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SuperintendenteRev. Daniel A. Silva

Secretário da SEREPPr. Davi Miguel dos Santos

Subsecretário da SEREPPb. Wilson Matias

Editor AssistentePb. Wilson Matias

EscritorPr. Joalisson Silvestre – Pres. do Campo ICPI São Caetano - PE

Equipe RevisoraJuany C. Campos (Gramatical)Conselho de Doutrina Culto e Liturgia (Teológico)

Diagrama / DesignMarcelo Henrique Pinto

ImpressãoPlenaPrint

É proibido a cópia deste semautorização da SEREP

www.lojaicpi.com.br

[email protected]

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SANTIDADE:

CHAMADOS À

CAMINHANDO EM

A SANTIFICAÇÃO E

TEMOR A DEUS: A BASE

A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO

ÚNICA REGRA DE

REAVALIANDO A NOSSA

CONSERVANDO A SANTIDADE

O EFEITO DA SANTIFICAÇÃO

ADORAÇÃO E SERVIÇO,

A MODERNIDADE,

A essência de Deus...........................

Santidade...............................

Concupiscência..............................PECADOS DE

a renúncia.............................

Santidade.....................................

Fé e prática.............................

o mundanismo e a nossa fé....

na vida...................

Vida cristã...................

Santo em nós................

na igreja.............

Marcas de quem é Santo..

De uma vida santa........

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ue a santidade é importante, todos nós Qsabemos. Se você analisar, nos últimos tempos presenciamos inúmeros eventos

chamando os crentes ao retorno à santificação. Biblicamente tal preocupação é salutar, pois sem santificação ninguém verá ao Senhor (Hb 12.14). A santidade é algo urgente em nosso tempo, e não deve ser negociada por nenhuma hipótese. Nesta revista desenvolveremos uma compreensão desde a explicação bíblica da santidade como um atributo de Deus, a santificação como uma ação em nós, da parte de Deus, gerando mudanças estruturais e espirituais, internas e práticas. Que Deus neste trimestre nos ajude em sua graça a desenvolver uma aprendizagem saudável e bíblica. E se me cabe, é preciso atentar que “uma das coisas mais importantes que podemos fazer como professores da Escola Bíblica Dominical é procurar obter o máximo de nossos alunos. Não existe aluno algum que praticamente seja um caso perdido, sem esperança, pois sempre podemos descobrir nele brilhantes possibilidades. Não há nenhum tão medíocre que não tenha em si alguma qualidade para a qual possamos apelar” (PRICE, 1980). Bom trimestre.

EQUIPE SEREP

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SANTIDADE: A ESSÊNCIA

Introdução

Texto Básico: Isaías 6.1-7

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Sl 145

Terça

1Jo 4.8

Quarta

Rm 1.25

Quinta

Gn 18.25

Sexta

Pv 30.5

Sábado

1Jo 4.7.8

Is 53

“Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses?quem é como tu glorificado em santidade, admirável

em louvores, realizando maravilhas?” (Êx 15.11).

DE DEUS

01

A EXISTÊNCIA DE DEUS

Os seres humanos estejam onde estiverem, em qualquer parte do mundo podem ter, e geralmente têm, uma intuição íntima da existência de Deus (Sl 19.1-4; Rm 1.20). Todavia, existem também aquelas pessoas que negam a existência do Altíssimo. Mergulhadas na insensatez (Sl 10.1-4; 14.1), fazem uma supressão obstinada da verdade (Rm 1.18,23,25,28,32).Com o crente, porém é diferente, nele, a intuição íntima de Deus se torna cada dia mais profunda e distinta. O crente o compreende como Pai amoroso (Rm 8.15), o crente tem a convicção de que é filho de Deus (Rm 8.16), Jesus passa a ser o centro da vida do crente (Jo 14.23; Ef 3.17; Fp 3.8,10; Cl 1.27; 1Pe 1.8).Existem também as evidências das Escrituras e da natureza. Toda a Bíblia é escrita com o pressuposto da existência de Deus, e não com o intuito de provar sua existência, logo, suas declarações são diretas e claras (Gn

Conteúdo aluno

Subsídio Teológico I

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que sopra em nossa face, nos provando sua evidente existência, assim é Deus.

Vamos lançar mão de alguns argumentos racionais em favor da existência de Deus:

Argumento cosmológico

Este argumento baseia-se na lei de causa e efeito; nesta linha de pensamento tudo quanto existe tem uma causa adequada e suficiente. Se o mundo existe como um efeito logo, é necessário que se t e n h a u m a c a u s a q u e s e j a suficientemente adequada para explicar sua existência. A causa geralmente nunca é menor do que o efeito, logo, a causa para a existência do universo tem de ser infinita e inteligente. Deus como causa primeira de todas as coisas, é necessário para que se possa explicar a origem, preservação e continuidade de toda a criação (Sl 19.1-6; Rm 1.20; Mt 6.26-30).

Argumento ontológico

Deus é definido como um ser maior do que qualquer coisa que se possa imaginar. Segundo os defensores do argumento, a ideia de um Ser

1.1; 32.30).Sendo assim, a crença em Deus (ou deuses) é um fenômeno universal. Todos os povos em todos os tempos e épocas manifestaram crença em uma divindade superior, através das suas observações e experiências, de forma intuitiva e racional. A realidade religiosa está intrínseca na alma do ser humano, não podendo ele viver sem a ideia de Deus (Sl 19.1-4; Rm 1.19,20).Ainda podemos d izer que a existência de Deus é uma verdade primária ou fundamental, por causa de sua universalidade, necessidade, e autoevidência. São c o n h e c i d a s c o m o v e r d a d e s primárias ou fundamentais: o tempo, o espaço, o número, causa e efeito, bem e mal.

Deus é universal, porque em qualquer cultura, povo ou época se encontra a crença em um ser soberano, invisível, mas real.

Deus é necessário, as questões fundamentais que envolvem o pensamento e a vida humana não têm sentido sem a ideia de Deus.

Deus é autoevidente, ou seja, não depende de nada nem de ninguém para se revelar a si. É como o vento

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trazê-lo à existência.

Argumento do consenso universal

Este argumento deriva da exis-tência de Deus na universalidade da religião. Não há notícia de que tenha havido qualquer tribo no mundo, por mais remota que fosse, que não tenha tido uma religião, mesmo que estas não pudessem entender corretamente sobre Deus, ou que os deuses por e l a s a d o r a d o s n ã o f o s s e m verdadeiros. O fator religião está inserido na alma humana. A religião é inescapável no ser humano.

Podemos então concluir que estes argumentos racionais são válidos, pois, o universo tem Deus como causa; toda a criação dá provas de um planejamento inteligente; Deus é realmente maior do que qualquer coisa que se possa imaginar; e também Ele nos deu um senso comum do certo e do errado; e a inda, o processo religioso é uma realidade à qual n e n h u m p o v o j á e x i s t e n t e escapou. Porém sabemos que qualquer argumento racional, por mais bem-elaborado que seja, é incapaz de gerar fé verdadeira, e

absoluto está inerentemente presente na alma humana. Da constituição da natureza da alma humana podemos concluir que Deus realmente existe. Este argumento é considerado o mais fraco entre os estudiosos.

Argumento moral

Este argumento baseia-se na natureza moral do homem. O ser humano tem consciência do bem e do mal, e do seu dever de evitar o mal e praticar o bem (Rm 2.14,15). A nossa constituição moral, que nos faz saber o que é certo e o que é errado, leva-nos a entender que nenhum governo moral seria possível se não houvesse alguém que imprimisse essa moralidade em nós. Esse alguém é Deus.

Argumento teleológico

Este argumento defende que há um propósito específico para a existência do universo, portanto, deve haver alguém que tenha estabelecido este propósito, e este alguém só pode ser Deus. Tudo o que existe é para um fim definido, o mundo não é desorganizado nem caótico, só alguém perfeito e maior do que o mundo poderia

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satisfazer mentes e corações corrompidos pelo engano e predis-postos a combater a existência de Deus. As Escrituras afirmam que “... o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2Co 4.4). Outra afirmação contundente é que a sabedoria deste mundo não é capaz de conhecer a Deus, “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabe-doria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da prega-ção” (1Co 1.21). Só Deus com sua infinita misericórdia pode abrir os olhos da incredulidade humana, curando-nos de nossa cegueira, para que possamos crer em Deus e em Jesus Cristo, obedecendo as Santas Escrituras (Rm 9.14-16; Ef 2.8,9).

Trecho do Manual de Doutrina da ICPI

Quem é Deus?

Conteúdo aluno

O objetivo aqui é levar o aluno a pensar em Deus como ponto central de nossa argumentação sobre santidade, e subsequente, o padrão exato da santidade.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO (Referente aos demais tópicos)

O CARÁTER E OS ATRIBUTOS DE DEUS.

Embora o conhecimento de Deus seja proporcional ao que Ele revela de si, os atributos de Deus revelam quem Deus é e como funciona o seu caráter. As Escrituras revelam a mente de Deus, abrem os nossos olhos para que o vejamos de maneira correta.

Os nomes de Deus – Na Bíblia o nome de uma pessoa é a descrição do seu caráter. Da mesma forma, os nomes bíblicos de Deus são diversas descrições do seu caráter. Por mais que sejam diversificados os termos pelos quais Deus é tratado, fruto das percepções e emoções humanas, podemos notar que sempre apontam para uma característica peculiar do ser e do caráter do Altíssimo. Na Bíblia

Subsídio Teológico II

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existir, ou para qualquer outra c o i s a . D e u s é t o t a l m e n t e independente e autossuficiente. “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários fe itos por mãos humanas; nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” (At 17.24,25). “Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu” (Jó 41.11).

