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Volume 1 Capítulo 1 1

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Volume 1 – Capítulo 1

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Volume 1 – Capítulo 1

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Volume 1 – Capítulo 1

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Volume 1 – Capítulo 1

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Volume 1 – Capítulo 1

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Capítulo 1

A garota sem nome

1

"Ahhh..."

A sensação de acordar é a pior.

Afinal, quando você acorda para ver sua irmã dançando num ritmo de samba

apaixonadamente enquanto pisa por todo seu estomago, peito ou cabeça, diferente

de um grupo especial de pessoas, ninguém estaria infeliz.

Segunda-feira, 10 de abril.

Ontem foi o último dia das Férias de Primavera, então hoje era dia de aula.

Enquanto esfregava os olhos turvos, Shidou declarou numa voz baixa:

"Ahh, Kotori. Minha irmãzinha fofa."

"Ohhhhh!?"

Só então ela finalmente notou que Shidou estava acordado. A irmãzinha com o pé

ainda no estômago de Shidou— Kotori virou a cabeça enquanto ajeitava seu

uniforme do ensino fundamental.

Seu cabelo comprido, separado em duas chiquinhas, balançou quando ela olhou

para Shidou através de seus olhos redondos como bolotas.

Incidentalmente, mesmo tendo sido apanhada pisando em alguém no início da

manhã, ela não parecia estar xingando secretamente, tipo "Merda!" ou "Fui pega!".

Se alguma coisa, parecia que estava honestamente feliz por Shidou ter acordado.

Volume 1 – Capítulo 1

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Oh, e da posição de Shidou, havia uma visão deslumbrante das suas roupas de

baixo.

Volume 1 – Capítulo 1

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Não era como se tivesse apenas mostrando um vislumbre. Até falta de vergonha

tem limites.

"O que é? Meu irmão fofo!"

Kotori respondeu, sem mostrar nem um sinal de tirar o pé.

No caso de que esteja imaginando, Shidou não é fofo. (atraente?)

"Bem, saia de cima de mim. Você é pesada."

Kotori deu um aceno exagerado com a cabeça e pulou da cama.

O estômago de Shidou foi caiu com o impacto de um golpe.

"Gfhu!"

"Ahahaha, gfhu! Ahahahaha!"

"..."

Shidou silenciosamente puxou o cobertor sobre sua cabeça.

"Ahh! Hey! Por que está dormindo de novo!?"

Kotori aumentou sua voz, balançando Shidou lentamente.

"Só mais dez minutos...”

"Não mesmo! Acorde agora!"

Depois de sentar e fazer careta por causa da tontura resultante de balançar a

cabeça ainda atordoada, Shidou abriu a boca com um gemido.

"F-fuja..."

"Eh?"

"...Na verdade, eu fui infectado com o 'se eu não dormir por mais dez minutos, vou

fazer cócegas na minha irmã para o vírus mortal', a.k.a¹ o C-Vírus..."

"O-o quê!?"

_______________________________________________________________________________________________

a.k.a¹ – Also Know As – também conhecido como.

Volume 1 – Capítulo 1

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Kotori estava surpresa como alguém que encontrou uma mensagem de aliens

escondida.

"Fuja... enquanto eu ainda posso me controlar..."

"M-Mas, o que você vai fazer!?"

"Não se preocupe comigo... enquanto você estiver segura..."

"Não mesmo! Irmão!"

"Gaaaaahh!"

"Kyaaaaaaaaaaaaaa!"

Shidou jogou o cobertor, movendo animadamente as duas mãos e rugindo,

enquanto Kotori corria com um grito medonho.

"...Sigh" ?

Expirando, ele se cobriu com a coberta de novo. Olhando o horário, ainda eram

antes das 6.

Resmungando, ele subitamente lembrou-se de algo.

Com o seu cérebro meio adormecido acordando lentamente, as memórias da

última noite ressurgiram.

Ambos os seus pais saíram numa viagem de trabalho ontem.

Por causa disso Shidou foi temporariamente deixado a cargo da cozinha, e então

Shidou, que era ruim para acordar, pediu a Kotori para ajudá-lo.

"Ah..."

Incomodado que poderia ter feito alguma coisa ruim, ele rapidamente saiu da

cama.

Segurando o cabelo pós-acordar e suprimindo um bocejo, Shidou se arrastou para

fora do quarto.

Nesse momento, o pequeno espelho pendurado na parede chamou sua atenção.

Um garoto cuja franja estava para invadir sua visão, provavelmente porque ele não

tem cortado o cabelo faz um bom tempo, estava projetando uma aparência idiota

de Shidou.

"..."

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Junto com sua visão decadente, sua aparência também estava levemente

degradante. Suspirando, ele desceu as escadas e entrou na sala.

"...Huh?"

Uma visão levemente diferente da normal o recebeu.

A mesa de madeira que estava no meio da sala, agora estava de lado, como se

tivesse virado uma barricada. Atrás disso, uma cabeça com marias-chiquinhas

estava tremendo levemente.

"..."

Silenciando seus passos, Shidou se aproximou do lado da mesa.

Certamente, Kotori estava sentada abraçando seus joelhos e tremendo.

"Graaaaaahh!"

"Kyaa!Kyaaaaaa!"

Quando Shidou agarrou-a pelos ombros, Kotori soltou um grito desesperado

enquanto suas pernas ficaram moles.

"Calma, calma! Eu sou meu eu normal."

"Gyaaa!Gyaa...ah? I-Irmão?"

"Aham, exato."

"Você...Você não é mais assustador?"

"Está tudo bem agora. Eu sou amigo da Kotoli."

"Oh, ohhhhhh."

Quando Shidou falou na sua voz de bebê, seu rosto angustiado relaxou lentamente.

Era como se ela fosse um esquilo Fox que tinha tido seu coração aberto.

"Desculpa, desculpa. Eu vou fazer o café da manhã agora mesmo."

Depois de soltar a mão de Kotori e levantar, Shidou botou a mesa de volta ao lugar

que pertencia e entrou na cozinha.

Trabalhando na grande companhia de eletrônicos que ambos construíram, os pais

de Shidou frequentemente estavam longe de casa ao mesmo tempo.

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Nessas horas, sempre era responsabilidade de Shidou preparar a comida, então ele

já estava acostumado com isso. Na verdade, ele estava confiante de que poderia

usar as ferramentas de cozinha melhor que sua mãe.

Enquanto Shidou fritava alguns ovos na frigideira, ele ouvia o som da TV vindo por

detrás dele. Parecia que Kotori tinha se acalmado e ligado a TV.

Pensando nisso, parece que Kotori tinha uma rotina diária de comer enquanto

checava horóscopos ou rodas da fortuna.

Bem, a maioria das rodas da fortuna vinha no final dos programas principais, e que

são obviamente, apenas especulações. Depois de passar por todos os canais, Kotori

começou a assistir o que parecia ser um programa chato de notícias.

