voz das Águas 7

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Informativo do Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ) Ano 2 – n o 7 – Janeiro/Fevereiro 2012 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Av. Getúlio Vargas, 603 - Salas 304/305/306 – Centro – Araruama/RJ – CEP 28970-000 www.VozDasAguas.com – www.LagosSaoJoao.org.br Impresso Especial LAGOS SÃO JOÃO 9912274607 CORREIOS CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA Subcomitê da Lagoa de Saquarema faz um balanço das ações na bacia Página 8 Carlos Gontijo, da concessionária Águas de Juturnaíba e Paula Medina, da Prolagos, apresentam projetos na Câmara Técnica de Saneamento Páginas 4 e 5 A participação do Consórcio Intermunicipal e do Comitê de Bacia Lagos São João em eventos científicos Página 3 Foto gentilmente cedida por Gildésio Ferreira Júnior Edimilson Soares Encontro da Lagoa de Saquarema com o mar

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Sétima edição do Informativo do Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ)

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Page 1: Voz das Águas 7

Informativo do Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João (CBHLSJ)

Ano 2 – no 7 – Janeiro/Fevereiro 2012 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITAAv. Getúlio Vargas, 603 - Salas 304/305/306 – Centro – Araruama/RJ – CEP 28970-000

www.VozDasAguas.com – www.LagosSaoJoao.org.br

ImpressoEspecial

LAGOS SÃO JOÃO9912274607

CORREIOS

CORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

Subcomitê da Lagoa de Saquarema faz um balanço

das ações na baciaPágina 8

Carlos Gontijo, da concessionária Águas de Juturnaíba e Paula Medina, da Prolagos, apresentam projetos na Câmara Técnica de Saneamento

Páginas 4 e 5

A participação do Consórcio Intermunicipal e do Comitê de Bacia Lagos São João em eventos científicos – Página 3

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Encontro da Lagoa de Saquarema com o mar

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2 Janeiro/Fevereiro 2012Voz das Águas

E X P E D I E N T EE D I T O R I A L

Rio+20: A Conferência da Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável

Desde o ano passado vem se intensifican-do o debate em tor-no da Rio+20, a Con-ferência da Nações

Unidas sobre o desenvolvimento sustentável, que acontecerá de 20 a 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro. Em junho de 2011, instalou-se a Comissão Nacional para a Rio+20, durante uma reu-nião co-presidida pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, e pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Tei-xeira, com a participação de mi-nistros de Estado, senadores da República, deputados federais, autoridades do Governo Federal, Estadual e da Prefeitura do Rio de Janeiro, além de representantes da sociedade civil.

Desde então, a Comissão Nacional vem promovendo a in-terlocução entre as diversas es-feras de governo e da sociedade civil, com a finalidade de articular os eixos da participação do Brasil na Rio+20. Composta de órgãos

da Administração Pública Fede-ral, Estadual e Municipal, repre-sentantes dos poderes Legislati-vo e Judiciário, representantes do meio acadêmico, do empresaria-do, dos trabalhadores, de comu-nidades indígenas e tradicionais, de organizações não governa-mentais e de movimentos sociais, a Comissão Nacional produziu um documento a ser apresentado na Rio+20, com a contribuição de todos estes segmentos.

No documento, os dois te-mas estabelecidos pelas Nações Unidas foram contemplados: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a governança internacional para o desenvolvimento sustentável. Na Conferência, espera-se um gran-de número de Chefes de Estado e de Governos dos países-membros das Nações Unidas. Mas também haverá, como ocorreu na célebre Rio-92, uma série de eventos te-máticos com a participação da sociedade civil. Neste sentido, or-

ganizações sociais e movimentos ambientalistas estão se articulan-do na chamada Cúpula dos Povos da Rio + 20 por Justiça Social e Ambiental, que acontecerá para-lelamente à Conferência.

A Câmara Técnica de Educa-ção Ambiental (CTEA) do CBH La-gos São João elaborou suas con-siderações para a Carta Aberta das Educadoras e Educadores por um mundo feliz, que será apre-sentada como proposta deste segmento na Rio+20. A Carta des-taca as grandes questões tratadas na Rio-92 e reafirma a adesão aos princípios e valores expressos em documentos planetários como o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, a Carta da Terra, a Carta das Responsabili-dades Humanas, a Declaração do Rio, entre outros. Fruto de intenso debate, o documento da CTEA foi encaminhado para a II Jornada Internacional de Educação Am-biental para Sociedades Susten-táveis e Responsabilidade Global.

Agenda

Comitê das Bacias Hidrográficas das Lagoas de Araruama, Saquarema e dos Rios São João e Una (CBHLSJ)

Decreto de Criação n.° 36.733, de 8 de dezembro de 2004; instalado em 25 de fevereiro de 2005

Mandato 2011-2012Presidente: Marcello Xavier (Zelão) – Prefeito de Silva JardimVice-presidente: Carlos Gontijo – Superintendente da Concessionária Águas de JuturnaíbaSecretário executivo: Jaime Azulay – Engenheiro da Companhia Estadual de Águas de Esgoto (CEDAE)

Membros do CBHLSJ Representantes do Poder Público (18 membros): Prefeituras Municipais de Araruama, Arma-ção de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande,

Rio Bonito, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim, Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ), Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

do Estado do Rio de Janeiro (EMATER-RJ), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) , Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma

Agrária (INCRA).