2. Imutabilidade. Deus é imutável no seu ser, nas suas perfeições, nos s e u s p r o p ó s i t o s e n a s s u a s promessas. “Em tempos remotos, lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu perma-neces; todos eles envelhecerão como uma veste, como roupa os mudarás, e serão mudados. Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim” (Sl 102.25-27). “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos” (Ml 3.6). “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não

Deus é comparado a um leão (Is 31.4), a uma águia (Dt 32.11), a um cordeiro (Is 53.7), a uma galinha (Mt 23.37), ao sol (Sl 84.11), à estrela da manhã (Ap 22.16), a uma rocha (Dt 32.4), a um refúgio (Sl 119.114), a uma torre (Pv 18.10), a uma sombra (Sl 91.1), a um escudo (Sl 84.11), a um santuário (Ap 21.22). Nas Escrituras Deus também é chamado de noivo (Is 61.10), marido (Is 54.5), pai (Dt 32.6), juiz e rei (Is 33.22), homem de guerra (Êx 15.3), arquiteto e edificador (Hb 11.10), pastor (Sl 23.1), médico (Êx 15.26), e assim por diante.

ATRIBUTOS INCOMUNICÁVEIS DE DEUS

Temos como atributos incomu-nicáveis de Deus aqueles aspectos de seu ser e pessoa que não são c o m p a r t i l h a d o s c o m o s e r humano.

1. Independência. “Deus não precisa de nós nem do restante da criação para nada; porém, tanto nós quanto o restante da criação podemos glorificá-lo e dar-lhe alegria” (Grudem).As Escrituras afirmam categori-camente que Deus não depende de nenhuma parte da criação para

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modo não se limita ao espaço. O fato de que Deus não pode ser limitado pelo espaço é evidente quando se percebe que Ele mesmo o criou: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1); também vemos a Escritura testificando da presença de Deus em toda parte do espaço e da criação (Sl 139.7-9; Jr 23.23,24; At 17.28).

5. Onipotência. Onipotência é a infinidade de Deus em relação ao poder; significa que Deus tudo pode. A onipotência de Deus pode ser considerada sob dois aspectos: o físico e o moral. O físico significa que Deus tem todo o poder no universo e é mais poderoso do que tudo aquilo que Ele criou. Deus não está sujeito às leis físicas da natureza. O moral reza que Ele tem poder suficiente para não ser atingido pelo mal e também para não errar. E logicamente sendo Todo-Poderoso, tem poder para fazer o bem que desejar (Jó 11.10; Sl 135.6; Is 43.13; Mt 19.26; Lc 1.37).

6. Unidade. Este atributo destaca a unidade e a unicidade de Deus, ou seja, Deus é um e é único. A unidade de Deus implica também em que não há divisão ou conflito no ser ou na natureza de Deus. Trata-se de

pode existir variação ou sombra d e m u d a n ç a ” ( Tg 1 . 1 7 ) . N o decorrer de toda a Escritura pode-mos ver essa verdade a respeito de Deus surgindo das mais variadas realidades e contextos. Ela tam-bém serve para confirmar a inalte-rabi l idade dos propósitos e promessas de Deus (Nm 23.19; 1Sm 15.29; Sl 33.11; Is 46.6-11; Mt 13.35; 25.34; Ef 1.4,11; 3.9,11; 1Pe 1.19,20; Ap 13.8).

3. Eternidade. “Deus não tem princípio nem fim nem sucessão de momentos no seu próprio ser, e percebe todo o tempo com igual realismo” (Grudem). Deus é eterno no seu próprio ser, logo, não tem princípio nem fim. “Antes que os montes nascessem e se formas-sem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2). “Eis que Deus é grande, e não o podemos compre-ender; o número dos seus anos não se pode calcular” (Jó 36.26). Podemos enxergar a expressão dessa verdade em várias outras passagens, tais como Êxodo 3.14; S a l m o 9 0 . 4 ; I s a í a s 4 6 . 9 , 1 0 ; Apocalipse 1.8.

4. Onipresença. Assim como Deus não se limita ao tempo, de igual

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existência” (Grudem).

Invisibilidade – Deus é invisível. Este atributo consiste no fato de que nós não podemos ver a essên-cia integral de Deus humanamente falando. Muitas passagens bíblicas confirmam que Deus não pode ser visto (Êx 33.20; Jo 1.18; 6.46; 1Tm 1.17; 6.16; 1Jo 4.12). Sabemos, porém, que Deus se revela a nós por meio das coisas visíveis e criadas. Concluímos então que apesar de não podermos ver Deus em sua essência integral, o vemos de várias maneiras através de manifestações visíveis (teofanias), e também através de elementos da criação que podem analogica-mente nos fazer ver Deus (Gn 1.27; 18.1-3; Êx 13.21,22; Rm 1.20).

B – Atributos mentais

Conhecimento (onisciência) - “Deus conhece plenamente a si mesmo e todas as coisas reais e possíveis num ato simples e eter-no” (Grudem). “Tens tu notícia do equil íbrio das nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito em conhecimento?” (Jó 37.16). “Pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece

uma unidade interior e qualitativa do Ser divino (Dt 6.4; 1Rs 8.60; Is 44.6; 1Co 8.6; Ef 4.5,6; 1Tm 2.5).

ATRIBUTOS COMUNICÁVEIS DE DEUS - Temos como atributos comunicáveis de Deus aqueles aspectos de seu ser e pessoa que são em certa medida comparti-lhados com o ser humano.

A - Atributos que descrevem o ser de Deus.

Espiritualidade – Deus é de carne é osso? Qual o material que compõe o Ser divino? Essa é a pergunta que muitos fazem a respeito de Deus. Podemos então responder com segurança que “Deus é espírito” (Jo 4.24), e Ele mesmo proíbe seu povo de compará-lo com qualquer elemento ou coisa da criação (Êx 20.4-6). Deus almeja que as pessoas o concebam como Ele é, e fica irado quando sua glória é diminuída (Dt 4.23,24). “Dizer que Deus tem como atributo a espiri-tualidade é dizer que ele existe como ser que não é feito de matéria, que não tem partes nem dimensões, impossível de ser percebido pelos nossos sentidos corpóreos, e mais excelente do que qualquer outro tipo de

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Veracidade (e fidelidade) - “A veracidade divina implica que Ele é o Deus verdadeiro, e que todo o seu conhecimento e todas as suas palavras são ao mesmo tempo verdadeiros e o parâmetro defini-tivo da verdade” (Grudem).

Fidedigno - Muitas vezes é usado nas Escrituras como sinônimo de “verdade” ou “confiança” de Deus, ou em Deus. “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto” (Dt 32.4). Deus sempre fará aquilo que diz e promete (Nm 23.19; 2Sm 7.28).

C – Atributos morais Grudem

Bondade – Deus é bom porque Ele é perfeitamente tudo aquilo que deve ser como Deus. Deus é bom porque é perfeição absoluta. Sendo assim, tudo o que Deus faz é digno de aprovação. “Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade” (Sl 100.5); “Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia” (Sl 34.8).

todas as coisas” (1Jo 3.20). O S a l m o 1 3 9 é u m a p é r o l a d e revelação do maravilhoso conheci-mento de Deus: “Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos” (vs. 1,2); “Ainda a palavra não me chegou à língua, e tu Senhor, já a conheces toda” (v. 4); “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles havia ainda” (v. 16).

Sabedoria – A sabedoria de Deus testifica que suas ações e decisões sempre são as mais corretas e sábias, trazendo sempre os melho-res resultados, e usando os melhores meios possíveis para que sua vontade e propósito se esta-beleçam. “Não! Com Deus está a sabedoria e a força; ele tem conselho e entendimento” (Jó 12.13). “Que variedade, SENHOR, nas tuas obras! Todas com sabe-doria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas” (Sl 104.24). “Ao Deus único e sábio seja dada glória, por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos. Amém!” (Rm 16.27).

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clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade” (Êx 34.6). “O SENHOR é misericor-dioso e compassivo; longânimo e assaz benigno” (Sl 103.8).

Santidade – Deus é absolutamente distinto de todas as suas criaturas, está exaltado acima delas em majestade infinita, e separado de todo o mal moral, isto é, o pecado. A santidade de Deus significa que Ele é absolutamente perfeito em tudo. Logo, o Deus santo está separado de todo e qualquer pecado e dedica-se a buscar sua própria honra (Sl 71.22; 89.18; 99.9; Is 6.3).

Retidão e Justiça – Por justiça queremos dizer a retidão do caráter de Deus e de tudo que Ele faz. Não há injustiça nas suas ações. Tudo Deus faz segundo o seu próprio caráter que é santo. Assim, o conceito de justiça divina toma por base a própria natureza de Deus, que constitui o mais elevado padrão possível, pelo qual todas as outras leis são julgadas “Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25). “Eis a Rocha!

Amor - O amor de Deus é aquele atributo pelo qual Ele busca conti-nuamente comunicar-se com os seres racionais, promovendo o seu bem-estar e atraindo-os à sua presença. Segundo Wayne Gru-dem: “Dizer que Deus é amor é dizer que ele se doa eternamente aos outros”. “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1Jo 4.8). “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).

Misericórdia, graça, paciência - A 'misericórdia de Deus' é a bondade divina para com os angustiados e aflitos, que não recebem o mal que deveriam; A 'graça' de Deus é a bondade divina para com aqueles que não a merecem nem fizeram nada para que pudessem merecê-la; e a 'paciência' é a bondade de Deus em sustar a punição daqueles que permanecem no pecado e na teimosia por muito tempo. Nas Escrituras essas três caracte-rísticas do caráter de Deus são muitas vezes mencionadas junta-mente, ou dentro do mesmo contexto. “E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, S E N H O R D e u s c o m p a s s i v o ,

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que se acenda contra eles o meu furor, e eu os consuma; e de ti farei uma grande nação” (Êx 32.9,10). “Lembrai-vos e não vos esqueçais de que muito provocastes à ira o SENHOR, vosso Deus, no deserto; desde o dia em que saístes do Egito até que chegastes a este lugar, rebeldes fostes contra o SENHOR; pois, em Horebe, tanto provo-castes à ira o SENHOR, que a ira do SENHOR se acendeu contra vós para vos destruir” (Dt 9.7,8). Ainda existem aqueles atributos que estão ligados à von-tade e à excelência do Altíssimo. Por questões de espaço posso somente citá-los para posterior pesquisa dos leitores.