"-Hoje de manhã cedo, no subúrbio da cidade de Tenguu—"

"Huh?"

Ao ouvir o conteúdo do programa de notícias inútil que normalmente poderia

servir apenas como BGM², Shidou levantou uma sobrancelha.

A razão era simples. Vinda da voz clara da anunciante, ele ouviu o nome de uma

rua familiar.

"Nnn? É bem perto daqui. Alguma coisa aconteceu?"

Debruçando-se sobre o balcão, ele estreitou sua visão e encarou a TV.

Na tela, a imagem de uma rua que havia sido absurdamente destruída estava sendo

exibida.

Prédios e ruas tinham sido reduzidos a montanhas de pedregulhos.

A devastação era como o impacto de um meteorito ou talvez a cena de um ataque

aéreo.

Shidou encolheu os ombros e soltando a respiração, disse:

"Ahhh... Então isso foi um spacequake."

Como se cansado, ele balançou a cabeça.

Um 'space earthquake' se refere ao fenômeno do tremor de uma grande área.

_______________________________________________________________________________________________

²BGM – Background Music. No caso seria meio como música de fundo.

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Era um termo genérico dado para explosões, terremotos, desaparecimentos e

coisas do tipo que ocorrem por motivos desconhecidos em horários e lugares

aleatórios.

Isso aconteceu bem no meio da Eurásia- a região que continha países como a União

Soviética, China e Mongólia desapareceram apenas numa noite.

Para a geração de Shidou, só olhar as fotos do livro texto era desagradável.

Era como se tudo sobre o chão tivesse sido raspado, deixando absolutamente nada

para trás.

O número de vítimas era de cerca de 150 milhões. Foi a maior catástrofe mortal na

história humana.

Nos seis meses que se seguiram, incidentes similares ocorreram em uma escala

menor ao redor do mundo.

Shidou não conseguia lembrar o número exato, mas foram cerca de 50.

Em terra, nos polos, no oceano, até em pequenas ilhas, esses casos foram

confirmados.

Claro, Japão não era uma exceção.

Seis meses após o “Eurasia Sky Disaster”, a região de Tokyo do Sul até a Prefeitura

de Kanagawa virou um círculo de terra queimada, como se uma borracha tivesse

apagado tudo.

Exatamente— isso inclui a área que Shidou está vivendo hoje em dia.

"Mas isso subitamente parou de acontecer por um tempo, certo? Por que isso

voltou a ser frequente?"

"Eu me pergunto por que...?"

Com a pergunta de Shidou, Kotori, ainda encarando a TV, inclinou a cabeça.

Depois do acidente em Kanto do Sul, spacequakes não tem sido detectados por um

tempo.

Entretanto, cinco anos atrás, começando num canto da reconstruída Cidade

Tenguu, esses fenômenos misteriosos começaram a aparecer aqui e ali de novo.

De qualquer maneira, a maioria deles aconteceu no— Japão.

Claro que os humanos não ficaram sentados sem fazer nada durante esses 25 anos

entre eles.

Volume 1 – Capítulo 1

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Começando trinta anos atrás nas áreas em que a reconstrução foi terminada,

abrigos subterrâneos se espalharam numa velocidade explosiva.

Junto com o fato de que se tornou possível observar precursores de spacequakes,

uma equipe de respostas á desastres certificada pela JSDF³ foi criado.

O propósito deles é viajar pelas áreas de desastre e reconstruir as estradas e

instalações destruídas, mas seu trabalho pode ser apenas descrito como mágica.

Depois de tudo, as estradas completamente destruídas podem, em um período

insanamente curto, serem restauradas para como costumavam ser.

Seu trabalho foi classificado como super secreto, então nenhuma informação foi

disponibilizada ao público, mas quando você vê um prédio desabado ser

restaurado numa noite, você não pode evitar em sentir como se tivesse visto um

truque de mágica.

De qualquer maneira, mesmo se o trabalho de reconstrução pudesse ser feito

realmente rápido, isso não significa que houvesse uma pequena ameaça dos

spacequakes.

"Não parece que a área ao redor daqui tem tido um monte de spacequakes?

Principalmente ano passado."

"..Hmm, parece que sim, huh. Talvez é um pouco cedo..."

Kotori murmurou, enquanto apoiava a parte superior do corpo nos braços do sofá.

"Cedo? O que?"

"Nnn..., nada."

Dessa vez Shidou quem inclinou a cabeça.

Não por causa do que Kotori disse, mas sim porque a última metade da frase

parecia um pouco abafada.

"..."

Silenciosamente ele circulou em torno do balcão e andou em direção ao sofá em

que Kotori estava apoiada.

"Kotori, vire para cá por um instante."

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³JSDF – Japan Self-Defense Force. – Força de Autodefesa do Japão, ou alguma coisa assim. É como se

fossem os militares de lá.

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"..."

*bonk*

"Guhh!"

Kotori segurou sua cabeça com as mãos e virou com um solavanco. Um barulho

estranho veio da sua garganta.

Mesmo que fosse um pouco antes do café da manha, Kotori tinha seu lanche

favorito, Chupa Chups na boca.

"Hey! Eu já não te disse para não comer lanches antes das refeições?"

"NNNnnn! NNNnnnnn!"

Levando embora o doce e trazendo um bastão, ele encontrou Kotori tentando

resistir fazendo beicinho.

Shidou ficou tenso quando olhou para onde estava para bater, desde que ele

realmente não queria bater em alguém com essas características tão fofas.

“... Jeez. Você deveria comer seu café propriamente!"

No final, foi Shidou quem cedeu. Ele coçou a cabeça de Kotori e voltou para a

cozinha.

"Ohh! Eu te amo irmão!"

Shidou acenou adequadamente as mãos e voltou ao trabalho.

"..Agora que eu penso nisso, hoje é a cerimônia de abertura do ensino médio,

certo?"

"Certo~"

"Então você volta na hora do almoço... Kotori, algum pedido?"

Depois de Kotori pensar sobre isso com um "Hmmmmm", ela balançou a cabeça e

subitamente levantou.

"Prato Infantil Deluxe!"

Isso era uma opção oferecida em um restaurante familiar próximo.

Shidou endireitou o corpo e assim deu uma reverência de desculpas.

"Isso não pode ser preparado nessa loja."

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"Ehh~"

Enquanto chupava um pirulito, Kotori respondeu com uma voz insatisfeita.

Shidou deu um suspiro alto e encolheu os ombros.

"Tanto faz, não há nada que eu possa fazer. É uma ocasião especial, então vamos

almoçar fora."

"OHHH! Sério?!"

"Sim. Então vamos nos encontrar no restaurante familiar de sempre depois do

colégio."

Shidou disse e Kotori esfregou as mãos em excitação.

“Não volte com a sua palavra! É uma promessa! Você tem que estar lá nem que um

terremoto comece ou uma erupção vulcânica, ou um spacequake aconteça, ou o

restaurante esteja ocupado por terroristas!

