w annoxiv rio de janeiro, 4 de marÇo 1911 num....

8
w i «"'.-'. AnnoXiv RIO DE JANEIRO, 4 DE MARÇO DE 1911 Num. 1.317 ^^RSBj^^k UmE^^ MSbB ! JBÜ3Br Periódico humorístico Illustrado, bi-semanal -M^- RedacçIo e Escriptoüio RUA DA CARIOCA N. 53 sobrado xelephone N. 3.515 TDTD rí"~rtKV iSTlTT" Xarope contra a coqueluche e bronchites. Cura qualquer tosse em 24 horas VIDRO. ^^ -»*="^^3B*M^t iVl( Ta revista Irnnceza £'£ta(/í Academique ;;; 2$000 iiE^EiaEiEHKE —V Amor... sem nicheis. Pelo buraco de uma fechadura Esta mulher bispei, esplendorosa! Era o seu corpo de divina alvura Recamado de uns laivos côr de rosa. Dias depois fitou-me com ternura E disse-me por fim, semi-nervosa: —Já que te agradaminha formosura Vamos fazer a vida deleitosa. . E eu dei dois passos, mas, oh, caiporismo ! O h! negro azar, que ha muiio me persegue ! Nem um tusiaúo bolso! Horrendo abysmo. E apequena fugir de mim consegue E eu roi o chavelho do ostracismo... Ora para o diabo que o carregue I Vagabundo. ztte 3 :: *d M BS>- ELIXIR DE NOGUEIRA DO PHARMACEUTICO E CMlMICO JOÃO DA SILVA SILVEIRA ( PELOTAS-RIO GRANDE DO SUL ) Grande Depurativo cfo Sangue - Único que cura a SVPHILIS Casa Matriz—Pelotas—Ilii, Grande do 8nl. Caixa (il!. Casa Filial c Deposito Geral. Rnn ('iiriselliciro Saraiva I4 e 16. Caixa 148—Rio de Janeiro B•':— Vende-se em iodas as Pharmacias e Drogarias....

Upload: lamdat

Post on 13-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: w AnnoXiv RIO DE JANEIRO, 4 DE MARÇO 1911 Num. 1memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01317.pdf · Ninguém te punha o rabo Assim nesse frangalho !.. .> Deiró Júnior. no Theatro

w i «"'.-'.

AnnoXiv RIO DE JANEIRO, 4 DE MARÇO DE 1911 Num. 1.317

^^RSBj^^k Um E^^ MSb B ! JBÜ3Br Periódico humorísticoIllustrado, bi-semanal

-M^-

RedacçIo e Escriptoüio

RUA DA CARIOCA N. 53 — sobrado

xelephone N. 3.515

TDTD rí"~rtKV iSTlTT" Xarope contra a coqueluche e bronchites. Cura qualquer tosse em 24 horas

VIDRO.

^^ -»*="^^3B*M^t

iVl ( Ta revista Irnnceza £'£ta(/í Academique ;;;

2$000

iiE^EiaEiEHKE —VAmor... sem nicheis.

Pelo buraco de uma fechaduraEsta mulher bispei, esplendorosa!Era o seu corpo de divina alvuraRecamado de uns laivos côr de rosa.

Dias depois fitou-me com ternuraE disse-me por fim, semi-nervosa:—Já que te agradaminha formosuraVamos fazer a vida deleitosa.

. E eu dei dois passos, mas, oh, caiporismo !O h! negro azar, que ha muiio me persegue !Nem um tusiaúo bolso! Horrendo abysmo.

E apequena fugir de mim consegueE eu roi o chavelho do ostracismo...

Ora vá para o diabo que o carregue I

Vagabundo.

ztte 3 :: *dMBS>-

ELIXIR DE NOGUEIRA DO PHARMACEUTICO E CMlMICO JOÃO DA SILVA SILVEIRA( PELOTAS-RIO GRANDE DO SUL )

Grande Depurativo cfo Sangue - Único que cura a SVPHILIS

Casa Matriz—Pelotas—Ilii, Grande do 8nl. Caixa (il!.Casa Filial c Deposito Geral. Rnn ('iiriselliciro Saraiva I4 e 16. Caixa 148—Rio de Janeiro

_¦ •' :— Vende-se em iodas as Pharmacias e Drogarias ... .

Page 2: w AnnoXiv RIO DE JANEIRO, 4 DE MARÇO 1911 Num. 1memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01317.pdf · Ninguém te punha o rabo Assim nesse frangalho !.. .> Deiró Júnior. no Theatro

*\

0 RIO NU — 4 DE MARÇO DE 1911

SernarjatograpfyoO Joãozinho queria

Sahir no Carnaval fantaziado,E então, constantemente ao pne pediaFazendo-lhc uns carinhos, tini agrado,R'.ra comprar-lhe um disfarce de «Diubinho»,

( O seu sonho dourado I)Afim de vir p'ni run pandegar.

O pae do rapazinho,Apezar de lhe ler muita amizadeE devotar-lhe mesmo muito amor,

Teimava em lhe negar0 pedido, c com todu o ausleridade

Bradava: — «Nüo senhor 1Não consinlo que saias mascarado,lí de «Diabo» iudn menos, é escusado ;Pois és muito pequeno e ilida não podesAndar sozinho ahi por essas ruas

Mettido em íacs pagodes.--„ Porque te desvirtúas ! »

Próximo ao Carnaval,Tunto o Joãozinho fez, taes coisas disseAo pae' que o bom Ramalho, por final,

A' vista du meiguiceCom que o filho o disfarce lhe pedia,Rcsolveu-sc a fazer-lhe essa vontadeE comprou-lhe a sonhada fantazinDe «Diabinho», adquirida na cidade,

Com a «cauda» competente...E, chegado afinal o grande diaDc Carnaval, Joãozinho assuz contente

Vestiu a fanlazia,E após obler o «sim- do papaezinhoQue ú sahida lhe deu mais um conselhoPara não se metter com molecótes, _Lá se loi para a rua o «seu» Joãozinho

No seu traje vermelho,Aos saltos, aos pinotes,

E a dar com a «cauda» em todos que passavam,Os quaes, só por prudência,

Com o brincadeira não se incommodavamNem faziam nenhuma violência...

Depois de pandegarTodo o dia, Joãozinho regressavaA' casa, quasi noite, e ao ver passarjunto a elle um crioulo, calculava'Que o dito não daria o desespero

Por uma «rabanada»...E zaz I foi lhe arrumando uma lambada.O gajo fez um grosso destemperofi agarrando o... «ornamento posterior»...

Da roupa do petizArrancou-lh'o sem pena o grande bruto,

E, cheio de furor,Sem cocar o nariz,Em menos de um minuto

Além de dar no João alguns sopaposDeixou-lhe a «cauda» em tropos I

A chorar e os destroços apanhandoSeguiu depois p'ra casa o rapazinho ;

E no pae então contandoO negocio a seu geito

Disse que sempre andara direitinho.Entretanto, o Ramalho,

Depois de ouvir exclama:—tFoi bem feito lSe não teimasses cm sahir de «Diabo»

Ninguém te punha o raboAssim nesse frangalho !.. .>

Deiró Júnior.

no Theatro Municipal as instrueções publicadas no «Dia-rio Official» dc segunda-feira, sobre o cobertura doschapéos de sol e de oulros trastes semoventes.

Um gozo !X

Pergunta-nos o Sr. C. D. M. se é permitlido umhomem verter agua diante dc senhoras.

Oro, seu C. D. Al, lixe-se.

Xii O' ! raio, ó 1 sol,Suspende a lua,Bravos á ChicaQue morreu nua.»

Pcrnão Frango recitou isso ao ver o «Cordão Flordo Pupo Murcho» passar em Ircnle ;í nosso redacção.

E realmente linha razão o Pcrnão. O pessoal,apezar dc muito espirito, estava de pupo cabido por sercomposto de vigários c freiras c ler sido obrigado arecolher-se ao Convento.