Atributos de propósito – Vontade, Liberdade, Onipotência.

Atributos de síntese – Perfeição, Bem-aventurança, Beleza, Glória.

(Trecho retirado do Manual de Doutrina da ICPI)

Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto” (Dt 32.4). “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acres-centadas” (Mt 6.33).

Zelo – Dizer que Deus é zeloso é asseverar que Ele busca continua-mente proteger sua honra, palavra e propósitos. “Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória não a dou a outrem” (Is 48.11). Deus espera que o seu zelo reverbere no coração dos seus servos, principal-mente nas questões relacionadas com a Sua obra. “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo” (2Co 11.2).

Ira – Dizer que a ira é atributo de Deus é afirmar que Ele reprova intensamente todo pecado. A Bíblia testifica com muita fre-quência da ira de Deus. “Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para

Como conhecer a Deus?

Conteúdo aluno

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E x p l i c a r o s c a m i n h o s p a r a conhecer a Deus e o resultado dessa aproximação.

Sinopse do Tópico (II)

Os atributosde Deus

Explicar de forma resumida os atributos de Deus, para que possamos introduzir a santidade de Deus como um atributo dEle.

Iniciar o assunto sobre santidade para que sirva de base das demais lições.

Explicar a relação entre amor e justiça, e a ação de Deus em nós por meio da santificação.

Sinopse do Tópico (III)

Sinopse do Tópico (IV)

Sinopse do Tópico (V)

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

A Santidadede Deus

Santo amor,santa justiça

Deus é Santo, tememos e treme-mos diante desta afirmação! E que tenhamos o mesmo senti-mento de Isaías ao contemplar a santa glória de Deus e os serafins adorando dizendo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor”, o sentimento de que somos mise-ráveis e indignos de sua graça, que imerecidamente a nós é oferecida. Que ao menos que Ele toque em nossos lábios em nada seremos diferentes dos demais. Glórias a Deus que o sacrifício de Cristo satisfez a justiça do nosso bom Deus. Seja louvado o miseri-cordioso Deus, que ofereceu por seu santo amor seu Santo Filho para morrer por nós, homens e mulheres impuros.

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CHAMADOS À

Introdução

SANTIDADETexto Básico: 1 Pedro 1.13-16

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Hb 12.1-20

Terça

Êx 19.1-25

Quarta

Rm 12.9-21

Quinta

Ef 1.3-14

Sexta

Cl 3.1-11

Sábado

1Ts 4.1-8

1Pe 3.8-18

“A vontade de Deus é que vocês sejam santificados” (1Ts 4.3a).

O ESPÍRITO SANTO NO NOVO NASCIMENTO E NA SANTIFICAÇÃO

O Espírito Santo é quem convence o ser humano de seus pecados e, por sua graça e poder, opera a regeneração ou o novo nascimento que dá aptidão ao homem e à mulher para receber a vida eterna. É Ele quem purifica e restaura no indivíduo decaído a imagem de Deus e o torna apto a ser imitador de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e a fazer parte de Seu corpo, isto é, da comunidade dos santos, a Igreja do Senhor na Terra. De semelhante modo, conduz a pessoa a assumir a justiça divina, em forma de boas obras, sobre si e a aguardar alegremente o juízo de Deus sobre toda a humanidade. Na conversão, o indivíduo passa a ser habitação do Consolador, isto é, cheio do Espírito Santo. O novo nascimento é fruto da graça de Deus operada no homem pelo Espírito Santo, a partir da morte de Jesus Cristo pelos pecados da humanidade. O mesmo Espírito é quem provoca na pessoa gerada de novo a experiência

Conteúdo aluno

Subsídio Teológico I

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instantânea da santificação (santi-ficação posicional), ou seja, a segunda e definitiva obra da graça no ser humano. Santificar-se quer dizer separar-se dos rudimentos do mundo e dedicar-se à vontade de Deus revelada em Seu Filho; abandonar o pecado e submeter-se às ordens do Espírito do Senhor. Apesar de instantânea (posi-cional), a santificação estabelece um processo contínuo e gradual (progressivo) de aperfeiçoa-mento, de conformação à imagem de Jesus, até que aconteça a volta de Jesus Cristo e a ressurreição e glorificação (santificação defini-tiva). (Êx 31.13; Mc 1.15; Jo 3.5,6; 16.7-11; 17.17; Rm 8.16; 12.1,13; 1Co 3.16; 2Co 5.17; 7.9; Ef 1.4; 3.16; 4.24; Fp 3.12,14; 1Ts 5.23; 1Pe 1.16).

Trecho do Manual de Doutrina.

O Pecador e o chamadode Deus à santidade

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Explicar que Deus quer se apro-ximar do pecador, o regenerando e santificando.

Explicar quem efetua a santi-ficação e que não é uma ação humana, mas divina.

Explicar o processo da santi-ficação em nós.

Explicar Deus como padrão de nossa santidade.

Sinopse do Tópico (I)

Sinopse do Tópico (II)

Sinopse do Tópico (III)

Sinopse do Tópico (IV)

As fases dasantificação

Deus onosso padrão

O agente de santificação

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Por que precisamos ser santos? P o r q u e E l e n o s c h a m a à santidade? Quem é o agente de santificação em nós? Como acontece a santificação? Quem é nosso padrão? Lembra que foram essas as perguntas que fizermos na introdução? Acredito que agora você pode responder com m u i t o m a i s f a c i l i d a d e . E m primeiro lugar, precisamos ser santos, porque nascemos em pecado, nossos atos são peca-minosos e nossa essência é corrompida. O chamado de Deus vem sobre nós para nos santificar e nos posicionar fora do domínio das trevas, com uma vida no reino de Deus. Em segundo lugar, a santificação acontece instan-tânea e gradualmente, nos qualificando como santos, nos fazendo prosseguir em santidade até o momento da glorificação. E por fim, sem nunca perder a visão de que o nosso padrão de santi-ficação não são nossas regras institucionais, mas Deus revelado nas Escrituras, a nossa única regra de fé e prática.

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CAMINHANDO EMSANTIDADE

Texto Básico: 1 Tessalonicenses 4.1-5

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Lv 11.44,45

Terça

1Pe 2.5-9

Quarta

Sl 119

Quinta

Sl 51.1,2

Sexta

1Ts 4-1.5

Sábado

1Pe 2.21-24

Hb 12.14

“Porquanto para isto mesmo fostes chamados,pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos

exemplo para seguirdes os seus passos” (1Pe 2.21).

“A superficialidade é a maldição de nosso tempo. A doutrina da satisfação instantânea é, antes de tudo, um problema espiritual. A necessidade urgente hoje não é de um maior número de pessoas inteligentes, ou dotadas, mas de pessoas profundas. As disciplinas clássicas da vida espiritual convidam-nos a passar do viver na superfície para o viver nas profundezas. Elas nos chamam para explorar os recônditos interiores do reino espiritual. Que sejamos a resposta a um mundo vazio. John Woolman aconselhou: “É bom que vos aprofundeis, para que possais sentir e entender os sentimentos das pessoas.” Não devemos ser levados a crer que as disciplinas são para os gigantes espirituais e, por isso, estejam além de nosso alcance; ou para os contemplativos que devotam todo o tempo à oração e à meditação. Longe disso. Na intenção de Deus, as disciplinas da vida espiritual são para seres humanos comuns: pessoas que têm empregos, que cuidam dos filhos, que lavam pratos e cortam grama. Na realidade, as disciplinas são mais bem exercidas no meio de nossas

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Subsídio Teológico I

Introdução

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atividades normais diárias. Se elas d e v e m t e r q u a l q u e r e f e i t o transformador, o efeito deve encontrar-se nas conjunturas comuns da vida humana: em nossos relacionamentos com o marido ou com a esposa, com nossos irmãos e irmãs, ou com nossos amigos e vizinhos. Nem deveríamos pensar nas disciplinas espirituais como uma tarefa ingrata e monótona que visa a exterminar o riso da face da terra. Alegria é nota dominante de todas as disciplinas. O objetivo das disciplinas é o livramento da sufo-cante escravidão ao autointeresse e ao medo. Quando a disposição interior de alguém é libertada de tudo quanto o subjuga, dificil-mente se pode descrever essa situação como tarefa ingrata e monótona. Cantar, dançar, até mesmo gritar, caracterizam as disciplinas da vida espiritual”.

A confissão e oarrependimento

Conteúdo aluno

Explicar a confissão e o arrepen-dimento como caminhos iniciais das Disciplinas Espirituais.

Explicar a importância essencial da oração.

A importância da leitura da Bíblia e a meditação no texto sagrado.

Sinopse do Tópico (I)

Sinopse do Tópico (II)

Sinopse do Tópico (III)

O cristão, a oraçãoe o jejum

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Conteúdo aluno

Leitura dabíblia e meditação

Queridos irmãos, a caminhada em santificação consiste em vivermos para Deus O conhe-

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cendo, e prosseguindo em conhecê-Lo (Os 6.3). Uma vez santificados por obra e graça do Senhor, não temos mérito algum no que diz respeito à santifi-cação. As ações realizadas, após a sant ificação efetuada pelo Espírito Santo, serão resultantes desta. Desse modo, a nova vida e mentalidade regenerada através de Cristo nos fazem adquirir novos hábitos de vida. Pros-trando-se, não apenas os joelhos diante de Deus, mas com a mente através de uma Inteligência Humilhada e de uma Ortodoxia Humilde. Que Deus continue nos abençoando, nos dê força e nos capacite para desenvolvermos a santificação em temor e tremor diante dEle, submetendo nosso coração e nossa mente ao Deus das Escrituras.

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A SANTIFICAÇÃO E

Introdução

A RENÚNCIATexto Básico: 1 João 2.3-6

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Lc 44.33

Terça

Fp 3.13,14

Quarta

1Pe 2.1

Quinta

Jo 15.18,19

Sexta

1Jo 17.15-18

Sábado

1Co 2.12

Gl 1.8

“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguémquiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a

sua cruz, e siga-me” (Mt 16.24).

