edição semanal illustrada do jornal do brasil...

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Photògraphias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas. \ \ REVISTA DA SEMANA ! •;.'• . '.". ;¦¦ ;.%¦ Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL Redactor-gerente, DR. CAN0IQ0 MENDES Redactor-chefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA Direotòr-technico, GASPAR DE SOUZA Àv->'i - : 1 Anno I ,Redacçâo e administração RUA GONÇALVES DIAS ns. 54 e 56, Rio de Janeiro BRASILj: ' ¦ K. l8 æ; ; ' :' v:V:-vv '; i ! / ¦' ' \ NO BOQUEIRÃO DO PASSEIO t U 91 RANDE LOTERIA DA CAPITAL FEDERAL * HOJE 1^1 mnm**0 L Sabbado 15 do corrente, ás 3 horas da tarda( EM BILHETES INTEIROS A 6$000 E EM OITAVOS A 750 RS. í»^*»«y 3 09*$ 3 «$?$ Wf / I / æ, /!-¦«•' M.¦¦¦'¦¦¦* >" /

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Photògraphias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas.

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REVISTA DA SEMANA! •;.'• . '.".

;¦¦ ;.%¦Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASILRedactor-gerente, DR. CAN0IQ0 MENDES — Redactor-chefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA — Direotòr-technico, GASPAR DE SOUZA

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Anno I Redacçâo e administração — RUA GONÇALVES DIAS ns. 54 e 56, Rio de Janeiro — BRASIL j: ' ¦ K. l8

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NO BOQUEIRÃO DO PASSEIO

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RANDE LOTERIA DA CAPITAL FEDERAL *HOJE

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Sabbado 15 do corrente, ás 3 horas da tarda(EM BILHETES INTEIROS A 6$000 E EM OITAVOS A 750 RS.

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REVISTA DA SEMANA — Edição semanal illustrada do JOttXVL IK) BRASIL

RECREAÇÕES

As decifrações dos trabalhos publicados non. 17 são: da charada antiga araucairo e da çha-iada novissimapraiuncio.

Flora enviou-nos as soluções de ambos; dr. Se-mana, Álibabá e Césira a do primeiro e Epami-nondas do segundo.

Hoje apresentamos os seguintes trabalhos:

charada josephinica (Mar e Quinhas)AL — Que alarido, que berreiro,

Tanta voz, o que isto é ?,— São os sons do tal pandeiroNa cabana do Pagé.

charada apheresada (Gil Blas)

3 — Aqui planta uma mulher — 2KNIGMA-CHARADA EM TERNO (ZÍCO)

AVMWA V>/k "V/\AA/^ W WVVSAA

> chapéo.

O que é que um pigmeu pôde fazer para ficarninis alto do que um gigante?

Archimeclcs Júnior.

ufe;; <-\ ¦ ...

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TORNIQUETE

SOLUÇÃO DO PROBLEMA N. 2

Guando depois de lhe roubar a roupa lhe tira

PROBLEMA N. 3

XADREZ

PROBLEMA N. 4POR M. E. PRADIGNAT

;- Pretas (8)

¦ m\JB$ W Br

í_ Brancas (9) '

;,X Mate em 3 lances

'B H B

f ®II I

TORNEIO INTERNACIONAL DE MUNICH

0 resultado do torneio internacional de Munichrealizado em Agosto deste anno, foi o seguinte:

Pillsbury, Maroczy e Schlcchter (cx-iEquo) 12 pon-tos; Búrnl01/2; Marco 10; Cohn 8; Berger, Showalter,Janowski e Wolf 7 1/2: Gottschall e Popiel 6 1/2; Hal-prin 5; Bardeleten 3 1/2, Billecard .2 1/2 e Jacob 1 1/2.

Os três vencedores tinham principiado um malchpara desempate, quando Maroczy cahiu doente e foiobrigado a abandonar o campo aos outros dous adver-.sarios, que dividirão entre si o primeiro e o segundoprêmio se o resultado de quatro partidas for ainda aigualdade. . ¦ ;

Publicamos abaixo uma brilhante partida desse tor-neio, ganha a Janowski pelo valente Maroczy, prostradoao leito, talvez pelo extraordinário esforço intellectualque forçosamente empregou na luta com Pillsbury,esse novo Paulo Morpny.

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PARTIDA DO PEÃO DA DA»U

Brancas Pretas 1 Brancas Pretas(Janowski) (Maroczy) (Janowski) (Maroczy)

1 P 4 D P 4 19 D 3 C P 4 T2P4BDP4R 20 C 3 P5 T3PDXPP5D 21 D 1 C 6 (xaque)4 P4 R CD3B 22 R 1 C*P5B4B CR2R 23D4C TD3T6B3CP4TR 24C4B R1B7P3TRP4CR 25C5D T3BD

P 4 T R P 5 26 B 5 T 1 CC 2 D C 3 27 D 5 B 4 C

10P4B B2R 28 C 3 B CttP11 B3D CttP 29 P6B C 6 (xaque)12 D2R C3C 30 CMC BMC13 P 5 R . - P 5 31 T 1 B 5 C14 DttP BMP 32 DXPT BMC15 P 5 B B 1 33 P M T 7 B16 B2T C4 34 BMP Dl T17 D 2 R CMB (xaque) 35 T 3 D 3 T !18 DMC C5C

As brancas abandonam.^WWWWVVAM

Conforme avisámos no numero passado, fica am-

Eliado para mais uma semana, o prazo para o rece-

imento da correspondência dos Srs. collaboràdorese por conseguinte, só no próximo numero, publica-remos a solução do problema n. 3; cumpre-nos entre-tanto participar, que já nos fizeram a gentileza denol-a enviar, os Srs. S. R., Pawn, Old-new, Theo, Lafse Silvano.

