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Fundação Getulio Vargas Escola de Pós-Graduação em Economia Vinícius Silvestrin Pantoja Aspectos do Comércio Brasil e China e seus Impactos Rio de Janeiro 2013

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Page 1: Vinícius Silvestrin Pantoja

Fundação Getulio Vargas

Escola de Pós-Graduação em Economia

Vinícius Silvestrin Pantoja

Aspectos do Comércio Brasil e China e seus Impactos

Rio de Janeiro

2013

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Vinícius Silvestrin Pantoja

Aspectos do Comércio Brasil e China e seus Impactos

Dissertação para obtenção do

grau de mestre apresentada à

Escola de Pós-Graduação em

Economia

Área de Concentração: Comércio Internacional

Orientador: Renato Galvão Flôres Junior

Page 3: Vinícius Silvestrin Pantoja

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Pantoja, Vinícius Silvestrin Aspectos do Comercio Brasil China e seus Impactos 93 páginas Dissertação (Mestrado) - Escola de Pós-Grauação em Economia.

Orientador: Renato Galvão Flôres Junior 1. Fragmentação 2. Comércio Internacional 3. Matriz Insumo Produto

Page 4: Vinícius Silvestrin Pantoja

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Resumo

O presente trabalho tem como objetivo clarificar alguns pontos da relação comercial entre

Brasil e China. Em grande parte é um trabalho descritivo, que utiliza diferentes agregações de

produtos (Sistema harmônico; Broad Economic Categories), a fim de construir um cenário

completo desta relação. Efeitos totais na produção brasileira, oriundos da demanda Chinesa

por produtos Brasileiros também são analisados. Para tal utilizamos o ferramental de Matriz

de Insumo Produto. Este efeito também é construído para o comércio do Brasil com os outros

países do Mundo, e uma comparação é estabelecida. No fim do trabalho temos um estudo

sobre possibilidades de comércio que ainda não foram exploradas entre esses dois países.

Palavras Chave: Comércio Internacional; Fragmentação da Produção; Cadeias Globais de

Valor

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Abstract

The present work has the objective to clarify some of the aspects of trade between Brazil and

China. It is a descriptive work that uses a variety of products aggregations (Harmonic System;

Broad Economic Categories) with the aim to build a complete spectrum of this relation. Total

effects on Brazilian production structure, caused by the demand of Brazilian products by

China, are also assessed. This is accomplished by using the Input Output Table framework.

This exercise is also made for the commercial relation between Brazil and all other countries

of the World, and a comparison is established. To finish this description, we look for new

trade opportunities between those countries.

Key Words: International Trade; Production Fragmentation; Global Value Chains

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Sumário

1. Introdução ----------------------------------------------------------------------------------------- 7

2. Revisão da Bibliográfica ---------------------------------------------------------------------- 10

3. Aspectos do Comércio Brasil China---------------------------------------------------------- 12

3.1 Análise da Pauta de Exportação do Brasil para a China ----------------------------------- 12

3.2 Análise da Cesta de Importações Brasileira de Produtos Chineses ---------------------- 18

4. Efeitos do Comércio Brasil-China na Produção Brasileira -------------------------------- 22

4.1 Teoria de Matriz de Insumo Produto ---------------------------------------------------------- 22

4.2 Impacto do Comércio com a China e com os Outros Países ------------------------------ 24

4.2.1 Análise em 2005 --------------------------------------------------------------------------------- 25

4.2.2 Análise em 2008 --------------------------------------------------------------------------------- 30

4.2.3 Análise em 2011 --------------------------------------------------------------------------------- 34

5. Oportunidades de Negócios entre Brasil China --------------------------------------------- 38

5.1 RCA Brasil --------------------------------------------------------------------------------------- 39

5.2 RCA China --------------------------------------------------------------------------------------- 42

5.3 Exportações Brasileiras Potenciais ------------------------------------------------------------ 43

5.4 Importações Brasileiras Potenciais ------------------------------------------------------------ 43

6. Conclusão ----------------------------------------------------------------------------------------- 45

7. Referencias Bibliográfica ----------------------------------------------------------------------- 48

Lista de Tabelas ----------------------------------------------------------------------------------------- 51

Lista de Gráficos ---------------------------------------------------------------------------------------- 92

Regressões ------------------------------------------------------------------------------------------------ 96

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1 - Introdução

Uma grande mudança no padrão de comércio internacional ocorreu no fim do século

passado com o fenômeno da fragmentação da produção. Venables (1999) define fragmentação

de produção como “o fenômeno pelo qual redução de barreiras ao comércio e de custos de

transporte e informação tornam possível quebrar um processo de produção integrado,

movendo a produção de elementos separados do processo para locais com menor custo de

produção”. Neste novo contexto os países se reposicionaram no mapa mundial do comércio

internacional.

A China, junto com Indonésia, Malásia e outros países do leste asiático, se apropriaram

da parte da produção de manufaturados de baixa tecnologia e intensivos em mão-de-obra. As

partes com maior valor agregado como o design dos produtos continuaram sendo efetuados

(em sua grande maioria) nos países desenvolvidos. Nos últimos anos, alguns desses países

asiáticos se propuseram a produzir bens em uma etapa um pouco mais tecnológica da cadeia

de valor. Em seus antigos lugares, surgiram outros países da região como Vietnam, Laos,

Camboja.

Os países desenvolvidos, em um primeiro momento, aderiram a esta nova característica

da produção mundial. Transferiram a parte da produção de manufaturados de baixa tecnologia

para esses países e se especializaram nas etapas de alta tecnologia. Esta política teve bons

efeitos de curto prazo no que tange corte de custos, mas teve também efeitos colaterais de

longo prazo. Um dos principais foi a alta do desemprego. Houve um aumento na oferta de

emprego bem qualificado (decorrente da especialização) que não foi acompanhado pelo

aumento da especialização dos trabalhadores.

Hoje, nos Estados Unidos, há um grande movimento para o retorno da fabricação de

bens em etapas mais básicas da cadeia de valor. Incentivos governamentais e descobertas

tecnológicas que barateiam a produção (como o gás de xisto) servem como base para este

retorno. A Europa, outra grande fonte de outsourcing nos anos 90 e 2000, tem hoje um cenário

preocupante de crise e tenta se reerguer internamente.

Este é, em linhas gerais, o contexto do comércio internacional no qual o Brasil está

inserido. Nos últimos anos, a política comercial brasileira se pautou na diversificação de

parceiros e na intensificação do fluxo de comércio com diferentes países. Entre 1997 e 2003,

o volume das exportações para países como China, Índia, Indonésia e Malásia teve um

crescimento, em média, de 189%. Este número subiu para 793% no período entre 2003 e

2012.

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Para Alemanha, Argentina, Estados Unidos, França e Japão, antigos parceiros, o

crescimento do volume comercial entre 1997 e 2003 foi de quase 24%, enquanto, após 2003,

tivemos um crescimento de exportações para esses países de 124%. As importações seguiram

por um mesmo caminho.

Esta mudança foi sentida no dia-a-dia do brasileiro. Tornaram-se comuns produtos

chineses, principalmente de baixa tecnologia, como: brinquedos, roupas e utensílios

domésticos. Porém, recentemente, observa-se um ganho de mercado dos produtos chineses de

mais alta tecnologia, como celulares e carros. Este movimento está de acordo com o próprio

desenvolvimento produtivo chinês. De acordo com Wong (2012), a produção chinesa está

conseguindo crescer nas cadeias de valor. Esta ascensão foi conquistada devido ao aumento

da demanda interna e do alto conhecimento das preferências desta demanda por parte dos

produtores chineses. Desta forma, empresas chinesas conquistaram uma parcela importante do

mercado interno, desenvolveram um grande know-how do segmento, e agora estão buscando

novos mercados no mundo.

Entender por inteiro esta nova dinâmica dentro do comércio internacional, e como o

Brasil está inserido nele, é de suma importância para desenhar políticas públicas voltadas à

produção. O presente trabalho tem o objetivo de fundamentar algumas intuições sobre o

comércio do Brasil com a China e seus impactos na estrutura produtiva brasileira. Para tal ele

é dividido em cinco capítulos.

No segundo capítulo fazemos a revisão da literatura sobre este fenômeno da

fragmentação de produção.

O terceiro capítulo formaliza alguns aspectos do comércio internacional entre Brasil e

China, através de uma estatística descritiva. Foram utilizados dados de importação e

exportação do Aliceweb2 (base de dados do Ministério de Desenvolvimento Indústria e

Comércio) para determinar quais são os principais produtos trocados. Dentro desses produtos

analisaremos as cinco principais commodities, para ver a evolução de preço e quantidade

exportada e o peso de cada um no valor exportado.

Seguimos o capítulo olhando para as pautas de importação e exportação como um todo,

olhando para seu movimento distributivo ao longo do tempo. Encontramos uma forte

concentração das exportações em poucos produtos, enquanto que a pauta de importação

possui movimento contrário. Olhamos também para essas pautas na classificação da Broad

Economic Categories (BEC). Aqui procuramos identificar o quão imerso o Brasil está nos

processos de fragmentação da produção. Encontramos que, ao longo do tempo, o país está se

distanciando deste fenômeno, se especializando na produção industrial para satisfazer a

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demanda interna.

Por fim procuraremos produtos que se tornaram importantes e outros que perderam

intensidade de comércio ao longo do período analisado, a quatro dígitos do sistema

harmônico.

O quarto capítulo aprofunda um pouco a análise feita no segundo capítulo, ao olhar

tanto para os valores totais das exportações brasileiras para a China quanto para os valores de

produção necessários para produzir esta demanda (efeito direto e indireto respectivamente).

Para tal utilizaremos o ferramental de Matriz de Insumo-Produto, que será melhor discutido

dentro do capítulo.

Neste mesmo capítulo também faremos uma comparação do efeito total da demanda

Chinesa em relação ao efeito total da demanda do Resto do Mundo. Argumentamos que esses

efeitos não são muito diferentes e que, ao longo do tempo, estão se tornando mais similares.

O quinto capítulo finaliza o trabalho buscando novas oportunidades de comércio entre

os dois países. Para tal são calculados seus índices de vantagem comparativa revelada (RCA).

Este índice mostra, para um determinado bem, se um país o produz de forma mais ou menos

significativa, frente à produção mundial. Se sim, dizemos que o país possui vantagem

comparativa revelada neste bem. Calculamos o RCA Brasileiro e Chinês para bens nas

categorias do sistema harmônico a dois e a seis dígitos, para os anos 2007 e 2011. Desta

forma, analisamos quais são os setores que Brasil e China possuem produção competitiva

frente ao resto do mundo. Estas informações vão confirmar resultados encontrados nos dois

capítulos anteriores, mostrando a robustez da análise.

Depois de estruturar a análise da produção desses dois países, vamos olhar para as

complementariedades entre esses dois países. Buscaremos possíveis fluxos ainda não

explorados, através de produtos que um país ou o outro possua vantagem comparativa, e que

ainda não exista troca (ou seja, muito pequena) entre eles.

No sexto capítulo apresentamos a conclusão deste estudo. Faremos uma análise final

dos resultados encontrados e apresentaremos possíveis contribuições posteriores a este

trabalho.

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2. Revisão Bibliográfica

A queda nos custos dos serviços como transportes e seguros, assim como a maior

facilidade e precisão das trocas de informações causaram uma mudança no modo de produção

dos bens ao redor do mundo. Um bem, que antes era produzido por inteiro em um país, agora

possui seus componentes produzidos em vários países.

No campo acadêmico, a teoria desse fenômeno começou a ser estudada tendo como

foco as multinacionais. Sobre este assunto uma das primeiras contribuições foi de Helpman

(1984). Em seu trabalho é utilizado um modelo de equilíbrio geral onde a variável de decisão

é a alocação espacial de indústrias de diferentes produtos. Neste modelo o comércio é o

volume trocado entre as firmas. O autor tenta prever os padrões dessas trocas e seu volume.

Venables (1999) analisa a fragmentação espacial da produção causada pela queda dos

preços dos transportes. O autor diz que existem dois caminhos tomados pelas multinacionais.

Ou se especializam em uma parte da produção e trabalha com outras empresas que fornecerão

seus insumos (fragmentação organizacional); ou o processo todo ocorre dentro da empresa, e

esta passa a produzir em diferentes locais. Neste trabalho o último caso é abordado. O

trabalho mostra que a fragmentação leva as multinacionais a tomarem dois caminhos. Ou elas

se desenvolvem verticalmente (cada etapa produtiva é elaborada em um país), ou

horizontalmente (uma mesma etapa é elaborada em vários países, enquanto outras em outros

países) dependendo do custo fixo de trocas entre países.

Deardoff (2001) olha para os antigos modelos de comércio internacional, adicionando

a variável da fragmentação de produção. Os modelos adequados à nova realidade de produção

são o modelo Ricardiano e o modelo Heckscher-Ohlin. O autor encontra que a fragmentação

terá impactos na economia caso ocorra mudança nos preços dos bens, ou seja, um país

especializado na produção de um bem X possui certo ganho na venda deste bem (existe uma

demanda interna e externa). Com a fragmentação da produção, seu preço diminui (existe uma

melhor tecnologia de produção). Porém, se a demanda dor inelástica em relação a este bem, a

população continuará consumindo a mesma quantidade X anterior e o país irá ter uma renda

menor (o ganho de renda pela queda do preço de X levará a um aumento na demanda por Y).

Desta forma o autor mostra que a fragmentação não necessariamente levará a ganho de bem

estar no país.

Voltando a atenção aos serviços, Jones e Kierzkowski (2001) montam uma estrutura de

custos de serviços para analisar esse processo de fragmentação. Eles fazem a hipótese de que

serviços possuem retornos crescentes de escala, e que o custo dos serviços dentro de um país é

menor do que o custo de serviços necessários para integrar dois países. Desta forma, para

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produções mais baixas dentro de uma indústria, o processo inteiro de produção será realizado

dentro da firma. Para escalas intermediárias, essa firma encontrará parceiros dentro do mesmo

país para produzir seu bem. Assim, ocorrerá uma fragmentação dentro do país. Para escalas

maiores, compensa procurar parceiros fora do país, levando a um outsourcing de parte da

produção.

Trazendo uma perspectiva asiática desse processo, Ando e Kimura (2005) descrevem

vários aspectos do processo de fragmentação. Os autores argumentam que a teoria de

vantagem comparativa ainda consegue explicar parte das características do comércio

internacional, na escolha de produção das diferentes indústrias (cada indústria se localiza em

um lugar onde possui vantagem comparativa na produção). Porém também são importantes as

teorias de aglomeração (que induz um ambiente a adquirir uma vantagem comparativa), e de

estrutura das firmas (como a firma irá produzir seu produto, utilizará parceiros, filiais, fará ou

não investimento estrangeiro direto (FDI)).

Neste trabalho os autores argumentam que os países do Leste Asiático utilizaram FDI

de forma seletiva, combinando com políticas de substituição de importação, e que esta

combinação levou ao dinamismo da região e crescimento muito acima do resto do mundo.

Mais recentemente estão sendo criadas medidas para analisar o nível de verticalização

tecnológico da produção. Antràs, Chor, Fally e Hillberry (2012) propõe duas medidas de

avaliação do estágio nesta verticalização que os países se encontram, em cada indústria. Para

isso os autores utilizam uma matriz de insumo produto. Eles encontram que o setor

petroquímico possui a maior quantidade de etapas de produção nos Estados Unidos.

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3. Aspectos do Comércio entre Brasil e China

Ao longo da última década Brasil e China estreitaram suas relações e hoje a China é a

maior parceira comercial brasileira tanto quando falamos de importação como de exportação.

Em 1999 este país era o décimo quinto país no ranking de exportações brasileiras, com um

valor de 676 milhões de dólares (Estados Unidos eram o maior com US$ 10,675 bilhões). Em

2012 a China passou a ser o principal destino de produtos brasileiros com um valor exportado

de US$ 41,227 bilhões (Estados Unidos importaram US$ 26,7 bilhões destes produtos).

Do lado da importação brasileira, em 1999 os produtos americanos eram os mais

demandados com US$11,7 bilhões, enquanto a China era o décimo quarto país em valor. Este

cenário mudou em 2012, tendo a China como o maior exportador de produtos para o Brasil

com um valor de US$ 34,4 bilhões, seguido pelos estados Unidos com US$32,3 bilhões.

Vamos olhar agora para estas pautas de importação e exportação mais detalhadamente a

fim de entender como ocorreu a evolução delas, e o formato desta parceria hoje.

3.1 Análise da Pauta de Exportação do Brasil para a China

O índice de abertura comercial da Câmara Internacional de Comércio coloca Hong

Kong em primeiro lugar em seu ranking de países quando medida sua abertura comercial.

Desta forma é de se esperar que as exportações brasileiras possuam grande concorrência de

produtos semelhantes fabricados em outros países.

Ao analisar a pauta de exportação brasileira para esse país é de se esperar que ocorra

uma especialização nos produtos que o Brasil consegue produzir competitivamente em

relação ao mundo. Vamos olhar agora a estrutura desta pauta e seu movimento ao longo dos

anos.

Concentração da Pauta de Exportação

Condizente com a ideia de especialização da produção em produtos competitivos,

conseguimos tirar muitas informações sobre um país olhando para sua pauta de exportação.

No caso do Brasil, em um primeiro momento, temos a forte impressão de que se trata de um

país com alta produção agroextrativista. Na tabela 1 estão apresentados os quinze maiores

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produtos (em valor) exportados para a China em 2011. A importância do minério de ferro

nesta relação impressiona, com um total de US$ 19.797 milhões (44,7% do valor total

enviado). Em seguida, muito abaixo em valor, temos a soja, com quase US$ 11 bilhões

(24,7% do total). Em terceiro temos o petróleo com um pouco menos de cinco bilhões de

dólares (11% do total). Os 10 primeiros itens desta pauta compõem quase 92% do total

exportado, enquanto que os quinze maiores itens representam 95 % do valor total.

Dentro desses principais produtos exportados é interessante notar Outros Veículos

Aéreos (SH 8802), provavelmente vinculados à EMBRAER. Este bem destoa dos outros, pois

possui tecnologia de ponta. Dentro de um grupo grande de baixa tecnologia aparecem

algumas empresas de alta tecnologia com capacidade competitiva. Isso nos cria o mapa de um

país com indústrias pontuais de alta tecnologia, imersas em uma grande indústria

agroextrativista. No terceiro capítulo entraremos mais nesse mérito.

Esta concentração em torno de produtos primários e seus processamentos é resultado de

um movimento da pauta de exportações ao longo dos anos. Olhando para anos anteriores

conseguimos capturar essa tendência. A tabela dois faz um resumo das estatísticas básicas

desses dados. Ao longo dos anos estudados o número de produtos exportados aumentou

consideravelmente (filtramos os produtos para apenas os que possuíram valor acima de US$ 1

milhão), o que mostra uma interação maior. O valor ao longo deste tempo também aumentou,

e de maneira mais intensa do que os produtos. Como consequência, temos um aumento do

valor médio exportado (US$ 243 milhões em 2011 frente a US$ 73,1 milhões em 2007).

Quando olhamos para a mediana neste período vemos um valor quase constante (US$

4,9 milhões). Temos então um cenário onde o número de empresas cresce e a média se

distância rapidamente da mediana. Esta é uma característica de um processo de forte

concentração das exportações em torno de poucos produtos.

Analisando o terceiro quartil vemos que este aumento no valor total está sendo

capturado pelos bens nos últimos percentis. Nesse quartil, assim como na mediana, temos um

valor quase constante ao longo do tempo. Isso significa que setenta e cinco por cento dos

produtos exportados possuem um valor exportado abaixo de US$ 15,4 milhões em 2011, e

para anos anteriores esse valor não diminui muito. Em conjunto com o fato de que a média do

valor exportado cresceu quase 500%, concluímos que os produtos da ponta desta distribuição

estão crescendo muito mais (em valor) do que os outros bens exportados, tornando a pauta de

exportação mais concentrada.

Esta análise, em conjunto com a tabela 1, é de se imaginar que existe uma

especialização na exportação de commodities para a China. Porém existe um grande

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componente de variação de preços, como mostraremos a seguir.

Decompondo o Crescimento da Demanda

Até agora analisamos o movimento em valores exportados. Porém esta é uma medida

que se deve tomar cuidado, pois um aumento de montante trocado pode ser resultado de um

aumento de demanda, e/ou pode ser aumento do preço do produto, caso a demanda seja um

pouco inelástica. Na tabela três apresentamos as variações dos quatro principais produtos no

comércio estudado. Dividimos em variações de valor, de quantidade e de preço médio (este

último dado foi encontrado no index mundi).

O grande aumento nas exportações de minério de ferro apresenta como canal principal o

aumento de seu preço (olhar gráfico um). Este aumento médio nos anos estudados foi de

63,85% enquanto que o aumento da demanda, em média, foi de 32,26%. Em dois anos esta

variação foi negativa, porém os preços aumentaram tanto que o valor exportado cresceu.

Para as outras commodities estudadas temos uma característica diferente, a demanda

cresce mais do que o valor. O óleo de soja teve um aumento da quantia demandada de 33%

(em média), enquanto que seu preço cresceu 19,12%. O petróleo bruto também teve um

acentuado crescimento de demanda (quase 60% em média) enquanto que seu preço subiu

quase 30% em média no período estudado.

O açúcar de cana é um caso destoante. Sua demanda cresceu, em média, 1.920%

(devido a um boom de crescimento entre 2004 e 2007), e seu preço cresceu 30%. Mais

adiante estudaremos este bem com mais cuidado.

Estes dados nos dão uma luz sobre a questão da especialização do Brasil. Não podemos

argumentar que a produção brasileira está se especializando na produção de commodities

apenas pelos números do comércio internacional. Boa parte do desempenho desses bens é

devida ao crescimento do preço. Black e Ávila (2013) mostraram essa decomposição para

várias outras commodities da pauta de exportação brasileira, também encontrando uma

crescente concentração da pauta de exportação brasileira em quantidade.

