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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 20 DE JUNHO DE 1914 NUM. 1600 ^VT''f-llT?V.*-f,.'^'--'^^y^"^w*l^''*IIIWP-''*-*W^ RÍO Ni SEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1LLUSTRADO WUUUKO aUU.M» - «OO réis Redacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N, 218 ... Telephone IN. 3515 O MARIDO (impaciente) —Não acaba hoje essa prova? Irral... Meu alfaiate nrova-me um terno em cinco minutos!-.' A COSTUREIRA —Não duvido; mas é que o senhor não tem, como a sua senhora tantos reqtnfifes, tantas pregas...' O MARIDO— Isso é que eu não sei, pois nunca me resolvi a contal-as. ELIXIR DE NOGUEIRA Do pliarmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis'' Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias,

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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, 20 DE JUNHO DE 1914 NUM. 1600

^VT''f-llT?V.*-f,.'^'--'^^y^"^w*l^''*IIIWP-''*-*W^

RÍO NiSEMANÁRIO HUMORÍSTICO 1LLUSTRADO

WUUUKO aUU.M» - «OO réisRedacção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N, 218 ... Telephone IN. 3515

O MARIDO (impaciente) —Não acaba hoje essa prova? Irral... Meu alfaiate nrova-meum terno em cinco minutos! -. 'A COSTUREIRA —Não duvido; mas é que o senhor não tem, como a sua senhora tantosreqtnfifes, tantas pregas... 'O MARIDO— Isso é que eu não sei, pois nunca me resolvi a contal-as.

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pliarmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS - RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis''Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias, •

)-( O RIO NU )-(

£^ "0 RIO NU" g_3— FUNDADO EM 1898

PJJ 20 de Junho de 1914

Anno

EXPEDIENTE

ASS1GNATURAS. 12*000 | Semestre.Exterior: Anno 20*000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e tio interior, 300

J7*000

reis!___.

-Toda a correspondência, sela deque espécie for, deve ser dirigida aogerente desta folha.

Ella!.<a_S_

4|WA redacção, onde ella entra com

um sorriso inexprimivel, umolhar dolente e meigo, uns me-

j/_-t-* neios turvadores, todos sentema sua doce influenciai

E o trinar vibrante do seu gargalharfresco e cheio de vida, ou as modulaçõesharmoniosas de uma das suas phrases soltasao vento, têm o mágico poder de paralysar-nos os membros, suster-nos a respiração,turvar-nos o pensamento.

Si o sol resplandece em todo o seufulgor á sua entrada o sol rebrilha! Si asbrumas chuvosas toldam o Armamento, asbrumas desfazem-se, e uma doce claridadese evola d'ella.

E' bonita?... não sei. Creio bem que ana-lysada friamente, por um desses espíritosque appelidamos de scepticos,muitos e gran-des defeitos lhe encontrariam.. -

Nos primeiros tempos, eu, o homem trio,para quem as mais arrebatadoras bellezas sotêm servido de aprazíveis momentos de cou-templaçâo artística, nem siquer detive oolhar nella I A pouco e pouco, porem, comose deu isto? Talvez a continua convivência,a camaradagem no trabalho, o repartilhar dealegrias e dissabores, um pouco talvez dedescuido da minha parte, fui-me deixandoenvolver pela atmospliera eapitosa queparte de si mesma, e inconsciente, e ebrio, elouco, eu ousei um dia, (oh cumulo!) sonharcom ella '¦

Si a imaginação em muito concorreupara forjar o louco sonho, a recordação ougrande parte o alimentava. :.

Recordação, sim, porque eu vi — ofelici-dade das felicidades! uma bem torneadaperna que até á divinal coxa ella deixoudevassar pelo meu olhar ávido, por debaixoda secretária onde distrahida, escrevia um dia!

E ella viu o meu olhar de repente, quandolevantou os supercilios de sobre o papel;mas não se zangou com a febre que se lianas minhas faces, que o sangue em eboliçãotingia, mais e mais, emquanto eu pensavaque quem tão lindos extremos possuía, muitomais lindos, sem duvida, deveria ter osmCÍ0S-' PORTHOS.

Creio, meu amigo, que fico sem aSanta... o medico desanimou-me hoje muito...

Então é muito grave a moléstia ? Oque é ?

Homem, eu não sei. E1 uma coisa taoexquisila que até parece feitiço. Calcula tuque ella não se, queixa de nada, alem de uniinexplicável cansaço c as malditas manchas.Uns diabos de limas manchas roseas que lheapparecem pelo corpo todo e que, outrasvezes, em logar de vermelhas são negras.

Palavra, meu amigo, si eu nào tivesse amais cega e merecida confiança na Santa, atésuspeitaria I

Tratei de consolar e encorajar o maisque pude o meu amigo Pantaleáo Piparote,que afinal lá se foi mais confortado, emquantoeu ficava a pensar nelle, na Santa e..- nasmanchas roseas, violaceas ou negras queconjiiiictamente ao cansaço constituíam amoléstia da Santa...

Devo confessar que o meu juizo nãotinha tanto de benevolência quanto o doPantaleáo, a respeito da honestidade deMadame Piparote. Talvez isso fosse devidoao meu principio que «a melhor das mulheresnão presta para nada» ou, talvez, a uns olha-res um tanto languidos e provocantes que eusurprelieudêra atirados ou, melhor direi,escorregados para o Dr. Luciano.

Emfim, passados uns dias, procurei omeu camarada Pantaleáo para saber novasda sua respeitável cara-tnetade.

Um pouco melhor, respondeu-me elle,graças ao devotamento do meu amigo Dr.Luciano, que não a tem abandonado. Sãotres visitas diárias para a applicação de mas-sagens electricas.

Uma abnegação que me torna escravodelle !

Hoje, tres mezes após essa conversa,recebi do Pantaleáo Piparote o seguintebilhete :

« MathusalemEmbarco hoje para a Europa, onde vou

sujeitar-me a massagens electricas nos doislados da testa para deixar de ser burro epara o futuro conhecer os signaes de belis-eões e chupões.

Teu Pantaleáo."pTsT^TrDr. Luciaiiu lecebeu-de pre-"

sente.. . a Santa.MATHUSALEM.

