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VOZ ATIVA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES APOSENTADOS E PENSIONISTAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fundada em 5 de novembro de 1991 Novembro 2014 Ano 22, n.º 251 Brasília-DF PROSA NA ASA Em setembro contamos com a presença maciça de vários colegas e ami- gos. Foi muito gratificante poder passar o final de tarde em presenças tão agra- dáveis. O ambiente ficou ainda mais gostoso com a música da tecladista Ana Cândida e da flautista Sueli. Tivemos o tradicional bingo e o parabéns para você dos aniversariantes do mês. Em 28 (sexta-feira) de novem- bro serão comemorados os aniversários de novembro e dezembro. EXPOSIçãO DE ARTES PLáSTICAS NA CâMARA A ASA-CD, em parce- ria com o Centro Cultural da Câmara dos Deputados, pro- moveu uma linda exposição de arte, contando com vários talentos artísticos existentes em nosso meio. O evento foi destinado em comemoração ao Mês do Servidor. Realizado em uma das dependências da Câmara – a Galeria do Servidor, Anexo II – com visitação de 21 de outu- bro a 13 de novembro, de se- gunda a sexta-feira e das 9 às 17 horas, tem sido um sucesso e muito apreciado pelos co- legas aposentados e da ativa, além das pessoas que tramitam diuturnamente pela Casa. A inauguração foi pre- sidida pela Sra. Cássia Regina Ossipe Martins Botelho, Dire- tora-Geral Adjunta, com a par- ticipação da Sra. Isabel Mar- tins Flecha de Lima, Diretora do Centro Cultural, da Sra. Flavita Obino Boeckel, Cura- dora, do Sr. Ogib Teixeira de Carvalho Filho, Presidente da ASA-CD, e Sra. Olga de Melo Martins Pinheiro Miyamoto, nossa Diretora Social. Todos usaram da palavra enaltecendo o trabalho desenvolvido pelos colegas associados. Nesse mo- mento a colega Eni Fernandes Nunes Pereira recitou um bela poesia. Os nossos artistas ex- pressaram-se da mais variada maneira. A maioria, em pintu- ras a óleo, expressou os senti- mentos e a técnica de que são possuidores. Outros ainda o fi- zeram através da arte sacra ou de trabalhos em vidro. Na arte sacra, as peças foram elaboradas por Maria Laura Coutinho, num traba- lho muito especial. As obras em vidro ficaram por conta de Maria Alice Machado, que apresentou várias fruteiras co- loridas, todas muito belas. Nas pinturas a óleo foram expostos quadros demonstrando as mais variadas expressões e estilos. As consagradas expositoras são: Áurea Lagos da Mota, Ceres de Campos Charnaux Sertã, Darci das Graças Martins Alves, Dina Timo Galvão Vellasco, Gracinira Lopes da Silva, Gilka Moyses Santos Baptista, Haydea Pires, Helena Lima de Souza, Hortência Caetano de Sá, Josimira Ribeiro Alves, Lourdes Piazza, Maria Aparecida Campos, Maria Júlia Rabello de Moura, Maria Rosa Alves, Mônica da Cunha Bessada Lion, Terezinha Aparecida de Resende e Thereza Guidacci. A ASA-CD assim de- sempenhou com sucesso a sua função social. Parabéns aos nossos artistas!

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Page 1: Voz Ativa 247 - agosto 2014 - Página Inicial · VOZ ATIVA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES APOSENTADOS E PENSIONISTAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fundada em 5 de novembro de 1991 Ano 22,

VOZ ATIVAASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES APOSENTADOS E PENSIONISTAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Fundada em 5 de novembro de 1991Novembro 2014Ano 22, n.º 251 Brasília-DF

Prosa na asaEm setembro contamos com a

presença maciça de vários colegas e ami-gos. Foi muito gratificante poder passar o final de tarde em presenças tão agra-dáveis.

O ambiente ficou ainda mais gostoso com a música da tecladista Ana Cândida e da flautista Sueli.

Tivemos o tradicional bingo e o parabéns para você dos aniversariantes

do mês. Em 28 (sexta-feira) de novem-bro serão comemorados os aniversários de novembro e dezembro.

exPosição de artes Plásticas na câmara

A ASA-CD, em parce-ria com o Centro Cultural da Câmara dos Deputados, pro-moveu uma linda exposição de arte, contando com vários talentos artísticos existentes em nosso meio. O evento foi destinado em comemoração ao Mês do Servidor.

