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viver em aliança 2ª parte “Vinde e vereis. Foram e viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Jo 1,39 Itinerário para o Ano da Fé DIOCESE DO PORTO

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viver

em aliança

2ª parte

“Vinde e vereis.

Foram e viram onde morava

e ficaram com Ele nesse dia. Jo 1,39

I t i n e r á r i o p a r a o A n o d a F é D I O C E S E D O P O R T O

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__________FICHA TÉCNICA DO ITINERÁRIO PARA O ANIMADOR _______

“Viver em aliança” é um itinerário de Fé (de conhecimento, de oração, de relação, de

experiências…) elaborado a partir da Carta dos Bispos do Porto para o Ano da Fé e inspirado nos

percursos de Catequese de Adultos.

A sua dinâmica “ternária”, Ir-Permanecer-Ver, é uma tentativa de proporcionar a pequenos

grupos de “discípulos de Cristo” um ambiente, uma abordagem dos conteúdos da fé, um espaço

de “dizer a fé”, um percurso… que favoreça o encontro ou o re-encontro com o Mestre e os Irmãos

em Comunidade. Um face a face, no Espírito, com Jesus Cristo que leva ao Pai.

Este itinerário é apenas uma proposta, um ponto de partida que deverá ser recriada e adaptada a

cada realidade. A dinâmica sugerida exige ter-se em conta o perfil dos animadores e dos

destinatários!

“Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor,

dado que só nele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro”.

(Bento XVI - Porta Fidei, nº 15)

1º passo:

Tempo para IR ao encontro do Mestre – acreditar é deixar-se encontrar e tocar por Jesus

Cristo

Percurso comunitário de encontro com o Mestre

Tempo de estar aos pés do Mestre disponível à intimidade, à escuta, à palavra, ao silêncio, aos gestos…

2º passo:

Tempo para PERMANECER – acreditar é deixar-se transformar por Jesus Cristo

Percurso pessoal de conversão- no dia-a-dia

Tempo de andar nos caminhos quotidianos como/como o Mestre, tempo da vida, dos encontros, do amor, dos dias

salvos pela ação do Mestre nas nervuras do viver. Tempo de deixar que o REINO aconteça.

Tempo de ler/comtemplar/saborear com os olhos/coração de quem vive em relação com o Mestre as linhas e

entrelinhas dos dias, dos rostos, dos acontecimentos…

3º passo:

Tempo para VER – acreditar é SER filho por Jesus Cristo e nELE

Percurso pessoal e comunitário de descoberta do Mestre e da vida da Igreja

Tempo de entrar no mistério Pascal, no coração da fé. Tempo para adentrar-se na morte e ressurreição do Senhor

para ouvir –ver – compreender –aderir ao mistério e deixar-se salvar em Jesus, o Cristo que leva no Espírito à

comunhão com o Pai…

Nota: A ficha completa do animador encontra-se na primeira parte do itinerário editado em

Setembro de 2012

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---- Esquema do itinerário temático/conteúdos, simbólico e metodológico

Calendarização

Passos da dinâmica

Itinerário

1ª etapa

A Porta Fidei

Novembro 2012 Data do encontro:

1º passo Betânia -Tempo de IR

Celebração/Oração

Celebração dominical

Entrega: Diário da fé

Tempo de experiência pessoal

2º passo Galileia- Tempo de PERMANECER

Diário de Fé

Dezembro 2012 Data do encontro:

3º passo Jerusalém -Tempo de VER

Conteúdos/partilha de fé

2ª etapa

Recapitulando tudo

em Cristo

Janeiro 2013 Data do encontro:

1º passo Betânia -Tempo de IR

Celebração/Oração fé e arte: Ícone de S. Damião

Tempo de experiência pessoal

2º passo Galileia- Tempo de PERMANECER

Diário de Fé

Fevereiro 2013

Data do encontro:

3º passo

Jerusalém -Tempo de VER

Conteúdos/ partilha de fé

Celebração dominical Entrega da Luz

3ª etapa

O Mistério Pascal

Março 2013 Data do encontro:

1º passo

Betânia -Tempo de IR

Celebração/Oração

fé e arte: Ícone da descida aos infernos

Tempo de experiência pessoal

2º passo Galileia- Tempo de PERMANECER

Diário de Fé

Abril 2013 Data do encontro:

3º passo Jerusalém -Tempo de VER

Conteúdos/ partilha de fé

Celebração dominical Entrega da cruz

4ª etapa

O Corpo Eclesial de Cristo

Maio 2013 Data do encontro:

1º passo Betânia -Tempo de IR

Celebração/Oração fé e arte: Ícone do Pentecostes

Tempo de experiência pessoal

2º passo Galileia- Tempo de PERMANECER

Diário de Fé

Junho 2013 Data do encontro:

3º passo Jerusalém –Tempo de VER

Conteúdos/ partilha de fé

Celebração dominical Entrega da água –concha do batismo*

5ª etapa

A vida em Cristo

Julho 2013 Data do encontro:

1º passo Betânia –Tempo de IR

Celebração/Oração fé e arte: Ícone da dormissão

Tempo de experiência pessoal

2º passo Galileia- Tempo de PERMANECER

Diário de Fé

Agosto 2013 Data do encontro:

3º passo Jerusalém -Tempo de VER

Conteúdos/ partilha de fé

Celebração dominical Entrega do credo/símbolo*

6ª etapa

Conhecendo a Deus no amor

fraterno

Setembro 2013 Data do encontro:

1º passo Betânia -Tempo de IR

Celebração/Oração fé e arte: Ícone da Trindade

Tempo de experiência pessoal

2º passo Galileia- Tempo de PERMANECER

Diário de Fé

Outubro 2013 Data do encontro:

3º passo Jerusalém -Tempo de VER

Conteúdos/ partilha de fé

Celebração dominical Entrega do pão/ espigas*

7ª etapa Rezar cristãmente

Novembro 2013 Data do encontro:

Entrega do “Pai Nosso”

*Celebração dominical

Sugere-se, que após cada etapa , se entregue o símbolo numa eucaristia dominical para que toda a

comunidade tenha a oportunidade de fazer ou acompanhar o caminho dos diferentes grupos.

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________________________ ITINERÁRIO_____________________

O MISTÉRIO PASCAL 3 etapa – março/abril

1º passo

Tempo de IR ao encontro do Mestre

em Betânia, lugar: do encontro - da intimidade – da escuta – da palavra- do silêncio

Encontro a realizar no início de março

BOA NOTÍCIA DO REINO

«Trouxeram-nos, pois, e levaram-nos à presença do Sinédrio. O Sumo Sacerdote, interrogando-os,

disse: «Proibimos-vos formalmente de ensinardes nesse nome, mas vós enchestes Jerusalém com a vossa

doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem.» Mas Pedro e os Apóstolos responderam:

«Importa mais obedecer a Deus do que aos homens.

O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus,

a quem matastes, suspendendo-o num madeiro.

Foi a Ele que Deus elevou, com a sua direita, como Príncipe e Salvador, a fim

de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.

