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Walter Aranha Capanema Walter Aranha Capanema [email protected] [email protected] Servidores Públicos na Servidores Públicos na Jurisprudência. Uma análise de Jurisprudência. Uma análise de temas trazidos pela temas trazidos pela jurisprudência do STF, STJ e do jurisprudência do STF, STJ e do TJERJ. TJERJ. Direito Administrativo

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Direito Administrativo. Servidores Públicos na Jurisprudência. Uma análise de temas trazidos pela jurisprudência do STF, STJ e do TJERJ. Walter Aranha Capanema [email protected]. PLANO DE AULA. 1.Regime Jurídico Único 2.Direito de Greve e Competência 3.Competência - PowerPoint PPT Presentation

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Walter Aranha CapanemaWalter Aranha [email protected]@waltercapanema.com.br

Servidores Públicos na Jurisprudência. Servidores Públicos na Jurisprudência. Uma análise de temas trazidos pelaUma análise de temas trazidos pela

jurisprudência do STF, STJ e do TJERJ.jurisprudência do STF, STJ e do TJERJ.

Direito Administrativo

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PLANO DE AULAPLANO DE AULA1.Regime Jurídico Único1.Regime Jurídico Único

2.Direito de Greve2.Direito de Greve e Competência e Competência

3.Competência 3.Competência

4.Cargos em Comissão4.Cargos em Comissão

5.Estabilidade5.Estabilidade

6.Estágio Probatório6.Estágio Probatório

7.Remuneração e Vencimentos7.Remuneração e Vencimentos

8.Concursos Públicos8.Concursos Públicos

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REGIME JURÍDICO ÚNICOREGIME JURÍDICO ÚNICO

Redação original do art. 39, Redação original do art. 39, caput, caput, CFCF::

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.das autarquias e das fundações públicas.

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REGIME JURÍDICO ÚNICOREGIME JURÍDICO ÚNICO

A EC 19/98 modificou o referido artigo, A EC 19/98 modificou o referido artigo, eliminando a exigência de um Regime eliminando a exigência de um Regime Jurídico Único:Jurídico Único:

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos integrado por servidores designados pelos respectivos Poderesrespectivos Poderes. .

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REGIME JURÍDICO ÚNICOREGIME JURÍDICO ÚNICO

Lei 9.962/2000: Lei 9.962/2000:

““Disciplina o regime de emprego público do Disciplina o regime de emprego público do pessoal da Administração federal direta, pessoal da Administração federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras autárquica e fundacional, e dá outras providênciasprovidências””

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REGIME JURÍDICO ÚNICOREGIME JURÍDICO ÚNICO

Alguns partidos (PT, PDT, entre outros) Alguns partidos (PT, PDT, entre outros) propuseram ADIN contra a EC 19/98, propuseram ADIN contra a EC 19/98, alegando alegando a violação ao § 2º do art. 60 da CF a violação ao § 2º do art. 60 da CF (processo legislativo constitucional):(processo legislativo constitucional):

““A proposta será discutida e votada em cada A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, ambos, três quintostrês quintos dos votos dos respectivos dos votos dos respectivos membrosmembros..””

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REGIME JURÍDICO ÚNICOREGIME JURÍDICO ÚNICO

ResultadoResultado: suspendeu a redação do : suspendeu a redação do art. 39, com efeito art. 39, com efeito ex nunc, ex nunc, subsistindo a legislação editada. (ADI subsistindo a legislação editada. (ADI 2135-MC/STF).2135-MC/STF).

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DIREITO DE GREVEDIREITO DE GREVE

Prevê o art. 37, VII, CF:Prevê o art. 37, VII, CF:

““VII - o direito de greve será exercido nos VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em termos e nos limites definidos em lei lei específicaespecífica;”;”

Essa lei ainda não foi editada. Há mora Essa lei ainda não foi editada. Há mora legislativa do Congresso Nacional, passível legislativa do Congresso Nacional, passível de ser corrigida por de ser corrigida por mandado de injunçãomandado de injunção..