Realizado em uma das dependências da Câmara – a Galeria do Servidor, Anexo II – com visitação de 21 de outu-bro a 13 de novembro, de se-gunda a sexta-feira e das 9 às 17 horas, tem sido um sucesso e muito apreciado pelos co-legas aposentados e da ativa,

além das pessoas que tramitam diuturnamente pela Casa.

A inauguração foi pre-sidida pela Sra. Cássia Regina Ossipe Martins Botelho, Dire-tora-Geral Adjunta, com a par-ticipação da Sra. Isabel Mar-tins Flecha de Lima, Diretora do Centro Cultural, da Sra. Flavita Obino Boeckel, Cura-dora, do Sr. Ogib Teixeira de Carvalho Filho, Presidente da ASA-CD, e Sra. Olga de Melo Martins Pinheiro Miyamoto, nossa Diretora Social. Todos usaram da palavra enaltecendo o trabalho desenvolvido pelos colegas associados. Nesse mo-mento a colega Eni Fernandes Nunes Pereira recitou um bela poesia.

Os nossos artistas ex-pressaram-se da mais variada maneira. A maioria, em pintu-ras a óleo, expressou os senti-

mentos e a técnica de que são possuidores. Outros ainda o fi-zeram através da arte sacra ou de trabalhos em vidro.

Na arte sacra, as peças foram elaboradas por Maria Laura Coutinho, num traba-lho muito especial. As obras em vidro ficaram por conta de Maria Alice Machado, que apresentou várias fruteiras co-loridas, todas muito belas.

Nas pinturas a óleo foram expostos quadros demonstrando as mais variadas expressões e estilos. As consagradas expositoras são: Áurea Lagos da Mota, Ceres de Campos Charnaux Sertã, Darci das Graças Martins Alves, Dina Timo Galvão Vellasco, Gracinira Lopes da Silva, Gilka Moyses Santos Baptista, Haydea Pires, Helena Lima de Souza, Hortência

Caetano de Sá, Josimira Ribeiro Alves, Lourdes Piazza, Maria Aparecida Campos, Maria Júlia Rabello de Moura, Maria Rosa Alves, Mônica da Cunha Bessada Lion, Terezinha Aparecida de Resende e Thereza Guidacci.

A ASA-CD assim de-sempenhou com sucesso a sua função social. Parabéns aos nossos artistas!

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Nossa me Nsagem EXPEDIENTE

associação dos serVidores aPosentados e Pensionistas da câmara dos dePUtados (asa-cd)

PresidênciaOgib Teixeira de Carvalho Filho

Vice-PresidênciaPaulo Luiz Bastos Serejo

Leonildo MontúAna Amélia Beserra Bandeira de Mello

Diretoria de SecretariaMajaci Brandão Melo

Anamélia Ribeiro Correia de AraújoVera Lúcia Chaves

Diretoria FinanceiraEudes Gomes de Oliveira

João Rodrigues de CerqueiraDiretor Jurídico

Conceição José MacedoDiretora Social

Olga de Melo Martins Pinheiro MiyamotoConselho Fiscal

Roberto de Medeiros GuimarãesSindulfo Chaves Filho

Marialba de Lima MesquitaSuplentes

Luzia de Almeida Pinto KirjnerJoão Alencar Dantas

Maria de Fátima Lessa MagalhãesBiblioteca

E-mail: [email protected] atiVa

Jornalista ResponsávelManoel Damasceno (Mtb 0519/DF)

Colaboradores Anderson Braga Horta

Emanuel Medeiros VieiraRaimundo Floriano de Albuquerque e Silva

Vili Santo AndersenDiagramação

Tanívia Pinheiro Timbó (CRB1-DF 2.129) E-mail: [email protected]

ImpressãoQuerubins Gráfica|Editora Tel.: (61) 3465-2411E-mail: [email protected]

SEDEFinanceiro

Lívia Azevedo de LimaE-mail: [email protected]

SecretariaBianca Sousa Melo

E-mail: [email protected]ário de Atendimento: das 9 às 18h

SGAS 610 Conj-C Mód-70 Av L2 Sul Brasília-DFCEP 70200-700 Fones (61) 3244-3538/3244-6869

http://www.asacd.org.brTIRAGEM 3.200 exemplares

2 Voz Ativa, novembro 2014

Telefones úTeisCâmara dos Deputados (61) 3216-0000Centro de Informática/CD 3216-3636Consulegis (61) 3214-7342Coord. Inativos e Pensionistas 3216-7251Farmácia ASCADE Câmara 3216-9817LEGISCRED 3216-9988Marcação de Consultas 3216-7999Odontolegis (61) 3214-7339Pagamento de Pessoal 3216-7394Plano de Saúde ASCADE 3216-9818PRÓ-SAÚDE 3216-7968/7976Sindilegis (61) 3214-7300

Presidente da câmara manteVe comPromisso mas...