E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo,

que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.» Atc 5, 27-32

Como fazer:

A----Material necessário / Preparar a sala

Material:

Ícone “da descida aos infernos”

Cruz de madeira (onde seja possível escrever. Poderá ser feita pelo grupo)

Bíblia, velas, tecido…

Sugere-se que:

se coloque o ícone “da descida aos infernos” no centro sobre um tecido preto e tapado com um

pano preto (só será colocado à vista de todos no momento da leitura deste). Se o grupo não tiver

um ícone grande, pode optar por imprimir um ícone para cada membro do grupo. Todavia, deverá

ser colocado dentro de um envelope para que só no momento indicado possa ser lido.

Se possível, as cadeiras serão colocadas à volta do centro

se disponham algumas velas e a Bíblia aberta

se tenha pouca iluminação

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B----Desenrolar do encontro

1º Acolher o grupo e preparar o encontro celebrativo

Sugere-se que:

se convide a cantar;

se convide a contar alguma “Boa Notícia da semana”, que poderá ser dos “diários de bordo”;

se dê a conhecer o plano geral do encontro;

se invoque o Espírito (para que seja ELE, a fazer a obra em cada um, ao longo do encontro);

2º Convidar ao silêncio

Sugere-se que:

se coloque uma música de fundo;

se convide a olhar e a fixar a luz de uma vela e após alguns minutos se feche os olhos e se tente

visualizar, interiormente, a luz;

se desafie cada um, continuando de olhos fechados a dizer a cada órgão do seu corpo, desde os pés

à cabeça a palavra relaxe (em silêncio interior. O objectivo deste exercício permite um contacto

com sigo mesmo, o retomar uma certa serenidade de pois de um dia ou semana de muita agitação e

preocupações. O objectivo essencial é o de se preparar para o encontro, para a oração para a

contemplação!)

3º Convidar a situar-se no contexto da Ressureição

Sugere-se que:

continuando de olhos fechados, para melhor saborear a Palavra um leitor (previamente bem

preparado) leia, muito pausadamente o texto do evangelho de S. João

Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas secretamente por medo das autoridades

judaicas, pediu a Pilatos que lhe deixasse levar o corpo de Jesus. E Pilatos permitiu-lho. Veio, pois, e

retirou o corpo. Nicodemos, aquele que antes tinha ido ter com Jesus de noite, apareceu também trazendo

uma mistura de perto de cem libras de mirra e aloés. Tomaram então o corpo de Jesus e envolveram-no em

panos de linho com os perfumes, segundo o costume dos judeus. No sítio em que Ele tinha sido crucificado

havia um horto e, no horto, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Como para os

judeus era o dia da Preparação da Páscoa e o túmulo estava perto, foi ali que puseram Jesus. (Jo 19, 38-42)

dando seguimento à mesma atmosfera, após uma breve pausa um outro leitor, pausadamente, lê:

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a

pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-

lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.» Pedro saiu com o outro discípulo e

foram ao túmulo. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro

ao túmulo. Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não

entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver

os panos de linho espalmados no chão, ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava

espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição. Então,

entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer, pois ainda

não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. A seguir, os discípulos

regressaram a casa.

Maria estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do

túmulo, e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à

cabeceira e o outro aos pés. Perguntaram-lhe: «Mulher, porque choras?» E ela respondeu: «Porque levaram

o meu Senhor e não sei onde o puseram.» Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava

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conta que era Ele. E Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? Quem procuras?» Ela, pensando que era o

encarregado do horto, disse-lhe: «Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou

buscá-lo.» Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: «Rabbuni!» - que quer

dizer: «Mestre!» Jesus disse-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus

irmãos e diz-lhes: ‘Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.’» Maria

Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se

encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz

esteja convosco!» Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem

o Senhor. E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos

envio a vós.» Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.» (Jo 20,1-22)

Sugere-se que:

mantendo a mesma atmosfera de silêncio e interioridade convida-se a fazer eco do texto lido;

seguidamente em silêncio o grupo é chamado a desvelar o ícone, até esse momento tapado com um

pano preto ou dentro de um envelope (se for entregue a cada membro do grupo).

É chegado o momento da leitura do ícone e da contemplação do mistério da ressurreição a través do

diálogo:

Como se chama este ícone?

- Chama-se “Descida aos Infernos” (infernos, neste contexto, é

a designação dada às moradas de todos os mortos de todos os

tempos e não um estado de perdição longe de Deus). Este ícone

tem também o nome que se pode ler em caracteres eslavos,

acima da figura central: “Ressurreição de Nosso Senhor Jesus

Cristo”.

Qual a cor que predomina e porquê?

- A cor dominante é o vermelho vivo. O vermelho é o símbolo

da vida, do amor salvador e do sangue. O autor do ícone

escolheu esta cor porque “escreve” acerca do Amor Salvador de

Jesus pela Humanidade através do seu Sangue, da sua Vida, da

sua dinâmica vitalidade.

Quem são as personagens no friso superior?

- São anjos e santos, provavelmente patronos da localidade ou

da igreja onde este ícone presidia. São como que espectadores do acontecimento que decorre abaixo, não

fazem parte dele.

Quem é a personagem central?

- A personagem central do ícone, e a maior de todas é Jesus Cristo, vestido de vermelho

Porque é que Jesus é “escrito” naquela posição?

- Jesus está “escrito” numa atitude de grande movimento. O pé direito exerce um impulso vertical de

descida, enquanto que o pé esquerdo mostra o movimento seguinte de subida. Sabemos que desceu

primeiro por causa da ponta da veste que vemos esvoaçar atrás do ombro esquerdo. Toda esta dinâmica

acontece como uma descida ao interior da terra porque vemos montes de um e outro lado, como se Jesus

tivesse furado a terra e descesse até às suas profundezas, o lugar das moradas de todos os mortos.

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O que significa o fundo em forma de amêndoa, atrás de Jesus?

- Significam que, na ressurreição de Jesus, a Luz (a dourado), vence a morte, a noite, e as trevas da

confusão, da ignorância e do medo (a preto)

O que são aqueles objetos dispersos que estão abaixo dos pés de Jesus?

- São as portas da morada dos mortos que, com a Ressurreição de Jesus e a sua descida vertiginosa as

quebrou de uma vez para sempre. Ficaram partidas, madeiras, fechaduras, dobradiças, sem mais conserto

possível.

Quem são as duas personagens de cada lado de Jesus, porque estão ajoelhadas e porque está Jesus a

pegar-lhes nas mãos?

- As duas personagens ajoelhadas uma de cada lado de Jesus são Adão e Eva (sem nunca esquecer que Adão

e Eva são sinónimo de Humanidade inteira – Ser Humano masculino e feminino, de todos os tempos e de

qualquer lugar) que estão, não num momento de adoração/oração, mas sim a levantar-se dos seus túmulos,

como se vê claramente na posição de Adão. Eva tem uma veste totalmente vermelha, sinal da vitalidade da

fecundidade maternal.

