voz portuguesa

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Jornal Da Comunidade Portuguesa Na África Do Sul / Portuguese Community Paper of South Africa ORGULHOSAMENTE PORTUGUES / PROUDLY PORTUGUESE WWW.PORTUGUESEFORUM.ORG.ZA Ano 8 Número 98 Junho , 2012 Director Dr. Fernando S. Capão 2014 Regatta Cape To Rio 4 Crise na SPB 6 Cockney Kiz - Legendary Barmaid 10 O GRANDE POVO QUE CAMÕES CANTOU… Pedido de desculpa-Morte de A. Guerra Camões (Luiz Vaz de) inicia o seu poema ou epopeia, OS LUSÍADAS, declarando o que vai cantar e enfatisa bem o conteúdo, o espírito e o valor do que promete distinguir no seu canto genuinamente patriótico: “As armas e os barões assinalados Que, da occidental praia lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, ( Ceilão ) E entre gente remota edificaram Novo reino que tanto sublimaram E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando; E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da morte libertando Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram, Cale-se de Aledxandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta.” Camões deixa bem claro que nem o “astuto e ardiloso Ulisses cuja história errante pelos mares após a Guerra de Troia e até chegar a Ítaca, sua terra-natal é descrita na ODISSEIA, nem o Troiano, ou Eneias, cantado por Virgílio na ENEIDA atingiram a audácia dos Portugueses nas suas navegações; e que nem Alexandre Magno da Macedónia, nem o Imperador Romano Trajano ( descendente dos barbaros de Espanha ) com as suas vitórias militares tocaram os píncaros a que se elevaram os heróis portugueses. Os Portugueses ( o peito ilustre Lusitano) dominaram os mares e fizeram com que Neptuno, o deus dos oceanos e Marte, o deus da guerra, tivessem que se submeter ao génio Lusitano; e na dedicatória que o poeta faz do seu livro, OS LUSÍADAS, ao nosso rei da altura, D. Sebastião, ele, expressamente diz: N a última edição de Maio inserimos na página da frente a notícia do assassínio do senhor A.Guerra que residia num grande “plot” e citamos o texto:” …onde vivia, parece que só num terreno,onde guardaria equipamento de transportes de um filho”. Note-se que escrevemos “parece” e“guardaria”, dois verbos e tempos que indicam:”parece” implica certa dúvida e nunca certeza, possibilidade, ser provável; e “guardaria” é o tempo condicional, potanto não indica uma acção real. Mas nunca foi nossa intenção exprimir qualquer ideia negativa, nem remotamente e, por isso, não vemos razão para que tenham sido tecidos comentários menos agradáveis ao filho da vítima ou a qualquer membro da família enlutada, pois já lhes basta a dor que a perda de um ente tão querido implica. E aí não interfere o divulgar a notícia, mas sim a educação ( ou a falta dela) por parte de quem se atreve a fazer tais comentários, ou ainda e mais grave, a falta de sentimentos de solidariedade e respeito por quem sofre e passa momentos duros. A razão deste pedido de desculpa deve-se a um “e-mail” que recebemos da senhora D.a Fátima Guerra nora da vítima e que juntamos a esta nota tal qual nos chegou. Lamentamos o incidente de que não somos culpados, mas não hesitamos em pedir desculpa pelo incómodo que foi causado aos familiares mais chegados, em especial, ao filho. Mas reiteramos que mesmo que fosse corrercta a notícia, que mal há em um pai ajudar um filho? Ou em um filho recorrer ao pai? “Vós, poderoso Rei Inclinai por um pouco a majestade, Os olhos da real benignidade Ponde no chão e Vereis amor da patria, não movido De prémio vil, mas alto e quase eterno, Ouvi! Vereis o nome engrandecido Daqueles de quem sois senhor superno, E julgareis qual é mais excelente Se ser do mundo rei, se de tal gente.” E o nosso poeta nacional, que ao jovem monarca chama “ a bem nascida segurança da lusitana antiga liberdade” refere-lhe nomes de bravos portugueses que se elevaram aos cumes da glória e da valentia que se situam bem acima dos que são cantados por falsas Musas. “Por eles vos darei um Nuno fero, Um Egas, e um Dom Fuas… Pois pelos Doze pares dar-vos quero Os Doze de Inglaterra e o seu Magriço; Dou-vos também aquele iluestre Gama, Que para si de Eneias toma a fama. Pois se a troco de Carlos ( Magno) , Rei de França, Ou de César, quereis igual memória Vede o primeiro Afonso… Outro Joane, invicto cavaleiro; O quarto e quinto Afonso, e o terceiro.” “Nem deixarão meus versos esquecidos Aqueles que, nos reinos lá da Aurora, Se fizeram por armas tão subidos, Vossa bandeira sempre vencedora; Um Pacheco fortissimo e os temidos Almeidas, por quem sempre o Tejo chora, Albuquerque terribil, Castro forte, E outros em quem poder não teve a morte.“ Continued on pg O autor de OS LUSÍIADAS era homem crente e de fervor religioso profundo e não o esconde em muitos passos desta fascinante epopeia, sem negar os objectivos da viagem empreendida pelos nossos nautas em Lisboa. Por isso diz, durante a passagem da frota portuguesa por Moçambique que “Os portugueses somos do Ocidente e imos buscando as terras do Oriente” para o que tinham sido mandatados por “um Rei potente”. Gama denuncia ainda, face às perguntas dos naturais da ilha, que eram Cristãos e seguidores do Deus infinito e único, afirmando: E continua a mencionar uma lista infinda de heróis que a História consagrou com a imortalidade…

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June 2012

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Page 1: Voz Portuguesa

Jornal Da Comunidade Portuguesa Na África Do Sul / Portuguese Community Paper of South Africa

ORGULHOSAMENTE PORTUGUES / PROUDLY PORTUGUESE

WWW.PORTUGUESEFORUM.ORG.ZA

Ano 8 Número 98 Junho , 2012Director Dr. Fernando S. Capão

2014 Regatta Cape To Rio4 Crise na SPB6

Cockney Kiz - Legendary

Barmaid10O GRANDE POVO QUE CAMÕES CANTOU…

Pedido de desculpa-Morte de A. Guerra

Camões (Luiz Vaz de) inicia o seu poema ou epopeia, OS LUSÍADAS, declarando o que vai cantar e enfatisa bem o conteúdo, o espírito e o valor do que promete distinguir no seu canto genuinamente patriótico:

“As armas e os barões assinaladosQue, da occidental praia lusitana,

Por mares nunca de antes navegados,Passaram ainda além da Taprobana, ( Ceilão )

E entre gente remota edificaramNovo reino que tanto sublimaram

E também as memórias gloriosasDaqueles Reis que foram dilatandoA Fé, o Império, e as terras viciosas

De África e de Ásia andaram devastando;E aqueles que por obras valerosasSe vão da lei da morte libertando

Cessem do sábio Grego e do TroianoAs navegações grandes que fizeram,Cale-se de Aledxandro e de Trajano

A fama das vitórias que tiveram;Que eu canto o peito ilustre Lusitano,

A quem Neptuno e Marte obedeceram.Cesse tudo o que a Musa antiga canta,Que outro valor mais alto se alevanta.”

Camões deixa bem claro que nem o “astuto e ardiloso Ulisses cuja história errante pelos mares após a Guerra de Troia e até chegar a Ítaca, sua terra-natal é descrita na ODISSEIA, nem o Troiano, ou Eneias, cantado por Virgílio na ENEIDA atingiram a audácia dos Portugueses nas suas navegações; e que nem Alexandre Magno da Macedónia, nem o Imperador Romano Trajano ( descendente dos barbaros de Espanha ) com as suas vitórias militares tocaram os píncaros a que se elevaram os heróis portugueses. Os Portugueses ( o peito ilustre Lusitano) dominaram os mares e fizeram com que Neptuno, o deus dos oceanos e Marte, o deus da guerra, tivessem que se submeter ao génio Lusitano; e na dedicatória que o poeta faz do seu livro, OS LUSÍADAS, ao nosso rei da altura, D. Sebastião, ele, expressamente diz:

Na última edição de Maio inserimos na página da frente a notícia do assassínio do senhor A.Guerra que residia num

grande “plot” e citamos o texto:” …onde vivia, parece que só num terreno,onde guardaria equipamento de transportes de um filho”. Note-se que escrevemos “parece” e“guardaria”, dois verbos e tempos que indicam:”parece” implica certa dúvida e nunca certeza, possibilidade, ser provável; e “guardaria” é o tempo condicional, potanto não indica uma acção real. Mas nunca foi nossa intenção exprimir qualquer ideia negativa, nem remotamente e, por isso, não vemos razão para que tenham sido tecidos comentários menos agradáveis ao filho da vítima ou a qualquer membro da família enlutada, pois já lhes basta a dor que a

perda de um ente tão querido implica. E aí não interfere o divulgar a notícia, mas sim a educação ( ou a falta dela) por parte de quem se atreve a fazer tais comentários, ou ainda e mais grave, a falta de sentimentos de solidariedade e respeito por quem sofre e passa momentos duros. A razão deste pedido de desculpa deve-se a um “e-mail” que recebemos da senhora D.a Fátima Guerra nora da vítima e que juntamos a esta nota tal qual nos chegou. Lamentamos o incidente de que não somos culpados, mas não hesitamos em pedir desculpa pelo incómodo que foi causado aos familiares mais chegados, em especial, ao filho. Mas reiteramos que mesmo que fosse corrercta a notícia, que mal há em um pai ajudar um filho? Ou em um filho recorrer ao pai?