Falta de quórum na Câmara inviabilizou votação de projetos que beneficiam aposentados e pensionistas

Ogib Teixeira de Carvalho FilhoPresidente da ASA-CD

O Presidente Henrique Edu-ardo Alves manteve o compromis-so assumido em Natal, de pautar a PEC 555/2006, que requer o fim das contribuições previdenciárias, a PEC 339/2009, que propõe o di-reito ao adicional noturno aos ser-vidores públicos que recebem por subsídios, a PEC 170/2012, que garante proventos integrais ao ser-vidor que se aposentar por invali-dez, e o PL 4434/08, que reajusta o benefício da aposentadoria, todos importantes para aposentados e pensionistas. No entanto, a vota-ção esbarrou na falta de quórum para votação e não puderam ser apreciados.

A barreira mais importante e decisiva para não votarem essas propostas tem sido colocada pelo próprio governo. Temos total co-nhecimento de dificuldades que o governo está criando para aprova-ção da PEC 555, uma delas é aque-le famoso decreto da presidente Dilma em relação aos conselhos populares. A oposição quer derru-bá-lo através de outra medida le-gislativa, mas o governo não quer. Retirando sua base do plenário, esvazia o quórum. Essa é uma das dificuldades que estamos tendo.

A outra é que nos esforça-mos para haver uma real mobiliza-ção dos aposentados e pensionistas e a Câmara dos Deputados impe-diu o acesso ao Salão Verde, inclu-sive às galerias. Um inacreditável desrespeito para com os idosos que vieram de tão longe e com tantas dificuldades para defender interes-ses justíssimos e que quase nada

custam e que lhes têm sido retira-dos ano após ano. Isso dificultou a mobilização da categoria junto aos parlamentares, o acesso do povo a seus representantes.

Tudo que se queria era que os parlamentares pudessem nos ver e que se lembrassem dos com-promissos que assumiram, sobre-tudo o presidente da Casa.

No entanto, o presidente Eduardo Alves acenou com um esperançoso retorno após as elei-ções, afirmando que as matérias já estavam pautadas e que iriam a vo-tação assim que houvesse quórum em plenário.

Os presidentes do Mosap, Edison Haubert, e da Cobap, War-ley Martins, estarão presentes e mobilizando suas categorias após o 2.º turno. Nós da ASA-CD, dire-toria e associados, devemos todos comparecer, para nosso próprio benefício, na quarta-feira (29), du-rante todo o dia. Representantes do Sindilegis também estarão na Câmara dos Deputados para acom-panhar a possibilidade de votação das PECs e do PL em prol dos apo-sentados e pensionistas.

COMPAREÇAM... DE-FENDAM SEUS INTERESSES!

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3Voz Ativa, novembro 2014

Ler & EscreverSuplemento Literário

n.° 171

Ano XIII

as estrelas e a morte

crônica de edson nery da Fonseca, servidor aposentado da câ-mara dos deputados, onde exerceu com denodo, zelo e devoção a fun-ção de bibliotecário. Faleceu a 22 de julho de 2014. era conterrâneo de manuel Bandeira, a quem dedicou escritos que ressaltaram o mérito do poeta recifense. eis um deles:

Em 19 de abril de 1886 nascia no Recife o poeta Manuel Bandeira. Nascia na então muito quieta Rua do Ventura, que é hoje a movimenta-díssima Rua Joaquim Nabuco, passagem obrigatória de ônibus, caminhões, automóveis e outras viaturas que se destinam à zona Oeste da cidade. Em seu poema “Evocação do Recife”, escrito em 1925, Bandeira exclamou:

Rua da União...Como eram lindos os nomes das ruas da minha infânciaRua do Sol(Tenho medo que hoje se chame do Dr. Fulano de Tal)

Como as ruas da União, da Aurora e da Saudade, a do Sol con-tinua felizmente com o seu nome luminoso, mas a Rua do Ventu-ra passou a chamar-se Joaquim Nabuco. É verdade que o grande abolicionista não foi um Fulano de Tal qualquer; entretanto, seu nome poderia ter sido dado a outra rua, como foi a uma praça do bairro de Santo Antônio, na qual se ergue uma grande e bela estátua.