Representantes dos Usuários (18 membros): Concessionária Águas de Juturnaíba, Conces-sionária Prolagos, Companhia Estadual de Água e Esgotos (CEDAE), Secretaria de Abastecimento de

Água e Esgoto (SAAE) de Casimiro de Abreu, Associação Livre dos Aquicultores das Águas do São João (ALA), Clube Náutico de Araruama (CNA), Esmeraldas Mineração, Reflorestamento e Recuperação

Ambiental de Áreas Degradadas Ltda, Associação das Empresas Produtoras de Areia de Silva Jardim (APAREIA), Associação dos Pescadores Artesanais e Amigos da Praia da Pitória (APAAPP) de São Pedro

da Aldeia, RRX Mineração e Serviços Ltda, Associação de Pescadores de Iguaba Grande, Associação dos Trabalhadores Rurais de Sebastião Lan Gleba II, Associação Unidos Venceremos dos Produtores

do Assentamento Cambucaes (AUVPAC), Colônia de Pescadores Z-6 (São Pedro da Aldeia), Colônia de Pescadores Z-24 (Saquarema), Federação da Indústria do Rio de Janeiro (FIRJAN/Leste Fluminense),

Sociedade Industrial de Granitos (SIGIL) e Sindicato Rural de Silva Jardim.

Representantes da Sociedade Civil Organizada - ONGs (15 membros): Associação Mico- Leão-Dourado, Universidade Veiga de Almeida (UVA) Campus Cabo Frio, Organização Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável (OADS), Associação das Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Sa-quarema (AMEAS), Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos (ASAERLA), Centro de Logística e Apoio à Natureza (CLEAN), Associação de Defesa da Lagoa de Araruama (Viva Lagoa), Grupo de Educação para o Meio Ambiente (GEMA), Instituto de Pesquisas e Educação para o Desenvolvimento Sustentável (IPEDS), Lions Clube de Casimiro de Abreu, Movimento Ambiental Pingo d’Água, Conselho

Regional de Biologia (CRBio), Universidade Estácio de Sá / Campus Cabo Frio, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-RJ) - Coordenadoria Regional Leste, Associação do Meio Ambiente da

Região da Lagoa de Araruama (AMARLA), Arte por Arte Brasil.

Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ)Entidade delegatária das funções de competência da Agência de Água do Comitê da

Bacia Hidrográfica Lagos São João, de acordo com a Resolução do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERHI-RJ) nº 47, de 26 de maio de 2010

Presidente: André Luiz Mônica e Silva - Prefeito de AraruamaVice-presidente: Ana Paula Medina - Concessionária Prolagos

Secretário executivo: Mário Flávio Moreira

Equipe técnica: Coordenadores de programa: Agnes Avellan, Artur Andrade, Denise Pena e Natalia Ribeiro; Gestora de projeto: Aline Santos;

Assistente Administrativo: Bianca Carvalho; Estagiária: Mabel dos Santos

Membros do Conselho de Associados do CILSJPoder Público: Secretaria Estadual do Ambiente/Instituto Estadual do Ambiente, Prefeituras dos

Municípios de Araruama, Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Cachoeiras de Macacu, Iguaba Grande, Rio Bonito, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim.

Empresas privadas: AGM Empreendimentos Hoteleiros, Oriente Construção Civil, Concessionária Rodovia dos Lagos, Concessionária Águas de Juturnaíba, Concessionária Prolagos, Construtora Mil/Villa

Rio, Dois Arcos Transporte e Tratamento de Resíduos Sólidos Ltda. e Tosana Agropecuária S/A.

Plenária das Organizações Não Governamentais: 1º titular: OADS - Organização Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável (Adelina Volcker / Ana Maria), suplente: GEMA - Grupo de

Educação para o Meio Ambiente (Lucia Lopes / Gleice Máira), 2º titular: IPEDS - Instituto de Pesquisas e Educação para o Desenvolvimento Sustentável ( Dalva Mansur), suplente: MOMIG - Movimento das Mulheres de Iguaba Grande (Zilda Santos), 3º titular: VIVA LAGOA (Yan Bonder / Arnaldo Villa Nova), suplente: UEPA-RJ União das Entidades de Pesca e Aquicultura do Estado do Rio de Janeiro (Chico

Pescador), 4º titular: AMEAS - Associação das Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema (Laila Garrido), suplente: ALA - Associação Livre dos Aquicultores das Águas do São João (Sival).

Av. Getúlio Vargas, 603 - Salas 304/305/306 – Centro – Araruama/RJ – CEP 28970-000Telefones: (22) 2665-0750 / (22) 8841-2358

www.lagossaojoao.org.br / [email protected]

Voz das ÁguasInformativo do Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João

Telefone: (22) 2651-7441www.vozdasaguas.com

[email protected]

facebook.com/vozdasaguas | twitter.com/vozdasaguas

Edição: Tupy Comunicações | Jornalista Responsável: Dulce Tupy (registro 18940)Projeto Gráfico: Subito Creative – www.subito.cr | Edição de Arte: Lia Caldas

Fotógrafo: Edimilson SoaresColaboradoras: Alessandra Calazans e Monique Barcellos

Tiragem: 5.000 exemplares | Gráfica Esquema

C O M U N I C A Ç Õ E S

F Ó R U M B R A S I L E I R O D E E D U C AÇ ÃO A M B I E N TA L

O Fórum Brasileiro de Educação Ambiental é o mais importante evento da Edu-cação Ambiental no país. A sua sétima edição acontece em Salvador, Bahia, entre os dias 28 e 31 de março de 2012 com o tema Educação Ambiental: Rumo a Rio +20 e às Sociedades Sustentá-veis. A principal base do VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental é a reunião dos educadores ambientais que compõem a Rede Brasileira de

Educação Ambiental (REBEA) e seu fortalecimento.