Ué, xentes ! são coisas que se façam-se?"X

Escrevem-tios:« Cen L. Qante. Nois queremo casa. Meu elle ganho

cinco mi réis. Eu ganho arguinn coisa com us custura.Os ganhados se inquilibrão-se. Mais o meu noivo diçeque não goztu de cuslureiras. Que devo fazé. Caso ônão caso ?•-

Se elle declara peremploriamente que o seu ellenão gostn dc «cuslureiras» mande-o ii íuva e... caveoutro. O Amaral, por exemplo, da Eslruda de Ferro nãofaz questão de profissões... Sabe ?

X

Choros luzo-brazileiros

Atirei um limão doceNa careca do RamalhoO limão errando o alvoFoi nas faças do Carvalho.

) .Cupido quando nasceu_Tres coisas a mãe pediu:Uma boa p'ra o pescoçoDa gran Venus que o sorriu.

L. OaNTE.

ANTOLHOS

ÍV>ARNAVÂ 1 Carnaval Que elegampcia e que tetéa 1Durante os tres dias estivemos na ferrasse ansiscas du rua Espirito Santo, gozando a doce

! palestra dos mascaras.X

Vimos Mlle. Chubrégas, a intelligente, a loura, ainconcebível Chubrégas, fantaziada de vitella. Que dcverve 1 Pcrnão Frango escreveu logo esla quadra:

« Ao ver-te ditosa e bella,A multidão sc embasbaca.Repara, linda vitella,Que a minha musa encavaca..

XMais outro mascara dernier mala esteve nesta re-

dacçío Era, conseguimos saber mais tarde, o ArmmioChupio, director da pensão Guarda á Velha, que ia ler

KAGUENIO BODUM

Os nossos collegas «Correio da Manhã., «Diáriode Noticias, e muitos outros têm estampado em suascolumnas as polyfaças do illustre dono do Diário Official,doutor Kaguenio Bodutn. Infelizmente esses retratosforam tirados pelo telegrapho.

O Vagabundo, porém, que não dorme c que nao éphoca, por um alto esforço de não menos alta cavação,conseguiu arranjar o verdadeiro insfanlaneo do Bodum,no momento em que o mesmo, de chapéo na mão solid-tava o osso official.- ' -E depois digam (honi soit qui mal y pense) que«O Rio Nu. não dá o furo...

O NOSSO TIRONão houve neste Rio de Janeiro um só indivíduo ou

indivíduo dc carne c osso que não gritasse ii passugemdo nosso i.andau : — A's anuas 11

Effeclivnineiite, os lenços das senlioritas agitaram-sc, os velhos ficaram cm pé, babadinhos du silva e osbarbados mais moços ficaram "rubros" com a distri-buíção do nosso numero especial.

Decididamente foi móis que um suecesso a nossasahida: foi uni firo do João Cândido I -

E pura mais corroborar o bonito que fizemos, dis-tribuinios 10.000 ventarolas que nos foram gentilmentecedidas pelos autores do preparado Elixir de Nogueira,depurativo do snnguc. „. ¦',,

Agüento, Tosta I Diniilc do Iriumplio do Rio Nu,deves estar damnado de invejo I

— Oh I ferrrrro I I

Notas finaes do Carnaval de "1911

Tendo hnvido abuso, excesso, licenciosidade, nttc-vimento, pouco vergonha, opulpadclas e quejandas páb-farias no Carnaval que acaba de dor o prego, a «nulori-dade competente» determinou que, porá absolvição .detamanhos pecendos, os iieis tomassem cinzas de borra-lho ile forno de padaria. i- .'

Fiat lux! — como dizia o finado Castro Urso. «.-_¦¦

XPor usarem lança-perfnmes de calibre damasiadu-

mente grosso, foram presos e recolhidos d sala dosagenles do povoamento do solo os seguintes cidadãos acidudôas: A. B. C. D. c 1,2,3,4.

XOs jornaes diários, ua faina de encherem suas co-

lumnns de moteria de interesse, durante os tres dias defandanguassú, auginenlariiiii os calungas c cnlrelinhaiaiiiá grande.

Deus os conserve.X

Alguns indivíduos que prophetisaram grande lem-pestode no Carnaval, para não serem desmentidos toma-ram cada carraspana de se lhes tirar o chapéo.

Ahi, páos d'agua IX

Os lançii-pcrfiimes tiveram tanfa procura, que ospobres confeltis ficaram num caniinho, como se nuncativessem existido.

E' que toda gente gostu mais da coisn... queesguicha.

XDescobriu-se. esle anno que o que fazia azarão

Carnaval, havendo sempre chuva no primeiro, no se-gundo ou nos tres dias, eram os raios das fantasiasde... padres, frades e fruiras... '¦

Agora, quer a policia prohiba quer não, ficam abo-lidos esses estafermos.

XMuitos magnatas, que tinhum sempre uma desculpa

a dar l, pobre esposa, qurindo chegavam cm casa ás 3da madrugada, fnnlosiorum-se de sério nesses tres diase tomaram purganles e remédios para cxpellir solitária.

u ) Emquanto isso, algumas dellas (esposas) tumbemforam ver... as sociedades.

XNo melhor da festa, quando ainda muita gente que-

rin ver passar os Carapicíis da Gamboa, o pobre Car-naval passava num esquife n. 7, 9? classe, puxado acarros sem rnbo e illuminndo a íogo de capim gallinha.

Raios o parta !DlABRETE.

Bibliothecn d'0 RIO NUAcham-se á venda em nosso escriptorio os se-

guintes romances .,'««;UMA VIDA AMOROSA — Historia de uma mulher

de sangue quente, em que suo descriptas scenas da maisrequintada luxuria, acompanhadas de suggostivas gra-vuras. Preço IS0O0. Pelo Correio 1$500.

O DONZEL — Aventuras de um moço acanhado eque as circumstnncias fizeram o maior conquistador doRio. Este livro conta tudo com ff e rr. Preço 1$000. PeloCorreio l$500. ,. ,

UMA CEIA ALEGRE — hngraçadissima parodia à• Ceia dos Cardeaes», em versos brejeiros. Tres rcspci-taveis padres contam suas aventuras amorosas, numalinguagem dc alcova, sem peias... Preço 500 réis. PeloCorreio 800 réis.

AMORES DE UM FRADE — Escandalosas penpc-cias de amor prohibido, acompanhado de interessantesgravuras. Verdadeiras scenas dignas da antiga Roma.Preço 500 réis. Pelo Correio 800 réis.

Pedidos a A. Velloso — Carioca 53, sobrado

ü

Page 3: w AnnoXiv RIO DE JANEIRO, 4 DE MARÇO 1911 Num. 1memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01317.pdf · Ninguém te punha o rabo Assim nesse frangalho !.. .> Deiró Júnior. no Theatro

O RIO NU — 4 DE MARÇO DE 1911

EXPEDIENTEAiSiSlGIfATUÈAS

Anno... 1SS000 ¦ | Semestre... 1(000Exterior, anno lõgOOl)

Numero avulso, 100 réisNas Estados e no Interior, £00 réis

Os Agentes do Correia ou qualquer pessoa que nosenviar S assignaturas com pagamento adeantado, podemilescmitiir 15 % <le iiiiiimissíio.

Toda a correspondência, seja de yvser dirigida ao gerente desta folha.

i e$peoie fôr, deve

Çambiarrasl-XOS DO CARNAVAL)

fij/V^KRDADEHíO suecesso alcançaram os «adores"J nacionaes» durante o Carnaval !w Além das fantazias por nús jií indicadas«fc3 em numero anterior, conseguimos descobrir

ainda as seguintes:Aurclia Delorme, de «Magdalena Arrependida»,

causou grande sensação contando a sua vida desdecriança a todos que encontrava.

Estava muito bem disfarçada, principalmente peloscabellos, que tingiu de louro...

Para não destoar dos demais annos, o JorgeAlberto sahiu mesmo de «Conta-Gottas», e foi fácil-mente reconhecido pelo seu todo dc proprietário abas-tado e pelo indefectível «quebra-queixos».

Ignez Gomes, envergando um rico traje de«Maria da Fonte» e empunhando uma bundeira da Repu-blica de Portugal, fez um suecesso único... pelo tama-nho dos seus «mimosos pésinhos»...

Sobre o peito trazia um nro de ouro do Porto...dns Caixas, com o retrato de ü. Manoel.