Ibum de um velho \=1

AS MANCHASlamais eu vi um semblante mais dcnuii-

ciador de um grande soífrimento e tamanhodesanimo que o do meu amigo PantaleáoPinarote quando, por uma triste e parda-centa tarde de inverno, elle.cahido mollementeno divan do meu gabinete, dizia com a vozmeio tomada por um soluço que lhe apertavaa garganta:

© ®y^ÊP~

— Allôl... E' a Drogaria Pacheco?Manda-me com urgência um frasco de Peito-ral de Angico Pclolensc, pois estou me sen-tindo fraca do peito e não quero ficar tuber-culosa.

M(0)títI(I5 ci;l C©1CIÜ.TJ§©

Para o MOTTE n. 0 da 2< serieMargarida está doente,Eslá com o ventre muito inchado.

cebcmqs as seguintes glosas:

Antes.. • a cara não mente,Vê-se logo, a coisa é certa,Embora'se faça esperta,Margarida está doente,Porém, o que pasma a gente,O facto mais engraçado,E' que depois do noivado,A doença lhe sarou,Mas, devido ao que tomou,Está com o ventre muito inchado.

NICOCLES.

Depois que um primo tenenteLá cm minha casa entrou,Minha mulher transformou. . .Margarida está doenteElle é um rapaz valente,De espadão avantajado,Eu creio que esse malvado,Espetou a Margarida,Pois se ella não 'stá ferida,Está com o ventre muito inchado !

ELMANO II.

Estou deveras contenteCom a minha Margarida,A minha esposa querida IMargarida eslá doente...Mas não veiu de repenteEsse mal tão almejado :Por certo tempo incubado,Só agora appareceu...Margarida, a esforço meu,Está com o ventre muito inchado !

MAR SAL.

«Venancio» ! Estás descontente ?Perguntei a um primo meu ;Estou muito, me respondeu ;Margarida está doente,Não"sabe bem o que sente,

_. AÓ que me alignienta o cuidado,)Como pae estou rallado,Não sei que hei de fazer,Ella já não quer comer,Está com o ventre muito inchado !

ELMANO III.

Depois que um certo tenenteEm casa do Braz entrouE lá morando ficou.Margarida está doente,Amélia fastio sente,Eivira tem engordado,As filhas do Braz (coitado

'.)Estão todas muito mudadas,E uma das tres creadasEslá com o ventre muito inchado !

MANOEL.

<%•» SerieMOTTE N. 1

Si queres ver o que ê bomSenla-ie aqui na meu cotio.

ülosas até 27 do corrente.

._&iiu «lapoiicxaNão ha outra que torne a pelle maia

macia. Dá ao cabello a côr que se desejs.E' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. — Ruas: Andradas, 43 a 47 eHospicio, 164 e 166.

M_______B6_t__C_HHÍ_

j^j 20 de Junho de 1914 )-( O RIO NU )-(

.—IL-.ITF^ *R5 x^.

CD

A estréa da companhia Taveira no Re-creio, a 12 do corrente, foi um verdadeiroacontecimento! Com tres dias de antecedênciajá o Abel, o amável bllheteiro, tratava porcima dos hombros as pessoas que iam pro-curar boas localidades, — Só ha entradas ! —bradava elle.

Por ahi se vê a anciedade com que eraesperada a estréa e que, como não podiadeixar de ser, foi um triuiuptio para toda atroupe. A opereta de Franz Lehar Emfim...sós! teve o desempenho que era de esperarpor parte da companhia e acarretou aos priu-cipaes interpretes uma verdadeira tempestadede applausos, cabendo as honras da noite áactriz Judice da Costa e ao tenor AmadeuFerrari.

A orchestra, grandemente atigtnentada,portou-se galhardamente sob a batuta domaestro Wenceslati Pinto.

Foi uma estréa auspiciosa e que garanteá companhia Taveira uma temporada bri-lliante e proveitosa... para o nosso amigoLoureiro.

ttir" Entrou com o pé direito no Rio deJaneiro a Mareia Bella, do Recreio.

No mesmo dia do desembarque da com-panhia foi jogar no cachorro e foi ta! a suasorte que ganhou, pois o cachorro deu nessedia.

Agora que os bons acasos permitiam áMareia continuar a ganhar nesse mesmo bicho,são os nossos votos.

«-"õ" Disse-nos o Gabriel Prata que o Wen-ceslatt Pinto a bordo desempenhou galharda-mente o papel de tornar sti.avesT-poi-meitrdemelodia, os monreTitõsde amor do pessoal dacompanhia.

Sempre que via algum casal de pombi-nhos arrulhando e si o piano estava próximo,o maestro atacava logo uma deliciosa valsa.

"¦ri" Não saberá o Dr. Mario que numamulher não se bate, nem com uma flor?

Aquelle escândalo de lia dias na caixa doS. Pedro — francamente — não parece de umdoutor!

.T''" A bordo do Darro, segundo o queouvimos ao Mario Santos, entenderam-semuito bem a respeito de amores a Tina doJosé Alves e o enfermeiro do vapor.

Com que fome sahiu a do Zé, de Portu-gal, hein ?

•ti*' E já que falámos no Mario Santos.A esse menino lindo enviamos os nossos

cumprimentos e fazemos-lhe ver que não oesquecemos.

Cá estaremos de olho aberto em cima delle..''»" A' porta do Recreio :Um gabirú—Qüc bonita mulher é a Judice!

E que cabellos ella tem !...Outro gabirú — Nào admira qne os tenha

assim tão lindos ! A Judice só usa a LoçãoDanzi, que é o único preparado bom para acabeça.

«ss* Por causa dos olhares languidos quea Auzenda atirou, na noite da estréa, paraum camarote de gabirús, o Leitão fez umadas suas costumadas scenas de ciúmes, o queassustou tanto o Henrique de Oliveira, que ohomem chegou a pensar que o caso era porcausa delle.

•''•' A Amelita estranhou que o Candinhodão lhe fosse dar as boas vindas.

E' que o Candinho,filha, anda muitíssimooecupado lá pelo S. Pedro.

X BP'' T^aB§ HIEirTBI -^

¦&) uS Imtab k. nf '«1 *" -» w___\ (&_,

^** MARCA REOISTRADA **^

-.*- —** ¦

S. João e S. Pedro ahi eslào exigindo osfogos e as roupas novas para abrilhantar as fes-tas mais populares de nossa cara pátria.

