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VITIMOLOGIA Prof. Vlamir de Jesus Sandei [email protected] 1. Conceito. Finalidade. Objeto. Importância. CONCEITO É a ciência que estuda a personalidade da vítima sob os pontos de vista psicológico e sociológico na busca do diagnóstico e da terapêutica do crime e da proteção individual e geral da vítima. Mendelsohn, Benjamim. The Origins of the Doctrine of Victimology”. 1947. Vitimologia é o ramo da Criminologia que se ocupa da vítima direta do crime e que compreende o conjunto de conhecimentos biológicos, sociológicos e criminológicos a ela concernentes. Ellemberger Vitimologia é o estudo da personalidade da vítima, de seu comportamento, suas motivações e reações, em face de uma infração penal. Paul Cornil Vitimologia é a parte da criminologia que estuda a vítima não como efeito consequente da realização de uma conduta delitiva, mas como uma das causas, as vezes principal, que influenciam na produção de um delito. Raul Goldstein VITIMOLOGIA é a parte da criminologia que estuda: 1. Comportamento da vítima em relação ao criminoso; 2. Comportamento do delinquente em relação a sua vítima;

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Page 1: Vitimologia Apostila 2013 (1) Fib

VITIMOLOGIA

Prof. Vlamir de Jesus Sandei

[email protected]

1. Conceito. Finalidade. Objeto. Importância.

CONCEITO

É a ciência que estuda a

personalidade da vítima sob os pontos

de vista psicológico e sociológico na

busca do diagnóstico e da terapêutica

do crime e da proteção individual e geral

da vítima. Mendelsohn, Benjamim. “The Origins of the Doctrine of Victimology”. 1947.

Vitimologia é o ramo da Criminologia que se ocupa da vítima direta do crime e que compreende o conjunto de conhecimentos biológicos, sociológicos e criminológicos a ela

concernentes. Ellemberger

Vitimologia é o estudo da personalidade da vítima, de seu comportamento, suas motivações e reações, em face de uma infração penal. Paul Cornil

Vitimologia é a parte da criminologia que estuda a vítima não como efeito consequente da realização de uma conduta delitiva, mas como uma das causas, as vezes principal, que

influenciam na produção de um delito. Raul Goldstein

VITIMOLOGIA é a parte da criminologia que estuda:

1. Comportamento da vítima em relação ao criminoso;

2. Comportamento do delinquente em relação a sua vítima;

3. Até que ponto a vítima concorreu para a produção do crime;

4. A desdita do homem criminoso.

OBJETO DA VITIMOLOGIA

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a) Estudo da personalidade da vítima e do delinquente, além de outros fatores como as consequências de suas inclinações subconsciente;

b) Complexo criminógeno existente na dupla penal, que determina a aproximação entre a vítima e o criminoso – potencial de receptividade da vítima;

c) Análise da personalidade das vítimas sem intervenção de um terceiro – suicídio – acidente de trabalho;

d) Estudo dos meios de identificação dos indivíduos com tendência a se tornarem vítimas – desenvolver métodos psicoeducativos para a própria defesa;

e) A busca dos meios de tratamento curativo, a fim de prevenir a reincidência da vítima.

SÍNDROME DE ESTOCOLMO EM VÍTIMAS DE SEQUESTRO

“Trata-se de um processo de identificação desenvolvido pela vítima em relação ao seu algoz, que pode ocorrer como uma estratégia não consciente de sobrevivência, sendo um

fenômeno passível de observação em situações em que o agredido depende totalmente de seu agressor para manter-se vivo”. Fortes, M. (2005).

Ferenczi (1922; 1932) foi um dos pioneiros na descrição do processo de identificação relacionado à situações traumáticas. Suas contribuições refletem tópicos interessantes para

aprofundar uma análise de toda a problemática em pontos como:

Em busca da preservação de sua integridade psíquica, a vítima desenvolve uma identificação com o seu agressor, submetendo-se à sua vontade;

Pode-se comparar essa situação de submissão e sujeição da vítima à da condição de impotência e desamparo de um bebê em sua relação de dependência com a mãe (gênese de

sentimentos dúbios ou dicotômicos - horror x prazer / amor x ódio);

A necessidade de incorporar o agressor, a fim de conhecer profundamente seus desejos e satisfazê-los para evitar a morte, faz com que o agredido sinta-se muito próximo de seu

algoz.

