você se diverte com seus filhos?

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APRENDER PARA CRESCER MARÍA ROSAS VOCÊ SE DIVERTE COM SEUS FILHOS?

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Coleção Aprender Para Crescer

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Que atirem a primeira pedra aqueles pais que não desejam ter um filho

estudioso, com boas notas, que seja excelente nadador, jogador de futebol,

ou mesmo ter uma linda bailarina como filha. Em prol dessa vontade e de

uma grande quantidade de frustrações, nós, pais, sobrecarregamos nossos

filhos com um grande número de atividades, de forma a não deixar nem um

minuto de tempo livre para as crianças. Entretanto, será que já nos

perguntamos se nosso filho tem aptidão e interesse em ir e vir de uma

atividade a outra?

Os pais modernos estão sempre pensando em quais ocupações oferecem

melhor desenvolvimento a seus filhos. Mas será que as crianças participam

com interesse e alegria?

É preciso aprender a estar com elas em casa, brincando, lendo, escutando

música ou simplesmente rindo de todas as coisas que podem acontecer. A

infância passa em um piscar de olhos e deve ser aproveitada.

Neste livro, você encontrará depoimentos de pais sobre a maneira como

resolveram essas e outras inquietações, bem como as recomendações

dos especialistas a respeito do tipo de treinamento de que as crianças

precisam quando não estão na escola.

Outros títulos da coleção:

A arte de fazê-los comerDisciplina e limites: mapas de amorFilhos seguros no mundo atualMães que trabalham fora, cuidado com a culpaMeu filho tem déficit de atenção

Para suas soluções de curso e aprendizado,visite www.cengage.com.br M A RÍA R O SA S

VOCÊ SE DIVERTE

COM SEUS FILHOS?

VOCÊ SE DIVERTE COM SEUS FILHOS?

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9 788522 107506

ISBN 13 978-85-221-0750-6ISBN 10 85-221-0750-5

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Rosas, MaríaVocê se diverte com seus filhos?/María Rosas;

tradução All Tasks. -- São Paulo: Cengage Learning,2009. -- (Coleção aprender para crescer)Título original: Y tu, ¿te diviertes con tus hijos?

Bibliografia.ISBN 978-85-221-1594-5

1. Brincadeiras 2. Crianças - Aspectos sociais3. Educação de crianças 4. Imaginação nas crianças5. Jogos infantis 6. Lazer 7. Psicologia infantilI. Título. II. Série.

09-04492 CDD-155.418

Índices para catálogo sistemático:

1. Crianças e lazer: Psicologia infantil 155.4182. Lazer e crianças: Psicologia infantil 155.418

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María Rosas

Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos

Você se diverte com seus filhos?

TraduçãoAll Tasks

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Você se diverte com seus filhos?María Rosas

Gerente Editorial: Patricia La Rosa

Editora de Desenvolvimento: Fernanda Batista dos Santos

Supervisora de Produção Editorial: Fabiana Alencar Albuquerque

Produtoras Editoriais: Monalisa NevesGisela Carnicelli

Título Original: Y tú, ¿te diviertes con tus hijos?(ISBN-13: 978-970-830-073-5; ISBN-10: 970-830-073-X)

Tradução: All Tasks

Copidesque: Arte da Palavra

Revisão: Erika SáCárita Ferrari Negromonte

Diagramação: Alfredo Carracedo Castillo

Capa: Souto Crescimento de Marca

© D.R. 2009 Cengage Learning Editores, S.A. de C.V., uma empresa da Cengage Learning © 2010 Cengage Learning Edições Ltda.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora.Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone

0800 11 19 39Para permissão de uso de material desta obra, envie seu pedido para [email protected]

© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados.ISBN-13: 978-85-221-1594-5ISBN-10: 85-221-1594-X

Cengage LearningCondomínio E-Business ParkRua Werner Siemens, 111 – Prédio 20 Espaço 04 – Lapa de Baixo CEP 05069-900 – São Paulo – SPTel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901SAC: 0800 11 19 39

Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br

Impresso no Brasil.Printed in Brazil.1 2 3 4 5 6 7 13 12 11 10

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Dedicatória

À Lucía. Minha filha. Sem dúvida nenhuma. Por ter se negado

a estudar balé quando era menor, por ter evitado a todo custo e sob

qualquer pretexto ser inscrita em aulas de natação, por sua gran-

de capacidade para montar quebra-cabeças e seu amor pelos livros.