O Tratado de Educação Ambiental para as Socieda-des Sustentáveis e Responsa-bilidade Global é o documen-to de princípios da REBEA e inspira a ação dos educadores ambientais articulados em rede. Avaliar sua inserção na educação ambiental brasileira é um dos objetivos centrais do VII Fórum, assim como contri-buir para avaliação e fortaleci-mento da Política Nacional de

Educação Ambiental. Os temas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvi-mento Sustentável – RIO+20 – economia verde no contexto do desenvolvimento susten-tável e da erradicação da po-breza e a governança global internacional para o desenvol-vimento sustentável – serão exaustivamente debatidos no dia 30 de março.

Inscrições e outras infor-mações no site: www.viiforu-meducacaoambiental.org.br

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Voz das ÁguasJaneiro/Fevereiro 2012 3

vembro e 1º de dezembro, o XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, em Maceió, Alagoas. Promovido pela Associação Brasi-leira de Recursos Hídricos (ABRH), o Simpósio teve como eixo cen-tral as reflexões sobre as ações es-truturantes para o enfrentamento das questões técnicas, científicas, econômicas, sociais e ambien-tais ligadas aos recursos hídricos. Esta temática foi amplamente debatida por representantes da comunidade técnico-científica, gestores, usuários dos Comitês de Bacia, representantes da so-ciedade civil organizada, agentes públicos, professores, pesquisa-dores, consultores, empreende-dores, agentes privados, estudan-tes e interessados em geral.

No evento teve Sessões Téc-nicas, Talk Show, Conferências, Mesas Redondas, Sessões de Pai-nel, além da Exposição Técnica Pa-ralela, que contou com empresas e órgãos ambientais e de recursos hídricos. Nas Sessões Técnicas, foram apresentados projetos e pesquisas selecionadas pelo Co-mitê Científico, com abrangência nacional e internacional. Numa se-ção que tinha como tema central as experiências dos Comitês de Bacia, no painel sobre “A situação da gestão das águas no Brasil”, foi

apresentado o trabalho “A Inser-ção do conhecimento local na análise de Vulnerabilidade de Ba-cias Hidrográficas às mudanças do clima: Bacia Lagos São João – RJ”, que relata a experiência do Con-sórcio/Comitê Lagos São João, fei-to em parceria com o WWF-Brasil. O assunto foi amplamente discu-tido, sendo apontados os princi-pais problemas e questionada a necessidade de uma evolução ou revolução da política de recursos hídricos.

Dentre as questões deba-tidas durante o Simpósio, cabe ressaltar alguns pontos levanta-dos: Avaliação da aplicação dos instrumentos de gestão das águas e a consolidação da Política Na-cional e Estaduais de Recursos Hídricos; Comitês de Bacia não es-tão com o seu papel plenamente definido e não estão exercendo a função para qual foram criados; Volatilidade do sistema atual de gestão das águas reflete a falta de planejamento de médio e lon-go prazo (falta de estratégia con-sistente); Olhar para água sobre

diversas óticas, principalmente para atender aos usos múltiplos, contabilizando também as neces-sidades dos ecossistemas; Inclu-são na pauta dos planejamentos públicos da questão ambiental e dos recursos hídricos, como aliado ao desenvolvimento econômico e a qualidade de vida; Inserção do que é discutido e diagnostica-do nos Planos de Bacia na pauta, orçamentos e planejamentos dos municípios; Popularização da Lei

das Águas; Comi-tês como aliados estratégicos dos Estados na efe-tivação da polí-tica das águas; Planos de Bacia pouco objetivos; Necessidade de P l a n e j a m e n t o Estratégico para a bacia, sendo o Plano de Bacia a

fotografia desse processo de pla-nejamento.

O material distribuído no Simpósio está disponível na sede do CILSJ para consulta, bem como os anais, em meio impresso e digi-tal. As apresentações também se-rão disponibilizadas em breve no site do evento: www.acquacon.com.br/xixsbrh.

S A I B A M A I S

Consórcio Intermunicipal e Comitê de Bacia Lagos São João participam de eventos técnico-científicos

Foram apresentados

3 artigos sobre a Bacia Lagos

São JoãoO Congresso se desenvolveu

em Sessões Técnicas, Plenárias, Mesas Redondas, Workshops, Ses-sões de Painel, além da Exposição Técnica Paralela e uma Sessão Especial para convidados. Foram selecionados três artigos científi-cos sobre as experiências do Con-sórcio Intermunicipal Lagos São João/Comitê de Bacia Lagos São João, em parceria com o WWF--Brasil, intitulados: “A valorização da agricultura familiar e dos ser-viços ambientais: Estudo de caso da microbacia do Rio Cambucaes – Bacia Lagos São João/RJ”, “O pa-pel do Comitê de Bacia Lagos São João frente ao cenário de mudan-ças do clima” e “Vulnerabilidade e adaptação às variabilidades do cli-ma na bacia Lagos São João: uma análise preliminar”.