E bem triste festa passa quem não tem umaroupa decente, no rigor da meda, preta ou decôr, bastante forte, bonita e bem confeccionada.

Uma simples visita á Alfaiataria Gua-nabara sana todo este mal, pois a qualidade,a confecção e o preço de suas roupas não têmrival no Rio de Janeiro.

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

.w Quem ficou muito contente com achegada da companhia Taveira foi o MachadoCorrêa, do Apollo, que todas as tardes vaipara o Recreio fazer companhia a uma coristaque cremos chamar-se Amélia.

Ahi, gabirití São amores velhos, poisnão são ?

.tó" A Eugenia Coutinho veiu mais con-tente desta vez.

E sabem porque ?E' que a pequena conta casar aqui; o

noivo delia é doutor ou quasi isso, está achegar; vem de Portugal especialmente paraesse fim, e a pequena está doida para o veraqui — e mais ainda para se ver esposa delle.

O que é o fogo da mocidade !.. ..to" Que diabo de coisas haverá entre a

Belmira e um actor do S. José, que tantodesgostam a Sra. AntoniettaV

Homem ! Até parece que a Sra. Anto-nietta... Mas é conveniente não falar paraevitar encrencas.

í3* Esteve em nossa redacção a Sra.Albertina Rodrigues que veiu protestar contraa nota que sobre ella publicamos no nossonumero anterior.

Disse-nos a Sra. Albertina que si nãopagou ainda as qulnze-r-M-bras que pediu

..empresta-dasfao Saboeiro é porque, infeliz-mente, elle a fez trabalhar em sua casa, comocriada, durante os dias que lá esteve hos-pedada.«Cheguei até a lavar a casa — continuoua Sra. Albertina. Mas não faz mal 1 Já que oSr. Saboeiro tornou publico este caso,eu lhepagarei a divida depois do meu beneficio...caso o meu gabirú, o Dr. Mario, a não queirapagar antes.

itrT Fomos visitados em nossa redacçãopelos actores Álvaro de Almeida e CarlosCandeira, da companhia Taveira, que nosvieram trazer os seus cumprimentos.

Ao apresentar-nos o seu collega Candeirao Álvaro disse-nos vir desta vez mais satis-feito porque o seu nariz deixou de ser o maiorda companhia.

E, effectivamente, o do Carlos tem doistamanhos do do Álvaro.

JOÃO RATÃO.

Au Bijou de Ia Mode-- Grande depositode calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e estran-geirdpara homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca ti. 80 — Te-lephone 3.660.

Pintando o sete...Esta noite com a Atina RodaPude bem pintar o sete...Primeiro dei-lhe uma.. .libra,A seguir fiz-lhe um.. .mtnsáo.

PONTO.

Uannsi iiHMiluiíei.3 -c.^fum''

linda Magdalena Bastye haviasido uma das mais exquisitasmulheres da sua época por tera fastidiosa tendência de en-

ganar amantes.Ao principiar esta historia, vivia ella em

companhia de um excellente rapaz chamadoJoão Passe, um bom coração que era a hon-ra do commercio pariziense e que a amavacom todas as forças da sua alma.

A primeira vez que Magdalena o enga-non, João perguntou a Magdalena :

Porque me enganas com esse homem?Porque é bello — respondeu ella.

Oh ! poder do amor ! Quando João voltounaquella noite á casa da sua amada vinhatransformado ; estava tão arrebatadoramenteformoso, que a própria Venus ao seu lado h-caria a cem léguas de distancia.

A segunda vez que Magdalena o enga-nou, João perguntou a Magdalena :

Porque me enganas com esse homem?Porque é rico — respondeu ella.

Naquelle mesmo dia João inventou ummachinismo esplendido para descascar ba-tatas a vapor, cuja planta foi disputada apeso de ouro pelos americanos. E João ficourico.

A terceira vez que Magdalena enganouJoão, João perguntou a Magdalena:

Porque me enganas com esse homem?Porque é muito engraçado — respon-

deu ella.Immediatamente João foi a uma livraria

e comprou todos os livros dos melhores hu-moristas francezes. Leu-os á sua amada eesta se divertiu tanto, que chegou a esque-cer o somno durante algumas noites só paraouvir ler as engraçadas paginas que ellescontinham.

A quarta vez que Magdalena enganouJoão, João perguntou a Magdalena:

Porque me enganas com esse homem?Ah ! — exclamou ella. E seus olhos

brilharam de tal modo, que João comprehen-deu

Lamento vivamente que esta historia nãoseja poruographica, pois tenho a certeza deque os meus leitores não se aborreceriamlendo a descripção fiel do que fez João na-quella noile...

A quinta vez que Magdalena enganou...Alas abreviemos.

A décima quarta vez que Magdalena en-gaitou João, João perguntou a Magdalena :

Porque me enganas com esse homem?Porque é um celebre assassino — res-

pondeu ella.João matou naquella noite Magdalena.E desde então, segundo dizem, perdeu

Aíagdalena o detestável costume de enganarJoão.

Traducção livre deZÉANTONE.

i^esnísâ

4 =__gílg] )_( o Rio NU )-( Wi 21) de Junho dc 1914__ __=

_áMW—É|f| | iliírabana

g||jl|l[]?iyr&a_ia

O fado 6 o seguinle :O piralin'lio Bébé ao «ar» lindo &.\ inndrii-

gnda foi «filado» em «flagrante gostoso» coma mulher dum bexiga !

(V Bébé, ser pirata já é de familia,não é ?

¦ter Continuam os «amores escandalosos,das pequenas do «sete e quatro» da rua Dr.Bulhões.

A continuar assim, teremos em breve...

CDInteressante oflirt em que fez uma longa

viagem ao Estado de Minas um uconduetoradorapaz da Central.

Aquillo a principio eram longas olha-dellas amorosas, depois mãos amorosamenteenlaçadas até juiz de Fora, onde o elegantemoço, bem a seu pezar, ficou, deixando incon-solavel a formosa morena, sua companheirade viagem !

O interessante é que a galante C. sabemuito bem que elle é. .. casado !

Seu Felippe d'America até ficou impres-sionado!

itáí' O Samuel, (não é o «ajaponézado pe-pino»), vive a explorar uma «mina» quepelo tempo já está em «carcassa» !