Análise sob a Classificação BEC

Vamos agora olhar esse comércio sob outra ótica, de forma a encontrar novas

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informações. Coletamos dados da exportação brasileira para a China no Aliceweb, a seis

dígitos (SH 6) e convertemos essa classificação para a proposta pela Broad Economic

Categories (BEC). Fazemos isso através de um conversor disponibilizado pela Organização

para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Essa nova classificação divide os produtos

em dezoito categorias, que são agregadas de acordo com a divisão apresentada no quadro um.

Essa divisão é ideal para entendermos o processo de fragmentação da produção de um

país, sendo as classificações Partes e Acessórios, assim como Bens Semi-Acabados de

especial importância. Caso essas contas sejam altas, significa que existe um grande fluxo de

produtos que necessitam de, pelo menos, outra etapa produtiva para se tornar um bem final.

Podemos então usar o volume dessas contas para ter uma luz sobre a intensidade da inserção

do país nas cadeias de valor. Calfat, Flores e Rivas (2008) utilizam este arcabouço para

analisar a fragmentação da produção nos países das Américas do Central e do Sul. Para o

Brasil, utilizando dados entre 2000 e 2004, os autores encontraram a inserção do país em

apenas algumas cadeias globais de valor. Estas são relativas, em sua grande maioria, a

commodities e seus processamentos.

Os valores dos produtos enviados para a China, divididos de acordo com o apresentado

acima estão apresentados na tabela quatro. Em 2011 a exportação de bens primários

correspondeu a 84% do valor total exportado. Bens intermediários (Partes e Acessórios e Bens

Semi-Acabados) corresponderam a 12.6%, enquanto bens finais foram responsáveis por 3.3%

do valor total. Estes números mostram que a China tem no Brasil um grande fornecedor de

matérias primas, porém existe uma pequena parcela de inserção em cadeias de valor.

Ao olhar para a variação dessas porcentagens ao longo dos anos, mais uma vez

capturamos a mudança no padrão da pauta de exportação brasileira. No segundo gráfico, em

azul, temos a porcentagem das exportações de bens primários sobre o valor total. Ao longo

dos anos essa porcentagem aumentou, de 73.6% em 2007 para 84% do valor total exportado

em 2011, sinalizando uma especialização da exportação deste tipo de bem. Os bens

intermediários (partes laranja e amarela das barras) sofreram uma queda no valor exportado,

quando comparado ao valor total. Eles representavam 24%, em 2007, enquanto em 2011

foram exportados pouco menos de 12.6% do valor total exportado. Bens finais aumentaram

de 2.3% em 2007 para 3.3% em 2011.

Mais uma vez, estamos olhando para valores exportados, o que torna enviesada a

análise. Quando olhamos para os dados absolutos (ver tabela cinco), o valor do envio de bens

primários aumentou de oito bilhões para trinta e sete bilhões entre 2007 e 2011. Quando

olhamos para produtos intermediários também constatamos um aumento em suas exportações.

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Destaque para Bens Semi-Acabados que quase dobraram em volume exportado. Partes e

Componentes aparenta ter sofrido uma queda devido à crise de 2008, mas retomou em 2011 o

volume pré-crise. Como veremos adiante, também tivemos um aumento na importação destes

bens e, portanto, temos um forte indício de que o Brasil está se inserindo em algumas cadeias

de produção internacionais.

A produção de bens finais, em valor absoluto, aumentou ao longo do tempo. Em 2007, o

Brasil exportava US$ 251 milhões e em 2011 tivemos US$ 1.492,5 milhões de exportações

brasileiras para a China. Em valores relativos essa conta caiu, mas, mais uma vez, esse fato

ocorreu devido em parte à alta dos preços das commodities.

Novos Produtos Exportados

Vamos olhar então para os produtos que ao longo deste tempo passaram a ter maior

presença na pauta de exportação. Selecionamos os produtos de acordo com o código SH6,

encontrado no Aliceweb2. Dividimos em três grupos, aqueles que possuem exportações acima

de US$ 100 milhões; entre US$ 20 milhões e US$ 100 milhões; e entre US$ 1 milhão e US$

20 milhões. Estes valores serão considerados para o ano de 2011 quando olhamos para

crescimento e 2004 quando olhamos para quedas. Para cada grupo encontramos a média

geométrica de crescimento entre os anos 2007 e 2011. Esta metodologia foi escolhida, pois dá

maior peso àqueles produtos que tiveram um crescimento constante (todo ano) de demanda.

Filtramos assim um grupo de produtos que possuem essa média geométrica acima de

80% de crescimento. Temos então uma lista de 182 produtos a seis dígitos do sistema

harmônico. Estes, dividimos entre produtos que apresentaram crescimento isolado (tabela 6) e

produtos agrupados por características semelhantes (tabela 7). Por característica semelhante

nos referimos aos mesmos primeiros quatro números do código SH6 (chamaremos de Posição

o código a quatro dígitos).

Na tabela seis temos claro o predomínio de produtos com baixa tecnologia. Isso

significa que as posições de baixa tecnologia apresentadas na tabela possuem apenas um

representante a seis dígitos, caracterizando um movimento pontual de acréscimo nas

exportações de bens com baixa tecnologia.

Na tabela sete temos os produtos com grande crescimento divididos em posições. Neste

caso o cenário se altera. Ainda existem algumas posições de baixa tecnologia, e de baixo valor

agregado. Porém não é predominante. Temos medicamentos, outros produtos da indústria

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química, e uma série de maquinários para diversos setores como motores, transmissão,

fabricação de papel e ar comprimido.

Concluímos então que existe um crescente movimento de especialização deste

comércio, mas que este é mais abrangente do que uma rápida olhada nos dados de comércio

levam a crer. Temos sim produtos com alto valor agregado sendo exportados e ganhando

mercado, além das commodities que saltam aos olhos.

Produtos com Demanda Decrescente

Vamos agora procurar aqueles produtos que deixaram de ser exportados, ou que

perderam mercado significativamente. Os produtos são separados inicialmente nas mesmas

três categorias que na seção anterior, porém os valores base são referentes ao ano de 2004.

A primeira característica que encontramos quando analisamos estes dados é que todos

os produtos que em 2004 eram exportados com valor acima de US$ 100 milhões aumentaram

seu valor exportado ao longo do tempo.

Na tabela oito vemos os produtos que tiveram seu volume exportado reduzido

intensamente ao longo dos anos estudados. Interessante notar que, a quatro dígitos (posição),

havíamos falado que exportações de óleo de soja cresceram intensamente. A seis dígitos

vemos nesta tabela que óleo de soja refinado caiu, enquanto que na tabela seis temos que óleo

de soja bruto teve uma grande alta. Portanto, quando dividimos o crescimento de exportação

de óleo de soja (a quatro dígitos) em seus componentes (a seis dígitos), vimos que o

responsável pelo crescimento é um item com menor valor agregado.

Na tabela nove temos os produtos, agrupados em posição, que apresentaram queda

intensa no valor exportado. Interessante essa tabela, pois mostra a intensidade da queda das

exportações dentro do setor metalúrgico.

Esses dois casos, da soja processada e da metalurgia, são emblemáticos da falta de

coordenação e política industrial no Brasil. São setores que possuíamos competitividade, e

conseguíamos nos inserir nas cadeias de produção em patamares mais altos de valor agregado.

Com o passar dos anos perdemos essa competitividade. Ainda exportamos produtos dentro

desta cadeia, mas em um patamar de valor agregado mais baixo. É importante observar e

implementar as experiências que vimos no leste asiático, de entrar em uma cadeia de

produção e aos poucos ir subindo nela, sempre levando em conta as características do Brasil,

Quando olhamos para produtos que tiveram queda no valor exportado, vemos uma

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predominância de bens com médio e alto valor agregado. Porém, temos muito mais produtos

com crescimento no valor exportado do que o contrário. Olhando por esta perspectiva, o

comércio com a China é extremamente benéfico para o país. Arbache (2011) argumenta que,

no curto prazo, a relação entre Brasil e China é benéfica para esse país, porém que no longo

prazo esta dependência crescente pode acarretar em um cenário ruim para o Brasil,

principalmente se este não estabelecer uma relação mais estratégica (menos concentrada nos

produtos se destacaram).

3.2 Análise da Cesta de Importações Brasileira de Produtos Chineses

Até o momento mostramos várias características da pauta de exportação brasileira com

a China como destino. Para termos uma ideia geral deste comércio e suas

complementariedades, vamos agora analisar as importações brasileiras de produtos chineses.

Como dito na introdução, é de se esperar que tenhamos uma grande variação nos produtos

demandados pelo Brasil, no sentido de serem produtos cada vez mais tecnológicos, de maior

valor agregado, ao longo dos anos.

Pauta de Importação

A pauta de importações brasileiras possui um aspecto totalmente diferente do que a de

exportação. Importamos grande quantidade de produtos, com valores semelhantes,

consequentemente esta é mais fragmentada. No gráfico três temos a comparação da pauta de

exportação com a pauta de importação. No eixo y temos o valor e no eixo x os bens, segundo

sua posição em valor na pauta de exportação (vermelho) ou de importação (azul). Minério de

Ferro, primeiro produto na pauta de exportação, é bem destoante dos outros produtos. Os oito

maiores valores importados pelo Brasil de produtos chineses são menores que os oito

primeiros itens exportados para a China. A partir do nono item, os produtos importados

possuem maior valor que os produtos exportados. É evidente a baixa concentração da cesta de

importação de produtos chineses frente à exportação brasileira.

Na tabela dez examinamos a concentração através de medidas de concentração (como

fizemos para a exportação). Podemos ver que a distância da média e da mediana é menor do

que no caso das exportações, em todos os anos analisados. Os quartis retificam a ideia de que

Page 19: Vinícius Silvestrin Pantoja

19

a cesta de importação é menos concentrada.

Para melhor embasar esse argumento de concentração vamos recorrer à outra medida de

concentração, a entropia. Seu funcionamento se baseia em na teoria de probabilidades. Se um

experimento probabilístico é mais incerto que outro, então seu valor de entropia é menor. No

nosso problema, olharemos os produtos exportados como eventos. A probabilidade de cada

evento é calculada dividindo o valor exportado desse item pelo valor da exportação total. Por

exemplo, o evento SH4 2601 possui probabilidade:

US$ 19.797.076.421,00

US$ 44.250.504.833,00= 0,4474

Com essas probabilidades calculadas, podemos achar o valor de entropia do

experimento exportação e importação através da formula:

n

i i

ip

pH1

2

1log

A tabela onze mostra esses valores para os anos estudados. Os valores de entropia para

a cesta de exportação é bem menor que os valores de entropia para as importações, em todos

os anos estudados. Isto significa que, em um sorteio onde os eventos são itens exportados, o

resultado do sorteio seria mais previsível do que se sorteássemos itens importados. Isso

ocorre, pois a probabilidade de se tirar minério de ferro, ou soja, ou petróleo é muito alta,

enquanto no caso das importações esse resultado é mais incerto. Portanto, a cesta de

exportação brasileira para a China é mais concentrada do que a cesta de importação de

produtos chineses pela análise da entropia.

Estabelecemos então que a pauta de importações é menos concentrada do que a pauta

de exportações. Vamos agora olhar para ela e conhecer os produtos que a integram. Em

primeiro lugar, com um valor total de US$ 2,3 bilhões estão aparelhos para telefonia; em

segundo, com US$ 1,6 bilhões partes de aparelhos de televisão e comunicação; e em terceiro,

com US$ 1,1 bilhão de dólares, temos máquinas com leitores magnéticos ou ópticos. Na

tabela doze temos os quinze principais produtos importados pelo Brasil a quatro dígitos no

sistema harmonizado. Repare que há um predomínio de maquinários de média e alta

tecnologia, porém também existem manufaturados de baixa tecnologia como brinquedos. O

próximo passo é estabelecer o movimento desta pauta, qual desses produtos está ganhando

Page 20: Vinícius Silvestrin Pantoja

20

espaço e qual está perdendo.

Análise das Importações Agregadas pela BEC

Vimos que o comportamento das importações brasileiras de produtos chineses é bem

diferente do comportamento das exportações. No gráfico três percebemos que praticamente

não há importação de bens primários (0.5% do valor total importado).

Em valores relativos, a importação de bens intermediários diminuiu ao longo do tempo,

54.2% em 2007 para 50.5% do valor total importado em 2011 (olhar tabela treze). Porém, ao

considerarmos valores absolutos (tabela quatorze), percebemos um grande crescimento dessas

importações. Em 2007, importamos US$ 6.169,6 milhões de bens intermediários, e esse

número cresceu para US$ 17,379 milhões em 2011. Como dito acima, esse dado junto com os

dados de exportação de bens intermediários indicam um crescimento na inserção nas cadeias

de produção mundiais.

A importação de bens finais ganhou importância relativa à importação dos outros tipos

de produtos. Em 2007, 45.4% das importações eram referentes a bens finais, enquanto em

2011 este número cresceu para 49%. O grande responsável por esse crescimento foram os

bens classificados como bens de capital, que aumentaram em 7% enquanto a importação de

bens de consumo sofreu uma queda de quase 4%. Podemos inferir desses dados que o Brasil

está se equipando, ou seja, suas empresas estão importando muito maquinário para produção.

Concluímos essa análise da BEC tentando ver um panorama geral do Brasil. Esses

dados nos permitem inferir que o país está se inserindo em correntes de produção e está se

equipando cada vez mais. Como vimos as exportações não estão crescendo muito em bens

processados, e sim em bens mais primários. Estes números nos levam a crer que o Brasil

importa da China produtos para consumo final, ou bens que serão utilizados na produção de

bens finais a serem consumidos internamente ou exportados para outro país. Dada a inserção

de grande parte da população brasileira, neste período, no mercado consumidor, a primeira

hipótese aparenta ser o principal canal.

Novos Produtos Importados

Neste tópico não podemos utilizar a mesma metodologia empregada no tópico referente

Page 21: Vinícius Silvestrin Pantoja

21

às exportações devido à quantidade de produtos serem muito maior, e alguns apareceram nas

contas recentemente, podendo configurar em um efeito temporário. Filtraremos os bens

àqueles que tiveram grande crescimento pelo menos desde 2008.

O objetivo é procurar setores com crescimento consistente, ou seja, temos produtos

discriminados a seis dígitos do sistema harmonizado. Chamaremos mais uma vez de setores a

classificação em posição, ou seja, a quatro dígitos do sistema harmonizado. Selecionamos os

quinze produtos com maior crescimento (a seis dígitos) e que possuíram um valor em 2011

superior a US$ 100 milhões de dólares de importação. Olharemos para o comportamento de

seu setor.

Os resultados encontrados estão na tabela quinze. Dos quinze produtos com maior

crescimento, apenas três não tiveram outros produtos em seu setor que acompanharam o

crescimento. São demandas brasileiras pontuais ligadas ao setor químico e de construção. Os

outros produtos mostram que o Brasil tem na China o seu grande fornecedor de maquinários.

São diversos tipos diferentes de máquinas importadas, e em cada setor temos uma grande

variedade.

Por fim é importante destacar o crescimento das importações de ferro e aço processados.

Associado ao dado apresentado anteriormente, de que a indústria do ferro e do aço possuem

valores exportados cada vez menores, temos que a concorrência com a China está tomando

espaço do produto brasileiro rapidamente.

Produtos com Redução nas Importações

Quando olhamos para os dados de maiores reduções, vemos um pequeno numero de

bens presentes. O destaque fica por conta dos produtos do setor SH8546 (Isoladores de qualquer

matéria, para usos elétricos), que são produtos de alta tecnologia e que deixaram de ser

importados. Os outros casos são pontuais, e possivelmente não houve uma queda generalizada

no setor como mostra o setor SH8543 (Máquinas e aparelhos, elétricos, com função própria, mão

especificados nem compreendidos em outras posições do presente capítulo) no qual um produto diminuiu,

enquanto que outro cresceu bastante.

Page 22: Vinícius Silvestrin Pantoja

22

4. Impacto do Comércio Brasil-China na Cadeia Produtiva Brasileira

Os dados analisados no primeiro capítulo mostraram que a pauta brasileira de

exportação para a China está cada vez mais concentrada em poucos produtos de baixo valor

agregado. Somando a este fato a informação que a China é o maior parceiro comercial do

Brasil, provavelmente essa relação produz forte impacto na cadeia produtiva brasileira.

O intuito deste capítulo é verificar as características desses impactos, analisando os

setores que ganham e perdem direta e indiretamente com esse comércio, ou seja, a exportação

Brasileira para a China será chamada de demanda direta. Porém, para a produção desses bens

ser viável, são necessários uma série de produtos nacionais que não são computados nos

dados de comércio internacional, como insumos e serviços. Um exemplo é a agricultura, que é

muito demandado pela China, mas que para sua produção utiliza produtos químicos como

fertilizantes e uma logística de transporte e armazenamento intensa, que impacta outros

setores da economia, não apenas o agrário.

No presente capítulo analisaremos os impactos diretos e indiretos da demanda chinesa

(exportação do Brasil para a China) e da demanda dos outros países do mundo. Para tal

utilizaremos a matriz de insumo produto brasileira (IBGE 2005), e fluxos de exportação e

importação do Brasil para o mundo (Aliceweb2), este último dividido em China e Mundo

menos China (chamaremos de Resto do Mundo).

Castilho (2007) utiliza a metodologia de matriz insumo produto para analisar o impacto

do comércio brasileiro com a China sobre o mercado de trabalho. Esta relação, neste aspecto,

foi benéfica, pois mais empregos foram criados devido às exportações, do que empregos

perdidos dadas as importações. Porém, estes empregos criados são de mão de obra de baixa

qualidade.

4.1. Teoria de Matriz de Insumo Produto

Neste tópico utilizaremos a nomenclatura das notas técnicas do IBGE. Existem duas

formas de agregação no sistema de matriz insumo produto, por produtos ou por atividades. O

primeiro possui cento e dez categorias, enquanto que o segundo cinquenta e cinco. No

trabalho será utilizada a agregação por atividades, porém temos primeiro que passar pelo

agrupamento por produtos.

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23

O objetivo é descobrir como a demanda chinesa impacta a produção brasileira. Mais

especificamente, se estaria a exportação brasileira para a China levando a uma

desindustrialização do Brasil. Partimos do cálculo da necessidade total de produção, que é

feito através da seguinte fórmula:

𝑔 = (𝐼 − 𝐷. 𝐵𝑛)−1 . (𝐷. 𝐹𝑛)

onde

g é a produção total do país dividido pelas atividades;

D.Bn é a matriz de coeficientes técnicos diretos atividade por atividade

(𝐼 − 𝐷. 𝐵𝑛)−1 é a inversa de Leontief, que mensura os efeitos diretos e os efeitos

indiretos; E uma matriz quadrada, em suas linhas e colunas estão apresentadas as atividades.

(𝐷. 𝐹𝑛) é o vetor de demandas finais, é um vetor de produtos.

A demanda final será dividida em demanda doméstica e externa (esta última é

equivalente às exportações para o mundo):

𝐷. 𝐹𝑛 = 𝐷𝑑𝑓

+ 𝐷𝑒𝑓

Dividiremos então a demanda externa em duas demandas, demanda chinesa e demanda

do resto do mundo:

𝐷𝑒𝑓

= 𝐷𝐶𝑓

+ 𝐷𝑅𝑀𝑓

Substituindo:

𝑔 = (𝐼 − 𝐷. 𝐵𝑛)−1 . (𝐷. 𝐹𝑛) = (𝐼 − 𝐷. 𝐵𝑛)−1. (𝐷𝑑𝑓

+ 𝐷𝑒𝑓

)

𝑔 = (𝐼 − 𝐷. 𝐵𝑛)−1. (𝐷𝑑𝑓

+ 𝐷𝐶𝑓

+ 𝐷𝑅𝑀𝑓

)

𝑔 = (𝐼 − 𝐷. 𝐵𝑛)−1. 𝐷𝑑𝑓

+ (𝐼 − 𝐷. 𝐵𝑛)−1. 𝐷𝐶𝑓

+ (𝐼 − 𝐷. 𝐵𝑛)−1. 𝐷𝑅𝑀𝑓

Desta forma, olharemos para os impactos das demandas chinesa e do resto do mundo na

cadeia de produção brasileira. Analisaremos também suas diferenças e variações ao longo dos

anos 2005, 2008 e 2011.

Page 24: Vinícius Silvestrin Pantoja

24

4.2. Impacto do Comércio com a China e com os Outros Países

Para podermos fazer a decomposição desejada, recorremos aos vetores de exportação

encontrados através do Aliceweb2. Esses dados foram coletados a oito dígitos do sistema

harmônico (SH8). A conversão do vetor SH8 para a nomenclatura de produtos da matriz de

insumo produto foi feita através de um conversor fornecido pelo IBGE. Desta forma

encontramos o vetor de demanda do mundo dividido em produtos (𝑃𝐴𝑀𝑛 ). Separamos então

este vetor em outros dois, exportações para a China (𝑃𝐴𝐶𝑛) e para o Resto do Mundo (𝑃𝐴𝑅𝑀

𝑛 ),

agregados em produtos, para os anos n ϵ (2005, 2008, 2011):

𝑃𝐴𝑀𝑛 = 𝑃𝐴𝐶

𝑛 + 𝑃𝐴𝑅𝑀𝑛

O sistema de insumo produto do IBGE possui um vetor de exportações brasileiro

utilizado no cálculo da demanda externa (𝐼𝑃𝑀05). Para verificar se nossa conversão está

coerente, vamos comparar o vetor que encontramos baseado nos dados do Aliceweb2 e este

vetor fornecido por esse sistema. Ao calcular a correlação entre estes vetores (𝐼𝑃𝑀05 𝑒 𝑃𝐴𝑀

05)

encontramos um resultado muito próximo de um (0.9993). Dada esta alta correlação, fazemos

a hipótese de que são iguais. Desta forma espera-se que, se tivéssemos uma matriz de insumo

produto para os anos de 2008 e 2011, os vetores de exportação dessas matrizes também

possuiriam correlação próxima de um. Então os vetores 𝑃𝐴𝑀08 e 𝑃𝐴𝑀

11 representam a demanda

externa para os anos 2008 e 2011.