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DIREITO DE GREVEDIREITO DE GREVEA jurisprudência majoritária do STF aplicava o A jurisprudência majoritária do STF aplicava o entendimento de que, nos mandados de entendimento de que, nos mandados de injunção, caberia à Suprema Corte apenas injunção, caberia à Suprema Corte apenas comunicar ao Poder Legislativo a omissão comunicar ao Poder Legislativo a omissão legislativa (MI 186, MI 361 e MI 584):legislativa (MI 186, MI 361 e MI 584):

““O mandado de injunção nem autoriza o O mandado de injunção nem autoriza o Judiciário a suprir a omissão legislativa ou Judiciário a suprir a omissão legislativa ou regulamentar, editando o ato normativo regulamentar, editando o ato normativo omitido, nem, menos ainda, lhe permite omitido, nem, menos ainda, lhe permite ordenar, de imediato, ato concreto de ordenar, de imediato, ato concreto de satisfação do direito reclamado (...)” satisfação do direito reclamado (...)” (MI 186)(MI 186)

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DIREITO DE GREVEDIREITO DE GREVE

O STF abandona o posicionamento anterior, O STF abandona o posicionamento anterior, passando a colmatar a lacuna legislativa. passando a colmatar a lacuna legislativa.

Uma importante decisãoUma importante decisão ocorreu no ocorreu no julgamento do Mandado de Injunção que dizia julgamento do Mandado de Injunção que dizia respeito à omissão do legislador sobre o respeito à omissão do legislador sobre o direito de greve dos servidores públicos (direito de greve dos servidores públicos (MI MI 670 E MI 708)670 E MI 708)

O STF aplicou aos servidores públicos a Lei O STF aplicou aos servidores públicos a Lei de Greve da iniciativa privada (Lei de Greve da iniciativa privada (Lei 7.783/1989), com eficácia 7.783/1989), com eficácia erga omneserga omnes..

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DIREITO DE GREVE: DIREITO DE GREVE: COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

Ainda nos Ainda nos MI 670 E MI 708 discutiu-se sobre MI 670 E MI 708 discutiu-se sobre a competência para apreciar as questões a competência para apreciar as questões referentes às greves dos servidores.referentes às greves dos servidores.

O STF aplicou, por analogia, a Lei 7.701/98 O STF aplicou, por analogia, a Lei 7.701/98 (dissídios coletivos):(dissídios coletivos):

Greve nacional, mais de um TRF ou mais de Greve nacional, mais de um TRF ou mais de um Estado um Estado STJ.STJ. Um único TRF Um único TRF respectivo TRF.respectivo TRF. Estadual ou Municipal Estadual ou Municipal respectivo TJ.respectivo TJ.

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA““Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: processar e julgar:

I - as ações oriundas da relação de trabalho, I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos União, dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicípiosMunicípios;”;”

Pergunta-sePergunta-se: estão incluídas as relações : estão incluídas as relações estatutárias?estatutárias?

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

O STF declarou, O STF declarou, em liminarem liminar, a competência da , a competência da Justiça Comum para apreciar as causas envolvendo Justiça Comum para apreciar as causas envolvendo a Administração Pública e seus servidores a Administração Pública e seus servidores estatutários Interpretação conforme do art. 114, estatutários Interpretação conforme do art. 114, I, CF (STF ADI-MC 3.395).I, CF (STF ADI-MC 3.395).

““O disposto no art. 114, I, da Constituição da O disposto no art. 114, I, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutáriarelação jurídico-estatutária”.”.