A scena de rttfia é feita á rua BentoGonçalves.

„• O celebre pirata Hugo anda dandoumas lições de «flautim» a uma dctni-viergeda rua Dr. Niemeyer.

A pequena possue embocadura, não é, óHugo ?

.tar O Guilherme da zona Borges Monteironecessita abrir o «olho» com o Cunha, caça-dor 52.

Olhe, seu Assumpçâo.a sua Z. está tra-liindo-o.

Romances, não se lêem em quarto fe-chado 1

.T_' O «dunga» Edgard anda mesmo enra-bichado pela I.

Que bobo! Compre uma corda e. . .enforque-se !

.t»' O «camarão» Affonso firmou-se na ruaPernambucoe por isto «anda a falar sosinho».

Será porque a formosa Ará, si quizer,poderá fazer-te feliz ou porque o negocio techeira a chamusco ?

ts" Em breve será photographada a lindamorena do Ignacinho.

Que honra p'ra familia !,ur Vai poisar junto ao «rouxinol» da rua

Dr. Bulhões o interessante Gualberto.Une-te ao pirata-rei e serás um homem

feliz nas... conquistas!•te Existe um «guarda-fiscal», que por

estar doido d'amor, affirmou que chuparia...a «romã» da Leonor!

teii' O decantado «águia», (não é com 09),Ataliba do Encantado, foi presenteado comuma colleção de «corredores» pur-sang, poruma graciosa «casadinha».

Agora supplica ao teu amiguiiiho Aryque te console 1

ira' Então, seu Jorge, conseguiu barrar oFausto ?

Pois olhe, a Duchinha não é firme,¦rar Um «velho pirata» anda armando pia-

nos para conquistar linda mulata da ruaPiauhy !

Si a D. M. chega a descobrir, temos ovelho Martins atrapalhado!!

-tar O Carlito deu o suite na Amélia.A pequena não merecia tanta ingratidão,

ó meigo garoto 1ss- Que mania será a do aconduetorado

Imbuzeiro andar contando fitas no Meyer?Serão tantas as vantagens que lhe offe-

rece a sua zinha ?Então é por esta razão que já não faz

questão dos 9ÍI66, deixando de ser o «pé deboi» que foi em outros tempos !

ns' Na zona Dr. Bulhões houve famosa«encrenca», ha dias.

pereira»•ra O Braguinha anda de ..rabicho, porduas pequenas loiras do Jacaré.

Seu Braga, alguém nos affirmou que aspequenas são... gringas !

"«'Qual será a firma responsável porum elegante «castello» no Meyer, onde ha,todas as noites, tocatas de violão e que servedc «aprisco» a innumeras morenas chies':

Ser o Madeira no Meyer não está sozinhonas piratarias. A troupe é composta do Othon,Doutorzinho, do celebre «caixa d'oculos»,de um queaílirma nada fazer agora, mas queo-.itrora faria conquistas á «bessa» e de maisalguns piratas suburbanos, dos quaes, embreve, diremos coisas sublimes. Esperem,pois, que no próximo numero... lá vai obra!

its" O contacto com os piratas é o diabo.Não é que o «Tio João», com aquelle todo depachyderme, já conquista também?

Ora o «Tio João»!tc-rc Por que razão não se ouve mais falarnos «águias» Veiga, Batalha e Chanchada ?

Teriam morrido?use Seu Bébé, ainda teremos mais con-

quistas ao «ar lindo» da noite na rua Dr.Bulhões?

ti'' Que noticias nos dará a «piratada» doEngenho de Dentro da interessante e «estott-rada» pequena da rua Manoel Victorino?

O facto é que o que «luzia» deu... á luz !Ktd' O Oscarzinho da rua Cardoso,depois

de muito «tentar» com as viuvinhas, atirou-sea tuna «casadinha», que tem por «editor-responsável» um representante da «brocha»,que habita na rua onde ha um «Zé ferino».

Por esta razão é raro o dia em que o«menino» Oscar não se entregue ao sportde.. . pular muros !

Cuidadinho, menino Oscar, sinão umdia, o «ancião» poderá fazer-te uma «sur-presa», com algum. .. «canivete» !

trai' O Peis de Madttreira conseguiu roí;-l>íjí" do Octacilio a linda Joanna.

O «aguia-telegraphica» foi um verdadeiro«Judas» para o aconferentado Fonseca e dahiser diário em Madureira o estribilho :

«Seu Wencesláo», levanta... o páo!»

CORRESPONDÊNCIADr. Encrenca— (..Engenho de Dentro)

Dahi da sua.zona, temos uma infinidade denotas aguardando espaço.

ComO'd«ve sab'êr;,':.«0 Rio Nu» não é só«Pirataria •St|.LUi.rbãna"»,' tem outros compro-missos. Pof.tsía-'. razão e por termos emnossas mãos uma enorme quantidade de«notas» é que não publicamos ainda as quese referem ao tal assumpto.

Falcato — Já conseguimos descobrir a«toca». E' na rua...

Já sabe, não é ?DonJuan — (Meyer) A nossa secção pas-

sada foi toda «meyerense».Brochinha Fernandes —. ( Meyer) Meu

amigo, amor de* velho é .fogo que o diaboatiça ,

Dahi o celebre «tremor» que o faz per-tencer á familia... repinica I

C. M. A. — (Engenho de Dentro) A faltade espaço, unicamente, tem nos privado deser agradáveis ao amigo. Possuímos aindadezeseis «communicações» suas, que embreve serão dadas á luz.

Piratinha (Piedade) — Ainda não chega-mos lá. Em breve.

PIRATA MOR.

Bibliotheca d'0 RIO NU

A CABEÇA DO CARVALHO - Pyrami-dal trabalho do bestunto do incoinparavel Va-gabllildo, 25000; pelo Correio, 2Í500.

SCENAS DE ALCOVA — Intercssantis-simos episódios da vida de um pobre copei-ro que acaba como patrão da patroa, 1J500;pelo Correio, 2J.00.

AMORES DE UM FRADE — (2- edição,n. I da «Collecção Amorosa») — Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO —(n. 2 da «Col-lecçâo Amorosa») —Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-nionio, contados por Mathusalem, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET — (n. 3 da «CollecçãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige appcrilivos es-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis-

CASTA SUZANNA - (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripçào descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias inves-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

ÁLBUNS DE VISTAS — Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-chá de I» qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados osns. 1, 2, 3, 4 e5. Preço de cada um, 1Í000; pelo Correio1Í500.