A nova concepção de geren-ciamento das águas, o “gerencia-mento adaptativo”, amplamente discutida no Congresso, procura uma melhor integração científica entre a engenharia, o social e as perspectivas institucionais. Re-quer um novo entendimento de múltiplos fatores que influenciam como a água é usada e geren-ciada e o que deve ser feito para inovar. Desta forma surgiram di-versos questionamentos: Quais são os termos de comercialização dos novos sistemas de tratamen-to para o suprimento de água ou

esgoto que cada vez mais aumen-tam o uso de energia, ao mesmo tempo em que as mudanças cli-máticas exigirão uma redução do consumo de energia? Como os processos decisórios em escala local, nacional ou global incor-poram novas perspectivas? Estão as agências, os profissionais e o público dispostos a mudar sua maneira de pensar (aprender), rápido o suficiente para acompa-nhar o crescimento das condições de incerteza? Como os sistemas de água desenvolvem sua capaci-dade adaptativa para fazer frente aos múltiplos questionamentos, alguns dos quais são potencial-mente catastróficos ou mesmo ainda desconhecidos como os im-pactos da mudança climática?

Todo o material distribuído no Congresso e no 10o Simpósio – publicações, cartilhas e informa-tivos – está disponível na sede do CILSJ para consulta, bem como os anais, resumos e trabalhos com-pletos, em meio impresso e di-gital. As apresentações também serão disponibilizadas em breve no site do evento: www.worldwa-tercongress.com.

XIX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos

Com o tema “Água em um mundo em transformação”, rea-lizou-se entre os dias 27 de no-

A professora da Universidade Estadual do Rio de Janerio (UERJ) Rosa Formiga, diretora de Gestão de Águas e Territórios (DIGAT), do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e o engenheiro Lupércio Ziroldo, presidente do Fórum Nacional de Organismos de Bacia, no XIV Congresso Mundial da Água. A DIGAT é responsável pelos Comitês de Bacia no Rio de Janeiro, entre eles o Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João

O Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) participou no ano passado de vá-rios eventos técnico-científicos, como o XIV World Water Congress. Organizado pela International Water Resource Association (IWRA), o XIV Congresso Mundial da Água,

realizado entre os dias 25 e 29 de setembro, em Porto de Galinhas, Pernambuco, cujo tema foi “Gerenciamen-to Adaptativo da Água: Olhando para o Futuro”, reuniu pesquisadores, especialistas, gestores e ambientalis-tas. Paralelo ao evento, aconteceu também o 10º Sim-pósio de Hidráulica e Recursos Hídricos dos Países de Língua Oficial Portuguesa, organizado pela Associação Portuguesa de Recursos Hídricos (APRH), com o tema “Gestão da Água em um Mundo em Mudança”.

Divulgação

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4 Janeiro/Fevereiro 2012Voz das Águas

S A N E A M E N T O

Câmara Técnica de Saneamento fortalece a luta pela qualidade de vida

Com resultados expressivos, agora alavancados pelo Pacto do Saneamento, que inclui coope-ração técnica entre Prefeituras, governo do Estado e União, os municípios estão vivenciando a recuperação do maior corpo hídri-co da bacia, a Lagoa de Araruama,

num momento favorável de bal-neabilidade, pois a qualidade de suas águas apresentam indiscutí-vel melhoria. Visando a destinação correta dos efluentes dos municí-pios, foram construídas 9 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs).

A engenheira da Prolagos

A demanda por ações voltadas para o sanea-mento na região são antigas e hoje não se pode falar de qualidade de vida sem sane-amento. Todas as medidas ligadas a este aspecto são debatidas e norteiam os traba-lhos da Câmara Técnica Permanente de Sa-

neamento Básico e Drenagem Urbana do Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos São João. Oriunda do Grupo de Trabalho Saneamento do Consórcio Intermunici-pal Lagos São João, criado em 2000, evoluiu em 2009 para a Câmara Técnica (CT) de Saneamento do Comitê de Bacia Lagos São João. Atualmente, esta CT discu-te a ampliação da rede de distribuição de água e de tratamento de esgoto na maioria dos municípios da Bacia Hidrográfica Lagos São João, as tecnologias, in-vestimentos em obras e adequação das estações de tratamento das concessionárias - Águas de Juturnaíba e Prolagos - responsáveis também pelo abastecimento de água potável na região.

Edimilson Soares

Ana Paula Medina, coordenadora da CT Saneamento, apresentou na reunião de janeiro a sequência de obras, de água e saneamento da concessionária para 2012, dando prosseguimento aos projetos em andamento. As principais obras previstas são: o sistema de abas-tecimento de água no distrito de Tamoios, a adutora em Monte Alto e Figueira, expansão de redes de água nos municípios, o intercep-tor de adução de água da Usina, o reforço na adutora sob a Ponte Feliciano Sodré, a captação do valão do aeroporto e a ampliação da ETE Jardim Esperança, com a transposição dos seus efluentes para a bacia do Rio Una. Ana Paula

apresentou ainda estudo para an-tecipar a transposição dos efluen-tes da margem direita do Canal do Itajuru para serem levados para a ETE Jardim Esperança.

Carlos Gontijo, superinten-dente da Concessionária Águas de Juturnaíba, apresentou a obra de implantação de sistema se-parador absoluto no centro de Araruama, que atenderá a 8.200 consumidores, em parceria com alguns condomínios. Cabe a eles participar cedendo tubulação, a empresa com as obras e a prefei-tura com a pavimentação das ruas, ele informou que está tudo pronto para começar aguardando apenas a autorização da Agência Regu-

Antes da reunião da Câmara Técnica de Saneamento na sede da Prolagos, em São Pedro da Aldeia, houve a reunião da Câmara Técnica de Monitoramento

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Voz das ÁguasJaneiro/Fevereiro 2012 5

A população dos distritos de Monte Alto e Figueira, em Arraial do Cabo, re-ceberá água trata-

da e de qualidade da Prolagos. Com investimentos da ordem de R$ 7 milhões, a concessio-nária implantará uma adutora (tubulação de grande porte, responsável pelo transporte de água) com 12,5 quilômetros de extensão, às margens da rodovia RJ-102. A nova tubula-ção será interligada a uma das principais linhas do sistema de abastecimento da Prolagos, a adutora Bacaxá, e transporta-rá 16,9 litros por segundo de água, beneficiando 10 mil ha-bitantes. Além da adutora, se-rão construídos dois reservató-rios, um em Monte Alto e outro em Figueira, com capacidade de armazenamento de 250m³ de água cada um.