“Vós, poderoso ReiInclinai por um pouco a majestade,

Os olhos da real benignidadePonde no chão e

Vereis amor da patria, não movidoDe prémio vil, mas alto e quase eterno,

Ouvi! Vereis o nome engrandecidoDaqueles de quem sois senhor superno,

E julgareis qual é mais excelenteSe ser do mundo rei, se de tal gente.”

E o nosso poeta nacional, que ao jovem monarca chama “ a bem nascida segurança da lusitana antiga liberdade” refere-lhe nomes de bravos portugueses que se elevaram aos cumes da glória e da valentia que se situam bem acima dos que são cantados por falsas Musas.

“Por eles vos darei um Nuno fero,Um Egas, e um Dom Fuas…

Pois pelos Doze pares dar-vos queroOs Doze de Inglaterra e o seu Magriço;Dou-vos também aquele iluestre Gama,

Que para si de Eneias toma a fama.Pois se a troco de Carlos ( Magno) , Rei

de França,Ou de César, quereis igual memória

Vede o primeiro Afonso…Outro Joane, invicto cavaleiro;

O quarto e quinto Afonso, e o terceiro.”

“Nem deixarão meus versos esquecidosAqueles que, nos reinos lá da Aurora,

Se fizeram por armas tão subidos,Vossa bandeira sempre vencedora;Um Pacheco fortissimo e os temidos

Almeidas, por quem sempre o Tejo chora,Albuquerque terribil, Castro forte,

E outros em quem poder não teve a morte.“

Continued on pg

O autor de OS LUSÍIADAS era homem crente e de fervor religioso profundo e não o esconde em muitos passos desta fascinante epopeia, sem negar os objectivos da viagem empreendida pelos nossos nautas em Lisboa. Por isso diz, durante a passagem da frota portuguesa por Moçambique que “Os portugueses somos do Ocidente e imos buscando as terras do Oriente” para o que tinham sido mandatados por “um Rei potente”. Gama denuncia ainda, face às perguntas dos naturais da ilha, que eram Cristãos e seguidores do Deus infinito e único, afirmando:

E continua a mencionar uma lista infinda de heróis que a História consagrou com a imortalidade…

Page 2: Voz Portuguesa

2 WWW.PORTUGUESEFORUM.ORG.ZA Junho 2012

Good DayFirstly I would like to thank you for the wonderful work that you newspaper does. It is very important to make our Portuguese community aware of what is happening to our fellow country men. However your report on the murder of Mr. A Guerra there are some errors. My father in law lived on his huge plot by himself out of his own choice. He died protecting his own things. My husband and I started our transport business on his plot but moved to our own

plot close-by 12 years ago. In your report it states that he was there looking after his sons transport equipment. This is untrue and causing unnecessary and callous comments to be made to my husband. All else reported is true. I suggest that is future you should get hold of a family member or family spokesman to get the correct details. Thanking you.

“A lei tenho d´Aquele a cujo impérioObedece o visíbil e invisíbil,

Aquele que criou todo o Hemisfério,Tudo o que sente e todo o insensíbilQue padeceu desonra e vitupério,Sofrendo morte injusta e insofríbil,

E que do Céu à Terra enfim desceu,Por subir os mortais da Terra ao Céu.”

Não passou sem notar o reinado de D.Dinis que considera digno herdeiro da nobre linhagem dos antecessores, cobertos de glória nos campos de batalha contra os mouros que então se passeavam por terras ibéricas. Refere a criação da Universidade de Coimbra e toda a obra administrativa do “Rei que fez tudo quanto quis” e que Fernando Pessoa rotulou nos seus versos igualmente sublimes como o “das naus a haver”. Canta igualmente o periodo da crise de 1383 a 1385. Gerada pela política ambiciosa e imatura de D. Fernando casado com Dona Leonor Teles, cuja filha D. Beatriz rainha de Castela por casamento com o rei daquele reino, comprometia a independência de Portugal, quando se evidenciam as figuras do Mestre de Aviz, mais tarde D.João I, D. Nuno Álvares Pereira e o Dr. João das Regras. Portugal corria o risco de cair em poder dos vizinhos e muitos da nobreza e do clero e mesmo burgueses usavam de traição no processo. Eram aqueles que “Negam o Rei e a Pátria, e, se convém, Negarão, como Pedro, o Deus que têm.” D.João contava com forças reduzidas que aparelhou para a Guerra. D. Nuno Álvares Pereira, levanta-se e em atitude vigorosa “irado e não facundo, ameaçando a terra, o mar e o mundo”, pergunta se haverá “quem negue a fé, o amor, o esforço e arte, de Português, e por nenhum respeito o próprio Reino queira ver sujeito?” Sabe que seus irmãos se passaram para o lado inimigo, mas fiel e sereno, não compreende a atitude dos indecisos e menos, muito menos, dos traidores.

Continued from Front page

Cont. from Front pg.

O GRANDE POVO QUE CAMÕES CANTOU…

Pedido de desculpa-Morte de A. Guerra

“Rei tendes tal que, se o valor tiverdesIgual ao Rei que agora alevantastes, Desbaratareis tudo o que quiserdes,

Quanto mais a quem já besbaratastes!Atai as mãos ao vosso vão receio,

Que eu, só, resistirei ao jugo alheio!”

E prossegue eloquente e fogoso na sua palavra ardente de religioso patriotismo

“Eu só com meus vassalos e com esta( E dizendo isto arranca meia espada ),

Defenderei da força dura e infestaA terra nunca de outrem sojugada!

Em virtude do Rei, da Pátria mesta,Da lealdade já por vós negada,

Vencerei não só estes adversarios,Mas quantos a meu Rei forem contrários!”

Não queremos alongar-nos em mais e muitos pormenores que descobrimos sempre que pegamos em “OS LUSÍADAS” para alimentar a alma nas fontes vivas que matam a sede desértica de beber a alma da Nação que fomos e que Camões cantou. Como somos uma Comunidade residente e activa na África do Sul, terminamos com a referência que o poeta faz sobre a passagem pelo Cabo das Tormentas ou da Boa Eaperança, em que, mais uma vez, “a maior alma que Portugal criou” se refere a este povo lusitano que jamais perdera o fio do seu destino. O Gigante Adamastor enfureceu-sequando notou que as naus portuguesas invadiam os seus domínios marítimos e vaticina aos que se atreveram

a isso enormes perdas e danos e:

“…em vossas naus vereis cada ano"

Naufágios, perdições de toda sorteQue o menor mal de todos seja a morte.”

O episódio de ADAMASTOR, descrito no Canto V de Os Lusíadas” Estâncias

37 a 60 é algo de fascinante, sublime e empolgante e revela bem a temeridade e audácia dos nossos navegadores de quinhentos e do povo indomável do reino lusitano e que Fernando Pessoa tão exuberantemente confirma e canta na sua poesia O MOSTRENGO, em Mensagem,

que reza assim:

“E disse: “Quem é que ousou entrarNas minhas cavernas que não desvendo.Meus tectos negros do fim do mundo?”E o homem do leme disse, tremendo:

“El-Rei Dom João Segundo!”

“Quem vem poder o que só eu posso,Que moro onde nunca ninguém me visse,E escorro os medos do mar sem fundo?”

E o homem do leme tremeu e disse:“El-Rei Dom João Segundo!”

Tres vezes do leme as mãos ergueu,Três vezes ao leme as reprendeu,

E disse no fim de tremer três vezes:“Aqui ao leme sou mais do que eu:

Sou um Povo que quer o mar que é teuE mais que o mostrengo, que me a alma

temeE roda nas trevas do fim do mundo,

Manda a vontade, que me ata ao leme,De El-Rei D João Segundo!”

É este Homem, este Português, este Patriota, Luseiro das Letras Pátrias, esta Alma generosa e limpa, este Espírito lúcido e brilhante que celebramos todos os anos no Dia de Portugal e que devemos respeitar como uma data que nao tem igual na nossa História porque ela condensa os mais sagrados valores que fazem parte essencial da NAÇÃO PORTUGUESA cujo cerne assenta no POVO que a ELA pertence. Esta NAÇÃO e esta PÁTRIA que Camões

chamou sua e cantou como:“Esta é a ditosa Pátria minha amada,

À qual se o Céu me dá que sem perigoVolte com esta empresa já acabada,

Acabe-se esta luz ali comigo”.

De facto, morre a 10 de Junho de 1580, com 56 anos, pobríssimo e esquecido o maior génio das letras pátrias. Morreu na Pátria e morreu com a Pátria, porque dezoito dias depois, ouvia-se o rufar dos tambores que davam cadência ao marchar das tropas que de Espanha invadiam Portugal, para ali

ficarem por sessenta longos anos.