CONTOS RÁPIDOS — Estão pu-bücados os seguintes : N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracia — N. 4, Faz tudo...

N. 5, A Viuva Alegre—N. 6, OMenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amor

N. 9, Dolores, N. 10, FamiliaModerna e N. 11, Na Zona...

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio : 500 rs.

Todos os livros acima citados saolllustrados com gravuras tiradas donatural.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia A «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

COOs pedidos dirigidos ao nosso escripto-

rio devem vir acompanhados da respe-ctiva importância, em vales postaes, ordenscommerciaes ou dinheiro e endereçados aALFREDO VELLOSO, Rua do Hospicio, 218.

Licor TibainaO melhor pccrificec--- dor do sangue --

GRANADO & C. - Rua \° de Março, H

EB 20 de liiiilin de 1914 hb= HffiB )-( O RIO NU )-< gg== 5 ;

Regras de civilidade\ §uma senhora que traga um bello ramocravos, saudal-a-emos desle modo :

— V. I-:... sempre previdente; hoje, !perder algum sapato-, não será pur falta dcravos !...

PETRONIO.

CDAs senhoras quando estão sós, isto é,

quando entre ellas não lia calças, metteincom gosto o páo a valer nos representantesdo sexo barbado.

Dizem que os elegantes de hoje não pos-suem mais o chie dos antigos dandys, quenão sabem mais fazer um madrigal ou umdito de espirito fino e seduetor.

Nós achamos que as senhoras têm mi-lliões de razões, e, para salvar o bello sexo,aqui deixamos algumas phrases e outras tau-tas oceasiões para os nossos sinarls leitoresbrilharem.

CDQuando esbarramos fociuho a focinho

com uma senhora de nossas relações, deve-mos logo verificar si a mesma está de ves-tido novo e no caso affirmativo cascar-lheesta super-elcgante phrase :

Bravos, D. Aquella ! Que bello arreia-mento novo! Quem morreu no preço dessajoça ?

CDOu então, querendo coisa mais ligeira,

miramos a supplicante de alto a baixo edando um estalinho com a lingua diremos :

Muito bem ! Linda albarda, vai-lhe nolombo a matar.

CDSi encontramos uma senhorita com os

pés visivelmente apertados nos sapatos no-vos, devemos arranjar o mais escarninho dossorrisos para acompanhar estas palavras :

Safa! Como traz as patinhas arroxa-das ! Também umas chancas desse tamanhomettidas em calçado de gente !

CDHavendo a sorte de esbarrarmos com

MMI

_í_áJ_-_-__fl1CONTOS RÁPIDOS

Linda colleccão de contos rápidos aL300 réis cada exemplar com uma bellae suggesliva gravura impressa em papelcoiiché.

Os onze primeiros desses contos in-titulam-se : O tio empata, A mullier dcfogo, D. Engracia, Faz Ilido..., A ViuvaAlegre, O menino elo Gouveia, A Pulga,O Correio do Amor, Dolores. FamiliaModerna e Nu Zona..., constituindouma preciosa bibliotheca de leitura ra-pida e... estimulante.

Cada exemplar custa, pelo Correio,500 réis; mas quem quizer obter a col-Iecção completa dos onze enviará ape-nas a importância de 45000.

Pedidos, acompanhados das respe-ctivas importâncias a

ALFREDO VELLOSO218, Rua do Hospício - Rio de Janeiro

©___._-£-«_©Elle

Gostas de mim, meu amor?Os teus carinhos emy.allio ?

EllaQual, não vale, não, senhor!Para mim só tem valorO seu valente... caroço.

de c___.i-n5.--75- de n.s_.___05

MARTYR — Você é um alho, um alhãomesmo, um verdadeiro xêilas I Diz que vaifazer-nos uma pergunta e conta uma porçãode novidades dajudith, do Rio Branco.

Veja lá quanta coisa: o maneie da hendu,o coronel, o major e o Ia! poeta de cabellosgrandes, cortados á americana! E mais ainda,o typographo, que já conseguiu algumasprestações, o Natal, que você chama boboalegre, e você, que, pelo geilo parece, searvorou em fiscal do negocio da rapariga.

E no fim disso tudo: que temos nóscom isso ?

Velhusca — Nào pinte coisa nenhuma,nem procure desfazer as pregas. Os cabellosbrancos nunca foram prova bastante de queuma mulherzinlia esteja aposentada por com-pleto e incapaz para todo o serviço. Hoje,mesmo, a mulher em moda é a velhota queestá rotulada com o tal outonal. Quanto áspregas, isso é o maior encanto que actual-mente uma mulher pôde offerecer.

Deixe, pois, de modéstias e toque p'racoisa, que você está na conta I

Dandv —Leia o que respondemos acima,addiccione mais a vantagem de não haverrisco de vir filharada e atire-se á baroneza,pois, alem de tudo, ella com certeza passaalgum. Mulher, meu amigo, só que dê!

Elegante — Quer a nossa opinião sobrea moda actual? Ahi vai: achamos que a fendada saia devia ir até á cintura, que a mesmasaia tem roda demais, que o decote do vestidoé muitíssimo pouco aberto e que es|e deviaser iisadc-jürectamente sobrea pélle.

Depois disso desejaríamos que todos ospancadões que por ahi andam fossem fazer atoilctte lá no chateou, ou que fossem porcompleto abolidos os vestidos femininos edissolvida a policia de costumes.

Que tal ? Nào acha boa a idéa, dona ?Então. .. já sabe. . . cá estamos.

JOÃO DURO.

Está á venda—A PULGA—Grande sue-PONTO. cesso da nossa esplendida colleccão.

Folhetim do "Rio Nu" (7) Onde estou? Para

FLAVIO DUVAL

CASADA E VIRGEMi Wil Historia realista de om homem

como lia muitos

vi

E, como passasse um automóvel de luxo,elle fel-a embarcar sem resistência e man-dou-o seguir moderadamente para a Tijuca.