Temos assim os vetores de demanda final da China e do resto do Mundo para os anos

2005, 2008 e 2011 pois:

𝐼𝑃𝑀𝑛 = 𝑃𝐴𝑀

𝑛 = 𝑃𝐴𝐶𝑛 + 𝑃𝐴𝑅𝑀

𝑛

Esses são os vetores necessários para encontrar os impactos da China e do Resto do

Mundo na cadeia produtiva brasileira, divididos por produtos.

O próximo passo é agregar esses produtos em atividades. Para isso basta somar as

categorias de produtos com os mesmos quatro primeiros números de seu respectivo código (o

código dos produtos possuem seis dígitos, enquanto que o das atividades possui quatro

dígitos). Desta forma encontramos os vetores de exportação do Brasil para a China (𝑋𝐴𝐶𝑛) e

para o Resto do Mundo (𝑋𝐴𝑅𝑀𝑛 ) divididos por atividades (equivalentes aos vetores do modelo

teórico acima𝐷𝐶𝑓 e 𝐷𝑅𝑀

𝑓 respectivamente).

Seguindo nosso modelo, para encontrar o impacto dessas demandas na cadeia produtiva

brasileira devemos pré-multiplicar esses vetores pela inversa de Leontief fornecida pelo

Page 25: Vinícius Silvestrin Pantoja

25

sistema de Matriz de Insumo Produto do IBGE:

𝐼𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐶ℎ𝑖𝑛𝑒𝑠𝑎: 𝑔𝐶𝑛 = (𝐼 − 𝐷. 𝐵𝑛)−1 ∗ 𝑋𝐴𝐶

𝑛

𝐼𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑅𝑒𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑀𝑢𝑛𝑑𝑜 ∶ 𝑔𝑅𝑀𝑛 = (𝐼 − 𝐷. 𝐵𝑛)−1 ∗ 𝑋𝐴𝑅𝑀

𝑛

Apresentamos na tabela vinte os efeitos produtivos internos devido à demanda mundial.

Os dados estão em milhões de dólares. Para um melhor entendimento também apresentamos

esses dados em proporção do total exportado (tabela vinte e um), ou seja, dividimos cada

valor pelo total apresentado em seu ano:

𝑃𝐴2005 = 𝑉𝐴

2005/𝑉2005

𝑃𝐴2005 é o valor proporcional do impacto da exportação em 2005, da atividade A;

𝑉𝐴2005 é o valor bruto do impacto da exportação em 2005, da atividade A;

𝑉2005 é o valor total do impacto da exportação em 2005.

Nas tabelas vinte e cinco e vinte e nove temos esses mesmos dados para a China e para

o Resto do Mundo respectivamente.

A análise dos dados será feita primeiro olhando para grandes grupos de atividades,

depois dentro de cada grupo olharemos para as atividades. Desta forma, inicialmente teremos

um mapa abrangente de como o comércio com a China está impactando a produção brasileira.

Em um segundo momento, teremos esse mapa mais detalhado, ao olhar para as atividades. A

tabela dezessete mostra a composição desses grandes grupos.

4.2.1. 2005

Comércio com o Mundo em 2005

Valor total das exportações brasileiras em 2005 foi de US$ 118,5 bilhões. Deste

número, 36,9% são referentes ao grupo Produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos

e Bebidas. Em segundo lugar temos o setor Automobilístico; seguido por Metalurgia;

Maquinários; e Produtos Químicos com, respectivamente, 15%; 12%; 11,41% e 12% do total

Page 26: Vinícius Silvestrin Pantoja

26

enviado para outros países (tabela 18).

Temos então um país que, em sua relação com o Mundo, possui uma grande exportação

de produtos primários, mas não que este seja o foco da demanda mundial. Também possuem

peso grande outros produtos de média e alta tecnologia como automóveis e produtos da

indústria química.

Olhando para as atividades dentro dos grupos, temos como destaque Alimentos e

Bebidas com 17,27% do total exportado. Em segundo plano aparecem Agricultura,

Silvicultura, Exploração Florestal; Minério de Ferro; Fabricação de Aço e Derivados;

Máquinas e Equipamentos, Inclusive Manutenção e Reparos; Automóveis, Caminhonetas e

Utilitários (respectivamente 7.37%; 6,16%; 7,66% 5,6%; 5,33% do total).

Ao olhar para os setores dentro dos grupos de destaque, entende-se que o foco da

demanda mundial por produtos brasileiros é nos setores de maior valor agregado. Alimentos e

bebidas são processamentos de bens primários, portanto estão em posições superiores na

cadeia de valor. Olhando apenas para a demanda mundial por produtos brasileiros, em 2005,

encontramos valores grandes em produções com alto valor agregado, independente da

indústria que analisamos.

Esta análise altera um pouco quando olhamos para o total produzido internamente para

satisfazer a esta demanda. Ao olhar também para o impacto indireto, chegamos aos resultados

apresentados na tabela dezenove.

A produção total necessária para satisfazer a esta demanda possui valor US$ 257,4

bilhões, valor 111% maior do que o demandado. Separando este número nos setores

estabelecidos, temos Produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas com

28,79% do total produzido, valor menor do que quando olhamos apenas a demanda direta, que

era de 36,9%. Automóveis também reduz sua porcentagem para 9,4%, assim como

Maquinários (7,2%); Metalurgia (11,18%). Produtos Químicos possui um aumento percentual

quando se olha para o impacto total, com 15,43%.

O grande ganho nesta análise de impactos diretos e indiretos é conseguir capturar a

relação das exportações com o setor de serviços. Sua demanda direta é quase nula, porém é

fundamental para a produção dos produtos demandados. Este setor é responsável por quase

19% do valor total produzido a fim de satisfazer a demanda externa. Olhando para as

atividades, destacam-se Eletricidade e Gás, Agua, Esgoto e Limpeza Urbana com 3,4% do

impacto total; Comércio com 3,8% do total; e Transporte e Armazenagem com 4% do total.

Este resultado mostra que a competitividade de uma indústria não está apenas em sua

produtividade, mas também de toda logística por trás de seu produto. Para disputarmos

Page 27: Vinícius Silvestrin Pantoja

27

mercado de igual para igual, é fundamental trabalharmos muito bem com essas atividades

citadas acima, diminuindo os custos de transporte, energia e comércio (aumentando suas

produtividades).

Este cenário pintado pelos últimos dados apresentados mostra um país com sua

produção competitiva em produtos Alimentícios, Agrícolas e de extração, além de indústria de

média e de alta tecnologia com os produtos da linha branca e aço; e automóveis

respectivamente. Por trás desta cadeia de produção temos um setor de serviços presente,

responsável por parte da produção e distribuição destes produtos. Também é importante

enfatizar o crescimento da indústria química ao analisar os impactos indiretos. Esta é

responsável por produtos de alta tecnologia, e que tem na relação com a China um parceiro

importante, mesmo que indireto.

Comércio com a China em 2005

As exportações para a China movimentaram em 2005 US$ 6,8 bilhões, representando

5,7% do total exportado. A tabela vinte e dois divide esse número entre as atividades. Olhando

para os setores agregados, US$ 4,8 bilhões foram relacionados a Produtos Primários e

Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas, 71% do total. Metalurgia conta por 9% enquanto

que Maquinários 4%; Têxteis, Vestuário e Calçados conta por outros 4% e Produtos de

Madeira, Celulose e Derivados 6% deste valor exportado (tabela 20).

O comércio é predominantemente baseado em produtos primários. Por causa de Aço e

Derivados temos outro setor importante além desse, com um valor agregado um pouco maior.

Ao olhar para as atividades dentro do Setor Primário, vemos que US$ 3,5 bilhões são

referentes a Agricultura, Silvicultura e Extração Florestal, e Minério de Ferro. Dentro deste

setor as grandes atividades são referentes a produtos com baixo valor agregado, na base de

sua respectiva cadeia de valor. Porém, vamos olhar para os impactos indiretos para podermos

entender o impacto total desta relação.

Os seis bilhões de dólares de impactos diretos geraram um impacto total de US$ 13,7

bilhões em 2005. O setor de serviços se mostra importante com 20% do total. Esta

porcentagem é um pouco maior do que a gerada no comércio com o mundo. Provavelmente,

em média, o padrão de comércio com a China seja mais dependente do setor de serviços do

que o padrão de comercio com o resto do mundo (veremos isso na comparação com o

comércio com o Resto do Mundo).

Page 28: Vinícius Silvestrin Pantoja

28

O setor mais importante é Produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e

Bebidas com US$ 6,25 bilhões (45,67% do total exportado para a China). Dentro deste setor

duas atividades se destacam: Agricultura, Silvicultura e Exploração Florestal com 16,01% e

Minério de Ferro com 14,8%. Petróleo também é bastante impactado com 5,82% e Alimentos

e Bebidas com 4,82% do total exportado para a China. Outros setores importantes são

Químico com 12,11%; Maquinário 12%; e Metalurgia com 8,55%. Estes dados estão

discriminados na tabela 21.

Importante destacar, mais uma vez, o impacto deste comércio na Indústria Química.

Foram demandados pela China US$ 197 milhões (3% do total demandado) e a produção

química para atender à demanda total chinesa foi de US$ 1,657 bilhão (12,11% do impacto

total causado por esta demanda). Este item ilustra a importância de se estudar os impactos

indiretos. Apesar de em um primeiro momento, olhando apenas para os dados de demanda

direta, a China não exercer nenhuma influencia sobre a indústria química, indiretamente esta

demanda possui um peso grande sobre esta indústria. É necessário muito cuidado para se

avaliar corretamente os impactos indiretos ao fazer planejamento econômico.

A relação do Brasil com a China em 2005, no que tange as exportações, é

predominantemente focada em produtos primários, e alguns derivados de baixo valor

agregado. Porém esta demanda possui fortes impactos na cadeia produtiva interna brasileira,

tendo como destaques Produtos Químicos, Fabricação de Resinas e Elastômeros, Defensivos

Agrícolas e grande parte das atividades no setor de Serviços.

Comércio com o Resto do Mundo em 2005

O comércio do Brasil com os países do mundo que não a China possui um padrão

diferente ao comércio com a China para o ano de 2005. O total exportado foi de US$ 111,7

bilhões. Deste total 35% (US$ 38,9 bilhões) foram relacionados ao grupo Produtos Primários

e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas. Os grupos Produtos Químicos; Metalurgia;

Maquinários; e Automotores representaram 11%; 12%; 12%; 16% da demanda total do Resto

do Mundo (tabela 22).

Esta demanda, apesar do grupo Produtos Primários se destacar, apresenta certa

homogeneidade entre os setores dos vários grupos. A única atividade que se destaca é

Alimentos e Bebidas, com um valor exportado de US$ 20 bilhões (18% do total exportado),

que dentro do setor Produtos Primários é um dos mais tecnológicos, estando nas camadas

Page 29: Vinícius Silvestrin Pantoja

29

mais altas de sua cadeia de valor.

Em um segundo patamar, acima de 5% do total exportado, temos Agricultura,

Silvicultura e Extração Florestal (6,3%); Fabricação de Aço e Derivados (7,65%); Máquinas e

Equipamentos (5,8%) e Automóveis, Caminhonetas e Utilitários (5,6% do total exportado).

Estas contas possuem um valor tecnológico alto e diversificado. Vamos olhar o que ocorre

quando analisamos o impacto total.

Ao ver os impactos diretos e indiretos (tabela 23), para atender a esta demanda, foram

produzidos um total de US$ 243,7 bilhões. Destes 27% foram produzidos em Produtos

Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas, enquanto que 15,6% são referentes à

indústria Química, 11,3% Metalurgia; e Maquinário é responsável por 7,4% do efeito total.

Automotores também possuem grande volume com US$ 24 bilhões (quase 10% do efeito

total) e o valor de produção no setor de serviços para a produção desta demanda foi de US$

46 bilhões, 18,9% dos 243,7 bilhões produzidos.

Este valor produzido pelo grupo Serviços para atender à demanda do Resto do Mundo é

menor do que a produção de serviços necessários para produzir a demanda chinesa, o que nos

leva a crer que o perfil de demanda chinesa impacta mais este setor do que o perfil do resto do

mundo.

As principais atividades impactadas (impacto acima de 5%) foram: Agricultura,

Silvicultura e Exploração Florestal; Alimentos e Bebidas; Refino de Petróleo e Coque;

Fabricação de Aço e Derivados.

Em um segundo plano, com um impacto entre 3% e 5% do impacto total temos:

Petróleo e Gás Natural; Minério de Ferro; Produtos Químicos; Máquinas e Equipamentos,

Inclusive para Manutenção e Reparos; Peças e Acessórios para Veículos Automotores;

Eletricidade e Gás, Agua, Esgoto e Limpeza Urbana; Comércio; Transporte e Armazenagem.

Comparação do Comércio com a China e com o Resto do Mundo em 2005

Vimos que as demandas da China e do Resto do Mundo são semelhantes, porém esta se

mostra um pouco mais inclinada a produtos mais processados como alimentos e bebidas,

enquanto que a demanda Chinesa se pauta por produtos em estágios menores de tecnologia.

Ao olhar para a correlação entre os vetores de efeitos totais em 2005 para a China e o

Resto do Mundo chegamos a 0,623, um número que mostra a existência de uma alta

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30

correlação entre os efeitos totais. Este número nos faz imaginar se o efeito do comércio com a

China é estatísticamente diferente do efeito resultante do comércio com o Resto do Mundo.

Faremos então a seguinte regressão:

𝑄𝐶ℎ𝑖𝑛𝑎,𝑖𝑡 = 𝛼𝑡 + 𝛽 ∗ 𝑄𝑅𝑀,𝑖

𝑡 + 𝑒𝑡

i é a Atividade;

t ϵ (2005, 2008, 2011).

Com esse exercício temos o intuito de verificar o quanto o impacto da demanda da

China é explicada pelo efeito da demanda do Resto do Mundo. Caso 𝛽 seja igual a 1, temos

que um efeito é igual ao outro, ou seja, China e Resto do Mundo possuem resultados do

comércio semelhantes. O resultado deste exercício é apresentado no fim do trabalho, em

resultados das regressões.

O gráfico apresenta três outliers, os três referentes às atividades Agricultura, Silvicultura

e Exploração Florestal; Minério de Ferro; Alimentos e Bebidas. Os dois primeiros tendo a

China como responsável do numero fora dos padrões e o terceiro sendo afetado pelo Resto do

Mundo de maneira desproporcional.

Ao rodar a regressão temos um intercepto baixo, com valor quase zero. O coeficiente

beta é um pouco menor do que um, porém ao fazer o teste de hipótese 𝐻0: 𝛽 = 1 não

conseguimos rejeita-lo (usamos o teste de Wald).

O resultado desta regressão nos diz que ambos os efeitos totais na produção brasileira

possuem o mesmo padrão. Este resultado significa que os efeitos totais do comércio com a

China e com o Resto do Mundo são estatisticamente iguais.

E muito importante lembrar que estamos analisando aqui apenas dados da exportação

brasileira. Para uma conclusão completa é necessário estudar também os efeitos das

importações. Porém, ao olhar para as exportações, chegamos a um resultado não intuitivo.

4.2.2. 2008

Vamos agora analisar os impactos das exportações do Brasil para o Mundo, China e

Resto do Mundo no ano de 2008. Utilizaremos os vetores de exportação para esses países,

Page 31: Vinícius Silvestrin Pantoja

31

neste ano, encontrado no aliceweb2 e preparado conforme já descrito. A matriz de insumo

produto continua sendo a de 2005, ou seja, fazemos a hipótese de que a função de produção

brasileira em 2008 é a mesma da função de produção em 2005. Essa hipótese é forte,

consequentemente os resultados não são tão robustos quanto os que encontramos para o

comércio em 2005. Fazemos esse exercício com o objetivo de termos uma ideia de como está

mudando o padrão do comércio ao longo do tempo. Desta forma esses resultados devem ser

vistos como algo a se prestar atenção, e ter em mente quando discutir as mudanças do nosso

comércio.

Comércio com o Mundo em 2008

Em 2008 a demanda mundial de produtos brasileiros foi de cento e noventa e oito

bilhões de dólares. Por sua vez, a produção brasileira voltada para atender a esta demanda

gerou uma produção total de quatrocentos e vinte e quatro bilhões de dólares. Deste total,

cento e quarenta bilhões foram relacionados a produtos Primários e Derivados Incluindo

Alimentos e Bebidas, de baixo valor agregado, correspondendo a 33,11% do valor total.

Produtos Químicos são responsáveis por 12,6% e Metalurgia 11,6%. O setor automobilístico é

responsável por 9,4% destes quatrocentos e vinte bilhões produzidos, e Serviços 18,94%. a

produção de Maquinário é impactada em menor intensidade com 6,1% do total.

Dentro destes setores temos como destaque Alimentos e Bebidas com 10,68%;

Agricultura, Silvicultura e Extração Florestal com 7,77%; Petróleo e Gás Natural 5,82%;

Refino de Petróleo e Coque 5,42% e Fabricação de Aço e Derivados 5,94%. Estas são

atividades com valores acima de 5% do total impactado como podemos ver na tabela vinte e

um. Entre 3% e 5% de efeito temos: Minério de Ferro; Produtos Químicos; Máquinas e

Equipamentos Inclusive Manutenção e Reparos; eletricidade e Gás, Agua, Esgoto e Limpeza

Urbana; Comércio; e Transporte e Armazenagem.

Este cenário nos remonta a um comércio focado em produtos do setor Primários e

Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas, com um pouco de produtos demandados com

média e alta tecnologia. Serviços Básicos são utilizados para tornar possível essa produção.

Page 32: Vinícius Silvestrin Pantoja

32

Comércio com a China em 2008

Em 2008 a demanda chinesa foi de US$ 15,5 bilhões de dólares (8% do total

exportado), sendo 83,7% referente ao grupo Primários e Derivados Incluindo Alimentos e

Bebidas. Produtos de Madeira é responsável por 5% do valor total. Os outros grupos possuem

valor menor a 5%. Dentro deste primeiro grupo, os setores Agricultura, Silvicultura e

Exploração Florestal; e Minério de Ferro se destacam com 32,3 e 30,3% respectivamente.

Olhando para esses valores relativos, comparando com o ano de 2005, há uma concentração

na pauta de exportação para a China em torno desses produtos, condizente com o que vimos

no capítulo anterior.

Este valor demandado gerou um valor total produzido de US$ 32,4 bilhões. Destes,

quase 53% são referentes a produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas,

produtos Químicos são responsáveis por 11,7% do impacto total enquanto que Metalurgia

compõe 5% e Serviços 19,71% do efeito total.

As principais atividades associadas a esses setores são Agricultura, Silvicultura e

Extração Florestal com 19,69%; Petróleo e Gás Natural com 7,2%; e Minério de Ferro 17,2%.

Estas são as atividades com mais de 5% de impacto total. Repare que são exclusivamente

referentes a Produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas.

Quando olhamos para atividades que impactaram entre 3% e 5% encontramos

representantes de outros setores: Alimentos e Bebidas 4,84%; Celulose e Produtos de Papel

3,24%; Refino de Petróleo e Coque 3,75%; Produtos Químicos 3,97%; Eletricidade e Gás,

Água, Esgoto e Limpeza Urbana 3%; Comércio 3,15%; e Transportes e Armazenagem 4,92%.

Como em 2005, os grupos Químico e Serviços ganham destaque ao analisar os efeitos

diretos e indiretos dessa demanda, e este valor relativo se mantém constante ao longo destes

anos.

Comércio com o Resto do Mundo em 2008

Em 2008 foram demandados US$ 181 bilhões de produtos brasileiros pelos países do

mundo que não China. Destes, quase US$ 39 bilhões foram referentes a Produtos Primários e

Derivado (35%). A indústria Química teve sua parcela no valor de US$ 24,7 bilhões (12%),

enquanto que Metalurgia conta por US$ 22,4 bilhões; Maquinários US$ 17,9 bilhões; e

Automotores US$ 24,4 bilhões (respectivamente 12%; 10%; 13% do total).

Page 33: Vinícius Silvestrin Pantoja

33

Esta demanda impactou a produção brasileira em US$ 391,7 bilhões em 2008. As

principais atividades impactadas foram Alimentos e Bebidas com 11,16%; em seguida temos

Agricultura, Silvicultura e Extração Florestal com 6,8%; Fabricação de Aço e Derivados é

impactada por 6,2% do total; enquanto que Petróleo e Gás e Refino de Petróleo e Coque são

impactados por, respectivamente, 5,71, 5,55%, do total. Transporte e Armazenagem 4,09%

aparece em um segundo planos, junto com Minério de Ferro com 3,79%; Produtos Químicos

3,9%; e Peças e Acessórios para Veículos Automotores com 3,14% (esses dados estão na

tabela vinte e nove). No ramo de serviços, Eletricidade e Gás, Agua, Esgoto e Limpeza

Urbana (3,42%); Comércio (3,63%); e Transporte e Armazenagem (4,09%) figuram entre as

atividades mais demandadas para a produção da exportação para o Resto do Mundo.

As exportações para o Resto do Mundo causaram um impacto diferente do que vimos

no caso da demanda chinesa. Produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas

aparece destoante como setor mais impactado. Dentro deste setor a atividade Alimentos e

Bebidas é a mais impactada, seguida por Agricultura. Porém, os setores Metalurgia, Químico,

Automotores e Maquinários não são negligenciáveis, assim como o setor de Serviços. Todos

estes apresentam alguma atividade figurando entre as principais atividades demandadas. E

claro que este comércio, para este ano, atinge vários níveis de produção, consequentemente

vários níveis de valor agregado.