Jesus pega-lhes pelos pulso, que é uma das maneiras que nós temos de ler a pulsação do coração de quem

está vivo. É também a maneira como se pega na mão de uma criança mais irrequieta, para que a sua mão

não nos escorregue. Jesus pega-lhes assim nas mãos para os fazer subir com ele.

Qual é a mensagem central de todo o ícone?

- Jesus, que é ressuscitado por Deus, desce à humanidade que cada um de nós é, pega-nos pelo pulso e faz-

nos subir com ele, para a comunhão plena com o Pai.

De todas as figuras representadas, porque é que Adão é a única que olha para nós?

- Está como que a apresentar-nos Jesus, com a mão esquerda, e a convidar-nos a “entrar” neste grande

acontecimento.

Quem são as três personagens com coroa, atrás de Adão?

- São os primeiros reis de Israel: Saul, David e Salomão, de cuja descendência era esperado o Messias

Salvador. Também eles se levantam da morte e são levados por Jesus, em Adão e Eva.

Quem é aquele rosto que aparece acima de Adão?

- Aquele rosto é o de João Batista que aparece como que “entalado” como sempre foi a sua vida entre dois

“mundos”, o da antiga Aliança e o da nova Aliança inaugurada por Jesus. Aparece com o cabelo

desgrenhado, tal como são sempre representados os profetas a quem ninguém lhes consegue passar a “mão

pelo pêlo”, que são indomáveis e rebeldes por não se conformarem com as injustiças, as infidelidades e a

falta de memória do povo.

Quem é o menino representado atrás de Eva?

- Vestido de peles, agarrado à mãe, será Abel. Talvez a personagem representada acima do rosto de Eva

seja Caim, porque não há ninguém que fique excluído da Salvação de Jesus por maior que tenha sido o seu

pecado.

Porque é que todo o ícone parece ter um rebordo a toda a volta?

- O ícone tem o que se chama de moldura a toda à volta, para nos lembrar que este acontecimento da

Ressurreição Salvadora de Jesus aqui escrito é como uma janela que serve, não contemplar os seus traços e

cores, mas para ir além da “janela” e ser apenas instrumento para entrar, saborear e viver este mistério na

vida concreta de cada um e com os irmãos

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Pode ainda “ler-se” alguma coisa acerca dos dois montes formados pela passagem de Jesus?

- Podemos ver nos dois montes a passagem do monte Sinai, lugar da Antiga Aliança de Deus com o povo

(onde Moisés recebeu uma Lei escrita em tábuas) para o monte das Bem Aventuranças, lugar da Nova

Aliança de Deus com a Humanidade inteira (onde Jesus, novo Moisés, anuncia uma Lei inscrita no Coração

de cada um)

Susana Braguês

Sugere-se que:

Se feche novamente o olhos para ouvir lentamente dois textos. Um do Antigo Testamente e outro do

Novo:

um leitor (previamente bem preparado) lê, muito pausadamente o texto do Êxodo (Ex 3, 7-10):

«O Senhor disse: «Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egipto, e ouvi o seu clamor diante dos

seus inspectores; conheço, na verdade, os seus sofrimentos. Desci a fim de o libertar da mão dos egípcios e

de o fazer subir desta terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel, terra do

cananeu, do hitita, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu.»

dando seguimento à mesma atmosfera, após uma breve pausa um outro leitor, pausadamente lê o

texto de S. Paulo (1 Cor 15, 12-26):

«Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como é que alguns de entre vós dizem que não há

ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. Mas se Cristo

não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé. E resulta até que acabamos por ser falsas

testemunhas de Deus, porque daríamos testemunho contra Deus, afirmando que Ele ressuscitou a Cristo,

quando não o teria ressuscitado, se é que, na verdade, os mortos não ressuscitam. Pois, se os mortos não

ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé e permaneceis

ainda nos vossos pecados. Por conseguinte, aqueles que morreram em Cristo, perderam-se. E se nós temos

esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas não! Cristo

ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a

morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos. E, como todos morrem em Adão, assim em

Cristo todos voltarão a receber a vida. Mas cada um na sua própria ordem: primeiro, Cristo; depois, aqueles

que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. Depois, será o fim: quando Ele entregar o reino a Deus e

Pai, depois de ter destruído todo o principado, toda a dominação e poder. Pois é necessário que Ele reine

até que tenha colocado todos os inimigos debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser destruído será a

morte-»

4. Tempo de releitura da experiência-momento de diálogo

Momento para meditar e partilhar a partir do ícone e dos textos bíblicos. Sugestões de perguntas para incentivar à partilha:

- Que mais me chamou à atenção neste texto bíblico e iconográfico?

- Qual a importância da ressurreição no plano salvífico de Deus?

- Em que é que a notícia da ressurreição tem a ver com a fé da Igreja, a minha fé, com o

jeito de ser, de viver do cristão, com a esperança, com a salvação..?

Momento de oração

Convidar a grupo a um tempo de oração silenciosa depois de ler as duas afirmações:

«O acontecimento da morte e ressurreição de Cristo é o coração do Cristianismo,

o ponto central e fundamental da nossa fé, o poderoso impulso da nossa certeza,

o vento forte que afugenta toda a angústia e incerteza, a dúvida e o calculismo humano.»

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Bento XVI, 10.10.2006

«O Amor com que o Pai ama a Cristo e Cristo se retribui ao Pai, envolve-nos agora e inclui-

nos na vida divina» Carta dos Bispos do Porto

Convidar a uma oração partilhada

5. Entrega da cruz simbólico deste momento do itinerário Se a dinâmica está a ser acompanhada pela comunidade, a cruz deverá ser entregue na eucaristia dominical. Se assim não for sugere-se:

Estejam colocadas, junto do ícone , uma cruz para cada membro do grupo; Neste momento o animador convida cada pessoa a recolhe uma cruz

Num segundo momento

Cada um escreve na sua cruz:

Jesus Cristo morreu e ressuscitou: Ele está VIVO

Nele morremos e ressuscitamos

Ou «O acontecimento da morte e ressurreição de Cristo é o coração do Cristianismo, o ponto central e

fundamental da nossa fé, o poderoso impulso da nossa certeza, o vento forte que afugenta toda a

angústia e incerteza, a dúvida e o calculismo humano.» Bento XVI, 10.10.2006

«O Amor com que o Pai ama a Cristo e Cristo se retribui ao Pai, envolve-nos agora e inclui-nos na

vida divina» Carta dos Bispos do Porto

“Toda a vida de Cristo é oferta livre ao Pai para realizar o seu desígnio de salvação. Ele ‘dá a sua

vida em resgate por muitos’ (Mc 10, 45) e deste modo reconcilia com Deus toda a humanidade” (Compêndio,

nº 119).

6. Entregar o texto a meditar para o próximo encontro e apresentar os desafios para o “Diário da fé” (2º passo):

Cada membro do grupo é convidado a ler, meditar e refletir o capítulo sobre o mistério pascal da carta dos Bispos aos Diocesanos do Porto sobre o Ano da Fé. Este será trabalhado no próximo encontro.

Pode-se entregar o guia com as propostas para o tempo de permanecer.