Fernando Capão

Page 3: Voz Portuguesa

3WWW.PORTUGUESEFORUM.ORG.ZAJunho 2012

Não desconhecemos as dificuldades que se deparam a todas as comunidades que vivem longe da sua terra-

natal, portanto, distantes não apenas do espaço físico, das cambiantes geográfico-paisagísticas, que tantas vezes têm para nós um significado muito profundo, mas ainda do ambiente humano, emocional, cultural e muito afectivo que nos integram numa realidade muito diferente da que vivemos nos países de acolhimento. Por isso é difícil ultrapassar todos esses obstáculos criados pela distância e pela ausência dos referentes geo-físicos e emotivo-culturais que nos separam. A criação de ”associações” ou “clubes” em termos de complementaridade às necessidades sociais, culturais e espirituais que trazemos connosco ao emigrar, com o tempo, tornaram-se insuficientes e incapazes de proporcionar respostas adequadas às

circunstâncias nascidas com o mudar dos tempos e das realidades socio-culturais, políticas e económicas dos países de acolhimento. E é aqui que se chocam as duas forças que regem o movimentar, evoluir e o progresso ou retrocesso das socieades-apêndices, ou estranhas ao grande corpo social. Ou seja a “imitação” e a “inovação”. A emigração portuguesa parece ser tão antiga como o mesmo português. Pois ainda antes de sermos reino independente, já os nossos antepassados se esgueiravam de terra para terra pelas mais diversas causas ou pretextos, a que não faltou a traição e a servidão ao vizinho, situação que se manteve atá bem tarde e ainda hoje se verifica dos dois lados com gente que pensa que Portugal deve pretencer a Espanha e vice-versa. Essa corrente migratória disparou com as descobertas de terras distantes ( não

esqueçamos a célebre quintilha : não me temo de Castela, donde guerra ainda não soa, mas temo-me de Lisboa que ao cheiro desta canela o reino se despovoa ) e atingiu o auge nos dois séculos passados, mostrando hoje sinais evidentes de querer acelerar novamente. Razão para o facto epidemico: somos um país pobre. Resta saber se somos pobres de meios ( há países sem terra que são marcos em diversos sectores de produção e elevado nível de produtividade inclusivamente agrícola, caso da Holanda e Israel ), ou se somos “pobres de espírito”. Seja como for a emigração é um facto e com ela vêm todos os problemas consequentes e segundo estatísticas temos mais gente emigrada do que a viver no rectângulo lusitano. As características desse fenómeno diferem em certos aspectos, mas em outros mostram comunalidades. E é neste contexto muito longo de migração de povos que as duas forças atrás referidas, “imitação” e “inovação”, operam diferentemente.Os emigrants vindos nos fins do século XIX e nos começos do século XX portanto durante os anos da primeira Guerra mundial e da segunda, pertenciam a um estrato social em busca de melhorar a sua vida pessoal e familiar e por aqui lançaram raízes e estruturas socio-culturais muito ligadas às suas origens. Depois da segunda Guerra mundial, tudo mudou a velocidade vertiginosa com a entrada na era espacial e no mundo louco da electronica e das comunicações sofisticadas e dos transportes rápidos. A velha-guarda ficou amarrada ao seu ninho ultrapassado e quase mítico, deixando-se embalar pela “imitação” e “habituação” atávicas aparentemente cómodas, enquanto esse velho mundo se desmoronava e ruía numa implosão desordenada e o mundo da “inovação” surgia vigoroso no horizonte de tempos turbulentos e agitados. O fosso criado torna-se cada vez mais difícil de vencer e o abismo entre os dois demarca-os profundamente. Assim temos uma geração

envelhecida e fossilizada ( não dizemos que seja inútil ou esteja no lado errado ) avessa à inovação e uma geração ávida de mudança, mesmo desordenada e caótica, mas que faz trepidar as energias quase inesgotáveis de gente que hoje se defronta com imensos problemas a que os tradicionalistas não dão respostas ao ritmo acelerado das questões. E o aviso de Correia de Jesus, uns bons anos atrás, materializou-se: “ou ganhamos a Juventude, ou perdemos a Comunidade”. Frase que foi repetida, como é habitual entre nós, com acenos afirmativos de cabeças ocas, nas ocasiões para tal, e os factos estão à vista. Só não os entende quem não quer ( ou quererá mesmo ? ) ou quem pretende outros objectivos que não serão os melhores, por certo! E que manancial tão inesgotável temos de valor incalculável no Mundo da Diáspora, de que o velho Portugal tanto poderia beneficiar ! Porque o “25 de Abril” caíu em desuso, decadente e decrépito, como quem o arquitectou e levou a cabo. Os seus corifeus já lá estão há 38 anos, excluindo os que usaram para minar e destruir o que depois continuaram. Mas os seus mentores criticaram Salazar por se ter mantido no poder por termpo igual. Afinal, onde está a Verdade? Mas, aguardemos, porque tempos mais trágicos vão aparecer… É tempo de a nossa Comunidade na África do Sul acordar para os tempos e realidades que temos diante e unidos com gente que sabe o que faz e porque faz e consciente das suas responsabilidades para com todos os compatriotas e o governo Sul Africano, vamos erguer de mãos dadas um futuro melhor para os nossos filhos e para toda a África do Sul e África Austral, onde a nossa Língua nos guia, para mostrar que ainda somos os herdeiros da Grande e Invencível Alma Lusitana. Fernando Capão

Juventude ignorada, Comunidade perdida?!

Page 4: Voz Portuguesa

4 WWW.PORTUGUESEFORUM.ORG.ZA

PáginaDo Cabo Ocidental

PORTUGUESE FÓRUM

No 1 Porterfield RoadTableview, Cape Town

Tel & Fax: 021-556 4416E:[email protected] por I. Henriques

Junho 2012

Um pouco de história desta famosa regata que nasceu no ano de 1971. Por razões políticas(sanções imposta

ao regime Sul-Africano de então) nos anos 80 passou a ser efectuada com uma nova rota Cape to Uruguay, não conseguindo obter o mesmo sucesso da anterior.Com a rota Cape to Rio reatada e a próxima a ter lugar em Janeiro de 2014, quizemos saber um pouco mais sobre este evento, para tal falámos com alguém que sabe e percebe destas andanças de barcos à vela, regatas e tudo mais relacionado com este desporto náutico, Victor Medina , membro do Fórum Português e Vice-Presidente do Royal Cape Town Yacht Club, pessoa que tem sido uma das chaves na realização do “Nosso Dia” Dia de Portugal, neste Club Naval, que nos falou de alguns pontos interessantes referentes a um evento que congrega velejadores e veleiros dos quarto cantos do Mundo.Começou por nos dizer:- ” Foi pena que houvesse uma interrupção durante alguns anos na regata Cape to Rio, agora que os contactos foram reactivados tudo voltou ao que era antes . Este evento destina-se a barcos à vela, classe “Bavária 55” que tem que ter no minimo 35 pés comprimento (apróximadamente 10 metros), desde a partida até à chegada não há qualquer escala no percurso, os tripulantes revezam-se em turnos de 3 horas , é velejar 24 sobre 24 horas . Além do equipamento de segurança e de primeiros socorros, levamos os mantimentos necessaries para a viagem, enlatados, massas que são a base da alimentação no

mar, água , uma média de dois litros diários por tripulante, algumas vezes as refeições são de peixe, que se vai pescando ao longo do percurso. Esta é uma das regatas mais importantes do calendário, conta com a aderência de participantes de todos os países, neste momento já estão inscritos dois barcos de Angola, há uma particularidade os tripulantes têm que falar a língua do país pelo qual se inscrevem e podem pertencer a clubes ou privados. A realização faz-se de entre três ou quatro anos, é um evento dispendioso, tem que ser dado algum espaço de tempo para se poder arranjar patrocinadores que queiram suportar as despesas. Para 2014 estamos a contar com a participação de 40 a 50 barcos, o que demonstra bem o interesse deste acontecimento náutico , mas por outro lado é preciso arranjar mais fundos para fazer face ás despesas , se tudo correr como o previsto, os custos rondam os 2 milhões de randes.Depois de algum tempo de interregeno, desde o ano 2000 tem havido regatas com regularidade, - 2000, 2003, 2006, 2010 Cape-Baía de Salvador, Cape to Rio que é aquela que tem mais sucesso, talvez por ser entre as duas cidades mais bonitas do Mundo , também já foi efectuada uma regata a Lisboa. Na Cape to Rio são percorridas 3.500 milhas náuticas ( 7.000km apróximadamente) entre 14 a 20 dias, dependendo do tamanho do barco, um barco pequeno, leva mais tempo a percorrer o mesmo percurso que um grande”.