Obrigada, Lucía.

Ao Daniel, por ter convertido nosso apartamento em aeroportos, vagões

de metrô, agências de viagem e em uma grande variedade de cenários.

Por ter sido professor, motorista, piloto e quaisquer outras profissões e

ofícios imagináveis quando era pequeno. Obrigada, Daniel.

Meus dois filhos e sua imaginação fizeram-me compreender que as

crianças devem se dedicar a brincar, e nós, seus pais, a desfrutar de

suas brincadeiras e brincar com eles.

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Sumário

• Dedicatória v

• Apresentação da coleção Aprender para Crescer ix

• Introdução xi

Capítulo 1 • Quem não Quer ter um Campeão em Casa? 1

• O esporte como um jogo 10

• Jogo e treinamento 17

• Perguntas 23

Capítulo 2 • a leitura Como base 25

• O hábito faz o leitor 31

• Vamos todos ler 37

• Em busca de leitores 41

• Perguntas 46

Capítulo 3 • músiCa e pintura: Companheiros afetuosos 47

• A música: alimento da alma 47

• Nutramos o cérebro de nossos filhos 54

• “Todas as crianças têm talento” 58

• Crianças, eu disse para pintar! 62

• Perguntas 70

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Capítulo 4 • as Crianças só pensam em brinCar 71

• Brincadeiras e brinquedos para cada idade 80

• Interagir com a criança 85

• A idade e o sexo dos brinquedos 87

• Brincadeiras: miniguia de estilo 90

• Perguntas 97

Capítulo 5 • a tv e os videogames 99

• Vamos aprender a ver TV 99

• A tela caseira: um poderoso ímã 103

• TV e saúde 105

• Como limitar o uso da TV e não desistir dessa decisão 108

• Os “diabólicos” videogames 114

• Perguntas 119

Capítulo 6 • os Computadores e a internet:

Convidados indesejáveis? 121

• As vantagens do computador 130

• Cuidar da saúde dos filhos 133

• As posturas inadequadas 133

• Os computadores na escola 134

• Perguntas 138

• Bibliografia 139

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ix

Lembro-me perfeitamente de quando resolvi passar para o papel tudo o que sabia, ou pensava saber, sobre a formação e a educação dos filhos. Os meus, para começar, como início ex-ploratório, sem dúvida constituiriam uma base exemplar. E por que não, se eu lidava diariamente com as essências mais puras referentes aos temas que preocupam a maioria dos pais, se eu havia vivido e continuava a experimentar em todo seu esplendor e dor os matizes da maternidade, se reconhecia na imagem que o espelho revela uma mulher dedicada à superação e à felici-dade de seus filhos? Não estava totalmente errada, porém, ao suspirar sobre o respaldo de minha cadeira cúmplice e, depois de meses sem esticar as pernas, compreendi que os filhos da mi-nha narrativa haviam criado um tecido indestrutível entre meus sentimentos e minha realidade como mãe. Foi ao ler, perguntar, acomodar, suprimir e reconhecer que alcancei a imensidão do entendimento: são os filhos que nos carregam de energia para levá-los e trazê-los; são os filhos que projetam metas pessoais ao descobrir o mundo por meio dos nossos passos; são eles que nos abraçam nas noites mais confusas e solitárias; são nossos filhos que traçam, com invejável precisão, a bússola da união

Apresentação da coleçãoAprender para Crescer

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Você se diverte com seus filhos?

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familiar. É claro que, como pais, nós nos graduamos com eles, mas também é verdade que o manual de convivência, desen-volvimento e harmonia é redigido em conjunto com os filhos, como um núcleo. Por isso compartilho esta coleção, Aprender

para crescer, com todos os pais que dividem seus horários entre visitas ao pediatra e partidas de futebol e também a todas as mães que compreendem os carinhos e laços invisíveis – inclusive os da alma. Este compêndio de experiências, testemunhos, confissões e recomendações enaltece as vozes dos especialistas, orientadores, professores, mães e pais que provêm curiosamente de diversos caminhos, mas, porque traçam a vida assim, estão entre cruzes e sob pontes para tomarem fôlego e estenderem a mão. Que este seja o propósito de nossa paternidade: segurar com disciplina, amor, diversão, cautela e liberdade as mãos de nossos filhos e permitir que continuem caminhando para serem não apenas os melhores exemplos, mas também sólidos e eternos encontros.

