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Porto 27-01-2012Com o apoio de

Razão do estudoRazão do estudoRazão do estudoRazão do estudoRazão do estudoRazão do estudoRazão do estudoRazão do estudo

ObjetivosObjetivosObjetivosObjetivosObjetivosObjetivosObjetivosObjetivos e e e e e e e e âmbito do estudoâmbito do estudoâmbito do estudoâmbito do estudoâmbito do estudoâmbito do estudoâmbito do estudoâmbito do estudo

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14%

57%

76%89%

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78%65%

30%

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10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Áreas de atuação

57%

3 2 % 3 0 %

51%

3 %

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Formas de captação

Caracterização das instituições• Das 56 indicadas pela FEC → responderam 37

• Inquérito → questionário online ou papel

• Origem → 75% católica

• Captação de voluntários → espontânea e Pastoral organizada

• Países alvo VM → PALOP (+Moçambique e Angola)

• Captação de recursos → +Angariação de fundos e doações

• Áreas de atuação

78

396

2 17 18 1863

439

6 25 19 19

203

620

2439 47 47

0

200

400

600

1988 a 2000 2000 a 2005 2005 a 2010

Total de Voluntários - Progressão e Duração da Missão

Menos de 1 mês Entre 1 e 3 meses Entre 3 e 6 meses

Entre 6 meses e um ano Entre 1 e 2 anos Mais de 2 anos

Caracterização das instituições• Aumento exponencial de voluntários e de duração de

missão, predominando menos de 1 mês e essencialmente entre 1 e 3 meses

• Evolução de voluntários por área de atuação → 2000 a 2005 (5 anos) mais que entre 1988 a 2000 (12 anos) em todas as áreas → 2005 a 2010, aumento extraordinário, 30 a 50% em cada área

• Destaca-se o maior aumento na área de Desenvolvimento Comunitário e

Educação/Alfabetização/Formação

• Verifica-se que também cada vez mais os voluntários permanecem no terreno mais tempo do que o previsto inicialmente e/ou voltam a repetir a experiência

• Grande evolução na organização do VM → áreas que progrediram mais:

– qualidade da formação proporcionada aos voluntários missionários

– especialização das instituições em áreas de atuação mais direcionadas

– recrutamento de voluntários

51%

8% 5%

27%

8%

35%

11%11%

35%

8% 5%

19%22%

49%

5%

0%

20%

40%

60%

1988 a 2000 2000 a 2005 2005 a 2010

Tempo de formação

Até 10 horas Entre 10 e 30 horasEntre 30 e 50 horas Mais de 50 horasTota l Ins t que não res pondem

Caracterização das instituições

0 %3 %

8 %3 %3 %

8 %

0 %

8 %

19 %1 4 %

0 %0 %

2 2 %

14 %

3 5%3 0 %

16 %

5%

3 0 %

2 2 %19 %

3 8 %

3 5%

5%

3 8 %

4 6 %

8 %8 %

3 8 %

19 %

11%8 %

11%8 %8 %

6 2 %

0%

20%

40%

60%

1 2 3 4 5 NR

Peso conteúdos abordados

Relacionamento Humano Espiritualidade/Carisma

Formação técnica na área de acção Informação sobre as populações e contextos de vida

Voluntariado/M issão Outros(s)

• Formação → aumento significativo de horas

• Peso dos temas abordados

2.2%

36.5%

5.8%

0.7%

36.5%

1.5%0.7%2.2%

5.1%

0.7%5.8%1.5%0.7%

0%

10%

20%

30%

40%

Até 25 anos 26 a 35 anos 36 a 45 anos Mais de 45

anos

Idade/Estado Civil

Casado(a) com registo Casado(a) sem registo Divorciado(a)

Solteiro(a) Viúvo(a)