Por não ter encontrado no mercado nenhumafantazia dc «B aiacú», o Lopes limitou-se a snhir mesmode «Lavrador... de epitapliios», em veisos de todos os

. metros, inclusive pés.... quebrados.Deu um sortão I

Ao contrario do que suppunhamos, a actriz He-lena Cavallier não sahiu este anno de «Tesoura», massim de «Tocadora de rabeca».

Não houve collega seu que escapasse ás suas temi-veis cabeçadas I... .

O Pedro Nunes 6 que deu um sortao fantaziadodc... Deflnxeira... empunhando um frasco do ja ufa-mado especifico "8", dc que fazia primorosa «reclame»,indicando n existência desse poderoso «cura-pingadei-ras» ... em todas ns boas pharmacias e drogarias.

Esteve admirável IOutro suecesso extraordinário causou a actriz

Cccilia Porlo, disfarçada em «Dentuça».Conhccemol-a immedialamcnte pela sua maviosa

voz de trovão.Também a Maria Tavares não se fanlnziou de

Dundn.. ¦ conforme se dizia.A intelligente e conscicnciosa... carnavalesca sahiu

«apennsmcnte» de «Sapa», embora fizesse tudo purapassor por «Rã».

Muita sorte deu também o Leite, que se enliounuma original fantazia de «Navalhinha» e cortou a valerna pelle do próximo.

Esteve afiadissimo... de graça IVimos também, numa bellissima fantazia de «Ca-

baca de Bronze», a apreciada cantora Ismenia Matteos,què esteve deliciosa de verve.

Era acompanhada por um bandno de «Perus»...desilludidos. ,

Suecesso incondicional logrou também o rariaPistolinha disfarçado em «Sayphilis» e aconselhando atodos de que se'acercava o uso do Elixir de Nogueira,do chi mico Silveira.

Conseguiu o que de ha muito desejava: ser applau-dido , . ,.O Domingos Braga, que todos julgavam sahirde «Dramaturgo», pregou um logro em regra ao pessoalsahindo mesmo de «Remorso», _ sua coroa de glorias...

Fugimos delle como o diabo da cruzlFantnziada de «Pretenciosa» vimos no Theatro-

Casino (antigo «Maison Moderne») a aquetriz Rachel,que dizia ser ali o ponto do Rio chie e que por issopara lá fora. , ..,..,

Conheccmol-a pela caiarão do frontispicio facial!...O Linhares deu também muita sorte vestido de

«índio Bororó» c salientou-se pelas tatuagens que traziana «mascara»...

Alé parecia nalura!!Como j_ era dc esperar, a Ophclia Godinho não

agradou nada na sua fantazia de «Cheira-cheira», pois,queria metter o nariz em toda a parte... e não haviaquem ddsse logar a isso.

Foi um fiasco em regra IFantaziado de «Arara» pintou a manta o ineffa-

vel Baptista, que dansou de velho a fartar.

Aquillo é que foi divertir... os outros !Também fez suecesso a Mathiide Carneiro, que

surgiu fantazinda de «Colica Uterina» e empunhava unifrasco da A Saude da Mulher, dc que dizia maravilhas.

Esteve primordial IPartindo para o Rio Grande do Sul com a com-

panhia do theatro da "Rua dos Condes" de Lisboa,enviaram-nos as suas despedidas os senhores Joaquimd'01iveira (emprezario), Aveilar Pereira (secretario), acto-res Pedro Cabral e Euzebio dc Mello, actrizes José-phina Soares e Dora Vieira e a corporação dos coristashomens e senhoras, da mesma companhia.

Gratos.O FÒ RA.

flu Bijou de Ia Mode - ^.pT^ado

e a varejo. Calçado nacional e estrangeiro para homens,senhoras e crianças. Preços baratissimos, rua da Cariocan. 80. Telephone 3.660.

O cuidado, a perfeição e a verve com que são feitosos livros que vendemos em nosso escriptorio, rua daCarioca 53, sobrado, dão-lhes feição sympathica mere-cidamente reconhecida por todos quantos têm o bomgosto de os ler,

Os devedores do "Rio Nu"Convidamos a saldarem os débitos con-

trahidos com O Rio Nu os seguintes senhores,cujos nomes sá deixarão de sahir publicadosnesta folha quando se resolverem a dar cum-primento a este convite:José Bento Q. Corimbaba

Braulio Gomes de Souza

Constante Jardim

Benedicto de Ávila Pina

Antônio Caldas Filho

Sebastião Vianna

Bruno Menezes

Jo3o Esteves

Tyrteu Santos

Januário Esteves Rodrigues

Santa Rita de Sapucahy.

Lafayette.

Ouro Fino.

Uberaba.

Pouso Alegre.

Barretos— S. Paulo.

Crato — Ceará.

Cidade de Palma.

Aracaju — Sergipe.

Sete Lagoas.Carneiro & Nascimento

Campos Elysíos de Rezende.Serzedello Correia de Lacerda

Natividade do Carangola.

Vagabundagenslí?_^5i Ui! Oi! Ahn! Vote, cobrai Não me

acordem I Estou molle, damnado, levado dodiabo Que gosto de cabo de chapéo de sol,

_ _ que resácn! Ui, minha avó I Se vomito e ventresoltos são ferimentos sangüíneos, eu estou ferido..:.Pudera não O Carnaval foi uma esbornea única e euque não sou molle nem jiada, sahi vestido de Tostadonzella, com um vestido branco, palma c capella. Quepândega, que pagode I Nao posso me ter cm pé, salvo

Nessa presporrencía de ultima hora, grudado aobraço da Filopnncia cahi no mundo fingindo andar aprocura do noivo que tinha ido parar, mesmo no dia docasamento, seduzido por uma camarada, no lar paternoda Tina Tatti. Com o meu porte delgado de cará lizo,toda a gente suppondo que eu era mulher de verdade,chegava-se para mim e...

Oh I filhos, respeitem o meu pudor INa Avenida a sorte foi maluca, porque um guarda

civil implicou commigo:Você 6 homem ou mnlhcr 7Ambas as coisas.Como ?

E" o que estou dizendo. Se fôr homem não mechamo Gouveia; se fôr mulher, não tenho cara deSuzana.

Mas...Não quero conversa.VocC não pódc andar com esses trajes.

Protesto. Só frade, freira, barbadinho, irmã de

caridade c outros tantos 6 que eslão «barrados» pelo.chefe. Noiva pôde levar a toda c qualquer hora...Hein ?A licença de andar francamente lia rua.Mas esta desrespeitando um sacramento da jSanta Madre...Não venhas com a madre, porque eu não sou o

Amaral da Estrada de Ferro. A Madre Igreja nada temque ver com o Carnaval 1

Com tal discurso e desconfiando tratar-se dc umsujeito de importância, o civil metteu-se com a sua civili-dade e eu continuei o meu caminho.

Alas o raio do azar estava commigo 1 Um velhotodo atirado a conquistador achou-me um «mulherão» eseguiu-me. A mulata no meio do povo perdeu-se. Vi-meí-S voltas com o velho e resolvi pregar-íhe uma peça :Que 6 isso, gentil ?

Ai! menina] Eu logo vi pelo teu andar quehavias de ser bella.Quem foi que disse que eu sou bello ?Ninguém; imaginei, sou capaz de jurar...Não jure... é capaz de jurar falso...

Ai, dandoquinhas ! que pedaço de rosto embaixo desta mascara e dessa fantazia, não é.Ora se é i Em baixo da fantazia você vera umpedaço... mas que pedaço ! sempre as suas ordens IUi t que eu desmaio de prazer! Sempre jurei quea menina seria boazinha para mim.

Sou... sou... lá isso sou I Vocô lia de gostarda boa menina.. . que sou eu, Mas... não paga nada?Oh ! coração, tudo o que quizeres. Estás comfome?

Damnada!Vamos comer doces ?Não gosto dessa comida...Queres camarões ?Por certo.Em gabinete reservado ?.Nada. Em publico. Não quero conhecimentos

¦fora de horas.Mettemo-nos em uma confeitaria c cahimos no

«champagnaceo» e nos «camarõezes».DepoÍ6 do «troço» fomos ao «choro» do Recreio e

0 velhote sempre grudado como uma ostra.Fui beijado p'ra burro 1

Oh, filho não sou mamadeira ISocega, Candongas I Já estou damnado l

No meio do baile um capitão de cavallaria atirou-separa mim:

Senhorita IO velho pizou na trouxa :•— Quem é senhorita?