Ficamos a saber ainda como tudo funciona em questões de segurança quando os barcos estão no mar, há requesitos que tem que ser cumpridos rigorosamente, como por exemplo o contacto diário à hora determinada, todos os barcos participantes tem de comunicar com o posto de control para dar a posição em que se encontram, contacto esse feito por modernos meios tecnológicos de que dispõe, e:mail, telefone, rádio, etc.. Devido aos ventos a rota é feita no sentido Norte, sendo o regresso feito pelo Sul para os velejadores que regressam aos seus destinos, outros há que aproveitam para participar na regata e finda esta , seguem velejando rumo a outras paragens . Ao longo

dos anos, o maior acidente, ocorreu nos anos 70, quando uma embarcação de 30 pés bateu numa baleia, vindo a afundar-se, a tripulação conseguiu salvar-se, estando à deriva 24 horas num barco de borracha, sendo salva por um carregeiro russo que passou por aquela rota.Victor Medina acabou por nos confessar que está preparado para 2014 (alinhar) com o filho, :-“ já fiz esta regata, o meu filho também, mas juntos ainda não, por isso acho que 2014 é a altura certa de o fazer ”.Ainda faltam 18 meses para a sua realização, mas os preparativos e os contactos com os países já começaram a rolar.

Na aposta de divulgação da Língua e da Cultura Portuguesa o Instituto Camões levou a efeito nas instalações da Alliance Française no passado dia 10 de Maio a primeira noite dedicada à nossa Cultura com a participação de cerca de 100 pessoas de várias nacionalidades entre eles podia-se contar a presença do Cônsul Geral Dr. Jorge Fonseca, directores, professores e alunos do curso de português e da instituição e ainda pessoas anónimas da nossa Comunidade.Na abertura do encontro, uma das Directora do Instituto Drª Ludemila Ommundsen, usou da palavra salientando:- “É com prazer que dou as boas-vindas a todos para este primeiro encontro de divulgação da Cultura Portuguesa no âmbito do protocolo assinado entre a Alliance Française e o Intituto Camões, o que muito nos honra”. De seguida a professora Isabel Barros (ao seviço do Instituto Camões) fez a apresentação

do programa da noite Portuguesa com a passagem de videos, começando por falar sobre os Lusíadas onde foi focado o canto 5° estrofe 37 até á 59 onde o poeta fáz referencia

ao Gigante Adamastor, à qual juntou mais alguma informação sobre Camões e a sua

obra máxima que se encontra traduzida em 18 línguas, o que demonstra bem o interesse que a obra escrita em 1552 tem para o Mundo . Isabel Barros acrescentou ainda :-“ a Universidade de Cape Town, uma das melhores do Mundo tem na sua biblioteca um busto no nosso ex-líbri da literatura, o que para nós portugueses deve ser um motivo de orgulho”. Fernando Pessoa foi outro dos autores que teve lugar de destaque neste encontro com apresentação de passagens sobre a vida e obra deste escritor que ficou ligado à Africa do Sul, onde passou parte da sua infância, fêz os cursos primário e secundário em Durban cidade onde viveu com os seus familiars, vindo depois a frequenter a U.C. Town, foi ainda apresentado um reporte de aproveitamento do aluno, com a classificação de excelente, como aliás o foi toda a sua vida de estudante, frizando que:- “o trabalho de admissão à Universidade mereceu um prémio que foi atribuido, o prémio Rainha Victória”.Por fim foi tempo para se falar um pouco de José Saramago o escritor dos (ses), dizendo :- “O Prémio Nobel da Literatura que começou a escrever aos 50 anos, um dos escritores amado e odiado ao mesmo tempo, amado por os seus fieis leitores e odiado por outros por

as suas tendências Marxcistas, Estalinistas ás quais foi fiel até à morte”. Um dos livros de

Saramago focados neste encontro foi o Ensaio sobre a Cegueira, trabalho que deu origem ao filme com o mesmo nome do realizador brasileiro Meireles que foi passado de seguida. Um filme com a duração de 2 horas, dá-nos uma ideia sobre a obra, para alguns dos presentes (poucos c o n h e c i a m o u leram Saramago) a

preferencia vai para o livro, um jovem com

quem tive oportunidade de trocar algumas impressões sobre a obra e o autor, confessou que prefere o livro ao filme , como sendo muito mais descritivo, pessoalmente prefiro o filme, que também nos deixa a pensar no mundo

cão em que vivemos, mesmo que seja num mundo de cegos, o ditado popular diz que:-( em terra de cego quem tem olho é rei), mas, nesta obra, mesmo cegos impõe as suas leis e regras despreziveis àqueles para quem os principios e respeito são fundamentais na vida apesar de cegos, obrigando-os a obedecer, para assim poderem sobreviver.Saramago , alcunha de família que o escritor adoptou para assinar os seus muitos trabalho editados, cerca de 17 livros, crónicas, memórias, poesia, teatro etc..José Sousa seu verdadeiro nome, morreu no ano de 2010 com 88 anos.No final foi servido um caldo-verde, quentinho (a noite até estava fresca) acompanhado de pastéis de bacalhau, rissóis, pastéis-de-nata e arroz-doce, à entrada uma taça de vinho verde fêz as honras da noite que se iria seguir.Dentro deste âmbito o Instituto Camões nesta cidade irá realizar outros encontros inseridos no programa de divulgação da nossa Língua e do nosso riquíssimo Património focando outros aspectos culturais.Idalina Henriques

2014 Regatta Cape to Rio

Cultura Portuguesa na Alliance Française em C.T.

Directora da Alliance Française Drª Ludemila Ommundsen no uso da palavra na abertura do encontro

C.Geral Dr. Jorge Fonseca ladeado por prof. do Inst.Camões Sofia Rego,Isabel Barros e Miguel Martins

Parte da assistência presente no encontro

Victor Medina um dos responsaveis pela organização da Regata

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Mais um Dia de Portugal se aproxima, 10 de Junho, tempo para relembrar o nosso Grande Poeta Luíz Váz de Camões e os Lusíadas, um dia consagrado a todos os portugueses muito em especial os da Diáspora que um pouco por todo o Mundo de uma forma ou de outra têm enaltecido Portugal, deixado gravado a letras de ouro o nome da nossa Pátria. Neste país que nos acolhe, a África do Sul somos bem a prova de isso, uma comunidade respeitada por o seu empreendedorismo, laboriosa, uma das grandes fontes geradoras de técnologia, mão-de-obra e de riqueza, quem disser o contrário tem um desconhecimento profundo daquilo que somos neste país ao sul do continente africano.Podem-nos ser apontados defeitos, bem sabemos que os temos, não somos santos, há de tudo entre nós, somos humanos, e o que não nos pode ser negado é a força e tenacidade de vencer e de trabalho da nossa comunidade, reconhecida pelo governo Sul-Africano.É dentro do espírito de celebração do Nosso Dia que o Consulado Geral pela mão do Consul Geral Dr. Jorge Fonseca e das Organizações Portuguesas existêntes

nesta cidade, que vai ter lugar dia 8 de Junho (sexta-feira) , na Associação Portuguesa do Cabo da Boa Esperança, uma noite de fados preenchida com as vozes de Gina Martins, Victor Santana, To n y M i g u e l , a c o m p a n h a d o s à guitarra e viola respectivamente por António Ferreira e Tino Duarte, será acompanhada de jantar com entrada e s o b r e m e s a , a ementa, essa é bem à maneira p o r t u g u e s a . A s Comemorações têm

continuidade no domingo dia 10 no mesmo local (Club Português) com um arraial, que será preechido na parte da manhã com tempo dedicado ao desporto com a realização de um torneio de futebol nos campos do P.F.A. entre várias equipas, na parte da tarde entretenimento com a actuação de Gina Martins e Tony Miguel, mas desta vez com canções, havendo ainda barracas de venda de produtos e de comes e bebes.Ainda dentro das Celebrações do Dia de Portugal de Camões e das Comunidades, o Yacht Club vai organizar no sábado dia 9 de Junho , a já habitual regata “Bartolomeu Dias”. Cabe-nos referir ainda que as melhorias na Associação Portuguesa da Cabo da Boa Esperança começam já a ser notórias, com a instalação de ar-condicionado, graças à boa vontade daquele que deitou mãos-à-obra e que contou com apoio de alguns dos sócios, tornando aos poucos este espaço português de lazer e de convivio mais confortável para quem o visita. Muita coisa há ainda a ser feita, mas com o apoio e a boa vontade de todos, o tempo de o Club Portugues ser um magnifico cartão de visitas há-de chegar, “Roma e Pavia, não se fizeram num dia e devagar, devagarinho a àgua vai ao moinho” como diz o ditado popular.Idalina Henrigues

10 de Junho em Cape Town

CONSULADO GERAL DE PORTUGUAL ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA AMIGOS PORTUGUESES CENTRO DE BENFICENÇA DO CABO LIGA DA MULHER ACADEMIA DO BACALHAU FORUM PORTUGUÊS AMIGOS DA MADEIRA P.F.A CLUB

POR OCASIÃO DAS COMEMORAÇÕES DIA DE PORTUGAL

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6 WWW.PORTUGUESEFORUM.ORG.ZA Junho 2012

Da Direcção da Sociedade Portuguesa de Beneficência, com seus membros directivos devidamente identificados, recebemos o material que vamos passar a publicar, depois de analisadas as regras da Lei de Imprensa e o assunto ter sido estudado conscienciosamente. Lamentamos que o problema em curso tenha chegado ao estado presente, depois de ter sido amplamente abordado por outro órgão de informação local e que apenas aos seus corpos administrativos ( de que

o autor da controversa prosa era membro efectivo e responsável ) deveriam dizer respeito. Por razões que não nos compete analisar o assunto extravasou as margens do “bom senso e do bom gosto” e a situação passou para o domínio público, pelo que a Direcção da SPB levou a cabo uma “sessão de esclarecimento” para clarificar os pontos expostos pelo referido jornal. Dessa “sessão foi organizado relatório que foi enviado ao mesmo jornal para esclarecer toda a problemática gerada

em volta do “Caso Beneficência” e que o Director do órgão de informação em causa rejeitou publicar por razões a seguir explicadas pelos autores do documento. VOZ PORTUGUESA é um jornal mensal da Comunidade Portuguesa sob a bandeira do Fórum Português e, portanto devotado aos problemas da nossa Comunidade que não lhe podem ser alheios sempre na defesa dos nossos compatriotas. Gostaríamos de ficar alheios a esta matéria controversa, mas isso seria voltar as costas a uma instituição

que merece especial cuidado e respeito e a pessoas que deram e dão muito do seu esforço, tempo e dinheiro na manutenção da obra de solidariedade social. Na sequência desta nota explicativa, vamos então apresentar a resposta e comentários dos Direrctores da Sociedade Portuguesa de Beneficência, tentando esclarecer os pontos levantados pelo director do jornal O SÉCULO de Joanesburgo de 26 de Março de 2012 e posteriormente em outras edições, conforme iremos vendo.