"Não, se tiverem terroristas lá nós não vamos comer."

"Você tem que estar lá!"

"Certo, certo, entendi."

Ouvindo Shidou dizer isso, Kotori vigorosamente levantou as mãos no ar com um

"Whooooo~!"

A partir de hoje à noite, eles teriam que comer em casa por um tempo, mas era a

cerimônia de abertura para os dois. Toda essa luxúria estaria ok.

Bem, quem sabe se um almoço de crianças que custa 780 yen realmente conta

como luxo.

"Nnnn..."

Shidou esticou levemente e abriu a janelinha da cozinha.

O céu estava claro. Parecia que aquele seria um dia bom.

2

Eram em torno de 8:15 da manhã quando Shidou chegou no colégio.

Depois de verificar a lista de salas posta no corredor, ele entrou na sala onde

passaria seu próximo ano.

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"Segundo ano, Classe 4, huh?"

Desde o spacequake há trinta anos, a região de Tóquio do Sul até a Prefeitura de

Kanagawa— em outras palavras, a região de terra vazia criada pelo spacequake foi

reconstruída como cidades-teste, usando várias técnicas novas.

O colégio público que Shidou frequentava, Raizen High School, era um exemplo.

Cheio de facilidades para se orgulhar, esse colégio que ninguém acreditaria que

fosse público foi construído apenas alguns anos atrás, então ainda estava em

perfeitas condições. Claro, sendo um colégio construído numa área de desastres

antiga, ele veio equipado com o mais novo tipo de abrigo subterrâneo.

Por essas razões a taxa de requerimento era alta, então Shidou, que decidiu entrar

no colégio apenas por "ser perto de casa", teve que trabalhar duro.

"Mmmm..."

Com um zumbido leve, ele inspecionou a sala.

Ainda havia um pouco de tempo antes da hora da aula, mas boa parte das pessoas

já se reuniram.

Haviam pessoas exultantes por estarem na mesma classe, pessoas sentadas

sozinhas parecendo entediadas, e pessoas com vários outros tipos de reação... mas

não parecia haver ninguém que Shidou conhecesse.

Enquanto Shidou movia sua cabeça para verificar o mapa de assentos no quadro,

"—Itsuka Shidou."

Inesperadamente, detrás dele, uma voz calma falou monotonamente.

"Huh...?"

Ele não reconheceu a voz. Curioso, virou.

Uma menina magra estava lá.

A garota tinha um cabelo que mal chegava ao ombro e um rosto que parecia de

boneca.

Provavelmente não existe alguém que possa descrever melhor como "tipo-boneca".

Embora nobre como uma criatura precisamente artificial, ao mesmo tempo, seu

rosto não parecia conter nenhum tipo de emoção.

"Eh...?"

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Shidou rapidamente olhou ao redor da sala, e inclinou a cabeça.

"...Eu?"

Como não conseguia achar nenhum outro Itsuka Shidou por perto, ele apontou

para si mesmo.

"Sim."

Sem nenhum sentimento especial, a garota imediatamente respondeu, dando um

breve aceno em direção a Shidou.

"Por que você sabe meu nome...?"

Shidou perguntou e a garota, como se confusa, inclinou a cabeça.

"Você não lembra?"

"...Uhm."

"Entendi."

Shidou hesitou em responder, e a garota, parecendo particularmente deprimida,

deu um breve comentário e andou até uma carteira perto da janela.

"O que... está acontecendo, exatamente?"

Shidou coçou o rosto e franziu a testa.

No caso, parecia que ela conhecia Shidou, mas teriam eles se encontrado em algum

lugar antes?

*pow*

"Gefhuu!"

Enquanto Shidou estava imerso em seus pensamentos, um tapa magnífico acertou

suas costas.

"O QUE ESTÁ FAZENDO, TONOMACHI!?"

Ele imediatamente reconheceu quem era o agressor, e gritou enquanto esfregava

as costas.

"Hey, você parece bastante animado, sua besta sexual Itsuka."

O amigo de Shidou, Tonomachi Hiroto, antes mesmo de ficar animado por estar na

mesma sala, como se para mostrar seu cabelo encerado e corpo musculoso, cruzou

os braços e inclinou o corpo levemente enquanto ria.

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"...Sex... O que você disse?"

"Besta sexual, seu bruto. Eu tirei meus olhos de você só por um momento e você

ficou todo atirado. Quando e como você se aproximou da Tobiichi, huh?"

Envolvendo seus braços em torno da cabeça de Shidou enquanto sorria,

Tonomachi perguntou.

"Tobiichi...? Quem é essa?"

"Vamos, não aja como um idiota. Agora mesmo vocês estavam conversando

animadamente, não estavam?"

Tonomachi apontou o queixo para a carteira perto da janela.

E lá estava sentada a garota de antes.

Como se notando que estavam a encarando, a garota ergueu os olhos do livro,

virando para olhar para eles.

"..."

A respiração de Shidou ficou presa em sua garganta enquanto ele desviava os olhos

estranhamente.

Por outro lado, Tonomachi estava sorrindo e acenando de uma maneira

excessivamente familiar.

"..."

A garota, não demonstrando nenhuma reação particular, voltou o olhar para o livro

em suas mãos.

"Aí, olhe, ela é sempre desse jeito. De todas as garotas, ela é a mais difícil, sendo

comparada com a Guerra Fria, ou Mahyadedosu¹. Como diabos você conseguiu

fazê-la falar com você?"

"Huh...? D-Do que você está falando?"

"Mentira, você realmente não sabe?"

"...Hmm, ela realmente estava na nossa sala ano passado?"

Ao Shidou dizer isso, Tonomachi segurou as mãos em uma pose "Eu não acredito

nisso", fazendo uma expressão surpresa. Ele era alguém que gostava de imitar as

reações dos Westerners.

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"Vamos lá, cara, é Tobiichi, Tobiichi Origami. Ela é a super gênio que o nosso

colégio se vangloria. Você nunca ouviu de nada sobre isso?"

"Não, essa é a primeira vez que ouço falar sobre isso... ela é mesmo tão incrível

assim?"

"Nem incrível pode descrevê-la. Suas notas estão sempre nos primeiros lugares do

ano, e no simulado há não muito tempo atrás, ela teve uns resultados loucos e foi

direto pro todos da nação."

"Huuuh? Por que alguém assim está num colégio público?"

"Não sei. Provavelmente alguma coisa como circunstâncias familiares?"

Dando de ombros, Tonomachi continuou.

"De qualquer jeito, isso não é tudo, as notas de EF dela estão também sempre no

topo, e ao mesmo tempo ela é bonita. No 'Ranking das Namoradas Mais Desejadas -

Treze Melhores' do último ano, ela ficou em terceiro, eu acho. Você não viu?"

"Eu nem sabia que existia alguma coisa assim. Ou melhor, as treze melhores? Por

que esse número?"