Fala commigo 7Falo, senhor Capitão I Essa mulher é minha,

veiu commigo, è de minha inteira propriedade.Lavrou escriptura ?Acalme-se senhor Capitão.Não tenho medo de suas ameaças.Se o senhor 6 Capitão eu sou Coronel.Oh I ferro IOh I aço I

O «rolo» entrou e eu na voz de sarilho esqueci-meque era noiva e metti o superlativo da cocada no maBti-gante da Capitania.

Fiquei sem a mascara. O velho encarou-me e pizounos colletes:

Que vejo? O Vagabundo d'«0 Rio Nu*? Poisque? E' você, tratante?

Em carne e osso !E eu que gastei um dinheirão com um barbado

pensando que fosse uma mulher IPaciência. As apparencias illódem.

E foi tal a pândega que eu acordei de resáca e souobrigado a contar a vocês o caso carnavalesco que sepassou commigo.

Vagabundo.

Recebemos a seguinteCARTA ABERTA

Sôr redactor d'«0 Rio Nu», acabou-se o Carnaval;mais uma vez jururü, cá temos a Capital. Na quaresmaestamos já, que á todos sempre enfastia, de novo temospor cá o enfado, a monotonia.

Este Rio de Janeiro foi", e sempre assim será, nemmesmo tendo dinheiro o povo alegre andará; pro-curam-se diversões logo após o Carnaval, mas...tristezas aos montões encontra um pobre mortal, seriaaté p'ra fugir indo d'aqui p'ra o Peru, se para nos divertirnão houvesse «O Rio Nu».

San-tos.

Livros bem feitos, litteraiura alegre e fina, comvatapá, carurú e pimenta da Costa, só se encontram noescriptorio do «Rio Nu., rua da Carioca 53, sobrado.

Gosto muito de escriptos humorísticos, dizia emcerta roda uma senhora pretenciosa.Então V. Ex. é amante do estylo faceto ? — per-guntou alguém.

Amante ' de quem ? Veja lá como fala; eu souuma senhora honesta I

- ' :'.

Page 4: w AnnoXiv RIO DE JANEIRO, 4 DE MARÇO 1911 Num. 1memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01317.pdf · Ninguém te punha o rabo Assim nesse frangalho !.. .> Deiró Júnior. no Theatro

O RIO NU — 4 DE MARÇO DE 1911

lí. ¦'.:.-: V"

_-_.'. ...- .¦'¦, _¦'...' -.,:'.;;::#,_,-->->--'

Ella — Estamos cm plena quaresma, Vagabundo !Começou para nós o jejum...

O VAOARUNiiO O' filha, isso & coisa que se quebraá tõa t Estou ás tuas ordens...

E poderosíssimo e sem rival preparadopara curar todas as espécies de tosses etodaa as affccções dos órgãos respirato-rios.

Enoontra-se em todas as principaes drogarias e iiharmacias

Oosto muito de escriptos humorísticos, dizia emcerta roda uma senhora pretenciosa.Enlão V. Ex. é amante do estylo facelo ? — per-guntou alguém.

Amante du quem ? Veja \à como fala ; eu sou umasenhora honesta !

;x '.;.;.¦'yy-.-_.i- .... > _:-,x .C^, •'.:y."^ii-Lt

.. ¦ ¦¦:¦" .'; *'i'V V ;.. y. V.-,-.;:.^- :-»u.- -, /-"<.:¦»' *--*'¦xx^i .;..-¦" ' t.,V jfe-»"^

—¦-'----" ^y;^;

A moça — Porque ê que o senhor usa essa mania sobreas pernas ? Sente írio neste tempo ?

O TYPO — Pelo contrario, uso-a para occullar o effeitodo calor que me produzem as meninas bonitas...

A ve.u — f. eu que pensava que elle era um inof-fensivo í. - -

Peitoral de Angico Pelotense

Este especifico afamado é infallivelna cura das moléstias das vias da grandearvore da respiração, como sejam; í.anm-gile, Rouquidão, Bronchiie aguda e chroni-ca, Bronchorréa, Calarrho chronica Hcmo-pttses, Coqueluche, As th/na suffocante, Tísicapulmonar, Inflnenza,

Em 24 horas cura ao ar livre a deflu-xiío mais rebelde. Deve-se neste casatomar sempre DOSE dobrada.

Houve um banze medonho na noite deantehontem na residência do st". NicolrtoEnchetripas.

Alia noite, ns pessoas da família doreferido sr. acordaram com um estrondomedonho que sentiram alta madrugada,e procurando saber o que motivara talbarulho que quasi punha a casa abaixo,vieram a saber que aquillo fôra apenas oresultado de uma enorme sopa dc nabosque o sr. Enclielripas tomara ao jantar.

Felizmente nào houve desgraças alamentar, resumindo-se a coisa em umaforte desinfecção solicitada a Di. ctoriade Hygiene.

-' 'xx'"Bf__fâ1 __

O senhor fantasiou-se no Carnaval, seu Felicio ?Não minha senhora; estive em uso de a Plixir de Nogueira »,

o milagroso remédio contra o rlieumatisnío.

Uma Ceia Alegre ^|Ta_^_ ve"Na — 500 réis, cada exemplar, pelo Correio 800 réis.

Rio

<_*__tellÕe_, os mais aíamadoscigarros de S. Paulo, estSo á venda noRio na Confeitaria Castellões, CharutariaParis, Tabacari a de Londres e Charutariado Bar da Brahma.

N'um baile, por ahi:A dama jã tomou a capa e vae a retirar-se, quando chega

um cavalheiro apressado:Peço-lhe a honra desta valsa, minha querida senhora...

Ella, desculpando _e:A minha dansa agora 6 na cama.

O rapaz cora e responde :Tanto melhor ! Onde V. Ex. quizer...

Br__^l _F_n__K_ _ w . ¦I __F <-»* MB

__________ _- ~_Hr . _¦ *• ____

J_____Ü_E___8 Enviam-se insttucçõdando-se agencia.

e aceitam-se pedidos do interior,

fimores cie um Frade

Está í venda cm nosso escriptorio esteprimeiro volume da Collecção Amorosa.Leitura empolgante intercalada com sug-

gest-Vas gravuras, proporcionando ao feitoralgumas horas agradáveis.

Atacado de uma « estupidite chronica » veiu a Fallecer hontem.pouco ítntcs dc meia noite, cerca das quatro horas da tarde, o coithe-ctdo e intelíigente comprador de ratos mortos Manoel Largatraques.na oceasiao em que surrupiava uma « írueta » do Pará, que se achavaexposta n'uma casa de calçados p'ra burru.

Por esse motivo ficou suspensa a sahida dos paquetes mensaes,contra o que proleslaram varias senhoras.

Preço de cada vol.Pelo Correio

500 rSis.800 réis,

Uma Ceia Alegre - No RC1,cro é, °quc lm dcOil-' mais engraçado.

Aclut-so ri vendi, n'« O Rio Nú - — 500 réis, cada exemplar, peloCorreio 800 réis.

—Bravo, meu marido, que luxo ! Todoencadernado de novo I

— Qual encadernado, íillia ! Dize antesbrochado'

--l'ois, sim I Mas quem me derasempre a tua brocha I

Uma Viila Amorosa. — A' venda cmnosso escriptorio. Preço ISOOO, Pelocorreio 1$5Q0.

Após longos e horrorosos padecimen-tos, entrou híTdias em franca convalescençao illustrado garv Zd Culrimbns. muiloestimado na superintendência da LimpezaPublica.

O finado, cujo caracter era duro a todaprov6, foi levado para o cemilerio dentrode uma lata de lixo, lendo frrande acoip;pnuliamento de moscas varejeiras e maisquadrúpedes da mesmi espécie.

..... .¦_..-¦¦ _.«M»â_B_SÊi___.5wpíí

Ellaresraa,

Ei.i.sbacalháo,..