Quem insulta, foge à verdade, manipula, em nome da SPB, abusando a dignidade dos idosos?

“ Ex.mos Senhores:Administradores e Dirtector do JornalVOZ PORTUGUESA Joanesburgo.

Com os nossos melhores cumprimentos e o pedido de publicação do material aqui enviado, para informação e esclarecimento a toda a Comunidade Portuguesa na África do Sul, permitam que comecemos pela razão de termos recorrido ao vosso jornal que sabemos estar ao serviço dos Portugueses.

Conforme anunciado na edição do dito jornal de 2 de Abril de 2012, uma publicidade paga por nós sob o título “ESCLARECIMENTO” avisava sobre a realização de um encontro dos responsáveis pelos destinos da SPB a fim de esclarecer publicamente as insinuosas acusações levantadas pelo director do jornal. Isso aconteceu e os presentes ouviram, perguntaram, manifestaram as suas opiniões que não vamos referir aqui, mas que o ausente “acusador” deveria ter ouvido e meditado nelas. Curiosamente este pregador de doutrinas belas mas que ele não segue nem pratica, não esteve presente, o que não foi bom para ele pois teria tido a oportunidade de ouvir testemunhos bem claros sobre a sua actuação e pessoa.

Do encontro foi feito relatório que aqui fica exposto a todos os leitores interessados a fim de poderem avaliar dos motivos da não publicação do mesmo e invocados pelo director do referido jornal. Podem ver onde está o “cariz insultuoso para o nosso director” , enquanto presidente do Board of Trustees da SPB”; podem ainda julgar sobre o possível pagador do espaço a ocupar pelo texto (não publicado) que “não compareceu para proceder ao pagamento antecipado do anúncio” e “não do espaço ocupado por insultos” o “jornal decidiu” para evitar problemas “ que o recurso a uma via judicial acarretaria, particularmente as penalizações para os autores dos insultos” não publicar o texto integral, mas “optar graciosamente pela publicação de extractos”… Isto, evidentemente em defesa da “Liberdade de Imprensa” de que o “insultado” se confessa “adepto?”, mas não praticante. Porém, aqui fica o texto do Relatório da Sessão de Esclarecimento da Sociedade Portuguesa de Beneficência:

Sessão de esclarecimento da Sociedade Portuguesa de Beneficência

Em se quênc ia do comun i cado “Esclarecimento” publicado na edição deste jornal a 2 de Abril de 2012, o executivo da Sociedade Portuguesa de Beneficência cumpre informar a Comunidade e todas as Associações Comunitárias que teve lugar a 3 de Abril de 2012, perante uma forte audiência, a Sessão de esclarecimento conforme teria sido agendada .

Preza-nos informar que os esclarecimentos prestados, não só a questões de índole diversa mas particularmente em consequência de insinuações consideradas difamatórias a esta Organizaç ão de Bem Fazer e à Comunidade Portuguesa em Geral, tranquilizaram todos os presentes de que a gestão desta casa segue com rigor os regulamentos da sua constituição, com total transparência e através de uma imensa dedicação altruísta defendendo assim com a mais elevada integridade os interesses da SPB, do Lar de Terceira Idade Rainha Santa Isabel e da Comunidade Portuguesa da Africa do Sul em geral.

A sessão foi concluída com a unânime manifestação de todos os presentes, de um voto de confiança nos orgãos directivos da SPB, ficando deliberado a publicação deste comunicado por gentil contribuição em pagamento do mesmo por um dos ilustres Benfeitores.

Sucintamente e por se considerarem de maior relevância e para que não restem quaisquer dúvidas a nenhum Português de boas intenções, mencionamos as seguintes amplificações:

1.Em pleno seguimento das provisões da Constituição da SPB o Presidente do Orgão não executivo da mesma “Board of Trustees” Sr. R.V. Afonso, foi constitucionalmente suspenso das suas funções e posição a 03

de Junho de 2011.Posterioremente, e não obstante inúmeras

tentativas por vários elementos independentes no seio da Comunidade, na impossibilidade de se encontrar uma reconciliação digna e de respeito mútuo pelos poderes conferidos pela mesma Constituição no seu orgão executivo, o Sr R. V.Afonso foi informado a 26 de Fevereiro de 2012 que a sua associação à Sociedade Portuguesa de Beneficência teria sido lamentàvelmente terminada a título permanente.

2. 1. Todas as questões levantadas como carentes de esclarecimento tiveram , cabal resposta sem contestação por ocasião da última Assembleia Geral, tendo esse esclarecimento formal sido registado em acta.

Consequentemente, a edificação do projecto “ Retirement Village” ficou devidamente autorizada não só sob a presidência do Presidente Honorário Sr.Dr. Durval Marques, como também durante o período cuja presidência reverteu ao Sr. R.V.Afonso, através da constituicao do “Deed of Trust of The Villa Santa Isabel Portuguese Charitable Foundation”.

Adianta-se que na sua presidência, este último louvou repetidamente esta obra, jamais contestando a gestão exercida na sua edificação.

3. Os Compadres da Academia do Bacalhau presentes na sessão, distanciaram-se dos comentários proferidos a seu respeito, atribuindo a necessidade de publicamente se efectuar a dita sessão de esclarecimento de forma a pôr um fim às caluniosas insinuações que poderiam fragilizar e dividir a Comunidade Portuguesa na Africa do Sul.

4. As observações quanto ao exercício ilegal de funções dos orgãos Socias da SPB, citaram-se fora de context, caluniando deliberadamente um prestigioso e muito respeitado membro da nossa Comunidade o qual, de imediato, entregou uma carta lida durante a sessão de esclarecimentos, testemunhando a falta de integridade e indigna conduta do redator, repudiando a manipulação destrutiva das suas palavras que desrespeitam a boa vontade dos leitores do Jornal , com o objectivo triste de dividir e enfraquecer a Comunidade Portuguesa na Africa do Sul com prejuizo para a Sociedade Portuguesa de Beneficência.

De salientar que esforços por parte do ilustre injuriado para publicação da sua carta neste mesmo jornal em defesa da sua inquestionável integridade e respeito, foram em vão, pese embora ter efectuado o pagamento para esse anúncio e recebido a respectiva factura.

5. “Beneficência Milionária sem Médico”, o tema do artigo publicado a 26 de Março de 2012, revela-se como mais uma tentativa maldosa e de manipulação e distorção de factos pelo redator, ficou perfeitamente esclarecida perante a audiência.

6.”Recusa de assinatura do protocolo de ajuda financeira proposto pelo “Século”, assunto esclarecido como mais uma tentativa de denegrir a humildade e necessidade da SPB escondendo factualmente, dívidas contratuais do Século e Fundação Horácio Roque , patronos da Sociedade Portuguesa de Beneficência, em extensivo atraso de pagamento a esta Organização de Bem Fazer.

7. Todas as questões de caráter contabilístico foram devidamente esclarecidas , sublinhando que não existem nenhuns patrimónios que não estejam devidamente lançados nos relatórios de contas verificados anualmente por uma firma de Auditores internacional de inquestionável reputação e apresentados em todas as assembleias gerais anuais da SPB.

Não existem registos de heranças de activos fora deste País por falta de formalização de titularidade legal num processo extremamente moroso que está sob os auspícios de advogados em Portugal.

No entanto para efeitos de transparência e por pedido dum ilustre membro durante a sessão de esclarecimentos, somos a inunciar um eventual potencial património herdado pela SPB fora da Africa do Sul:

a) Duas casas no caminho do Lazareto e duas casas no Beco de Tobias, Ilha da Madeira, cujo valor ou titularidade por quem as testamentou à SPB, não nos foi possivel ainda apurar .