Você se diverte com seus filhos? Parece uma pergunta bastante fácil e simples de ser respondida, embora a realidade seja outra. Vale o esforço de dedicar tempo aos nossos filhos e não os sa-turar todas as tardes com atividades que talvez os façam sentir infelizes. Deixemos que eles nos introduzam no seu mundo, sua mente, suas emoções e convertamo-nos em seus melhores com-panheiros de aventuras e descobertas.

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Q uando me propus a escrever um livro sobre as opções para utilizar o tempo das crianças quando não estão na escola, pensei que a tarefa seria mais simples do que foi na realidade. Durante a pesquisa e entrevistas, observei que não se trata somente de que as crianças estejam bem, mas que, além disso, aprendam; não para saber mais ou ser melhor do que os demais, mas para que apren-dam a se formar e desenvolver ao máximo suas potencialidades fí-sicas, neurológicas e mentais. Que bom que podem jogar enquanto aprendem matemática, e que ótimo que melhoram suas coordena-ções motoras enquanto enfrentam os enigmas do teclado do com-putador. Até a TV pode ser convertida em uma ferramenta educativa se os pais estiverem ali, com as crianças, para ensiná-las a elucidar, refletir, analisar e, inclusive, criticar os conteúdos apresentados.

O segredo está no papel que assumimos face ao esporte, à leitura, à música, à pintura, à TV ou aos computadores. A res-ponsabilidade pela prática e uso de alguma dessas ferramentas continua cabendo a nós, os pais. Não podemos converter a TV ou o computador em nossos assistentes para o cuidado dos fi-lhos; tampouco podemos pedir a eles que leiam, se nós somos incapazes de nos sentar um momento para desfrutar da leitura ou para escutar uma boa música, seja ela qual for.

Introdução

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Você se diverte com seus filhos?

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A velocidade com que o tempo passa nos impede muitas ve-zes de fazer todas as atividades que queremos com nossos filhos. Não creio que haja algum pai que não esteja interessado em dar o melhor ao seu filho. Entretanto, embora não tenhamos um mi-nuto de repouso por dia porque trabalhamos, cuidamos da casa ou temos filhos pequenos de quem devemos cuidar, temos de fazer o possível para evitar que sejam nocivas as influências que se encarregam de educar nossos filhos, como a TV ou os violen-tos videogames.

Tampouco devemos enchê-los de brinquedos educativos ou inscrevê-los em diferentes atividades físicas, mas sim nos con-vencer de que a criança não precisa ocupar seu tempo livre com atividades que nos fazem correr a tarde toda, além de exigir mui-to dinheiro. Podemos ler com eles à noite, escutar música em sua companhia, viajar com eles durante um fim de semana, patinar ou andar de bicicleta. Até mesmo, no trajeto da casa para a es-cola, podemos brincar ou cantar. A ideia é, por um lado, que nossos filhos saibam que estamos com eles em seus momentos ociosos − que podem ser convertidos em experiências agradá-veis. Por outro lado, como pais, devemos estar conscientes de que nem tudo o que os ajuda a crescer e se desenvolver de forma sadia e equilibrada está apenas fora de casa.

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Quem não quer terum campeão em casa?

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“U m de meus grandes orgulhos é que Gabriel, meu filho, é um excelente jogador de futebol. Inclusive seu pai e eu esta-mos pensando na possibilidade de inscrevê-lo em um time onde ele possa ser preparado para fazer parte de algum clube. Também estou muito satisfeita com Mónica; ela adora suas aulas de ginás-tica olímpica. Corremos a tarde inteira, mas eles estão conten-tes com sua atividade física. Além disso, o professor da Mónica comentou comigo que vê muitas possibilidades de que, com o tempo, ela possa fazer parte da equipe nacional.”

“Segunda e quarta-feira vamos para a aula de natação, terça e quinta vamos praticar tênis no clube e, aos sábados pela manhã, a menina tem aulas de jazz. Estou encantada com tudo isso porque é importante para as crianças praticar um esporte, não é verdade?”

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Você se diverte com seus filhos?