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIACompetência para julgar ação de servidor de regime Competência para julgar ação de servidor de regime especial: especial:

Regime Especial ≠ Regime Estatutário / CeletistaRegime Especial ≠ Regime Estatutário / Celetista

Regime Especial = Servidores Temporários (art. 37, Regime Especial = Servidores Temporários (art. 37, IX, CF)IX, CF)

Regime Especial Requisitos Regime Especial Requisitos : a) previsão em lei : a) previsão em lei dos cargos; b) tempo determinado; c) necessidade dos cargos; b) tempo determinado; c) necessidade temporária de interesse público; d) interesse público temporária de interesse público; d) interesse público excepcional (ADI 2.229). excepcional (ADI 2.229).

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

Competência para julgar ação de servidor de regime Competência para julgar ação de servidor de regime especial: como a relação entre as partes é especial: como a relação entre as partes é jurídico-jurídico-administrativaadministrativa, a competência é da , a competência é da Justiça Comum Justiça Comum (STF CC 720).(STF CC 720).

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COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

• Ação de servidor que foi transferido do regime Ação de servidor que foi transferido do regime celetista para o estatutário, e pleiteia vantagens celetista para o estatutário, e pleiteia vantagens anterioresanteriores à implantação do Regime Jurídico à implantação do Regime Jurídico competência da competência da Justiça do TrabalhoJustiça do Trabalho (STF CC (STF CC 7089).7089).

• Se, contudo, o servidor transferido de regime Se, contudo, o servidor transferido de regime pleitear vantagens pleitear vantagens posterioresposteriores à implantação do RJU, à implantação do RJU, a competência será da a competência será da Justiça ComumJustiça Comum (STF (STF CC 7242).CC 7242).

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CARGO EM COMISSÃOCARGO EM COMISSÃO

PrevisãoPrevisão: art. 37, V, CF:: art. 37, V, CF:

““V - V - as funções de confiança, exercidas as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivoefetivo, e os cargos em comissão, a , e os cargos em comissão, a serem serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em leicondições e percentuais mínimos previstos em lei, , destinam-se apenas às destinam-se apenas às atribuições de direção, atribuições de direção, chefia e assessoramentochefia e assessoramento; (Redação da EC nº ; (Redação da EC nº 19/98)19/98)””

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CARGOS EM COMISSÃOCARGOS EM COMISSÃO

FunçõesFunções: direção, chefia ou assessoramento. : direção, chefia ou assessoramento. Não se admite cargo em comissão para funções Não se admite cargo em comissão para funções técnicas (ADI 3.706 - STF).técnicas (ADI 3.706 - STF).

Exigência de norma regulamentarExigência de norma regulamentar: o art. 37, V é : o art. 37, V é norma de eficácia contida, e precisa de lei norma de eficácia contida, e precisa de lei ordinária para regulamentá-lo. (RMS 24.287 ordinária para regulamentá-lo. (RMS 24.287 STF).STF).

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Regime dos Cargos em Regime dos Cargos em ComissãoComissão

Parâmetro: legalidade da criaçãoParâmetro: legalidade da criação

Legal: Estatutário (art. 1º,§2º, I, b da Lei Legal: Estatutário (art. 1º,§2º, I, b da Lei 9.962/2000)9.962/2000)

Ilegal: Celetista STJ CC 91.483: Ilegal: Celetista STJ CC 91.483:

““Assim, a contratação irregular não revela a Assim, a contratação irregular não revela a existência de relação estatutária, devendo, pois, existência de relação estatutária, devendo, pois, ser competente para processar e julgar a causa a ser competente para processar e julgar a causa a Justiça do TrabalhoJustiça do Trabalho””

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CARGO EM COMISSÃOCARGO EM COMISSÃO

BilateralidadeBilateralidade: a investidura do servidor em cargo : a investidura do servidor em cargo em comissão pressupõe sua aquiescência (TJRJ em comissão pressupõe sua aquiescência (TJRJ 2007.001.68829) .2007.001.68829) .

Está protegido contra a irredutibilidade dos Está protegido contra a irredutibilidade dos vencimentos (STF MS 24580).vencimentos (STF MS 24580).