Identificação com o agressor:

“O sujeito, confrontado com um perigo exterior, identifica-se com o seu agressor, ou assumindo por sua própria conta a agressão enquanto tal, ou imitando física ou moralmente a pessoa do agressor, ou adotando certos símbolos de poder que o caracterizam”. Laplanche

e Pontalis (2001).

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Características

É observada também em outros contextos além do sequestro, como violência doméstica, campos de concentração e abuso infantil;

O agredido demonstra afeição por seu agressor e pode chegar ao ponto de perdoá-lo, defendê-lo e até mesmo justificar as suas ações;

É uma distorção emocional e cognitiva da situação, podendo ser entendida como forma de dissociação da realidade a fim de torná-la menos traumática.

Relação com o TEPT

(Transtorno de Estresse Pós-Traumático)

Aparece em comorbidade com o TEPT, pode ser entendida como uma forma de lidar com o trauma;

As principais alterações que a vítima experimenta são:

a) Sentimentos de amor e ódio pelo agressor;

b) Gratidão exagerada por qualquer bondade mostrada pelo agressor;

c) Negação ou racionalização da violência do agressor;

d) Visão de mundo a partir da ótica do agressor;

e) Percepção das pessoas que querem ajudá-la como más e dos agressores como bons;

f) Medo de que o agressor volte para pegá-la, ainda que preso ou morto;

g) Apresentação de outros sintomas de TEPT. Vieira, C.M.S.; Neto, O.V. (2005).

Histórico da Origem dos Estudos

Caso de Kreditbanken

1973 – Assalto ao banco Sveriges Kreditbanken em Estocolmo (Suécia), com quatro funcionários mantidos como reféns por dois ex-presidiários por quase seis dias.

Na foto, Clark Olofsson com os reféns. A foto foi tirada pela polícia com uma câmera inserida em perfuração através do telhado para o cofre principal.

Após libertadas, as vítimas causaram estranheza às pessoas por atitudes como:

Defendiam seus agressores diante da imprensa;

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Se dispuseram a testemunhar em favor dos réus no julgamento;

Queriam contribuir financeiramente com os custos dos advogados de defesa.

O termo foi cunhado pelo psiquiatra e criminologista Nils Bejerot, auxiliar da polícia nas negociações, após descrever e analisar o caso a partir de suas próprias observações.

Caso de Patty Hearst

Fevereiro de 1974 – Aos 19 anos, a socialite Patty Hearst, filha de um poderoso empresário do ramo editorial dos EUA, foi sequestrada por integrantes do Exército da Libertação

Simbionês;

Técnicas da “lavagem cerebral” - Foi mantida isolada, a fizeram crer que era impossível escapar, foi abusada sexualmente por vários membros da gangue, ouviu à exaustão

discursos sobre a opressão do sistema;

Abril de 1974 – Câmeras de segurança flagram a participação de Patty em um assalto a banco realizado pelos guerrilheiros;

1975 – Foi presa pelo FBI e condenada a 35 anos de reclusão;

1979 – Teve a sentença parcialmente comutada pelo então presidente Jimmy Carter;

2001 – Obteve o perdão total através do presidente Bill Clinton. Ramsland, C. (2005).

Psicodinâmica do Transtorno

A vítima, diante da percepção de sua impossibilidade de escapar, sente-se isolada e carente de cuidado, proteção e contato com o mundo. Vai então buscar no sequestrador a

satisfação dessas suas necessidades. No caso do captor esboçar um gesto de gentileza em relação à vítima, esta poderá sentir-se vinculada a ele dissociando seu lado negativo, que

provoca terror.

Precisando manter-se em sintonia com o agressor para preservar a sensação de conforto, o sequestrado passa então a tentar enxergar o mundo através da perspectiva do seu algoz,

mantendo-o feliz em busca da própria sobrevivência. A vítima fica então hipervigilante em relação às necessidades do agressor, perdendo contato com sua própria identidade e visão

de mundo. Digital Archive of Psychohistory (2006).

Predisposição

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Wong (2005) aponta uma combinação de características pessoais que tornariam o sujeito mais susceptível à Síndrome de Estocolmo:

- Carência de um conjunto claro de valores que possam definir sua própria identidade;

- Insuficiência de um claro senso de significado e/ou meta para a sua própria vida;

- Ausência de pistas (modelos) de caminhos para vencer as dificuldades;

- Dificuldade em conseguir ter uma crença sólida em conceitos construtivos como bondade, justiça, fé, etc.;

- Sentimentos de que a própria vida sempre foi controlada por fatores externos poderosos;

- Sentimentos de infelicidade com circunstâncias da própria vida;

- Forte necessidade de aprovação de figuras autoritárias que o cercam;

- Desejos de ser qualquer outra pessoa que não ele mesmo.