Informação recebida indica que uma destas casas está em ruínas, uma segunda está

demolida e cada uma das outras duas atraem uma renda de Euros 13.25 por mês.

b)Terreno sem habitação no sítio da Ribeirinha na Ilha da Madeira cuja titularidade do testador não está claramente atribuída por ausência de registos prediais regionais.

Este será um terreno baldio e de difícil acesso pela informação que obtivemos.

c) Prédio rústico denominado Boiceiros em Vila Franca de Xira, no Lugar de Aldeia, Freguesia São João dos Montes para o qual não existe registo predial e cujo valor de mercado é actualmente extremamente difícil de apurar.

d) Duas fracções autónomas designadas pelas letras BB e BC do prédio urbano sito no lote 4.6.1.A. Vila Moura, Freguesia de Quarteira, Concelho de Loulé, Algarve, avaliadas em Euros 80 000 cada e que foram alegadamente e ilegalmente vendidas pelo procurador do falecido testador, situação que está a ser tratada por juridicos com as dificuldades que consequentemente se vislumbram.

De salientar que os custos legais inerentes às situações acima expostas poderão inviabilizar a transferência dos respectivos activos para a titularidade legal da SPB.

Terminando, os Orgãos Diretivos da Sociedade Portuguesa de Beneficência, aproveitam esta oportunidade para agradecer eternamente em nome de todos

os Portugueses, particularmente os Velhinhos do Lar Rainha Santa Isabel, o apoio de todos os Benfeitores que se mantêm leais à nossa causa e que não se deixaram arrastar por acusações perversas e doentias prevalecendo o enorme espírito do ser Português, de ajudar os necessitados e respeitar os carenciados e velhinhos da nossa Comunidade.

Esta casa de Portugueses para Portugueses não é milionária, se porventura houvesse alguém que pudesse acreditar que uma Beneficência poderia jámais ser milionária e apenas se preocupa em preparar um futuro e uma herança para as necessidades da Comunidade Portuguesa neste País que adoptamos como o nosso lar longe do nosso ortugal.

Enfatiza-se que este esclarecimento enfoca-se nas questões que poderão ser consideradas de maior pertinência, reservando-nos o direito de dar um tratamento defensivo, caso considerarmos necessária tal acção e na eventualidade de persistirem as insinuações e difamações contra a Sociedade Portuguesa de Beneficência.

Muito respeitosamente,

Jorge FreitasPresidentJoanesburgo09 de Maio 2012

Na mesma sessão de esclarecimento foi lida uma carta do Professor Doutor André Thomashausen Director da Faculade de Direito Internacional e Direito Comparado na University of South Africa ( UNISA ) dirigida ao director do jornal O Século com conhecimento e concordância da mesma autoridade académica, sobre o assunto em questão. Devemos salientar que a referida carta foi lida, depois da sessão de esclarecimento, para evitar qualquer tipo

de influência na assistência. O Professor Thomashausen recebeu grande parte da sua educação académica em Portugal onde frequentou, além da Escola Inglesa, a Escola Portuguesa, pelo que fala fluentemente e escreve Português, além do Alemão, Francês e Afrikaans, contando, assim, com muitos amigos entre a nossa Comunidade. Eis o texto da sua carta.

Cont pg 7

Page 7: Voz Portuguesa

7WWW.PORTUGUESEFORUM.ORG.ZAJunho 2012

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DIA DE PORTUGAL, DE CAMOES E DAS COMUNIDADES

NESTE ANO MUITO ESPECIAL, QUE SE CELEBRAM AS FESTAS DO DIA DE PORTUGAL NA

AFRICA DO SUL, TAMBEM COINCIDE COM O NOSSO

4Oº ANIVERSARIO DESEJAMOS A TODA A

Comunidade Portuguesa Colaboradores e Amigos,

UM OPTIMO DIA DE PORTUGAL 10 DE JUNHO DE 2012

VIVA PORTUGAL

E, LEMBRE-SE : PARA VIAJAR SEM SE PREOCUPAR..... NA XL-NOVO MUNDO TRAVEL , DEVE CONFIAR................

E para que os leitores e os Portugueses avaliem por si mesmos do carácter e valores que orientam o comportamento e a pessoa que nos acusa de “insultos” e mais “insultos”, deixamos ao juizo de todos a carta que a seguir juntamos.

Esclarecemos que foram 14 bilhetes de ida e volta de avião e a estadia do tempo acima referido. Esta carta foi não só dirigida ao destinatário nela referida, mas circulou nas bancadas da Assembleia da República, em Lisboa. Contudo, o “adepto” da Liberdade de Imprensa, nunca a deu a conhecer.”

Contd da pg 6

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This year Queen Elizabeth II will be celebrating her Diamond Jubilee. Most of the Anglo-Saxon world is preparing to celebrate this grand event. Even here in South Africa we have got a taste of this event with the official visit of Princess Anne in April. Not only that, but South Africa was once part of the British Empire and Queen Elizabeth II was the queen of this country from 1952 to1961, a time in which many Portuguese immigrants came to this country. So I decided that we should join in on the festivities by writing an article on all things that connect the Portuguese to the British. Queen Elizabeth became the British monarch on 6 February 1952, on the death of her father King George VI; her coronation took place on the 2 June 1953.

The link between the Portuguese and the English began in 1147, when a group of crusaders, made up of English, German, French and Flemish, stopped in Oporto on their journey to the Holy Land. While there King Dom Afonso Henriques persuaded them to join him in an expedition to seize Lisbon from the Moors. The Chronicles of the time note the English praises for Lisbon: being fertile country, lush with figs and vines

and encouraged many Englishmen to settle their. Victory was for the Christians after a 17 week siege of Lisbon. As for the Portuguese

opinion of these English crusades, they saw them as a loud and drunken lot, giving in more to piracy than piety. This link would finally be sealed in the Treaty of Windsor, said to be the oldest alliance between too countries still in force to this day. The roots of the treaty go back to a man called John of Gaunt, the Duke of Lancaster. John married the elder daughter of King Pedro the cruel of Castile. After King Pedro was murdered

by his illegitimate son who then became King, John believed he was the rightful King of Castile and therefore claimed the throne to the Kingdom of Castile. The problem

was that he now needed to convince the incumbent king. So therefore he decided to get the help of Dom Fernando I of Portugal and they signed an alliance in 1373. The alliance stated that the 2 allies would help one another against all enemies.

Then in 1385 Dom João goes to battle in Aljubarrota near Batalha Abbey, with the help of the English soldiers, among them longbowmen, to defend the Portuguese

sovereignty against the Castilian’s who claimed Portugal. The Portuguese-English army led by Nuno Alvarez Pereira, outnumbered by the Castilian-French forces (France came to Castile’s aid), drove the Castilians out and secured victory for Portugal. Dom João became King and founded the greatest Portuguese Royal house, the house of Aviz that ruled the country for 300 years. John of Gaunt then felt it was time to seize Castile and rushed of to Portugal, met with King Dom João I and formalised the earlier alliance with Dom Fernando I into the Treaty of Windsor, to secure Dom João I support in helping John of Gaunt to seize Castile. In return Dom João I was offered John’s daughter of his first marriage Philippa of Lancaster. Dona Philippa was a much loved Queen. She encouraged English merchants to come in pursuit of trade to Portugal. She gave birth to 6 outstanding children. They were called the “Marvellous generation” by Luis de Camões, as they lead Portugal into her golden age and to begin the age of discoveries. Among these children was Dom Duarte, who became King after his father Dom João I died; Isabella of Portugal who married Phillip the good and became Duchess Consort of Burgundy; and the great Henry the Navigator.

The Alliance between Portugal would be disrupted when we entered into the Iberian Union with Spain in 1580. Spain was one of England’s enemies. Therefore a unity between Portugal and Spain would mean that we would become England’s enemy. During this period, as Portugal grew weak under the Spanish; the Dutch, French and English took vast amounts of our Empire and broke our monopoly over the Indian Ocean. Furthermore half of the Ships that formed part of the Spanish Armada were built in and set sail from Lisbon from were they would go on to attack England and be defeated. This helped to further distort our relationship with England. Then in 1640 the revolt in Lisbon begins the War of restoration (1640-1668) against the Spanish and Dom João IV Duke of Bragança becomes King. King João IV made it his duty to restore the old alliance with England. King Charles II was the only monarch in Europe to recognize King João IV as the sovereign of Portugal. In 1661 King João IV daughter Dona Catarina of Bragança married King Charles II of England. As you should know from my first article in February “Teatime” Dona Catarina introduced the Tea drinking tradition to the English. Her dowry included a chest of Chinese tea, Bombay, Tangier and 2 million cruzados (about R 4 170 000). In 1705 Dona Catarina became regent of Portugal. During this time she signed the Methuen Treaty. This established favourable term’s which enabled Portuguese wines to have a monopoly over British tables; while British textiles enjoyed a monopoly in Portugal. To the detriment of our own textile industry.

