viscosidade-teorico-1
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Experiência sobre viscosidade realizada em laboratório.TRANSCRIPT
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Fenômenos de transporte - Universidade de Sorocaba, (25/03/2013) – 1º semestre de 2012
Experimento I-Determinação da Viscosidade µ
Prof. M.Sc. Danilo de Jesus Oliveira
Leandro Siqueira da Silva(65794/ Engenharia de Produção)
André Dos Santos (/ Engenharia de Produção)
Anderson Roberto De Oliveira (/ Engenharia de Produção)
André Yoiti (/ Engenharia de Produção)
Gédson Honorio Da Silva (/ Engenharia de Produção)
Resumo: Para calcularmos precisamente a viscosidade µ de um fluido, são necessários bases
e conhecimentos teóricos importantes. Informações estas que serão apresentadas ao longo
deste presente relatório.
Palavras chave: Viscosidade;Fluido ;Forças
1.Introdução Teórica
Na engenharia podemos assim dizer, que um dos pontos mais importantes para o
desenvolvimento de um produto, sem duvida são as analises e experimentos laboratoriais. No
caso desta experiência em questão, o objetivo principal é calcular a viscosidade a partir do
escoamento de uma esfera, a partir desses dados é possível obter informações
importantíssimas para projetos que envolvam atrito entre um determinado fluido que se
deforma continuamente. Essa deformação ocorre é claro, por conta da atuação de forças
envolvidas no atrito entre corpo e fluido, forças estas que podem influenciar razoavelmente o
trajeto de uma esfera, por exemplo. Assim como, existem outros fatores relevantes para a
obtenção de resultados precisos.
Neste relatório serão apresentados conceitos teóricos importantes a respeito da viscosidade, e
os dados e informações necessárias para a realização deste experimento.
2.Desenvolvimento Teórico
2.1.Viscosidade
De acordo com Fox & Mcdonald (1998), definimos um fluido como sendo uma substância
que se deforma continuamente sob a ação de uma tensão de cisalhamento. Na ausência desta,
não haverá deformação. Os fluidos podem ser classificados, de modo geral, de acordo com a
tensão de cisalhamento aplicada e a taxa de deformação.
2.2.Método de Newton para viscosidade
É utilizado para determinar o tempo que uma esfera transpõe um tubo contendo certo tipo de
líquido, tendo esta esfera raio e peso conhecidos. As forças que atuam sobre a esfera são: ,
peso da esfera; , empuxo de líquido sobre a esfera; , força de atrito viscoso opondo-se ao
movimento. Resultando então na seguinte equação, na qual estão descritas as forças atuantes
na esfera: (1)
Neste caso o resultado é igual à zero, por conta da velocidade constante (v) em que a esfera se
encontra em um determinado instante. A força representa a resistência oferecida pelo
líquido e é definida por Stokes como: (2) onde: η é viscosidade, r o raio
da esfera e v a velocidade da esfera em relação ao fluido
O corre que o peso da esfera pode ser obtido por:
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, onde é a massa da esfera, a densidade da esfera e o volume
da esfera. Como o volume da esfera pode ser obtido por:
temos que seu peso é dado
por :
(3).
O empuxo por definição é dado como: , onde é a massa de líquido deslocado.
Fazendo o empuxo em função da massa específica do líquido, .
Como:
, teremos:
(4).
Substituindo (4), (3) e (2) em (1) teremos: ( )
, como :
, podemos escrever:
η = ( )
2.3.Lei de Stokes
Ao movimentar-se através de um meio viscoso, o movimento de um corpo sofre a influencia
de uma força viscosa, Fv , sendo esta proporcional à velocidade, v, e por definição tem-se a
relação Fv = bv, conhecida como lei de Stokes. Para as esferas em baixas velocidades, F
v =
6πηrv, o r é conhecido como o raio da esfera e η o coeficiente de viscosidade do meio. Caso a
densidade da esfera seja maior que a do liquido, e esta for solta em sua superfície, a
velocidade no instante inicial será igual à zero, mas a esfera sofrera influencia da força
resultante aumentando assim sua aceleração mais não uniformemente. Apesar da velocidade
não aumentar de forma uniforme com o passar do tempo, esta terá um limite, que será tingido
quando a força resultante for nula.
As três forças que atuam sobre a esfera estão representadas na Fig. 1 e são, além da força
viscosa, o peso da esfera, P, e o empuxo, E. Igualando a resultante dessas três forças a zero,
obtendo enfim a velocidade limite, vL:
vL
= (2/9) [(ρ - ρ’)/η] g r2
(1)
Onde ρ e ρ’ são as densidades da esfera e do meio, respectivamente, e g é a aceleração da
gravidade (9,81 cm s-2
).
Figura 1. Forças que atuam numa esfera num meio viscoso.