Aspectos Psicossociais

Um aspecto muito importante no tratamento da vítima de trauma é a rede de amparo social que irá auxiliar em sua recuperação – família, amigos, colegas de trabalho, etc.;

Quando eclode a Síndrome de Estocolmo, é inconcebível para a família da vítima que esta se mostre solidária ao agressor, que fez tanto mal a todos;

Podem ocorrer então brigas e discussões, dificultando o processo de recuperação da vítima e tornando-a ainda mais estressada e ansiosa;

Relações interpessoais

Um agravante significativo para as relações interpessoais posteriores é que, durante o cativeiro, é comum o terror psicológico dos sequestradores com a vítima, tentando colocá-la

contra a família com argumentos como:

- “Seus pais não querem pagar o resgate, acham que sua vida vale menos dinheiro do que a quantia que pedimos”;

- “Ninguém lá fora te ama, eles não vão pagar porque não se importam com você”;

- “Eles não estão fazendo nada para resolver a situação, se você morrer eles enterram e pronto. A vida continua”.

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A partir daí o sequestrado sente-se abandonado e isso pode potencializar a sua vulnerabilidade ao desenvolvimento de vínculo afetivo com o sequestrador.

Agravante da Culpa

Além de todos os sentimentos confusos e contraditórios apresentados, há a questão da injustiça social que provoca culpa na vítima e serve como uma “desculpa” para as atitudes

do sequestrador;

Há vítimas que se sentem culpadas por pertencer a uma elite privilegiada e agem no sentido de abrandar os sentimentos de raiva em relação ao sequestrador por acreditarem que ele

está “no seu direito” ou “lutando pela sua sobrevivência”.

Relato de caso

Mulher, 30 anos, sequestrada e submetida ao cativeiro por 43 dias;

Péssimas condições: ficou em um buraco com ratos e baratas, sujeira e mau cheiro;

Absoluta falta de notícias, a primeira foi após cinco dias e depois só após 20 dias;

Dois carcereiros: uma mulher grávida e um homem que ela dizia ser seu marido;

“Ele me deu a arma e me falou para eu me matar. Como ele viu que eu não tinha coragem ele disse então para eu matá-lo, assim eu poderia fugir. Acho que fui muito

covarde, não consegui”.

“Depois do oitavo dia eu comecei a perceber que não ia adiantar eu me descabelar. A moça falava que era muito bom cuidar de mim, que eu não causava transtorno, eu não tentava fugir, ficava na minha e agradecia. Que com os outros ela tinha que ficar 100%

atenta, mesmo com eles algemados, e comigo não”.

“Comecei a me comportar melhor para ter mais benefícios no cativeiro, para poder tomar banho, não ficar com os ratos”.

“Ele começou a me tratar bem. Eu senti que ele é uma pessoa que gosta de conversar e que precisa de atenção. E ninguém dá isso pra ele, porque é uma pessoa humilde, um

bandido...”.

“Todos os dias eu dormi na cama de solteiro e ele lá do meu lado comigo, a felicidade dele era dormir ali comigo na cama. Ele pedia um beijo e eu tinha que beijar, eu via que

o pagamento por tudo aquilo, estar fora do cativeiro, dormir sem rato, era isso”.

“Na noite do Réveillon eu só chorava, não queria nada. Você não vai acreditar, ele começou a chorar, começou a sofrer junto, abriu a porta e me mandou embora. Disse

que não aguentava mais me ver sofrer. Eu não fui.”

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“Eu demorei uns 20 dias para cair na real, a vida no cativeiro ainda era muito presente, eu me adaptei demais. Então com ele... eu achei que ele era meu amigo, que não tinha perigo.”

“No começo foi estratégico, eu estava jogando o jogo, mas no final houve uma certa emoção. Você acha que ninguém te ama, que meu namorado não me ama, meu pai não ama, a família e ele estava lá fazendo tudo o que podia dentro do limite e o mínimo que ele fazia eu já valorizava muito. Eu sentia muita gratidão e carinho por ele. Mas agora eu já não sinto.”

Natascha Kampusch

A austríaca Natascha Kampusch foi sequestrada em 1998, aos 10 anos, e ficou oito anos em cativeiro até sua fuga, em 1996;

Wolfgang Priklopil, o sequestrador, se atirou na frente de um trem ao se dar conta da fuga de Natascha;

Ela apresentou fortes sinais de Síndrome de Estocolmo após sua fuga.