7. Lanche partilhado

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________________________ ITINERÁRIO_______________________

O mistério pascal 2º passo

Tempo de PERMANECER

na Galileia, lugar: da vida – do quotidiano- dos encontros – do amor- dos dias salvos pela presença

do Mestre nas nervuras do viver

Experiência pessoal a realizar entre o início de março e fim de abril Entre o 1º e o 2º encontros

Propõe-se que cada um escreva a experiência no “Diário de fé”

Guião para entregar a cada membro do grupo

Caríssimo

Ao longo das próximas semana é convidado a olhar o mistério da fé, da vida e a recriar todas as horas do dia

a partir do mistério da morte e ressurreição de Jesus.

1ª Proposta- Saborear o mistério de ser ressuscitado em Cristo

Desafiámo-lo a saborear, diariamente, os seguintes textos (escolher um por semana ou por dia)

Como fazer: pode escrevê-los num pequeno papel, coloca-los no bolso do casaco a fim de os poder ler ao

longo do dia – no autocarro, enquanto está no para arranca do trânsito, enquanto espera pelo filho à saída

da escola, enquanto espera a sua vez no supermercado…:

«Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé.» (1 Cor 15,14)

Cristo nunca vive a partir de si mesmo, mas do “Pai”, a quem constantemente se refere. É também

a partir do Pai, Fonte permanente de vida, que Ele se oferece a nós, para que “vivamos em

abundância” (cf Jo 10, 10).

«O acontecimento da morte e ressurreição de Cristo é o coração do Cristianismo, o ponto central e

fundamental da nossa fé, o poderoso impulso da nossa certeza, o vento forte que afugenta toda a

angústia e incerteza, a dúvida e o calculismo humano.» Bento XVI, 10.10.2006

«O Amor com que o Pai ama a Cristo e Cristo se retribui ao Pai, envolve-nos agora e inclui-nos na

vida divina» Carta dos Bispos do Porto

“Toda a vida de Cristo é oferta livre ao Pai para realizar o seu desígnio de salvação. Ele ‘dá a sua

vida em resgate por muitos’ (Mc 10, 45) e deste modo reconcilia com Deus toda a humanidade” (Compêndio,

nº 119).

2ª Proposta- viver o dia a dia ao jeito do “mistério de ser ressuscitado em Cristo”

Procurar olhar as pessoas com o olhar de Cristo – sabendo que o Pai ama a todos como : « ama a

Cristo e Cristo se retribui ao Pai, envolvendo cada pessoa e incluindo-a na vida divina»

E se palmilhássemos as ruas da cidade ou da aldeia com a certeza de que o Ressuscitado está a

meu lado, como os discípulos de Emaús?

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Procurar encarar os acontecimentos à luz da morte e ressurreição de Jesus – a morte foi

vencida… nenhum mal nos pode derrubar porque a VIDA venceu, em Jesus! Será que me ajuda a

relativizar tantas coisas e a viver agradecido?

3ª Proposta- viver em oração

Sugestão de frases que se podem repetir ao longo do dia:

“Creio na ressurreição mas aumenta a minha fé”

“Creio que em Jesus me ressuscitas para a vida nova”

“Graças pela vida que me dás em abundância” …

Convida-se a que, diária ou semanalmente, cada um marque um encontro (um pouco de tempo) com Jesus Cristo

para além da eucaristia.

Um tempo de silêncio e de diálogo. Um tempo a sós para escutar o Mestre e contar a vida. Será possível que

a fé seja “dom e resposta”, seja relação e intimidade sem tempo de diálogo a sós como Jesus Cristo? Jesus

deu-nos o exemplo da sua relação com o Pai… quantas vezes o encontramos a rezar a sós ao ABBA?

4ª Proposta- aprofundar o conteúdo da fé: “mistério pascal”

Para aprofundar os conteúdos da fé “O mistério Pascal” sugere-se:

a leitura pessoal do capítulo sobre o mistério pascal da Carta dos Bispos aos Diocesanos do

Porto;

que se elaborem perguntas, para o próximo encontro, sobre os capítulos da Carta dos Bispos,

acima referido.

5ª Proposta- atuar junto dos que mais sofrem- permanecer com o Ressuscitado” junto dos irmãos

Dar continuidade ao compromisso dos meses anteriores ou dar resposta a alguma urgência através

de gestos concretos de partilha. Se possível assegurado por todo o grupo.

5ª Proposta- dar continuidade ao diário

Convida-se a escrever as experiências significativas, descobertas, questões ou dúvidas no “Diário de

fé”.

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_________________________ ITINERÁRIO_________________________

O mistério pascal 3º passo

Tempo de VER em Jerusalém, tempo: de adentrar-se na morte e ressurreição do Senhor – de ouvir –ver –

compreender –aderir ao mistério da salvação em Jesus, O Cristo

Encontro a realizar no fim de abril

«Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé.» (1 Cor 15,14)

Como fazer:

Como fazer - Esquema e conteúdos do encontro

1- Convidar a abrir o coração ao Espírito Santo

Preparar um breve momento de oração. Dar um tempo de silêncio.

2- Convidar a partilhar o diário escrito a partir do encontro de março

O Animador convida, quem assim o desejar, a partilhar um pequeno trecho do seu “Diário de Fé” escrito a

partir da contemplação da realidade e das experiências de vida, sentidas na fé, desde o último encontro do

grupo.

A partilha terá a tónica: “O Senhor fez em mim maravilhas”… (indicações para o animador: ver o esquema do mês de dezembro)

Se o grupo assim o desejar, e se o número de pessoas for grande, a partilha do diário poderá ser feita em

pequenos grupos. Cada um deles terá um animador que orientará a partilha (não mais de 5 minutos por

pessoa, sem comentários nem conselhos; apenas se é convidado a acolher na fé o dom do testemunho do

irmão.) O testemunho é um convite a reconhecer e a comunicar a presença e a ação de Deus na vida

quotidiana em jeito de Magnificat.

3- Convidar a VER - redescobrir

a. Encontrar-se com os conteúdos da fé: O mistério pascal

Como fazer? De acordo com o perfil do grupo, poderá optar-se por uma das três fórmulas:

a. dividir o grupo em pequenos grupos e cada um prepara para todos a apresentação dos conteúdos

dum pequeno trecho do texto;

b. O texto poderá ser lido e comentado por todo o grupo;

c. os conteúdos do texto poderão ser apresentados por um formador.

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Conteúdos para o encontro:

O mistério pascal

«Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé.» 1 Cor 15,14

«O acontecimento da morte e ressurreição de Cristo é o coração do Cristianismo,

o ponto central e fundamental da nossa fé, o poderoso impulso da nossa certeza,

o vento forte que afugenta toda a angústia e incerteza, a dúvida e o calculismo humano.» Bento XVI, 10.10.2006

«O Amor com que o Pai ama a Cristo e Cristo se retribui ao Pai,

envolve-nos agora e inclui-nos na vida divina»

Carta dos Bispos do Porto

14. (…) Começando pela concentração pascal, tão marcadamente conciliar e evangélica: “O

mistério pascal de Jesus, que compreende a sua paixão, morte, ressurreição e glorificação, está

no centro da fé cristã, porque o desígnio salvífico de Deus se realizou uma vez por todas com a

morte redentora do seu Filho, Jesus Cristo” (Compêndio, nº 112) .