"Porque a garota que organizou isso tinha treze anos."

"...Aaah."

Shidou riu fracamente.

"Falando nisso, o 'Ranking dos Namorados Mais Desejados' chegou aos 358

melhores."

"Tudo isso!? O final dele está perto do pior ranking não é? O organizador que

decidiu isso também?"

"Ahh. Ele realmente não sabia quando desistir."

"Em que lugar você está Tonomachi?"

"No 358º lugar."

"O organizador era você!?"

"Os motivos para que eu ficasse nessa colocação incluíam: 'sua paixão parece ser

bem forte', 'ele parece ser peludo' e 'suas unhas devem cheirar mal'."

"Como eu pensava, esse é o pior ranking!"

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"Bem, abaixo disso tem apenas as pessoas que ninguém votou. Pelo menos com

pontos mínimos eu consegui vencer."

"Isso está chegando um pouco longe demais! Com um rank desses, seria melhor

desistir."

"Não se preocupe Itsuka. Você foi posto como Sr. Anônimo e ganhou um voto e o

52º lugar."

"Resposta errada!"

"Bem, outras razões incluem: 'ele não parece se interessar por mulheres' e 'para

ser honesto, ele parece ser homo'."

"É um martelo de ferro trazendo morte por calúnia irracional!"

"Apenas acalme-se. Na "Escolha Fujoshi dos Melhores Casais", eu e você estamos

no topo do ranking como um casal."

"EU NÃO ESTOU NEM UM POUCO FELIZ COM ISSO!"

Shidou gritou. Ele estava levemente preocupado em fazer parte do casal, em

primeiro lugar.

De qualquer maneira, parecia que Tonomachi não se importava nem um pouco (ou

melhor, ele parecia ter superado isso), quando cruzou os braços e voltou para o

assunto.

"Bem, de qualquer maneira, não é exagero dizer que ela é a pessoa mais famosa do

colégio. Itsuka, sua ignorância consegue surpreender até mesmo esse grande

Tonomachi."

"Que tipo de personagem você está tentando ser?"

Ao Shidou dizer isso, o sinal familiar que ele tem ouvido desde seu primeiro ano

tocou.

"Oops."

Agora que pensou nisso, ele ainda não tinha confirmado sua carteira.

Shidou seguiu o mapa escrito no quadro e colocou a mochila na carteira de dois ao

lado da janela.

Logo depois, ele notou.

"...Ah"

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Como se por uma ironia do destino, a carteira de Shidou era ao lado do da pessoa

no topo do ano.

Tobiichi Origami fechou e guardou o livro assim que o sinal parou de tocar.

Ela então sentou olhando diretamente para frente, com uma postura tão bonita

como se medida com uma régua.

"..."

Sentindo-se um pouco estranho por algum motivo, Shidou voltou os olhos para o

quadro, como Origami também tinha feito.

Como se combinado, a porta da sala abriu com um barulho. De lá, saiu uma mulher

baixa usando óculos de aros finos, e andou até a mesa da professora.

Ao redor, os alunos estavam sussurrando animadamente.

"Então é a Tama-chan..."

"Ah, é a Tama-chan."

"Sério? Yeahh!"

-No geral, coisas boas estavam sendo ditas.

"Certo, bom dia á todos. Nesse ano, eu vou ser a professora de todos dessa sala,

meu nome é Okamine Tamae."

A professora de estudos sociais, Okamine Tamae- apelidada por Tama-chan- falou

em um ritmo lento e se curvou. Talvez tenha se curvado um pouco demais, pois os

óculos escorregaram um pouco, ao que ela colocou no lugar rapidamente.

Seu rosto de criança e corpo pequeno que não podia nem passar em ser da mesma

geração dos seus alunos combinavam com sua postura descontraída, tornou-a

bastante popular entre os alunos.

"...?"

No meio dos alunos animados, a expressão de Shidou endureceu.

Sentada do lado esquerdo de Shidou estava Origami, que estava encarando na sua

direção intensamente.

"..."

Por um momento, seus olhos se encontraram. Shidou rapidamente desviou os

olhos.

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Por que ela estava encarando Shidou- não, ela poderia não estar encarando ele,

havia a possibilidade de que fosse alguma coisa atrás dele, mas no momento

Shidou não conseguia se acalmar.

"...O-o quê exatamente está acontecendo...?"

Ele murmurou silenciosamente, enquanto uma gota de suor descia pelo seu rosto.

Desde então, aproximadamente três horas se passaram.

"Itsuka~, você não tem nada para fazer de qualquer maneira, certo, que arranjar

alguma coisa para comer?"

A cerimônia de abertura tinha acabado, e enquanto os alunos terminavam de

arrumar as coisas e sair da sala, Tonomachi, com a mochila pendurada no ombro,

começou a conversar.

Além do período de testes, ela raro a escola terminar de manhã. Aqui e ali, grupos

de amigos estavam discutindo aonde ir para almoçar.

Shidou estava prestes a acenar, mas com um "ah" ele parou.

"Desculpe. Eu tenho planos para hoje."

"O QUÊ? Uma garota?"

"Ahhh, bem... sim."

"MENTIRA!"

Tonomachi fez um V com os braços enquanto levantava o joelho, fazendo uma pose

parecida com o Glico⁴

"O que diabos aconteceu nas férias de primavera!? Você não está satisfeito nem

depois de ter sido capaz de falar com a Tobiichi, mas agora uma promessa de

almoçar com uma garota!? Nós não prometemos virar mágicos juntos!?" ⁵

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⁴Glico- É uma empresa que tem esse logo aqui -> Logo

⁵ Existe um ditado no 2ch dizendo que se você é um virgem de 30 anos, você vira um mágico.

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"Não, eu não me lembro dessa promessa... e de qualquer forma, é apenas a Kotori."

Shidou respondeu e Tonomachi deu um suspiro de alívio.

"Que merda, não me assuste!"

"Você quem tomou conclusões precipitadas."

"Meh, se é a Kotori-chan então não tem problema. Posso ir junto?"

"Mm? Ahh, acho que tudo bem..."

Logo que Shidou terminou, Tonomachi colocou os cotovelos na mesa de Shidou e

falou em voz baixa.

"Hey hey, Kotori-chan está no segundo ano do ensino médio, certo? Estaria tudo

bem em ela arranjar um namorado ou alguma coisa por agora?"

"Huh?"

"Uhum, não tem nenhum significado oculto por trás disso, mas o que Kotori-chan

pensaria sobre um garoto três anos mais velho que ela?"

"...Na verdade, esquece. Não ouse vir junto."

Shidou estreitou os olhos, e empurrou de volta rosto de Tonomachi, que tinha

chegado mais perto.

"Haha. No caso, eu não sou tão idiota a ponto de perturbar seu feliz encontro entre

irmãos. Eu tento jogar seguindo as regras."

"Você sempre diz um pouco mais do que deveria."

