vírus respiratório sincicial bovino

48
Vírus respiratório sincicial bovino

Upload: others

Post on 16-Jul-2022

6 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Vírus respiratório sincicial bovino

Vírus respiratório sincicial bovino

Page 2: Vírus respiratório sincicial bovino

Vírus respiratório sincicial bovino

• Diagnóstico diferencial

– BHV-1, bPI-3, BVDV

• Necropsia

– Pneumonia intersticial multifocal, enfisema alveolar em

focos de atelectasia, espessamento dos septos

Page 3: Vírus respiratório sincicial bovino

Vírus respiratório sincicial bovino

• Diagnóstico

• Secreção nasal, pulmão

• Isolamento difícil: MDBK

• IFA, IPX

• RT-PCR

• ELISA, SN

Page 4: Vírus respiratório sincicial bovino

Vírus respiratório sincicial bovino

• Controle

• Manejo

• Biossegurança

• Controle de trânsito de animais

• Vacinas inativadas

Page 5: Vírus respiratório sincicial bovino

Família Picornaviridae

Page 6: Vírus respiratório sincicial bovino

Principais picornavírus e doença relacionada

Page 7: Vírus respiratório sincicial bovino

Loeffler e Frosch : demonstração do agente em 1897

Difusão rápida, alta morbidade

Lesões vesiculares em ovinos, ovinos,

caprinos, suínos e biungulados selvagens

Perdas econômicas

- diretas: queda de produção: bovinos leiteiros e suínos)

- indiretas: restrição ao comércio internacional: animais vivos e subprodutos

Notificação obrigatória

Foot and mouth disease virus (FMD) fast moving disease

Família: PICORNAVIRIDAE Gênero: Aftovírus

Características gerais

Page 8: Vírus respiratório sincicial bovino

Vírus Não envelopados

RNA fita simples (+) 84OO nt

Diâmetro: 27nm

Capsídeo: simetria icosaédrica VP1, VP2, VP3, VP4

associada ao genoma

VP1

VP4

Interação com receptores

Ac neutralizantes

Características gerais

Page 9: Vírus respiratório sincicial bovino

Flores, E.F. Virologia Veterinária, 2007

Replicação:

citoplasma

(+)

(+)

(+) (-) (-)

(+)

Penetração: endocitose

mediada por recptor

Page 10: Vírus respiratório sincicial bovino

Imunidade: Tipo-específica

Animais adultos podem ficar portadores

Variabilidade antigênica:

7 sorotipos (A, O, C, SAT-1, SAT-2, SAT-3 e Ásia 1)

Grande variedade de genótipos O, A

Região Sorotipo

Não há proteção cruzada entre sorotipos e entre os diferentes

subtipos

Tipo O: 8 genótipos

Tipo A: 26 genótipos

Características gerais

Page 11: Vírus respiratório sincicial bovino

Resistência da partícula viral: pH entre 6,0 e 9,0

- Estável em material orgânico como fezes, sangue

- Após pasteurização do leite

- Sobrevive por longos períodos em carcaças, carne congelada

e derivados, couro e vísceras.

Sensível:

- Mudanças de pH: hidróxido de sódio 2%, carbonato de

sódio 4%, ácido acético 2%

- Inativado: luz UV, formalina

Características gerais

Page 12: Vírus respiratório sincicial bovino

Contato direto com animal infectado durante o período febril

ou na fase de viremia secreções e excreções

Contato indireto por meio de materiais contaminados

(fômites)

Transmissão também ocorre por carne refrigerada, leite e

seus derivados

O vírus pode permanecer presente no ar exalado pelo animal

infectado e no ambiente aéreo que rodeia o gado infectado por

pelos menos duas semanas após o período agudo da infecção

Patogenia

Page 13: Vírus respiratório sincicial bovino

Inalação de aerossóis

Sítio primário de replicação faringe e nódulos linfáticos

Viremia (3 a 5 dias p.i.)

Sítios secundários de infecção células da cavidade oral, patas, úbere, rúmen

Patogenia

Page 14: Vírus respiratório sincicial bovino

Diminuição na ingestão de alimentos, claudicação,

febre e salivação intensa (foto), principalmente

devido à dificuldades na deglutição.

Muitas vezes os animais abrem e fecham a boca com

estalar dos lábios e apresentam diminuição na

produção do leite.

Miocardite em bovinos jovens

Vesículas e úlceras desenvolvem-se principalmente em áreas sujeitas a trauma como a mucosa

oral, língua (foto) e espaço interdigital.