Cristo nunca vive a partir de si mesmo, mas do “Pai”, a quem constantemente se refere. É

também a partir do Pai, Fonte permanente de vida, que Ele se oferece a nós, para que “vivamos

em abundância” (cf Jo 10, 10). E se oferece por nós, para que tal seja possível, tão cortados

estávamos da Fonte. “Toda a vida de Cristo é oferta livre ao Pai para realizar o seu desígnio de

salvação. Ele ‘dá a sua vida em resgate por muitos’ (Mc 10, 45) e deste modo reconcilia com Deus

toda a humanidade” (Compêndio, nº 119).

Porque assim foi, também assim será e se realizará plenamente em nós. Unidos a Cristo, somos

reconhecidos pelo Pai e por Ele aceites: “… o Ressuscitado, vencedor do pecado e da morte, é o

princípio da nossa justificação e da nossa ressurreição; a partir de agora, Ele garante-nos a graça

da adoção filial que é a participação real na sua vida de Filho unigénito; depois, no final dos

tempos, Ele ressuscitará o nosso corpo” (Compêndio, nº 131).

O Amor com que o Pai ama a Cristo e Cristo se retribui ao Pai, envolve-nos agora e inclui-nos na

vida divina: “… quando o Pai envia o seu Filho, envia também o seu Espírito que nos une a Cristo

na fé, para, como filhos adotivos, podermos chamar a Deus ‘Pai’ (Rm 8, 15). O Espírito é invisível,

mas nós conhecemo-lo através da sua ação quando nos revela o Verbo e quando age na Igreja”

(Compêndio, 137).

15. Para que o Filho eterno de Deus fosse também Emanuel = Deus connosco, foi preciso que Deus

criasse uma “nova terra” onde nascesse o “homem novo”. Essa “terra” foi Maria imaculada e o

seu Filho virginal é Jesus Cristo, Deus incarnado. De Maria O recebemos, com Maria O

acompanhamos: “Em Maria, o Espírito Santo realiza as expectativas e a preparação do Antigo

Testamento para a vinda de Cristo. De forma única enche-a de graça e torna fecunda a sua

virgindade para dar à luz o Filho de Deus encarnado. Faz dela a Mãe do ‘Cristo total’, isto é, de

Jesus Cabeça e da Igreja que é o seu corpo. Maria está com os Doze no dia de Pentecostes,

quando o Espírito inaugura os ‘últimos tempos’ com a manifestação da Igreja” (Compêndio, 142).

Para aprofundar:

CIC – Compêndio: nº 112, nº 119, nº131, nº 137, nº 142

Youcat do nº 110 ao nº 110

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b. Partilha sobre os conteúdos

c. Resumo, sistematização dos conteúdos essenciais do encontro (animador)

4- Convidar a formular um compromisso

«O Amor com que o Pai ama a Cristo e Cristo se retribui ao Pai, envolve-nos agora e inclui-nos na

vida divina: “… quando o Pai envia o seu Filho, envia também o seu Espírito que nos une a Cristo

na fé, para, como filhos adotivos, podermos chamar a Deus ‘Pai’ (Rm 8, 15). O Espírito é invisível,

mas nós conhecemo-lo através da sua ação quando nos revela o Verbo e quando age na Igreja”

(Compêndio, 137).

Que olhar particular sobre a vida me dá este texto e que me pede a Igreja a partir deste trecho da carta dos

Bispos do Porto?

5- Sugere-se concluir o encontro com uma breve oração

6- Convidar para o próximo encontro e sugerir a continuação do momento de

“permanecer” e do “Diário de fé”.

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______________________ ITINERÁRIO________________________

O Corpo Eclesial de Cristo 4ª etapa – maio/junho

1º passo

Tempo de IR ao encontro do Mestre

em Betânia, lugar: do encontro - da intimidade – da escuta – da palavra- do silêncio

Encontro a realizar no início de maio

« Entendemos assim o que é verdadeiramente a Igreja, em que o Espírito nos une a Cristo e por

Cristo ao Pai, bem como uns aos outros, por entre tanta variedade de línguas e povos: “[Igreja]

designa o povo que Deus convoca e reúne de todos os confins da terra, para constituir a

assembleia daqueles que, pela fé e pelo Batismo, se tornam filhos de Deus, membros de Cristo e

templo do Espírito Santo” (Compêndio, 147).

Carta dos Bispos do Porto

Como fazer:

A----Material necessário / Preparar a sala

Material:

Ícone “ícone do Pentecostes”

Uma túnica (ou um tecido branco recortado em jeito de túnica) e um rosto representativo de Cristo

Canetas para escrever no tecido

Bíblia, velas, tecido…

Sugere-se que:

se coloque no centro uma túnica (ou um tecido branco recortado em jeito de túnica) e um rosto

representativo de Cristo como se fora a figura de Jesus no meio do grupo. Neste tecido branco serão

escritos os nomes de todos os membros do grupo.

A partir deste encontro, sempre se colocará no centro este símbolo de Cristo e do “corpo eclesial de

Cristo”. Nuns próximos encontros escrever-se-á a missão de cada, um junto do respetivo nome.

Quanto ao ícone do Pentecostes pode optar-se por imprimir o mesmo a fim de ser entregue, a cada

membro no grupo, no momento da sua leitura, contemplação.

Se possível, as cadeiras serão colocadas à volta do centro

se disponham algumas velas e a Bíblia aberta

se tenha pouca iluminação

1º Acolher e preparar o encontro celebrativo

Sugere-se que:

se convide a cantar;

se convide a contar alguma “Boa Notícia da semana”, que poderá ser dos “diários de bordo”;

se dê a conhecer o plano geral do encontro;

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se invoque o Espírito (para que seja ELE, a fazer a obra em cada um, ao longo do encontro);

2º Convidar ao silêncio

Sugere-se que:

se convide a um momento de relaxe;

se convide a ler e a contemplar silenciosamente o ícone

3º Convidar a situar-se no contexto do Pentecostes

a. Após o convite à contemplação do ícone, lê-se a leitura do Actos

Quando chegou o dia do Pentecostes, encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar. De repente, ressoou, vindo do

céu, um som comparável ao de forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde eles se encontravam. Viram então

aparecer umas línguas, à maneira de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles. Todos ficaram

cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem. Ora,

residiam em Jerusalém judeus piedosos provenientes de todas as nações que há debaixo do céu. Ao ouvir aquele ruído,

a multidão reuniu-se e ficou estupefacta, pois cada um os ouvia falar na sua própria língua. Atónitos e maravilhados,

diziam: «Mas esses que estão a falar não são todos galileus? Que se passa, então, para que cada um de nós os oiça falar

na nossa língua materna? Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da

Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia cirenaica, colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses

e árabes ouvimo-los anunciar, nas nossas línguas, as maravilhas de Deus!» Estavam todos assombrados e, sem saber o

que pensar, diziam uns aos outros: «Que significa isto?» (Act 2, 1-12)

b. Leitura e contemplação do ícone

Como se chama este ícone e qual o simbolismo da cor predominante?