Na casa em que nasceu o po-eta funciona um restaurante que tem o nome do livro no qual reu-

niu seus poemas de circunstância: Mafuá do Malungo. Toda a am-bientação evoca a vida e a obra de Bandeira: retratos dele menino e homem feito, fotografias do velho Recife, reprodução da edição prín-cipe do Mafuá do Malungo (uma raridade bibliográfica impressa em Barcelona por João Cabral de Melo Neto em 1948) e até um boneco que o representa sentado diante de uma escrivaninha da época. Numa das paredes o retrato que perten-ceu à hoje inexistente Lojinha Pa-sárgada, mantida no Rio de Janeiro

pelo mercador de livros Carlos Ri-beiro. Noutra, uma bela fotomon-tagem do poema “Evocação do Recife” sobre gravuras antigas da cidade, trabalho do arquiteto/pin-tor Sidney Tendler, autor, aliás, de toda ambientação do restaurante.

Somente em 1892, quando tinha seis anos de idade, é que o poeta passou a residir com a fa-mília de seu avô materno na casa da Rua da União, imortalizada em seus versos:

– Estão todos dormindoEstão todos deitadosDormindoProfundamente

(Trecho da crônica de Edson Nery da Fonseca publicada no livro de vivências bandeirianas Alumbramentos e perplexidades – 2.ª edição; São Paulo; Arx, 2002.)

Morreram todos, é verdade: o avô, a avó, os pais, a irmã-enfermeira, as empre-gadas Rosa e Tomásia, os vizinhos. Como ele escreveu noutro poema do livro Liberti-nagem (1930) – poema no qual recriou, com elementos do folclore brasileiro, o tema universal ubi sunt:

Recife...Rua da União...

A casa de meu avô...Nunca pensei que ela acabasse!Tudo lá parecia impregnado de eternidade

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4 Voz Ativa, novembro 2014

almoxariFado PoÉticoV. s. andersen

contrastes

Harold Bloom, americano, crítico, estudioso da literatura universal, escreveu Gênio, livro que reúne os 100 maiores talentos da literatura universal (800 páginas). Lá incluiu um brasileiro: Machado de Assis. Prosador emérito, romancista e poeta. Autor do soneto “A Carolina”, dedicado a sua mulher quando esta faleceu.

Machado costumava ir à livraria da Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro (isso lá pelas bandas do século XIX) de pince-nez, bengala, fraque, camisa de linho com gola e punhos de renda. Eu, em pleno século XXI, habitante de Brasília, despojado de todos aqueles atributos literários, costumo ir à padaria Vitória, na quadra comercial 108/Sul, comprar o pão para o café da manhã, assim:

Paramentado vou à livraria:de óculos Ray-ban amarelosgravata borboleta e luvas brancas de renda. Desprecatado de camiseta, bermuda e chinelo, vou comprar pão na venda.

(Versos do poema “Diferença”, in Refúgio de Sonhos. Uma publicação da Ed. Thesaurus, de Brasília.)

temPo Bom

O poeta Agnor Lincoln da Costa, em boa hora, saúda a chegada do período de chuvas no Distrito Federal.

Chuva... é a chuva.Gente, tá chovendo!E a água é fria como quê.Uma beleza, a chuva...Que beleza!E como escureceu.Cada vez mais tá ficando escuro.Chovendo no mundo todo. Bonito, bonito.Tem um cheiro tão gostoso...Tá chovendo no mundo todo.Chovendo...No mundo todo.No mundo todo tá chovendo.Como é bonito!

agnor lincoln da costa é funcionário aposentado da Câmara dos Deputados. Além deste Os Restos que Conservei (poesias) o autor publicou o livro de contos O Velório dos Gatos.

Joias da Poesia do Brasil

Quando escrevia, sangrava.Sangue da alma se ouvia.

Versos do poeta Fernando Mendes Vianna, ex-funcionário do Senado Federal, extraídos do poema “O Ru-

bro”. O poeta faleceu em Brasília a 10.9.2006.