“Quando lemos as histórias relatadas na Bíblia, nos deparamos com um número muito grande de homens e mulheres que se destacaram pelo seu relacionamento com Deus. Pessoas às quais Deus usou poderosamente na construção e na direção do seu povo. Um olhar mais atento revela que “todos” cresceram nos seus relaciona-mentos com Deus através de uma vida marcada pela “renúncia e obediência”. Assim como em muitas áreas da vida precisamos “abrir mão” de algumas coisas para conquistar outras, na “vida espiritual” não é diferente, precisamos fazer o mesmo. Não basta querer Jesus como “Salvador” é preciso fazer dEle nosso “Senhor” e para isso é necessário trilhar pelo caminho da “renúncia e obediência”. Para se tornar alguém que ficou conhecido como “amigo de Deus” (cf. Is 41.8), Abraão teve que “renunciar” à situação “cômoda” que tinha na sua terra, partindo para uma terra que nem mesmo conhecia pelo prazer de obedecer a Deus. Moisés, que desfrutava dos benefícios de viver nos palácios do faraó, “renunciou a

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Subsídio Teológico I

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tudo” preferindo ser “igual” aos seus irmãos hebreus. Em obe-d i ê n c i a , r e t o r n o u a o E g i t o tornando-se o instrumento de Deus na libertação do seu povo. Ana, em um momento de profunda tristeza, orou a Deus pedindo que Ele lhe concedesse a bênção de tornar-se mãe, ao que Ele atendeu. Como “gratidão” pela bênção que havia recebido, ela “renuncia” o privilégio de ver seu filho Samuel crescer, entregando-o a Deus para que o servisse no templo. Paulo, apóstolo, considerou como “es-terco” (cf. Fp 3.8) tudo que possuía e aprendera “renunciando” à vida que levava antes do encontro que tivera com Cristo. Em obediência, foi guiado pelas mãos, já que ficara cego, até a cidade de Damasco onde teve os olhos abertos “enxer-gando” a beleza do evangelho de Jesus Cristo. Jesus, nosso maior exemplo, “renunciou” sua deida-de fazendo-se homem de dores (cf. Is 53.3). Foi e tem sido nosso modelo de obediência, pois “por obediência”, levou sobre si nossos pecados deixando-se crucificar e ser morto por amor a nós. Os exemplos bíblicos de “renúncia e obediência” estão diante de nós. Assim como um “tesouro escon-dido”; assim como uma “pérola de

grande valor”, Deus espera que “renunciemos” ao que for neces-sário para obter algo melhor, para que cresçamos no conhecimento de quem é Jesus e experimen-temos a bênção de viver uma vida de obediência”.

A renúnciaatinge você!

Explicar a necessidade de renun-ciarmos e apresentar o termo na base da lição.

O cristão renunciando ao mundo.

Sinopse do Tópico (I)

Sinopse do Tópico (II)

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Renunciando a umfalso evangelho

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Renunciando a um falso Evan-gelho. Explicar o quão danoso pode ser um falso evangelho.

Sinopse do Tópico (III)

Conteúdo aluno

Renunciandoo mundo

Santidade é indissociável da prática de renúncias, seja na esfera pessoal, do mundo ou do E v a n g e l h o . N ã o p o d e m o s permitir que haja brechas em nossa santidade, precisamos estar atentos às ciladas do Diabo, que tenta a todo custo nos conduzir por caminhos que satisfaçam os nossos desejos e individualismo, nos afastando de Deus, de sua santidade, e, por fim, do céu. Que Deus nos dê graça para resistirmos às afron-tas de nossa carne, do mundo e dos que pregam um falso evan-gelho. O evangelho verdadeiro é o que a Bíblia ensina.

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TEMOR A DEUS: A BASE

Introdução

DE UMA VIDA SANTATexto Básico: 1 Pedro 1.14-17

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

1Pe 1.17

Terça

1Pe 2.17

Quarta

Pv 1.7

Quinta

Tg 3.15-18

Sexta

1Jo 4.18

Sábado

2Co 7.1

1Co 4.18

“Amados, visto que temos essas promessas,purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e oespírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus”

(2Co 7.1).

“Tanto o hebraico como o grego usam uma palavra idêntica para “temor”, embora ela possua dois sentidos distintos nas Escrituras. (Devo fazer um parêntese e mencionar que o hebraico tem muitas palavras diferentes para “temor”, mas a mais frequentemente usada possui os mesmos dois significados do grego). Um dos sentidos é ter “medo” ou “terror”. Esse sentido é o mais comum entre nós. Se eu temo algo, estou com terror. O outro sentido pode ser mais bem traduzido por palavras como “reverência, respeito, espanto”. Particularmente, prefiro a palavra “espanto” e penso que esse significado se aproxima bastante da ideia bíblica. [...] No Salmo 119.120 as Escrituras se mostram claras em relação ao fato de que a palavra significa “terror” ou “medo”. Que isso é verdadeiro fica evidente, em primeiro lugar, pelo fato de que o salmista canta sobre sua “carne” arrepiando-se por causa do temor. Nossa carne é nossa natureza do ponto de vista do pecado e da fraqueza que a caracteriza. Que nossa carne deve tremer por temor a Deus é compreensível

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Subsídio Teológico I

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porque Deus é um Deus santo e justo, que odeia o pecado e o pune severamente nesta vida e na vida por vir. Nossa carne treme diante de Deus! Mas, em segundo lugar, é claro que a palavra usada no Salmo 119.120 significa medo porque o versículo é um exemplo de parale-lismo hebraico em que a primeira e segunda parte dele se explicam mutuamente. A segunda parte diz, “temo os teus juízos”. Facilmente se nota como elas desenvolvem uma à outra mais plenamente. No Novo Testamento a mesma ideia é encontrada em 1 João 4.18. Quando o apóstolo fala aqui de amor, ele se refere ao amor de Deus por nós, não ao nosso amor por ele. Se conhecemos o amor de Deus por nós, nunca precisamos ter medo dele. Nem podemos ter medo dele. Como podemos ter medo de chegar à presença daquele que nos ama? O amor lança fora o medo. Se, por outro lado, não conhe-cemos o amor de Deus, então temos medo dele, porque somos, em nós mesmos, pecadores que certamente receberão o justo cast igo pelo pecado”. Prof. Herman C. Hanko.

O Temor do Senhoré a chave do

tesouro de Deus

Explicar que o temor a Deus é a base para desenvolver a fé em Cristo, e receber dEle as bênçãos.

A ideia é ampliar o temor a Deus, mais que reverência.

Diferenciar temor de medo.

Sinopse do Tópico (I)

Sinopse do Tópico (II)

Sinopse do Tópico (II)

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Temor é maisque respeito

Temor nãoé medo!

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Queridos, que Deus nos ajude e nos capacite, que nos leve ao conhecimento de sua santidade a cada dia. Que venhamos ter em mente a necessidade de sermos aperfeiçoados pelo Espírito de Deus. Isto não irá retirar de nós a possibilidade de pecar. Todavia, nos fará entender de uma vez que o pecado se contrapõe à santidade de Deus. Precisamos nos arrepender e consagrar o nosso ser a Ele, com todo temor e reverência. Deus o abençoe!

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A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO

Introdução

SANTO EM NÓSTexto Básico: João 16.1-14

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Mt 3.13-17

Terça

At 19.1-7

Quarta

At 6.1-7

Quinta

At 5.3,4

Sexta

2Co 3.18

Sábado

At 8.26-40

At 10.9-12

“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo doEspírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que

não sois de vós mesmos?” (1Co 6.19).

Os Discípulos no Novo Testamento: Antes do PentecostesNo Novo Testamento, o Espírito Santo se concentrava, principalmente, antes do Pentecostes, na obra de Jesus. Umas poucas pessoas no Novo Testamento receberam uma capacitação especial do Espírito Santo antes do Pentecostes para uma finalidade específica:

João Batista (Lc 1.15);Os pais de João Batista (Lc 1.41);Maria, mãe de Jesus (Mt 1.18,20);Simeão (Lc 2.25).

O Espírito Santo não trabalhou diretamente com os discípulos, a não ser em ocasiões especiais quando foram enviados por Jesus a fim de ministrar (Mt 10.1; Mc 3.13; Lc 9.1 e 10.19). Estes trechos das Escrituras indicam que à medida que Jesus enviava os discípulos para ministrar, deu-lhes autoridade para operar milagres em Seu nome. Anteriormente, vimos que Jesus recebeu autoridade do Espírito Santo. Deu esta mesma autoridade aos discípulos

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Subsídio Teológico I

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começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.1-4).

Foi exatamente como João Batista e Jesus haviam predito. Estavam sendo batizados com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11; At 1.5). Jesus lhes prometera que falariam em novas línguas, e assim estava a c o n t e c e n d o a o fa l a r e m a s palavras que o Espírito Santo lhes dera (Mc 16.17).

Havia milhares de judeus tementes a Deus reunidos em Jerusalém vindos de todas as nações em derredor. Vieram para a festa do Pentecostes. Quando ouviram o som no cenáculo, ajuntou-se uma grande multidão. Esta multidão ficou desnorteada porque cada pessoa ouvia alguém falando na sua língua. “Não são galileus todos estes homens que estão falando? Como, pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? (At 2.7,8).

Alguns zombavam deles e dis-seram que tinham bebido vinho em excesso. Mas Pedro levantou-se e explicou o que tinha acon-tecido. Pregou que Cristo estava

para o propósito do ministério.Durante a maior parte do tempo, os discípulos estavam com Jesus. Ele era o seu Mestre divino. Observam-no, escutavam-no e procuravam imitá-lo, mas fracas-saram frequentemente. Ele podia estar com eles durante aquele tempo, mas não neles. Não podiam compartilhar plenamente do poder que repousava sobre Ele a não ser depois da Sua morte e ressurreição. Conforme o apóstolo João escreveu mais tarde: “Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado” (Jo 7.39).