2.4.Análise Dimensional
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De acordo com Fox & Mcdonald (1998),como pouquíssimos escoamentos reais podem ser
solucionados com exatidão usando-se apenas métodos analíticos, o desenvolvimento da
mecânica dos fluidos tem dependido muito de resultados experimentais. Em geral, a solução
de problemas reais envolve uma combinação de analise e informação experimental. Primeiro,
a situação de escoamento reak é aproximada por meio de um modelo matemático simples o
suficiente para fornecer uma solução. Em seguida, medições experimentais são feitas para
verificar os resultados analíticos. Com base nessas medições, refina-se a analise. Os
resultados experimentais são um elo essencial nesse processo iterativo.
Contudo, o trabalho experimental de laboratório é simultaneamente dispendioso e demorado.
Um objetivo óbvio é obter o máximo de informações do mínimo de experiências. A análise
dimensional é uma importante ferramenta que em muitos casos nos auxilia na consecução
desse objetivo. Os parâmetros adimensionais que obtemos também podem ser usados na
correlação de dados para apresentação, usando-se o menor número possível de gráficos.
Quando a realização de teste experimentais em um protótipo de tamanho real é impossível ou
de custo proibitivo(como acontece com frequência), o único modo viável de atacar o
problema é o teste de modelos de laboratório. Se desejarmos prever o comportamento do
protótipo a partir de medições no modelo, é obvio que não podemos fazer qualquer teste em
modelo. O escoamento no modelo e no protótipo devem ser relacionados por leis de escala
conhecidas.
2.4.1.Exemplo de aplicação do teorema ao problema do arrasto de uma esfera
Consideremos então um certo problema para determinar a força de arrasto em um objeto
esférico perfeitamente liso imerso em um líquido, e para isso aplicaremos a ele o teorema Pi
de Buckingham. As variáveis originais serão:
- O diâmetro da esfera (L) - dimensão [L];
- A velocidade do fluxo (v) - dimensão [Lt-1
];
- A viscosidade do fluido (μ) - dimensão [ML-1
t-1
];
- A densidade do fluido (ρ) - dimensão [ML-3
];
- A força de arrasto (F) - dimensão [MLt-2
];
As k = 3 dimensões envolvidas, como se vê, são [M], [L] e [t].
Selecionemos os três parâmetros ρ, v e L; F, de acordo com o teorema, não deve ser utilizado.
As equações dimensionais resultantes serão:
[ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]
O que resulta em:
( )
( )
( )
( )
( )
( )
Assim:
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2.5.Dependência da viscosidade com a pressão e a temperatura
Uma grande quantidade de dados sobre a viscosidade de gases puros e líquidos está
disponível em vários manuais de ciência e engenharia. Quando dados experimentais não estão
disponíveis e se não há tempo para obtê-los , a viscosidade pode ser estimada por métodos
empíricos, fazendo uso de outros dados para a mesma substância. Apresentamos aqui a
correlação dos estados correspondentes que facilitam tais estimativas e ilustra as tendências
gerais de variação da viscosidade com temperatura e pressão para fluidos comuns.O príncipio
dos estados correspondentes , que tem uma base científica sólida, é largamente utilizado para
correlacionar dados termodinâmicos e equação de estado. Discussões deste princípio podem
ser encontradas em livros-textos de físico-química e termodinâmica.
O gráfico da Fig. 1.3-1 dá uma visão global da dependência da viscosidade com a pressaõ e a
temperatura. A viscosidade reduzida μ=μ/ é plotada versus a temperatura reduzida =T/
para vários valores d pressão reduzida =p/ .Uma grandeza “reduzida” é aquela que é
tomada adimensionalmente divindo-a pela correspondente grandeza no ponto crítico. O
gráfico mostra que a viscosidade de um gás se aproxima de uma limite(o limite de baixa
densidade) conforme a pressão se torna pequena; para a maioria dos gases, este limite é quase
atingido a 1 atm de pressão.A viscosidade de um gás a baixas densidades aumenta com o
aumento da temperatura, enquanto a viscosidade de um líquido diminui com o aumento da
temperatura.
Valores experimentais da viscosidade crítica, , raramente estão disponíveis.Todavia,
pode ser estimada de uma das seguintes maneiras(i) se um valor de viscosidade a dadas
pressão e temperatura reduzidas, preferivelmente em condições próximas daquelas de
interesse, então pode ser calculada a partir de =μ/μr;ou(ii) se dado de p-V-T críticos
estão disponíveis ,então pode ser estimada com as seguintes relações empíricas.
( ) ( ) e
Nessas equações μc está em micropoises ,pc em atm, Tc em K, e Vc em .