Jaycee Lee Dugard

Jaycee foi sequestrada na Califórnia em 1991, quando tinha 11 anos;

Ficou em cativeiro por 18 anos e teve duas filhas com o sequestrador;

Phillip e Nancy Garrido, o casal de raptores, as deixaram completamente isoladas do mundo até sua prisão, em 2009;

Diário: “Não o quero magoar, como posso dizer-lhe que quero ser livre?”.

Patricia Abravanel

Em 2001, após sete dias em cativeiro, a filha de Silvio Santos disse em uma entrevista: “Chorei com eles. Sequestro acontece porque o povo está maltratado. Sinceramente,

não gostaria que eles fossem presos. Eu perdoo”;

Um dos sequestradores, Fernando Dutra Pinto, invadiu a casa de Silvio Santos dois dias após o final do sequestro e o manteve em cárcere privado por sete horas.

CONCLUSÕES

Uma vítima estocolmizada pode não querer colaborar com as investigações;

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“Síndrome de Estocolmo instantânea”: é possível que se estabeleça uma ligação imediata entre vítima e agressor, sem longa convivência (sequestro-relâmpago);

Despersonalização: a vítima pode se despedir de seu mundo (que ficou lá fora, tão longe e quase irreal naquele momento) e incorporar o mundo do agressor, passando

a analisar os fatos através da sua ótica;

“Síndrome de Estocolmo às Avessas”: o carcereiro despreparado pode também se envolver com a vítima.

Vergonha/preconceito dificultam processo: “não tem vergonha na cara de gostar de um crápula”;

Tratamento: quebrar percepção de vínculo de dependência (crer na repetição da situação, mesmo com bandido morto);

Síndrome = proteção psíquica. Pode ser saudável como forma de se defender e não “sair do ar” naquele momento crítico (blindagem emocional);

É bastante importante um trabalho de psicoeducação em relação à vítima estocolmizada e seus familiares, procurando suavizar estas relações e aclarar os conceitos envolvidos

no processo, a fim de contribuir para a recuperação mais efetiva do paciente;

- Um dos objetivos do trabalho psicoterápico com as vítimas de sequestro é auxiliá-la a se despedir do papel de vítima e assumir o de sobrevivente.

2. Evolução histórica da vitimologia.

“Por que DEUS, o Senhor permaneceu em silêncio? Como pode tolerar tudo isso? Onde estava DEUS naqueles dias? Como pode Ele permitir esse massacre sem fim, esse triunfo

do mal?”. Papa Bento XVI

Ciência iniciada após a 2ª Guerra Mundial, que procura estudar as vítimas consideradas individualmente, ou em grupo, abrangendo neste estudo as minorias, povos e nações.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA VÍTIMA

Resolução nº. 40 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 29 de novembro de 1985.

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A necessidade de que sejam adotadas medidas nacionais e internacionais a fim de garantir o reconhecimento e o respeito universais e efetivos dos direitos das vítimas dos

delitos e do abuso do poder.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE JUSTIÇA PARA AS VÍTIMAS: Acesso à Justiça e tratamento justo. Ressarcimento. Indenização. Assistência.

Entende-se por “vítimas” as pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido danos, inclusive lesões físicas ou mentais, sofrimento emocional, perda financeira ou

diminuição substancial de seus direitos fundamentais, como consequências de ações ou omissões que violem a legislação penal vigente nos Estados-membros, incluídas a que

proscreve o abuso do poder.

TIPOS DE VÍTIMAS

Vítimas Inocentes: são as verdadeiras vítimas.

Vítimas Potencias: aquelas que estão sempre expostas e sujeitas a todas as espécie de agressões e violências.

Vítimas natas: aquelas que já nascem para ser vítima, consciente ou inconscientemente.

Vítimas provocadoras: aquelas que induzem, instigam e provocam o agente a ponto de não suportar mais e praticar o delito.

Vítimas falsas: aquelas que não são vítimas e desdobram.

Simuladoras são aquelas que sabem que não são vítimas, mas declaram à autoridade que são. Ex. A brasileira Paula Oliveira que simulou um ataque neonazista na Suíça.

Imaginárias são aquelas que não são vítimas, mas imagina ser em razão de um distúrbio ou doença mental. Personalidade histérica ou paranoica.