Os Discípulos no Novo Testa-mento: No PentecostesFinalmente, chegou o dia que Jesus prometera:

“... estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas línguas c o m o q u e d e f o g o , q u e s e distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo e

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vivo e que este era o cumprimento da Sua promessa de enviar o Espírito Santo.Muitos foram convencidos e exclamavam:

“... Que faremos irmãos? Pedro então lhes respondeu: Arre-pendei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo”. (At 2.37,38). "... De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas” (At 2.1-41).

Os Discípulos no Novo Testa-mento: Depois do PentecostesO poder do Pentecostes não cessou quando o dia do Pente-costes passou. Aquele dia foi apenas o começo da era da ativi-dade especial do Espírito Santo. Mediante a morte e a ressurreição de Cristo, o caminho fora aberto para o Espírito Santo vir habitar nos corações dos crentes.

O dia de Pentecostes trouxera o batismo no Espírito Santo, aquele revestimento de poder especial q u e , s e g u n d o o q u e J e s u s prometeu, os tornaria em Suas

testemunhas eficazes; o sucesso dos discípulos depois do Pente-costes está resumido em Hebreus 2.4: “Testificando Deus junta-mente com eles, por sinais e p r o d í g i o s , e p o r m ú l t i p l o s milagres e dons do Espírito Santo, d istr ibuídos segundo a sua vontade”.

Pedro é um exemplo excelente daquilo que aconteceu antes e depois do Pentecostes:

a) Pedro antes do Pentecostes

1. Impulsivo, agia sem pensar – (Mt 14.28; 17.4; Jo 21.7).

2. Cheio de contradições:a) Presunçoso - (Mt 16.22; Jo 13.8;

18.10). Tímido e negligente - (Mt 14.30; 26.69-72).

b) Tanto egoísta quanto abne-gado - (Mt 19.27; Mc 1.18).

c) Às vezes tinha discernimento espiritual e noutras ocasiões demonstrava uma falta de entendimento das verdades espirituais - (Jo 6.68; Mt 15.15; 16).

d) Fez duas confissões de fé em Cristo (Mt 16.16; Jo 6.69). Sentiu-se culpado por chegar a Cristo (negligentemente) (Mc 14.67-71). Seguiu-o de

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3. Operou milagres (At 3.7; 5.15; 9.34,40);

4. Era corajoso e destemido (At 19.20; 5.28,29,40,42);

5. Era um encorajamento e um bom exemplo para a Igreja Primitiva em sofrimentos (1Pe);

6. Deu instruções à Igreja a respeito dos falsos mestres e dos zombadores (2Pe).

O reavivamento que começou em Jerusalém quando Pedro pregou seu sermão poderoso no dia de Pentecostes, foi levado a Samaria por um diácono chamado Filipe, cheio do Espírito Santo. As pessoas c r e r a m n a m e n s a g e m d o Evangelho, foram batizadas nas águas, e muitos milagres foram realizados; mesmo assim ninguém foi batizado no Espírito Santo. "... Então lhes impuseram as mãos, e eles receberam o Espírito Santo" (At 8.4-17).O próximo recebimento do Espí-rito Santo a ser registrado foi por Saulo de Tarso, recém-convertido, que ficou sendo Paulo. Quando Ananias orou por ele, Saulo ficou cheio do Espírito Santo, e se tornou o grande apóstolo dos gentios (At

longe (Mt 26.58).

3. Associava-se com homens ímpios (Jo 18.18).

4. Negou a Cristo (Mc 14.70,71).Na tarde da ressurreição Jesus apareceu aos seus discípulos e lhes deu uma antecipação daquilo que estava para vir. “... Assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22).M u i t a s p e s s o a s v e e m n e s t e mandamento uma referência à o b r a d o E s p í r i t o S a n t o n a regeneração, porque Ele é o agente ativo na regeneração. Este ato confirmou que Ele tinha consu-mado Sua obra de restaurar o homem a Deus. Naquela ocasião, no entanto, não os batizou no Espírito Santo. Quando Jesus encontrou-se com eles mais tarde, referiu-se ao batismo no Espírito Santo como um evento ainda futuro (At 1.4,8). b) Pedro depois do Pentecostes

1. Tornou-se um pregador e líder poderoso da Igreja Primitiva (At 1-7; 10-12);

2. Fez uma confissão poderosa de Cristo (Jo 1.42; Mt 16.18; At 1.8);

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(At 19.1-7).Os apóstolos Pedro e Paulo juntamente com Tiago, João e Judas, foram capacitados pelo Espír i to Santo a nos dar as Epístolas do Novo Testamento, o guia cristão à vida no Espírito. O testemunho poderoso deles, que receberam pela plenitude do Espírito Santo, ainda está a ministrar nos nossos dias.

9.17).O primeiro contato pentecostal com os gentios, no entanto, foi feito pelo apóstolo Pedro. O Espírito enviou Pedro, contra a sua p r ó p r i a v o n t a d e , à c a s a d e Cornélio. Enquanto pregava para uma multidão de gentios, o Espírito Santo caiu sobre todos os que ouviram a sua mensagem. Pedro ficou atônito porque os ouviu falar línguas exatamente c o m o a c o n t e c e r a n o d i a d e Pentecostes. Mais tarde, quando se defendia diante dos irmãos j u d e u s , P e d r o r e l e m b r o u a pregação de João Batista, que Jesus os batizaria no Espírito Santo. Identificou a experiência dos gentios com aquele batismo (At 10.1-11,18).

Vinte anos mais tarde, o apóstolo Paulo visitou a cidade de Éfeso e achou ali alguns discípulos. A sua primeira pergunta registrada na narrativa foi: “Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? Responderam-lhe eles: Não, nem sequer ouvimos que haja Espírito Santo.. .”. Paulo ensinou-os, batizou-os em nome do Senhor Jesus, e lhes impôs as mãos. Veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam

A obra do Espírito Santoem nós

Tratar acerca da ação do Espírito Santo em nós e como isto implica na transformação de nossa vida e caráter.

Tratar sobre a Doutrina do Batis-mo no Espírito Santo, reafir-

Sinopse do Tópico (I)

Sinopse do Tópico (II)

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

O Batismo com oEspírito Santo

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mando como sendo um traço da nossa identidade.

A obra do Espírito Santona igreja

Explicar sobre a atuação do Espírito Santo na edificação da Igreja.

Sinopse do Tópico (III)

Conteúdo aluno

Somos uma Igreja que crê na atuação direta e constante do Espírito Santo em nós desde o ato da conversão, nos capacitando e aperfeiçoando nos caminhos da graça, nos fazendo crescer e desenvolver espiritualmente. Ele não é uma força, muito menos um sentimento, é uma pessoa, é divino, é Deus. Não nos esque-çamos da importância de viver-mos em comunhão com Ele, o ouvindo e dEle dependendo em toda situação. Pois isso é neces-sário para a nossa vida e caráter. Deus o abençoe.

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ÚNICA REGRA DEFÉ E PRÁTICA

Texto Básico: 2 Timóteo 3.14-17

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Jr 36.1,2

Terça

2Pe 3.2

Quarta

Mc 7.13

Quinta

Jo 10.35

Sexta

Hb 4.12

Sábado

Js 1.8

2Pe 1.19-21

“Lâmpada para os meus pés é atua palavra” (Sl 119.105).

“ÚNICA REGRA DE FÉ”

Antes de tudo precisamos conceituar fé. O Novo Testamento, dentre outras, fala da fé salvadora, que é a fé confiança em Jesus como Salvador (Jo 3.16-18; 1.12; Rm 10.11-13, dentre outros). Outro sentido que aparece no Novo Testamento é fé, sistema de ensinos e doutrinas. Está registrado, em Atos 6.7 que grande número de sacerdotes obedecia à fé. Outro sentido é o de fé na verdade, fé confiança. Seja qual for o tipo de fé em foco, a Bíblia é a nossa regra. Fé salvadora. Ninguém poderá crer em Cristo como Salvador, se a Bíblia não lhe diz que Ele é o Salvador e como se deve proceder. A salvação é pela graça, mediante a fé (Ef 2.8-10). É assim que a Bíblia diz. Portanto, qualquer outro tipo de informação sobre salvação, por mais antigo que seja, não funciona, pois só a Bíblia, a Palavra de Deus, pode regular estas coisas. A direção da fé. Fé em milagres, fé em pessoas, fé em entidades, tudo isso só pode ser regulado pela Bíblia. Se ela autoriza, nós obedecemos; se

Conteúdo aluno

Subsídio Teológico I

Introdução

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é prática. Nosso culto deve ser de acordo com os princípios bíblicos. Dizemos princípios, e não modelo, p o r q u e o m o d e l o d o Ve l h o Testamento tem que ser adaptado à luz do modelo do Novo Testa-mento. O sistema de altares, holocaustos e sacerdotes, foi substituído por Cristo, o último cordeiro e o nosso eterno sacer-dote. Nossa adoração deve ser de acordo com a Bíblia: em espírito e em verdade (Jo 4.21-24). Daí nossa liturgia deve ser pautada também por princípios bíblicos e não por princípios pagãos, como é o caso da Igreja Católica, que herdou todo um aparato do paganismo. Nosso louvor deve ser nos moldes bíblicos. Louvor com palavras (lCr 29.10-20), com orações e com cânticos. Nossos cânticos devem ser espirituais (Cl 3.15,16; 1Co 1 4 . 2 6 ) , i s t o é , d e n a t u r e z a espiritual, que brotam da vida e s p i r i t u a l , d a e x p e r i ê n c i a espiritual, e não de natureza mun-dana, que brota da vida mundana, do pecado. Nós devemos ter um novo cântico (Sl 33.3), que brota da nova vida (Sl 95.1; 105.2). Nossa conduta cristã deve ser de acordo com os princípios bíblicos (1Co 10.33; 16.13; Fp 4.8). A conduta, a ética do mundo, muda. Os padrões

ela não autoriza, nós não obede-cemos. Para nós, não valem tradições de Santo Agostinho, de Santo Anselmo, de São Thomas de Aquino, ou qualquer outro. Não valem bulas, encíclicas, e outros documentos de autoridade Papal. Para nós, só a Bíblia é regra de fé. As indulgências, por exemplo, que sugiram na Idade Média, baseadas na teoria de que alguém poderia sair do PURGATÓRIO e ir para o céu, com base no saldo positivo às obras de certos santos – indul-gências que eram vendidas a alto preço para ricaços, por ordem do Papa, nada valem, pois não estão baseadas na Bíblia, na Palavra de Deus. As visões de Joseph Smith, que resultaram no mormonismo, com as famosas placas de ouro, ou as visões de qualquer outro fundador de religião, nada valem para nós. Só a Bíblia, a Palavra de Deus, é regra para a nossa fé. ÚNICA REGRA DE PRÁTICA Quando somos salvos pela fé, entramos num sistema de vida espiritual, e essa fé se realiza em práticas. Assim é que praticamos o culto a Deus, pela fé. Louvamos a Deus, damos-lhe graças, cantamos, oramos. Relacionamo-nos com os crentes e as Igrejas; realizamos a obra de Deus pela Igreja. Tudo isto