A Fig 1.3-1 també, pode ser usada para estimativas grosseiras da viscosidade de misturas.Para
uma mistura de N componentes, faz-se uso das propriedades “pseudocríticas” definidas como
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∑
∑ ∑
Isto é, usa-se o diagrama exatamente como para líquidos puros, porém com as propriedades
pseudocríticas em vez das propriedades críticas.Esse procedimento funciona razoavelmente
bem a menos que existam na mistura substâncias quimicamente muito diferentes ou quando
as propriedades críticas dos componentes diferirem muito.
Existem muitas variantes do método mencionado, bem como diversas regras empíricas.Essas
podem ser encontradas na extensa compilação de Reid, Prausnitz, and
Poling.(BIRD;R.BYRON,2002)
3.Procedimento experimental Materiais e Métodos
3.1 .Objetivo
O experimento tem como objetivo, descobrir a viscosidade dinâmica do liquido que será
utilizado, a glicerina, observando o escoamento de três esferas metálicas com diâmetros
diferentes.
3.2.Materiais
- Fluido glicerina;
- Tubos transparentes para colocar o fluido;
- Esferas metálicas de vários diâmetros;
- Instrumentos: cronometro e termômetro;
3.3.Procedimento Experimental
- Medir os diâmetros das três esferas;
- Lançar as esferas no fluido;
- Medir com o cronômetro o tempo gasto para esfera percorrer a distância entre as marcas no
tudo com o fluido;
- Determinar as velocidades para os diferentes diâmetros;
- Registrar os valores em tabela experimental;
- Registrar a temperatura do ambiente, pois esta pode afetar o valor da viscosidade;
4. Resultados obtidos
4.1.Dados do Ensaio
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7, 85 g/
Espaço percorrido pela esfera (s) =50 cm = 0,50 m
4.2.Calculos
Efetuamos os cálculos no Excel, utilizando as formulas. Segue as formulas utilizada:
Calculamos a velocidade atingida pela esfera a partir desta formula:
(
)
Calculamos a viscosidade do fluido a partir da diferença entre a massa especifica da esfera
com a massa especifica da glicerina:
( )
( )
A viscosidade media e encontrada pela soma de todas as viscosidades obtidas e divida pela
quantidade de viscosidades encontradas:
∑
Como sempre a fatores externos que interferem nos resultados obtidos calculamos o desvio
padrão dos valores a partir da formula:
√∑ ( )
4.3.Tabela Experimental
Esfera ∅ (mm) Raio r (m) Δt (s) v= s/∆t ( m/s) μ=(Pa.s)
1º 6.3 0.00315 4.22 0.118483412 1.204936009
1º 6.3 0.00315 4.16 0.120192308 1.187804218
1º 6.3 0.00315 4.06 0.123152709 1.159251232
2º 4.5 0.00225 7.03 0.071123755 1.024119855
2º 4.5 0.00225 6.72 0.074404762 0.97895952
2º 4.5 0.00225 6.75 0.074074074 0.983329875
3º 3 0.0015 13.78 0.03628447 0.89219988
3º 3 0.0015 13.65 0.036630037 0.8837829
3º 3 0.0015 13.75 0.036363636 0.8902575
Média = 1.022737888
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27º C
4.4.Considerações
A partir dos cálculos e informações da tabela, foi possível observar de forma clara, que a
velocidade varia de acordo com o tamanho da esfera. Podemos então afirmar, que quanto
maior a massa da esfera, menor será seu tempo percorrido ao longo do tubo. E quanto mais
viscoso o fluido for, isso é claro, influenciara na velocidade de forma negativa. Mas mesmo
assim, o tamanho da esfera será predominante neste caso, como já citado anteriormente.
5.Conclusões
Através da realização deste experimento, podemos então confirmar na pratica, dados e
informações teóricas em relação ao estudo da viscosidade e o quanto isso é necessário para a
obtenção de informações precisas e com bases científicas, necessárias para o desenvolvimento
de um projeto. Com esses dados experimentais, é possível realizar cálculos e principalmente
fazer outra experiência idêntica a essa posteriormente. E principalmente relacionar o conteúdo
aprendido teoricamente, com oque foi observado em laboratório.
Mas é claro, não podemos esquecer-nos de diversos fatores internos e externos que podem
modificar os dados apresentados neste relatório. Pois tanto a temperatura, quanto a presença
de agua no fluido glicerina presente no tubo, faz com que este sofrer algumas influencias.
Pois, apesar de válidas estas informações, pode ser encontrado nelas erros relevantes.
Referências
Brunetti, Franco.Mecânica dos fluidos/Franco Brunetti.- 2.ed.rev.- São Paulo: Pearson Prentice Hall.2008.
R. Byron Bird , Warren E. Steward , Edwin N Lighfoot. Chemical Engineering Departament university of
Wisconsin-Madison
Robert W.Fox ,Alan T.Mcdonald.School of Mechanical Engineering Purdue University