Patogenia

Page 15: Vírus respiratório sincicial bovino

Em suínos, a claudicação é o

primeiro sinal clínico

observado, seguida do

aparecimento de vesículas no

focinho que rompem-se

facilmente.

Patogenia

Page 16: Vírus respiratório sincicial bovino

Ovinos e Caprinos : infecções sub-clínicas

Mamíferos selvagens: infecção inaparente à doença grave

reservatórios na natureza

Patogenia

Page 17: Vírus respiratório sincicial bovino

Doença de notificação obrigatória

Observação dos sinais clínicos: vesículas típicas

com coloração esbranquiçada, contendo um líquido

incolor ou ligeiramente sanguinolento

Diferenciar de outras enfermidades vesiculares:

estomatite vesicular de bovino e doença vesicular

dos suíno

Diagnóstico

Page 18: Vírus respiratório sincicial bovino

Demonstração do vírus ou de antígenos virais em

tecidos e fluidos de animais infectados.

A investigação sorológica pode ser empregada,

porém não é recomendável para regiões endêmicas

ou onde a vacinação é praticada.

Diagnóstico

Page 19: Vírus respiratório sincicial bovino

Isolamento em cultura de células : Líquido das

vesículas antes da ruptura ou epitélio de vesículas

recém-rompidos

Picornavírus em CC

Identificação do vírus isolado: Elisa

Diagnóstico

Page 20: Vírus respiratório sincicial bovino

Representative results of real-time reverse

transcription polymerase chain reaction.

A, samples from an area free of foot-and-

mouth disease with vaccination, with

amplification only of the positive control;

B, samples from an area of outbreak

Source: PANAFTOSA, INTA-Argentina, PIADC & WRL FMD. N.J.

Knowles, P.R. Davies, R.J. Midgley & J.-F. Valarcher.

Detecção direta do genoma viral: RT-PCR

Diagnóstico

Page 21: Vírus respiratório sincicial bovino

Diferenciar entre animal naturalmente infectado e animal vacinado

Infecção natural: Ac para proteínas estruturais (SP)e não estruturais (NSP)

Vacina de preparação purificada de vírus inativado: induz Ac quase que

exclusivamente para SP

ELISA: detecção de Ac para NSP

Diagnóstico

Page 22: Vírus respiratório sincicial bovino

Área endêmica – vacinação

(vacinas inativadas)

Área livre com vacinação

Área livre sem vacinação

Prevenção

Page 23: Vírus respiratório sincicial bovino

Vírus da Febre Aftosa - 2003

Page 24: Vírus respiratório sincicial bovino

Vírus da Febre Aftosa - 2010

Page 25: Vírus respiratório sincicial bovino

Vírus da Febre Aftosa - 2015

Page 26: Vírus respiratório sincicial bovino

Prevenção

Áreas livres da enfermidade:

- Controle do movimento de animais

- Controle da importação de animais, produtos e subprodutos

de áreas onde a enfermidade é endêmica

Zonas endêmicas:

- Sacrifício dos animais contaminados e contatos

- Destruição de carcaças

- Vacinação

www.oesteinforma.com.br

Page 27: Vírus respiratório sincicial bovino

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/outubro2005/ju307pag03.html

rifle sanitário com abate e incineração dos animais infectados, os contatos e suscetíveis.

Prevenção

Page 28: Vírus respiratório sincicial bovino
Page 29: Vírus respiratório sincicial bovino

Família

PAPILOMAVIRIDAE

Page 30: Vírus respiratório sincicial bovino

FAMÍLIA: PAPILLOMAVIRIDAE

Gênero: Papillomavirus

Características gerais:

• Vírus Não envelopados

• Diâmetro: 55nm

• Capsídeo: simetria icosaédrica

• proteínas: L1 e L2

Proteína L1: gênero específica

induz Ac neutralizantes

identificação de novos tipos virais

Morfologia e Classificação

Page 31: Vírus respiratório sincicial bovino

• Genoma: DNA dupla fita circular

- Região regulatória não codificadora

(LCR)

- Região precoce (Early):

E1, E2 proteínas regulatórias

modulam a transcrição e

replicação

E4

E5, E6, E7 modulam o processo de

transformação celular

- Região tardia (Late): L1 e L2

(capsídeo viral)

BPV-1

Morfologia e Classificação

Page 32: Vírus respiratório sincicial bovino
Page 33: Vírus respiratório sincicial bovino

• Vírus Epiteliotrópicos: infectam o epitélio da pele

(queratinizado) e mucosas (não queratinizado)