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Maria Rosa Alves

Thereza Guidacci Ceres Sertã

Dina Vellasco Helena Lima

mês do serVidor

A curadora Flávia Obino discursando

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Cida Campos Maria Júlia

Haydea Pires Gracinira

Áurea Lagos Lourdes Piazza

mês do serVidor

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Hortência Darci Martins

Maria Alice Terezinha Resende

Josi Ribeiro Todo mundo pronto para a abertura da Exposição

mês do serVidor

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Eni Fernandes Nunes Pereira declama os poemas “Dolores”, de Adélia Prado, e “Ser Artista”, de Neia Xitah Anamélia, Olga e Ana Amélia

Painel com todas as obras e Josi Ribeiro ao lado Obras sacras de Maria Laura Coutinho

Ogib Filho discursando

mês do serVidor

Gilka Baptista

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BiBlioteca da asa-cd

A Sublime Arte de Envelhecer, de Anselm Grün, tradução de Edgar Orth, tem o selo da Ed. Vozes, de Petrópolis, RJ, 2008.

Tendo em vista que o livro tem todos os direitos reservados e que nenhuma parte dele pode-rá ser reproduzida sem a permissão escrita da Editora, informamos apenas tratar-se de uma obra voltada ao idoso que deseja aprender a arte de envelhecer. O livro, que foi uma doação da associada Vera Regina Ferreira, encontra-se nesta Biblioteca à disposição dos leitores que desejam merecer as bênçãos para uma vida longa, serena e de autossuperação.

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transmissão da Final de 1958 É montada dÉcadas dePois Para aPreciadores e colecionadores

Demorou 56 anos mas, desde a última sexta--feira, o torcedor brasileiro já pode ver, na íntegra e com narração em português, o primeiro título Mun-dial de sua história no futebol.

O responsável pelo resgate histórico foi o en-genheiro Carlos Augusto Marconi, 64 anos, um espe-cialista em telecinagem que montou um verdadeiro quebra-cabeças durante anos até concluir o trabalho em 2008. Só nesta semana, no entanto, por ocasião de uma reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", o material foi disponibilizado no Youtube.

Para construir a transmissão da vitória brasi-leira por 5 a 2 diante dos donos da casa, a Suécia, o engenheiro utilizou áudio ambiente retirado de uma película inglesa, com imagens obtidas em 2006 e

narradas em russo. Ele as usou como base em vídeo e cobriu as imagens com áudios de rádios brasileiras.

O trabalho com o som foi ainda mais difícil. Além do áudio ambiente, ele queria usar narrações brasileiras da época. Mas os arquivos que obteve da Rádio Bandeirantes e da Rádio Nacional não tinham a narração completa. Cada um omitia uma parte do jogo. Por isso, ele resolveu juntar as duas. Como naquela época havia um narrador para cada lado do campo, a versão final ficou com quatro narradores. Faltou apenas um minuto do jogo para cobrir com o áudio, que ficou apenas com o som ambiente da partida.

Disponível no link https://www.youtube.com/embed/qd4TklxFOm8?rel=03

Contribuição de Pedro Freitas

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noVemBro

ParaBÉns, aniVersariantes!