A aífliiencin de íreguezes, durante os dias de Carnaval, vemconfirmar mais uma vez o que aqui temos dito sobre a popularALFAIATARIA GUANABARA.

Porque, confeccionar roupas tão bem e por preços tao mo-derados é privilegio exclusivo desta alfaiataria, única no gênero.

Além disso, a rua em que está instaliada prova o bom gostode seus proprietários, sempre ávidos por bem servir a sua nume-rosa freguezia.

EdiaEsta

Hoje

Por

ccVeiihokoittar

Ua te.dia v

ijrdente

Ha muito quifeste íDava-me em Sores <Porém, djora de ale[.eio em ieu. pinos

Destaja essaMeu ppito deVai: il" ventu

E tu, que o ..raçãoVem, de automóvelVamos fa-r.ru zona

. v-i'

flí i

Afinal de contas, isto aqui _ uma exposição de collos, meuamigo! E sabes quaes são os encantos que mais attrahem oa mulher?Sei-os...

— __nà-j ea dizer qUL- ea tenlic.. b - - f Iim syiamor, ittinha R-ha. _dianle ? Este _ de

l\

Page 5: w AnnoXiv RIO DE JANEIRO, 4 DE MARÇO 1911 Num. 1memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01317.pdf · Ninguém te punha o rabo Assim nesse frangalho !.. .> Deiró Júnior. no Theatro

O RIO NU — 4 DE MARÇO DE 1911

TonicO Japonez — Ia™ P"funiar o ca-bello e destruir 05

parasitas, evitando com seu ubo diário todas as coferini-dades da cabeça, não ha como o Tônico Japonez — Ruados Andradas n. 95.

Ri.u

Buelláo...

Hoje é a primeira sexta-feira da qua-

Por isso 6 que já senti um cheiro a

CONFISSÃO

Veiihifcontar-te o fervoroso culto,Que lida te consagra esta minh'alnia,E diaa dia vae tomando vultoEsta aídeatc paixão que nada a acalma.

íuito quifeste amor vivendo oceultoi-meemd^ores da descrença a palma;m, agori de alegria exulto,etn teus olhos onde o —sim —se espalma.

í

DiíS^Iá essa razão dos meus scismaresMeu pHto de tristezas não tnais geme,Vao d_; ventura cm fóra pelos mares.

que ü caraçSo de gozo íreme,de automóvel tomar novos ares,

_>s fazer d zona lá no Leme...

CapirXo Eutico.

.^y*r

¦Jrfim f'S

S**^>£L¥„-*_3i_S||§*4

I

PesenganoDe que te valem tantos esplendores,Chichis, saias travadas, espartilhos.. .Pois, todos nós sabemos que, entre dores,Terás de dar ao mundo cinco filhos I

CapirSo Eutico.

BARRADOE' o titulo de um « levanta-defuntos » em cento e

(antas paginas escaldantes, levadas de todos os diabose que se acha á venda em nosso escriptorio ao preçoídiula» de dez tostões I i I — Mnis "cinco» pelo cor-reio. — Nessa obra única, RABOJ envou todas as fibrasde seu talento e metteu o nariz em em todas as bibocasdo Rio de Janeiro...

— Mamãe, este sujeito anda só atraz de •rtiim,r que eü tenho as pernas grossas. • .

i — B' um systema novo dc fazer declaração dertiúlha filha. Não ha homens que vão de traz para? Esta ?ae de baixo para cima..,

Acrua Japoneza — ,Na°ha oa,t,ra iu.eJT torne a pelle mais

macia. Dá ao cabello a côr que se deseja. E' tônico,faz crescer o cabello o extirpa a caspa. — Rua dosAndradas a. 95.

Yiijçs^c* **~

AOENC1A DE REVISTAS E JORNAESFigurinos, Romances c Cartões Postaes

Leitura só para homens.—Curar tristezas, 2S;Prazeres da Carne, (11 edição) 2$, (21 edição) 1$ ;Conlos sensuaes (3 vols.) t$5; Miseráveis dn Uuxu-ria 400 rs; Álbum de Venus, 13; Travessuras doAmor 600 rs; Amores de Rosinha, 1$; O aborta-dor,3$; Historia de uma rapariga elegante, 3»; Ko-mance d'uma alcova, 5$; Escândalos conjugaes, OS.

Todos esses romances são .Ilustrados.Pelo correio mais 500 réis para o porte.

Novidades semanaes -••• Braz Laaria

Rua do Ouvidor, 131 — Rio dc Janeiro

1

§ j$y3:f,. yy/ fc '~ih y\í Mm^^^^É^- *• #>

A-jj0t llVv--^V^^"~^}^^^; '} \í[i^H0$í| W \r

Não achas que devemos arranjar marido quanto antes ? Esta vida do solteira6 um liorror 1

Tens razão ; ha na nossa vida uma grande lacuna, que só o homem podepreencher... ^^^^^^^^^

0 CRIME DB COPACABANA

E* o titulo de um empolgante romance da amorde J. Brito (Bock), escripto com todos os matadores edescrevendo scenas da vida real, com verdadeira arteo maestria. — Acha-se em nosso escrípíoriot á venda,ao preço de 1$000 o volume — 1S500 pelo correio.

Restam poucos exemplares da edição que adqui-rimos, visto ter sido enorme a venda por nós até hojefeita.

— Que pena durar tão poucos dias o Carnaval 1A genle diverte-se tanto, ganha tanto dinheiro, exploratanto os paios... Que lastima não durar essa pândega peloum mez... —__________-___———

Pouaada Seccativa de São Lázaro — ^Jf^flqualquer ferida sem prejudicar o sangue ; alliviaqualquer dor, como a erysipela e o rheumatismo.Conhecida em todo o universo. Rua dos Andradas 95.

LCm gosto

Segundo fomos informados, omorro do Pão .d'Assucnr vae serem bVeve transferido para outrologar.

Ao que consta, irá oecupar oelevado cargo de porteiro mórdo Hospício de Alienados, emcujo posto, prestará, estamoscertos, relevantes serviços met-tendo o páo em quanto malucoapparecer,. , com juizo.

Todo me enlevo quando tocas pianoE cantas a ligeira cançoneta,Porém, sinto mais gosto e sobre-humano,Quando tocas, querida, clarineta.

EucAsouvRr.

O DONZEL

Leitura suggestiva e cheia deperipécias amorosas. — Acha-seA venda neste escriptorio.

Numa casa duvidosa :Elle ( puxando a carteira). — Apre! Cincoenta

mil réis... Acho carinho.E||n _ E' « carinho », é eu sempre fui inuit»

« carinhosa ».

.

— Que desculpa dá teu marido quando vem tarde da noitDiz sempre que esteve com o teu a jogar bilhar. £ o tO meu nunca recolhe depois de dez horas...

e para casa ?eu o que diz ?

Page 6: w AnnoXiv RIO DE JANEIRO, 4 DE MARÇO 1911 Num. 1memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01317.pdf · Ninguém te punha o rabo Assim nesse frangalho !.. .> Deiró Júnior. no Theatro

•s*$

DE MARÇO DE, 1911O RIO NU — 4

, olleoas e companheiras de classe no collegioiiãj dfs lcm"8' a Iou™ Eugenia e a morena Adelinaiv. j1 viveram ligadas por uma amizade estreita,j minto esfreita mesmo... até ao fim dos estudos.Ouando, por força das circumsfancias, foram obri-gaoas a separar-se, choraram muito e promelteramcontinuar a mesma amizade quando tornassem a seencontrar na sociedade, para onde cada qual ia enlrar

por uma porta differente.As duas amigas passaram assim sem se veremquatro annos. Um diu, porém, encontraram-se no PareKoyal, e foi quasi um escândalo esse encontro : abraça-ram-se e beijocaram-se tanto, que chamaram a attençãoae todos quantos assistiram aquelle reatamento derelações.

Eugenia !Adelina IComo estás gorda IComo estás chie ICnsastc ?V '. — Casei, ha Ires semanas. E tu?Eu também... Ha quinze dias.O casamento fez-te bem; eslá bem disposta...Tu não o estás menos.,.