- Este é o ícone do Pentecostes. A cor predominante é o dourado que simboliza a especial

presença de Deus neste acontecimento.

Quantas e quem são as personagens sentadas

nos cadeirais?

- As personagens sentadas nos cadeirais são 12,

com toda a carga simbólica que o 12 representa

biblicamente: as 12 tribos de Israel, os 12

apóstolos de Jesus.

Apesar deste número nos querer lembrar o que

significa, estas personagens não são os 12

apóstolos porque, à cabeça dos 6 do lado

esquerdo está S. Paulo, enquanto que à cabeça

dos outros 6 do lado direito está S. Pedro. Logo

em seguida, 2 de cada lado, aqueles que têm

nas mãos um livro serão os 4 evangelistas:

Marcos, Mateus, Lucas e João. Os restantes

serão outros discípulos de Jesus, tenham sido ou

não seus apóstolos.

Estes 12 representam, assim, a Igreja reunida de todos os tempos e de qualquer lugar.

Porque é que S. Paulo e S. Pedro ocupam lugares de destaque?

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- S. Paulo e S. Pedro ocupam lugares de destaque porque os dois juntos representam toda a Igreja

das origens. Por um lado, S. Paulo representa todos os pagãos que seguiram a Cristo. Por outro

lado, S. Pedro representa todos os judeus que seguiram a Cristo, os convertidos.

Porque é que entre S. Paulo e S. Pedro está um lugar vazio?

- Entre S. Paulo e S. Pedro está um lugar vazio para nos dizer que quem verdadeiramente preside

a esta Igreja não é Paulo nem Pedro, nem qualquer um dos seus sucessores, mas é o próprio Cristo

que está à Cabeça e é a Cabeça deste corpo formado por toda a Igreja, independentemente das

suas origens. Jesus está assim presente, mas não de maneira visível, está presente pela ação do

seu Espírito.

O que vemos acima desta reunião?

- Acima desta reunião vemos os céus abertos e línguas de fogo a descer sobre a Igreja de Jesus.

Porque têm todos uma túnica igual?

- Todos vestem uma túnica de cor azul (cor do Céu) porque são todos filhos do mesmo Pai do Céu,

e por isso são todos irmãos.

Quem são as duas personagens abaixo e porque estão num fundo negro?

- Estas duas personagens são um discípulo de Jesus a levar a sua Boa Notícia a um pagão, que

poderão ser o apóstolo Filipe e o etíope do relato do livro dos Actos dos Apóstolos 8, 26-39. Estão

diante de um fundo negro (símbolo da ausência da Luz que é Deus, e por isso é símbolo da morte,

da ignorância, do medo, do mal) porque é o “estado” do mundo que espera a chegada da Boa

Notícia de Jesus que será levada pelos seus discípulos a todo o mundo. É a abertura máxima que

esta reunião pode ter: a Boa Notícia de Jesus é para todos.

Porque é que o círculo desta reunião não é fechado?

- Porque quem se coloca diante deste mistério é convidado a fazer parte dele, tem assento nesta

reunião, e por isso tem também a missão de anunciar a Boa Notícia de Jesus a todas as gentes.

4. Tempo de releitura da experiência-momento de oração e diálogo

Propõe-se que

Se convide a fechar os olhos e a recordar tudo o que foi partilhado sobre o ícone; Se leia (após 3 minutos de silêncio) um trecho da carta dos bispos do Porto.

« Entendemos assim o que é verdadeiramente a Igreja, em que o Espírito nos une a Cristo e por Cristo ao Pai, bem como

uns aos outros, por entre tanta variedade de línguas e povos: “[Igreja] designa o povo que Deus convoca e reúne de

todos os confins da terra, para constituir a assembleia daqueles que, pela fé e pelo Batismo, se tornam filhos de Deus,

membros de Cristo e templo do Espírito Santo” (Compêndio, 147).

União a Cristo significa participação na sua missão, pois a sua vida é para todos. Ele inaugurou na terra aquele “reino”

tão esperado, que ultrapassava infinitamente as antigas fronteiras geográficas e culturais de Israel. Missão que Cristo

ressuscitado continua agora através de nós, seu corpo eclesial, animados pelo mesmo Espírito: “A missão da Igreja é a

de anunciar e instaurar no meio de todos os povos o Reino de Deus inaugurado por Jesus Cristo. Ela é, na terra, o germe

e o início deste Reino salvífico” (Compêndio, 150).

Em certo sentido, tudo começa indispensavelmente em nós, cada um de nós. Com o sim de Maria, chegou Cristo ao

mundo; com o nosso sim continua agora, na medida em que – como Ela – também nós assimilarmos profundamente o

modo de ser de Cristo, em relação ao Pai e a tudo: “O povo de Deus participa no ministério sacerdotal de Cristo,

enquanto os batizados são consagrados pelo Espírito Santo para oferecer sacrifícios espirituais; participa no ministério

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profético, enquanto, com o sentido sobrenatural da fé, a esta adere indefetivelmente, a aprofunda e testemunha; e

participa no seu ministério real com o serviço, imitando Jesus Cristo, que, rei do universo, se fez servo de todos,

sobretudo dos pobres e dos que sofrem” (Compêndio, 155).

Se convide, ainda em atitude orante, a pensar, a orar a partir do trecho lido.

Se entre em diálogo sobre o significado do SER IGREJA respondendo à pergunta: Quem sou, quem somos?

Se escreva na túnica estendida no chão o nome de cada membro presente. NOTA: a partir deste momento, em todos os encontros a túnica (ou tecido recortado em forma de túnica) deverá estar estendida no chão para recordar a eclesialidade do grupo, corpo Eclesial de Cristo!

Se expresse espontaneamente uma oração de louvor pelo convite a “ser Corpo Eclesial de Cristo” e por todas as maravilha que Deus tem realizado neste corpo desde o Pentecostes.

5. Pensar um gesto que reforce os laços no grupo e com toda a comunidade

Que podemos fazer para reforçar o “ser Corpo Eclesial de Cristo”? Que podemos fazer para reaproximar pessoas desavindas ou membros afastados da comunidade?

(pensar em pessoas e gestos concretos)

6. Entregar o texto a meditar para o próximo encontro e apresentar os desafios para o “Diário da fé” (2º passo):

Cada membro do grupo é convidado a ler, meditar e refletir o capítulo sobre o Corpo Eclesial de Cristo: no 16 da Carta dos Bispos do Porto.