Não possui estabilidade. Há exceções?Não possui estabilidade. Há exceções?

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ESTABILIDADEESTABILIDADEPrevisãoPrevisão: 41, CF.: 41, CF.

Não se aplica ao empregado das Sociedades Não se aplica ao empregado das Sociedades de Economia Mista e das Empresas Públicas: de Economia Mista e das Empresas Públicas: Súmula 390, TST e STF:Súmula 390, TST e STF:

““(…) (…) não se aplica a empregado de sociedade não se aplica a empregado de sociedade de economia mista, regido pela CLT, o de economia mista, regido pela CLT, o disposto no art. 41 da Constituição Federal, disposto no art. 41 da Constituição Federal, o o qual somente disciplina a estabilidade dos qual somente disciplina a estabilidade dos servidores públicos civisservidores públicos civis.” (STF AI 660.311-.” (STF AI 660.311-AgR).AgR).

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ESTABILIDADEESTABILIDADE

Servidor estável que, aprovado em outro Servidor estável que, aprovado em outro concurso público, tem o direito de retonar ao concurso público, tem o direito de retonar ao cargo anterior se for reprovado no estágio cargo anterior se for reprovado no estágio probatório ou se assim o quiser (recondução).probatório ou se assim o quiser (recondução).

Fundamento: Fundamento:

““(…) (…) enquanto não confirmado no estágio do enquanto não confirmado no estágio do novo cargo, não estará extinta a situação novo cargo, não estará extinta a situação anterioranterior” (STF MS 24.543)” (STF MS 24.543)

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ESTÁGIO PROBATÓRIOESTÁGIO PROBATÓRIO

Quem avaliaQuem avalia: : a avaliação do estágio probatório a avaliação do estágio probatório deve ser realizada pelo superior hierárquico deve ser realizada pelo superior hierárquico imediato ao servidor (RMS 16.153-SP STJ).imediato ao servidor (RMS 16.153-SP STJ).

Ilegalidade da exigência do cumprimento do Ilegalidade da exigência do cumprimento do estágio do prazo de estágio probatório para que estágio do prazo de estágio probatório para que o servidor figure em lista de promoção da o servidor figure em lista de promoção da carreira (MS 12.418 STJ).carreira (MS 12.418 STJ).

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ESTÁGIO PROBATÓRIOESTÁGIO PROBATÓRIO

Servidor afastado por motivos pessoais e a forma de Servidor afastado por motivos pessoais e a forma de contagem do prazo de 3 anos: contagem do prazo de 3 anos:

““O prazo deverá ser prorrogado pelo mesmo lapso de O prazo deverá ser prorrogado pelo mesmo lapso de tempo em que perdurar o afastamento ou licença, de tempo em que perdurar o afastamento ou licença, de modo a permitir a referida avaliação, pois o efetivo modo a permitir a referida avaliação, pois o efetivo exercício da função é-lhe condição”. exercício da função é-lhe condição”. (RMS 19.884 (RMS 19.884 STJ)STJ)

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ESTÁGIO PROBATÓRIOESTÁGIO PROBATÓRIO

Servidor que, em estágio probatório, adere à Servidor que, em estágio probatório, adere à greve: greve:

O STF entendeu que, nesse caso, a sua O STF entendeu que, nesse caso, a sua ausência foi ausência foi ””resultante de um movimento de resultante de um movimento de paralisação da categoria em busca de paralisação da categoria em busca de melhores condições de trabalhomelhores condições de trabalho” ” ((inassiduidade imprópriainassiduidade imprópria) : (RE 226966 – ) : (RE 226966 – STF). STF).

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REMUNERAÇÃO E REMUNERAÇÃO E VENCIMENTOVENCIMENTO

Vencimento = “é a retribuição pecuniária Vencimento = “é a retribuição pecuniária que o servidor percebe pelo exercício do seu que o servidor percebe pelo exercício do seu cargo” (Carvalho Filho).cargo” (Carvalho Filho).