Seguiu-se uma serie de confidencias cochichadas,mas fazia-se tarde e era preciso regressar á casa...Onde esfiis morando? perguntou Eugenia.Nos subúrbios.E eu cm Botafogo. Teu marido é bom rapaz ?Por emquanto, não tenho razão de queixa...O meu lambem tem-se portado galhardamente.Ama-me e nao se cansa de me dar provas, do seu amor...Quanto a isso, filha, duvido que elle seja melhordo que o meu... -Sim ? E' valente ?-Valentaço:E' preciso ter cuidado... já li num livro sobre a

physiologia do amor que esses Ímpetos no homein nnoduram muito...Historias I Quando se é moço e forle, não ha

perigo de enfraquecer na lueta...Não sei, Adelina... Tudo cnnsa neste inundo...Olha: tenho uma idéa.Dizé.Como residimos em pontos muito afastados, nãonos poderemos ver constantemente, não é ? Assim, é

preciso mantermos uma correspondência, pelo menossemanal.De accordo.E, paro tornar essa correspondência interessante,

podíamos narrar uma á outra, ..Ahi Eugenia falou ao ouvido da amiga. Esta

retrucou:Mas... como poderemos dizer isso em carta 1Muito simplesmente : usaremos lermos de es-

grima. Nós nos corresponderemos aos domingos e da-remos conta do que, a esse respeito, se passou durante asemana: Exemplo : eu te mando dizer que, nos torneiosde segunda-feira a sabbado, levei tantas estocadas...Bem lembrado!

Assim podemos verificar qual dos dois maridos imelhor esgrimista...

Eslá combinado! Mas olha: nada de trapaças,hein ?

coisa que Adelina fez foi procurar um livro de notaspara assentar as estocadas que diariamente recebessenos torneios de esgrima com o marido, o Edgnrd Pistola,um bom esposo, que lhe dava lodo o conforto e era deum ciúme atroz... Revolvia os gavetas da mulher,farejava tudo, e por isso, dois dias depois do enconlrodas duas amigas, descobriu o caderninho cm que Adelinafazia os seus assenlnmenlos. Ficou intrigado no ler isto«segunda-feira, 5, tres; terça-feira, 6, quatro», mas nãoquiz perguntar .1 esposa o que era aquillo. Já haviadesconfiado do que se tratava e, para se certificar, nanoite do terceiro dia não esgrimiu com a cara metade;no dia seguinte, apanhando o livro de notas, viu queAdelina havia lá poslo esta : «quarta feira, 7, zero...»

Ainda na quinln-fcira, Edgard não teve com amulher a costumadu sessão de assnlto a estoque; cassim foi, com grande pcznr para clln, na sexta e nosabbado,i-N° don,,nff0' recebendo o relatório de Eugenia,Adelina ficou desolada : ao passo que ella apresentaraum total de sele, a amiga passara de vinte I~ Dir-se-ia que Edgard fez de propósito — mono-

Jogou a pobre moça. Vejamos na semana que começahoje si serei mais feliz... Não fui. Por muito favor omarido concedia-lhe um assalto diário e ella viu queperdia novamente; no fim da semana, o total não pas-saria de sete... Uma vergonha IFoi em vão que ella procurou por todos os meiosdesafiar o Edgard, excitar-lhe os brios... Nuda con-seguiu. Elle não passava daquella conta...

*Negócios importíinles obrigaram Edgard a embarcar

para o interior na quinta-feira pela manhã. Apezar deciumento, não trepidou em deixar a esposa sozinha cmcasa, com os criados, durante ob quatro ou cinco diasda sua ausência forçada. Ficaram com Adelina, além dascriadas, o velho jnrdineiro e o filho deste, um rapnzolnrecém-chegado da terra, que praticava para substituiro pae no emprego.

Contando com a estupidez e a discreção desserapaz, o Edgard chamou-o antes de partir e disse-lhe:Manoel, tu sabes que leu pae me deve innumerosfavores c qoe tens obrigação de me ser fielSei, sim senhor, patrão.Pois bem. Eu vou viajar e quero que tu fiques desentinella junto á minha honra.. .

Que quer dizer isso, patrão ? Eu tenho de pegarnn espingarda *?Não é preciso. Basla que vigies a pnlrôa parame dizeres, quando eu vollar, si cila sair de casa ou siaqui veiu algum marmanjo... entendes ?Entendo, sim senhor.

Sô discreto e fiel, que te não arrependeria.Vá descansado, patrão.Mos o Manoel, depois que neceilou a delicadamissão de espionar a patroa, arrependeu-se c senliu-semal naquella posição de tomar conla dos passos da saraA rlplinji nlif» -fim lin;i nm num ,.[[,, ,...„ it__ .i .para elle, que lhe dava ns

— Palavra de honra 1 Direi apenas a verdade.** «

Chegando á sua casa, nos subúrbios, a primeira

roupas c o calçado que o patrão deixava de usar aindaem bom estado. Graças a ella, linha um lindo fato quasinovo, umiis botinas amarellos e um chapéo de palha,com que sala u passear aos domingos.Resolveu de si para si dizer a Adelinn que o patrãoo encarregara de a vigiar, mas que elle não dava pararepresentar aquelle papel.Na tarde desse dia, a esposa do Edgard passeavana chncnra qunndo viu approximar-se o rnpazola, com nr

perturbado, olhando-a sem n encarar e rolando entre osdados o gorro de lã grossa que trouxera da terraQueres dizer alguma coísn, Alnnoel? Deixadoembaraços, rapaz I Hn jii quatro mezes que estás anuicomnosco e ainda pnrece que chegaste lionlem.E' que... a patroa... o palrão...Que é que.tem o pnlrão ?— - A senhora não me comprometia, pelo amor deDeus I Eu vou dcsembuclinr: o pnlrão encarreeou-mede espionar a patroa, mas eu não dou para issoAdelina sentiu subir-lhe o rubor ás faces e, mor-dendo os lábios, encarou o rosto ingênuo e sincero doManoel, a sua organização forte c sadia, a robustez dosseus dezoito annos pnssados n trabalhar rudemente, e

mTd ^ " ™gi'r d° ""raie que lhc íizer« °

. . ~ E?'"°> Manoel, o patrão deixou-te de sentinellajunto a mim 'c A Klle disse que não precisava fazer sentinella, nãosenhora. Que eu reparasse se a senhora sabia ou se cávinha algum marmanjo...„„,* 7kbcn!,-c,i55e eI1". «rando do'cabello uma rosaque th collocara momentos antes—toma esia florguarda» nté ogo rt noite c ás dez horas vae com SjTnlar

PrC""° ^^.ção. Eu estarei „n sala de¦ O Manoel ficou a olhar, ora para a flor, ora paraAdelina, sem compreliender nada da. uilloAí.nai, perguntou:Que é que eu lenho de fazer a esta rosíl ?Com ela na mão, procura-me logo, ás dez horasdn noite, na sala de jantar.A esposa do Edgnrd afastou-se, c o rapaz, depoisde contemplar por muito tempo a rosa, levoi-a nuffimalmente a boca rude e beijou-a com delicadeza..

,1, ;,„(, ,Uril 'ml ¦ Pe'a pairf,a' "P''<^nlou.se na salade jantar mus náo viu ninguém ; mal, porém, acabava deenlrar, ouviu a voz de Adelinn, que fafava dò quarto?O Manoel, entra para cá

\ AhF'"," P"ra ° ,0Zi" de 0lld<= vi"ha a voz, parouá poria e fez menção de recuar quando viu a patroaredimida na cama, amparada pelas almofadns Ptnlra, rapuz I

Titubennle o eiicabulado, olhando para o chão paraver onde pisava, elle obedeceu e chegou até junto doleito, tendo enlre os dedos grosseiros a rosaAqui está n flor, patroa... murmurou elle.rn„„£, ÍT" um movimento adrede estudado e o seu21„„n "/' ""U™ roisa' Patenteando aos olhosdo Manoel encantos que elle nunca viraEd Ad

S°b°S i0>t"r BSSrin,ll?—.P^atou a mulher doEu não, senhora; só sei jogar o páoPois eu vou ensinar-te... Fecha aquella poria.U rapuz nno se moveu.