Reconfortados e felizes por se sentiremperto um do outro, Leoncio dizia madrigaes,referia-se ao seu viver insipido, sem umamulher que o comprehendesse. Ella contoua sua historia, o seu casamento e baixando¦os olhos disse-lhe :

Estou tão pura como quando vim aomundo I

O poeta tomou-lhe as mãos sem que ellaresistisse :

—Amar-nos-emos sempre. Serás a minhai Magdalena que idealizei e que agora encontro5 em plena realidade ![ Regina sentia um prazer inaudito, na-l quelle «auto» que a conduzia para o amor.

Entretanto, o dever se lhe impunha comouma ordem terrível. De repente cobriu osolhos com as mãos e desatou a chorar :

Que faço eu, grande Deus ! Que lou-•cura foi essa minha ? Como cedi aos impul-

sos do meu coração!onde me destinam ?

Elle tornou-a pela cintura. Ella machinal-mente deixou-se cingir, deitando a cabeçano seu liombro.

Náo te quero ver assim. Estava es-cripto que isso devia acontecer, mais cedoou mais tarde. Tu nunca amaste... Fostearrancada do collegio para seres entregue aum homem a quem não conhecias. ..

Esse homem nunca satisfez os teus de-sejos, e impassível te tornaste durante todoo tempo em que tens vivido com elle.

Hoje é o teu coração que desperta, avida nova que desponta. A honra de teu ma-rido é uma chimera. De resto, o homem aquem estás ligada é indigno de ti.

Leoncio sabia tudo...Regina não comprehendia. Porque mo-

tivo aquelle antigo companheiro de seu pai,pessoa de toda a sua confiança, era indignodelia ? Que teria elle feito ?

No emtanto, aquelle rapaz tão fino, tãodelicado, falava tão seriamente... que algode verdade lhe escondia.

Decididamente era um mysterio.O «auto» já vinha de volta. Eram quasi

quatro horas. Disseram tanta coisa e nãohaviam dito nada !

Quando nos tornaremos a ver?Muito breve.Em tua casa ?Que loucura ! E meu marido?

Sempre o espantalho do marido ! Aper-tou-a mais contra o coração :

Quando raiará a nossa felicidade ?Quando se celebrarão as nossas nupeias ?

Regina voltou á realidade. Até então ti-nha estado a sonhar, enlevada por aquelleespirito de sonhador que a transportava amundos ignotos. Era preciso que descesseao mundo material. E começou então a sen-tir-se perturbada, nervosa, a inteiriçar-se aocontacto daquella pressão que a embriagavade suavidade e de ternura. Elle comprehen-deu que ella estava sedenta de goso, aper-tou-a mais contra o peito, collou os seuslábios nos delia. E durante algum tempo es-tiveram naquella posição até que elle satis-fez o seu desejo mal contido, verificando,louco de alegria, que a sua futura amanteainda conservava a flor da virgindade.

Amo-te, Leoncio, amo-te !...E cahiu em deliquio...

VII

Nicolau Barbalho chegou á casa de máohumor. Por mais que se rebolasse na cidade,não encontrara um só homem que lhe ma-tasse o vicio.

Parece incrível! Ha gente de muitomáo gosto! Pois então uma «tetéa» como eupôde ser assim desprezada ?

Mettido no seu quarto, o velho, em ca-misa, contemplava com volúpia uma collec-ção de vistas que comprara duas horas antes.

Isto tudo põe-me maluco! E' o diabo!Não posso passar um dia. ¦.

Mas não haverá um meio ?...

(Continua)

=; b )-(O RIO NU )-(BB 20 de Junho de 1914

CDPelo que diz a bisbilhotice da nossa ele-

gaute collega a Gazeta, quasi, quasi, por umnadinha mesmo do tamanho da unha do dedomiudinho, mestre Wenceslau ficava cliuchan-do no mata-piollios e vendo a commoda ca-deirinlia do palácio dos urubus do Caltetevoar em branca nuvem.

O caroço niedondo que entrou no angiida politica ia entornando o caldo do meu ca-maradào de Itajubá e passando de presidenteeleito a presidente aiinullado, que é assimuma espécie de presidente no matto sem ca-cliorro.

Era um nó cotubacico para S. Ex. si ti-vesse ido para as europicas plagas na muitoalta e gostosa posição de presidente eleitoquando estourasse a bomba da pyrotechnicapolitica.

Calculem a entalação do meu camaradãoquando alguém, pouco mettediço nas nossasmutações políticas, o apresentasse destemodo :

Mr. Wenceslau, futuro presidente doBrazil.

Elle, amarello cor de manteiga mineira,teria que emendar:

Perdão. Ex-futuro presidente.Com franquezlnha franca, era caso de

um homem pisar nos... collarinhos e iso-lar-se de uma vez para sempre a pescar ba-gres de papo amarello e apanhar siris-bo-cetas.

Quando uni cidadão, lá pelas estranjas,perguntasse a S. Ex. porque não tinha sidoreconhecido, elle embatucava p'ra.. .burro eteria que resmungai :

Aquillo tudo é uma canalhada, umacorja que me alijou por... incapaz e má fi-gura.

E' bem provável que o meu camaradão,pescador emérito de trahiras e lambarys,não dissesse isso nem coisa que se pare-cesse; porém que o pensaria é lão certocomo é certo que o cuspo de pinto não éovo e que papagaio de noite não tem olho.

Alem do meu camaradão havia outros,muitos outros, que andavam bufando com aencrenca, e cujos respeitáveis narizes tinhamassumido colossaes proporções somente coma noticia de que a canoa da eleição presi-dencial estava furada.

Eram aquelles que anciosamente espe-ram os favoráveis tempos em que o Brazfor thesoureiro, isto é, o presidente for oWenceslau.

Eu, afinal das contas, náo entendi, nementendo porque queriam alijar o Braz dacurul de papai grande, quando todos tratamde pôr o corpo fora da tal prebenda, quequasi chegou a ser annunciada entre os«aluga-se» o os celebres: «uma senhoraetc.»

Quando andavam a catar um futuro pre-sidente eleito, a negrada em condições zar-pou burraliiiente, c si não desencavam o lio-mem entre os cnnniçose as redes uns quedasmargens do niuimiiroso rio, até eu estavaameaçado de ser recrutado liara o poste da-qm-lle horrível sacrifício dos dez pacotesmeiisaes. ,.