Vantagens = Adicionais e GratificaçõesVantagens = Adicionais e Gratificações

Remuneração = Vencimento + VantagensRemuneração = Vencimento + Vantagens

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REMUNERAÇÃO E REMUNERAÇÃO E VENCIMENTOVENCIMENTO

A proteção a irredutibilidade de vencimentos A proteção a irredutibilidade de vencimentos (art 37, XV, CF) atinge tanto os cargos (art 37, XV, CF) atinge tanto os cargos efetivos, quanto os em comissão (STF MS efetivos, quanto os em comissão (STF MS 24580).24580).

Os vencimentos são impenhoráveis (STF Os vencimentos são impenhoráveis (STF AgRg no REsp 1.027.653)AgRg no REsp 1.027.653)

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REMUNERAÇÃO E REMUNERAÇÃO E VENCIMENTOVENCIMENTO

Servidor que recebe valor indevidamente: só Servidor que recebe valor indevidamente: só não devolverá se tiver recebido de boa fé:não devolverá se tiver recebido de boa fé:

““O requisito estabelecido pela jurisprudência, O requisito estabelecido pela jurisprudência, para a não devolução de valores recebidos para a não devolução de valores recebidos indevidamente pelo servidor, não corresponde indevidamente pelo servidor, não corresponde ao erro da Administração, mas, sim, ao ao erro da Administração, mas, sim, ao recebimento de boa-férecebimento de boa-fé” (STJ EREsp 612101).” (STJ EREsp 612101).

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REMUNERAÇÃO E REMUNERAÇÃO E VENCIMENTOVENCIMENTO

O servidor que contrai empréstimo e O servidor que contrai empréstimo e autoriza, autoriza, expressamenteexpressamente, o desconto mensal , o desconto mensal das parcelas em sua folha de pagamento não das parcelas em sua folha de pagamento não pode, por ato unilateral, cancelar o desconto pode, por ato unilateral, cancelar o desconto que havia livremente contratado (STJ RMS que havia livremente contratado (STJ RMS 22.949). 22.949).

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CONCURSOS PÚBLICOSCONCURSOS PÚBLICOS

Anulação de questões objetivas: o STJ Anulação de questões objetivas: o STJ admite: admite:

““Só excepcionalmenteSó excepcionalmente, em caso de flagrante , em caso de flagrante ilegalidade e quando ilegalidade e quando dissociada das regras do dissociada das regras do edital,edital, o Judiciário tem anulado o Judiciário tem anulado questão questão objetivaobjetiva de prova de concurso público de prova de concurso público” (STJ ” (STJ RMS 21.617)RMS 21.617)

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CONCURSOS PÚBLICOSCONCURSOS PÚBLICOS

Anulação de gabarito e direito adquirido de candidato prejudicado:

“diante de situação em que haveria a fixação pela banca examinadora do concurso de um gabarito que, ante a verificação de erro, demandaria correção, ficando na linha de atuação discricionária da própria banca a decisão sobre a correção do gabarito ou a anulação das questões”. (STF MS 27260/DF)

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CONCURSOS PÚBLICOSCONCURSOS PÚBLICOS Investigação sobre a vida pregressa do candidato e Investigação sobre a vida pregressa do candidato e contraditório: para o STF, o contraditório não é contraditório: para o STF, o contraditório não é necessário:necessário:

““O que se contem no inciso LV do artigo 5. da O que se contem no inciso LV do artigo 5. da Constituição Federal, a pressupor litigio ou acusação, Constituição Federal, a pressupor litigio ou acusação, não tem pertinencia a hipótese em que analisado o não tem pertinencia a hipótese em que analisado o atendimento de requisitos referentes a inscrição de atendimento de requisitos referentes a inscrição de candidato a concurso público. O levantamento etico-candidato a concurso público. O levantamento etico-social dispensa o contraditorio, não se podendo cogitar social dispensa o contraditorio, não se podendo cogitar quer da existência de litigio, quer de acusação que vise quer da existência de litigio, quer de acusação que vise a determinada sançãoa determinada sanção” (STF RE 156400 – ” (STF RE 156400 – leading leading case)case)..