7. Lanche partilhado

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________________________ ITINERÁRIO________________________

O Corpo Eclesial de Cristo 2º passo

Tempo de PERMANECER

na Galileia, lugar: da vida – do quotidiano- dos encontros – do amor- dos dias salvos pela presença do Mestre nas

nervuras do viver

Experiência pessoal a realizar entre o início de maio e fim de junho

Propõe-se que cada um escreva a experiência no “Diário de fé”

Como fazer:

1. Desafio a Olhar/Viver – Permanecer unido a Jesus Cristo através do Corpo Eclesial

de Cristo

O tema “Corpo Eclesial de Cristo” convida:

a. a olhar a realidade ao jeito de Jesus Cristo:

«Em certo sentido, tudo começa indispensavelmente em nós, cada um de nós. Com o sim de Maria, chegou

Cristo ao mundo; com o nosso sim continua agora, na medida em que – como Ela – também nós assimilarmos

profundamente o modo de ser de Cristo, em relação ao Pai e a tudo: “O povo de Deus participa:

no ministério sacerdotal de Cristo, enquanto os batizados são consagrados pelo Espírito Santo para

oferecer sacrifícios espirituais;

participa no ministério profético, enquanto, com o sentido sobrenatural da fé, a esta adere

indefetivelmente, a aprofunda e testemunha;

e participa no seu ministério real com o serviço, imitando Jesus Cristo, que, rei do universo, se fez

servo de todos, sobretudo dos pobres e dos que sofrem” (Compêndio, 155).»

«Todos os batizados têm o mundo por tarefa, realizando na família, no trabalho e na sociedade a

fermentação evangélica que tudo transforma e eleva: “Os fiéis leigos têm como vocação própria a de

procurar o reino de Deus, iluminando e ordenando as realidades temporais segundo Deus.

Correspondem assim ao chamamento à santidade e ao apostolado, dirigido a todos os batizados”»

(Compêndio, 188).

b. a viver e a transformar o quotidiano de forma a que aí “chegue o REINO”… Aí, Deus possa

reinar, fazer acontecer o AMOR. E qual o jeito de viver? E qual o programa de vida?

oferecer sacrifícios espirituais;

aderir, a aprofundar e testemunhar a fé;

fazer-se servo de todos, sobretudo dos pobres e dos que sofrem: viver o Amor ao

jeito de Jesus”

2. Desafio a Orar- Permanecer unidos a Jesus Cristo na oração

O desafio a orar será: oferecer sacrifícios espirituais;

… viver “EM ORAÇÃO”, como um toque constante de olhar para o “céu e para a terra”: Uma

frase de louvor, de súplica… o nosso mundo precisa tanto de quem o “OLHE REZANDO”… nesse

olhar o mundo poderá “ver o olhar de DEUS”… assim se oferecem diariamente sacrifícios

espirituais…

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Sugestão: Olhar nos olhos a quem se cruza diariamente no meu caminho e orar interiormente: “deixa-te

abençoar por Deus!” ou “abençoa-o Pai”…

… sem esquecer a eucaristia!!!! Aquele lugar onde “Deus nos senta à mesa com Jesus Cristo”

onde o Pai partilha o seu Filho no Pão! Onde compreendemos e vivemos o SER IRMÃO… além de

todas as rugas e imperfeições que nos desfiguram!

3. Desafio a aprofundar conteúdos

O desafio a orar será: aderir, a aprofundar e testemunhar a fé;

Para aprofundar os conteúdos da fé “Corpo eclesial de Cristo” sugere-se:

a leitura pessoal dos capítulos 16 da Carta dos Bispos aos Diocesanos do Porto;

que se elaborem perguntas, para o próximo encontro, sobre o capítulo da Carta dos Bispos,

acima referido.

4. Desafio a atuar junto dos que mais sofrem – Permanecer unidos a Cristo na caridade

O desafio a AMAR será: fazer-se servo de todos, sobretudo dos pobres e dos que sofrem: viver o Amor ao

jeito de Jesus”.

Que posso fazer para reforçar o “ser Corpo Eclesial de Cristo”? Que posso fazer para reaproximar pessoas desavindas ou membros afastados da comunidade?

(pensar em pessoas e gestos concretos)

5. Desafio a escrever no “Diário de fé”

Convida-se a escrever as experiências significativas, descobertas, questões ou dúvidas no “Diário de

fé”.

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O Corpo Eclesial de Cristo 3º passo

Tempo de VER em Jerusalém, tempo: de adentrar-se na morte e ressurreição do Senhor – de ouvir –ver –

compreender –aderir ao mistério da salvação em Jesus, O Cristo

Encontro a realizar no fim de junho

« Entendemos assim o que é verdadeiramente a Igreja, em que o Espírito nos une a Cristo e por

Cristo ao Pai, bem como uns aos outros, por entre tanta variedade de línguas e povos: “[Igreja]

designa o povo que Deus convoca e reúne de todos os confins da terra, para constituir a

assembleia daqueles que, pela fé e pelo Batismo, se tornam filhos de Deus, membros de Cristo e

templo do Espírito Santo” (Compêndio, 147).

Como fazer:

1- Convidar a abrir o coração ao Espírito Santo

Preparar um breve momento de oração. Dar um tempo de silêncio.

2- Convidar a partilhar o diário escrito a partir do encontro de fevereiro

O Animador convida, quem assim o desejar, a partilhar um pequeno trecho do seu “Diário de Fé” escrito a

partir da contemplação da realidade e das experiências de vida, sentidas na fé, desde o último encontro do

grupo.

A partilha terá a tónica: “O Senhor fez em mim maravilhas”… (indicações para o animador: ver o esquema do mês de dezembro)

Se o grupo assim o desejar, e se o número de pessoas for grande, a partilha do diário poderá ser feita em

pequenos grupos. Cada um deles terá um animador que orientará a partilha (não mais de 5 minutos por

pessoa, sem comentários nem conselhos; apenas se é convidado a acolher na fé o dom do testemunho do

irmão.) O testemunho é um convite a reconhecer e a comunicar a presença e a ação de Deus na vida

quotidiana em jeito de Magnificat.

3- Convidar a VER - redescobrir

a. Encontrar-se com os conteúdos da fé: O Corpo Eclesial de Cristo

Como fazer? De acordo com o perfil do grupo, poderá optar-se por uma das três fórmulas:

a. dividir o grupo em pequenos grupos e cada um prepara para todos a apresentação dos conteúdos

dum pequeno trecho do texto;

b. O texto poderá ser lido e comentado por todo o grupo;

c. os conteúdos do texto poderão ser apresentados por um formador.

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Conteúdos para o encontro:

O corpo eclesial de Cristo

16. Entendemos assim o que é verdadeiramente a Igreja, em que o Espírito nos une a Cristo e por Cristo ao

Pai, bem como uns aos outros, por entre tanta variedade de línguas e povos: “[Igreja] designa o povo que

Deus convoca e reúne de todos os confins da terra, para constituir a assembleia daqueles que, pela fé e

pelo Batismo, se tornam filhos de Deus, membros de Cristo e templo do Espírito Santo” (Compêndio, 147).