Caracterização dos voluntários

• As mais diversas idades e estados civis → mas predominam os jovens e solteiros

Género

75.9

24.1

Feminino Masculino

Caracterização dos voluntários

Escolaridade2.9 12.4

70.1

14.6

3º Ciclo do Ensino Básico (9º Ano)Ensino Secundário (12º Ano)Ensino Superior (Bacharelato ou Licenciatura)Mestrado ou doutoramento

• Maioritariamente do género feminino e com curso do ensino superior

• 90% professa uma religião

Situação profissional16.1

43.815.3

24.8

Desempregado Emprego estável

Emprego temporário Estudante

Caracterização dos voluntários

Competências

técnicas/académicas/profissionais

71%

27%2%

Sim Não Não responde

• Mais estudantes ou com emprego estável e com autonomia financeira

• Mais de metade exerce profissões de especialistas de atividades intelectuais e científicas (professores, psicólogos, profissionais de saúde, etc.)

• Consideram que têm competências técnicas/académicas/profissionais para as funções que vão desempenhar em missão

24%

22%

43%

11%

0%

20%

40%

60%

VM este verão - Sim VM este verão - Não

Continuidade de VM

Experiência anterior de VM - Sim Experiência anterior de VM - Não

Caracterização dos voluntários

Como se implicou no VM14.6

24.8

3.651.8

5.1

Através da pastoral organizadaAtravés de amigos/familiaresAtravés de publicidadeDe forma espontâneaOutra

• Há continuidade na experiência de VM → 24% afirmou que ia repetir a experiência durante o verão de 2011

• Envolvimento no VM →

forma espontânea (cerca de 50%), através de familiares/amigos, Pastoral organizada

MotivaMotivaMotivaMotivaMotivaMotivaMotivaMotivaçççççççções do ões do ões do ões do ões do ões do ões do ões do voluntvoluntvoluntvoluntvoluntvoluntvoluntvoluntáááááááário rio rio rio rio rio rio rio

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Voluntariado Missionário - prática de relação de dádiva

LAÇO SOCIALEU OUTRO

DÁDIVA

(Dar-receber-retribuir)

Gratuitidade Liberdade

Ao serviço do: Dimensão simbólica: Dar é “dar-se”

Motivações

Experiência cristã:Confere sentido, estímulo, orientação à acção do cristãoEstabelece uma relação baseada na caridade cristã

► Altruísmo► Aprendizagem e desenvolvimento pessoal► Sentido de pertença► Reconhecimento social► Religiosa

ImpactoVoluntário

► Dependente da qualidade da relação estabelecida

► Transformação pessoal e das motivações

► Reciprocidade assimétrica: dinâmica da dádiva.

Ir e Voltar Ir e Voltar Ir e Voltar Ir e Voltar Ir e Voltar Ir e Voltar Ir e Voltar Ir e Voltar retratos da vida do retratos da vida do retratos da vida do retratos da vida do retratos da vida do retratos da vida do retratos da vida do retratos da vida do

voluntvoluntvoluntvoluntvoluntvoluntvoluntvoluntáááááááário missionrio missionrio missionrio missionrio missionrio missionrio missionrio missionááááááááriorioriorioriorioriorioAnAnAnAnáááálise preliminar de histlise preliminar de histlise preliminar de histlise preliminar de históóóórias de rias de rias de rias de vida de voluntvida de voluntvida de voluntvida de voluntáááários missionrios missionrios missionrios missionááááriosriosriosrios

Histórias de Vida

• “(…) a história de vida parece-nos ser um instrumento suscetível de nos dar uma interpretação do real social capaz de preservar a especificidade da pessoa. Esta prática apareceu-nos como particularmente fecunda, repondo o individuo no seu vivido eventual e iluminando a parte humana e singular da globalidade social. Pensamos que estas pesquisas podem conduzir a novas interrogações sobre as nossas sociedades, se a análise e o uso que delas se fizer escapar à tentação do intimismo subjetivo e à da estruturação reducionista do social.”