Vítimas indiscriminadas: aquelas que são passiveis de sofrer todas as espécies de agressões ou atentados, ainda que por repercussão ou via indireta.

Vítimas alternativas: aquelas que tanto podem ser vítimas, como delinquentes, ou se tornam conhecidas com o desfecho do fato. Antes do fato não se sabe quem vai ser

vítima ou delinquente.

Vítimas da tirania: aquelas vítimas da prepotência, do despotismo, do arbitrarismo e do poder do forte sobre o fraco.

Toda pessoa tem o mecanismo de censura interna, mas o tirano, como qualquer delinquente, perigoso, não dispõe desse mecanismo porque não há senso reitor da

conduta. O homem normal, quando julga, coloca-se na posição do julgado, mas o tirano, não. Freud

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Vítimas da fraude e da ganância: aquelas pessoas que deixam levar pela ambição, pela cupidez, pela vaidade ou pela boa fé e pela fraude em geral. Fraude por parte do autor e

ganância por parte da vítima.

VITIMIZAÇÃO

É o processo que leva uma pessoa a se vitimar ou a se tornar vítima.

TIPOS DE VITIMIZAÇÃO

a) VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA. b) VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA. c) VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA.

VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA: Refere-se aos danos físico, materiais, psicológicos e sociais causados pela conduta criminosa.

VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA: Refere-se ao sofrimento adicional imposto pelo controle social formal e informal.

VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA: Refere-se a falta de amparo dos órgãos públicos e da ausência de receptividade social em relação à vítima.

VITIMIZAÇÃO

O ser humano antes mesmo de nascer pode dar início ao processo de vitimização ou de criminalização.

CLASSIFICAÇÃO DAS VÍTIMAS

A classificação das vítimas é importante para pesquisas científicas e para estudos a respeito da matéria.

1. Classificação de Von Hentig.

Vítima resistente – a vítima reage a uma injusta agressão.

Vítima coadjuvante e cooperadora – a vítima sabe e assume o risco, como o jogador.

2. Classificação de Jimenez Asúa.

Vítima indiferente – desconhecida pelos criminosos.

Vítima indefinida ou indeterminada.

Vítima determinada.

3. Classificação de Jimenez Asúa.

Vítima indiferente – desconhecida pelos criminosos.

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Vítima indefinida ou indeterminada – vítima da sociedade moderna, do progresso e do desenvolvimento, como propaganda enganosa.

Vítima determinada – é aquela conhecida do agente.

4. Classificação de Lola Aniyar de Castro.

Vítima singular (ofendido) e vítima coletiva (pessoas).

Vítima de si mesma (agressivo) e vítima de crimes alheios (erro).

Vítima por tendência (vulnerável), vítima reincidente (duas), vítima habitual (consumidor) e vítima profissional (atividade).

Vítima que atua com culpa inconsciente, vítima consciente (risco) e vítima que age com dolo (vantagens).

5. Classificação das vítimas de Benjamin Mendelsohn:

a) Vítimas completamente inocentes:

Também chamada de ideal. São aquelas que não concorrem - de qualquer forma - para a ação ou omissão do agente ativo. Não tem qualquer participação no evento criminoso.

Exemplos: Sequestro, roubo, Vítimas de balas perdidas, abuso sexual de menores.

b) Vítimas menos culpada que o delinquente:

Também conhecida como vítima por ignorância. É aquela que contribui de alguma forma para o resultado do crime. Pessoas que frequentam locais reconhecidamente perigosos

ou expõe objetos de valor sem os cuidados necessários.

c) Vítimas tão culpada quanto o delinquente:

A vítima também chamada de provocadora. Sem a participação ativa da vítima, o crime não teria ocorrido. São exemplos os vários casos de estelionatos, quando o delinquente

se aproveita da “ganância da vítima”. Exemplos: encontro de cheque na rua, máquina de dinheiro etc. Corrupção: quando a vítima também é criminosa.

d) Vítimas mais culpadas que o delinquente:

A vítima é considerada mais culpada que o criminoso. A contribuição da vítima é maior do que a do delinquente. Exemplos: as lesões corporais e os homicídios privilegiados

cometidos após injusta provocação da vítima.

e) Vítimas unicamente culpada:

É a vítima considerada a única culpada no evento criminoso.

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QUANDO COMEÇA E TERMINA A VIDA HUMANA?

QUAL É O MARCO INICIAL PARA SE CONSIDERAR VÍTIMA?