«rfWWVWWV

Toda a correspondência deve ser dirigida para aredacção do Jornal do Brasil á rua Gonçalves Dias,n. 54, « Secção de Xadrez»'.

Heibas.

Sandalo Salolado

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os ídolosA\ CASA DE POMEREUL

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— Assrhn o espero! mas quempódarespondlnr por isso? Sabes tu«orno nóde^' iar-se um artista n'um

quando habilmente' prehende senão a;stã, o que é já

•tholomeu enagens de"^sto hoje

desceu"te e

tua

como pôdeplano inK

dissimulado? Benedictogrande arte, puna, religi\uma propenslo para a reli

-Elle,pertence áVscolado Frei Angélico q\ pintavjoelhos. Mas a corrennâo está deste lado. tdas alturas sagradas;da usa com os satyros;

¦;•¦

_ .

"7* ¦'

casta, uma pintura honesta perdem uma parte deprobabilidade de suecesso. Povoam-se cada vezmenos as igrejas dc obras piedosas e em compen-sação enchem-se os escriptorios de figuras profa-nas. Assim, infeliz do artista, por mais talentosoque seja, que sacrifica seu poder de inspiraçãopura á fantasias ligeiras; que diz: híò; vou crearuma grande obra! mas: vou esculpturar ou polirum grupo que se venderá. Quêr-se primeiro umsuecesso, depois ainda suecesso., e finalmente maissuecesso nos jornaes, comtanto que se traduza emmetal sonante! Até aqui Benedicto tem sabido evi-tar o perigo, praza a Deus que elle o evite sem-pre!...—Fica tranquillo! não somente elle o evitará,como ha de trazer o filho pródigo ao aprisco doarrependimento...

. — Acreditas?Sinceramente; nós fazemos todos as mes-

mas extravagâncias n'aquclla idade, excepto tu,provavelmente...E tu também, eu creio, perguntou Pome-reul, olhando fixamente Niçois.

Uma nuvem sombria passou pela phisionomiiido banqueiro. J, ¦>

Meu amigo, respondeu este com voz pertur-bada, eu paguei ao vicio e ás loucuras um tributo

que não me foi menos caro por ser curto. .1 Sem-pre me viste com cabellos brancos. f

È'verdade. ;mEmbranqueceram numa única noite!

Seiu duvida depois de alguma grande inferlicidade l

Sim, tu o disseste, depois de uma horrívelinfelicidade. ,

Depois, vendo a profunda admiração quecausava a Pomereul esta confissio inesperada:

E' desde essa noite que eu amo o dinheirocom furor... Até então considerava-o apenascomo um meio de vir a ser independente^agora

fireciso delle para satisfazer o meu orgulho, e as

oucuras de minha mulher, para excitar/a invejados outros e collocar-me no meio de un^ tal tur-bilhlo de negócios e de prazeres,.que esqueço, oude que pelo menos depois Jcle algumas noras nãotenho mais lembrança...

Não me dizes a causa deste teu soflrimentò?Sin,, "respondeu

Niçois, saberás tudo.. Um dia o amigo virá procurar o teu abrigo

e expandirá o segredo de seu coração; hoje é sóo banqueiro que te contou suas angustias.

Pomereul apertou a mão de Niçois que levan»tou-se.

/

-^. .i^ar \

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radas.Lèucorrhea, oppressõo do utero, regras profusas.Inflamniação da garganta, tosse rouca, difiiculdade

de respirar.Mieuma. erupções, erysipela.lllieumatlsino, dores nas costas, lados ou pernas.Sezões, maleita, lebre intermittente.lleniorrhoidas. nlmorreimas, internas ou externas,

simples ou sangrentas.Optithaliiila, olhos fracos ou inflammados.Çatarrbo. agudo ou chronico, secco ou humido-Coqueluche, tosse espnsmodica. ,Asma. respirarão diflicil, opprimidn.Suppuraçao dos ouvidos, surde/..Escrofula, ihchnrOes c ulceras.Debilidade geral"ou physica.Gotta, accumulaç,õcs Unidas.Enjôo do mar. uausou, vômitos.Doenças ourlnarlas. cálculos ou pedra na bexiga.Impotência, debilidade nervosa seminal.Chagas na boeca. ou cancro.Incontlnencia de outMia. orinar-se na cama.Regras dolorosas, prurito.Doenças do coração, palpitações, etc.Epylepsla. mal caduco, gotta coral, baile do S. Vito.Dlphtlíerla. mal ipaligno de garganta.Congestões chrònicas. dôr de cabeça.

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Quando Niçois atravessava a ante-camaraLipp-Lapp apresentou-lhe respeitosamente suabengala e o sobretudo.

II

UM FILHO PRÓDIGO

Na casa de Pomereul a exactidão estendia-seaté ás menores cousas da vida.

O negociante, apreciando melhor que qual-quer outro o valor do tempo, nào permittia quefosse empregado de modo inútil; pois os atrazosfazem perder, para muita gente, uma quantidadede minutos, que eqüivalem no fim da semana, agrande numero de lioras. Os relógios andavam deum modo admirável e na casa do fabricante debronzes realizava-se perfeitamente o pelo que ogrande Carlos v tanto se esforçava : todos os relo-gios davam as horas ao mesmo tempo.