Ananliam o amigalháo, cascam-lhe ummundão de votos em cima, elegem o bichoe quando elle se prepara para a viagem nup-ciai, quero dizer futuro-piesidencial, encren-cam-lhc a zona e por um nadinha que o ta-zem um muito legitimo ex-futuro !

Qual! Essa jóça anda com mandinga ea tal senhora D. Crise, depois de invadirtudo, quer metter o nariz no negocio do Braz .

Nada ! Antes pescar carapicús e siris-bocetas em...lá mesmo.

L. REPÓRTER.

Confeitaria Londres

Inaugurou-se na segunda-feira desta se-mana, no largo de S. Francisco de Paula n.34, a Confeitaria Londres.

Preparado com gosto e arte, o novo es-tabelecimento tem um aspecto agradável eestá apto para os fins a que se destina.

Os seus proprietários, no acto da mau-guração, offereceram aos amigos um liinch ebebidas, sendo bastante felicitados, princi-palniente o sympathico Moreira da extlnctaConfeitaria Vienna e o não menos sympatlu-co Quincas, seu antigo empregado, que dis-pensaram a todos gentilezas captivantes.

Muitas prosperidades desejamos á Con-feitaria Londres.

Pomada Seccativa de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospício, 164 e 106.

Leiam o N. 10 dos Contos Rápidos— Fa-miliii Moderna e verão o resultado !...

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Ivt*- Sí^PELCrrtó^Í! /( ]'t8Èlr«--.,*c~. ' !*.*." ~oJíb-„ ,vs|| /! tSÊB

COMO ESTAVA COMO ESTOU

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais eflkaz contra tosses, resinados,influenza, coqueluches, bronehites, etc, doque o Peitoral de. Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

Collecção amorosaAté a presente data, consta esta collec-ção de romanceies editados pelo Rio Nude 4 volumes: n. 1, Amores de um Frade,picaresca historia de frei Ignacio,um sttn-turrão que soube gosar o que de melhorexiste neste mundo— o amor; ti. 2, Noitede Noivado, cm que são narradas as peri-pecias de um noivado cm que a noiva étão escovada como o noivo ; li. 3, Muda-me Minet, deliciosa narrativa da vidaamorosa de uma mulher viciada, em queella, afinal não leva a melhor parte...e n.4, Casta Suzanna, extravagante historiade uma donzella, que só deixou de o serdepois de haver provado o amor por va-rios modos que não compromettiam asua virgindade. ==Qualquer desses volumes, que se ven-dem juntos ou separados, á razão de500 réis cada um, constituo uma lei-tura amena, muito recomniendada aosenfraquecidos de todas as idades, não sópela linguagem altamente excitante emque elles são escriptos, como tambémpelas lindas e suggcstivas gravuras queos ornam e que são mesmo de fazer re-suscitar um defunto.Os pedidos do Correio, aos quaes de-vem acompanhar mais 300 réis para oporte de cada livro,devcniserdirigidos a

Alfredo Velloso -RUA °° hospício n. 213____«„.______—r—» Rio de Janeiro

A collecção comp leia será enviadaa quem a peclii* enviai»- CS//''do a quantia de 3$000. í/"^-->-

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Gosto de ti a valer,Minha querida Rosinha,Porque tu és, podes crer,Uma exeellente fo.. .squinlia.

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% Galeria Artística %Avisamos aos leitores que tenhamfalta «le alqumas estampas «Ia nossa¦.«'ile ri a Artística, e queiram comple-tar a eolleeeiío. qsie em nosso «'s<*rip-torio exi.stem exemplares «le todosos ni...i<*r«»s «Io BtlO XI. «lesrie o ini-cio «Ia pnhlíeavão «lessa -Ualeria. po-riendo ser adquiridos sem aiiijmeiito

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parasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas : Andra-das, 43 a 47 c Hospício, 164 e 166.

gg 20 de Junho de 1914 )--( O RIO NU )-( g|= = 7 -

fflSMOjgf§

CDAVISO — 0 "Rio Nu" náo tem repórter at-

Hiim nas zonas para dar ou não darnotas nesta secção ; todo aquelle quesc apresentar como tal c um intriijãoe deve ser tratado como merece.

Na zona chieA Maria Portugueza e a velha Rosa an-

davam de um azar coluba.Deliberou a Rosa atirar-se ao mar, mas

nesse momento encontrou um velho que setornou seu marchante, comprando os moveisda casa da zona Mem de Sá 41 por 5:000í000e alli a installou.

A Maria, como é uma águia, tomou logoo cargo dc governante da casa.

Mas as' inquilinas é que não estão sa-tisfeitas com a governante, porque a casavive nmi,a iniiimiidicie enorme.

Dessa forma a Rosa tem que voltar a an-dar a braços com o azar, porque as inquili-nas estão dando o jura da casa.

,tra A Julieta B. Quadrada mudou a suapinçüo do numero 106 para o 51 zona Cattete.

Qual, sua funecionaria ! Você ha de seconvencer de que nessa zona não "arranjanada; mude-se para a zona estragada quelhe está a pintar..w A Maria Boca de Arraia atracou-sena zona Mem de Sá com a Aurora Gallinhado Bloco, tendo como testemunhas o AlbertoCarroceiro e o Moreno.

Si não fosse o Tobias apparecer nessemomento, a encrenca seria muito peor '.

irar A Amélia da zona Lavradio teve gran-de discussão com a Rolinha, dizendo que aAurora Gallinha do Bloco não desprezou oTobias e que elle vai de vez em quando ma-lar as saudades.

Então o Tobias é bom p'ra..-burro,hein, dona Aurora ?

¦ia1 Lembrar-se-á a Julieta B. Quadradada zona Cattete 51 do tempo em foi morarnaTijuca abarracada com um agente policial,sendo obrigada a fugir desse bairro por tera vizinhança se queixado ao respectivo de-legado das vergonhas que essa funecionariafazia, enojando as famílias ali residentes?

Como é que agora você sua funecionaria,cm vez de ir para uma zona estragada, vaipara a zona Cattete ?

Tome vergonha e raspe-se dessa zona sinão quer que lhe aconteça o mesmo que lheaconteceu na Tijuca.

¦rs- Conversa entre dois camaradas doTobias. na platéa do «S.José» :

Vai dizer ao Tobias que olhe para asgalerias nobres e veja o rufo da Auroraacompanhado com a sua cara-nietade.