Um embrião carrega toda a informação genética que determina os traços físicos.

Mas um punhado de células pode ser considerado gente?

Início da vida.

RESPOSTAS DA CIÊNCIA:

1. Visão Genética: A vida humana começa na fertilização, quando o espermatozoide e o óvulo se encontram e combinam seus genes para formar um indivíduo com um conjunto

genético único.

2. Visão Embriológica: A vida começa na 3ª. Semana de gravidez, quando é estabelecida a individualidade humana. Isso porque até 12 dias após a fecundação o embrião ainda é capaz de se dividir e dar origem a duas ou mais pessoas. É essa a ideia que justifica o uso da pílula do dia seguinte e contraceptivos administrados nas duas primeiras semanas de

gravidez.

3. Visão Neurológica: O mesmo princípio da morte vale para a vida. Ou seja, se a vida termina quando cessa a atividade elétrica no cérebro, ela começa quando o feto

apresenta atividade cerebral igual à de uma pessoa. O problema é que essa data não é consensual. Alguns cientistas dizem haver esses sinais cerebrais já na 8ª semana. Outros,

na 20ª.

4. Visão Ecológica: A capacidade de sobreviver fora do útero é que faz do feto um ser independente e determina o início da vida. Médicos consideram que um bebê

prematuro só se mantem vivo se tiver pulmões prontos, o que acontece entre 20ª e 24ª semanas de gravidez. Foi o critério adotado pela Suprema Corte dos EUA na decisão que

autorizou o direito de aborto.

5. Visão Metabólica: Afirma que a discussão sobre o começo da vida humana é irrelevante, uma vez que não existe o momento único no qual a vida tem início. Para

essa corre espermatozoides e óvulos são tão vivos quanto qualquer pessoa. Além disso, o desenvolvimento de uma criança é um processo contínuo e não deve ter um marco

inaugural.

ESPÉCIES DE ABORTO NO CÓDIGO PENAL

Artigos:

124 - Provocado pela gestante ou com seu consentimento. pena – detenção de 1 a 3 anos.

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125 – Provocado por terceiro, sem consentimento da gestante. Pena – reclusão de 3 a 10 anos.

126 – Provocado por terceiro, com consentimento da gestante. Pena – reclusão de 1 a 4 anos.

Parágrafo único: Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não e maior de 14 anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude,

grave ameaça ou violência.

127 - Forma qualificada – As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para

provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.

ABORTO LEGAL

Artigo 128. Não se pune o aborto praticado por médico:

ABORTO NECESSÁRIO

I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante.

ABORTO NO CASO DE GRAVIDEZ RESULTANTE DE ESTUPRO

II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

ATIPICIDADE DA INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO DE FETO ANENCÉFALO

Admite-se como consenso de valores médicos-jurídicos, que ocorre a morte quando da constatação da falência encefálica, na qual se verifica lesão ou deterioração substancial e irrecuperável do cérebro, em que o sujeito se torna incapaz de viver de forma autônoma, autorizando-se, inclusive, a doação de seus órgãos, de acordo com o que preconiza a LEI

Nº 9 434/97.

Artigo 3º - “A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinas a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de

remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina”

EUTANÁSIA – Quando crianças devem ser consideradas inocentes, como do menino de 4 anos, cujo pai pretende pedir autorização judicial para desligar seus aparelhos em UTI de

Franca – SP.

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No Brasil e EUA a eutanásia é proibida, mas alguns países como a Holanda e a Bélgica a admitem.

H O M I C Í D I O P R I V I L E G I A D O

Este delito é previsto no Artigo 121, § 1º do Código Penal.

“Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou, sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o

juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço”.

4. Aspectos Vitimológicos dos Crimes.

1) Crime de trânsito – 400 ocorrências.

31% - vítimas absolutamente inocentes.

18% - vítimas menos culpadas ou quase tão culpadas.

32% - vítimas tão culpadas.

15% - vítimas mais culpadas.

4% - vítimas tão culpadas ou vítimas mais culpadas.

Moreira Filho, 2006, pág. 112

2) Crime de roubo – 400 ocorrências.

68% - vítimas absolutamente inocentes.

23% - vítimas quase tão culpadas.

6% - vítimas embriagadas.

3% - vítimas quase tão culpadas.

Moreira Filho, 2006, pág. 113

3) Crime de homicídio – 100 ocorrências.

46% - vítimas inocentes.

22% - vítimas menos culpadas.

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17% - vítimas tão culpadas.

