígenas que vivem na região do médio e baixo Rio Negro, e sim de todos os povos indígenas do Rio Negro’’, disse presidente da ACIMRN em 2010, na cerimônia de entrega do certificado de reconhecimento do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (SAT-RN), reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

O SAT-RN é o conjunto de saberes e modos de transmissão de conhecimentos que se relacionam, entre os quais: a diversidade de plantas, as técnicas de manejo da roças e quintais, o sistema alimentar, os utensílios, processamento e armazenamento, ou seja, a cultura material e, por fim, a conformação de redes de troca de plantas e conhecimentos associados.

O IPHAN em parceria com a FOIRN, Coordenadorias Regionais e associações de base está iniciando a discussão e a formação de conselhos da roça a nível do Rio Negro, que serão espaços de discussão e debates, troca de conhecimentos e experiências sobre o tema. Os Conselhos da Roça faz parte de ações de salvaguarda do SAT-RN.

Na comunidade São José, Médio Içana. Foto: Bela Gil (foto da página no facebook)

Expediente

Gestão 2013-2016Almerinda Ramos de Lima Tariana-PresidenteIsaias Pereira Fontes Baniwa - Vice PresidenteRenato da Silva Matos TukanoNildo José Miguel Fontes TukanoMarivelton Rodriguês Barroso Baré

Wayuri Edição Especial 2015

Edição: Raimundo M. Benjamim/SETCOMColaborador: Renato Martelli/ISA

Imagens: Acervo FOIRN

Contato: [email protected](97) 3471-1632

Parceria Apoio institucional

A PEC 215 quer estabelecer que as terras indígenas não devem mais ser demarcadas por um ato do governo assegurado pela Constituição Federal, mas pelo Congresso Nacional.

Não vamos deixar que poucos mexam nos direitos de muitos.

Essa luta é de todos!

PEC215NÃO!