However already in the 17th Century Portuguese wines started to become popular in England. British (English and Scottish) firms began to settle in Viana do Castelo, Moncão and Porto to select the wines for Shipping to Britain. This was further helped by the fact that in the 18th Century the British band the import of French wines during the Spanish succession war, leading to a boom in the Portuguese wine industry. In 1756 Marques de Pombal demarcated the area from which the best Port wine-Vinho fino- could legitimately come, making the Douro the world’s oldest demarcated wine region. Porto soon became the centre of the wine trade. Names like Taylor, Croft, Cockburn, Sandeman and Graham established and by the 19th Century these families were buying Quintas (Manor Houses) along the banks of the Douro. One such famous Brit was Joseph James Forrester. He helped improve port safety standards and drew up detailed maps of the Douro valley. In gratitude for his contribution King Dom Pedro V of Portugal bestowed on him the title of Baron, in 1855. He sadly died after drowning in the Douro in 1862.

Article by Daniel de CairesContinued in the next Edition

The Portuguese-English Connection

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The Western Church took a different route regards priestly celibacy. From the seventh century to the time of the Gregorian Reform and the legislation of the Lateran Councils, Church authorities made constant efforts to reform clerical customs. The whole clerical was deeply affected by the new social structures and changed conditions that followed the disintegration of imperial organization. When the Emperor had power he, even, controlled church life and ruled over the priests. Emperor Justinian, for example, considers priestly continence to be the rule, even if not always observed. Writing to those clerics who contract marriage after orders, he states: “… some of them (priests, deacons, and sub-deacons) despise the holy rules and beget children from wives with whom, according to the priestly rule, they are not permitted to have relations”. (Codex Justinianus, October 530). Thus children born after ordination were declared illegitimate. The Emperor also went further than ecclesiastical rules in requiring bishops to be without progeny (descendants), for fear of alienation of Church property. This is where the whole celibacy law ultimately rests, not just in the west for priests, but in the East for bishops. Another pillar of celibacy law was also the west’s obsession with sexual relations, based on the dualistic attitude fostered by so many Church Fathers, including St. Augustine who lived a promiscuous life till he was baptized at the age of 33 and then slammed sexual activity as intrinsically evil.

Canonical collections were widely circulated, reminding western bishops of the discipline (which wasn’t really there…) of the early centuries. Some over-zealous reformers skilfully fabricated a number of texts, claiming they had been lost, to add even greater weight to the supposedly existing sources. They formed part of the Pseudo-Isidorium Forgeries and they were accepted because of the widely held conviction that they corresponded to the spirit of the traditional legislation. They were forgeries!...Councils like

Metz, and Mainz (present day Germany) in 888 prohibited cohabitation even with wives living in continence.

The Gregorian Reform was a systematic effort to strike at the roots of the abuses in the Church, directed against simony (sale of spiritual graces), ‘Nicoaitism’ (priests living in marriage) and also lay investiture. The success of this reform was largely due to the uninhibited exercise of papal authority by Gregory VII (1073-1085) and his successors over the bishops. The opposition to the reform of priestly celibacy was crashed by Gregory VII in the Roman Synod of 1077.

The First and Second Lateran Councils in 1123 and 1139, respectively (both considered universal, but in fact local) prohibited cohabitation with wives and the Second reiterated the Council of Pisa, in 1135, which had declared marriages contracted subsequent to ordination to be not just prohibited but simply non-existent. A number of latin documents about the law of continence found their way to the Corpus Iuris Canonic, a work completed in the fourteenth century, which in turn influenced law-making until the appearance of the 1917 Code of Canon Law. From these sources, we learn that, from the time of Alexander III (1159-1181), married man were not allowed to have ecclesiastical benefices. Also, a son of a priest (considered legitimate, born before ordination) was prohibited from succeeding to his father’s benefice. This was done so that the “benefices” or inheritance or property would be kept by the Church and not by the family.

In 1322, Pope John XXII insisted that no one bound in marriage – even if unconsummated – could be ordained unless he knew the requirements of the law: the requirement that the wife gave up her marital rights, again benefices and property.

At the time of the Council of Basle (1417-1437) the example of the practice of the East was given as a precedent (in mitigation against the law of celibacy…) although it was unlikely

that there was proper understanding of that (eastern) discipline. Similar calls for mitigation were heard at the time of Reformation from humanists like Erasmus, theologians such as Cajetan de Vio and secular authorities, i.e. emperors, with pragmatic, material and political aims in mind: Charles V, Ferdinand I, Maximilian II. It was the tug of war between the Church and the Emperors; the issue was power, which always based on property. The more property they acquired the more powerful they felt.

Zwingly and Martin Luther made the abolition of clerical celibacy a key element of their reform. That prompted the Council of Trent (1562-1563), despite considerable pressures, to impose celibacy and prohibit marriage, for fear that the traditional theology of the priesthood would be dismantled and insisting on the newly coined expression “the gift of chastity”. The same Council of Trent voted in favour of founding seminaries to prepare candidates for a celibate life from there youth, forcing them to celibacy if they wanted to be ordained. That scenario prevailed till the 1970’s, when those seminaries started emptying out. Another theologian, Desiderius de S. Martino, concerned by the shortage of priests, suggested the possibility of ordaining married men provided their wives gave consent and that their husbands lived in continence. Trent knew they rightly would not and rejected the suggestion.

It took time to bring about the general observance of the law of celibacy, because the decrees of the Council were not immediately accepted, but stricter training in the new seminaries brought compliance about.

The Enlightenment of the eighteenth century brought about fresh assaults on clerical celibacy and after the First Vatican Council, the Old Catholics, separating themselves from Rome, abolished the rule. Despite pressures on the Catholic Church to relax the law of celibacy, it has always resisted.

Pope Benedict XV, in his Consistorial

Allocution of 16th December 1920, stated that the Church considered celibacy to be of such importance that it could never abolish it. Why did he say that? Because, since Trent, the Church had amassed for itself a colossal amount of property that it was not ready to give up the law that sustained it. Following Vatican II, the Church has made an exception for married deacons of mature age and for individual non-Catholic clergymen, following a precedent set by Pope Pius XII. Married deacons, or Permanent Deacons as they are called now, “offer” their services to the community and the church for free. They are supposed to have a regular income from their previous professions.

It is not likely that the present pope, Benedict XVI (having taken his name following the example of Benedict XV…) changes that wretched law. But he welcomes in the Catholic Church non-Catholic ministers, with their families (wife and children), faithful and Church buildings as well, that after 99 years of lease by the Catholic Church will become its own property.

Again, sadly, like in the past, the driving force is property.

Just under half a million men (the global number of priests) working for a common fund in their life time, generate wealth that keeps accumulating. That is the principle at stake.(to be continued…)

Fr. Carlos [email protected]

Celibacy in the Western Church from the seventh Century

Fr. Carlos Gabriel

South Africa has always held a fascination for adventure and this has, through the decades brought many foreigners to our shores. With this many stories have been told about various characters that were present in our country’s unfolding history.

During the Gold Rush of the 1880’s one such personality was a young lady that became notoriously famous in the Gold Rush Town of Barberton. She was born Elizabeth Jane Webster, in England and travelled to South Africa to meet her fiancé. On arrival she found

out he had died, and so started the adventure. We follow her story from working as a barmaid in a very harsh environment to her eventually owning her establishment and making her fortune as COCKNEY LIZ.

Like any rumour in a little town, her story has been told by many and in many different and colourful versions. Author HANS BORNMAN did more research on her life and the town’s history and background, from which COCKNEY LIZ - Legendary Barmaid of Barberton was born.

The book features the difficulties of the time, such as travel, supplies, the rugged and malaria infested areas and the problems facing a woman all alone in a strange new country. At that time Barberton was a harsh man’s world and the only women were either the elite tea drinking set, that hardly left their beautiful fully staffed houses or the poor

uneducated forgotten few that might have followed their prospector husbands. The single ladies were mostly ladies of the night or showgirls to keep the men entertained at night and the establishments booming with trade. Barberton at that time had many bars or establishments as they were known then.

One interesting Portuguese feature in

the story is a lady named Emily Fernandez. She was born in England and had come to Mozambique in 1854. She had been married to Don Manuel Fernandez an employee at the Portuguese Embassy in Lourenco Marques. After the death of her husband, someone offered her a position as Manageress of the Crown Hotel in Barberton. She later owned the Royal Albert Hall.

The story then unfolds into how these women each built their businesses and their lives. It is so tempting to tell the story but I leave you to get the book and enjoy the story like I did.

HANS BORNMAN, the author, has informed us that a film is being made about COCKNEY LIZ and her story. Plans for the film technicians to be accommodated in Barberton have

already started. Film release details will be notified at a later stage.

I leave you now to get a copy of the book COCKNEY LIZ - Legendary Barmaid of Barberton. I got my copy at Exclusive books.

Most men and women that came on an adventure to South Africa, and made it their home have had a happy ending just like COCKNEY LIZ did.

COCKNEY LIZ–The Legendary Barmaid from Barberton

Royal Albert Hall in Barberton

Emilie Lee Fernandez Cockney Liz

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11WWW.PORTUGUESEFORUM.ORG.ZAJunho 2012

and complete a mandate form today!!!

www.portugueseforum.org.za/mandate.htm

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Domingo, dia 13 de Maio, no salão de festas da APF de Vanderbijlpark, explendidamente decorado, celebrou-se condignamente o Dia da Mãe. A festa, que foi imensamente concorrida, proporcionou a todos os presentes momentos de bastante alegria e animação, com muita música e bastante dança. O belo evento foi uma explendida oportunidade para os mais novos prestarem reconhecida homenagem às suas queridas mães.O grupo Estrelas da Madeira teve a responsabilidade de entreter o público com a musica alegre que nós todos já associámos a este conjunto.