10% - vítimas mais culpadas.

3% - vítimas únicas culpadas.

Moreira Filho, 2006, pág. 113

4) Crime de furto de veículo – 400 ocorrências.

61% - vítimas inocentes.

24% - vítimas menos ou quase tão culpadas.

12% - vítimas tão culpadas.

3% - vítimas quase tão culpadas ou tão culpadas.

Moreira Filho, 2006, pág. 113

5) Crime de Estupro – 100 ocorrências.

59% - vítimas inocentes.

18% - vítimas menos culpadas.

7% - vítimas tão culpadas.

3% - vítimas mais culpadas.

13% - vítimas entre menos culpadas e tão culpadas.

Moreira Filho, 2006, pág. 113

6) Crime de estelionato – 100 ocorrências.

37% - vítimas inocentes.

28% - vítimas quase tão culpadas quanto.

25% - vítimas tão culpadas.

10% - vítimas inocentes e quase tão culpadas.

Moreira Filho, 2006, pág. 113

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7) Crime de lesão corporal – 200 ocorrências.

39% - vítimas inocentes.

24% - vítimas menos ou quase tão culpadas.

18% - vítimas tão culpada.

13% - vítimas mais culpadas.

6% - vítimas únicas culpadas.

Moreira Filho, 2006, pág. 113

8) Crime de corrupção – 100 ocorrências.

26% - vítimas inocentes.

27% - vítimas quase tão culpadas.

34% - vítimas tão culpada.

13% - vítimas mais culpadas.

Moreira Filho, 2006, pág. 114

9) Crime de furto – 400 ocorrências.

56% - vítimas inocentes.

25% - vítimas quase tão culpadas.

12% - vítimas tão culpada.

7% - vítimas inocentes e menos culpadas.

Moreira Filho, 2006, pág. 114

5. Vítimas das Drogas

EFEITOS VITIMOLÓGICOS DAS DROGAS.

VIDA: a luta pela sobrevivência.

DROGA: se fosse bom não teria esse nome.

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DROGA: origem da palavra.

1. Do baixo alemão droghe vate, expressão que designava o recipiente onde se guardavam as ervas secas.[1]

2. Do neerlandês droog, que quer dizer seco.[2] 3. Do céltico, com a acepção de má qualidade. Falam a favor desta hipótese os

vocábulos droug em bretão, e droch em irlandês.[3]

A origem etimológica da palavra DROGA é incerta. A palavra pode ter derivado de DROWA (árabe), cujo significado é bala de trigo. Droga, ainda, pode ser originária de

DROOGE VATE (holandês), cujo significado são tonéis de folhas secas. Isto porque antigamente quase todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais.

A primeira língua a utilizar a palavra tal como a conhecemos hoje foi o francês: DROGUE (ingrediente, tintura ou substância química ou farmacêutica, remédio, produto

farmacêutico). Atualmente, a medicina define droga como sendo: qualquer substância capaz de modificar o funcionamento dos organismos vivos, resultando em mudanças

fisiológicas ou de comportamento. .

DROGARIA: origem.

CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS QUANTO AOS EFEITOS:

Estimulantes. Depressoras. Alucinógenas.

CLASSIFICAÇÃO

DAS DROGAS QUANTO À LIBERAÇÃO:

Lícitas. Ilícitas.

TERMOS IMPORTANTES SOBRE DROGAS:

Dependência. Tolerância. Síndrome de abstinência. Sinergismo. Usuário. Prevenção.

Dependência: “Toda dependência é uma droga...”

Dependência: “Estado de necessidade...”

“A droga passa a ser a muleta do dependente...”

Atinge todas as idades.

“Não escolhe a classe social...”

“É causa da decadência...”

FATORES DO USO: - Curiosidade; - Modismo; - Contestação; - Hiperatividade; - Empatia; - Desinformação; - Simples opção; - Pressão de grupo.

FATORES DO TRÁFICO: - Oportunidade; - Dinheiro fácil; - Manutenção na droga; - Organização; - Imposição; - Oferta irresistível; - Impunidade.

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FATORES DE RISCO: - desinformação; - má companhia; - saúde deficitária; - informação equivocada; - repressão.

FATORES DE PROTEÇÃO: - informação; - boa companhia; - boa saúde; - informação adequada; - prevenção.

ALCOOL. TABACO. MEDICAMENTO. INALANTES. MACONHA. COCAÍNA. OUTRAS DROAS DA MODERNDADE.