A's 6 horas, iam todos regularmente jantar;Pomereul nlo esperava nunca, considerando aimpontualidade uma falta de civilidade, pela qualordinariamente slo todos muito indulgentes. Com-mummente, Xavier, desde que nlo jantava cmcasa, tinha o cuidado de prevenir. Neste dia quandoo creado annunciou que o jantar estava na mesa,achavam-se na sala Pomeraul, Benedicto, Sabina eSulpicio.

0 semblante da moça respirava uma doce ale-gria; ella conversava junto de uma janella comseu noivo e um raio de sol, cahindo-ihe sobre acabeça loura, formava-lhe uma aureola.

Por único orriatO ajuntára ao seu modesto loi-letle uma rosa branca, tirada do ramilhete que oesculptor acabava de olTerecer-lhe.Pomereul e Sulpicio conversavam em voz baixaa respeito deste acontecimento na família e o jovensacerdote parecia muito contente.— Eis ahi, dizia elle a seu pae, uma uniãocomo poucas se fazem presentemente... de umlado, as modestas virtudes da mulher, verdadeiras

graças que se lhe transformam em uma força ; deoutro, a energia, o amor pelo trabalho, uma ambi-çâo legitima. Suas informações foram completas arespeito das aptidões, da moralidade e das crençasde Benedicio, sem fazer mau calculo de algarismos

e minha irmã vae cheia de confiança dar sua mãoa este homem de bem. Sabem ambos já, apezar dasua pouca edade, que lhes estão reservadas muitasprovações no futuro ; mas elles sabem também queembora sejam magoados, sahirão dellas semprevictoriosos! Sim, eis ahi um casamento c|.ue o cédabençoará, e cujos-laços me julgarei feliz de unijKChamaste a minha attenção, disse P*>mereu|,no emtanto, nem Benedicto nem eu havíamos peíi?sado no dote. ;

G seu tabellião cuidará disso.Nào! Só é bem feitoo que fazemos por nósmesmos.

Pomereul dirigiu-se para o lado dos dous jo-vens:Benedicto... um/momento.

0 rapaz approximou-sedc Pomereul.-r- Ora muito bem/meu genro, disse Pomereul,commetteste hoje umja leviandade, que dá-me amais triste opinião d^ tua habilidade cm negóciosdifficeis... Como pod/erás tu assignar os contract>de trabalhos, se ignoras o valor do dinheirponto de nem sequer *me perguntares qual rque dou a Sabina7? ___^^^Um dote a Sab.na! exclamou T.mas n.1o o quero dcjnodo algum!

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Anno I. — N. 18¦ V DOMINGO, 16 DE SETEMBRO Numero : 3oqMíS

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— Ah! já sei quem é. E' o allemão que te namorou o anno passado... Faz as pazes, filha. Elles agora estão no governo.

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142 — N. 18 REVISTA DA SEMANA 16 DE SETEMBRD DE 1900

A NOVA MATRIZ DE PAOIETÁ*wwww<

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s desejos mais de uma vez manifestadospela população', da ilha cie Paquetá de

ser reconstruída a sua matriz, tiveram asuáirealisação no dia 2 do mez passado quandofoi solemnemente inaugurado acjuelle-templo porS^Ex.Rèv. o.Sr. arcebispo do Rio de Janeiro.c;,Pjg como nasceu a idéa da reconstrucção dessamatriz, em Setembro de 1898, encnrregando-se afamília Lage de mandar re.ediiical-a, bem comoda festa realisada naquella ilha por occasiào desua inauguração já se acham sufficiéritemente in-formados os nossos leitores pelas circumstancia-

.das noticias que o Jornal do Brasil publicou arespeito.

Limitar-nos-hemos, portanto, nestas linhas afazer um ligeiro histórico das obras desse temploe a sua descripção depois de concluídas.

Resolvida a reconstrucçào da matriz em Se-tembro de 1898 foi logo encarregado de dar-lheexecução o estimado architecto Henrique Bahiana,professor da Escola Nacional de Bellas Artes.

Adoentado, porém, como se achava, esse ar-chitecto não pôde sequer lazer o seu esboço, poisa 11 de Outubro seguinte, depois de uma vidaobscura de trabalho, fallecia quasi de repente,deixando desesperançados quantos de seu talento,Sempre velado por uma extraordinária modéstia,esperavam uma obra de real merecimento.

Passados os primeiros momentos de desanimofoi chamado para substituir o finado architectonaquelle encargo o seu irmão Gastão Bahiana, aquem em boa hora confiaram todos os trabalhoscia desejada reconstrucção.

A primeira pedra foi-collocada em 15 de No-vembro de 1898 e, sendo iniciada a construcção em6 de Fevereiro de Í899, a Matriz estava concluídaem 1 de Dezembro do.mesmo anno de accordo como orçamento primitivo.

Começaram então os trabalhos da. decoraçãoe mobiliamento do templo, que mezes depois es-tavam terminados. -.

A inauguração', por diversas vezes adiada,realizou-se com toda a solemnidade, conformeacima dissemos, no dia 2 do mez passado.

UMA CONSULTA

ilLJiPE morre-se disso ?Da moléstia, nunca ; da cura, algumas vezes.

Sob o ponto de vista architectonico o constru-ctor não procurou mais do que realizar o pro-gramma que lhe tinha sido traçado: edificação deum templo que- satisfizesse as necessidades doculto catholico, observando em tudo a maior so-briedade de linhas, embora fosSe exigido o estylogothico.