Mães que atenderamas celebrações Aurília Coelho, Guida Domingues, Nanda Re, Germana Picolo, Milena Reis, e Fátima Flora

Estrelas da Madeira: Paul Luiz Duerell de Pontes

Tal como prometi no número anterior, hoje vamos falar sobre “Chakras”...

Chakra é a palavra escrita em sânscrito, que é uma das línguas mais antigas da Índia, que designa os vários centros energéticos existentes no nosso corpo, onde existem muitos, Nós iremos falar sobre os sete Chakras/Centros mais importantes.O primeiro centro é o centro coccígeo que se situa na base da coluna vertebral. É o centro da força física e da sobrevivência. É essa energia que extrai quando sente raiva, dor, irritação ou medo. Se se sentir inseguro em relação à sua sobrevivência, ou seja, a alimentação e o tecto por cima da sua cabeça, estará a afectar esta energia. Demasiada energia concentrada nesse ponto pode provocar dor de costas e problemas na base das costas. O segundo centro de energia, o centro sagrado situa-se por detrás dos órgãos sexuais, entre o osso púbico e o umbigo. Essa zona é o centro onde produz o poder de criar a vida tal como a deseja. Essa mesma energia é utilizada para as actividades sexuais.

Se os momentos de amor possessivo, de ciúmes, de raiva e de ódio vêm ao de cima na sua vida é porque quer ter demasiado poder sobre os outros. Está deste modo, a baixar a energia da sua vida sexual e da sua criatividade. Quando tiver aprendido a libertar-se dessas emoções destrutivas, a mudar a sua maneira de ser e a controlar o seu orgulho, uma grande energia elevar-se-á então até ao centro da sua garganta e ajudá-lo-á a criar abundantemente e a desenvolver os seus dons e talentos. O terceiro centro é o centro solar. Está situado por cima do umbigo, entre o umbigo e o coração. É o centro das emoções e dos desejos. Quando experimenta emoções ou desejos fortes e se deixa perturbar por eles, sem os exprimir, está a bloquear este centro de energia. Assim, a sua energia concentra-se no mesmo sítio e existe uma falta de circulação de energia em si; daí resulta falta de energia sempre que sente culpabilidade, desapontamento, agressividade, pena e todo o leque de emoções referidas mais acima. Este centro de energia age directamente no pâncreas e em todo o sistema digestivo.

O centro coccígeo, o centro sagrado e o centro solar são os três primeiros centros onde, no ser humano, a actividade domina. Que uma pessoa viva na insegurança ou que deixe as emoções dominarem, a sua energia é canalizada para a parte inferior do corpo onde se encontram os três centros. O objectivo do ser humano é conseguir fazer subir essa energia em direcção à parte espiritual do ser. Os dois primeiros centros representam o instinto animal do ser humano. O centro solar está a meio caminho entre o instinto e o ser espiritual. Os três primeiros centros dizem respeito ao «ter» e os outros quatro centros dizem respeito ao «ser» da pessoa.

Continuaremos no próximo número a tratar dos restantes chakras...

Até lá, muita energia positiva e muito amor

Ana Maria Thomä[email protected]: http://rotasdapaz.blogspot.com

De PORTUGAL... nas ROTAS DA PAZ

Mothers Day Celebrat ions – ACPP

Dia de Mãe na APF de Vanderbijlpark

Caros amigos

A guy I once knew years ago told me that there are two things close to the heart of a Portuguese person; Family and Celebration of life. It was with this in mind that I went down to Pretoria to the Associacao Da Communidade De Portuguesa De Pretoria to the Mother’s Day celebration that they were holding. My friend proved to be correct in his statement – the celebration was amazing, the hall decked out in beautiful white and pink, with flowers on every table, and the food was simply perfect. They spoiled the mothers rotten, as is proper, with a gift for each one, and live

singing from such notables as Gina Martins and Dario Bettencourt, and the atmosphere had people dancing and laughing all the time. They made sure that everyone knew exactly who was important on the day, and even gave special gifts to the oldest and youngest mother, Annette Mons (84) and Janine Azevedo. I have to say that if you were a mother, then you should have been there, and if you were a child, then you should have taken your mom. Every person there was dressed to the nines in their best clothing, and the tables were a display of fashion, and it was heart melting to

see some of the littlest children dressed in the most exquisite clothing dancing with each other at the front of the hall.No one celebrates like the Portuguese, and when they do, you may be sure it is done right.Philip Allebone

Mario Ferreira withthe youngest and eldest mothers of the day

A ementa servida foi arranjada pelos esforços de Germana Picolo com a ajuda da sua equipa na cozinha, as decorações foram obra da Maryke Mortágua, e muitas vezes esquecemos que as nossas bebidas não chegam ás nossas mãos de pura coincidência, para isso temos que agradecer à Diana Wait e Jenny Botha, as senhoras do bar que fazem os possiveís para manter o contentamento dos convidados, agradecendo a todas as pessoas que fizeram esse almoço possivel e que trabalharam para que as mães pudessem descançar.

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Ninguém me pediu para fazer o panegírico ou disurso de louvor nem a oração fúnebre do Senhor Comendador Luciano Aquino que a morte acaba de nos levar. Ninguém mo encomendou nem ele mesmo desejaria que lhe fosse feito. Os louvores e honras que levou deste mundo foram aqueles mesmos que ele grangeou e ganhou com a sua vida, sobretudo com a sua acção espiritual e de relacionamento com Deus. Aí não há mão de homem que se intrometa ou se atreva a interferir. Além do mais, não me posso considerar como “amigo” no sentido em que muitas pessoas tomam, deste Homem e Português que deixou a nossa Comunidade mais empobrecida. As nossas vidas cruzaram-se algumas vezes na estrada que leva os homens a amarem-se como irmãos ou a rejeitarem-se, absurdamente, por razões quase sempre mesquinhas, supérfluas e concebidas erroneamente. Algumas vezes por causa da sua forte e genuina ligação à obra O LUSITO e LUSITOLÂNDIA, outras como membro da ”media” de diversos órgãos de informacão ( Falada e Escrita ). Tive ocasião de observar “in loco” a gigantesca dimensão empresarial no sector da construção civil deste Homem de estatura mediana, de simplicidade lhana, de humildade quase conventual, de ouvir

muito, falar pouco, mas a tempo. Projectos seus no campo da sua actividade específica, tive a oportunidade rara e excitante de ser bafejado por essa deferente concessão. Posso afirmar, sem sombra de desmentido que só um homem da sua têmpera, da sua envergadura moral e da sua formação espiritual teria sido capaz, como ele foi, de se manter na sombra da ribalta ruidosa e falsa, onde chocalham os guizos e guizalhos hilariantes dos que se envaidecem do que têm ou que não têm. A nossa Comunidade ignora o peso e força da sua empresa e da sua visão neste domínio da acrividade económica neste país. Mas queremos respeitar a sua “atitude de moderação e afastamernto dos louvores” porque sabemos que lá no “reino da luz e da paz” onde se encontra, ele não gostaria que eu ou alguém o fizesse. Mas não posso calar, nem manter debaixo do “alqueire” o luzeiro que agora se apagou no céu da solidariedade social e no campo inesgotável de fazer bem aos “pequeninos” que Jesus nos lembra no Juizo Final. “Sempre que o fizestes a um dos meus mais pequeninos, foi a MIM que o fizeste”. Bem ou mal e disso e por isso seremos sancionados com o prémio ou o castigo.Lucuiano Aquino foi um homem que deu muito

do seu precioso tempo, do seu talento, da sua FÉ, da sua capacidade de amor a Deus, do seu dinheiro aos seus irmãos, sobretudo às crianças que o LUSITO alberga e cuida. Muitos o fizeram e fazem, certamente, e ainda bem para que a OBRA prossiga nos mares procelosos em que navegamos. Mas Luciano Aquino merece o reconhecimento de todos os que estão ligados ao LUSITO, das crianças, dos professores, pessoal administrativo ou ali a prestar serviços. Merece o respeito das nossas autoridades e um humilde, mas sincero e caloroso BEM HAJA da nossa Comunidade na África do Sul.FÓRUM PORTUGUÊS e VOZ PORTUGUESA testemunham a toda a Família Aquino os seus

mais sinceros pêsames nesta hora de luto e dor qua a atingiu e rogamos a Deus que lhe dê a força, a coragem e a FÉ que conduza pelo caminho seguro que um dia a há-de levar novamente ao convívio com ele. Que Deus o tenha rercebido no seu reino para lhe entregar a palma da vitória dos que na terra, como diz São Paulo: “combateram o bom combate”. “Na mão de Deus, na sua mão direita,Descansou afinal meu coração........................................................Dorme o teu sono, coração liberto,Dorme na mão de Deus eternamente!” (Antero de Quental)Dr. Fernando Capão

Crianças e Comunidade do LUSITO perdem figura Patriarcal-LUCIANO AQUINO.