Pressão de Grupo: - direta ou - indireta.

Pressão de Grupo: Boa ou Má.

CONCLUSÕES DOS ASPECTOS VITIMÓLOGICOS DAS DROGAS

1 . A droga está inserida na sociedade.

2 . A droga é inerente ao ser humano;

3 . A prevenção e o melhor caminho;

4 . É preciso a aprender a conviver com a droga;

5 . A informação é o melhor instrumento de proteção;

6 . A legislação serve para reafirmar os valores vigentes.

6. Teoria da Redução do Dano.

REDUÇÃO DO DANO À VÍTIMA

1) Programas de assistência às vítimas.

Acompanhamento médico, psicológico e psiquiátrico, após a prática de violência contra a vítima.

2) Estudo da periculosidade do autor e das consequências do ato na vítima.

3) Criação de fundos compensatórios por erros profissionais.

a) Advocacia - ressarcimento do dano por parte da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por erro no exercício advocatício

b) Medicina – ressarcimento por erro médico no exercício da profissão – CRM (Conselho Regional de Medicina)

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c) Engenharia – ressarcimento por queda de viadutos e edifícios (CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura).

SOLUÇÕES DE REDUÇÃO DO DANO À VÍTIMA

Os órgãos fiscalizadores retirariam das mensalidades dos associados, parte para o pagamento do dano causado às vítimas.

Sem que estas medidas impeçam a punição dos profissionais por seus órgãos de classe ou sua responsabilização criminal.

Procurar-se-ia dar uma resposta mais rápida às vítimas e evitar a execração pública do profissional envolvido no erro.

SOLUÇÕES PENAIS

DE REDUÇÃO DO DANO À VÍTIMA

Fundamento Constitucional

Art. 245. A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o Poder Público dará assistência aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime

doloso, sem prejuízo da responsabilidade civil do autor do ilícito.

Art. 59. do Código Penal Brasileiro

O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e

suficiente para reprovação e prevenção do crime:

I – as penas aplicáveis dentre as cominadas

II – a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;

III – o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;

IV – a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.

Os juízes têm dificuldades em caracterizar pelo art. 59 a redução do dano à vítima, sob a alegação que não possuem previsão legal para determinar o período que

medeia entre o evento e a prolatação da sentença, onde o dano causado à vítima se evidencia.

Proposta para caracterizar o dano potencial à vítima

Graduação do dano à vítima

Usaríamos o mesmo sistema de progressão da pena para beneficiar o criminoso, para agravar a sua punição:

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1) Pequeno dano: laudo vitimológico = laudo de exame de corpo delito da vítima + aferição da periculosidade = Aumento de 1/6 da pena.

2) Médio dano: laudo vitimológico = laudo de exame de corpo delito da vítima + aferição da periculosidade = Aumento de 1/3 da pena.

3) Grande dano: laudo vitimológico = laudo de exame de corpo delito da vítima + aferição da periculosidade = Aumento de metade da pena.

7. Estudo de Casos.

a) Criança de atirou na professora e suicidou.

b) Caso Eloá, Nayara e Lindeberg.

c) Caso Isabella e do Casal Nardoni.

d) Caso Eliza Samúdio e Goleiro Bruno.

e) Caso do casal Richthofen. Suzane von Richthofen. MATRICÍDIO E PARRICÍDIO. Mitologia grega. Édipo mata o pai. - Electra convence seu irmão Orestes a matar sua mãe.

f) Caso das pessoas que foram vítimas no cinema. MATEUS DA COSTA MEIRA. “Atirador do Shopping”. 03.11.1999.

8. Prevenção ao ataque do psicopata.

Como evitar de ser vítima do psicopata.

O que podemos fazer para reduzir a vulnerabilidade?

Proteja-se.

1. Saiba com quem você está lidando.

2. Todo cuidado é pouco para proteger dos efeitos devastadores dos psicopatas.

3. Até os especialistas no assunto, podem ser envolvidos, manipulados, enganados e abandonados de forma surpreendente.

4. Um hábil psicopata é capaz de tocar uma sinfonia nas cordas do coração de qualquer um.

O psicopata é encontrado em qualquer segmento da sociedade.

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Por isso, há uma grande possibilidade de ter um doloroso e humilhante encontro com um deles.

5. Tente não ser influenciado por finórios.

6. Não é fácil desconsiderar o sorriso vitorioso, a linguagem corporal cativante e a conversa fiada do psicopata típico (tudo isso impede de ver suas reais intenções).

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