;.a.A E\aA1 Prc.^do "hi "°sse logar, ò Manoel? —índngou Adeliiia rindo.

_ n ,ül'-" P?trôa-'- eu nno posso ver isso...—- urai in no sejas pascacio i

bcüos1."'011 d" 'am' nbraí°u-sc "° ™P«Z e cobriu-o de

Dahi cm diante, nunca mnis Eugenia ganhou o' rècorddas estocadas. Ade nu csgrimiu.se ngora com o maridoá noite e com o Manoel de dia. Êisinou o rapaz aesgrimlr e nao lhe dava uma folga quando o Edgnrd, nodi, jardineirT.™

^ " ffl"""d" d°fiel e discrelD íili,u

Danilo.

DEPOIS DO CASÓRIO..Contar em versos uma historia inteiraNão é brinquedo de qualquer magnata;Jamais num dia em que se tem lazeiraOu quando a Musa se nos foge, ingrata !

Emfim eu conlo,Sem mais aquella

E o bom leitor que 'sleja promploPara cahir na estopadela.

Dona Maria do Fundão da Bica,Linda moçoila dos sertões de Minas,Nesses tres dias de folguedo ficaNum palacele, com lindas corlinas,Aqui pelo Rio, a Paris da America.Muiia belleza, com «arame» em penca,Tem um sorriso de mulher hystericaMas é fininha como um p£ de avenca.

Não lia mal nenhum nisso,..Nem iodos podem ter muita gordura ;

Ha quem coma chouriçoFazendo com «lingüiça» uma mistura.

Mas como ia contando,A tal dona Maria

Cahidinha de amores foi ficando,Somente em meio dia,Por um sujeito á lõa "

Que n pobre da mocinha, ingênua e tola,Julgara que elle fosse uma pessoaCom casa de café ou de cebola,

Um typo endinheiradoQue lhe pudesse dar um bom futuro. ..

Porque, por outro lado,Era um sujeito lezo, muilo duro 1

E vae dona Maria,Embora tola e mesmo pouca astuta,

Com muita cortezía,Deixando que a tomassem por matula,A sério lhe pergunta :

— «O cavalheiroCom que recursos conta p'ra casar ?Deve saber que a vida sem dinheiroSó o demônio a pódc supportar... *

Qualquer de nós, por cerlo, encalifavaE logo as costas em resposta dava.Mas o nosso typinho, empertigado,No mais sizudo tom llie respondeu:~ * Por ora só no seu tenha cuidado.

¦ eu mostro o meu.Depois do casamento..

Lm Macho.

LICOR TIBAINAO melhor purificador <lo sangue

GRANADO 4C — Rua 1" de Murço, UNão ha cousa mnis estúpida do que ler uirTlivrõsem graça, sem espirito, sem interesse, e que mSvezes custa um dinheirão. Pois nós vendemos o que hãde mnis alegre interessante c espiriluoso, pela ninhariade ISaOO, ISOOO e S500. Carioca 5.1, sobrado.

Oastellfles, os mais afatnndos cVarros deS. Paulo, es,5o é venda no Rio na Confeitaria Caste Idesaí^ n'baCarÍa de *"*" * Charca £

li

Page 7: w AnnoXiv RIO DE JANEIRO, 4 DE MARÇO 1911 Num. 1memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01317.pdf · Ninguém te punha o rabo Assim nesse frangalho !.. .> Deiró Júnior. no Theatro

O RIO NU — 4 DE MARÇO DE 1911

Jlas zonas...IPPODEMOS asseverar que a carta que nos íoi en-

vinda pela Estolla Pércs, da zona Riachuelo 7,não foi de seu próprio punlio e sim de conhe-

-^^^jse cido endivisado rapaz. Para prova lemos eranosso poder uma carta escripta c assignada pela Estella,dirigida ha longo tempo a sua costureira, irmã da MariaBoy.

Do confronto que fizemos das duas cartas nao nosresta a menor duvida que a que recebemos loi escriptapelo Moreira Junior.

Negue Isso, seu sargento ! ... ¦Nos «Baetas» pudemos'apreciar como o menino

Quininho estava radiante pelo figurão que fez a suamattiãezlnlia Rosinha no prestito.

AWi, ftllitiilto; agarra bem a têtazinha IO mesmo aconteceu ao menino Ângelo Jerico,

que não dava tuna folgazinha na Ermelinda.Que filhote I

O Jardei, este, cansado'de dar a lingua, trazia aIsaura aperreada porque uãoihe deu os fachos promet-''dos. .. ,__«'¦_

lá não te basla levares o arame da Marina I....¦- O João Benito esti requerendo que a Lina laça

outro escândalo igual ao do «Criterium». A funecionariajá esti limpinha de todas as jóias.

Cuidado, seu Rcizas 1O menino Saboia gaba-se que deixou a Alie-

laide porque desconfiou que ella tocava clarineta nashoras vagas, Não vá sueceder o mesmo com :l Maria-zinha Canavete. . .

Vamos muito por ella, que também e... viciada 1Cansnda de supportar o «agaloado» Dunga, a

Márietta Tiê-Sangue.nuiiidoii-o calúr no... mangue.Perdeste a «mfiezinha» que te custou tanto a agei-

tar, hein, seu Dunga IPorque o Lord Toloza deixou os bailes do

« Pierrot» ? Seria porque a Olivia passou a ser demo-Cr" "ocixe-sc

disso, seu moço, ella só liga ao Barbeiro.Oue barracão .' , ,

Diz a Marina que nunca mais deixaru de fazeruso da A Semeie da Mullier, pois reconhece que é o reme-dio mais efficaz para as moléstias do utero.

Pensa muito bem,_ O Zé Maria, mestre de obras da zona Rio Com-

nrido (icou muito zangadinho por termos dito umasverdades a seu respeito com a mulata da casa espiritada Travessa da Paz, e andou parte da noile com um dosnossos exemplares a fazer commentanos sobre o caso.

Ora sei Zé Maria, vocô anda sem sorte; mesmocom os vinte fachos que você prometteu a quem desço-brisse o paradeiro da mulata, não arranja nada.

O Carlos Transformador, da zona Rio Com-

prido, arranjou'agora um paca, um certo mineiro che-irado ha pouco, a quem o Carlos tem sugado.

Seu Transformador, se não pode mais «matar obicho », vá quebrar pedras na pedreira de S. Diogo queé míl—

E°ntão,e seu Carvalho, você ficou satisfeito comas fitas nãoé? Mas olhe que a Belmiro Não Tem Pa-rede disse que a Henriqueta ha de lhe pagar bem caro.

Arranjem-se com essa encrenca IQuasi que se suicidou o Joca Mosquito, tao

desgostoso ficou com a nossa piada do ullimo numero.Pois foi pena, seu Joca, você nao se suicidar no

iWM-l^Allega a josep,m n!í0 tem nm]fl com os fitas

do Almeida com a Elvira Professora.Que diz a isto o Scarpia ?... .

O |oão Barulho anda triste porque a mina ]áacabou; agora atirou-se á jaboticaba da zona V. de""""Bem

faz a Amélia Cabocla que deixou de ser mãe-z/"'"__.

o Antônio Pedro ou Pedro Antônio lembrou-sede tirar o bigode por causa dos insistentes pedidos daLUZÍFntaoTbigóde atrapalhava... hein, seu coisa?

O Luneta não podendo resistir ás saudades quetinha de certos amores com a Navarro, tanto suppl.couaüe afinal fizeram as pazes. Em gratidão, a Navarro for-

Seceu-lhe uma passagem dc ida e volta para n Orôpa.Oue sorte, seu Luneta!-Depois que chegou a Márietta, o Papa Léguas

nSo a lem deixado um sú momento.Oue fdhinho renitente l_ oíseram-nos muito em segredo que a luncco-

naria Alice Oallinha do Bloco vae ser apresentada aoVelho Quimarães, para este lhe dar o merecido castigo.

Apostamos como o menino Juquinha nao consen-tira nisso. dQ .Cinematog„„ho Mo-

derno. sabendo que os amigos do careca preíeitural até

na PmüiQrande foram desenrolar as suas fita, e ei-tando Lbem atrazada com a Maioral desse .Cinema-

tographot resolveu nas horas vagas cavar a vida na»casas de... modas da zona Rezende 37 e J. Silva 60.