Ora, o Tobias nâo liga importância aessa funecionaria, mesmo porque já sabe queesse rufo leva vantagens com ella, e depoiselle já arranjou outra em melhores condiçõesdo que se acha a Aurora.

Livra !¦«*' Deu volta ao mundo o Álvaro ao saber

que o seu amigo Barros tinha ido represai-lal-o na sua falta com a funecionaria da«Pinção Oriental».

Seu Álvaro, lembre-se do que fez com oQttincas e com o Armando !...

..--• Disse-nos o Lisboa que vai fazeruso da «Loção Danzi», especifico infallivelcontra a caspa e queda do c.ibello porque,alem da caspa que o persegue ultimamente,tem lhe cahido grande quantidade de cabello.

Experimente, que o resultado é satis-factorio. _

LINGUA DE PRATA.

PERFIS SUBURBANOS

O. M.Foi longo tempo «campeão» de bilhar

inglez, até que um dia surgiu uni «barroso»que sem «piedade» delle mandou-o p'ra «ca-beca» e derrotou-o, roubando-lhe o tão co-bicado titulo.

E' uma «navalha» terrível, mas as maisdas vezes, imita o «Lcléco», não dando em...bola...

Em fins de «bolo», elle que é um bomcamarada, torna-se rancoroso e terrível, che-gando a fazer coisas do arco da velha para«preparar» o seu inimigo ou aquelle que ti-rott... a primeira pomba!

Depois que o Antenor derrotou-o, fugiudos 18 e encontrando uma cangila no «Por-tuense», ali faz ponto, sapecando os cracksda primeira turma, pois joga admiravelnientecarambolas á franceza. Pena é que tenha amania do «jogo floreado», pois sinão seriaum competidor terrível.

E' admirador enrage do bello sexo equando alguma das suas representantes dá-lhe corda, elle vai mesmo ao inferno si ti-ver a certeza que no «Reino das Cham-mas» existe uma mulher bonita !

Na Locomoção onde labuta é da «escrip-ta» um bom «auxiliar» e todos o estimamporque é um bello companheiro.

Conquistador, ao qtiaL não faltam anda-..cia e-labia— tenr~fe"lto""seiis muitos corações

jovens e formosos da zona suburbana.Ultimamente appareeeu de bigodes e

cabellos raspados, o que lhe dava uma graçaextraordinária, pois parecia um evadido dacasa branca de. .. Frei Caneca !!

Eram os resultados duma «paixonite»aguda que o empolga. Valente como as ar-mas, é «duro de roer» em uma lueta, mesmoquando esta não se prenda ao eterno cher-chez Ia fcmnic I

Comqtianto não seja «peroba» nem paraahi qualquer «páo d'agua», o nosso Othon émadeira e madeira de lei !

MAS D'AZIL.

Está á venda o N. 11 dos Contos Rápidosintitulado: Na Zona... Apavorante novellarealista. — Preço 300 rs. Pelo Correio 500 rs.

E' da vida !

Eu e a minha lavadeiraEsta noite —não reprove —Fizemos por brincadeiraUm bello sessenta e.. .dois.

ZE'

o-A

CD...a Aurora Gallinha do Bloco mandar

uma carta ao Tobias......o Alberto Carroceiro no <S. José»

com a sua cara metade......a Rolinha dando conselhos á Aurora

Gallinha do Bloco......a Julieta B. Quadrada acompanhada

por uma mocinha subindo a ladeira do Cas-tello em direcção aos Barbadinhos...

...oüillete trocando lingua com umapolaca na zona Conceição...

...a Marietta Chantecler na zona Pas-seio, convidando certo moreno rapaz paraumas coisas feias...

...o Álvaro na zona Frei Caneca á 1hora da manhã, acompanhado da funeciona-ria da «Pinção Oriental»...

...o Álvaro fazendo encrenca com oBarros por elle ter feito com elle o que fezcom os outros...

VÊ TUDO.

BOLSA DE OURO

CHAPA SEMANAL

012-09-811 645-48-347 830-20-132

781-84-683 750-49-251 421-24-323t

DEZENAS

15-90-60-20-85-00-85-64—75-6S-27CENTENAS

708-437-753-795-269-542DON FELICIO.

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERAL (f) (f)

Grande e Extraordinária Loteria de São JoãoEM TRES SORTEIOS

lo—em 20 do corrente, ás 3 horasPrêmio maior: 1oo:ooo$ooo

2°— em 22 do corrente, ás 11 norasPrêmio maior: 1oo:ooo$ooo

3°— em 22 do corrente, ã 1 horaPrêmio maior: 2oo:oooí|oooTotal dos tres prêmios maiores 4oo:000$00O í'

Preço dos bilhetes inteiros I6$000 em vigésimos de 800 réis

Bilhetes á vencia em todas as casas loterleas

)-(O RIO NU )-('20 de Junho de 1914 EB=

Marido por prestações

^ :,.- ¦ ..,' , . f ,--'fM:B.:r^'\ ;"; .'¦*¦•>.¦¦ ,-,'.' .'¦ ¦-..'-¦' -.:¦'¦:,' !.'-í' :¦.'.. .-.¦¦ .'¦.-/.'.'/Mv.HM.~::>'í-í ?;¦*";¦¦-¦*'',

——: ¦

A VELHA - O senhor não é o Dr. Fosquinhas, que foi muito amigo de meu defunto ? Ah !... Eu bem

o tinha reconhecido! Como vai essa bizarria, doutor? . . . tO DOUTOR - Bem, muito obrigado. A senhora, pelo que vejo, esta de saude... E sua filha... nao se casa >

AVELHA-Sim A'svezes. . Agora, por exemplo, está solteira... Si o doutor quizer, eu nao me°PP°nO°

DOUTOR —Ah! Comprehendo... Sua filha só quer marido por prestações...

^j@@r#,N. -1 — O TIO EMPATAN. 2 — A MULHER DE FOGON. 3 — D. ENGRACIAN. A — FAZ TUDO...N. 5 — A VIUVA ALEGREN. 6 — O Menino do Gouveia

N. 7 — A PULGAN. S — O Correio do AmorN. 9 — DOLORESN. -IO- Familia ModernaN. -1 -1 - NA ZONA...N.-12-O Brinquedo (lim preparai)

Contos RápidosA' venda em nosso escriptorio

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