O abastecimento com água potável dos distritos de Monte Alto e Figueira é uma antiga reivindicação da comu-nidade, que atualmente é servi-da somente com água de poço, e um compromisso assumido pela Prolagos perante o gover-no municipal. A obra que vai le-var água potável e de qualidade aos distritos de Arraial do Cabo consta no cronograma de in-vestimentos da concessionária desde o ano passado.

Outro benefício para es-tas localidades é o saneamen-to básico. Segundo informou o prefeito de Arraial do Cabo, Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho, os investimentos para o esgotamento sanitário compreendem R$ 9,8 milhões, que serão aplicados em 14 km de tubulação de esgoto, uma estação de tratamento e duas estações elevatórias.

Mais água em Casimiro de Abreu

O presidente da Nova Ce-dae, Wagner Victer, e o prefeito de Casimiro de Abreu, Antônio Marcos Machado, assinaram convênio para implantação do sistema de abastecimento de água no Recanto dos Paratis I,

localizado no distrito de Barra de São João. As intervenções levarão água tratada ao últi-mo bairro no distrito que não é atendido pela companhia. Trata-se de um compromisso assumido pelo governador Sér-gio Cabral.

Orçadas em R$ 580 mil, com recursos próprios da companhia, as obras benefi-ciarão mais de 1.200 morado-res. Serão assentados 3.400 metros de tubulação e e ins-taladas 308 ligações prediais com hidrômetros e caixas de proteção. Para viabilizar o sis-tema será necessária a cons-trução de 30 metros de tra-vessia aérea em aço carbono sobre um córrego. A tubula-ção será interligada ao siste-ma de água de Barra de São João, que é abastecido pelo Reservatório do Morro de São João. As obras, que estão pre-

vistas para começar em março, devem durar cerca de 6 meses.

Praia Seca também ganha obras

O prefeito de Araruama, André Mônica, vem fazendo importantes obras de cintura-mento e revitalização da La-goa de Araruama, valorizando os imóveis e fortalecendo o comércio e a pesca. Graças ao fato do município ter as contas em dia, estão sendo feitas par-cerias com os governos federal e estadual, que irão possibilitar o início, ainda este ano, das obras de saneamento básico no distrito de Praia Seca, a am-pliação da rede de água para as localidades que ainda não possuem o abastecimento e, através do Programa Prodetur, a urbanização e revitalização das orlas da Lagoa de Ararua-ma e do mar de Praia Seca.

O superintendente da Águas de Juturnaíba, Carlos Gontijo e a engenheira da Prolagos Ana Paula Medina, que são respectivamente vice-presidentes do CBHLSJ e do CILSJ

Água e esgoto para Monte Alto e Figueira

ladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (AGENERSA). Há também projeto de esgotamento sanitário de Praia seca, com proposta de adoção de sistema de rede separativa.

Por sua vez, o secretário mu-nicipal do Ambiente de Arraial do Cabo, David Aguiar, informou que já está sendo analisada no INEA a licença ambiental para a obra de reforma da ETE do muni-cípio e que alguns bairros serão contemplados com rede separa-dora e que, para o saneamento em Monte Alto e Figueira, foram aprovados R$ 9,86 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Ur-bano (FECAM). Estas são as várias conquistas da CT de Saneamento, um desdobramento do Grupo de Saneamento do Consórcio Inter-municipal Lagos São João, que co-meçou a “briga” pelo saneamento, desde 2000, junto à Agência Re-guladora de Serviços Públicos, a extinta ASEP, hoje substituída pela AGENERSA, que fiscaliza todas as intervenções neste setor.

A CT de Saneamento teve origem no Grupo de

Saneamento do Consórcio Intermunicipal Lagos São João

Divulgação

As obras já começaram e a tubulação será responsável pelo transporte de água potável para os distritos de Monte Alto e Figueira, em Arraial do Cabo

A Estação de Tratamento

de Esgoto de Cabo Frio

Divulgação A

SCOM

Arraial

Edimilson Soares

A Wetland, da Águas de Juturnaíba, em Araruama é uma inovação em Estações de Tratamento de Esgotos

Edim

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Soa

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6 Janeiro/Fevereiro 2012Voz das Águas

tural – que alimentam a projeção geopolítica do Brasil a partir do conhecimento a p r o f u n d a d o das formas de apropriação e uso de seu li-toral ao longo do tempo, per-mitindo uma visão conjunta do mar territo-rial e da plata-forma conti-nental.