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CONCURSOS PÚBLICOSCONCURSOS PÚBLICOS Direito à nomeação de candidato aprovado: Direito à nomeação de candidato aprovado: atualmente, o STJ reconhece a existência de direito atualmente, o STJ reconhece a existência de direito subjetivo à nomeação:subjetivo à nomeação:

““a partir da veiculação no instrumento convocatório a partir da veiculação no instrumento convocatório da necessidade de a Administração prover da necessidade de a Administração prover determinado número de vagas, nomeação e posse, determinado número de vagas, nomeação e posse, que seriam, a princípio, atos discricionários, de que seriam, a princípio, atos discricionários, de acordo com a necessidade do serviço público, acordo com a necessidade do serviço público, tornam-se vinculados, gerando, em contrapartida, tornam-se vinculados, gerando, em contrapartida, direito subjetivo para o candidato aprovado dentro do direito subjetivo para o candidato aprovado dentro do número de vagas previstas no editalnúmero de vagas previstas no edital” ” (STJ MS (STJ MS 10.381).10.381).

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CONCURSOS PÚBLICOSCONCURSOS PÚBLICOS

Termo Termo a quo a quo para a impugnação de regras para a impugnação de regras edital de concurso em mandado de segurança: edital de concurso em mandado de segurança: o STJ entende que é a data da publicação do o STJ entende que é a data da publicação do edital (STJ REsp 613.542).edital (STJ REsp 613.542).

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CONCURSOS PÚBLICOSCONCURSOS PÚBLICOS

• AlteraAlteração superveniente do edital: ção superveniente do edital: inadmissível, pois fere os princípios da inadmissível, pois fere os princípios da moralidade e da impessoalidade moralidade e da impessoalidade (STJ (STJ RMS 5437 e TJRJ 2008.017.00016) .RMS 5437 e TJRJ 2008.017.00016) .

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CONCURSOS PÚBLICOSCONCURSOS PÚBLICOS

Comunicação de aprovação em concurso público: Comunicação de aprovação em concurso público:

Não pode ser apenas pela Internet (TJRJ Não pode ser apenas pela Internet (TJRJ 2007.004.01214).2007.004.01214).

Não pode ser por simples contato telefônico (TJRJ Não pode ser por simples contato telefônico (TJRJ 2007.001.03513).2007.001.03513).

Não pode ser apenas por Diário Oficial (STJ RMS Não pode ser apenas por Diário Oficial (STJ RMS 24.716).24.716).

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CONCURSOS PÚBLICOSCONCURSOS PÚBLICOS No Estado do Rio de Janeiro, a comunicação No Estado do Rio de Janeiro, a comunicação deve ser por correspondência pessoal e deve ser por correspondência pessoal e publicação oficial (art. 77, VI, CERJ e TJRJ publicação oficial (art. 77, VI, CERJ e TJRJ 2004.004.00841):2004.004.00841):

““VI - a convocação do aprovado em concurso far-VI - a convocação do aprovado em concurso far-se-á mediante publicação oficial, e por se-á mediante publicação oficial, e por correspondência pessoal;”correspondência pessoal;”..

ObservaçãoObservação: essa forma de comunicação é : essa forma de comunicação é destinada ao aprovado em concurso, e não aquele destinada ao aprovado em concurso, e não aquele aprovado aprovado em faseem fase do concurso (STJ RMS 18744). do concurso (STJ RMS 18744).

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F I M F I M

Obrigado pela atenção Obrigado pela atenção Walter Aranha CapanemaWalter Aranha Capanema

[email protected]@waltercapanema.com.br