A planta da egreja foi, portanto, das maissimples: uma sala de 21 metros por 10, divididana sua largura em três naves por duas linhas decolumnas e no seu comprimento, pela grade dacomrnunhâo, em duas partes, das quaes a menoré reservada ao culto e a outra aos fieis.

A torre, saliente sobre a fachada, fôrma o ves-tibulo do templo e nos fundos duas salas servem,uma de sachristia e outra de archivo. .

Ao exterior o architecto deu um aspecto har-monioso pela justeza das proporções, não admit-tindo senão as molduras imprescindíveis.

A flecha, toda de ferro, coberta de telhas dezinco estampado, tem como remate uma cruz deferro batido.

Para o interior o architecto pediu todo o effeitodecorativo ás próprias fôrmas da construcção.

O madeiramenlo, julgado [pelos entendidos, éo primeiro n-éssè! gênero; o seu peso todo jé sus-tentado^pelas columnas. •

O arco da nave central, ainda que sem tirante,nãõ>tem empuxo. ; í

A altura toda da egreja, desembaraçada dequalquer peça do madeiramenlo, concorre paratornar predominante a dimensão vertical.

A pintura interna afíàsta-se das tonalidadesvivas geralmente aceitas: procurou-se.uma impres-são de calma e de repouso conveniente ém umlugar de oração.

Para a unidade da obra a mesma sobriedadecíé linhas foi observada em todos os accessorios:a porta, o coro, a pia baptismal, as grades, os ai-tares, os moveis, as pias de água benta, o confis-sionario, os detalhes da pintura, tudo emíim foiestudado e desenhado em vista da harmonia doconjuneto.

O Sr. Gastão Bahiana foi até o fim intelligen-temente auxiliado h'esses trabalhos pelos Srs. Xa-vier Fender, na direcção; Muncly, na alvenaria;Lavoie, na decoração; Camillo Votto, na pintura;M. Rodrigues Souto, na serralheria e M. GomesBraz, nos moveis.

As gravuras que a Revista da Semana hoje pu-blica representam: vista- externa da Matriz, dointerior, do altàr-mór, do altar da Virgem, do ba-ptisterio e a da recepção do Arcebispo.

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MANHÃ PRIMA VERIL*WV*/VSA

Ru.flos.de azas... Ao sol, á"flpr'*do lago, um bandoDe alvos cysnes passeia, —ás irradiantes plumlas,Como um leque oriental, enlrêabrindo e fechando,Confundem com a lyrial brancúra das espumas.Sopra uma brisa fresca, e encrespa a face a quandoE quando das azues agoas do lago... AlgumasNuvens esparsas, no ar, passam,.de um róseo brando.,Toucam montes, ao longe, as derradeiras brumas.,.Fulge o sol. A manhã de purpuras se enflora.Um cysne o corpo molha, afunda, lava, enxagoa.Do passaredo rompe a orchestraçãò sonora.Ao dorso (o vento cae), chama lotado da águaSobe um grande clamor tristíssimo, que choraComo uma alma infeliz a innenarravel mágua...

Leoncio Correia.

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Vista do interior

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16 DE SETEMBRO DE 1900144 — N. 18 REVISTA DA SEMANA!?..¦.'.'.-

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O 7 DE SETEMBRO DE 1900, no largo de S. Francisco de Paula!Pholographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas.

REVISTA DA SEMANAEdição semanal illustrada

DO

JORNAL DO BRASILyy~ ¦n/voC^'^

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1

Redactor-chele,;Dr. Fernando Mendes de Almeida

, Redactor-gerente. Dr.jCandido Mendes¦»/VCG/V-

Direclor-technico, Gaspar de Souza

,4ssiehaturas — Brasil — Por anno (registrada};28$000, porte simples l8$000 - Por semestre¦~ (registrada) 15$000,

porte simples lOgOOO—Numero avulso 300réis.^assiffnantés em conjuneto das edições da manhãjrae do Jornal do Brasil receberão como prêmiowa da Semana.Ievista da Semana é impressa nas ofncinas de

ssiP"?» pnotogravura, phototypia, zincographia|$raphia do Jornal do Brasil a rua do Lavradio

z administração:lua Gonçalves Dias 54 e 56

Rio de Janeiro—BRASIL.

||f|: SEMANA EM REVISTAmam-

p^&awvjrçfeRpH^$B»WM* jBtedròcãcpBÉBPSIiíli

¦ÈSê58S»í's!Eí'E2hR!Wm--'. -^mt

gfe# r Alguns suicídios e a crise do Banco««•Republica foram os únicos factos im-, portantes nos seis dias últimos.Os únicos, felizmente, porque se

i outros tivessem apparecido de tanta gra-| vidade, séria caso para se duvidar queuma semana podesse comportar maio-iÇas.—uicidios parece que já nos acostumamos.

oticias a respeito inserias nas folhas dia-^espertam mais a avidez publica. Lemol-asFerença como se fossem referentes a peste»meiro caso da actual serie dos que abre-

iriminosamente a existência abalou poranimo do poVo, mas seguiram-se outros.

mediando entre elles o espaço apenas'de algumasnoras ; e como não podemos por muito tempo con-servar uma impressão alegre ou dolorosa, temospor habito considerar sem importância aquillo queem certo momento nos commoveu ou fez estre-mecS ° nos.so coração de ineffavel contentamento.