1 - CARLA BERNADETTE DE OLIVEIRA, DULCINÉIA ROSALINO DA SILVA, ELISABETE VIVEIROS DE ALMEIDA, IVONETE PIMENTEL SARMENTO, PAULO BRILL, ROSA MARIA VIANNA DA FONSECA SA-RAIVA, SCHEILA MELLO SALGADO DE CARVALHO.2 - CECILIA SILVIA GUEDES ALCO-FORADO, EDIA DIAS PINHEIRO, ELIANA ARAÚJO DE AGUIAR, MA-RIA AMÁLIA DE CASTRO, NEIDE DE ALMEIDA MACHADO, ZILDA RO-DRIGUES DA COSTA.3 - DARCI CONSTANTINO, DARIU BATISTA DE CASTRO, JACY ARRU-DA PINTO, JOSÉ LUCENA BEZERRA, LUIZ FEITOSA DOS SANTOS, MAG-DA ROUEDE BERNARDES, MARIA DE FATIMA ARAGÃO SANFORD BARROS.4 - ANTÔNIA JESUS DOS SANTOS, LÍ-GIA CARDOSO MINERVINO, LOUR-DES BOMTEMPO DE MENDONÇA, LUÍS ANTÔNIO BARBOSA BERTOLI-NO, SANDRA MARA FIRMO RIBEI-RO, ZULMIRA SANTA PINTO MAN-DARINO.5 - AMÂNCIO MANOEL LOPES, BLA-VATES CRUZ COSTA, CHRISTEL LILLI BENDA, GILDA MOSCOSO RU-BINO, IRENE LAURINDA DA CON-CEIÇÃO, JOSEFA IRANI GONÇAL-VES DE OLIVEIRA, LUIZ ANTÔNIO BATISTA MACHADO, MANUELITA MARIA DE MENESES, MYRTHES DE SOUZA COELHO COSTA, ODETE GARCIA GUERRA, OVILIA DE ALEN-CAR LINO, PEDRO HENRIQUE DA SILVA, SÔNIA LACERDA FLEURY.6 - ANA LÚCIA DIAS CASTRO, CAR-MEN RUTH BENTES LEAL, SANDRA DA ROCHA MARMO DE OLIVEIRA.7 - ELIZABETH GARCIA DE LIMA, HELOÍSA HELENA SILVA RAMOS, HEYDERNE JOSÉ PEREIRA COELHO.8 - CONSTANTE CAETANO TUR-CHIELLO, EDSON CARLOS MOTA, FRANCY LOURDES PEREIRA BOR-GES, HAROLDO MARQUES PEREI-RA, IOLANDA RODRIGUES DA SIL-VA, LUÍS ALBERTO DE AVELAR DA SILVA.9 - HERCY MATTOS BABY, LUIZ FERNANDO GARCIA DE OLIVEIRA, MARGARIDA MARIA QUEIROZ OLI-VEIRA CABRAL, MARIA DE LOUR-DES BARBOSA, MIRIAM DOS SAN-TOS MEDEIROS, NELSON LEITE DA SILVA.10 - ALICE FONSECA TEIXEIRA DE OLIVEIRA, ANTÔNIO BANDEIRA DE

ASSUNÇÃO, ERNESTO LUIZ MAR-TINS DE ASSIS, MARIA NEUZA DE OLIVEIRA MARTINS, TERESINHA DE JESUS VERSIANI PITANGUI, ZILA DIAS.11 - ALBA CASTRO DA MATTA, HIL-TON ROBERTO DE MOURA SILVA.12 - CILMAN BAHURY GERUDE, EPHIGENIA DA LUZ DE SOUZA, FÁTIMA PEIXOTO DE LIMA, FRAN-CISCA HELENA NOGUEIRA DE SA RAMALHO, HERÁCLITO DA ROCHA SANTOS MACIEL, LUIZ GONÇAL-VES DE JESUS, RITA MARTINS CA-NHETE.13 - DARCY MARIA GASPARETTO CAMARGO, DINORAH FERNANDES GIOIA MARTINS, FRANCISCO NETO DE SOUSA, LUZIA MARIA DE JESUS BRANDÃO, NILO SANCHES LIMA, PEDRO PAULO GUIMARÃES RA-MALHO, SILVIA REGINA SANTANA CARVALHO.14 - ALÍRIA RODRIGUES CORRÊA, ARMANDO SAMPAIO LACERDA, CARLOS ALBERTO RAMOS, MARIA ELOÁ MOREIRA DA SILVA MARTINS PEREIRA, MARLY AZEVEDO RA-MOS, ZITA DA SILVA DE OLIVEIRA.15 - AURENI MOUTINHO MEDEI-ROS, CARLOS DOS SANTOS ALMEI-DA, DAVI ÁVILA MENEZES, DUL-CE LAUDELINA GOMES DA SILVA, MARLY GLÓRIA DO NASCIMENTO VALE, PAULO LUIZ BASTOS SEREJO.16 - ANA MARIA DE MEDEIROS, ARISTEU GONÇALVES DE MELO, CRHISTIANE RIBEIRO LANDIN, ES-MERALDA SILVEIRA E REIS, FIDE-LIS PAULO DAMIAO, FRANCISCO DOS SANTOS BARROS, JOÃO PE-DRO SILVÉRIO, JOAQUIM VASCON-CELLOS FERREIRA, JOEL MARIO DA SILVA, JOSÉ SANDOVAL MU-NIZ SOBRINHO, MANOEL ARAÚJO FERNANDES, MARIA DAS GRAÇAS DIAS, MARINALVA DA SILVA PORTO.17 - ANA REGINA LUSTOSA DE OLI-VEIRA, ANDERSON BRAGA HORTA, CARLOS ROBERTO SANTOS, CE-LIA MARIA COSTA, DALCA TARDIN MOREIRA, GILBERTO DE OLIVEIRA COUTINHO, MARGARIDA BARCKI, NATALINA VITORIA LAGO RIBEIRO, ODON FERREIRA LIMA, WALDIMIR CANUTO DE MELO.18 - AGNOR LINCOLN DA COSTA, HEITOR DUPRAT DE BRITTO PEREI-RA, JOSÉ CARLOS PEREIRA, MARIA HERMÍNIA VASCONCELOS NOLETO, MIRIAM DA CUNHA ALVES, VILMA CEZARINA VIEIRA BILIBIO.