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morais mudam, mas nós, na nossa v i d a p r á t i c a , c o m o p e s s o a s novamente nascidas, temos que continuar com os mesmos padrões da Palavra de Deus. Muitos hoje querem fazer as coisas de Deus no mesmo modelo do mundo. Muitas coisas que as Igrejas praticam hoje não resistem a uma confrontação bíblica. Nossa única regra de prática cristã é a Bíblia, a Palavra de Deus (1Jo 2.15-17; Rm 12.1,2)

https://blogdoarildo.wordpress.com/2011/03/04/a-biblia-como-unica-regra-de-fe-e-pratica/

Valorizandoa Doutrina

Tratar sobre a necessidade da valorização da doutrina em tempos de distanciamento da verdade bíblica.

Sinopse do Tópico (I)

Conteúdo aluno

O liberalismoteológico

Tratar sobre o perigo do liberalis-mo teológico.

Se tolerarmos o pecado perde-remos a sensibilidade para com o Espírito Santo e sua palavra. Perderemos o fervor.

Sinopse do Tópico (II)

Sinopse do Tópico (III)

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

esfriamento espiritualTolerância e

Lembro-me de um texto de Myer Pearlman em seu livro "Conhe-cendo as Doutrinas Bíblicas" (2006, p 14) que reflete como seria nossa vida sem as Escri-turas. Seríamos “[…] profun-damente desconhecedores do nosso Criador, da criação do mundo que habitamos, da origem e dos progenitores da raça, como

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também do nosso futuro destino, e nos subordinaria para sempre ao domínio do capricho, das dúvidas e da concepção visionária. A destruição deste Livro nos privaria da religião cristã, com todos os seus confortos espirituais, espe-ranças e perspectivas animadoras, e no lugar desses, nada nos deixaria a não ser a penumbra triste da infidelidade e as mons-truosas sombras do paganismo. A destruição deste Livro despo-voaria o céu, fechando para sempre suas portas contra a miserável posteridade de Adão, restaurando ao rei dos terrores o seu agui lhão; enterrar ia no mesmo túmulo que recebe os nossos corpos, todos os que antes de nós morreram, e deixando a nós o mesmo triste destino. Enfim, a destruição deste Livro nos roubaria de uma vez tudo quanto evita que a nossa existência se tome a maior das maldições; cobriria o sol; secaria o oceano e removeria a atmosfera do mundo moral, e degradaria o homem a ponto de ele ter ciúmes da posição dos próprios animais.”

Amados, o nosso conforto é que em Cristo continuaremos firmes

na nossa única regra de fé e prática, até o momento em que nosso Salvador Jesus vier nos buscar para o céu de glória.

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REAVALIANDO A NOSSA

Introdução

VIDA CRISTÃTexto Básico: 2 Pedro 2.1-9

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Rm 12.2

Terça

Mt 9.4

Quarta

Ap 3.4,5

Quinta

Mt 16.16-18

Sexta

Mt 6.12-15

Sábado

2Tm 2.20-2

2Dt 4.39

Comportamento do Crente

Uma vez que o crente recebe a justificação por meio de Jesus Cristo, deve andar “de modo digno da vocação a que fostes chamados”. Isso será demonstrado através de sua conduta, o seu viver diário. A Palavra de Deus nos fornece inúmeros modelos para aplicarmos em nossa vida. Devemos ser cidadãos dignos. A conduta do crente deve refletir a de uma pessoa transformada, que foi lapidada pelo poder do Espírito Santo. Somente por meio da Palavra de Deus é que iremos saber se o comportamento do crente é correto ou não. Baseados nisso, iremos verificar alguns princípios que, se forem seguidos, com toda certeza farão uma grande diferença na vida daquele que praticar, bem como na vida das pessoas que estão à sua volta. Há uma grande necessidade de mantermos uma conduta exemplar.Para tanto, é mister grande empenho para atingir tal

Conteúdo aluno

Subsídio Teológico I

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objetivo. Somos exortados, pela Palavra de Deus, como deve ser a nossa conduta “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo”

(Fp 2.15). https://vivos.com.br/ comportamento-do-crente/

Convencidosou convertidos

Confrontar sobre a necessidade de ser convertido, participante do evangelho, muito mais que ouvinte. Confrontar sobre a necessidade

de ser convertido, participante do evangelho, muito mais que ouvinte.

Explicar sobre o evangelho como algo mu i t o mai or qu e u ma

Sinopse do Tópico (I)

Sinopse do Tópico (III, IV e V)

Sinopse do Tópico (II)

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

O evangelhorelacional

mensagem, mas como um meio de envolver-se no relacionamento íntimo com Deus. O único meio.

Cuidadocom o pecado

Analisando as nossas obras

Cuidado coma mágoa

Conta-se que certo soldado do Exército do Imperador Alexan-dre, o Grande, com medo da

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batalha tenta se esquivar de ir à luta. Alexandre ao encontrá-lo lhe faz a seguinte pergunta: “Qual é o seu nome?” Pronta-mente o soldado respondeu: “Alexandre, meu rei”. Então lhe disse o rei: “Soldado, mude seu nome ou venha lutar”. Em outras palavras, era-lhe necessário o autoexame. Como dissemos, a autoavaliação nos faz reconhe-cer nossos limites, mas também nossas potencialidades para avançar e nos aperfeiçoar em nossa vida espiritual. Você é cristão, não pode parar. Se você há muito tempo não reflete sobre isto, comece hoje! “Examine-se, pois o homem a si mesmo”. Caso perceba que caminha por trilhas distantes do que preceituam as Sagradas Letras, volte, reco-mece, é possível. Seja alguém convertido, se relacione com Deus, busque dele uma intimi-dade profunda e sincera, uma ligação eterna. Cuidado com o pecado, com a mágoa. Seja fiel, honre a Deus, honre sua Igreja, honre sua fé. Deus o abençoe, meu irmão.

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PECADOS DECONCUPISCÊNCIA

Texto Básico: Tiago 1.10-18

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Gn 1.27

Terça

Gn 3.16,17

Quarta

1Co 10.12

Quinta

2Tm 3.2,4

Sexta

Gn 3.6

Sábado

Rm 8.5-8

Tg 1.14,15

‘‘Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e asoberba da vida, não é do pai, mas do mundo” (Jo 2.16).

A CONCUPISCÊNCIA – Que é concupiscência? No dicionário lemos que concupiscência é GRANDE DESEJO DE BENS OU GOZOS MATERIAIS, APETITE SENSUAL. Vamos ver o que a Bíblia fala sobre a concupiscência.

1. A concupiscência é um vício próprio da carne e se opõe à obra do Espírito Santo na vida do cristão. O apóstolo Paulo nos exorta dizendo: “Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne, porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro para que não façais o que quereis” (Gl 5.16,17).

2. A fonte da corrupção deste mundo é a concupiscência. Ouçamos Pedro: “Jesus nos deu grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiquemos participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo” (2Pe 1.4).

Conteúdo aluno

Subsídio Teológico I

Introdução

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g r a n d í s s i m a s e p r e c i o s a s promessas, para que por elas fiquemos participantes da na-tureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupis-cência há no mundo” (2Pe 1.4).

3. A concupiscência é coisa vil, e não poderia ser colocada no homem por Deus. “Mortificai, pois os vossos membros, que estão sobre a Terra; a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, A VIL CONCUPISCÊNCIA, e a avareza, que é idolatria” (Cl 3.5).

4. A concupiscência é escarne-cedora do próprio Deus. “Nos últ imos dias v irão escarne-cedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua v inda?” (2Pe 3.3,4) . Os apóstolos predisseram que no último tempo haveria escarne-cedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. “Estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito” (Jd 19).

5. A concupiscência é um cativeiro carnal e satânico, e não há no homem condições para se livrar dela. Só Jesus Cristo pode livrar o

3. A concupiscência é coisa vil, e não poderia ser colocada no homem por Deus. “Mortificai, pois os vossos membros, que estão sobre a Terra; a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, A VIL CONCUPISCÊNCIA, e a avareza, que é idolatria” (Cl 3.5).

4. A concupiscência é escarne-c e d o r a d o p r ó p r i o D e u s . A C O N C U P I S C Ê N C I A – Q u e é concupiscência? No dicionário lemos que concupiscência é GRANDE DESEJO DE BENS OU G O Z O S M AT E R I A I S , A P E T I T E SENSUAL. Vamos ver o que a Bíblia fala sobre a concupiscência.

1. A concupiscência é um vício próprio da carne e se opõe à obra do Espírito Santo na vida do cristão. O apóstolo Paulo nos exorta d izendo: “Andai em Espírito e não cumprireis a concu-piscência da carne, porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro para que não façais o que quereis” (Gl 5.16,17).