D ahi este pouco caso, este indifferentismocom que encarámos tudo quanto possa traduzirum bem ou um mal para a collectividade.Será isso um symptoma de decadência moral?Será resultado da desorganisação do presentemomento?Será porque se procure arrancar da alma do

povo os ensinamentos divinos da religião de bon-dade e de compaixão pelas desventuras alheias,pregada pelo Divino Martyr da redempção social ?Será conseqüência desta allucinação, que noscaptiva, nos subjuga,.no labutar quotidiano, emmeio de chfficuldades de toda a espécie, desper-•tando em nós o eeoismo forte, resoluto, sem peias,sentimento esse detestável que isola os indivíduosno próprio meio em que vivem, fazendo de cadaum delles um detensor aguerrido de seus únicosinteresses, sem dó nem piedade pelos soffrimentosdos seus semelhentes?'

Não o sabemos, mas é facto que nos tornamosum povo de índifferentes.. Agora mesmo, quando o paiz attravessa umacrise financeira medonha e.fatal; quando a mãode ferro do governo nos humilha a ponto de de.-_signar um estrangeiro para dirigir o mais impor-tante estabelecimento de credito do paiz ; quandose procura sacrificar a fortuna publica aos capri-chos.de um programma financeiro que ninguém

pôde garantir e cujos resultados até hoje têmsido desastrosos, este povo, que tem diante de si odia de amanhã como um ponto de interrogação eque vegeta assoberbado pelas necessidades oriun-das de causas complexas, parece viver satisfeitocommentando na rua do Ouvidor, favorável oudesfavoravelmente o proceder do governo, em di-versas rodas, gargalhando, pilheriando sobre ocaso, apparentandò um socego de espirito iiicom-pativel com o perigo que nos avassalla.

Povo feliz! dirão aquelles que nos conhecemsuperficialmente.Desgraçado povo! dizemos nós que a elle per-tencemos e aquilatamos da sua decomposição

precoce pelo seu indifferentismo habitual

Que infernal Ódio no teu peito nasceE pelo olhar fulgura hallucinado,Como um sinistro barco incendiadoQue por um mar de Tenebras vagasse ?...Que pavoroso anathema terrívelTe faz tremer o braço longo e horrívelQue sobre mim tragicamente estendes?-...Ah! Meu Deus! Meu Amor!E Ella, fugindo,Deixou-me só na escura cela ouvindoUm gargalhar de horripilos duendes...

R. d'A., i —ix—mcm.A. S. Castro Menezes.

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Chammejante ^isâb que, face a face,;™ÇL?MrjRtettf das T-Tevas do Passado,Como um grande clarão avermelhadoQue de um monte de cinzas se elevasse.

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: jjfe O professor.—Com dous annos de/W\ escola eu lia já correctamente...FJKf\ 0 discípulo (com ingenuidade). — ErffV cJue talvez ° seu professor fosse melhorx^ ? ** do que o meu.

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r'\Entre dous amantes da pesca: bA ultima vez que pesquei, perdi a noite in-teira e apenas apanhei um robalo de um palmo.<i.Pois eu apenas demorei-me duas horas e-apanhei uma grande bronchite.

V. Ex. toca piano ?'¦'..•Mal.E não nos dá o prazer de ouvil-o?Se faz muito empenho nisso...Depois do Carnaval de Veneza:—* V. Ex. foi muito modesto.Lisongeiro! _.."Não toca mal... toca pessimamente.y

Faber Filhe»

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DESILLUSAO

No salão não havia outra mais for-mosa.

Alva, loura, ligeiramente corada,com aquelle sorriso que era mesmo umencanto, dir-se-ia em ferias celestes,descendo á terra para illuminar aquellafesta.

Veiga, de monocuTo; escandalosamenteassestado sobre ella, seguindo todos os seus-

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movimentos, analysando, uma-por uma, to-das as suas feições, admirando a belleza docollo, o bello torneado dos braços, a delica-deza do busto, todas essas maravilhas, én-fim, tão difficeis de se encontrar reunidasem uma mulher só.Decididamente era aquelle o seu ideal.Na carreira da diplomacia em que tãobrilhantemente se iniciava uma esposa, erade certo, um condimento indispensável.E ali paréeiá estar aquella que havia

tanto procurava ... o seu sonho.Bem bonita, heim? disse-lhe o Britto,batendo-lhe uma pancada sobre o hombroe designando o iman que attrahira os olhos-do protogonistá de nosso coríto.Confesso que nunca vi outra maisbella!

E duzentos contos de dote! O pae fezfortuna no bacalhau... chegou ha dias de umcollegio de Pariz.

È rica ! provavelmente e educada com es-mero ! Não havia duvida. Era o seu ideal.

E avançou resoluto, disposto a casarali mesmo, se accaso isso fosse possível. ;V. Exa. concede-me o prazer de umavalsa?

Não posso. Estou com os pezes muitoinchados porque papae comprou umas sa-patinas apertadas.

Não era decididamente o ideal do Veigae por isso ainda está solteiro..__ __ Pif.

DE MINHA CARTEIRA

iAbside da .Egreja.

|izem que Deus dá nozes a quem não temdentes...; Há muitos annos que perdi osmeus eainda espero o quinhão de nozes.