Comparação do Comércio com a China e com o Resto do Mundo em 2008

Os dados analisados mostram um padrão de comércio diferente, e consequente impacto

na cadeia produtiva brasileira diferente em 2008. A demanda chinesa é mais pontual, focada

em produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas de baixo valor agregado.

Essa demanda gera um efeito grande em outras atividades, principalmente Produtos

Químicos, e Refino de Petróleo; Transporte e Armazenagem, Comércio e Eletricidade e Gás,

Agua, Esgoto e Serviços de Limpeza. Outros serviços mais complexos também são

demandados como Intermediação Financeira e Serviços de Informação.

A demanda do resto do mundo, e seus efeitos, são mais fragmentados, e de maior valor

agregado. Alimentos e Bebidas é a atividade mais impactada. Dentro do setor Primário e

Derivados, esta é uma das atividades com maior valor agregado. Também são impactadas

outras atividades nos mais diversos setores, sendo um comércio com maior penetração na

cadeia produtiva brasileira.

Page 34: Vinícius Silvestrin Pantoja

34

Ao fazer o exercício das correlações entre os vetores de efeito total da China e do Resto

do Mundo, encontramos para 2008 o valor de 0,619, ou seja, quase idêntico ao encontrado

para 2005. Porém, se fizermos a correlação entre os vetores de efeitos totais do Resto do

Mundo em 2008 e efeitos totais da demanda Chinesa em 2005 este valor é de 0,665, o que

sugere que o padrão de comércio do Brasil com o Resto do Mundo está se aproximando do

padrão de comércio com a China. Quando olharmos para os dados de 2011 tentaremos ver se

essa tendência se mantêm.

Também fizemos uma regressão para este ano, tendo como pontos as atividades, e suas

coordenadas são os valores proporcionais de impacto total. Temos os mesmos outliers que o

ano de 2005. A constante continua com valor próximo a zero e o beta de 2008 também é

próximo de um. Ao fazer o teste de Wald para verificar se o beta é igual a um, falhamos em

rejeitar a hipótese nula, ou seja, estatisticamente não conseguimos dizer que o beta é diferente

de um. Mais uma vez temos um indicativo de que não existe diferença entre os dois tipos de

comércio.

4.2.3. 2011

Comércio com o Mundo em 2011

Em 2011 foram exportados para o Mundo um total de US$ 256 bilhões. Este valor

gerou uma produção total (direta e indireta) de US$ 540,8 bilhões. 56,7% da demanda foram

de Produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas, enquanto que 10,8% são

referentes a produtos Químicos, 9,29% Metalurgia e 6,7% Maquinários. 8,9% desse valor foi

em exportação de Automotores. Temos então que o padrão de exportações brasileiras totais é

predominantemente de Produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas, que

possuem pouco valor agregado.

O impacto desta demanda na produção brasileira se dividiu da seguinte forma: 40% em

Produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas; 15% em Produtos Químicos;

9,1% em Metalurgia, 4,85% em Maquinários, 6% na indústria Automotora e 19,67% no setor

de Serviços. Aqui temos um quadro mais homogêneo, mas ainda assim com grande

predominância do setor primário.

Olhando para as atividades, as mais impactadas (acima de 5% do valor total do impacto)

estão: Agricultura, Silvicultura e Extração Florestal (8,9%); Petróleo e Gás Natural (6,5%);

Page 35: Vinícius Silvestrin Pantoja

35

Minério de Ferro (8,9%); Alimentos e Bebidas (11,21%); e Refino de Petróleo e Coque

(5,08%).

Em um segundo patamar (entre 3% e 5% do impacto total) estão as seguintes atividades:

Produtos Químicos (4%); Fabricação de Aço e Derivados (4,67%); Eletricidade e Gás, Agua,

Esgoto e Limpeza Urbana (3,46%); Comércio (3,48%) e Transporte e Armazenagem (4,46%).

Esses valores apresentam um cenário exportador de um país com forte competição

externa em produtos primários e algumas de suas derivações, além de alguns pontuais itens

em outras áreas. Porém esta demanda possui um forte impacto interno distributivo, apesar de

aparentar ser um comércio de poucos produtos, ele movimenta indiretamente as mais variadas

atividades, sendo as do setor de serviços as mais emblemáticas desse processo.

Comércio com a China em 2011

As exportações para a China movimentaram US$ 44,3 bilhões, representando 17% do

total exportado. Deste valor 89% foi referente a Produtos Primários e Derivados Incluindo

Alimentos e Bebidas, sendo 25% de Agricultura, Silvicultura e Extração Florestal; 45% em

Minério de Ferro; 11% em Petróleo e Gás Natural; e 6% de Alimentos e Bebidas. Podemos

afirmar que para este ano a demanda chinesa se restringiu a este tipo de produto, sendo as

outras atividades muito pouco requisitadas.

Esta demanda causou um impacto de US$ 86,6 bilhões, quase o dobro do que foi

demandado. Deste valor temos 55,5% referentes a Produtos Primários. As principais

atividades em produto deste setor foram Agricultura, Silvicultura e Extração Florestal com

15,2%; Petróleo e Gás 7,7%; e Alimentos e Bebidas 4,6%.

Produtos Químicos possuíram valor de produção de US$ 9,3 bilhões, representando

10,7% do total. Dentro deste setor se destacam Refino de Petróleo e Coque (4%) e Produtos

Químicos (3,22%).

O setor de Serviços sofreu um efeito de US$ 18,3 bilhões, 21,16% do efeito total.

Eletricidade e Gás, Agua, Esgoto e Limpeza Urbana; Comércio; Transporte e Armazenagem;

Intermediação Financeira e Seguros; e Serviços de Informação foram as principais atividades

deste setor (respectivamente 3,1%; 3%; 5,5%; 2,7%; e 2,4% do efeito total).

As exportações para a China são predominantemente de produtos Primários e Derivados

Incluindo Alimentos e Bebidas. Seus impactos indiretos não são tão concentrados. Grande

parte está ainda neste setor, porém surgem como atividades dependentes dessa relação

Page 36: Vinícius Silvestrin Pantoja

36

algumas no setor químico e no setor de serviços.

Comércio com o Resto do Mundo em 2011

As exportações para o resto do mundo foram de US$ 211,7 bilhões em 2011. Este valor

se dividiu principalmente entre os setores Produtos Primários e Derivados Incluindo

Alimentos e Bebidas (50%); Químico (11%); Metalurgia (11%); Maquinário (8%) e

Automotores (10%). As principais atividades demandadas foram Agricultura (9%); petróleo e

Gás Natural (8%); Minério de Ferro (10%); Alimentos e Bebidas (20%); Fabricação de Aço e

Derivados (6%); Máquinas e Equipamentos (5%).

Esta demanda causou um impacto direto e indireto na produção valorado por US$ 454,2

bilhões. Produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas foram responsáveis

por 36,3% deste valor, enquanto que Produtos Químicos, Metalurgia; Maquinários;

Automotores e Serviços corresponderam a 15,6%; 10%; 5,4%; 6,8% e 19,38%

respectivamente. As principais atividades que sofreram efeito desta demanda foram:

Agricultura, Petróleo e Gás Natural; Minério de Ferro; Alimentos e Bebidas; Refino de

Petróleo e Coque; Fabricação de Aço e Derivados. Estas todas produziram cada uma mais de

5% do total produzido (direta e indiretamente).

Em um segundo plano vemos as seguintes atividades (3% a 5% da produção): Produtos

Químicos; Máquinas e Equipamentos; Eletricidade e gás, Agua, Esgoto e Limpeza Urbana;

Comércio; e Transporte e Armazenamento.

Repare que os dados apresentados neste tópico são muito semelhantes aos apresentados

pelo comércio do Brasil com a China em 2005. Temos uma relação pautada fortemente por

produtos Primários e Derivados Incluindo Alimentos e Bebidas de baixo valor agregado, o

setor químico é intenso, talvez por ser muito necessário para produção dos bens previamente

citados, serviços também é um setor importante e metalurgia aparece por causa do Aço

exportado.

Comparação do Comércio com a China e com o Resto do Mundo em 2011

Vemos cada vez mais uma especialização dos impactos dos dois comércios. Na relação

com a China temos um movimento de especialização da demanda pelas atividades Minério de

Page 37: Vinícius Silvestrin Pantoja

37

Ferro e Agricultura, Silvicultura e Exploração Florestal, Além de Petróleo e Gás Natural. No

caso da demanda do Resto do Mundo, também está ocorrendo uma especialização nessas

atividades, além de Alimentos e Bebidas.

Os vetores de efeitos totais do comércio com o Resto do Mundo e com a China

mantiveram, ao longo dos anos estudados, a mesma correlação de 0,62, o que indica que o

movimento em ambos os padrões foi similar.

Interessante notar que a correlação entre os vetores do Resto do Mundo em 2011 e o

vetor da China em 2005 é de 0,727. Se lembrarmos de que a comparação entre os vetores

Resto do mundo em 2008 e da China em 2005 era de 0,665, observamos que ao longo dos

anos estudados o padrão do comércio do Brasil com o Resto do Mundo está se aproximando

do padrão de comércio do Brasil com a China em 2005. Isso nos sugere que o Brasil, devido

às suas políticas industriais e de comércio internacional, está estabelecendo um padrão de

comércio de equilíbrio, e que o comércio com a China e com o Resto do Mundo está

convergindo para este equilíbrio, que envolve uma grande concentração em commodities.

Fazemos o exercício da regressão também para esse ano. O resultado deste estudo

mostra que o coeficiente β é próximo de um, e ao fazer o teste de hipótese, assim como nos

outros anos, não rejeitamos a hipótese nula de que esse beta é igual a um. Desta forma, temos

que, assim como em 2005 e 2008, o padrão de efeitos dos comércios com a China ou com o

Resto do Mundo é semelhante.

Page 38: Vinícius Silvestrin Pantoja

38

5. Oportunidades de Negócios entre Brasil e China

Vimos até agora como o comércio entre Brasil e China evoluiu ao longo dos anos, e

seus impactos na cadeia produtiva brasileira. Estabelecemos que existe convergência nas

exportações para produtos primários e de baixa e média tecnologia, com alguns produtos

esparsos de alta tecnologia. Do lado da importação, demandamos maquinários e automóveis

cada vez mais. Vimos também que essa convergência gera os mais diversos, em indústrias

que, a princípio, não são afetadas por este comércio.

Este capítulo possui o objetivo de apresentar alguns produtos que possuem potencial de

troca, ou seja, alguns mercados a serem explorados, aproximando mais esses dois países. Para

tal utilizaremos o índice de vantagem comparativa revelada. Com ele conseguimos medir

quais são os produtos que o Brasil consegue produzir de maneira competitiva em relação ao

mundo. O mesmo será feito para a China. Este índice será calculado para duas categorias de

produtos, a dois e a seis dígitos do sistema harmônico (HS2 e HS6). A primeira é mais

agregada, chamada de capítulos. A segunda é bem fragmentada, chamada de subposição.

Depois de analisar esses dados, entraremos no tópico de possíveis trocas. Primeiro

olharemos para os produtos que o Brasil exporta de forma competitiva, procuraremos quais

destes produtos a China importa (de algum parceiro). Então procuraremos, dentro desses bens,

aqueles que o Brasil não exporta para a China, ou o faz de maneira reduzida. A estes daremos

o nome de potenciais de exportação. Faremos então o mesmo exercício do ponto de vista

chinês, e encontraremos os potenciais de exportação chinesa para o Brasil.

Os dados utilizados nesta seção são do COMTRADE e do Aliceweb2. Selecionamos

dados de exportação, classificados pelo sistema harmônico, da China e do Brasil para o

Mundo e entre si, além das exportações totais mundiais que serão necessários para o calculo

do índice de Vantagem Comparativa Revelada (RCA) apresentado a seguir:

𝑅𝐶𝐴𝑘𝑖 =

𝑋𝑘𝑖 𝑋𝑖⁄

𝑋𝑘 𝑋⁄

Onde

𝑋𝑘𝑖 - Exportação do produto k pelo país i;

𝑋𝑖 – Exportação total do país i;

𝑋𝑘 – Exportação mundial do produto k;

𝑋𝑘 – Exportação mundial total.

Page 39: Vinícius Silvestrin Pantoja

39

Este índice possui no denominador a intensidade de trocas do produto k no comércio

mundial. No numerador temos a intensidade das trocas do mesmo produto k na pauta de

exportação do país i. Desta forma, os produtos do país i cujo índice resultar em um valor

acima de um, possuem vantagem comparativa revelada frente ao mesmo produto dos outros

países.

Os gráficos 5.a e 5.b apresentam os RCA’s calculados para o Brasil e para a China, a

dois dígitos. No eixo x estão apresentados os códigos dos capítulos, cuja legenda está

apresentada na tabela 41 (em ordem crescente). Vemos uma clara distinção dos dois países no

que tange este índice. O Brasil possui uma estrutura produtiva competitiva em produtos mais

associados a bens primários, enquanto que a China se especializa em produtos associados a

manufaturas.

Vamos olhar agora para essas características produtivas em cada país. Então

procuraremos complementariedades.

5.1 RCA Brasil

Começamos a análise olhando para dados agregados, classificados de acordo com o

sistema harmônico a dois dígitos. Neste caso, das noventa e sete classificações a dois dígitos

do sistema harmônico, o Brasil possui trinta produtos com valor RCA acima de um, ou seja,

trinta produtos que o Brasil possui vantagem comparativa frente ao mundo (para os dados em

2011). Estes produtos são mais concentrados em bens relacionados a produtos primários,

como podemos ver no gráfico 5.

Os quinze produtos, a dois dígitos, que o Brasil que possui maior vantagem comparativa

estão apresentados na tabela 30. Estes bens apresentam o que os gráficos haviam mostrado, e

são condizentes com o que vimos nos capítulos anteriores. As exportações brasileiras, tanto

para a China como para o Mundo, se pautam bastante em produtos situados em algum estágio

de cadeias de valor que têm como base algum produto primário (normalmente estando em um

estágio mais inicial desta cadeia). Também aparecem produtos químicos, outro setor forte na

pauta de exportação brasileira.

Apenas três produtos que não possuíam vantagem comparativa em 2007 passaram a ter

em 2011, mas ainda assim com um valor quase igual a um. Vamos abrir o valor exportado

destes três produtos, subdividindo-os em quatro, seis e oito dígitos a fim de ver se o bem

Page 40: Vinícius Silvestrin Pantoja

40

responsável por esse crescimento. O resultado é apresentado na tabela trinta e dois.

Começamos a análise pelo produto de SH2_ 14 - Matérias para entrançar outros

produtos de origem vegetal e prodorigvegetal, não especificados nem compreendidos em

outros capítulos. Deste produto foram exportados 16,4 milhões de dólares em 2011. Ao

dividir este produto em subprodutos, vemos que o produto SH8 14042010 - Línteres de

algodão, em bruto é responsável por quase a totalidade deste montante. Este produto é uma

fibra, de curto comprimento, que envolve a semente do algodoeiro. Ela é utilizada para

produzir pólvora sem fumaça e têxteis artificiais.

O produto SH2_ 99 - Transações especiais possui valor exportado de cinco bilhões de

dólares. Olhando mais de perto, a oito dígitos temos que essa conta é referente a combustíveis

e lubrificações para aeronaves e embarcações. Provavelmente temos o setor de combustíveis

da Petrobrás presente nestes itens de alta tecnologia.

Por fim apresentamos o produto SH2_ 83 – Obras Diversas de Metais Comuns. Foram

exportados S$ 866 milhões de dólares em 2011. Ao olhar até oito dígitos vemos que a maior

parte deste montante é referente ao produto SH8_ 83071090 – Outros Tubos Flexíveis de

Ferro ou Aço (US$ 621 milhões). Temos aqui outro produto com um valor tecnológico alto.

Vamos olhar agora os produtos que apresentaram o movimento contrário, que deixaram

de possuir vantagem comparativa revelada (tabela trinta e três). São, no total, nove produtos

que a princípio não possuem um valor tecnológico muito alto. Interessante notar que o bem de

código SH2_ 64 - Calçados, Polainas e Artefatos Semelhantes, e Suas Partes está entre os

produtos apresentados. Por ter gerado tanto debate nos últimos anos, faremos o mesmo

exercício feito na tabela três.

Temos nesta conta um movimento claro de queda nas exportações de sapatos de couro

(SH6 640399) e transferência de parte desta produção para sapatos de plástico ou borracha

(SH6 640299). Temos no Brasil uma das melhores produções de couro do mundo, com grande

vantagem comparativa revelada na exportação deste produto, como vemos na tabela trinta.

Apesar de a matéria prima ser barata, outros custos aparecem deixando o produto sapatos de

couro pouco competitivo.

HS6

Vamos olhar para dados mais fragmentados, para os produtos classificados de acordo

com o sistema harmônico a seis dígitos (HS6). São no total quase cinco mil produtos

exportados pelo Brasil em 2011, nesta classificação. Destes, o Brasil possui vantagem

Page 41: Vinícius Silvestrin Pantoja

41

comparativa revelada em quinhentos e quarenta e sete produtos.

A tabela trinta e cinco apresenta os quinze produtos brasileiros com maior RCA. O

primeiro é Ferronióbio, uma liga de ferro e magnésio muito resistente, ou seja, de alta

tecnologia. Também associado à metalurgia, aparece entre os quinze primeiros o produto de

código SH6 720120. Deste capítulo 72 (Ferro fundido, ferro e aço) temos 167 produtos sendo

exportados a seis dígitos (SH6). Destes, 34 possuem RCA maior do que um em 2011.

O capítulo (SH2) que possui maior número de bens a seis dígitos (ou seja, o número de

bens com seis dígitos que possuem os dois primeiros dígitos iguais) com RCA maior do que

um é o SH2 84 (Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos

e suas partes) com cinquenta produtos a seis dígitos com RCA maior que um. Em média esses

produtos apresentam um RCA igual a 3,8. Outro capítulo com vários bens a seis dígitos com

RCA maior que um é SH2 29 (Produtos químicos orgânicos) com trinta e nove produtos e

média de RCA 4,85.

Na tabela quarenta e dois temos esses dados para os dez capítulos com maior número de

bens a seis dígitos com RCA maior que um. Aqui encontramos a primeira grande diferença

frente ao estudo feito até agora. Dois capítulos, 84 e 87 aparecem como importantes para a

exportação brasileira. Essa relevância não foi vista no comércio com a China, apenas no

comércio com o Resto do Mundo no capítulo dois. Provavelmente existirão produtos destes

grupos que aparecerão nas possibilidades de negócios entre os dois países.

Dos quinhentos e quarenta e sete produtos que o Brasil possui vantagem comparativa

revelada em 2011, cento e cinquenta e dois são novos produtos incorporados a esta categoria

desde 2007. Destes, onze pertencem ao capitulo 84, nove ao capítulo 29 e oito ao 28.

Em 2007 existiam 868 produtos que o Brasil possuía vantagem comparativa revelada, e

neste período trezentos e cinquenta e três produtos deixaram de possuir vantagem

comparativa revelada frente a outros países do mundo. Destes trinta e três pertenciam ao

capítulo 72; vinte e oito ao capítulo 84; e vinte e cinco pertenciam ao capítulo 29. Percebemos

que esses capítulos são os mais recorrentes no trabalho inteiro. São produtos que tem a China

como uma grande concorrente.

Vamos agora olhar para as exportações chinesas. Veremos o que elas nos revelam sobre

seu padrão produtivo.

Page 42: Vinícius Silvestrin Pantoja

42

5.2 RCA China

Os mesmos cálculos foram feitos para a China utilizando dados do COMTRADE.

Como visto nos gráficos 1.a e 1.b, o perfil dos produtos com RCA maior do que um é

diferente do quadro brasileiro. Na tabela trinta e seis temos os quinze produtos chineses com o

maior RCA em 2011 a dois dígitos (SH2). Os produtos são manufaturados de baixa tecnologia

como guarda-chuvas e brinquedos; têxteis; e produtos de mais alta tecnologia como veículos

para vias férreas.

Olhando para 2007, os quinze bens com maior RCA são os mesmo que em 2011, só

alterando posições entre eles. Isso é sinal de uma economia com produção especializada, em

equilíbrio. Vamos ter que olhar para dados mais fragmentados para capturar variações.

A seis dígitos são dois mil e sessenta e nove produtos chineses que possuem RCA maior

do que um em 2011. Os principais capítulos em quantidade de bens a seis dígitos (tabela

quarenta e três) são referentes a maquinários, têxteis e químicos.

Desses mais de dois mil produtos, trezentos e quarenta e oito possuíam RCA menor que

um em 2007, ou seja, ao longo deste tempo esses produtos adquiriram a característica de

vantagem comparativa relativa frente à produção dos mesmos bens de outros países. Destes,

quarenta e oito possuíam 84 como dois primeiros dígitos, vinte e cinco pertenciam ao capítulo

85 e vinte e quatro ao capítulo 29.

Na tabela trinta e sete apresentamos os quinze produtos com maior RCA em 2011,

dentre os que, em 2007, possuíam RCA menor que um, ou seja, os produtos que a China

passou a ter vantagem comparativa revelada neste período. Por essa tabela conseguimos

capturar parte do movimento tecnológico nas exportações chinesas. Temos em sua maioria

produtos de metalurgia com alta especificidade, além de compostos químicos que

normalmente possuem alta tecnologia agregada. Também aparecem tecidos e processamentos

de madeira, que estão em um nível intermediário em suas respectivas cadeias de valor.

Do outro lado, temos 232 produtos que deixaram de ter vantagem comparativa revelada

ao longo do tempo estudado. Observamos vários produtos químicos e de metalurgia, o que

evidencia o movimento de especialização. Porém não conseguimos ver mudança tecnológica,

pois os produtos que deixaram de ser ter vantagem comparativa são semelhantes ao produtos

que passaram a ter esta característica.