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A participação da criança em atividades esportivas é importante para obter um crescimento normal, já que promovem o desenvolvimento físico, psicológico e social, aumentam a

capacidade de tomar decisões e favorecem a autoestima

“Agora, penso que Daniela se excedeu em sua atividade. Quando me ligaram da escola, fui correndo vê-la porque, segundo os pro-fessores, ela esteve a ponto de desmaiar. Nós a levamos para fazer todos os tipos de exames e o diagnóstico foi: esgotamento físico e tensão. Ela ia três vezes por semana à aula de ginástica olímpica, durante duas tardes ficava na escola praticando dança e, nos fins de semana, íamos cedo nadar e patinar no clube.”

Esses são testemunhos de três mães cujos nomes não apare-cem, mas que são muito representativos dos comentários de cen-tenas de mulheres que todas as tardes levam seus filhos de uma atividade física para outra. Algumas como forma de entretê-las e outras porque, no fundo de seus corações, anseiam ter um cam-peão em casa. O que todas nós compartilhamos é o desejo de oferecer aos nossos filhos uma educação integral, equilibrada. Ninguém duvida que todos os pais do mundo desejam ver seus pequenos convertidos em homens e mulheres felizes, saudáveis e plenamente desenvolvidos. Acreditamos que o esporte é um dos melhores caminhos para se conseguir isso. De fato, até mesmo os pediatras recomendam a participação da criança em atividades esportivas, pois é importante para ter um crescimento normal, já que promovem o desenvolvimento físico, psicológico e social,

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Quem não quer ter um campeão em casa?

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aumentam a capacidade de tomar decisões e favorecem a auto-estima. Desse modo, a prática de alguma atividade física propor-ciona à criança uma experiência agradável, abre a possibilidade de adquirir destreza em algumas tarefas e permite integrar na vida da criança o conceito de trabalho em equipe.

“Graças ao basquete praticado duas tardes por semana na escola por minha filha Laura, ela aprendeu o que é trabalhar em equipe”, explica Laura del Castillo, mãe de Laura, de 10 anos, e de Marisol, de 8.

Há muito tempo foi comprovada a importância dos estímu-los para o saudável desenvolvimento da criança. As pesquisas levaram a concluir que, desde quando a criança está no útero da mãe, o cérebro registra o que há no meio em que ela se encon-tra: “Vai arquivando memórias auditivas, gustativas e lumino-sas. As emoções da mãe afetam a criança. As palavras e a música suave tranquilizam-na. Os rítmicos batimentos do coração da mãe fazem com que sossegue. O funcionamento do cérebro de-termina sua estrutura, e esta abre novas vias de funcionamento. Quanto mais o fazemos funcionar, mais e melhor será estrutu-rado. O cérebro de uma criança cresce tanto quanto permitirem as possibilidades que lhe dermos”, explica a pesquisadora es-panhola Merche Bravo, em seu livro La educación temprana (A educação precoce).

Os pais muitas vezes confundem os reforços positivos, tão importantes

para a criança, com vitórias que lhes são impostas.

HaHn

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Você se diverte com seus filhos?

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Como pais, o primeiro passo é envolver a criança, desde seus primeiros anos de vida, em diversas atividades motoras que con-tribuam para seu desenvolvimento físico e emocional. Dessa ma-neira, antes que a criança pratique formalmente algum esporte − e aqui definimos esporte como uma atividade física, estritamente regulamentada, que é realizada por meio de uma especialização técnica e que busca resultados muito precisos −, devemos esti-mular seus movimentos naturais, como correr, pular, engatinhar, arrastar-se, lançar, agarrar e chutar uma bola, reforçando a parte do jogo e diversão que se distingue nessas atividades.

As coordenações motoras de uma criança não são desejáveis quando apresentadas antes do tempo, porque nem a mente nem o corpo da criança estão preparados

para assimilar as coordenações treinadas

José Luis Pérez, licenciado em Educação Física, afirma que o movimento registrado dentro do indivíduo é conhecido como motricidade e que a psicomotricidade é a ação do sistema ner-voso central que faz que o ser humano tome consciência dos movimentos que realiza. “(O desenvolvimento dessa consciên-cia) É muito importante para as crianças, e, de fato, é iniciado no jardim de infância, contribuindo para que o desenvolvimento infantil seja integral.”