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¦ ¦. .. St-tf AsBELLAS ARTES NO MO DE JANEIRO-0 salão de 1900.-TRANSE DOLOROSO, quadro do J. Baptista da Costa.Conheci um Sábio cfue definia assim a água:"í "m ,lcimí0 sèm côr e sem gosto que ai-gumas pessoas bebem. » ,,*

O José Fura Paredes ibi preso e processado

5 •. ' P.

por ter furtado uni par de calças da porta de umaloja.Bem feito! Se furtasse logo um milhão não

passava por aquelle dissabor.*

— O nobre deputado é uma besta!

.,. — E o meu illustre collega não passa de umidiota !Se a pátria não se salva desta vez, não é porfalta de muito saber e de muita illustraçâo.

Eu mesmo*

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146 — N. 18

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MACARRÃO INDISCRETO(Conto sem palavras)

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orturado na existência, Alfredo poz suaesperança suprema no amor...

.^v... . ^Cedo^íáadversidade começou a cavar-lhe n'alma, o ábysniò insondavel da melancolia.

;0rplâip;aosl2 annos, desamparado, esquecido,ira pedir abrigo á disposição tutelar dos menoressoldada.... A caridade jamais bafejara o lar onde elle se

fora abrigar...Começaram então as torturas de seu espirito.Eram os sonhos de gloria, a perspectiva desse

futuro risonho, longínquo, embriagador, de que lhefallava o pae quando elle pequeno ainda, adorme-cia ao som da musica de sua voz acariciadora...

Ao recordar-se sen lia frio e medo, medo dosphantasmas tenebrosos que sua credulidade infan-fil via bailar macabramente na extensão do quartodolorosamente escuro.

Por vezes chorava mansinho com receio da re-primenda dos paraôes.

Eram estas as aoras mais dolorosas de sua or-

Durante o àia, atirado á labutação dos reca-êèW, ô pobre orphâo\ architectava na imaginaçãoseus planos de futuro)

^^4fiéolhÍM'-'profissões varias, ora via-se advo-gado, senhor absoluto da tribuna forense, parla-mentaradiantado, gosando o applauso dasgalenas,conferencialista, trazendo presa ao arrojo de sua

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16 DE SETEMBRO DE 1900

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pbrase a vontade inconsciente das multidões, esentia-se admirado e era feliz...

Em meio!dá 'ornada os accidentes do ofíicio

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16 DE SETEMBRO DE 1900 REVISTA DA SEMANA N. 18 -, 147

chamavám-n'o a realidade de sua miserrima po-SlçãO.; ;;Então aos poucos, sorrateiramente, iam-se es-

garçando os enthusiasmos infantis.J Uma, grande, uma insondavel tristeza se apo-derava delle... O passado assemelhava-se-lhe a um

v sonho lúcido, destes de que a gente teme des-- pertar. '•'

Com um esforço de memória reconstituía osepisódios, de sua infância, cheia de encantos mor-tos, prenhède illusões perdidas...Vinham então os dias do collegio, os folgue-dos do recreio, as alegrias da volta á casa, á tardi-liha, quando o Pedro, sineiro badalava o Angelus,no sino grande da matriz...

.; Com uma nitidez admirável, ouvia a voz da'máe que o esperava ao portão, pedindo noticiasdo collegio, afíagando-o pelas boas notas alcan-'çadás...

Era aquelle mesmo tymbre sonoro e doce quelhe cantava agora aos ouvidos.Uma oppressâo enorme se apoderava delle,sentia-se suífocar, e então baixinho chamava-a, cha-mava-a pelo nome, julgando-se preso de um pesa-dello tonebroso.Em sua ingenuidade de criança, acreditava

poder vel-a ainda, resuscitada como o Lázaro es-tupendo, milagrosamente, pela intervenção de

NO LYRICO

. -- « Para mim, só ha três cousas bonitas em mu-sica: -:*••:0 flpjl dos Hotenloies, a ária da Lúcia de Lámenore aquelle pedacinho da Akla em que o contrabaixocante: «Rodapés, Rodapés»...

¦ ''-asbV....-' -..>x. •;"-;.. ."¦¦¦••'¦:Deus cuja crença a eoucação que recebera tão«lindamente lhe arraigara no espirito.Forte em doutrina christã, recitava todas asorações que outr'ora tantas vezes lhe haviam va-lido o banco de honra, na classe dos companhei-

M„„E:çonítoda a «ncção, convictamente, espe-lagref.

^ aç3° d° esPerado> do suspirado mi-

tot«™dias se succediam e elle esperava, esperavasempre...

n,iA^L^oes vinham_,he á mente cert°s princípios?epçâo ° am,gOS dç seu Pae' era d'as de re-

Estes momentos eram rápidos e elle se peni-tenciava delles.A educação que recebera, creara-lhe a almacom os segredos de um mystico, com as affectivi-dade de um contemplativo.Calejado por todos os soffrimentos, trahido

por todas as illusões, Alfredo synthetisava o typocaracterístico do vencido, sem estímulos, sem co-ragem, sem idéas.

(Da Alma Enferma).Gama Fernandes.

CORAÇÃO MORTO

A ESTAÇÃO LYRICA DE 1900

AO ANDRADE SILVA.

Uma vez que a perdi não me consolaA certeza de que ella não me esquece,De que nos serve o allivio de uma preceSe o céu é surdo e não concede a esmola ?A flor que pende fria e se estiolaSem receber o osculo que aqueceDas caricias do sol, até pareceNão ter vivido e ao chão sem vida rola.Perdendo-a perdi tudo ... Espectro de homemNada mais sinto que não seja tédioPor esta vida que afflicções consomem...Ai! é duro soffrer sem ter. conforto,euando

se sabe não haver remédioue anime e salve um coração que é morto.