Que mãainhtt arrilnjasie, careca I mas aconselha aLeony que tome cuidado com o menino de 19 annos dos«Carapicús», porque se o papae sabe... temos fitas 1

— Tão desgostoso anda o pãozinho Henriqueta,que sú achou um recurso c resolveu fazer uso do pode-roso remédio Elixir de Nogueira, do chimico Silveira,único que o poderá salvar das mazellas que o acn-br unham.

Deste no vinte, Henriqueta IA todo o panno anda a Judilll Mineira cavando

um marchante; mas, apezar dos promettimcntos de [or.necer passagens para a Orópa e fazer variações de cia-rineta, a beallnha nada tem arranjado.

Já è ler azar!Fantaziãdos de domls vimos no S. Pedro o ¦

Tnlozn com n Vidinha Pellanca, o Russo com a Maria-zinha Canavete e o Foriniguinha com a Dalila PiscaPisca, que deram sorte a valer..

Que pessoal !..".

Mala PeruaiQitittinlio — Não escaparam as suas fuinhas, espere.jar,iei—[sso é feio, levar arame das funecionarias 1Henriqueta — Não vale a pena suicidar-se.Monção—'Quanto leva por denunciar o pessoal ca

de casa ? Olhe, tpine a Emutsão Solúvel, que 6 a quevocô precisa. ¦'

i Linqua de Prata.

Que diabo 1 Um dominó, por exemplo, serviriuperfeitamente.Ahi é que está a gaita. Eu estava falada parafigurar no alio de um carro magnífico, com uma vesti-menta branca e finíssima que deixaria transparecer todosos meus bellos dotes naturaes.

E então teve medo...Tive medo, não. Era fatal: com o movimento do

carro, ao som estridente das palmas e dos clarins,appareceria... a desgraçada mancha, fingindo o distin-ctivo de outro Club 1...

Realmente, seria o diabo 1Agora quer saber de quem é a culpa ?Sc me quizer dízer...A culpa é de marcarem o Carnaval íóra de

tempo , ' ,Carnaval fora de tempo 7 I Qual I a senhora devese queixar dc outra coisa...

Como de outra coisa? IA senhora deve se queixar ê il'o?«i'«o,,porque

foi elle que veiu fora de tempo I Repare que estamos cmlua. nova e o tempo próprio d'aquillo é o! quartominguante.

Tem razão, D. Irene. Até .logo. ]Adeus. D. Emestina.» - _

Lili Macho.

Loterias da Capitai FederalSabbado 4 do corrente

50:000.$000 — Por 3$750

Sabbado, 18 do corrente

100:000800© — Por

Bilhetes & venda em todas as casas lotericas

"Aquillo"... fora de tempo

A neurasthenia, moléstia para a qual a scienciaainda não descobriu remédio eíiicaz, encontra 0 maisimportante tônico nos bellos romances que vendemosem nosso escriptorio, Carioca 53, sobrado, pois a lei-tura dos mesmos agrada, conforta e estimula, ¦

A collaboração neste jornal é franca a todosos leitores. Os trabalhos enviados, entretanto,serão submettidos ao juizo da redacção, queos publicará ou não, conforme o entender,

Em caso algum serão restituidos os on-

ginaes.

LICOR TIBAINAO melhor purifleador do sangue

GRANADO & C— Bua 1° de Março, 14

o^rvá^S

'AT-IliAl-lHUNTE os leitores não poderão compre-hender, a primeira vista, a verdadeira signiii-cação do interessante vocábulo aquillo —

• dj**~is que as senhoras empregam constantemente,sempre que estão juntas, conversando sobre o que maislhes interessa. Confesso, por minha parte, que tambémnão comprehendo a expressão... Porque, a julgar pelaexpressão vulgar - «aquelia parle» - a expressão dassenhoras deve ter uma significação idêntica e neste casonão ê coisa que nos cheire bem.

Ponho de parte toda a minha sapiência em matériade sciencias grammalicaes e coisas complicadas e apenasdeixo apparccer cm letra de fôrma o seguinle dialogogue sorrateiramente apanhei entre D. Ernestina, o maisbello typo de mulher que tenho vislo ( vestido)-emminha vida, c D. Irene, verdadeiro typo de arenque malsalgado, cheia dc seiniíusas e trinados na voz, com umsibilado monótono e nojento.

«Bons olhos a vejam, D. Ernestina. Divertiu-semuito no Carnaval '

Tive vontade, muita vontade, D. Irene ; mas a¦reate quando não regula direito... /'¦. ,.Hom'essa 1 Então a senhora soffre da bola i I

Faça-se de tola, menina I Talvez queira que euacredite que não comprehcndcu o que eu disse I

Ah 1 sim, percebo. A senhora não tem «aquillo.certo... Não é assim? . .

Exactamente. Por causa dessa infelicidade deixeide fazer um bonilo no Carnaval.

A senhora ia sahir fantaziada ?Fantaziada c num dos mais bonitos carros dos

Democráticos. , ,, „ ,- Deus me livre de fazer tal papel I Eu acho queuma mulher de certa seriedade não deve dar um especta-culo desta ordem. .' ,

A senhora lem muita razão. Porque, na verdade,não se deve expor um bacalháo num carro chie deprestito carnavalesco.

Está me insultando, D. Emestina I Sou magra,mas ha por ahi muito algodão cora que se arranja otalento preciso para essas coisas. .

Quanto o mim, graças a Deus, nao preciso deenchimentos. E se lhe respondi um tanto irônica foi emrepresália á sua censura.

Bem, bem. Isso não tem importância nenhuma.O que me interessa saber 6 a razão por que a senhoranão fez figura no Carnaval.

já lhe dei a entender, mus a senhora faz-se deesauerda parece querer divertir-se á minha custa...

Oh I Não senhora. O que a senhora disse,embora se comprehenda, não explica bem a questão.

Pois olhe: foi .aquillo. que me atrapalhou eimpediu toda a minha gloria carnavalesca.

jÇ/fa eavaçãoAlegrem-se os leitores destas cavações com o inicio

dos palpites abaixo para iazerem fortuna em poucotempo. . .

Aqui estamos firmes e resolvidos a acertar teio eforte .

E, agora, communiquemos aos leitores as revela-ções recebidas:

Palpites do João Benguela

620 18 317969 70 472 18 3 573 76 674

530 32 729 654 53 855 ' 045 48 347

ittadame JosephineOs astros vistos a olho nii, indicam claramente os

seguintes palpites: Vacca, JFerti, em ris-a-viscom Jacaré e Tigre.

CEUTHNA3 BSPKCIABS693 344 101 514 967 777 010 500 227 004

DEZENAS

05 84 57 85 98 80 56 35 66 31

Palpites de Averno

640 38 339

433 36 334 549 50 352

MADAS-B XAKiWr.A-K.

392 89 590

BÜL824 22 721

864 63 362

Page 8: w AnnoXiv RIO DE JANEIRO, 4 DE MARÇO 1911 Num. 1memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1911_01317.pdf · Ninguém te punha o rabo Assim nesse frangalho !.. .> Deiró Júnior. no Theatro

O RIO NU — 4 DE MARÇO DE 1911

II

At„

WÊÊÊSr

DEPOIS DA PUGNA

w Elle — Sabes, meu bem, que fizestç/ um figurão no prestito carnavalesco? Estavas deliciosa,

m

VMIW?-' trepada naquelle carro !Ella — Ora, bem sabes que eu nunca fiz feio nessas coisas e sempre trepei bem !

»** *mm ¦** MW^^»*^IWP^W*-*^*'

Uma Vida J\moro$â ACHA-SE A' VENDA, cm nosso escriptorio, este sensacional romance, recheifidodas mais escandalosas scenas amorosas que

lomos obrigados a alterar e a supprimir, quando publicado em folhetim «'0 Rio NaO volume ora publicado, tem illnstrado com empolgantes gTavnras de urr realismo íuggcslivo e cap»2 de despertar os mais rebeldes ardores amorosos.

Preço 1 $O00 — Pelo correio 16130»