Page 43: Vinícius Silvestrin Pantoja

43

5.3 Exportações Brasileiras Potenciais

Vamos agora procurar bens que apresentem oportunidades de negócios. Definiremos

que um bem possui oportunidade de negócio quando a produção brasileira deste bem possui

RCA >1; e a produção chinesa possui RCA<1. Também há a necessidade da China importar

este bem de outro país. Estamos procurando então bens que o Brasil exporta pouco para a

China (menos de 5% do valor que a China importa desse bem), que tenha RCA > 1, e que a

China importe de outros países pelo menos US$ 50 milhões.

Com esse filtro encontramos um total de cento e vinte e sete produtos a serem

exportados pelo Brasil para a China. Na tabela trinta e nove apresentamos, dentre estes todos,

os quinze produtos com maior valor importado pela China. São produtos ligados à extração,

madeira, ou químicos. Pelo montante importado por este país de alguns produtos, é provável

que a exportação pelo Brasil de tais produtos não seja possível devido à falta de oferta. A

produção brasileira desses produtos já está no máximo, não sendo possível suprir a demanda

chinesa.

Vendo a quantidade desses produtos com os mesmos dois primeiros números no código

(mesma classificação SH2), temos que o capítulo com maior número de produtos possui

código 29 (Produtos químicos orgânicos) com dezesseis produtos com possibilidade de trocas.

O código 84, que previmos que teria produtos com esta característica, possui treze produtos

com possíveis trocas. O código 87 também integra o grupo dos cinco capítulos com maior

quantidade de bens a serem explorados por tal comércio com sete bens. Este grupo ainda tem

os capítulos 39 (Plásticos e suas obras) e 40 (Borracha e suas obras) com respectivamente oito

e sete produtos.

O cenário de possíveis exportações do Brasil para a China envolve uma grande gama de

produtos da indústria extrativa, alguns produtos da indústria química e alguns tipos de

veículos (estes que são em grande parte exportados para os integrantes do MERCOSUL).

Temos também grande potencial de trocas em produtos ligados a plásticos e borrachas.

5.4 Importações Brasileiras Potenciais

Agora vamos olhar para os produtos que o Brasil poderia importar da China, porém não

o faz. Para selecionar os produtos utilizamos os mesmos critérios do exercício anterior.

Page 44: Vinícius Silvestrin Pantoja

44

Procuramos produtos cujo RCA < 1 da produção brasileira e que RCA > 1 da produção

chinesa. Também este produto deve ser demandado pelo Brasil, e o valor importado deve ser

de, no mínimo US$ 50 milhões. Por fim esse produto tem que ter um valor de importação,

oriundo da China, de menos de 5%.

Com essas características encontramos cento e vinte e seis produtos. O capítulo 62,

Vestuário e seus acessórios, exceto de malha, possui doze produtos neste grupo de seis dígitos

(produtos classificados a seis dígitos com os dois primeiros sendo 62). O capítulo 73, Obras

de ferro fundido, ferro ou aço, possui dez produtos nesta lista de potenciais de importação de

produtos chineses. O capítulo 61, vestuário e seus acessórios, de malha, possuem oito

produtos classificados desta forma.

Completando o grupo dos cinco primeiros capítulos com maior número de bens a seis

dígitos com possibilidade de negócios temos: 29 com sete produtos; 82 (Ferramentas,

artefatos de cutelaria e talheres, e suas partes, de metais comuns) com cinco produtos.

Na tabela quarenta temos os quinze produtos com maior valor importado, considerados

potenciais de importação pelo Brasil. Condizente com a análise acima, metalurgia possui uma

presença intensa nesta lista, com os produtos dos capítulos 70 e 73. Em sua maioria são bens

com média e alta tecnologia embutida, complementares ao padrão da produção brasileira que

vimos até agora.

Page 45: Vinícius Silvestrin Pantoja

45

6. Conclusão

Começamos o trabalho falando sobre o cenário internacional do comércio. Neste

contexto o Brasil teve três posições (em termos gerais) diferentes ao longo do tempo. A

primeira vem do início dos anos 90, quando o comércio internacional foi usado com o

objetivo principal de controlar a inflação (bens estrangeiros possuíam preços mais estáveis).

Neste período, até o fim do governo Fernando Henrique, o enfoque nos acordos comerciais

foi dado para países desenvolvidos, como Estados Unidos, alguns países europeus, Japão, etc.

A partir do governo Lula este foco mudou (segunda posição da política comercial brasileira).

O Brasil priorizou a diversificação de parceiros, que além de aumentar a demanda por

produtos brasileiros, auxiliou o país a se estabelecer internacionalmente como uma potencia.

A terceira posição está em discussão desde o final do governo Lula e ganhou corpo nos

últimos anos, com a inserção da expressão “cadeias globais de valor” no discurso do governo.

Neste trabalho vimos que o espaço de tempo até este último estágio produziu impactos

significativos na produção associada ao comércio exterior brasileiro. O segundo capítulo

mostrou a concentração cada vez maior da pauta de exportação brasileira para a China,

enquanto que os bens chineses tiveram movimento contrário. Este fato é consequência da

maior competitividade externa enfrentada pelas empresas brasileiras nos últimos vinte anos.

Com a fragmentação da produção, produtos estrangeiros se tornaram mais competitivos,

enquanto que os produtos nacionais não acompanharam esta forma de produção, perdendo

mercado.

Os produtos brasileiros que ganharam mercado, em sua maioria, o fizeram pois, ou

possuíam vantagem competitiva gerada por fatores geográficos, ou eram processamentos

próximos destes produtos. Vimos que os três produtos mais exportados pelo Brasil para a

China são: Minério de Ferro; Soja em grãos; e Petróleo cru. Estes são produtos que temos

vantagem comparativa devido ao fator geográfico. A exportação dos seus derivados vem

caindo ao longo do tempo (relativamente). Provavelmente o país não tem condições

competitivas de produzir em todas as etapas de maneira eficiente. Desta forma seu produto

final perdeu competitividade, enquanto que outros países compram o bem primário brasileiro

e, até chegar no produto final, vários países participam de sua produção.

Açúcar e Pasta de Madeira pertencem ao segundo grupo de bens. Em suas respectivas

cadeias de produção, são derivações imediatas do produto primário. Temos no Brasil um

conhecimento secular na produção de açúcar e todos os possíveis derivados da cana de açúcar.

Porém, caso não ocorra investimentos em novas tecnologias para se manter competitivo,

Page 46: Vinícius Silvestrin Pantoja

46

poderemos estar exportando cana de açúcar em um certo tempo (este foi o processo ocorrido

com os bens citados acima). Pasta de Madeira é usada para fazer celulose, entre outros bens.

Nesta área, como mostrado no terceiro capítulo, estamos inseridos na cadeia global de valor,

pois exportamos para a China a pasta de celulose e o maquinário necessário para seu

processamento. Na China essa celulose é processada, chegando a um bem final ou sendo

exportada mais uma vez para que outro país obtenha o resultado final.

Este capítulo nos dá um indicativo de que esse é um processo da pauta de exportação

brasileira, e não apenas dos primeiros produtos. No que tange as importações, também temos

um efeito similar. Importamos muitos bens e maquinários intermediários (análise sobre a

classificação da BEC), porém não exportamos tantos bens finais, ou seja, produzimos bens

finais para atender a demanda interna. Nessa última década, a demanda interna brasileira

cresceu significativamente. Porém esse processo diminuiu de velocidade (vários são os canais

para isso ter ocorrido) e provavelmente o que veremos agora é uma estagnação do

crescimento da importação desses produtos.

O terceiro capítulo traz à discussão um novo aspecto. Ele responde a questão da

desindustrialização devido o comércio com a China. O resultado que encontramos é que isso

não é bem verdade. O que está ocorrendo é uma especialização na produção de bens que são

necessários para atender a demanda chinesa. Ora, se a pauta de exportação está concentrando

em poucos produtos, as indústrias impactadas indiretamente também vão apresentar um

processo de contração.

O resultado importante deste capítulo é a comparação dos impactos do comércio com a

China, frente ao comércio com os outros países do mundo. Encontramos que esses impactos,

ao longo do tempo, não são diferentes. Isso é feito com base na comparação dos dados e de

uma regressão, na qual o teste de hipótese não consegue rejeitar que os impactos são iguais.

Ora, o problema da especialização da produção do país, baseado nesses dados, não é resultado

do comércio com a China, e sim resultado do comércio como um todo. Esse fato sustenta o

argumento de que o país não conseguiu, neste período, se atentar a todos os movimentos do

comércio internacional. A diversificação de parceiros foi uma estratégia acertada, porém

faltou analisar os processos produtivos modernos.

O quarto capítulo fez uma análise de oportunidade de negócios entre os dois países. São

produtos, em sua grande maioria, complementares. Existe grande concorrência nas áreas de

metalurgia, e química. Porém mesmo nessas áreas existe uma boa complementariedade.

Neste capítulo olhamos mais de perto a indústria de calçados. Vimos que o couro

brasileiro é de excelente qualidade, porém a competição chinesa levou a uma queda na

Page 47: Vinícius Silvestrin Pantoja

47

demanda interna e externa por estes produtos. Com um preço menor, os calçados chineses

ganharam mercado. O preço baixo da mão de obra chinesa foi considerado o fator causador

deste processo, porém este era um dos canais. Como o calçado chinês provavelmente estava

integrado a uma cadeia de valor, ele continha partes de diferentes lugares, todos com grande

vantagem competitiva em sua respectiva parte. Desta forma além da mão de obra, outros

fatores influenciaram neste preço baixo do sapato chinês.

O comércio internacional é um ramo muito dinâmico da economia. Ele está sujeito a

muitas variáveis, que são inconstantes e pouco previsíveis (como a geopolítica). Além de ser

necessário gerar conhecimento e uma massa crítica ativa nesta área, há a necessidade de

constante aperfeiçoamento. Este trabalho trouxe novos dados para a discussão do caminho a

ser trilhado pelo comércio brasileiro. Estudos setoriais mais detalhados sobre cada etapa da

produção de um bem são o passo lógico imediato a este trabalho.

Page 48: Vinícius Silvestrin Pantoja

48

7. Referencia Bibliográfica

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Page 51: Vinícius Silvestrin Pantoja

51

Lista de Tabelas

111 Bebidas e Comidas, Principalmente para Industria

21 Suprimentos Industriais Primários

31 Combustíveis e Lubrificantes Primários

121 Bebidas e Comidas Processadas, Principalmente para Industria

22 Suprimentos Industriais Secundários

321 Combustiveis para Motores

322 Outros Combustiveis e Lubrificantes Processados

42 Partes e Componentes de Bens de Capital, Exceto para Equipamento de Transporte

53 Partes e Componentes para Equipamentos de Transportes

41 Bens de Capital Exceto para Equipamentos de Transporte

521 Outros Equipamentos de Transporte Industrial

112 Bebidas e Comidas Primárias para Consumo das Famílias

122 Bebidas e Comidas Processadas para Consumo das Famílias

51 Carros de Passageiros a Motor

522 Outros Equipamentos de Transporte Não-Industrial

61 Bens de Consumo Duráveis

62 Bens de Consumo Semi-Duráveis

63 Bens de Consumo Não-Duráveis

Quadro 1 - Agregação de Acordo com a BEC

Bens Finais

Bens Intermediários

Bens Primários

Bens Semi-Acabados

Partes e Componentes

Bens de Capital

Bens de Consumo

Page 52: Vinícius Silvestrin Pantoja

52

Código SH4 Descrição do SH4 Milhões de Dólares

2601Minérios de ferro e seus concentrados, incluídas as

pirites de ferro ustuladas (cinzas de pirites)19.797,00

1201 Soja, mesmo triturada 10.957,10

2709 Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos 4.883,70

1701Açúcares de cana ou de beterraba e sacarose

quimicamente pura, no estado sólido1.217,10

4703Pastas químicas de madeira, à soda ou ao sulfato,

excepto pastas para dissolução1.062,50

1507Óleo de soja e respectivas fracções, mesmo refinados,

mas não quimicamente modificados763,70

8802

Outros veículos aéreos (por exemplo: helicópteros,

aviões); veículos espaciais (incluídos os satélites) e seus

veículos de lançamento e veículos suborbitais

619,20

5201 Algodão, não cardado nem penteado 568,80

7202 Ferro-ligas 436,00

0207Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou

congeladas, das aves da posição 0105422,90

2401 Tabaco não manufacturado; desperdícios de tabaco 379,90

4104

Couros e peles curtidos ou em crosta, de bovinos

(incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados,

mesmo divididos, mas não preparados de outro modo

264,70

4702 pasta química de madeira, para dissolução 237,10

7403 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas 178,90

2603 Minério de cobre e seus concentrados 174,60

Tabela 1 – 15 Maiores Exportações Brasileiras para a China em 2011

Ano

Total

Exportado

(em milhões

de dólares)

Quantidade

de Bens

Exportados

(unidades)

Média (em

milhões de

dólares)

Primeiro Quartil

(em milhões de

dólares)

Mediana (em

milhões de

dólares)

Terceiro

Quartil (em

milhões de

dólares)

2011 44,250.5 182 243.1 2.1 4.9 15.4

2010 30,730.1 173 177.6 1.8 3.7 13.8

2009 21,290.3 152 140.0 2.2 4.9 15

2008 16,463.4 144 114.3 1.9 4.5 16

2007 10,687.0 146 73.1 1.9 4.5 14.9

2004 5,389.8 129 41.75 2.0 3.9 13.9

Tabela 2 – Medidas de Concentração

Page 53: Vinícius Silvestrin Pantoja

53

Código SH4 Commodities 2007 2008 2009 2010 2011

Valor (em milhões de

dólares)3.710,29 5.005,73 7.823,71 13.338,02 19.797,08

Mil toneladas 105.025,71 98.621,41 166.088,04 152.563,21 164.500,34

Preço médio 36,63 61,57 79,99 146,72 167,79

Valor (em milhões de

dólares)2.831,86 5.324,05 6.342,96 7.133,44 10.957,10

Mil toneladas 10.071,88 11.823,57 15.939,97 19.064,46 22.104,72

Preço médio 799,74 1.133,79 787,02 924,83 1.215,81

Valor (em milhões de

dólares)839,90 1.702,46 1.338,30 4.053,45 4.883,73

Mil toneladas 2.185,11 2.900,32 3.843,26 8.294,69 7.115,47

Preço médio 71,13 97,04 61,78 79,03 103,94

Valor (em milhões de

dólares)13,74 22,14 71,56 514,77 1.217,13

Mil toneladas 49,66 75,13 254,38 1.253,62 2.137,51

Preço médio 165,12 206,51 301,00 346,46 435,10

Valor (em milhões de

dólares)385,55 614,80 891,90 908,90 1.062,50

Mil toneladas 843,90 1.133,90 2.486,90 1.671,40 1.961,70

Preço médio 766,96 820,17 614,60 868,63 898,08

4703

Tabela 3 – Valor, Peso e Preço das Commodities

Minérios de ferro e seus

concentrados

Óleo de soja

Petróleo bruto

Açúcares de cana

Pastas químicas de madeira

2601

1201

2709

1701

2011 2010 2009 2008 2007

Bens Primários 37.235,17 25.539,24 16.275,66 12.830,68 7.913,16

Bens Semi-Acabados 5.313,63 4.117,93 3.925,54 2.900,35 2.295,57

Partes e Componentes 273,27 236,99 169,85 308,55 288,76

Bens de Capital 778,74 495,90 474,50 360,78 136,27

Bens de Consumo 713,78 395,85 158,32 122,28 115,00

Tabela 4 – Exportações de Acordo com a Classificação BEC (em milhões de dólares)

2007 2008 2009 2010 2011

Bens Primários 73,62% 77,66% 77,49% 82,96% 84,02%

Bens Semi-Acabados 21,36% 17,55% 18,69% 13,38% 11,99%

Partes e Componentes 2,69% 1,87% 0,81% 0,77% 0,62%

Bens de Capital 1,27% 2,18% 2,26% 1,61% 1,76%

Bens de Consumo 1,07% 0,74% 0,75% 1,29% 1,61%

Tabela 5 – Exportações de Acordo com a Classificação BEC (em porcentagem do total exportado)

Page 54: Vinícius Silvestrin Pantoja

54

Código

SH6Descrição do SH6 2011 2010 2009 2008 2007 2004

média

geométrica

150710Óleo de soja, em bruto, mesmo

degomado759,82 780,59 398,99 824,03 310,25 422,87 112,43%

020714Pedaços e miudezas comestíveis

de galos e galinhas da espécie

doméstica, congelados

422,86 219,57 37,59 1,33 13,02 33,69 65,86%

270900Óleos brutos de petróleo ou de

minerais betuminosos4.883,73 4.053,45 1.338,30 1.702,46 839,90 210,13 87,61%

470200Pasta química de madeira, para

dissolução - celulose237,18 216,98 204,93 75,91 37,92 14,06 75,97%

520100Algodão, não cardado nem

penteado568,81 140,15 66,80 32,33 33,86 19,16 97,02%

740311Cátodos de cobre refinado e seus

elementos, em formas brutas178,67 200,23 280,40 51,95 199,70 9,01 81,75%

152000Glicerol em bruto; águas e lixívias,

glicéricas35,78 18,61 11,00 5,95 0,59 0,00 178,75%

230800

Matérias vegetais, subprodutos,

resíduos e desperdícios vegetais,

utilizados na alimentação de

animais

33,45 26,00 4,31 0,09 0,00 0,01 616,69%

481029

Outros papéis e cartões, para

escrita ou impressão, revestidos

de caulim, contendo mais de 10%

das fibras obtidas por processo

mecânico, em rolos ou folhas

70,00 66,76 20,17 24,27 0,00 0,00 42,35%

999971Pedras, em bruto ou trabalhadas,

do Capítulo 7125,87 12,36 8,69 6,93 7,13 2,28 62,53%

Tabela 6 - Produtos com Grande Crescimento no Valor Exportado para a China, sem que outros produtos semelhantes

também sejam exportados (em milhões de dólares)

Page 55: Vinícius Silvestrin Pantoja

55

Código

SH6Descrição do SH6 2011 2010 2009 2008 2007 2004

média

geométrica

170111Açúcar de cana, em bruto, sem

adição de aromatizantes ou de

corantes

1.157,23 505,46 71,43 21,75 13,53 0,00 204,11%

170199Outros açúcares de cana, de

beterraba e sacarose quimicamente

pura, no estado sólido

59,90 9,31 0,13 0,40 0,21 0,11 249,44%

260111Minérios de ferro não aglomerados e

seus concentrados17.976,88 12.178,96 7.167,11 4.234,12 3.118,95 781,36 87,23%

260112Minérios de ferro aglomerados e

seus concentrados1.820,20 1.159,06 656,60 771,50 591,34 333,59 40,40%

300431Medicamentos contendo insulina,

mas não antibióticos, em doses,

para venda a retalho

25,55 25,06 0,00 0,00 0,00 0,00 #DIV/0!

300420Medicamento contendo outros

antibióticos, em doses, para venda a

retalho

1,17 2,55 2,20 1,34 0,49 0,00 24,40%

390110Polietileno de densidade < 0,94, em

forma primária90,82 23,72 66,91 11,15 41,11 6,00 72,22%

390120Polietileno de densidade => 0,94, em

forma primária48,40 44,52 97,45 3,52 7,13 3,52 68,89%

390130Copolímeros de etileno e acetato

vinila, em formas primárias27,61 12,45 11,44 2,02 0,34 2,12 67,14%

390210 Polipropileno, em forma primária 116,73 43,62 137,34 21,05 10,02 3,04 107,48%

390230Copolímeros de propileno, em

formas primárias23,96 5,45 9,89 3,80 1,20 0,87 93,97%

390220 Polisobutileno, em forma primária 2,79 0,94 0,03 0,00 0,02 0,00 825,85%

410411

Couros e peles curtidos, de bovinos

ou de eqüídeos, depilados, no

estado úmido (incluindo w et blue),

plena f lor, não divididos; divididos,

com a f lor

153,58 141,31 103,87 109,11 211,93 80,07 13,91%

410419Outros couros e peles curtidos, de

bovinos ou de eqüídeos, depilados,

no estado úmido (incluindo w et blue)

51,66 37,79 31,58 33,44 55,40 8,51 43,42%

410441

Couros e peles curtidos, de bovinos

ou de eqüídeos, depilados, no

estado seco (crust), plena f lor; não

divididos; divididos, com a f lor

58,84 41,15 40,99 82,85 74,50 49,26 3,62%

410712

Couros e peles inteiros, de bovinos

ou de eqüídeos, preparados após

curtimenta ou secagem e couros e

peles apergaminhados, depilados,

divididos, com a f lor

89,02 86,43 57,77 97,02 98,02 32,64 22,22%

410792

Couros e peles, incluídas as

ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos,

preparados após curtimenta ou

secagem, divididos, com a f lor

27,54 18,82 9,32 15,47 21,08 6,57 33,17%

410719

Outros couros e peles inteiros, de

bovinos ou de eqüídeos, preparados

após curtimenta ou secagem e

couros e peles apergaminhados,

depilados

10,43 14,61 14,34 20,95 9,93 9,38 2,15%

410799

Outros couros e peles, incluídas as

ilhargas, de bovinos ou de eqüídeos,

preparados após curtimenta ou

secagem

4,22 4,74 3,36 7,93 9,29 3,58 3,35%

Tabela 7 - Produtos com Grande Crescimento, Agrupados em Produtos Semelhantes (em milhões de dólares)

Page 56: Vinícius Silvestrin Pantoja

56

Código

SH6Descrição do SH6 2011 2010 2009 2008 2007 2004

média

geométrica

150790Óleo de soja e respectivas frações,

mesmo refinados, mas não

quimicamente modif icados

3,86 5,83 7,96 5,85 8,10 70,51 0,56

281820Óxidos de alumínio, exceto corindo

artif icial4,68 2,69 11,88 0,00 0,28 54,35 #DIV/0!