Ed. Machado.

OS VINHOStOjl Nâo ! não ! juro que nâo te bebo 1

E não te bebo!Não me venhas allegando que ohonesto commerciante que te importou,

garantiu-me, á fé de sua palavra hon-rada, a tua pureza e a tua virgindade 1

Nao ! não te bebo !Não te bebo, porque estou deveras

prevenido comtigo !Trago atravessada na garganta a tal historiada matéria corante.Zunem-me aos ouvidos os ecos da celebrereunião que se realisou no Laboratório.Nao! não te bebo !Eu te queria como a mulher de César: porque~p~o fôste como ella ?01ho~paraji e ophantasmadosalicylico surge

logo medonho e'"'itSffSáfSftr-^ ^Não te bebo, juro! "*"*'""""-——, ^0 senotannino, a benzina, as uvas trituradas,o Berthaud, os saes ferricos, a côr violeta, o Bor-ges da Costa, esse sedicioso dito de Fora o fran-

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Coniinendadòi» EMÍLIO DE MARCHI,tenor da Companhia Sansone, na opera Tosca.

cez! — e mais umas tantas cousas que eu nãoposso entender, deram-me volta ao miolo, arru-fando-ine comtigo.

^Escusas tentar-me! Não te bebo, mesmo, iá oo disse ! f .De hoje em diante terás o meu desprezo e omeu ódio! rFoge da minha vista ! esconde-te!Não! nâo saias assim !Eu vou beber-te sempre...~~iíOí*to tanto de ti!...

O TRIBUNO

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Contra a Acre-mania, devo fallar com acrimonia...

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148 — N. 18 REVISTA DA SEMANA 16 DE SRTEMURO DIT 1900

OS THE ATROS**/¦'-¦

¦-*' iNão é tão fácil de fazer, como pa-reco *á-primeira vista, a chronica dasemana. .

Qjaalquer dos assuntos de que-nos devemos occupar exigiria só porsi espaço muito maior do que o que"temos á nossa disposição para toclóselles reunidos.

Inventariemos :No Lyrico, a Tosca, de Sardoti, posta em mu-

sica por Puccini; • *As reprisçs da Dalila, no Lucinda, e da Capital

Federal, no Recreio;A festa artística de Amélia Lopiccolo, no

Apollo, com a Mulher do confeileiro;E, finalmente, a nova companhia hespan'iola

de zarzuelas, do SanfÁnna. ;rvDe duas artistas guardamos inolvidavel lem-

branca no desemperitio do'drama de Sardou—'Sarah Bernhardt e.Amelia Vieira.

Essa impressão era a que esperávamos encon-trar na musica de Puccini e que, com franqueza,falhou á nossa espectativa.

No mais um triumpho para Mascheroni, paraDe Marchi, Emma Carelli e Carusson.

O que não falhou foi o successo da eminenteLucinda Simões, na Dalila. E' ainda um dos vul-tos mais notáveis da actualidade theatral luso-brasileira.

A archi-graciosa Pepa e o popularissimo Bran-dão garantiram á peça de Arthur Azevedo aquellemesmo brilho da época primitiva.

À's justas homenagens recebidas por AméliaLopiccoío juntaremos craqui um modesto preitode admiração que votamos á intelligente actriz.

Quanto á companhia hespanhola será o as-sumpto mais especial de nossa próxima chronica.

P.

DOCUMENTOS E INFORMAÇÕESXAAAAA^

A linha extra-rapida de Liverpool a Manches-ter.—Tem-se fallado no projecto de ligar Liverpool aManchester por um caminho de ferro electrico, noqual a velocidade dos trens deve ser de 200 kilome-tros por hora.

O meio proposto é o estabelecimento d'uma es-trada de ferro monotrilho, systema Berk.

Mas a commissão parlamentar ingleza prohibiu suaexecução. Por ser bastante interessante publicamos adecisão dessa commissão.

-, Eil-a:«Parece á commisjsão que o systema monotrilho é

muito appropriado errif certas circumstancias e aper-feiçoará certamente'o serviço dos trens, augmehtandosua velocidade. Em certos pontos de vista, o projecto.é, porém, incompleto ; os aj^umcntos ajpj^eruiittos emseu favor^a^. gatísíizeraiíi a commissaoV chegando aconvéncel-a de que o systema possa ser applicado atrens que devam percorrer 120 milhas por hora. A linhaproposta por conseguinte, não possue qualidades quegarantam sufficientemente a segurança dos viajantes.»

A importação de fructas "mv Allemanhai — Asfructas estrangeiras têm na Allemanha grande ex-tracção. No anno ultimo foram consumidas perto de100.000.000 de francos em fructas, tanto da França,como da Itália, da Áustria, da Hollanda e da Bélgica.Em 1898, essa importação não passou de 35.000.000de francos.

A uva é importada: —Da Itália, 246.926 quintaesmétricos de 100 kilogrammas em 1899; da Áustria,58.908 quintaes; da Hespanha, 22.230 quintaes; e daFrança, 63.444 quintaes.

As maçãs : — Da Áustria, 416.463 quintaes; daFrança, 294.549quintaes ; da Hollanda, 235.656 quintaes;e da Bélgica, 178.411 quintaes. Até a America exportoupara ali no anno ultimo, 35.984 quintaes.