Agarrando as bochechas, Tonomachi fez uma expressão inesperada enquanto

falava.

"Mas cara, você não acha a Kotori-chan super fofa? Poder morar sob o mesmo que

ela deve ser incrível."

"Se você realmente tivesse uma irmã mais nova, eu acho que você iria

definitivamente mudar de opinião."

"Ah... Você ouve muito isso. Então é verdade que pessoas com irmãs mais novas

não tem esses fetiches?"

"É, elas não são garotas. São apenas criaturas chamadas irmãzinhas."

Volume 1 – Capítulo 1

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Shidou afirmou fortemente e Tonomachi sorriu timidamente.

"Esse é realmente o caso, huh?"

"Esse é realmente o caso. Se você tentar encontrar algo que não é exatamente uma

garota, seria provavelmente uma irmã mais nova."

"E irmãs mais velhas?"

"..Onnashi?" ⁵

"Wooow, uma mulher da cidade!"

Rindo, Tonomachi respondeu.

-Nesse momento.

UUUUUUUuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu————

"Huh!?"

A janela da sala balançou violentamente enquanto uma sirene soava

desagradavelmente pelas ruas.

"O-O que está acontecendo?"

Tonomachi abriu a janela e olhou lá fora. Surpreso pela sirene, um incontável

número de corvos voaram para o céu.

Os alunos que permaneceram na sala pararam de conversar e olharam fixamente,

os olhos arregalados.

⁵Onnashi – traduzindo literalmente, “mulher da cidade”. Por outro lado, onaji significa “o mesmo”,

então não se sabe se ele realmente quis dizer isso...

Volume 1 – Capítulo 1

24

Seguindo a sirene, uma voz mecânica que pausava depois de cada palavra,

provavelmente para facilitar o entendimento, saiu.

"—Isso não é, um teste. Isso não é, um teste. O antechoque, foi observado. A

ocorrência, de um spacequake, foi prevista. Pessoas da vizinhança, por favor,

movam-se para o abrigo mais próximo, imediatamente. Repito—"

Nesse instante, a sala silenciosa encheu de arquejos dos alunos.

—Alerta de spacequake.

O palpite de todos foi confirmado.

"Oi oi... Sério?"

Tonomachi pronunciou numa voz seca enquanto suava profusamente.

De qualquer maneira, em termos de tensão e aflição, Shidou, Tonomachi e os

outros alunos da sala estavam relativamente calmos.

Pelo menos nenhum dos alunos parecia ter entrado em pânico.

Depois dessa cidade ter sido destruída severamente pelo spacequake trinta anos

atrás, crianças como Shidou foram treinadas persistentemente em exercícios de

evacuação desde o jardim de infância.

Além disso, aquilo era um colégio. Existia um abrigo subterrâneo que caberia todos

os alunos.

"O abrigo está bem aqui. Se nós calmamente nos escondermos, então vai ficar tudo

bem."

"C-Certo, está certo."

Tonomachi assentiu com as palavras de Shidou.

O mais rápido possível sem correr, eles saíram da sala.

O corredor já estava cheio com os alunos, formando uma fila em direção ao abrigo.

"Tobiichi...?"

Exatamente, correndo pelo corredor com a saia batendo estava Tobiichi Origami.

"Hey! O que você está fazendo!? O abrigo é na outra direção—"

"Eu estou bem."

Volume 1 – Capítulo 1

25

Origami parou por um instante, dizendo apenas isso e, mais uma vez, voltou a

correr.

"Bem... o quê...?"

Intrigado, Shidou virou a cabeça e se juntou a fila de alunos com Tonomachi.

Ele estava levemente preocupado com Origami, mas talvez ela simplesmente

houvesse esquecido alguma coisa e voltou para pegar.

Na verdade, mesmo que o sinal tenha sido emitido, não significava que um

spacequake aconteceria imediatamente. Se ela voltasse rápido, então ficaria bem.

"A-Acalmem-se por favooor! É, assim mesmo, beeem devagaar! Lembrem se

'okashi'⁶, O-Ka-Shi! Não empurrem, não corram ”

Da frente, ecoou a voz de Tamae, direcionada aos alunos.

Ao mesmo tempo, risadinhas saíam dos estudantes.

"...Vendo alguém que está mais afobado que eu, me acalma por algum motivo."

"Ahh, eu meio que entendo o que você quer dizer."

“Shidou deu uma risada leve, e Tonomachi respondeu com uma expressão

similiar.”

Diante de um professor que parecia completamente inseguro como Tama-chan,

mais do que inseguros, na verdade a tensão dos alunos parecia ter sumido.

E assim, Shidou lembrou-se de certa coisa, procurou o bolso e tirou o celular.

"Hm? O que foi Itsuka?"

"Nada. Licença por um instante."

Enquanto ignorava a pergunta, ele selecionou o nome 'Itsuka Kotori' na lista de

contatos e discou.

Entretanto— não atendia. Todas as vezes que tentou, o resultado foi o mesmo.

"...Merda. Será que ela conseguiu evacuar?"

Se ela ainda não tiver deixado o colégio então estaria tudo bem.

_____________________________________________________________________

⁶ Okashi é meio que um aviso para evacuação, “osanai, kakenai, shaberanai” (não empurre, não corra,

não converse)

Volume 1 – Capítulo 1

26

O problema era que havia a possibilidade que ela tivesse deixado o colégio e

estivesse indo para o restaurante familiar.

Na verdade, deveria haver abrigos públicos por perto, então normalmente não

teria problema... mas por alguma razão Shidou simplesmente não conseguia se

livrar daquele sentimento sinistro.

Ignorando o fato de que o alerta já havia sido emitido, por algum motivo a imagem

de Kotori esperando Shidou como um cachorrinho obediente surgiu em sua mente.

Na sua cabeça, as palavras de Kotori, "É uma promessa!" giravam e ecoavam.

"B-Bem, nós fizemos uma promessa absoluta de nos encontrarmos mesmo se um

spacequake acontecesse, mas... nem ela é tão estúpida assim... Oh, certo, ainda tem

isso."

O celular de Kotori deve ter um serviço de GPS instalado.

Manipulando seu celular, o GPS mostrou um mapa da cidade na tela, que tinha um

ícone vermelho marcado.

"..."

Vendo isso, a garganta de Shidou travou.

O ícone que mostrava a localização de Kotori estava exatamente na frente do

restaurante familiar prometido.

"Aquela idiota..."

Amaldiçoando, ele guardou o celular sem desligar a tela e deslizou para fora da fila

de alunos.

"H-Hey, onde você está indo, Itsuka!?"

"Desculpe! Eu me esqueci de algo! Vá na frente!"

Respondendo Tonomachi enquanto ia à outra direção, ele correu em direção á

entrada contra o fluxo da fila.

Desse jeito, Shidou rapidamente trocou os sapatos e quase caindo para frente

correu para fora.

Passado o portão do colégio, ele desceu a colina em frente ao colégio.