A ideia é consolidar uma mentalidade marítima brasileira, ancorada não apenas na convicção da impor-tância do mar e no desenvolvi-

mento de práticas e atitudes que possibilitem sua exploração ra-

cional e sustentável; é a consciência da necessidade de sua preservação. O conjunto das informações apre-sentadas também está disponível na Internet. Espera--se, com o presente Atlas, incentivar os estudantes, pes-quisadores, pro-fissionais e demais interessados nos assuntos do mar.

h t t p : / / w w w . i b g e . g o v . b r /l o j a v i r t u a l / f i c h a t e c n i c a .php?codigoproduto=90227

Foi lançado no final de janei-ro o Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo Carbono, pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA). Produzida pelo Projeto Agricultura de Baixo Car-bono (ABC), a cartilha será utiliza-da nas capacitações sobre o Plano ABC nos estados brasileiros. Com informações sobre as práti-cas agrícolas sustentáveis e regras de financiamento do Programa, a cartilha contou com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Empresa Brasileira de Pesqui-sa Agropecuária (Embrapa) e da Embaixada Britânica. Disponível para download no site: http://agriculturabai-xocarbono.files.wordpress.com/2012/01/car tilhaab-cweb.pdf

A Fundação Banco do Brasil (BB) e o Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva (CEDEFES) lançaram o livro Água e Mudan-ças Climáticas – Tecnologias Sociais e Ação Comunitária, de Milton Nogueira da Silva, consul-tor internacional para mudanças climáticas, energia e negociações multilaterais. A publicação de-bate o acesso à água, as tecnolo-gias sociais e as políticas públicas para manutenção dos recursos ambientais. Disponível para do-wnload no site www.fbb.org.br, o livro é um panorama das ações da Fundação BB, pela conserva-ção dos recur-sos hídricos e mostra como a instituição reaplica as tec-nologias sociais que contribuem para o desen-v o l v i m e n t o sustentável das c o m u n i d a d e s brasileiras. Se-gundo o presi-dente da Funda-ção, Jorge Streit, a obra contribui para elaboração de políticas pú-blicas que buscam consolidar tec-nologias sociais para redução da poluição e é voltada para prefei-tos, secretários, gestores públicos, líderes comunitários, cooperati-vas, associações, consultores e todos que identificam formas de inclusão social baseadas no de-senvolvimento sustentável.

O livro indica caminhos para a promoção de melhorias nas co-munidades, estratégias de gera-ção de trabalho e renda e desen-volvimento econômico local sem impactos e destruições ao meio

ambiente. O Programa Água Brasil, resultado da parceria entre Banco do Brasil, Fundação BB, WWF Bra-sil e Agência Nacional das Águas (ANA), é um dos destaques. O Programa visa a recuperação de 14 micro bacias hidrográficas e re-aliza ações de mobilização social em cinco cidades - Rio Branco/AC, Pirenópolis/GO, Natal/RN, Belo Horizonte/MG e Caixas do Sul/RS – com foco na coleta seletiva e na reciclagem de resíduos sólidos. A Fundação BB integra o Conselho Mundial da Água e investe em tec-nologias sociais que promovem

o protagonismo social e conserva-ção dos recursos hídricos.

Outro des-taque do livro é a TS Barragi-nhas, que re-tém águas das chuvas para utilização na agricultura fa-miliar, onde cerca de 10 mil unidades já fo-

ram reaplicadas pela Fundação BB em todo o país. A Fundação BB também mantém o Projeto São Bartolomeu Vivo, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com o objetivo de recuperar áreas degradadas às margens da Bacia do Rio São Bartolomeu – que abrange o Dis-trito Federal e o Estado de Goiás. E participa, ainda, do Programa Água para Todos, do Governo Fe-deral, que investirá na instalação de 60 mil cisternas de placas no semiárido brasileiro, possibilitan-do acesso à água potável para centenas de famílias.

Fruto do trabalho integra-do da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) e do IBGE, o recém-lançado Atlas Geográfico das Zonas Costeiras e Oceânicas do Brasil reúne in-formações sobre os recursos do mar, características geológicas, oceanográficas, biológicas e as-pectos socioeconômicos do litoral brasileiro. Com um novo concei-to da importância do mar para o país, o atlas propicia uma melhor compreensão dos ambientes ma-rinhos e costeiros brasileiros.

Os mapas que compõem o Atlas, elaborados com base em fontes nacionais e internacionais, ressaltam as várias dimensões – física, histórica, demográfica, econômica, social, cultural e na-

L E I T U R A

Livros e cartilha recém-lançados tratam do meio ambienteO jornal Voz das Águas preparou uma seleção de títulos para lei-tura, dada a grande quantidade de obras com temas ambientais

lançadas recentemente. Confira a nossa sessão especial de Lei-tura, com publicações de ONGs e órgão públicos como o Minis-

tério do Meio Ambiente (MMA), Fundação BB (Banco do Brasil), Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE), Confede-

ração Nacional de Agricultura (CNA), Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), ONG Viva Mar, entre outros.

Resultado de 30 anos de pesquisa sobre a vida marinha, a obra Peixes-de-Bico do Atlântico tem a renda destinada à conser-vação das espécies. São mais de 100 páginas coloridas. Os autores Alberto Amorim, Eduardo Pimen-ta e Christiana Amorim lançam junto com a obra a Campanha

Água e mudanças climáticas

Atlas geográfico das zonas costeiras

Peixes-de-Bico do AtlânticoCartilha ABC Socioambiental de Preservação dos Peixes-de-Bico. Toda renda do livro é revertida para a iniciati-va desenvolvida pela a Ong Viva-mar. Solicite o exemplar através do email [email protected]. Ou pelo telefone (11) 5093-8362. Cada unidade sairá no valor de R$ 55,00 com a postagem in-clusa. www.vivamar.com.br

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Voz das ÁguasJaneiro/Fevereiro 2012 7

O livro Estado do Ambiente – Indi-cadores Ambientais do Rio de Janeiro – Ano 2010, foi lan-çado em novembro de 2011 pela Secre-taria de Estado do Ambiente (SEA) e Instituto Estadual do Ambiente (INEA). A publi-cação pioneira é um raio-x das condições socioeconômicas e ambientais do Estado, o que possibilita aprimorar o plane-jamento do desenvolvimento das diversas regiões do estado, tendo como base ações de sus-tentabilidade. A SEA e o INEA firmaram um convênio com a Petrobras, para transformar o estudo em planos setoriais.