2. A fonte da corrupção deste mundo é a concupiscência. Ouça-mos Pedro: “Jesus nos deu

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o povo de Israel murmurou contra Jeová pela falta de comida, durante a peregrinação no de-serto, Deus mandou o maná, e também codornizes. O povo saciou a sua fome, mas diz o texto sagrado que, estando a carne entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, se acendeu a ira de Jeová, e os feriu com uma praga mui grande. E o nome daquele l u g a r s e c h a m o u Q u i b r o t e -Hataavá, que traduzido é: SEPUL-CRO DA CONCUPISCÊNCIA (Nm 11.1-7, 31-35). “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tg 1.14,15). A concupis-cência faz das pessoas sepulcros ambulantes, pois quem a tem está condenado à morte.

8. As coisas imundas da carne estão ligadas à concupiscência. “Os injustos estão reservados para o dia do juízo, para serem castigados; mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia” (2Pe 2.9,10).

homem desse poder corruptor. Paulo declarou: “Porque também n ó s é r a m o s n o u t r o t e m p o i n s e n s a t o s , d e s o b e d i e n t e s , extraviados, servindo a várias concupiscências e dele ites , vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros” (Tt 3.3). “Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias con-cupiscências” (2Tm 3.6).

6. A concupiscência faz o pecado reinar sobre nós. “Assim também vós, considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Não reine portanto o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obecede-cerdes em suas concupiscências, nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade” (Rm 6.11-13).

7. A concupiscência é assassina da alma, Pedro é quem afirma essa verdade: “Amados, peço-vos como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupis-cências carnais, que combatem contra a alma” (1Pe 2.11). Quando

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9. O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo é contra a concupis-cência. “Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus, porque já é bastante que n o t e m p o p a s s a d o d a v i d a fizéssemos a vontade dos gentios, a n d a n d o e m d i s s o l u ç õ e s , concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices, e abomi-náveis idolatrias” (1Pe 4.2,30).

http://www.verdadesbiblicas.com. b r / ? p = 2 8 2 ( 2 P e 3 . 3 , 4 ) . O s apóstolos predisseram que no último tempo haveria escarne-cedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. “Estes são os que causam divisões, sensuais, que não têm o Espírito” (Jd 19).

5. A concupiscência é um cativeiro carnal e satânico, e não há no homem condições para se livrar dela. Só Jesus Cristo pode livrar o homem desse poder corruptor. Paulo declarou: “Porque também n ó s é r a m o s n o u t r o t e m p o insensatos, desobedientes, extra-viados, servindo a várias concupis-cências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-

nos uns aos outros” (Tt 3.3). “Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências” (2Tm 3.6).

6. A concupiscência faz o pecado reinar sobre nós. “Assim também vós, considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Não reine portanto o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obecede-cerdes em suas concupiscências, nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade” (Rm 6.11-13).

7. A concupiscência é assassina da alma, Pedro é quem afirma essa verdade: “Amados, peço-vos como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupis-cências carnais, que combatem contra a alma” (1Pe 2.11). Quando o povo de Israel murmurou contra Jeová pela falta de comida, du-rante a peregrinação no deserto, Deus mandou o maná, e também codornizes. O povo saciou a sua fome, mas diz o texto sagrado que, estando a carne entre os seus

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fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, con-cupiscências, borrachices, gluto-narias, bebedices, e abomináveis idolatrias” (1Pe 4.2,30).

http://www.verdadesbiblicas.com.br/?p=

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dentes, antes que fosse mastigada, se acendeu a ira de Jeová, e os feriu com uma praga mui grande. E o nome daquele lugar se chamou Quibrote-Hataavá, que traduzido é: SEPULCRO DA CONCUPISCÊNCIA (Nm 11.1-7, 31-35). “Mas cada um é t e n t a d o , q u a n d o a t r a í d o e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tg 1.14,15). A concupiscência faz das pessoas sepulcros ambulantes, pois quem a tem está condenado à morte.

8. As coisas imundas da carne estão ligadas à concupiscência. “Os injustos estão reservados para o dia do juízo, para serem casti-gados; mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia” (2Pe 2.9,10).

9. O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo é contra a concupis-cência. “Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus, porque já é bastante que n o t e m p o p a s s a d o d a v i d a

Concupiscênciada carne

Explicar o conceito de Concupis-cência.

Explicar a concupiscência dos olhos e seus perigos

Sinopse do Tópico (I)

Sinopse do Tópico (II)

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Concupiscênciados olhos

Soberbada vida

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Faça o aluno entender o que é a soberba da vida.

Explicar quais os caminhos para vencer as concupiscências da carne e os males a que eles nos conduzem.

Sinopse do Tópico (III)

Sinopse do Tópico (IV)

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

ComoVencer

Amado irmão, não há como vencer o que há no mundo sem o auxílio do Espírito Santo. Talvez alguém que esteja lendo esta lição tenha percebido erros que não enxergava em sua vida espiritual, seja com os olhos, a carne e a soberba. O caminho que deve ser trilhado é o de arre-pendimento e mudança. Ao que

caiu, levante-se, ainda há espe-rança. Ao que está em pé, olhe e não caia. Mas em todo o tempo, vigiemos e oremos, porque na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

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A MODERNIDADE, OMUNDANISMO E A NOSSA FÉ

Texto Básico: 1 Corintios 1.20,21

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Tg 4.4

Terça

1Jo 2.16,17

Quarta

Tg 1.10-18

Quinta

Mt 5.13,14

Sexta

Jo 16.33

Sábado

1Co 2.12

Cl 2.8

“Não se amoldem ao padrão deste mundo,mas transformem-se pela renovação da sua mente, paraque sejam capazes de experimentar e comprovar a boa,

agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2)

“Modernidade Sólida x Modernidade Líquida”

Bauman utiliza a metáfora da liquidez para fazer um contraponto com os tempos da certeza que seriam identificados pelo estado sólido. Na modernidade sólida, as instituições eram firmes, existia a segurança no trabalho e um salário que permitia ao indivíduo viver com dignidade. Com isto, se construiu um sistema baseado na raciona-lidade, onde era importante que o indivíduo se adequasse à sociedade onde estava inserido. A religião e o nacionalismo davam um sentido para a comunidade e um sentimento de pertencimento. Assim, o ser humano construía sua identidade a partir dessas referências. Há, no entanto, uma mudança nos anos 60 e 70 quando se começam a enfraquecer as instituições que forneciam as claves para o indivíduo construir sua identidade como as crenças religiosas, a família e a escola. Devido à concorrência dos mercados e ao aumento da competitividade, o indivíduo

Conteúdo aluno

Subsídio Teológico I

Introdução

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deixa de ter certezas. Desta maneira, todas aquelas verdades que a modernidade sólida tinha como imutáveis são questionadas. Por isso, na modernidade líquida, esses conceitos estão em perma-nente adaptação, pois se adaptam ao meio onde estão inseridos. Sem referências externas e numa sociedade onde tudo é permitido ( a o m e n o s e m t e o r i a ) , o s indivíduos têm que construir sua i d e n t i d a d e a p a r t i r d a s u a experiência pessoal. Isso gera a angústia e o desconforto já preconizados por Jean Paul Sartre, mas também uma sensação de liberdade, onde o indivíduo tem a responsabilidade total dos seus atos. Confira no quadro abaixo um resumo das diferenças entre a modernidade sólida e líquida.

https://www.todamateria.com.br/moder

nidade-liquida/

Entendendoa modernidade

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

Fazer os alunos entenderem o conceito de modernidade e suas implicações.

Explicar o conceito de munda-nismo a luz da Bíblia.

Explicar que a Igreja sempre está na direção contrária do mundo. V i v e m o s n a C o n t r a m ã o d o mundo.

Sinopse do Tópico (I)

Sinopse do Tópico (II)

Sinopse do Tópico (III)

Modernidadelíquida

O mundanismo

Vivendona contramão

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Em meio a uma sociedade onde os valores, os princípios, os diversos “ethos” e disposições modificam-se de forma cons-tante, como areia que se esvazia entre os dedos, a Igreja de Cristo, como “coluna e baluarte da verdade”, precisa “atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas” (Hb 2.1). A segurança, solidez e firmamento para nossa vida, estão na Palavra de Deus. Abdicar dela, é envolver-se de “corpo inteiro” numa dinâmica humana e natural, sem sensibili-dade para com a verdade bíblica. Como fundamento sólido, a partir e sobre ela, sejamos o r t o d o x o s , p r e o c u p a d o s "profundamente com a verdade, defender e compartilhar essa verdade de forma compassiva e humilde."Assim sendo, en-quanto o mundo apresenta-nos uma realidade líquida e constan-temente mutável, apresentamos fundamentos inabaláveis, justos e divinos. Precisamos, mais do que nunca, que a perspectiva

ortodoxa seja acompanhada por uma ortopraxia. Só assim o mundo verá em nós, a cada passo, gesto e voz, Cristo. Que Deus, com sua infinita miseri-córdia, nos preserve de forma simples, serena e convicta, de nossa sólida fé e fundamento, a Bíblia. Que entre os relativismos, “achismos” e liquidez do mundo moderno apresentemos a Bíblia, como alimento para a alma humana, regra de fé e prática, para vida e existência. Deus vos abençoe.

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CONSERVANDO A SANTIDADENA IGREJA

Texto Básico: Efésios 2.11-22

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Sl 119.1-82

Terça

Tm 1.13,14

Quarta

Mc 4.16-20

Quinta

2Pe 2.1-9

Sexta

Jo 17.17

Sábado

Ef 4.1-3

1Pe 1.15

Conteúdo aluno

Subsídio Teológico I

Introdução

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Como vimos, a disciplina é bíblica e necessária para o bom anda-mento da Igre ja . Com ela , combatemos o fermento dentro da igreja e trabalhamos no que se refere ao nosso alcance para manter a Igreja pura diante de Deus e da comunidade. Todavia, entendemos que sua neces-sidade impõe à Igreja a forma certa de aplicá-la, sempre com misericórdia buscando a reabili-tação do transgressor e nesse

Conservando a doutrina

Conversando a liturgia

Conversando a unidade

processo é imprescindível que o mesmo entenda seu erro, tenha consciência de culpa e a aceite humildemente para que possa cumpri-la de forma efetiva, aprendendo com seus erros e buscando a melhor maneira de corrigi-los. A igreja não pode fugir dessa responsabilidade sob o risco de permitir seu próprio desvirtuamento e o mal feito por um contamine os demais.