As peras: — Da França, 12.876 quintaes; da Áustria,,?1 152.808 quintaes; da Bélgica, 38.311 quintaes; da Itália,

26.181 quintaes; e da Hollanda 26.781 quintaes.As cerejas-: em 1899, da França, 2.807 quintaes:

da Itália, 28.000 quintaes ; da Áustria, 6.000 quintaes ;da Rússia, 43.000 quintaes; da Suissa, 4.500 quintaes.

Da Hespanha foram importadas em 1899, 54.621quintaes de laranjas e limões e da Itália, só no annoultimo ali entraram 478.983 quintaes.

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Luvas protectoras para os electricistas.—As pre-cauções que devem empregar os que trabalham com aelectricidade afim de evitar os perigos que esta offe-rece tem sido objecto de sério estudo.

Entre as. medidas aconselhadas, figura em pri-meiro logar o emprego de luvas de caoutchouc desti-nadas a proteger as mãos.

Essas luvas são, até hoje, incommodas e algumasyezes inúteis; ha pois, necessidade de se crear umtypo de luvas protectoras da mão e do antebraço, deuma efflcacia infalliveí e pratica.

Com o flm .de obter este resultado, a Associaçãodos Industriaes de França contra os accidentes do traba-/Ao abriu um concurso publico c internacional.

Os proponentes devem demonstrar a efflcacia e asolidez das luvas inventadas, a commodidade e a fa-

COMPANHIA LUCINDA'.'.'• SEsí$E ¦'*¦''¦

^m^^^m^m--^' y,trtf:--'-i- riémwíkx,* - ' ...

A actriz Georsina Pinlo.

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AS NOSSAS GRAVURAS

O allemão. — Na primeira pagina Julião Machadoem primoroso desenho faz uma fina allusão ao factode ter sido chamado um abalisado banqueiro allemão

Êara gerir os capitães emprestados pelo governo ao

anco da Republica.Vistas da Matriz de Paquetá. — As gravuras da

Matriz de Paquetá que publicamos no presente numeroforam calcadas sobre photographias tiradas pôr ocea-sião da solemne inauguração da mesma Matriz, no dia2 do mez passado.

Na minuciosa noticia histórica e nos dizères que asacompanham encontrarão os leitores os necessáriosesclarecimentos a respeito.

O tenor De Marchi. — As sympathias que mereci-damente grangeou o applaudido tenor Emilio De Marchina sociedade elegante fluminense justificam plenamentea inserção de seu retrato neste numero da Revista daSemana, como parte integrante da Estação Lvrica de1900.

O tribuno.— Nesse bello quadro allegorico o lápistravesso de Raul trata da attitude qne na imprensa as-sumio um eminente jornalista e tribuno escalpelandoos últimos e graves acontecimentos do Acre.

No Lyrico. — Espiriluosa charge de Raul a propo-sito da opinião manifestada por um pseudo-frequen-tador do Lyrico sobre as varias operas a que tem as-sistido.

A arte dramática portugueza tem em GeorginaPinto e em Chaby Pinheiro dous valiosos representan-tes. A graça, distineção e elegância da primeira, a cor-recção e o talento do ultimo merecem ós applausoscom que o nosso publico os acolhe constantemente.

Bellas-Artes. —Abrimos hoje a serie de photogra-phias de alguns dos quadros do salão da- Exposiçãode Bellas-Artes d'este anno com a da commovente telade Baptista da Costa. Não vae na ordem porque repro-duzimos os trabalhos photographados nenhuma intençãode critica, ou pelo menos de apreciação —mas se a-houvesse-o-quadrode-Baptistada Costa teria,-neces-

O actor Glnby.

sariamehte, de inaugurar a nossa galeria pelo que ellerevela de esforço,

"de sinceridade e bôa vontade emavançar.

Nos números seguintes daremos á estampa a pho-togrâvura de outros quadros cujos auetores tiverama gentileza de consentir que fossem reproduzidos pelonosso photographo.

O campeonato do remo em 1900. —E' ainda um grupode triumphadores que hoje offerecemos aos leitores, atripulação da baleeira de 4 remos Vésper do Grupo deRegatas Gragoatá, vencedora do Campeonato náutico de1900. Esta baleeira correu tripulada pelos í^rs. JoséFerreira Aguiar, (patrão); Jorge Goulart, (voga); J. B.Ribeiro Gomes, (sóta-voga); Arnald Voigt, (sóla-prôa);teSMfctgfl'*•

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CAMPEONATO DO REMO EM 1900—A baleeira Vésper e sua tripulação.

cilidade de seu uso, deixando ao operário liberdade nosdedos, que lhe permitia executar seu trabalho em boascondições.

Os concurrentes deverão apresentar ao presidenteda Associação uma noticia explicativa e duas amos-trás afim de que possam ser estudadas conveniente-mente.

Uma commissão especial será encarregada doexame e das experiências dessas amostras c sobreellas dará parecer.

Um prêmio de 1.000 francos locará ao que alcançaro primeiro logar.

e Alfredo Ribeiro, (proa), alcançando aquella victofiosacollocação em 9,3^".

O 7 de Setembro de 1900, no largo de S. Francisco dePaula. — Instantâneo do ponto mais freqüentado ,d'á-quella praça, no dia em que se commemorava a datagloriosa dà Independência do Brasil!

MoxTsÉnnAT. — Mais duas bellas vistas da capellatradicional de N. S. de Monlserrat em Hespanha. Aabside da Egrèja e o bello allar-môr da mesma são as

Sravuras escolhidas. No numero anterior está a noticia

esta legendária devoção.

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