O lançamento do livro foi no Instituto Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. Na ocasião, o secretário estadual do Ambien-te, Carlos Minc ressaltou que a publicação é importante para identificar, por exemplo, áreas deficientes de infraestrutura e de investimentos ou saturadas de complexos industriais. A pu-blicação também identifica, por exemplo, onde o estado pode desenvolver a silvicultura.

Com capa dura e mapas

P R Ê M I O

Ney Matogrosso recebe Prêmio Greenmeeting

O cantor Ney Mato-grosso, criador da primeira e única Re-serva Particular do Patrimônio Natural

(RPPN) que existe em Saquare-ma, na localidade do Buracão, na Serra do Mato Grosso, foi home-nageado no XI Encontro Verde das Américas (Greeenmeeting), realizado no ano passado, em Brasília. O evento contou com a presença de importantes lideran-ças ambientais, autoridades, téc-nicos, professores, estudantes e formadores e multiplicadores de opinião na área socioambiental e da sustentabilidade.

A homenagem, na categoria cultural, deve-se ao fato do can-tor ser um defensor da natureza. Sendo um dos mais importantes artistas brasileiros, hoje toda sua produção artística é neutra em carbono. CDs, DVDs e seus shows têm a quantidade de emissão de gases de efeito estufa compensa-da com o plantio de árvores ne-cessárias para a compensação am-biental e o sequestro do carbono.

O Greenmeeting é um dos mais importantes espaços bra-sileiros para o debate de ideias e temas sobre a sustentabilidade. Representantes do Brasil e do mundo estiveram presentes, en-tre eles o líder indígena Marcos Terena, Valter Cardeal, da Eletro-brás, os embaixadores do México Alejandro Navarette, da Palestina, Ibrahim Mohamed Alzeben e de Israel, Rafael Eldad, além do am-bientalista Vilmar Berna, da agên-cia Envolverde e a embaixadora Cláudia Maciel, coordenadora de Desenvolvimento Sustentável do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. O evento foi coordenado por Ademar Leal.

A felicidade de Ney Matogrosso recebendo o merecido prêmio em Brasília durante o Greenmeeting

Ney Matogrosso fazendo o plantio de mudas, para compensar a emissão de

carbono de seus shows, CDs e DVDs. O cantor é um pioneiro

na luta ambiental no país

Livro revela os indicadores ambientais do Estado do Rio de Janeiro

Prevenção de desastres naturais

A Organização das Nações Unidas (ONU) vai abrir no Rio de Janeiro seu primeiro escritório fora da sede, para coordenar respostas a fenômenos naturais. A decisão foi tomada em

virtude da ocorrência reincidente de catástrofes no Brasil, que teve o terceiro maior número de mortes causadas por desastres naturais em 2011; as enchentes mataram 900 pessoas e o país está entre os 9 com maior registro de tragédias. Apenas o tsunami no Japão e as chuvas nas Filipinas deixaram saldo superior. O alto número de vítimas fez o governo brasileiro recorrer à ONU e, des-de novembro do ano passado, destinar recursos para abertura do escritório no Rio. Em 2011, ocorreram 302 desastres no mundo. Só no Japão, o tsunami fez quase 20 mil mortos. O segundo lugar é das Filipinas, com 1,4 mil mortos, seguido pelo Brasil.

coloridos, o livro tem mais de 30 indicadores e índices adotados/desenvolvidos pela Secretaria de Estado do Ambiente e pelo Instituto Estadual do Ambien-te (Inea). Dividido em 5 etapas, detalha a estrutura da análise, a origem e uniformidade dos dados, trata dos aspectos físico estruturais, da divisão político--administrativa e um pouco da história natural do estado, apresentando os indicadores de pressão, em geral decorrentes das atividades humana, vetores de mudanças do ambiente, além dos indicadores das condições físicas e institucionais do terri-tório fluminense. O livro reúne também os esforços efetuados pela SEA e INEA para solucionar ou mitigar os fatores de pressão, responsáveis pelas condições atuais do ambiente, caracteriza-das pelos indicadores de estado.

Fotos: Vilmar Berna

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8 Janeiro/Fevereiro 2012Voz das Águas

Câmaras TécnicasComunicação Social

n A comunicação social do Comitê de Bacia Lagos São João (CBHLSJ) vem dando uma gui-nada nos últimos tempos, desde que o jornal Voz das Águas passou a circular por todo o país, inclusive em versão online, no site www.vozdasaguas.com. Alavancado pelas redes sociais, facebook e twitter, com a missão de divulgar as ações do CBHLSJ e do Con-sórcio Intermunicipal Lagos São João, O Voz das Águas se tornou um espaço privilegiado de difu-são de ideias e ações ambientais. Paralelamente às 6 edições do Voz das Águas, no ano de 2011, foi efetuado também um trabalho de assessoria de imprensa, pela Tupy Comunicações e foi reformula-do o site institucional dos CILSJ/CBHLSJ, criado e mantido pela Hi-malaia Comunicações.

Apesar de todas estas ati-vidades, durante o ano de 2011 a Câmara Técnica de Comunica-ção (CTCom) ficou desativada e está retomando agora, no início de 2012, sua atuação. Neste sen-tido, a primeira reunião do ano foi em fevereiro, quando novos

membros foram apresentados e cumpriram uma extensa pauta, incluindo a eleição da nova coor-denação: a pedagoga Layla Garri-do, representante da Associação das Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema (AMEAS) e a jornalista Karla Dru-mond, que ficou como relatora.

