vitrificação de tecido ovariano / plasma seminal e fiv

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Journal Club Renato Tomioka, M.D. São Paulo, 12 de Fevereiro de 2015

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Page 1: Vitrificação de tecido ovariano / Plasma seminal e FIV

Journal ClubRenato Tomioka, M.D.

São Paulo, 12 de Fevereiro de 2015

Page 2: Vitrificação de tecido ovariano / Plasma seminal e FIV

Programação1. Artigo Human Update

2. Artigo Human Reproduction

3. Caso clínico

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Imunologia e Implantação Implantação embrionária ainda é um desafio: embriões de boa

qualidade sem gravidez

Embrião semi-alogênico induz resposta imunológica materna: tolerância imunológica facilita implantação

Diversos medicamentos ineficazes (AAS, enoxaparina, imunoglobulinas): carência de conceitos claros de fisiopatologia

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Papel do plasma seminal Vesícula seminal e próstata

Transporte e meio nutritivo aos espermatozoides

Rico em estrogênios, testosterona, prostaglandinas e agentes sinalizadores (TGFb, IL-8, IFN-g) e polissacarídeos bacterianos

No coito... 1º contato com antígenos paternos

Colo e endométrio: recrutamento de macrófagos, células dendríticas e linfócitos T de memória

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Papel do plasma seminal Ascensão por ondas peristálticas subendometriais e miometriais

Exposição de células endometriais in vitro ao PS: aumento da expressão de genes e secreção de proteínas ligadas à migração celular, proliferação e viabilidade celular

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Objetivos Revisar os efeitos do plasma seminal para aumentar as chances de

sucesso em pacientes submetidas a FIV/ICSI

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Materiais e métodos Exclusivamente RCT

P: idade reprodutiva, qualquer fator de infertilidade

I: exposição ao plasma seminal (relação sexual ou injeção intravaginal, intracervical ou intrauterina) antes da transferência embrionária

C: ausência de exposição ao PS

O: taxa de gestação clínica e nascido-vivo OU gestação em curso

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Materiais e métodos MEDLINE, EMBASE, Cochrane Library e National Research Register

2 revisores

18 artigos recuperados, 7 selecionados

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Materiais e métodos 2 artigos (n=990): relação sexual x abstinência

5 artigos (n=1215): injeção intravaginal/intracervical/intrauterine x nenhuma intervenção OU placebo

Total: 2.204 mulheres

Oriente médio, Austrália, Europa

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Intervenção Relação sexual próxima ao dia da TE OU dia da captação

Inseminação com sêmen sem preparo 36-48 h antes da TE OU logo após captação OU plasma seminal preparado após captação OU sêmen diluído Relação sexual próxima ao dia da transferência

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Controle Abstinência sexual

Injeção de meio de cultura 0,5 mL OU SF 0,5-1,5 mL

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Resultados: taxa de gestação clínicaI: 14,2 a 55.5%

C: 10.7 a 29.1%

Apenas um estudo mostrou aumento da CPR

Mas... metanálise

Por intenção de tratamento: RR 1.23, 95%CI 1.06 –1.42, P=0.006

Por protocolo: RR 1.24, 95% CI 1.07 –1.43, P=0.003

CPR 23% maior nas pacientes expostas ao plasma seminal

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Resultados: taxa de gestação clínica (ITT)

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Resultados: taxa de gestação clínica (PP)

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Resultados: taxa de nascido-vivo e gestação em curso

I: 20,3 a 32.0%

C: 22,2 a 23.4%

Não houve diferença estatística

Apenas 2 estudos

499 mulheres

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Resultados: taxa de nascido-vivo e gestação em curso

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Conclusões Heterogeneidade

Dúvidas: qual é o melhor método e timing?

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Conduta VidaBemVinda: ideias FIV: relação sexual (não apenas ejaculação) 2 dias antes e 2 dias

depois da coleta de óvulos

FET: relação sexual 2 dias antes da TE

Casais homoafetivos ou gestação independente: nada

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Criopreservação de tecido ovariano Único método para pré-puberais: oócitos imaturos em folículos

primordiais e primários

1º nascimento (2004): linfoma Hodgkin, transplante ortótópico, congelamento lento

Atualmente: congelamento lento e vitrificação (vários protocolos)

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Falência ovariana prematura 1% das mulheres

FSH elevado + amenorreia < 40 anos

Causas: genéticas, imunológicas, iatrogênicas etc

Apesar da amenorreia... existem folículos pequenos residuais

Única opção atual: ovodoação

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Ativação folicular in vitro Inibidores da PTEN (phosphatase with TENsin homology deleted in

chromosome 10) e estimuladores da fosfatidilinositol-3-quinase (PI3 kinase) ativam folículos primordiais humanos (2010)

Fragmentação ovariana leva ao crescimento follicular (2013)

Ideia: CRIOPRESERVAÇÃO + FRAGMENTAÇÃO + ATIVAÇÃO FOLICULAR IN VITRO + AUTOTRANSPLANTE

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Materiais e métodos 37 pacientes com FOP

Critérios:

FSH > 40 UI/L + amenorreia (12 meses) = 31 pacientes

FSH > 35 UI/L + amenorreia (4 meses) = 6 pacientes

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Criopreservação tecido ovariano Ooforectomia uni/bilateral laparoscópica sem uso de calor

Embriologista na sala

Vídeos:http://humrep.oxfordjournals.org/content/suppl/2015/01/06/deu353.DC1

Córtex ovariano: 5 a 10 mm (largura) x 1 a 2 mm (espessura)

Cryosupport: vitrificação

Mantidos em nitrogênio líquido até uso

10 a 20% do tecido ovariano: histopatologia para avaliar densidade folicular

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IVA: ovarian fragmentation, Akt stimulation and auto-transplantation

Após a recuperação da 1ª cirurgia: 2 a 3 fragmentos de tecido eram aquecidos 2 dias antes da 2ª cirurgia

Fragmentação: 1-2 mm2

6 a 9 fragmentos são colocados no meio de cultura com substâncias (PTEN enzyme inhibitor, P13 k stimulator, Gonal-F 0,3UI/mL)

Lavagem 3x antes de transplantar

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Autotransplante Serosa tubária

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FIV e TE Premarin 0,625 – 1.875 mg para supressão hipofisária: melhora da

resposta ao FSH exógeno

USG semanal ou quinzenal

Ao detectar folículos antrais: Gonal 150-300 UI/d + Orgalutran FD 14mm + hCG 10.000 UI

Captação 36 horas após trigger

ICSI em todos

Vitrificação de embriões em D2

FET: Premarin + Progesterona oral e IM

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Resultados 46% das pacientes: sem folículos residuais

9 das 20 pacientes tiveram folículos em crescimento após autotransplante

6 pacientes tiveram óvulos coletados: total 24 óvulos

3 das 4 pacientes que tiveram TE engravidaram

2 tiveram filhos

1 abortou

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Conclusões Opção no futuro

Ainda experimental