840734

Motores de pistão alternativo, de ignição

por centelha, para propulsão de

veículos do capítulo 87, de cilindrada >

1.000 cm3

0,00 0,00 0,01 0,00 34,61 45,24 #DIV/0!

841330

Bombas para combustíveis, lubrif icantes

ou líquidos de arrefecimento, para

motores de ignição por centelha ou por

compressão

2,51 1,71 0,82 28,25 3,51 31,04 0,60

870120Tratores rodoviários para semi-

reboques0,00 0,00 0,00 0,75 13,64 26,45 #DIV/0!

Tabela 8 - Produtos com Grandes Quedas no Valor Exportado, sem que Existam Produtos Similares (em milhões de dólares)

Código

SH6Descrição do SH6 2011 2010 2009 2008 2007 2004

média

geométrica

440729Outras madeiras tropicais (cedro, ipê, pau-marfim, louro,

etc), serradas, cortadas em folhas ou desenroladas, de

espessura > 6 mm

9,97 20,73 25,83 37,05 46,82 39,12 0,76

440799Outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou

desenroladas, de espessura > 6 mm18,85 27,19 25,65 48,26 66,83 81,98 0,75

720711

Produtos semimanufaturados, de ferro ou aços, não

ligados, contendo em peso < 0,25% de carbono, de seção

transversal quadrada ou retangular e largura < 2 vezes a

espessura - siderúrgicos

7,52 0,00 9,16 0,00 0,00 43,25 #DIV/0!

720712Outros produtos semimanufaturados, de ferro ou aços,

não ligados, contendo em peso < 0,25% de carbono, de

seção transversal retangular - siderúrgicos

38,59 65,10 199,98 1,23 0,44 95,61 0,83

720720Outros produtos semimanufaturados, de ferro ou aços,

não ligados, contendo em peso => 0,25% de carbono -

siderúrgicos

10,58 15,39 39,59 0,00 0,00 13,32 0,76

720839

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados,

de largura => 600 mm, em rolos, laminados a quente, de

espessura < 3 mm, não folheados nem revestidos -

siderúrgicos

0,00 0,00 19,78 0,00 0,00 23,36 #DIV/0!

720837

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados,

de largura => 600 mm, em rolos, laminados a quente, de

espessura => 4,75 mm e <= 10 mm, não folheados nem

revestidos - siderúrgicos

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12,30 0,65

720838

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados,

de largura => 600 mm, em rolos, laminados a quente, de

espessura => 3 mm e < 4,75 mm, não folheados nem

revestidos - siderúrgicos

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,63 0,83

720851

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados,

de largura => 600 mm, não enrolados, laminados a quente,

de espessura > 10 mm, não folheados nem revestidos -

siderúrgicos

0,39 0,00 0,07 5,91 0,84 1,57 0,51

Tabela 9 - Produtos com Grandes Quedas no Valor Exportado, Agrupados em Produtos Similares (em milhões de dólares)

Page 57: Vinícius Silvestrin Pantoja

57

720917

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados,

de largura => 600 mm, em rolos, laminados a frio, de

espessura => 0,5 mm e <= 1 mm, não folheados nem

revestidos - siderúrgicos

0,00 2,27 27,83 0,00 0,00 49,96 #DIV/0!

720918

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não ligados,

de largura => 600 mm, em rolos, laminados a frio, de

espessura < 0,5 mm, não folheados nem revestidos -

siderúrgicos

0,00 0,00 2,22 0,00 0,00 1,62 0,92

721914Produtos laminados planos, de aços inoxidáveis, laminados

a quente, de largura => 600 mm, em rolos, de espessura <

3 mm - siderúrgicos

0,22 0,13 0,00 0,00 0,00 25,06 0,39

721913Produtos laminados planos, de aços inoxidáveis, laminados

a quente, de largura => 600 mm, em rolos, de espessura

=> 3 mm e < 4,75 mm - siderúrgicos

1,45 0,47 0,04 0,98 2,01 1,57 0,55

721933Produtos laminados planos, de aços inoxidáveis, laminados

a frio, de largura => 600 mm, de espessura > 1 mm e < 3

mm - siderúrgicos

1,73 3,10 2,36 2,29 10,00 4,43 0,63

870829Outras partes e acessórios de carroçarias (incluídas as

cabinas) para veículos automóveis das posições 87.01 a

87.05

1,43 1,42 1,11 2,06 2,66 25,92 0,56

870899Outras partes e acessórios, para veículos automóveis das

posições 87.01 a 87.0511,57 6,51 7,21 8,05 15,06 42,62 0,77

870810Pára-choques e suas partes, para veículos automóveis

das posições 87.01 a 87.050,06 0,04 0,03 0,04 1,24 3,98 #DIV/0!

870839 Outros freios e suas partes, p/tratores/veic.automóveis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,03 5,04 #DIV/0!

870880Sistemas de suspensão e suas partes (incluídos os

amortecedores de suspensão), para veículos automóveis

das posições 87.01 a 87.05

0,12 0,35 0,40 0,34 0,64 2,32 #DIV/0!

870891Radiadores e suas partes, para veículos automóveis das

posições 87.01 a 87.050,22 0,17 0,07 0,01 0,00 1,49 #DIV/0!

870893Embreagens e suas partes, para veículos automóveis das

posições 87.01 a 87.056,60 2,22 2,37 1,41 3,25 1,72 #DIV/0!

Tabela 9 - Produtos com Grandes Quedas Agrupados (em milhões de dólares) - Continuação

Page 58: Vinícius Silvestrin Pantoja

58

Anos

Total Importado

(em milhões de

dólares)

Quantidade de

Bens (unidades)

Média (em

milhões de

dólares)

Primeiro Quartil

(em milhões de

dólares)

Mediana (em

milhões de

dólares)

Terceiro Quartil

(em milhões de

dólares)

2004 3.600,4 272 13,2 1,7 3,3 8,4

2007 12.511,8 496 25,2 2,6 6,0 17,6

2008 19.957,2 575 34,7 2,7 7,7 24,8

2009 15.811,5 547 28,9 2,8 7,5 22,1

2010 25.502,2 598 42,6 3,5 9,8 31,7

2011 32.709,8 651 50,2 4,0 12,0 40,3

Tabela 10 - Medidas de Concentração para a Importação de Bens Chineses

2007 2008 2009 2010 2011

Importação 0,782 0,777 0,793 0,790 0,798

Exportação 0,478 0,441 0,426 0,384 0,369

Tabela 11 – Entropia

Page 59: Vinícius Silvestrin Pantoja

59

Código SH4 Descrição do SH4Milhões de Dólares em

2011

8517

Aparelhos eléctricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os

aparelhos telefónicos por fio combinados com auscultadores sem fio e os

aparelhos de telecomunicação por corrente portadora ou de

telecomunicação digital; videofones

2.332,99

8529Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas aos

aparelhos das posições 8525 a 85281.599,59

8471

Máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades;

leitores magnéticos ou ópticos, máquinas para registar dados em suporte

sob forma codificada, e máquinas para processamento desses dados, não

especificadas nem compreendidas em outras posiç

1.139,39

8473

Partes e acessórios (excepto estojos, capas e semelhantes), reconhecíveis

como exclusiva ou principalmente destinados às máquinas e aparelhos

das posições 8469 a 8472

1.109,80

8542 Circuitos integrados e microconjuntos electrónicos 793,56

8443

Máquinas e aparelhos para impressão por meio de caracteres tipográficos,

clichés, blocos, cilindros e outros elementos de impressão da posição

8442; máquinas de impressão de jacto de tinta, excepto as da

posição 8471; máquinas auxiliares para impressão

562,00

8504Transformadores eléctricos, conversores eléctricos estáticos

(rectificadores, por exemplo), bobinas de reactância e de auto-indução503,32

8703

Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente

concebidos para o transporte de pessoas (excepto os da posição 8702),

incluídos os veículos de uso misto (station wagons) e os automóveis de

corrida

482,51

8415

Máquinas e aparelhos de ar condicionado, contendo um ventilador

motorizado e dispositivos próprios para modificar a temperatura e a

humidade, incluindo as máquinas e aparelhos em que a humidade não

seja regulável separadamente

476,72

4202

Malas e maletas, incluídas as de toucador e as maletas e pastas para

documentos e de estudantes, os estojos para óculos, binóculos, máquinas

fotográficas e de filmar, instrumentos musicais, armas, e artefactos

semelhantes; sacos de viagem, sacos isolantes

435,64

5407Tecidos de fios de filamentos sintéticos, incluídos os tecidos obtidos a

partir dos produtos da posição 5404416,07

2704 NÃO DEFINIDO 360,20

8516

Aquecedores eléctricos de água, incluídos os de imersão; aparelhos

eléctricos para aquecimento de ambientes, do solo ou para usos

semelhantes; aparelhos electrotérmicos para arranjos do cabelo (por

exemplo: secadores de cabelo, frisadores, aquecedores de

349,47

9503

Outros brinquedos; modelos reduzidos e modelos semelhantes para

divertimento, mesmo animados; quebra-cabeças (puzzles) de qualquer

tipo

337,58

4011 Pneumáticos novos, de borracha 336,75

Tabela 12 – 15 Maiores Importações de Bens Chineses em 2011

Page 60: Vinícius Silvestrin Pantoja

60

2011 2010 2009 2008 2007

Bens Primários 94,34 125,51 60,83 120,87 64,14

Bens Semi-Acabados 9.201,01 7.253,80 4.303,82 5.187,74 3.380,78

Partes e Componentes 8.178,09 6.876,74 4.126,88 4.649,59 2.788,86

Bens de Capital 8.976,10 7.086,26 4.731,69 6.394,35 4.275,71

Bens de Consumo 5.597,88 3.946,56 2.517,56 2.492,34 1.699,17

Tabela 13 – Importações de Acordo com a Classificação BEC (em milhões de dólares)

2007 2008 2009 2010 2011

Bens Primários 0,53% 0,64% 0,39% 0,64% 0,53%

Bens Semi-Acabados 28,71% 28,68% 27,34% 27,53% 27,69%

Partes e Componentes 25,52% 27,19% 26,22% 24,67% 22,84%

Bens de Capital 28,01% 28,02% 30,06% 33,93% 35,02%

Bens de Consumo 17,47% 15,61% 15,99% 13,23% 13,92%

Tabela 14 – Importações de Acordo com a Classificação BEC (em porcentagem do total importado)

Page 61: Vinícius Silvestrin Pantoja

61

Código

SH6 Descrição do SH6 2011 2010 2009 2008 2007 2004

média

geométrica

870322

Automóveis de passageiros, incluídos os

veículos de uso misto (station w agons) e os

automóveis de corrida, com motor de pistão

alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada

> 1.000 cm3 e <= 1.500 cm3 - automóvel carros

334,37 20,02 0,05 0,03 0,02 0,00 6,74

870323

Automóveis de passageiros, incluídos os

veículos de uso misto (station w agons) e os

automóveis de corrida, com motor de pistão

alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada

> 1.500 cm3 e <= 3.000 cm3 - automóvel carros

133,57 35,83 0,03 0,08 0,16 0,00 3,83

870321

Automóveis de passageiros, incluídos os

veículos de uso misto (station w agons) e os

automóveis de corrida, com motor de pistão

alternativo, de ignição por centelha, de cilindrada

<= 1.000 cm3 - automóvel carros

14,43 13,76 4,97 3,97 1,03 0,00 1,70

690790Outros ladrilhos e artigos semelhantes, de

cerâmica, não vidrados nem esmaltados202,56 116,48 51,91 40,23 15,39 0,06 5,04

841590Partes de máquinas e aparelhos de ar

condicionado254,06 186,74 71,75 41,20 2,59 0,30 3,84

841510

Aparelhos de ar condicionado, dos tipos

utilizados em paredes ou janelas, formando corpo

único ou do tipo splitsystem (sistema com

elementos separados)

164,71 280,81 55,49 47,82 36,64 10,74 1,73

841582Outros aparelhos de ar condicionado, com

dispositivos de refrigeração39,84 43,48 28,90 47,65 62,52 7,32 1,40

841581

Outros aparelhos de ar condicionado, com

dispositivo de refrigeração e válvula de inversão

do ciclo térmico

6,68 2,57 0,82 4,29 3,35 0,00 7,06

841520Aparelhos de ar condicionado, do tipo utilizado

nos veículos automóveis1,04 0,15 0,00 0,03 0,00 0,00 4,28

841583Outros aparelhos de ar condicionado, sem

dispositivo de refrigeração10,28 3,30 0,75 2,00 0,00 0,04 3,05

847141

Outras máquinas automáticas para

processamento de dados, contendo, no mesmo

corpo, pelo menos uma unidade central de

processamento e, mesmo combinadas, uma

unidade de entrada e uma unidade de saída -

computadores

158,57 39,68 8,48 9,89 17,18 0,50 3,17

847130

Máquinas automáticas para processamento de

dados, portáteis, de peso <= 10 kg, contendo

pelo menos uma unidade central de

processamento, um teclado e uma tela -

computadores

254,76 252,55 158,56 145,46 93,42 18,46 1,69

847170 Unidades de memória 367,31 272,38 189,48 249,82 234,90 29,89 1,65

847160Unidades de entrada ou de saída, podendo

conter, no mesmo corpo, unidades de memória149,42 130,24 102,63 102,06 82,81 52,23 1,23

847149

Outras máquinas automáticas para

processamento de dados, apresentadas sob a

forma de sistemas - computadores

40,60 34,84 14,09 21,95 0,05 0,03 4,26

847190Outras máquinas automáticas para

processamento de dados e suas unidades68,42 65,97 30,69 30,03 24,50 5,19 1,67

847150

Unidades de processamento (exceto as das

subposições 8471.41 ou 8471.49), podendo

conter, no mesmo corpo, um ou dois dos

seguintes tipos de unidades: de memória, de

entrada e de saída

48,35 36,87 17,35 29,21 23,10 4,96 1,58

847180Outras unidades de máquinas automáticas para

processamento de dados52,09 48,62 17,76 3,58 4,68 8,06 1,45

870431

Veículos automóveis para transporte de

mercadorias, com motor de pistão, de ignição por

centelha, de peso em carga máxima <= 5 t -

caminhão caminhões carros

104,73 35,12 6,81 3,08 0,90 0,00 2,59

870422

Veículos automóveis para transporte de

mercadorias, com motor de pistão, de ignição por

compressão, de peso em carga máxima > 5 t e <=

20 t - caminhão caminhões

13,14 0,07 0,00 0,20 0,00 0,00 #DIV/0!

870421

Veículos automóveis para transporte de

mercadorias, com motor de pistão, de ignição por

compressão, de peso em carga máxima <= 5 t -

caminhão caminhões carros

7,55 0,02 0,05 0,06 0,03 0,06 2,66

310310 Superfosfatos 315,82 89,51 13,61 160,21 101,13 2,83 2,57

Tabela 15 - Produtos com Grande Crescimento (em milhões de dólares)

Page 62: Vinícius Silvestrin Pantoja

62

401110Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em

automóveis de passageiros 176,66 118,53 42,51 66,59 37,48 3,20 2,23

401199 Outros pneus novos de borracha 22,30 13,13 6,86 6,67 4,74 1,50 1,72

401120Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em

ônibus ou caminhões 66,85 55,70 35,20 138,23 62,35 5,77 1,63

401130Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em

aviões 1,35 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 #DIV/0!

401140Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em

motocicletas 17,81 5,36 2,10 0,91 0,46 0,01 5,13

401193

Outros pneus novos de borracha dos tipos

utilizados em veículos e máquinas próprios para

construções ou manutenção industrial, para aros

de diâmetro <= 61 cm 2,66 2,69 0,88 0,60 0,16 0,00 4,54

401161

Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em

veículos e máquinas agrícolas ou f lorestais, com

bandas de rodagem em forma de espinha de

peixe e semelhantes 17,29 10,74 5,10 4,89 1,66 0,21 2,42

401150Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em

bicicletas 15,48 6,25 0,39 1,56 5,35 0,47 2,01

401162

Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em

veículos e máquinas próprios para construções

ou manutenção industrial, para aros de diâmetro

<= 61 cm, com bandas de rodagem em forma de

espinha de peixe e semelhantes 3,62 3,47 0,67 0,66 0,20 0,00 1,78

401163

Pneus novos de borracha dos tipos utilizados em

veículos e máquinas próprios para construções

ou manutenção industrial, para aros de diâmetro

> 61 cm, com bandas de rodagem em forma de

espinha de peixe e semelhantes 7,25 3,35 4,36 6,11 3,69 0,60 1,65

842951Carregadoras e pás carregadoras, de

carregamento frontal, autopropulsores 116,92 64,23 23,92 14,55 2,30 0,00 2,19

842952

Máquinas escavadoras, com capacidade de

efetuar uma rotação de 360 graus,

autopropulsores 65,05 31,91 4,90 5,87 0,38 0,00 2,80

842920 Niveladores 20,62 15,96 9,32 5,98 0,16 0,00 2,63

842940Compactadores e rolos ou cilindros

compressores, autopropulsores 34,12 29,13 11,04 11,23 0,84 0,00 2,10

842911Bulldozers e angledozers, de lagartas,

autopropulsores 12,17 9,91 0,37 0,52 0,00 0,00 1,88

842959Outras pás mecânicas, escavadores e

carregadoras, autopropulsores 10,98 6,07 0,66 0,53 0,00 0,00 1,84

030429 Outros f ilés congelados de peixes - pescados 165,69 63,76 9,30 12,79 3,50 0,00 2,16

030422Filés de marlongas (Dissostichus spp.)

congeladas - pescados 1,32 1,57 2,10 7,70 0,94 0,00 1,07

293500 Sulfonamidas 105,60 82,02 51,86 85,70 37,75 4,01 1,92

Tabela 15 - Produtos com Grande Crescimento - Continuação

Page 63: Vinícius Silvestrin Pantoja

63

847710Máquinas de moldar borracha ou plásticos, por

injeção 100,55 88,58 36,93 59,46 39,65 3,85 1,92

847720 Extrusoras para borracha ou plástico 24,41 12,47 11,84 7,36 5,66 0,18 2,68

847780

Outras máquinas e aparelhos para trabalhar

borracha ou plásticos ou para fabricação de

seus produtos 45,76 6,40 5,19 5,05 0,87 0,98 2,16

847751

Máquinas e aparelhos para moldar ou

recauchutar pneumáticos ou moldar câmaras-de-

ar 7,98 1,00 1,17 0,00 0,00 0,53 #DIV/0!

847740Máquinas de moldar borracha ou plásticos a

vácuo, e outras máquinas de termoformar 2,02 1,33 0,62 0,88 0,07 0,00 5,05

847759Outras máquinas e aparelhos para moldar ou dar

forma a borrachas ou plásticos 5,47 4,59 5,11 6,09 3,75 0,03 2,87

847730Máquinas de moldar borracha ou plásticos, por

insuflação 3,32 4,26 1,78 1,99 1,11 0,03 2,60

847790

Partes de máquinas e aparelhos para trabalhar

borracha ou plásticos ou para fabricação de

seus produtos 8,56 6,53 4,80 4,90 1,79 0,09 2,48

841430 Compressores para equipamentos frigoríf icos 154,96 135,48 65,73 63,68 38,95 6,10 1,91

841460Coifas com dimensão horizontal máxima <= 120

cm 20,53 14,22 9,26 4,54 1,03 0,05 3,33

841480Outras bombas de ar, coifas aspirantes para

extração ou reciclagem 54,25 31,15 16,47 18,38 14,66 0,46 2,59

841451

Ventiladores de mesa, de pé, de parede, de teto

ou de janela, com motor elétrico incorporado, de

potência <= 125 W 24,09 18,49 6,52 6,27 5,87 0,61 2,09

841459 Outros ventiladores 50,15 43,82 27,09 23,79 20,78 5,98 1,53

841440Compressores de ar montados sobre chassis

com rodas e rebocáveis 2,26 1,61 0,70 0,82 0,06 0,01 3,23

841410 Bombas de vácuo 2,79 2,13 3,92 1,37 0,55 0,02 2,72

841490Outras partes de compressores de ar ou de

outros gases 18,11 15,17 9,72 10,43 5,29 1,07 1,76

841420 Bombas de ar, de mão ou de pé 6,98 5,79 4,33 3,64 2,71 0,98 1,48

720916

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não

ligados, de largura => 600 mm, em rolos,

laminados a frio, de espessura > 1 mm e < 3 mm,

não folheados nem revestidos - siderúrgicos 170,98 226,16 20,36 54,03 6,90 0,00 1,90

720917

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não

ligados, de largura => 600 mm, em rolos,

laminados a frio, de espessura => 0,5 mm e <= 1

mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos 102,47 167,82 28,69 59,95 10,20 0,00 1,59

720927

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não

ligados, de largura => 600 mm, não enrolados,

laminados a frio, de espessura => 0,5 mm e <= 1

mm, não folheados nem revestidos - siderúrgicos 1,44 0,72 0,00 0,00 0,05 0,00 #DIV/0!