Também foi feito um balan-ço das atividades da Assessoria de Comunicação Social em 2011 e foi apresentado um Programa de Comunicação Social, que será de-batido nas próximas reuniões. Na ocasião, a jornalista Dulce Tupy, editora do Voz das Águas, infor-mou que foi extinta esta assesso-ria do Comitê de Bacia Lagos São João, até que o Programa de Co-municação Social seja aprovado.

Realizou-se no final do ano passado uma reu-nião do Subcomitê da Bacia da Lagoa de Sa-

quarema na sede da Colônia de Pescadores Z-24, no Areal, em Saquarema. Coordenada pelo secretario executivo do Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João, Jaime Azulay, a reunião foi uma solicitação da Associação de Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema (AMEAS), durante uma reunião da Plenária das ONGs realizada no Consórcio Intermunicipal La-gos São João (CILSJ), tendo em vista o início das obras de abas-tecimento de água para o bairro de Jaconé e uma necessária dis-cussão sobre um futuro plano de esgotamento sanitário.

Outro assunto tratado foi a dragagem da Lagoa de Saquare-ma, que se encontra assoreada, e a necessidade de reforma no molhe de pedra da Barra Franca.

Segundo Henrique Frickman, do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), o estudo do novo molhe está em fase de conclusão. Ele in-formou também que está em fase de licitação a obra do Canal Verte-douro da Lagoa de Jacarepiá, em Vilatur, onde atualmente as águas doces da Lagoa de Jacarepiá ver-tem para as águas hipersalinas da Lagoa de Araruama, impactando o meio ambiente.

Responsáveis pela ativida-des do FUNBOAS, o Fundo de Boas Práticas do Comitê da Bacia Hidrográfica Lagos São João, em andamento na microbacia do Rio Roncador, feito em parceria com o Programa Rio Rural, da Emater- RJ, e com o Banco Mundial, no Terceiro Distrito de Saquarema, Sampaio Corrêa, os engenheiros Natalia Ribeiro e Gabriel Correa apresentaram as ações que estão sendo desenvolvidas, entre elas a construção de um viveiro de mu-das no Horto Florestal. A bióloga

Institucional Legal

n A aplicação de recursos do Comitê da Bacia Hidrográ-fica Lagos São João (CBHLSJ), oriundos da cobrança pelo uso da água, é um dos objetivos da Câmara Técnica Institucional Legal (CTIL). Coordenada pelo secretário executivo do CBHLSJ e engenheiro da CEDAE, Jaime Azulay, que ressaltou na última reunião da CTIL a excelente atu-ação do Consórcio Intermuni-cipal Lagos São João (CILSJ) na execução dos projetos, a CTIL acompanha os projetos execu-tados com recursos do FECAM (Fundo Estadual do Meio Am-biente).

Graças ao novo modelo adotado pela CTIL, que prevê o acompanhamento de prazos e execuções dos projetos, haverá agora maior transparência das ações do CILSJ, delegatária do CBHLSJ, com função de Agência de Águas na bacia. Por solici-tação do coordenador Azulay, na última reunião da CTIL, re-alizada em janeiro, na sede da Prolagos, também avaliou-se a importância dos projetos apre-

Subcomitê de Saquarema se reúne na Colônia Z-24necessidade de fiscalização am-biental, incluindo da empresa Itograss e das empresas do Polo Industrial de Saquarema. Parti-ciparam da reunião o secretário executivo do CILSJ, Mário Flávio Moreira, Bruno Pedrosa, da Se-cretaria Municipal de Meio Am-biente de Saquarema, membros das Associações de Moradores de Itaúna, Jaconé e Boqueirão, os coordenadores de progra-mas do CILSJ, Denise Pena e Artur Andrade, o presidente da Colônia de Pescadores Z-24 Ma-theus de Souza, o coordenador da Emater-RJ João Batista Perei-ra, o presidente da Coorperativa de Beneficiamento da Pesca e Pescado de Saquarema, Dilmar Santana, entre outros. No final, a estudante Jamille Marques, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentou estudos do enquadramento dos corpos hídricos, que faz parte de sua tese de mestrado.

Beatriz Vanacor sugeriu a inclu-são da aroeira na produção de mudas do viveiro.

Finalmente, foi aborda-do o tema do licenciamento de empreendimentos na bacia e a

Equipe técnica, com membros do CILSJ, da secretaria municipal de Agricultura e da Emater-RJ, visita o viveiro que está sendo construído no Horto Florestal em Saquarema

A Câmara Técnica Institucional Legal reuniu-se na sede da Prolagos e definiu diretrizes para a aprovação dos projetos do Comitê de Bacia Lagos São João

Layla Garrido

sentados ao CBHLSJ, rigorosa-mente identificados e descritos, para que haja controle de todo o processo.

O assessor jurídico do CILSJ, Fábio Jardim, explicou a necessidade e importância da correta identificação dos res-ponsáveis pelos projetos enca-minhados à CTIL, como um faci-litador do trabalho. Na ocasião,

houve também o parecer da CTIL ao Plano de Investimentos, ano base de arrecadação 2010, aprovado pelo CBHLSJ. Para ga-rantir constitucionalidade e le-galidade à dinâmica da análise e possível aprovação dos pro-jetos, a CTIL torna-se referência para a elaboração do Plano de Investimento com recursos do ano base de arrecadação 2011.

Edimilson Soares

Edimilson Soares