"...Desde que a situação ficou desse jeito, nós vamos apenas avaliar

normalmente...!"

Volume 1 – Capítulo 1

27

Correndo o mais rápido que podia, Shidou gritou.

Espalhando-se na vista de Shidou, havia uma cena muito estranha.

Estradas sem carros em movimento, uma cidade desprovida de todos os sinais de

pessoas.

Nas ruas, nos parques, até mesmo nas lojas de conveniência, não restou nem uma

pessoa.

A presença das pessoas que estavam aqui alguns minutos atrás foi deixada para

trás, as figuras dessas pessoas simplesmente desapareceram. Era como um filme

de terror.

Desde o desastre há trinta anos, aquela era a Cidade Tenguu que foi

cuidadosamente reconstruída enquanto lidava nervosamente com os spacequakes.

Ignorando as facilidades públicas, até mesmo a porcentagem de famílias normais

ganhando um abrigo são as maiores do país.

Por causa da frequência dos spacequakes recentemente, as pessoas evacuaram

rápido.

Mas mesmo assim...

"Porque essa idiota teimosa está esperando lá...!"

Ele soltou um grito e abriu o celular enquanto continuava correndo.

O ícone que mostrava a posição de Kotori permaneceu na frente do restaurante

familiar.

Enquanto decidia qual seria a punição de Kotori, ele continuou mexendo os pés em

alta velocidade em direção ao restaurante familiar.

Ele não estava fazendo nada como regular o passo ou alguma coisa assim. Ele

apenas correu implacavelmente para o restaurante familiar o mais rápido que

podia.

Seus pés doíam e as pontas dos seus dedos ficaram dormentes.

Sua cabeça estava atordoada, a garganta começou a colar e um ruído podia ser

ouvido de dentro da sua boca.

Entretanto, Shidou não parou. Coisas como perigo ou cansaço não entravam na sua

mente, desde que estava cheio com o único pensamento de chegar onde Kotori

estava.

Volume 1 – Capítulo 1

28

Mas—

"...?"

Enquanto corria, Shidou olhou para cima. Ele pensou que tinha visto alguma coisa

se mover na borda da sua visão.

"O que são... esses..."

Shidou franziu as sobrancelhas.

Haviam três... talvez quatro. No céu, coisas que parecia com humanos estavam

flutuando.

Mas Shidou imediatamente parou de ligar para isso.

O motivo—

"Uwaahhh...!?"

Shidou instintivamente cobriu os olhos.

A rua á sua frente foi subitamente engolfada com uma luz ofuscante.

Ele foi seguido por uma explosão ensurdecedora e uma onde de choque violenta

atingiu Shidou.

"O qu-"

Shidou reflexivamente cobriu o rosto com os braços e colocou a força nas pernas,

mas foi inútil.

A pressão do vento, que era como a de um tufão, soprou e tirou-lhe o equilíbrio,

fazendo-o cair para trás.

"Que... O que diabos aconteceu...?"

Enquanto esfregava os olhos que continuavam piscando, ele empurrou seu corpo

para cima.

"-Huh—"

Vendo a paisagem que se espalhou pela sua visão, Shidou soltou um ruído de

surpresa.

Depois de tudo, a rua que estava logo na sua frente alguns momentos atrás, no

breve período em que Shidou fechou os olhos—

Volume 1 – Capítulo 1

29

Sem deixar nada para trás, ela simplesmente 'desapareceu'.

"O-O que é isso, o que diabos aconteceu, isso é..."

Ele murmurou, em transe.

Não importa que metáfora você use, não seria uma piada.

Era como se um meteorito tivesse caído na terra.

Não, se alguma coisa, era como se tudo no chão houvesse desaparecido

completamente.

A rua na sua frente foi raspada, na forma de uma tigela rasa.

E, na esquina da rua que havia se tornado uma cratera—

Havia alguma coisa como um amontoado de metal, que subiu.

"O que...?"

Por causa da distância, ele não conseguia discernir os mínimos detalhes mas— ele

viu que a forma era alguma coisa parecia com o trono que um rei de RPG sentaria.

Entretanto, isso não era o importante.

Havia uma garota usando um vestido estranho, que parecia estar de pé sobre o

trono com o pé no braço (do trono).

"Essa garota— porque ela está em um lugar como esse?"

Ele podia apenas ver vagamente, mas ele conseguia identificar o cabelo preto longo

e a saia que estava radiante com um brilho misterioso. Ele provavelmente não

estava errado sobre ela ser uma garota, entretanto.

A garota casualmente examinou a área, subitamente virando o rosto em direção á

Shidou.

"Un...?"

Ela notou Shidou... Provavelmente. Era muito longe, então ele não podia dizer

exatamente.

Como Shidou estava intrigado com isso, a garota se movimentou mais.

Com um movimento oscilante, ela parecia ter agarrado algo que foi crescendo

detrás do trono e lentamente foi puxando-o.

Aquilo era— com uma lâmina larga, uma espada enorme.

Volume 1 – Capítulo 1

30

Emitindo um brilho ilusório como o de um arco-íris ou de uma estrela, era uma

lâmina curiosa.

A garota sacudiu a lâmina e a trilha que deixou, traçou um caminho tênue de luz.

E depois—

"Eh...!?"

A garota encarou Shidou e com um braço, balançou a espada horizontalmente.

Ele instantaneamente abaixou a cabeça. Não, colocando com mais precisão, os

braços de Shidou, que estavam sustentando seu corpo, perderam a força e como

resultado, a parte superior do seu corpo caiu.

"O qu-"

O rastro da lâmina passou pelo lugar onde estava a cabeça de Shidou.

Claro, não era uma distância que uma espada podia alcançar fisicamente.

Entretanto, ela certamente—

"...Haah—"

Com os olhos bem abertos, Shidou virou a cabeça para trás.

As casas, as lojas, as árvores á beira da estrada, os sinais e assim por diante, que

estavam atrás de Shidou foram cortados na mesma altura.

Um segundo depois, o som de destruição ecoou como um trovão distante.

"Eeek...!?"

Aquilo tinha ido além da compreensão de Shidou. Tremendo, seu coração apertou.

-Qual o significado disso?

A única coisa que ele entendeu era que se não tivesse abaixado a cabeça naquele

momento, agora ele estaria que nem a cena atrás dele, relativamente reduzida.

"P-Pare de brincar comigo...!"

Como se puxando um corpo que houvesse sido cortado na cintura, Shidou se

arrastou para trás. Assim que possível na medida do possível, eu tenho que sair

desse lugar...!

Entretanto.

Volume 1 – Capítulo 1

31

"-Você também... huh"

"...!?"

Uma voz extremamente cansada saiu de cima da sua cabeça.

Sua visão, que estava um passo atrás, agarrou-se com seus pensamentos.

Na frente dos seus olhos, estava a garota que a um momento atrás não estava ali.