União a Cristo significa participação na sua missão, pois a sua vida é para todos. Ele inaugurou na terra

aquele “reino” tão esperado, que ultrapassava infinitamente as antigas fronteiras geográficas e culturais

de Israel. Missão que Cristo ressuscitado continua agora através de nós, seu corpo eclesial, animados pelo

mesmo Espírito: “A missão da Igreja é a de anunciar e instaurar no meio de todos os povos o Reino de Deus

inaugurado por Jesus Cristo. Ela é, na terra, o germe e o início deste Reino salvífico” (Compêndio, 150).

Em certo sentido, tudo começa indispensavelmente em nós, cada um de nós. Com o sim de Maria, chegou

Cristo ao mundo; com o nosso sim continua agora, na medida em que – como Ela – também nós assimilarmos

profundamente o modo de ser de Cristo, em relação ao Pai e a tudo: “O povo de Deus participa no

ministério sacerdotal de Cristo, enquanto os batizados são consagrados pelo Espírito Santo para oferecer

sacrifícios espirituais; participa no ministério profético, enquanto, com o sentido sobrenatural da fé, a

esta adere indefetivelmente, a aprofunda e testemunha; e participa no seu ministério real com o serviço,

imitando Jesus Cristo, que, rei do universo, se fez servo de todos, sobretudo dos pobres e dos que sofrem”

(Compêndio, 155).

17. Desde as primeiras gerações, os cristãos descobriram a catolicidade da Igreja, isto é a sua

universalidade ou totalidade: em Cristo tudo nos foi dado e a todos se destina: “A Igreja é católica, isto é,

universal, porque nela está presente Cristo: ‘onde está Cristo Jesus, aí está a Igreja católica’ (Santo Inácio

de Antioquia). Ela anuncia a totalidade e a integridade da fé, leva e administra a plenitude dos meios de

salvação; é enviada em missão a todos os povos, em todos os tempos e qualquer que seja a cultura a que

pertençam” (Compêndio, 166). 6 Apóstolo quer dizer enviado, e assim foram os primeiros Doze e depois Paulo,

ou os que lhes sucedem no ministério - o Papa, os Bispos; e todos os cristãos, como elos da Tradição viva

que eles

garantem e tutelam “A Igreja é apostólica pela sua origem, sendo construída sobre o ‘fundamento dos

Apóstolos’ (Ef 2, 20); pelo ensino, que é o mesmo dos Apóstolos; pela sua estrutura, enquanto instruída,

santificada e governada, até ao regresso de Cristo, pelos Apóstolos, graças aos seus sucessores, os Bispos,

em comunhão com o sucessor de Pedro” (Compêndio, 174).

18. Todos os batizados têm o mundo por tarefa, realizando na família, no trabalho e na sociedade a

fermentação evangélica que tudo transforma e eleva: “Os fiéis leigos têm como vocação própria a de

procurar o reino de Deus, iluminando e ordenando as realidades temporais segundo Deus.

Correspondem assim ao chamamento à santidade e ao apostolado, dirigido a todos os batizados”

(Compêndio, 188). Já com Cristo acontecia que alguns e algumas o seguiam mais de perto (cf Lc 8, 1-3), deixando

os laços habituais pelo seguimento mais próximo da sua vida e missão. Faziam-no em função de Deus e dos

outros, por um “amor do Reino do Céu” que se tornara imediato e exclusivo (cf. Mt 19, 12). Assim continua a

ser, abrindo a espessura do mundo: “ [A vida consagrada] é uma resposta livre a um chamamento particular

de Cristo, mediante o qual os consagrados se entregam totalmente a Deus e tendem para a perfeição da

caridade sob a moção do Espírito Santo. Tal consagração caracteriza-se pela prática dos conselhos

evangélicos [pobreza, castidade e obediência]. A vida consagrada participa na missão da Igreja mediante

uma plena dedicação a Cristo e aos irmãos, testemunhando a esperança do Reino celeste” (Compêndio, 192 e

193).

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19. E com Cristo entramos numa comunhão mais vasta, com Deus e com os outros, que se alimenta da fé,

convive na caridade e garante a esperança. Chama-se “comunhão dos santos” e “indica, antes de mais, a

participação de todos os membros da Igreja nas coisas santas (sancta): a fé, os sacramentos, em especial a

Eucaristia, os carismas e os outros dons espirituais. Na raiz da comunhão está a caridade que ‘não procura

o próprio interesse’ (1 Cor 13, 5), mas move o fiel ‘ a colocar tudo em comum’ (Act 4, 32), mesmo os próprios

bens materiais ao serviço dos pobres. Designa ainda a comunhão entre as pessoas santas (sancti), isto é,

entre os que, pela graça, estão unidos a Cristo morto e ressuscitado. Alguns são peregrinos na terra;

outros, que já partiram desta vida, estão a purificar-se, ajudados também pelas nossas orações; outros,

enfim, gozam já da glória de Deus e intercedem, por nós. Todos juntos formam, em Cristo, uma só

família, a Igreja, para louvor e glória da Trindade” (Compêndio, 194 e 195).

Nesta comunhão tem lugar eminente Aquela que no-la proporcionou, ao dar-nos Cristo. Vivendo já e

completamente com seu Filho, indica-nos sempre tal destino, como o fez nas Bodas de Caná, ao dizer aos

serventes: “Fazei o que Ele vos disser!” (Jo 2, 5). Assim a devemos considerar e à sua maternal intercessão e

companhia: “Após a Ascensão do Seu Filho, a Virgem Maria ajuda, com as suas orações, as primícias da

Igreja e, mesmo depois da sua assunção ao céu, continua a interceder pelos seus filhos, a ser para todos

um modelo de fé e de caridade, e a exercer sobre eles um influxo salutar, que nasce da superabundância

dos méritos de Cristo. Os fiéis vêem nela uma imagem e uma antecipação da ressurreição que os espera,

invocando-a como advogada, auxiliadora, socorro, medianeira” (Compêndio, 197).

Carta dos Bispos do Porto aos Diocesanos

b. Partilha sobre os conteúdos

4- Convidar a Pensar a Identidade Cristã e formular um compromisso

Quem somos, quem sou? Quem é este CORPO ECLESIAL DE CRISTO? … Que laços o unem?

Quais as características da identidade cristã? …o seu jeito de Ser, Pensar… Viver…

…é urgente viver ao jeito de Jesus Cristo… é urgente dar a viver a vida no coração do Amor do

Pai… é urgente dar a ver com gestos e palavras… é urgente ser Sacerdotes, Profetas, Reis!

oferecer sacrifícios espirituais;

aderir, a aprofundar e testemunhar a fé;

fazer-se servo de todos, sobretudo dos pobres e dos que sofrem: viver o Amor ao

jeito de Jesus”

A massa aguarda a força do fermento para levedar! Quem dizem os homens que eu sou?

5- Gesto de “eclesialidade”

Sugere-se que:

se partilhe os gestos que reforçaram os laços comunitários.

Se entregue a cada um uma pequena túnica à semelhança da grande túnica do grupo.

6- Concluir o encontro com uma breve oração

7- Convidar para o próximo encontro e sugerir a continuação do momento de

“permanecer” e do “Diário de fé”.