A educação física exige que o bebê seja estimulado em suas primeiras manifestações de movimento com carícias e palavras,

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Quem não quer ter um campeão em casa?

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mostrando-lhe objetos luminosos, fazendo-o escutar música, cantando para ele e acomodando-o nos braços. Se nesta primei-ra etapa de desenvolvimento estimularmos seus movimentos naturais, a criança começará a sentir o corpo, a movimentá-lo e a coordená-lo.

Quando meus filhos eram pequenos, como boa mãe mo-derna, dediquei-me a ler livros sobre o desenvolvimento das crianças e comprava para eles tudo de que supostamente preci-savam para entrar bem treinados na próxima etapa de desenvol-vimento. Li muito material relacionado a avanços em neurolo gia, motricidade e desenvolvimento do cérebro. Reconheço hones-tamente que sonhava em ter filhos geniais, perfeitamente esti-mulados física e emocionalmente. Inclusive inscrevi Daniel em uma academia de estimulação antecipada e, desde que o garoto tinha 3 anos, meu marido e eu desejávamos ter um futuro cam-peão de futebol.

Agora que vejo as coisas a distância, claro que não me arre-pendo do que fiz em benefício de meus filhos, mas me dou conta de que muitas vezes os pais exageram e se esquecem do mais importante: brincar com eles e respeitar seus próprios gostos quanto às atividades físicas que querem praticar. Não me lem-bro de ter chutado bola com meus filhos nem corrido com eles: entretenimento fundamental para qualquer criança do planeta. As razões sempre foram minha falta de tempo e a crença de que isso não seria suficiente para seu bom desempenho físico. Deixei de lado minha intuição e pensei que o melhor era oferecer-lhes brinquedos educativos, colchonetes, grandes almofadas e tudo que os livros sugeriam.

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Você se diverte com seus filhos?

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Em seu artigo “Estimulação antecipada às vésperas do novo milênio”, Ana Serrano, diretora do Centro de Assessoria e Apoio à Educação, A.C., afirma que, atualmente, os pais pensam que a educação é um processo intelectual que pode ser resolvido lendo livros e aplicando as ideias.

O pai contemporâneo está consciente de que o sucesso econô-

mico e profissional depende de uma boa carreira, está ansioso

por dar ao seu bebê o benefício de uma vantagem inicial e ajudá-lo

a abrir espaço para que aprenda bem, seja inteligente, tenha um

bom período escolar e, eventualmente, consiga um bom traba-

lho. Por outro lado, as famílias tendem a ser menores, e, por

isso, as crianças são excessivamente vigiadas. A mulher trabalha

e compensa sua ausência com excesso de brinquedos, atenção

indiscriminada e falta de limites e disciplina.

Marcia Campos, mãe de Luis Enrique, de 11 anos, Fabricio, de 9, e Camila, de 4, está convencida de que as aulas de estimulação antecipada para as quais levou seus três filhos serviram muito, já que, graças a elas, as crianças aprenderam a conhecer e a ma-nusear seu corpo.

“Hoje, meu filho maior é campeão de natação, Fabricio é muito bom em futebol e penso que minha filha será dançarina, pois gosta muito de dançar”, diz a entusiasmada mãe.

O estímulo influencia mais do que a herança genética.

Bravo

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Que atirem a primeira pedra aqueles pais que não desejam ter um filho

estudioso, com boas notas, que seja excelente nadador, jogador de futebol,

ou mesmo ter uma linda bailarina como filha. Em prol dessa vontade e de

uma grande quantidade de frustrações, nós, pais, sobrecarregamos nossos

filhos com um grande número de atividades, de forma a não deixar nem um

minuto de tempo livre para as crianças. Entretanto, será que já nos

perguntamos se nosso filho tem aptidão e interesse em ir e vir de uma

atividade a outra?

Os pais modernos estão sempre pensando em quais ocupações oferecem

melhor desenvolvimento a seus filhos. Mas será que as crianças participam

com interesse e alegria?

É preciso aprender a estar com elas em casa, brincando, lendo, escutando

música ou simplesmente rindo de todas as coisas que podem acontecer. A

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resolveram essas e outras inquietações, bem como as recomendações

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precisam quando não estão na escola.

Outros títulos da coleção:

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