720918

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não

ligados, de largura => 600 mm, em rolos,

laminados a frio, de espessura < 0,5 mm, não

folheados nem revestidos - siderúrgicos 17,45 13,91 1,09 3,00 0,15 0,00 2,59

845221Outras máquinas de costura, unidades

automáticas 28,94 23,50 9,20 14,32 11,27 7,20 1,32

845240Móveis, bases e tampas, para máquinas de

costura e suas partes 3,45 3,13 0,96 0,21 0,03 0,01 3,30

845210Máquinas de costura de uso da espécie

doméstica 12,64 8,53 3,88 4,14 2,37 0,10 2,64

845290 Outras partes de máquinas de costura 3,17 2,86 1,92 2,77 1,65 0,56 1,41

Tabela 15 - Produtos com Grande Crescimento - Continuação

Page 64: Vinícius Silvestrin Pantoja

64

Código

SH6Descrição do SH6 2011 2010 2009 2008 2007 2004

854221Microprocessadores, microcontroladores, outras

memórias, outros circuitos integrados0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 103,81

854229 Outros circuitos integrados 0,00 0,00 0,00 0,00 0,09 46,70

854290 Partes para circuitos integrados eletrônicos 0,23 0,51 0,17 0,05 0,85 3,25

852520Aparelhos transmissores com aparelho receptor

incorporado0,00 0,00 0,00 0,05 0,03 33,08

854389 Amplif icadores de radiofrequencia 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 26,21

854390Partes de máquinas e aparelhos elétricos com função

própria24,40 13,47 8,92 12,79 15,10 5,68

851750 Moduladores/demoduladores 0,00 0,00 0,00 0,00 2,44 22,17

851719Interfones; aparelhos telefones públicos; outros

aparelhos telefônicos0,00 0,00 0,00 0,00 0,10 1,74

370255

Filmes para fotografia a cores, sensibilizados, não

impressionados, de largura > 16 mm, mas <= 35 mm, e

comprimento > 30 m, em rolos

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 22,03

852540 Câmaras de vídeo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,42 20,94

860692Vagões abertos com paredes fixas de altura > 60 cm,

para vias férreas0,14 0,00 0,00 0,00 0,01 27,34

860691Vagões cobertos e fechados, para transporte de

mercadorias em vias férreas0,00 0,00 0,00 3,66 0,00 7,35

Tabela 16 - Maiores Reduções na Pauta de Importação

Page 65: Vinícius Silvestrin Pantoja

65

0101

Agricultura, silvicultura, exploração

florestal

0324

Máquinas e equipamentos,

inclusive manutenção e reparos

0102

Pecuária e pesca

0325

Eletrodomésticos

0201

Petróleo e gás natural

0326

Máquinas para escritório e

equipamentos de informática

0202

Minério de ferro

0327

Máquinas, aparelhos e materiais

elétricos

0203

Outros da indústria extrativa

0328

Material eletrônico e equipamentos

de comunicações

0301

Alimentos e Bebidas

0329

Aparelhos/instrumentos médico-

hospitalar, medida e óptico

0302

Produtos do fumo

0330

Automóveis, camionetas e

utilitários

0303

Têxteis

0331

Caminhões e ônibus

0304

Artigos do vestuário e acessórios

0332

Peças e acessórios para veículos

automotores

0305

Artefatos de couro e calçados

0333

Outros equipamentos de

transporte

0306

Produtos de madeira - exclusive

móveis

0334

Móveis e produtos das indústrias

diversas

0307

Celulose e produtos de papel

0308

Jornais, revistas, discos

Tabela 17 - Nomenclatura

Au

tom

oto

res

Pri

rio

s e

De

riva

do

sM

an

ufa

tura

do

sP

rod

uto

s d

a M

ad

eir

a

Ma

qu

iná

rio

Page 66: Vinícius Silvestrin Pantoja

66

0309

Refino de petróleo e coque

0401

Eletricidade e gás, água, esgoto e

limpeza urbana

0310

Álcool

0501

Construção

0311

Produtos químicos

0601

Comércio

0312

Fabricação de resina e

elastômeros

0701

Transporte, armazenagem e

correio

0313

Produtos farmacêuticos

0801

Serviços de informação

0314

Defensivos agrícolas

0901

Intermediação financeira e seguros

0315

Perfumaria, higiene e limpeza

1001

Serviços imobiliários e aluguel

0316

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas

1101

Serviços de manutenção e

reparação

0317

Produtos e preparados químicos

diversos

1102

Serviços de alojamento e

alimentação

1103

Serviços prestados às empresas

0318

Artigos de borracha e plástico

1104

Educação mercantil

0319

Cimento

1105

Saúde mercantil

0320

Outros produtos de minerais não-

metálicos

1106

Outros serviços

1201

Educação pública

0321

Fabricação de aço e derivados

1202

Saúde pública

0322

Metalurgia de metais não-ferrosos

1203

Administração pública e

seguridade social

0323

Produtos de metal - exclusive

máquinas e equipamentos

Tabela 17 - Nomenclatura (continuação)

Se

rviç

os

Qu

ímic

os

Me

talu

rgia

Page 67: Vinícius Silvestrin Pantoja

67

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 2005

0101

Agricultura, silvicultura, exploração

florestal 11,39% 9,05% 7,37%

0306

Produtos de madeira - exclusive

móveis 0,74% 1,40% 2,57%

0102

Pecuária e pesca 0,28% 0,30% 0,12%0307

Celulose e produtos de papel 2,80% 2,93% 2,85%

0201

Petróleo e gás natural 8,45% 6,91% 3,51%0308

Jornais, revistas, discos 0,04% 0,07% 0,09%

0202

Minério de ferro 16,33% 8,36% 6,16%0309

Refino de petróleo e coque 3,66% 4,79% 4,15%

0203

Outros da indústria extrativa 1,26% 1,49% 1,07%0310

Álcool 0,58% 1,21% 0,65%

0301

Alimentos e Bebidas 17,89% 17,22% 17,27%0311

Produtos químicos 2,23% 2,14% 2,25%

0302

Produtos do fumo 1,12% 1,37% 1,41%0312

Fabricação de resina e elastômeros 1,27% 1,10% 1,52%

0303

Têxteis 1,04% 1,02% 1,44%0313

Produtos farmacêuticos 0,62% 0,54% 0,44%

0304

Artigos do vestuário e acessórios 0,08% 0,14% 0,30%0314

Defensivos agrícolas 0,20% 0,24% 0,22%

0305

Artefatos de couro e calçados 1,28% 1,85% 2,75%0315

Perfumaria, higiene e limpeza 0,33% 0,34% 0,34%

0316

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas 0,10% 0,12% 0,12%

0317

Produtos e preparados químicos

diversos 0,49% 0,66% 0,77%

Tabela 19 - Demanda Mundial (em proporção do total demandado no respectivo ano)

Page 68: Vinícius Silvestrin Pantoja

68

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 2005

0318

Artigos de borracha e plástico 1,31% 1,45% 1,45%

0401

Eletricidade e gás, água, esgoto e

l impeza urbana 0,22% 0,02% 0,00%

0319

Cimento 0,00% 0,03% 0,04%0501

Construção 0,00% 0,00% 0,00%

0320

Outros produtos de minerais não-

metálicos 0,75% 1,07% 1,53%0601

Comércio 0,00% 0,00% 0,00%

0321

Fabricação de aço e derivados 5,19% 6,98% 7,66%0701

Transporte, armazenagem e correio 0,00% 0,00% 0,00%

0322

Metalurgia de metais não-ferrosos 3,29% 3,54% 3,27%0801

Serviços de informação 0,00% 0,00% 0,00%

0323

Produtos de metal - exclusive

máquinas e equipamentos 0,81% 1,11% 1,07%0901

Intermediação financeira e seguros 0,00% 0,00% 0,00%

0324

Máquinas e equipamentos, inclusive

manutenção e reparos 4,12% 4,95% 5,60%1001

Serviços imobiliários e aluguel 0,00% 0,00% 0,00%

0325

Eletrodomésticos 0,12% 0,28% 0,47%

1101

Serviços de manutenção e

reparação 0,00% 0,00% 0,00%

0326

Máquinas para escritório e

equipamentos de informática 0,16% 0,21% 0,41%

1102

Serviços de alojamento e

alimentação 0,05% 0,06% 0,07%

0327

Máquinas, aparelhos e materiais

elétricos 1,33% 1,91% 1,64%1103

Serviços prestados às empresas 0,00% 0,00% 0,00%

0328

Material eletrônico e equipamentos de

comunicações 0,60% 1,44% 2,84%1104

Educação mercantil 0,00% 0,00% 0,00%

0329

Aparelhos/instrumentos médico-

hospitalar, medida e óptico 0,39% 0,43% 0,45%1105

Saúde mercantil 0,00% 0,00% 0,00%

0330

Automóveis, camionetas e util itários 2,64% 3,46% 5,33%1106

Outros serviços 0,00% 0,00% 0,00%

0331

Caminhões e ônibus 1,16% 1,77% 2,18%1201

Educação pública 0,00% 0,00% 0,00%

0332

Peças e acessórios para veículos

automotores 2,65% 3,17% 3,70%1202

Saúde pública 0,00% 0,00% 0,00%

0333

Outros equipamentos de transporte 2,47% 4,10% 3,76%

1203

Administração pública e

seguridade social 0,00% 0,00% 0,00%

0334

Móveis e produtos das indústrias

diversas 0,53% 0,78% 1,18%

Tabela 19 - Demanda Mundial (em proporção do total demandado no respectivo ano) - Continuação

Page 69: Vinícius Silvestrin Pantoja

69

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 20050101

Agricultura, silvicultura, exploração

florestal 8,90% 7,77% 6,87%0306

Produtos de madeira - exclusive móveis 0,62% 1,03% 1,74%

0102

Pecuária e pesca 2,17% 2,08% 1,97%0307

Celulose e produtos de papel 2,11% 2,18% 2,16%

0201

Petróleo e gás natural 6,49% 5,82% 3,94%0308

Jornais, revistas, discos 0,39% 0,38% 0,38%

0202

Minério de ferro 8,90% 4,81% 3,69%0309

Refino de petróleo e coque 5,08% 5,42% 4,94%

0203

Outros da indústria extrativa 1,22% 1,27% 1,04%0310

Álcool 0,53% 0,82% 0,54%

0301

Alimentos e Bebidas 11,21% 10,68% 10,59%0311

Produtos químicos 4,02% 3,90% 3,97%

0302

Produtos do fumo 0,56% 0,67% 0,68%0312

Fabricação de resina e elastômeros 1,32% 1,33% 1,59%

0303

Têxteis 0,88% 0,89% 1,17%0313

Produtos farmacêuticos 0,41% 0,36% 0,30%

0304

Artigos do vestuário e acessórios 0,08% 0,10% 0,18%0314

Defensivos agrícolas 0,73% 0,69% 0,64%

0305

Artefatos de couro e calçados 0,80% 1,13% 1,66%0315

Perfumaria, higiene e limpeza 0,27% 0,28% 0,28%

0316

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas 0,16% 0,18% 0,20%

0317

Produtos e preparados químicos diversos 0,63% 0,72% 0,78%

Tabela 21 - Impacto da Demanda Mundial (em proporção do total demandado no respectivo ano)

Page 70: Vinícius Silvestrin Pantoja

70

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 2005

0318

Artigos de borracha e plástico 1,88% 2,08% 2,18%

0401

Eletricidade e gás, água, esgoto e l impeza

urbana 3,46% 3,39% 3,39%

0319

Cimento 0,08% 0,10% 0,10%0501

Construção 0,24% 0,24% 0,21%0320

Outros produtos de minerais não-

metálicos 0,63% 0,80% 1,02%0601

Comércio 3,48% 3,59% 3,79%

0321

Fabricação de aço e derivados 4,67% 5,94% 6,44%0701

Transporte, armazenagem e correio 4,46% 4,16% 3,96%

0322

Metalurgia de metais não-ferrosos 2,25% 2,45% 2,33%0801

Serviços de informação 1,97% 1,90% 1,84%

0323

Produtos de metal - exclusive máquinas

e equipamentos 2,18% 2,42% 2,41%0901

Intermediação financeira e seguros 2,34% 2,26% 2,29%

0324

Máquinas e equipamentos, inclusive

manutenção e reparos 2,85% 3,19% 3,44%1001

Serviços imobiliários e aluguel 0,43% 0,41% 0,41%

0325

Eletrodomésticos 0,06% 0,14% 0,23%1101

Serviços de manutenção e reparação 0,19% 0,18% 0,17%

0326

Máquinas para escritório e

equipamentos de informática 0,09% 0,11% 0,20%1102

Serviços de alojamento e alimentação 0,37% 0,29% 0,26%0327

Máquinas, aparelhos e materiais

elétricos 1,24% 1,61% 1,57%1103

Serviços prestados às empresas 2,10% 2,06% 2,00%

0328

Material eletrônico e equipamentos de

comunicações 0,36% 0,78% 1,46%1104

Educação mercantil 0,03% 0,03% 0,03%

0329

Aparelhos/instrumentos médico-

hospitalar, medida e óptico 0,25% 0,28% 0,29%1105

Saúde mercantil 0,04% 0,04% 0,04%

0330

Automóveis, camionetas e util itários 1,32% 1,70% 2,57%1106

Outros serviços 0,31% 0,31% 0,32%

0331

Caminhões e ônibus 0,63% 0,93% 1,12%1201

Educação pública 0,00% 0,00% 0,00%0332

Peças e acessórios para veículos

automotores 2,53% 2,97% 3,51%1202

Saúde pública 0,00% 0,00% 0,00%

0333

Outros equipamentos de transporte 1,50% 2,42% 2,19%1203

Administração pública e seguridade social 0,24% 0,23% 0,23%0334

Móveis e produtos das indústrias

diversas 0,36% 0,49% 0,67%

Tabela 21 - Impacto da Demanda Mundial (em proporção do total demandado no respectivo ano) - Continuação

Page 71: Vinícius Silvestrin Pantoja

71

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 2005

0101

Agricultura, silvicultura, exploração

florestal 24,83% 32,33% 25,44% 0306Produtos de madeira - exclusive móveis 0,13% 0,57% 2,17%

0102

Pecuária e pesca 0,01% 0,00% 0,03% 0307Celulose e produtos de papel 3,15% 4,49% 4,21%

0201

Petróleo e gás natural 11,02% 10,30% 7,92% 0308Jornais, revistas, discos 0,00% 0,00% 0,02%

0202

Minério de ferro 44,67% 30,30% 26,11% 0309Refino de petróleo e coque 0,00% 0,00% 0,24%

0203

Outros da indústria extrativa 1,22% 2,22% 2,52% 0310Álcool 0,00% 0,01% 0,00%

0301

Alimentos e Bebidas 6,07% 6,28% 5,49% 0311Produtos químicos 0,23% 0,51% 0,77%

0302

Produtos do fumo 0,85% 2,22% 3,63% 0312Fabricação de resina e elastômeros 0,77% 0,50% 1,49%

0303

Têxteis 1,30% 0,22% 1,39% 0313Produtos farmacêuticos 0,08% 0,03% 0,02%

0304

Artigos do vestuário e acessórios 0,00% 0,01% 0,01% 0314Defensivos agrícolas 0,00% 0,01% 0,01%

0305

Artefatos de couro e calçados 0,78% 1,79% 2,74% 0315Perfumaria, higiene e limpeza 0,08% 0,04% 0,01%

0316

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas 0,01% 0,02% 0,07%

0317

Produtos e preparados químicos diversos 0,05% 0,15% 0,10%

Tabela 23 - Demanda Chinesa (em proporção do total demandado no respectivo ano)

Page 72: Vinícius Silvestrin Pantoja

72

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 2005

0318

Artigos de borracha e plástico 0,04% 0,14% 0,18%

0401

Eletricidade e gás, água, esgoto e l impeza

urbana 0,00% 0,00% 0,00%

0319

Cimento 0,00% 0,00% 0,00%0501

Construção 0,00% 0,00% 0,00%

0320

Outros produtos de minerais não-metálicos 0,08% 0,09% 0,09%0601

Comércio 0,00% 0,00% 0,00%

0321

Fabricação de aço e derivados 1,55% 3,10% 7,81%0701

Transporte, armazenagem e correio 0,00% 0,00% 0,00%

0322

Metalurgia de metais não-ferrosos 0,54% 0,43% 1,05%0801

Serviços de informação 0,00% 0,00% 0,00%

0323

Produtos de metal - exclusive máquinas e

equipamentos 0,04% 0,12% 0,37%0901

Intermediação financeira e seguros 0,00% 0,00% 0,00%

0324

Máquinas e equipamentos, inclusive

manutenção e reparos 0,49% 1,24% 2,53%1001

Serviços imobiliários e aluguel 0,00% 0,00% 0,00%

0325

Eletrodomésticos 0,00% 0,00% 0,00%1101

Serviços de manutenção e reparação 0,00% 0,00% 0,00%

0326

Máquinas para escritório e equipamentos

de informática 0,02% 0,04% 0,02%1102

Serviços de alojamento e alimentação 0,00% 0,00% 0,00%

0327

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 0,09% 0,20% 0,46%1103

Serviços prestados às empresas 0,00% 0,00% 0,00%

0328

Material eletrônico e equipamentos de

comunicações 0,14% 0,31% 0,57%1104

Educação mercantil 0,00% 0,00% 0,00%

0329

Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar,

medida e óptico 0,06% 0,09% 0,17%1105

Saúde mercantil 0,00% 0,00% 0,00%

0330

Automóveis, camionetas e util itários 0,00% 0,00% 0,42%1106

Outros serviços 0,00% 0,00% 0,00%

0331

Caminhões e ônibus 0,00% 0,04% 0,10%1201

Educação pública 0,00% 0,00% 0,00%

0332

Peças e acessórios para veículos

automotores 0,17% 0,62% 1,56%1202

Saúde pública 0,00% 0,00% 0,00%

0333

Outros equipamentos de transporte 1,42% 1,52% 0,23%1203

Administração pública e seguridade social 0,00% 0,00% 0,00%

0334

Móveis e produtos das indústrias diversas 0,07% 0,03% 0,06%

Tabela 23 - Demanda Chinesa (em proporção do total demandado no respectivo ano) - Continuação

Page 73: Vinícius Silvestrin Pantoja

73

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 20050101

Agricultura, silvicultura, exploração

florestal 15,18% 19,69% 16,01%0306

Produtos de madeira - exclusive móveis 0,21% 0,52% 1,54%

0102

Pecuária e pesca 0,92% 0,98% 0,89%0307

Celulose e produtos de papel 2,40% 3,24% 3,08%

0201

Petróleo e gás natural 7,70% 7,20% 5,82%0308

Jornais, revistas, discos 0,50% 0,44% 0,43%

0202

Minério de ferro 25,22% 17,20% 14,79%0309

Refino de petróleo e coque 3,97% 3,75% 3,68%

0203

Outros da indústria extrativa 1,44% 1,86% 1,99%0310

Álcool 0,22% 0,25% 0,22%

0301

Alimentos e Bebidas 4,63% 4,84% 4,27%0311

Produtos químicos 3,22% 3,97% 4,03%

0302

Produtos do fumo 0,46% 1,19% 1,90%0312

Fabricação de resina e elastômeros 0,78% 0,68% 1,26%

0303

Têxteis 1,04% 0,46% 1,22%0313

Produtos farmacêuticos 0,14% 0,13% 0,10%

0304

Artigos do vestuário e acessórios 0,04% 0,04% 0,04%0314

Defensivos agrícolas 0,95% 1,24% 1,04%

0305

Artefatos de couro e calçados 0,53% 1,20% 1,79%0315

Perfumaria, higiene e limpeza 0,13% 0,12% 0,11%

0316

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas 0,08% 0,10% 0,14%0317

Produtos e preparados químicos

diversos 0,35% 0,45% 0,45%

Tabela 25 - Impacto da Demanda Chinesa (em proporção do impacto total no seu respectivo ano)

Page 74: Vinícius Silvestrin Pantoja

74

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 2005

0318

Artigos de borracha e plástico 0,87% 1,00% 1,07%

0401

Eletricidade e gás, água, esgoto e

l impeza urbana 3,10% 3,00% 3,25%

0319

Cimento 0,06% 0,06% 0,05%0501

Construção 0,24% 0,23% 0,21%0320

Outros produtos de minerais não-

metálicos 0,22% 0,25% 0,27%0601

Comércio 3,01% 3,15% 3,21%

0321

Fabricação de aço e derivados 1,78% 2,77% 5,62%0701

Transporte, armazenagem e correio 5,47% 4,92% 4,77%

0322

Metalurgia de metais não-ferrosos 0,66% 0,66% 1,11%0801

Serviços de informação 2,40% 2,12% 2,06%

0323

Produtos de metal - exclusive máquinas

e equipamentos 1,51% 1,55% 1,82%0901

Intermediação financeira e seguros 2,72% 2,51% 2,54%

0324

Máquinas e equipamentos, inclusive

manutenção e reparos 1,28% 1,54% 2,19%1001

Serviços imobiliários e aluguel 0,47% 0,44% 0,43%

0325

Eletrodomésticos 0,01% 0,01% 0,01%1101

Serviços de manutenção e reparação 0,23% 0,20% 0,20%

0326

Máquinas para escritório e

equipamentos de informática 0,02% 0,03% 0,02%1102

Serviços de alojamento e alimentação 0,71% 0,52% 0,47%0327

Máquinas, aparelhos e materiais

elétricos 0,43% 0,51% 0,68%1103

Serviços prestados às empresas 2,19% 2,02% 1,96%

0328

Material eletrônico e equipamentos de

comunicações 0,11% 0,20% 0,34%1104

Educação mercantil 0,04% 0,03% 0,03%

0329

Aparelhos/instrumentos médico-

hospitalar, medida e óptico 0,07% 0,09% 0,14%1105

Saúde mercantil 0,04% 0,04% 0,04%

0330

Automóveis, camionetas e util itários 0,01% 0,02% 0,24%1106

Outros serviços 0,29% 0,29% 0,29%

0331

Caminhões e ônibus 0,03% 0,06% 0,08%1201

Educação pública 0,00% 0,00% 0,00%0332

Peças e acessórios para veículos

automotores 0,63% 0,90% 1,54%1202

Saúde pública 0,00% 0,00% 0,00%

0333

Outros equipamentos de transporte 0,95% 1,01% 0,19%

1203

Administração pública e seguridade

social 0,26% 0,24% 0,24%0334

Móveis e produtos das indústrias

diversas 0,11% 0,10% 0,14%

Tabela 25 - Impacto da Demanda Chinesa (em proporção do impacto total no seu respectivo ano) - Continuação