• (Poirer, Clapier-Valladon e Raybaut, 1999:157)

O que se procurou saber….

• o perfil do voluntário missionário;

• as principais motivações que levam os voluntários missionários a partir em situação de missão;

• o contexto organizacional que se encontra subjacente à mobilização do voluntariado missionário;

• o impacto da experiência da prática do voluntariado missionário, na vida dos voluntários missionários;

• o impacto da experiência voluntária missionária na vida das comunidades por onde passaram e onde se encontram atualmente.

Perfil: o desafio da sua construção

�Competências

�Características pessoais

�Auto-representações

Algumas considerações em torno de um perfil

• Os voluntários missionários são maioritariamente mulheres, embora a representatividade masculina tenha vindo a ganhar terreno nos últimos anos.

• São pessoas com habilitações académicas elevadas. Normalmente exercem profissões marcadas pela relação com o outro, e pelo cuidado a prestar ao outro.

• Verificamos uma relativa representatividade de profissionais ligados à área da educação.

Algumas considerações em torno de um perfil

• Competência âncora encontra-se na relação com o outro;

• Humildade em contexto multicultural;

• O poder omnipresente na relação social;

• A flexibilidade no trabalho e a capacidade de, imediatamente, fazer face ao imprevisto, (constitui uma dimensão quase transversal aos discursos);

• A capacidade de adaptação a situações novas e a condições adversas; a tolerância e a compreensão face ao outro; a capacidade de relação com o outro que, desde logo, é culturalmente diferente.

Motivações

Socialização familiar e vivência na Fé Cristã

�aprendizagem e desenvolvimento pessoal e social;

�pertença social a uma comunidade, a uma causa ou a uma organização.

Contexto organizacional subjacente

• Organizações promotoras de voluntariado:

�Organizações cognitivas

� Organizações humanas

Espontaneidade e informalidade dos processos e

procedimentos, por exemplo, ao nível da seleção, do

recrutamento e da formação de potenciais voluntários

Passar o testemunho

Desencontro entre necessidades detetadas e conhecimentos e competências “oferecidos”

Diagnósticos iniciais mais rigorosos

Avaliação de projetos sociais a juntar ao processo de autoavaliação

Ir …..e Voltar

�Resiliência

�Gestão de emoções e afetos

�Ética

�Estado de graça

�Autoestima

�Recomeço: adaptação a novas situações

Ser voluntário missionário, uma expressão do trabalho social, uma espécie de calling

• “E eu penso que a diferença tem a ver … ésobretudo, não tanto a nível profundo de valores, quando o voluntariado é bem exercido, mas mais a nível de pertença e de organização….o voluntariado missionário insere-se muito mais num contexto de valor que tem a ver com o ser cristão...é motivado ... por este contexto, destes valores já predefinidos, ou seja, vamos enviados em nome de Cristo….”(Ent. M 2)

Experiência de Experiência de Experiência de Experiência de Experiência de Experiência de Experiência de Experiência de voluntariadovoluntariadovoluntariadovoluntariadovoluntariadovoluntariadovoluntariadovoluntariado

Quando aqui cheguei nada era como

tinha imaginado…

Com trabalho de campo feito em

Portugal e aqui, fiquei feliz por ter

“construído” uma sala eficaz e

acolhedora .

Pela falta de estruturas básicas, aprendi a lidar e acima de tudo a tratar doenças, que iam surgindo nas “minhas” tão doces crianças.

Pela falta de condições e, apesar dos sintomas físicos visíveis nalgumas destas crianças por uma fraca alimentação, pouco rica não só na quantidade como também na diversidade, somos surpreendidos todos os dias com a sua criatividade e alegria.

Não poder fazer tudo não significa

não fazer nada e, assim sendo,

esforcei-me para tornar o mundo

destas crianças melhor.

DiDiDiDiDiDiDiDiáááááááálogologologologologologologologo

Obrigada pela sua presença