19 - ANTÔNIO CARLOS CALDEIRA, FÁTIMA DE SALLES ROCHA, FRAN-CISCO ALBERTO SALES, ISABEL LUIZA DE FREITAS, JOSÉ BANDEI-RA, MAGNÓLIA MARIA DE FIGUEI-REDO VICENTE, MARCELO RIBEIRO E SILVA.20 - FERNANDO MARQUES, LUZIA CLÁUDIA SERAFIM TRES LOIOLA, MARIA ALICE DE PODESTÁ NAVAR-RO MAMEDE, MARIA LEITÃO MAR-TINS, MARIA SALOMÉ PEREIRA DA SILVA.21 - ANTONILA DA FRANCA CARDO-SO, MARLENE DA SILVA TORQUATO.22 - JOSÉ OLEGÁRIO TEODORO.23 - CARMEN SILVIA PIRES COSTA, CLEMENTE MARQUES DA SILVA, GRACI LIBERATO GONÇALVES, HENRIQUE DEURÍPEDES FROES, SÔNIA MARCELINO NASCIMENTO RIBEIRO DOS SANTOS.24 - ANILEDA DE BARROS BOANI PAULUCCI, JOSÉ BENTO, JURACY FEITOSA ROCHA, MARIA NEILY PIN-TO DE VASCONCELOS, NÓRIS MAR-TINS DE FARIA.25 - EDELMO ALMEIDA SILVEIRA, HENNALVA OLIVEIRA BRASILEIRO, IRACEMA CÂNDIDA COELHO MAR-QUES, MIRIAM PEREIRA CORDEIRO.26 - MARIA APARECIDA DE ARAÚJO, MARIZA DA SILVA MATA.27 - AMNERES SANTIAGO DE BRITO PEREIRA, MARIA DE JESUS SOUSA NOGUEIRA, MARIA DE LOURDES DE MACEDO BANTIN, SOLANGE SÉR-VIO DE SOUZA DE VASCONCELLOS, TERCIO MOREIRA MIRANDA, VI-CENTE PEREIRA DOS SANTOS.28 - FRANCISCA DE ASSIS ABREU DA ROCHA, GEISA MARIA BEZERRA DE MEDEIROS, MARIA CAROLINA PEREIRA FERREIRA, MARIA ISABEL COTA MENDES NEIVA, NILTON ME-NEZES, ROSÁLIA MARIA DO REGO MONTEIRO, SYMPHRONIO RENATO DE ALMEIDA.29 - BENEDITA JOSÉ DE CARVALHO, ÉDEN PEÇANHA DE SOUZA, ELIANE ALVES DE MATOS, GUMERCINDO VALENTIM, LIULAI LEITE LACER-DA, MIRIAM TEIXEIRA RODRIGUES, ROSI MERI COSTA RODRIGUES, VI-VALDO DE SANT’ANNA.30 - HILDA DE SENA CORRÊA WIE-DERHECKER, MARIA DA CONSO-LAÇÃO COSTA ARAÚJO PEREIRA, RISOLETA COUTO FARIAS, VERA REGINA FERREIRA.

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12 Voz Ativa, novembro 2014

oBitUário

EDNALVA MARIA GUIMARÃES FARIA DE DAVI †24/10/2014IRACY DE SOUZA †4/10/2014LEDA GAYER COSTA †24/9/2014 HENRIQUE GUALBERTO MULLER †9/10/2014RITA BORGES DE ANDRADE †6/8/2014

Fonte: COIPE

solidariedade Feminina

Se você só tem filhos ho-mens, não tem mãe nem irmãs, reza para morrer antes de sua es-posa. Se acontecer o contrário, meu amigo, é provável que seus últimos dias sejam passados com estranhos.

Vá aos hospitais. A proba-bilidade de ver um acompanhan-te do sexo masculino é mínima; ao lado de um doente internado, haverá sempre uma mulher, seja filha, esposa, irmã, mãe, nora ou amiga.