• Infecção: Lesão e/ou Abrasão (células da camada basal)

Replicação

Page 34: Vírus respiratório sincicial bovino

www.gsbs.utmb.edu

associada ao crescimento e diferenciação das células

Adsorção: células da camada basal

Penetração: endocitose mediada por receptor

Replicação e Montagem: núcleo da célula

Liberação: lise celular

Verruga = proliferação celular

Replicação

Page 35: Vírus respiratório sincicial bovino

• Persistência da infecção favorece a integração do genoma viral ao DNA celular do

hospedeiro

• O fenômeno de integração ainda não foi provado em infecções animais

Lesão benigna: genoma viral episomal

Lesão maligna: genoma viral integrado gene E2

O genoma dos papilomavírus

pode ser encontrado no núceo

da célula infectada sob duas

formas físicas: epissomal e

integrada

Replicação

Page 36: Vírus respiratório sincicial bovino

Replicação: forma epissomal

Inoculação por lesão de continuidade

Page 37: Vírus respiratório sincicial bovino

O papel do gene E2 dos papilomavírus

O gene E2 regula a expressão dos oncogenes virais E5, E6 e E7:

E2

E6

E6 E7 E6

E6 E6

E6

E7 E7

E7 E7

E5

E5 E5

E5

E2 E2

E2 E2

E2 E2

Replicação: forma integrada

Page 38: Vírus respiratório sincicial bovino

A inativação das proteínas p53 e pRb (proteínas supressoras de tumor) pelas proteínas E6 e E7

dos papilomavírus

Replicação: forma integrada

Page 39: Vírus respiratório sincicial bovino

Tumores benignos no epitélio cutâneo e mucoso:

- fibropapilomas em úbere, tetos e pênis ou outras regiões

- papilomas cutâneos comuns

Diferentes formas: planas ou pedunculares

Animais mais jovens: entre 6 meses e 2 anos de idade e/ou

imunocomprometidos

Perda econômica: couro

ordenha em gado leiteiro

Patogenia

Page 40: Vírus respiratório sincicial bovino

região do úbere região da cabeça

região do olho

Page 41: Vírus respiratório sincicial bovino

Hematúria enzoótica bovina (HE): hematúria, anemia,

emagrecimento progressivo e morte

BPV-2, BPV-1: Carcinoma de bexiga

Animais adultos, > 3-4 anos

Em regiões com samambaia (Pteridium aquilinum):

Samambaia: compostos carcinogênicos e mutagênicos

Page 42: Vírus respiratório sincicial bovino

BPV-4: carcinoma de trato digestório superior

região da orofaringe e esôfago

Neoplasias do trato alimentar superior de bovinos associadas ao consumo espontâneo de samambaia, Pteridium aquilinum. (a)Emagrecimento acentuado por processo neoplásico no trato alimentar superior. (b) Tosse e distensão do pescoço devido à carcinoma de células escamosas (CCE) na epiglote.

(a) (b)

Page 43: Vírus respiratório sincicial bovino

quercetina

ptaquilosídeo

Page 44: Vírus respiratório sincicial bovino

Sarcóide Equino: BPV-1 e BPV-2 Sarcóide equino (não há regressão espontânea) ≠ Papiloma equino (regressão espontânea)

Lesões na região oral: nos lábios e na faringe

- Tumores cutâneos, de aparência similar

a verrugas ou a uma “carne

esponjosa”.

- Não sofrem metástase, mas são

localmente invasivos.

Patogenia em equinos

Page 45: Vírus respiratório sincicial bovino

Papilomatose canina: lesões na mucosa

oral

Cães jovens

Animais de produção: Suínos

Ovinos

Coelhos (Cottontail rabbit) Aves

Patogenia em outras espécies animais

Page 46: Vírus respiratório sincicial bovino

• Clínico

• Laboratorial:

www.scielo.com

Vírus não pode ser cultivado em sistemas de cultura de células tradicionais

- Exame histopatológico: identificar neoplasias

intraepiteliais - Detecção do DNA: PCR

Diagnóstico

Page 47: Vírus respiratório sincicial bovino

Manejo adequado dos animais acometidos Não introduzir animais portadores no rebanho

Tratamento:

- remoção cirúrgica e cauterização dos sítios das lesões

- Papilomax (pasta)

Vacinas: autógena (com tecidos dos papilomas do próprio

rebanho que receberá a vacina)

extratos heterólogos de papilomas cutâneos

VLP’s (virus-like particles)

Instituto Butantan, SP

Prevenção e controle

Page 48: Vírus respiratório sincicial bovino