Exatamente, era a mesma garota que estava no meio da cratera agora a pouco.

"Ah—"

Intencionalmente, sua voz saiu.

Ela devia ter mais ou menos a mesma idade de Shidou, ou talvez um pouco mais

nova.

Dentro do seu cabelo que ia até o joelho, estava um rosto que possuía tanto beleza

quanto dignidade.

No centro, um par de olhos que emitiam um brilho misterioso, quase como cristais

que refletiam uma variedade de cores de luz em todas as direções.

Sua roupa era bem estranha. Com a forma de um vestido de princesa, era feito com

uma matéria que não podia dizer se era roupa ou metal. Além disso, suas costuras,

peças internas, saia e tal foram compostas de um filme ou luz misterioso que não

pareciam mesmo ser de um material físico.

E nas mãos, ela estava segurando a espada enorme que devia ter em torno do seu

próprio peso.

A anormalidade da situação.

A estranheza da sua aparência.

A singularidade de sua existência.

Todos eles seriam muito mais do que o suficiente para capturar a atenção de

Shidou.

Entretanto.

Sim, Entretanto.

O que roubou os olhos de Shidou não continham impurezas.

"smdash, smdash"

Volume 1 – Capítulo 1

32

Nesse momento.

O medo da morte, até mesmo a necessidade de respirar, foram esquecidos, quando

seus olhos foram pregados na garota.

Aquilo era tudo isso.

A garota era tão intensamente... linda.

"—Qual o..."

Atordoado, Shidou falou pela primeira vez.

Mesmo que minha garganta e meus olhos sejam destruídos por blasfêmia, pensou.

A garota lentamente moveu seu olhar para baixo.

"...seu nome?"

Sua voz, carregando a dúvida vinda do fundo do seu coração, sacudiu o ar.

Entretanto.

"-Eu não tenho tal coisa."

Com um olhar triste, a garota respondeu.

"---"

Foi então que os olhos de Shidou e da garota se encontraram pela primeira vez.

Ao mesmo tempo, a garota sem nome, com uma melancolia extrema, enquanto

fazia uma expressão de que estava prestes a chorar, chamou a espada novamente

com um 'kachiri⁷.

"Espere, espere, espere!"

Com um pequeno som, seu tremor retornou. Shidou gritou desesperado.

Mas a garota simplesmente lançou um olhar confuso á Shidou.

"...O quê?"

"O-O que voce está planejando fazer...!?"

"Claro— matar você rapidamente."

_______________________________________________________________________________________________

⁷ Meio como um “clique”.

Volume 1 – Capítulo 1

33

Ouvindo a garota responder tão naturalmente, seu rosto ficou azul.

"P-Por que...!?"

"Por que..? Não é óbvio?"

Com um rosto cansado, a garota continuou.

"-Além do mais, você não veio também para me matar?"

"Huh...?"

Diante de uma resposta inesperada, a boca de Shidou caiu aberta.

"...Eu não faria isso."

A garota olhou para Shidou com uma mistura de surpresa, suspeita e confusão.

Entretanto a garota imediatamente estreitou os olhos desviou o olhar para longe

de Shidou, virando o rosto para o céu.

Como se tivesse sido levado junto, Shidou também olhou para cima-

"O quu...!?"

Seus olhos abriram ainda mais que antes, a respiração ficou presa na garganta.

Afinal, haviam alguns humanos usando roupas estranhas voando no céu- e pra

piorar, das armas nas mãos milhares de coisas parecidas com mísseis foram

atiradas em direção á garota e Shidou.

"O-O Queeeeeeeeeee!?"

Instintivamente, ele soltou um grito.

Entretanto— mesmo depois de alguns segundos, Shidou permaneceu consciente.

"Eh...?"

Atônito, sua voz saiu.

Os mísseis que foram lançados do céu flutuavam imóveis no ar metros acima da

garota, como se estivessem sido segurados por mãos invisíveis.

A garota deu um suspiro exasperado.

"...Esse tipo de coisa é inútil, por que eles nunca aprendem?"

Dizendo isso, a garota levantou a mão que não estava segurando a espada e a

fechou.

Volume 1 – Capítulo 1

34

Ao fazer isso, os incontáveis mísseis amassaram como se tivessem sido

comprimidos e explodiram onde estavam.

Até mesmo a magnitude das explosões foi assustadoramente pequena. Era como se

toda a energia tivesse sido sugada para dentro.

Ele podia entender mais ou menos a confusão das pessoas flutuando no céu.

Entretanto, eles não pararam os ataques. Um após o outro, os mísseis eram

atirados.

"-Hmpf"

A garota deu outro breve suspiro, fazendo uma cara de que parecia que as lágrimas

iriam sair a qualquer momento.

Era o mesmo rosto de quando ela estava apontando a espada para Shidou antes.

"---"

Vendo essa expressão, Shidou sentiu o coração bater ainda mais difícil do que

quando estava prestes a perder a vida.

Que cena estranha aquela.

Quem a garota era, ele não tinha a menor ideia. Quem as pessoas voando eram, ele

também não tinha a menor ideia.

Entretanto, o fato de que a garota era mais forte do que aquelas pessoas voando,

ele entendeu muito bem.

E é por isso que ele pensou vagamente na pergunta:

Ela era a mais forte.

—Então porque ela estava fazendo aquela expressão?

"...Desapareçam, desapareçam. Tudo e todos... Simplesmente desapareçam...!"

Enquanto dizia isso, ela apontou a espada que deu um brilho tão misterioso quanto

dos seus olhos, em direção ao céu.

Cansada, tristemente, ela ingenuamente balançou a espada.

Em um instante— o vento uivou.

"...W-Wah...!"

Volume 1 – Capítulo 1

35

Uma onda de choque atingiu a área, ao que o golpe voou em direção ao céu ao

longo do caminho da lâmina.

As pessoas voando no ar correram para evitá-lo e saíram da posição.

Mas no outro momento, de uma direção diferente, um feixe de luz com uma

potência tremenda foi disparado da garota.

"...!"

Ele involuntariamente cobriu os olhos.

Como o esperado, o feixe de luz parecia que houvesse batido em uma parede

invisível no ar acima da garota e parou.

Como fogos de artifício explodindo no céu da noite, espalhou-se em todas as

direções, brilhando lindamente.

Entretanto, como se o feixe de luz houvesse continuado, alguma coisa pousou atrás

de Shidou.

"O-O que diabos está acontecendo..."

Desde um momento atrás, Shidou não tinha sido capaz de entender nada do que

estava acontecendo.

Ele sentia como se estivesse assistindo á um pesadelo.

No entanto— ao ver a figura do que tinha acabado de pousar, o corpo de Shidou

enrijeceu.

Estava vestindo uma máquina, ou alguma coisa assim.

Coberta de cima para baixo com uma roupa estranha, estava uma garota.

Ela carregava propulsores gigantes nas costas, e uma arma em forma de um saco

de golfe nas mãos.