Sem pretender ofendê-lo, leitor sensível, capaz de cair em pranto convulsivo só de pensar no dia em que seus pais partirem, lamento prever que, ao ficar gra-vemente enfermos, eles pouco po-derão contar com você.

Não me interprete mal, não digo que vá abandoná-los num leito qualquer, à espera da morte. Você irá visitá-los quase todos os dias, na hora do almoço. Pergun-tará se estão bem, se precisam de alguma coisa, se as dores melho-raram, tomará providências prá-ticas, mas infelizmente precisará voltar para o escritório.

Em dias mais corridos, você deixará para ir no fim do expe-diente. Pedirá desculpas pelos três dias de ausência motivada pelo excesso de trabalho, repetirá as mesmas perguntas, reclamará do tempo perdido no trânsito, sentará no sofá durante quinze minutos, dirá que está exausto, morto de fome e que as crianças o esperam para o jantar.

Pode ser que você não se identifique com o personagem que acabo de descrever. Talvez

você seja do tipo ultrassensível, que gosta tanto do papai que se mortifica ao vê-lo naquele estado, e que, na hora de visitá-lo, não encontra forças. Aquele que não vai à casa da mamãe velhinha que perdeu o juízo, para não ter o co-ração despedaçado cada vez que ela o confunde com o verdureiro.

Talvez, ainda, você seja do tipo durão, acostumado a agarrar o boi pelos chifres. Nas visitas--relâmpago, você fará o possível para animá-lo. Insistirá em que é preciso reagir, que esmorecer é desmerecer, que o pessimismo é metade do caminho para a sepul-tura, além de outras pérolas reti-radas dos calendários seichonoiê.

Irá embora irritado, decep-cionado com a passividade do progenitor, convencido de que ele se acha naquela situação porque é – e sempre foi – antes de tudo um fraco.

Existe uma característica comum a esses cavalheiros, sejam sensíveis, ultrassensíveis ou du-rões: são cidadãos responsáveis, tão dedicados ao trabalho que não lhes sobra tempo para nada. Se não passam uma noite sequer com a mãe hospitalizada é porque pre-cisam correr atrás do ganha-pão.

Por incrível que pareça, os circunstantes aceitam e repetem essa justificativa, como se as mu-lheres não passassem de um ban-do de desocupadas, à disposição dos doentes.

Mesmo quando ela é arrimo de família, casada com um daque-les cidadãos que esganaria o in-ventor do trabalho, fosse-lhe dada a oportunidade de encontrá-lo, é

ela que passará a noite ao lado do sogro acamado. A explicação? Os homens são desajeitados para es-sas coisas.

Em mais de quarenta anos de medicina assisti a tantas de-monstrações de empatia e solida-riedade feminina com as pessoas doentes que aprendi a considerar as mulheres seres mais evoluídos do que nós. São capazes de esque-cer da própria vida para lutar pela saúde de um ente querido. Nem falo no caso de um filho, já que o amor materno é instinto visceral, mas de gente mais distante: tios, primas e amigas que, se depen-dessem de nossa companhia, esta-riam solitárias.

Apesar de me render à gran-deza da alma feminina, reconheço a parcela de culpa que cabe às mu-lheres na gênese do egocentrismo masculino nessas situações.

No afã de proteger o filhi-nho, as mães procuram mantê-lo distante de tudo que lhe possa tra-zer tristeza. Tão naturais e inevi-táveis como o dia e a noite, a do-ença e a morte são entendidas por elas como experiências extremas das quais o pimpolho deve ser poupado.

Estranhamente, a filha não é educada da mesma maneira. Des-de pequena é estimulada a cuidar das bonecas doentes, a ajudar a mãe quando o irmãozinho está gripado. Essa exposição precoce às vicissitudes de nossa existência interage com o espírito feminino, deixando marcas que se refletirão na forma peculiar como as mulhe-res lidam com o sofrimento hu-mano.

Drauzio Varella

Fonte: http://drauziovarella.com.br/mulher-2/solidariedade-feminina/

“Deixamos algo de nós para trás ao deixar um lugar;permanecemos lá, apesar de termos partido.Há coisas em nós que só reencontraremos ao voltar.Viajamos ao nosso encontro quando vamos a um lugar aondevivemos parte de nossa vida, por mais breve que tenha sido.”

(Da novela “Trem Noturno para Lisboa”, de Pascal Mercier.)