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O EFEITO DA SANTIFICAÇÃO

Introdução

NA VIDATexto Básico: Hebreus 12.14-16

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Hb 2.11

Terça

1Co 1.2,3

Quarta

Ef 4.28

Quinta

Ef 4.7-13

Sexta

1Jo 2.6

Sábado

1Ts 4.3

Gl 5.19-25

Conteúdo aluno

Subsídio Teológico I

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A Santificação nos entregaa certeza da salvação

Sinopse do Tópico (I) Sinopse do Tópico (III)

Sinopse do Tópico (II)

Conteúdo aluno Conteúdo aluno

Conteúdo aluno

A santificação gera umanova mentalidade

para a vida

Torna-nosdiscípulos

A santificação nos aproxima de Cristo por sua graça. Nele, toda nossa vida é redirecionada sendo modificada nossa mentalidade, possuindo a certeza da salvação e nos fazendo parecidos com Cristo. Os seus efeitos são internos no que concerne à nova menta l idade, a certeza de salvação, a intimidade com Deus. Porém, é prática, pois leva ao relacionamento com o outro, estabelecendo diferenciação

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pela transformação que ocorreu. O discípulo enxerga o mundo diferente, com a certeza de saber para onde vai, e o que deve fazer. O verdadeiro discípulo é santo em um mundo corrompido, é fiel em meio aos infiéis, e vai para o céu, não por mérito próprio, mas porque Deus o regenerou, justificou e o santificou.

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ADORAÇÃO E SERVIÇO,

Introdução

MARCAS DE QUEM É SANTOTexto Básico: Romanos 12.1

Texto Áureo:Lição

Segunda

Domingo

Sl 145

Terça

1Co 10.31

Quarta

Sl 29.2

Quinta

Jo 4.21-23

Sexta

Is 29.13

Sábado

Ap 4.11

Cl 2.18,19

“Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24).

“Existem basicamente duas marcas principais que identificam a adoração cristã primitiva do ponto de vista de seu contexto religioso: 1) Cristo é reverenciado como divino juntamente com Deus e, 2) a adoração de todos os outros deuses é rejeitada. Analisaremos no capítulo seguinte a primeira dessas duas características. Nosso debate neste capítulo parte da premissa proposta pela segunda marca de identificação, a exclusividade que caracterizava a adoração cristã primitiva, o que para Wayne Meeks: “talvez seja a característica mais estranha do cristianismo, bem como do judaísmo, aos olhos de um pagão comum. Da tradição judaica da época, o cristianismo primitivo herdou uma adoração monoteísta exclusivista que exigia de seus adeptos a renúncia ao culto prestado a outros deuses. Os judeus cristãos, pelo menos nas primeiras décadas do cristianismo, parece terem continuado a participar das atividades religiosas do templo e da sinagoga e dos eventos em Jerusalém (i.e, das festas anuais, como a Páscoa, da oração no templo, dos

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Subsídio Teológico I

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em relatos de outros grupos religiosos da Era Romana, fica evidente que a exuberância, a alegria, a sensação de encontro com o divino e até mesmo um forte êxtase religioso eram, não raro, buscados pelos devotos e cultivados de várias maneiras nos cultos. Os grupos cristãos não tinham à disposição a variedade de recursos a que recorriam outros grupos (e que, em séculos s u b s e q u e n t e s , s e r i a m a p r o p r i a d o s t a m b é m p e l o c r i s t i a n i s m o ) p a r a d a r a o s devotos experiências religiosas marcantes ou, pelo menos, uma sensação de maravilhamento (p. ex., cerimônias sofisticadas ou templos imponentes), mas é evidente que o fervor religioso sempre caracterizou a adoração cristã primitiva e teria sido, ao mesmo tempo, característica atraente e importante dos cultos cristãos. Na verdade, o forte fervor religioso na adoração pode ter ajudado a compensar outras atividades religiosas das quais aquelas pessoas tinham aberto mão, e pode ter a judado a preservar o compromisso com a exclusividade cristã na adoração. Com base na discussão de Paulo sobre os problemas das práticas

sacrifícios). Paulo, o apóstolo aos gentios, continuou firme no relacionamento que mantinha com os judeus e deixou isso muito c l a r o n a d i s p o s i ç ã o q u e demonstrou várias vezes em se submeter aos castigos físicos impostos pela sinagoga a quem violasse a religiosidade judaica p o r m e i o d e a t o s n ã o especificados conforme decisão das autoridades da sinagoga (2Co 11.24). Em outras palavras, pelo m e n o s n e s s a e t a p a d o s primórdios, a exclusividade da adoração cristã não compreendia a renúncia à participação na adoração judaica. Isso ocorria pelo motivo óbvio de que o Deus dos cr istãos pr imit ivos era identificado com o Deus do Antigo Testamento e de Israel, o Deus adorado na sinagoga e no templo d e J e r u s a l é m . C o n t u d o , a participação em atividades de grupos religiosos pagãos era coisa completamente distinta”. p. 55-56“A ideia dos dons divinos, dos carismas do Espírito de vários tipos, juntamente com outros conceitos e afirmações religiosos expressos na proclamação e na i n s t r u ç ã o c r i s t ã p r i m i t i v a , impregnou de fervor a adoração dos primeiros tempos. Com base

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possível que ele tivesse em mente os cultos de adoração como cenário dessas bênçãos divinas. Em Colossenses 3.16 e Efésios 5.18-2 0 , o e n s i n o i n s p i r a d o , a admoestação e o cantar com gratidão “salmos, hinos e cânticos espirituais” a Deus devem ser t o d o s e n t e n d i d o s , provavelmente, como fenômenos da adoração coletiva que ilustram a exaltação e o fervor religiosos buscados nos grupos cristãos primitivos. Em 1 Tessalonicenses 5.19-21, Paulo insiste com os cristãos de Tessalônica, dizendo-lhes: “Não apagueis o Espírito”. Pede a eles também que deem espaço à profecia (embora com a d ist inção apropr iada entre manifestações espirituais boas e ruins). Também nesse caso, é a reunião de adoração que o apóstolo tem em mente para a expressão de tais manifestações de fervor religioso”. p. 64 - 65HURTADO, W. Larry. As origens da adoração cristã: O caráter da devoção no ambiente da Igreja primitiva. Tradução A. G. Mendes, São Paulo: Editora Vida nova, 2011.

de adoração em Cor i nt o, é possível ter uma ideia muito nítida d o f e r v o r q u e à s v e z e s s e manifestava, mas de um modo que o apóstolo julgava infrutífero. A s i n ú m e r a s a t i v i d a d e s relacionadas ao culto men-cionadas em 1 Coríntios 14.26 fazem referência, todas elas, a adoradores cuja inspiração e exaltação vinham diretamente de Deus. Não apenas “revelação” e “língua ou interpretação”, mas também “hino” e “palavra de instrução” devem, provavel-m e n t e , s e r c o n s i d e r a d o s contribuições espontâneas que se acreditava serem inspiradas pelo Espírito Santo. Há uma lista ainda m a i o r d e f e n ô m e n o s e m 1 C o r í n t i o s 1 2 . 4 - 1 1 , c o m manifestações div inamente i n s p i r a d a s d e s a b e d o r i a , c o n h e c i m e n t o , p r o f e c i a e variedade de línguas, dons de curar e operação de milagres, bem c o m o “ o d o m d e d i s c e r n i r e s p í r i t o s ” ( q u e p o d e e s t a r associado ao exorcismo). Além disso, quando em Gálatas 3.5 Paulo desafia os cristãos da Galácia a dizer qual seria a base, n a o p i n i ã o d e l e s , d a s manifestações do Espírito e dos milagres operados entre eles, é

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O conceito bíblicode Adoração

Apresentar os princípios de uma verdadeira adoração.

Sinopse do Tópico (I)

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Adoraçãocomo serviço

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O culto racionala vida prostrando-se

diante de Deus

O sentimento que tenho todas as vezes que me debruço a pensar sobre a adoração, é que preciso da ajuda do Espírito de Deus para adorar a Deus de forma autên-tica, agradável, consciente, intensamente e em santidade.

Isto implica ir além das reuniões e cultos, me conduzindo e agindo cotidianamente para a glória de Deus, onde meus talentos e ações devem refletir minha ado-ração e serviço ao Senhor. Que esta lição sirva de alerta e encora-jamento para nos entregarmos ao Deus Triúno constantemente como oferta viva, santa e agradável a Ele, O servindo e O amando com toda força e entendimento.

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Bibliografia

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GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática de Grudem, Atual e Exaustiva. Edição especial. São Paulo: Vida Nova, 2001.

HORTON, Stanley M.. Teologia Sistemática de Horton. 3ª Edição. São Paulo: Vida Nova, 2001.

PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 2006.

GIDDENS, Antony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

THEODOR W. Adorno. Minima Morali, Frankfurt, 1975

BAUMAN, Zygmunt Modernidade Liquida, Rio de Janeiro, Jorge Zahar. 2001

HARRIS, Joshua. Ortodoxia humilde: defendendo as verdades bíblicas sem ferir as pessoas / Joshua Harris; tradução de Caio Peres. São Paulo: Vida Nova, 2013

BAYLY, Lewis. A Prática da Piedade, diretrizes para o cristão andar de modo que possa agradar a Deus, PES, 2010 – São Paulo, SP

FOSTER, Richard J. – GRIFFIN, Emille. Celebrando as 12 Disciplinas Espirituais: textos clássicos sobre as disciplinas interiores, exteriores e comunitárias, Vida, 2010 – São Paulo, SP

WHITNEY, Donald. Disciplinas Espirituais para a Vida Cristã, Batista Regular do Brasil, 1991 – São Paulo, SP

CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática de Chafer. Edição 2003. São Paulo: Editora Hagnos, 2003.