A razão para o corpo de Shidou congelar era simples. Ele reconheceu a garota.

"Tobiichi...Origami...?"

Ele murmurou o nome que Tonomachi falou para ele naquela manhã.

A garota com aparência excessivamente mecânica era sua colega Tobiichi Origami.

Origami lançou um olhar para Shidou.

"Itsuka Shidou...?"

Volume 1 – Capítulo 1

36

Como resposta, ela chamou o nome de Shidou.

Mesmo que ela estivesse surpresa, sua expressão não mudou. Entretanto, era

apenas um pouco, mas sua voz carregava um tom perplexo.

"...Huh? O-O que há com essa roupa—?

Ele nem percebeu que era uma pergunta estúpida, mas naquela hora ele já havia

dito.

Oprimido por tudo que tinha acontecido, ele não sabia nem com o que deveria se

preocupar mais.

Entretanto, Tobiichi rapidamente desviou o olhar de Shidou, encarando a garota de

vestido.

Depois de tudo,

"-Fmph"

A garota balançou a espada do mesmo jeito de antes em direção á Origami.

Origami imediatamente pulou, esquivando da direção em que a espada foi

balançada, e se aproximou da garota em uma velocidade incrível.

Da frente da arma na mão de Origami, uma lâmina feita de luz apareceu.

Focando na garota, Origami balançou a arma para baixo com toda a força.

"-ugh"

A garota uniu as sobrancelhas ligeiramente, interrompendo o golpe com a espada

na mão.

—Nesse momento.

Do ponto que a garota e Tobiichi cruzaram as espadas, um choque violento se

formou.

Volume 1 – Capítulo 1

37

Volume 1 – Capítulo 1

38

"Wa-W-Waaaahhhhhhhh!?"

Com um grito lamentável, ele enrolou o corpo e de alguma forma conseguiu

resistir.

Origami foi repelida, e momentaneamente as duas foram separadas e encararam

uma a outra com as armas equilibradas.

"..."

"..."

Imprensando Shidou, os olhares cortantes da garota misteriosa e de Origami se

misturaram.

Aquela realmente podia ser chamada de uma situação crítica. Elas estavam num

estado em que parecia que qualquer gatilho faria a luta retomar imediatamente.

"..."

Shidou, por outro lado, estava se sentindo desconfortável.

Com o suor se formando na sua testa e com o pensamento de que precisava sair

daquele lugar, ele lentamente arrastou o corpo horizontalmente pelo chão.

Contudo, nesse momento, o celular dentro do seu bolso subitamente começou a

tocar com uma melodia brilhante.

"——!"

"——!"

Isso se tornou um sinal.

A garota e Origami pularam do chão exatamente ao mesmo tempo, colidindo na

frente de Shidou.

"Gyaaaaah!"

Diante da pressão do vento esmagadora, Shidou foi impiedosamente jogado e

desmaiou após bater na parede.

Volume 1 – Capítulo 1

39

3

“—Qual a situação?"

Usando uma blusa e um uniforme militar vermelho pendurado nos ombros como

um manto, uma jovem entrou na ponte e fez a pergunta.

"Comandante."

O sujeito esperando ao lado do assento do capitão deu uma saudação tão perfeito

quanto se aquilo fosse um livro militar.

A garota que havia sido chamada de comandante apenas deu um aceno, e então

chutou os pés do cara.

"Oww"

"Pule as saudações e explique a situação."

Enquanto dizia para o sujeito, que estava angustiado, ou melhor, com uma

expressão extasiada, ela sentou no assento do capitão.

O sujeito se endireitou imediatamente.

"Sim. O ataque começou assim que o 'espírito' apareceu."

"AST?"

"Parece que sim.”

AST, Anti Spirit Team. ⁸

Usando armaduras mecânicas para caçar espíritos, capturar espíritos, matar

espíritos; acima dos humanos, mas não exatamente ao nível de monstros; são tipo

magos modernos.

Em outras palavras— a realidade é que mesmo estando em um nível sobre-

humano, não era o suficiente para competir seriamente com os espíritos.

O poder dos espíritos era de uma magnitude diferente.

"—Nós confirmamos dez pessoas. Nesse momento eles estão seguindo um, que

está envolvido numa batalha."

"Mostre-me as imagens."

_______________________________________________________________________________________________

⁸Grupo/Equipe anti-espíritos, ou alguma coisa assim, mas EAE ou GAE ficaria meio estranho.

Volume 1 – Capítulo 1

40

Com a ordem do comandante, imagens em tempo real apareceram no grande

monitor da ponte.

Em uma estrada larga em torno de duas quadras do centro, duas garotas lutando

enquanto moviam armas enormes ao redor apareceram.

Com o choque das armas, explosões de luz escaparam, o chão rachou, e prédios

desabaram. Era difícil imaginar que essa cena era parte da realidade.

"Ela é realmente boa. Mas, bem, com um espírito como oponente ela

provavelmente não poderá fazer nada."

"É o que você diz, mas também é verdade que nós também não podemos fazer

nada."

"..."

A comandante levantou o pé, e com a ponta da bota pisou no pé do sujeito.

"Guhgii!"

Ignorando o sujeito que estava fazendo uma cara extremamente feliz, a

comandante suspirou silenciosamente.

"Eu entendo isso mesmo sem você precisar me dizer. Eu também estou cansada de

só poder assistir."

"Então, o que você está tentando dizer é..."

"Sim. Finalmente a Mesa Redonda deu seu consentimento. O plano está começando

agora."

Com essas palavras, o som dos membros da tripulação na ponte engolindo a

respiração podia ser ouvido.

"Kannazuki."

A comandante inclinou-se levemente para trás no assento, e levantou a mão direita

com o segundo e o terceiro dedo mantidos em linha reta. Era como se ela estivesse

pedindo por um cigarro.

"Sim, senhor."

O rapaz ligeiramente alcançou o bolso e pegou um pirulito. E rapidamente, mas

cuidadosamente removeu a embalagem.

Volume 1 – Capítulo 1

41

Então, ele ajoelhou-se ao lado do comandante e disse "por favor, aproveite"

enquanto colocava o pirulito entre os dedos da comandante.

A comandante pôs o pirulito na boca e ele começou a mover-se para cima e para

baixo.

"...Ahh, agora que eu lembrei, cadê a nossa importante 'arma secreta'? Ele não

atende o telefone. Imagino se ele foi adequadamente para um abrigo?"

"Deixe-me investigar— e, huh?"

O rapaz virou a cabeça, perplexo.

"O que foi?"

"Bem, isso."

O rapaz apontou para a foto. A comandante moveu seu olhar para lá—"ah", ela fez

um breve som.

Do outro lado da batalha entre o espírito e o membro da AST, o uniforme escolar

vestindo um garoto estava espalhado.

"... Na hora certa. Vá verificar isso."

"Roger."

O sujeito deu outra reverencia de cortesia.