Page 75: Vinícius Silvestrin Pantoja

75

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 2005

0101

Agricultura, silvicultura, exploração

florestal 0,09 0,07 0,07

0306

Produtos de madeira - exclusive

móveis 0,01 0,02 0,03

0102

Pecuária e pesca 0,00 0,00 0,000307

Celulose e produtos de papel 0,03 0,03 0,03

0201

Petróleo e gás natural 0,09 0,07 0,030308

Jornais, revistas, discos 0,00 0,00 0,00

0202

Minério de ferro 0,11 0,07 0,050309

Refino de petróleo e coque 0,05 0,06 0,05

0203

Outros da indústria extrativa 0,01 0,02 0,010310

Álcool 0,01 0,01 0,01

0301

Alimentos e Bebidas 0,22 0,20 0,190311

Produtos químicos 0,03 0,02 0,03

0302

Produtos do fumo 0,01 0,01 0,01

0312

Fabricação de resina e

elastômeros 0,02 0,01 0,02

0303

Têxteis 0,01 0,01 0,020313

Produtos farmacêuticos 0,01 0,01 0,00

0304

Artigos do vestuário e acessórios 0,00 0,00 0,000314

Defensivos agrícolas 0,00 0,00 0,00

0305

Artefatos de couro e calçados 0,02 0,02 0,030315

Perfumaria, higiene e limpeza 0,00 0,00 0,00

0316

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas 0,00 0,00 0,00

0317

Produtos e preparados químicos

diversos 0,01 0,01 0,01

Tabela 27 - Demanda do Resto do Mundo (em proporção da demanda total no seu respectivo ano)

Page 76: Vinícius Silvestrin Pantoja

76

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 2005

0318

Artigos de borracha e plástico 0,02 0,02 0,02

0401

Eletricidade e gás, água, esgoto e

l impeza urbana 0,00 0,00 0,00

0319

Cimento 0,00 0,00 0,000501

Construção 0,00 0,00 0,00

0320

Outros produtos de minerais não-

metálicos 0,01 0,01 0,020601

Comércio 0,00 0,00 0,00

0321

Fabricação de aço e derivados 0,07 0,08 0,080701

Transporte, armazenagem e correio 0,00 0,00 0,00

0322

Metalurgia de metais não-ferrosos 0,04 0,04 0,040801

Serviços de informação 0,00 0,00 0,00

0323

Produtos de metal - exclusive

máquinas e equipamentos 0,01 0,01 0,01

0901

Intermediação financeira e

seguros 0,00 0,00 0,00

0324

Máquinas e equipamentos, inclusive

manutenção e reparos 0,05 0,06 0,061001

Serviços imobiliários e aluguel 0,00 0,00 0,00

0325

Eletrodomésticos 0,00 0,00 0,01

1101

Serviços de manutenção e

reparação 0,00 0,00 0,00

0326

Máquinas para escritório e

equipamentos de informática 0,00 0,00 0,00

1102

Serviços de alojamento e

alimentação 0,00 0,00 0,00

0327

Máquinas, aparelhos e materiais

elétricos 0,02 0,02 0,021103

Serviços prestados às empresas 0,00 0,00 0,00

0328

Material eletrônico e equipamentos

de comunicações 0,01 0,02 0,031104

Educação mercantil 0,00 0,00 0,00

0329

Aparelhos/instrumentos médico-

hospitalar, medida e óptico 0,01 0,00 0,001105

Saúde mercantil 0,00 0,00 0,00

0330

Automóveis, camionetas e util itários 0,04 0,04 0,061106

Outros serviços 0,00 0,00 0,00

0331

Caminhões e ônibus 0,02 0,02 0,021201

Educação pública 0,00 0,00 0,00

0332

Peças e acessórios para veículos

automotores 0,03 0,04 0,041202

Saúde pública 0,00 0,00 0,00

0333

Outros equipamentos de transporte 0,03 0,05 0,04

1203

Administração pública e

seguridade social 0,00 0,00 0,00

0334

Móveis e produtos das indústrias

diversas 0,01 0,01 0,01

Tabela 27 - Demanda do Resto do Mundo (em proporção da demanda total no seu respectivo ano) - Continuação

Page 77: Vinícius Silvestrin Pantoja

77

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 2005

0101

Agricultura, silvicultura, exploração

florestal 0,08 0,07 0,06

0306

Produtos de madeira - exclusive

móveis 0,01 0,01 0,02

0102

Pecuária e pesca 0,02 0,02 0,02

0307

Celulose e produtos de papel 0,02 0,02 0,02

0201

Petróleo e gás natural 0,06 0,06 0,04

0308

Jornais, revistas, discos 0,00 0,00 0,00

0202

Minério de ferro 0,06 0,04 0,03

0309

Refino de petróleo e coque 0,05 0,06 0,05

0203

Outros da indústria extrativa 0,01 0,01 0,01

0310

Álcool 0,01 0,01 0,01

0301

Alimentos e Bebidas 0,12 0,11 0,11

0311

Produtos químicos 0,04 0,04 0,04

0302

Produtos do fumo 0,01 0,01 0,01

0312

Fabricação de resina e elastômeros 0,01 0,01 0,02

0303

Têxteis 0,01 0,01 0,01

0313

Produtos farmacêuticos 0,00 0,00 0,00

0304

Artigos do vestuário e acessórios 0,00 0,00 0,00

0314

Defensivos agrícolas 0,01 0,01 0,01

0305

Artefatos de couro e calçados 0,01 0,01 0,02

0315

Perfumaria, higiene e limpeza 0,00 0,00 0,00

0316

Tintas, vernizes, esmaltes e lacas 0,00 0,00 0,00

0317

Produtos e preparados químicos

diversos 0,01 0,01 0,01

Tabela 29 - Impacto da Demanda do Resto do Mundo (em proporção da demanda total no seu respectivo ano)

Page 78: Vinícius Silvestrin Pantoja

78

Atividades 2011 2008 2005 Atividades 2011 2008 2005

0318

Artigos de borracha e plástico 0,02 0,02 0,02

0401

Eletricidade e gás, água, esgoto e

limpeza urbana 0,04 0,03 0,03

0319

Cimento 0,00 0,00 0,00

0501

Construção 0,00 0,00 0,00

0320

Outros produtos de minerais não-

metálicos 0,01 0,01 0,01

0601

Comércio 0,04 0,04 0,04

0321

Fabricação de aço e derivados 0,05 0,06 0,06

0701

Transporte, armazenagem e correio 0,04 0,04 0,04

0322

Metalurgia de metais não-ferrosos 0,03 0,03 0,02

0801

Serviços de informação 0,02 0,02 0,02

0323

Produtos de metal - exclusive

máquinas e equipamentos 0,02 0,02 0,02

0901

Intermediação financeira e seguros 0,02 0,02 0,02

0324

Máquinas e equipamentos,

inclusive manutenção e reparos 0,03 0,03 0,04

1001

Serviços imobiliários e aluguel 0,00 0,00 0,00

0325

Eletrodomésticos 0,00 0,00 0,00

1101

Serviços de manutenção e reparação 0,00 0,00 0,00

0326

Máquinas para escritório e

equipamentos de informática 0,00 0,00 0,00

1102

Serviços de alojamento e alimentação 0,00 0,00 0,00

0327

Máquinas, aparelhos e materiais

elétricos 0,01 0,02 0,02

1103

Serviços prestados às empresas 0,02 0,02 0,02

0328

Material eletrônico e equipamentos

de comunicações 0,00 0,01 0,02

1104

Educação mercantil 0,00 0,00 0,00

0329

Aparelhos/instrumentos médico-

hospitalar, medida e óptico 0,00 0,00 0,00

1105

Saúde mercantil 0,00 0,00 0,00

0330

Automóveis, camionetas e

utilitários 0,02 0,02 0,03

1106

Outros serviços 0,00 0,00 0,00

0331

Caminhões e ônibus 0,01 0,01 0,01

1201

Educação pública 0,00 0,00 0,00

0332

Peças e acessórios para veículos

automotores 0,03 0,03 0,04

1202

Saúde pública 0,00 0,00 0,00

0333

Outros equipamentos de transporte 0,02 0,03 0,02

1203

Administração pública e seguridade

social 0,00 0,00 0,00

0334

Móveis e produtos das indústrias

diversas 0,00 0,01 0,01

Tabela 29 - Impacto da Demanda do Resto do Mundo (em proporção da demanda total no seu respectivo ano) - Continuação

Page 79: Vinícius Silvestrin Pantoja

79

Código SH2 Descrição 2011 2010 2009 2008 2007

17 Açúcares e produtos de confeitaria 19,98 21,77 20,07 14,05 15,04

12

Sementes e frutos oleaginosos;

grãos, sementes e frutos diversos;

plantas industriais ou medicinais;

palhas e forragens

14,18 12,27 15,94 14,01 13,51

9 Café, chá, mate e especiarias 11,47 10,89 10,54 10,77 11,61

2 Carnes e miudezas, comestíveis 8,30 9,09 8,99 10,06 10,54

26 Minérios, escórias e cinzas 11,88 11,85 9,80 10,27 8,59

47

Pastas de madeira ou de outras

matérias fibrosas celulósicas; papel

ou cartão de reciclar (desperdícios e

aparas)

6,82 7,76 8,51 7,65 7,10

23

Resíduos e desperdícios das

indústrias alimentares; alimentos

preparados para animais

6,46 6,59 7,60 7,05 6,79

24Fumo (tabaco) e seus sucedâneos

manufaturados5,07 5,81 6,97 6,28 6,46

41Peles, exceto a peleteria (peles com

pêlo), e couros4,44 4,32 4,50 5,24 5,96

20

Preparações de produtos hortícolas,

de frutas ou de outras partes de

plantas

3,31 3,11 3,28 3,61 4,74

16

Preparações de carne, de peixes ou

de crustáceos, de moluscos ou de

outros invertebrados aquáticos

2,66 2,91 3,77 4,25 4,00

5

Outros produtos de origem animal,

não especificados nem

compreendidos em outros capítulos

4,08 4,71 4,74 4,20 3,95

15

Gorduras e óleos animais ou

vegetais; Produtos da sua

dissociação; Gorduras alimentares

elaboradas; Ceras de origem animal

ou vegetal

1,66 1,53 1,80 2,70 2,72

68

Obras de pedra, gesso, cimento,

amianto, mica ou de matérias

semelhantes

1,67 2,01 1,97 1,97 2,61

10 Cereais 2,45 2,32 1,71 1,50 2,42

Tabela 30 - Vantagem Comparativa Revelada Brasil

Page 80: Vinícius Silvestrin Pantoja

80

Código SH2 Descrição 2011 2010 2009 2008 2007

13Gomas, resinas e outros sucos e extratos

vegetais0,88 1,07 1,09 1,16 1,09

18 Cacau e suas preparações 0,68 0,81 0,83 0,98 1,14

53Outras fibras têxteis vegetais; fios de papel e

tecidos de fio de papel0,81 0,81 0,97 1,20 1,22

40 Borracha e suas obras 0,79 0,93 1,07 1,13 1,25

8 Frutas; cascas de cítricos e de melões 0,72 0,85 0,97 1,09 1,28

69 Produtos cerâmicos 0,62 0,71 0,84 1,00 1,30

80 Estanho e suas obras 0,80 0,36 0,87 1,27 1,35

76 Alumínio e suas obras 0,70 0,88 1,19 1,34 1,65

64Calçados, polainas e artefatos semelhantes,

e suas partes0,93 1,27 1,45 1,78 2,12

Tabela 32 - Produtos com RCA > 1 em 2007 mas não em 2011

Page 81: Vinícius Silvestrin Pantoja

81

Código SH2 Descrição 2011 2010 2009 2008 2007

13 Gomas, resinas e outros sucos e extratos vegetais 0,88 1,07 1,09 1,16 1,09

18 Cacau e suas preparações 0,68 0,81 0,83 0,98 1,14

53Outras fibras têxteis vegetais; fios de papel e

tecidos de fio de papel0,81 0,81 0,97 1,20 1,22

40 Borracha e suas obras 0,79 0,93 1,07 1,13 1,25

8 Frutas; cascas de cítricos e de melões 0,72 0,85 0,97 1,09 1,28

69 Produtos cerâmicos 0,62 0,71 0,84 1,00 1,30

80 Estanho e suas obras 0,80 0,36 0,87 1,27 1,35

76 Alumínio e suas obras 0,70 0,88 1,19 1,34 1,65

64Calçados, polainas e artefatos semelhantes, e suas

partes0,93 1,27 1,45 1,78 2,12

Tabela 33 - Produtos com RCA<1 em 2011 e RCA>1 em 2007

Código SH Descrição 2011 2007 Código SH Descrição 2011 2007

64Calçados, polainas e artefatos semelhantes, e suas

partes1.498,77 2.038,06 6403

Calçado com sola exterior de borracha,

plástico, couro natural ou reconstituído e

parte superior de couro natural

735,95 1.397,93

6401

Calçado impermeável de sola exterior e parte superior

de borracha ou plástico, em que a parte superior não

tenha sido reunida à sola exterior por costura ou por

meio de rebites, pregos, parafusos, espigões ou

dispositivos semelhantes, nem formada por dife

4,67 9,30 640312

Calçados para esqui e para surfe de

neve, parte superior de couro natural -

sapatos

0,00 0,00

6402Outro calçado com sola exterior e parte superior de

borracha ou plástico475,06 362,74 640319

Calçados para outros esportes, parte

superior de couro natural - sapatos1,79 7,39

640219Calçados para outros esportes, de borracha ou

plástico - sapatos8,36 26,93 640320

Calçados com sola exterior de couro

natural e parte superior constituída por

tiras de couro natural, passando

pelopeito do pé e envolvendo o dedo

grande - sapatos

0,27 2,08

640220

Calçados de borracha ou plástico, com parte superior

em tiras ou correias, com saliências (espigões) que

se encaixam na sola - sapatos

175,23 147,28 640330calçados de couro natural, c/sola

madeira, s/palmilha, etc0,00 0,41

640291Outros calçados de borracha ou plástico, cobrindo o

tornozelo - sapatos12,74 24,23 640340

Outros calçados com biqueira protetora

de metal, parte superior de couro natural

- sapatos

9,33 6,51

640299 Outros calçados de borracha ou plástico - sapatos 278,73 164,29 640351

Outros calçados, com sola exterior de

couro natural, cobrindo o tornozelo, parte

superior de couro natural - sapatos

14,58 18,02

6404

Calçado com sola exterior de borracha, plástico,

couro natural ou reconstituído e parte superior de

matérias têxteis

64,07 125,55 640359

Outros calçados, com sola exterior de

couro natural, parte superior de couro

natural - sapatos

79,60 138,64

6405 Outros calçados 16,47 16,24 640391Outros calçados, cobrindo o tornozelo,

parte superior de couro natural - sapatos114,75 186,90

6406

Partes de calçado (incluídas as partes superiores,

mesmo fixadas a solas que não sejam as solas

exteriores); palmilhas amovíveis; reforços interiores e

artefactos semelhantes amovíveis; polainas, perneiras

e artefactos semelhantes, e suas partes

202,55 126,31 640399Outros calçados, parte superior de couro

natural - sapatos515,63 1.037,97

Tabela 34 - Calçados

Page 82: Vinícius Silvestrin Pantoja

82

Código

SH6Descrição do SH6 RCA 2011

US$

milhões

em 2011

720293 Ferronióbio 57,64 1.840,94

170111Açúcar de cana, em bruto, sem adição

de aromatizantes ou de corantes45,65 11.548,79

21099

Carnes de outros animais,

comestíveis, salgadas, secas ou

defumadas; miudezas, farinhas e pós

37,74 631,68

20712

Carnes de galos e galinhas da espécie

doméstica não cortadas em pedaços,

congeladas

37,27 2.606,43

720120Ferro fundido bruto não ligado,

contendo, em peso > 0,5% de fósforo37,06 4,37

90300 Mate 36,00 60,99

251612Granito, cortado em blocos ou placas

de forma quadrada ou retangular35,56 231,31

560721

Cordéis de sisal ou de outras fibras

têxteis do gênero agave, para

atadeiras ou enfardadeiras

35,30 43,30

320120 Extrato tanante de mimosa 34,27 54,09

152110Ceras vegetais, mesmo refinadas ou

coradas (exceto triglicerídeos)33,65 108,11

200911Sucos de laranjas, congelados, não

fermentados31,23 887,67

420600Obras de tripa, de baudruches, de

bexiga ou de tendões29,23 15,86

200919Outros sucos de laranjas, não

fermentados28,18 1.075,66

470329

Pasta química de madeira de não

conífera, à soda ou sulfato,

semibranqueada ou branqueada -

celulose

24,54 4.605,11

120100 Soja, mesmo triturada 24,27 16.327,29

Tabela 35 - Vantagem Comparativa Revelada Brasil Exportação HS6

Page 83: Vinícius Silvestrin Pantoja

83

2011 2010 2009 2008 2007

46 Obras de espartaria ou de cestaria 6,86 6,68 7,28 8,34 7,72

66

Guarda-chuvas, sombrinhas, guarda-sóis,

Bengalas, bengalas-assentos, chicotes,

rebenques e suas partes

7,40 7,24 7,11 7,26 7,24

67Penas e penugem preparadas, e suas obras;

flores artificiais; Obras de cabelo6,69 6,21 6,34 6,23 6,05

50 Seda 4,90 4,82 4,76 4,56 4,80

65Chapéus e artefatos semelhantes, e suas

partes4,48 4,29 4,28 4,39 4,17

61 Vestuário e seus acessórios, de malha 3,59 3,49 3,45 3,73 4,03

58Tecidos especiais; tecidos tufados; rendas;

tapeçarias; passamanarias; bordados3,40 3,15 3,44 4,26 3,89

63

Outros artefatos têxteis confeccionados;

sortidos; Artefatos de matérias têxteis,

calçados, chapéus e artefatos de uso

semelhante, usados; trapos

3,88 3,90 4,05 4,13 3,77

95Brinquedos, jogos, artigos para divertimento

ou para esporte; Suas partes e acessórios3,47 3,27 3,18 3,66 3,67

42

Obras de Couro; artigos de correeiro ou de

seleiro; artigos de viagem, bolsas e artefatos

semelhantes; obras de tripa

3,90 3,83 3,60 3,78 3,64

64Calçados, polainas e artefatos semelhantes,

e suas partes3,50 3,53 3,50 3,61 3,47

86

Veículos e material para vias férreas ou

semelhantes, e suas partes; aparelhos

mecânicos (incluídos os eletromecânicos) de

sinalização para vias de comunicação

3,20 2,55 1,15 3,06 3,34

62Vestuário e seus acessórios, exceto de

malha3,02 3,07 3,06 3,21 3,15

96 Obras diversas 3,24 3,08 3,07 3,19 2,82

60 Tecidos de malha 3,32 3,15 3,02 2,86 2,68

Tabela 36 - Vantagem comparativa China SH 2

Page 84: Vinícius Silvestrin Pantoja

84

2011 2007

283719 Outros cianetos e oxicianetos 6,39 0,97

731520

Correntes antiderrapantes, de ferro fundido,

ferro ou aço 6,30 0,96

711510 Telas ou grades catalisadoras, de platina 6,13 0,68

290341 Triclorofluormetano 5,61 0,86

711411

Artefatos de ourivesaria e suas partes, de

prata, mesmo revestida, folheada ou

chapeada de outros metais preciosos - jóias 5,59 0,16

722860

Outras barras de outras ligas de aços -

siderúrgicos 5,54 0,43

310490

Outros adubos ou fertilizantes minerais ou

químicos potássicos 5,50 0,12

521011

Tecido de algodão cru, com fibras sintéticas

ou artificiais, em ponto de tafetá, contendo

< 85% em peso de algodão, com peso <= 200

g/m2 5,35 0,79

550130 Cabos acrílicos ou modacrílicos 4,57 0,00

441231

Madeira compensada, constituída por folhas

de madeira (exceto bambu), cada uma das

quais de espessura não superior a 6 mm,

com pelo menos uma face de madeira

tropicais 4,56 0,90

590390

Outros tecidos impregnados, revestidos,

recobertos ou estratificados com plásticos 4,30 0,25

691410 Outras obras de porcelana 4,13 0,92

283340 Peroxossulfatos (persulfatos) 3,98 0,95

90620

Canela e flores de caneleira, trituradas ou

em pó 3,86 0,94

660320

Armações montadas, mesmo com hastes ou

cabos, para guarda-chuvas, sobrinhas ou

guarda-sóis 3,86 0,77

Tabela 37 - Novos Bens com Vantagem Comparativa Rrevelada

Page 85: Vinícius Silvestrin Pantoja

85

Código SH6 Descrição 2011 2007

293050 Captafol e Metamidofós 0,00 8,68

611239

Shorts e sungas, de banho, de malha, de outras

matérias têxteis, de uso masculino 0,00 8,33

284510 Água Pesada (óxido de deutério) 0,00 7,30

381111

Preparações antedetonantes para combustíveis à

base de composto de chumbo 0,00 4,66

292412 Fluoroacetamida, fosfamidona e monocrotofós 0,00 4,56

720250 Ferrossilício-cromo 0,00 3,73

722710

Fio-máquina de aços de corte rápido -

siderúrgicos 0,00 3,58

721020

Produtos laminados planos, de ferro ou aços não

ligados, de largura => 600 mm, revestidos de

chumbo, incluídos os revestidos de chumbo-

estanho - siderúrgicos 0,00 3,33

290362 Hexaclorobenzeno e DDT 0,00 3,26

640691 Outras partes de calçados, de madeira - sapatos 0,00 2,86

847030 Outras máquinas de calcular 0,00 2,80

290346

Bromoclorodifluormetano, bromotrifluormetano

e dibromotetrafluoretanos 0,00 2,79

391310

Ácido algínico, seus sais e ésteres, em forma

primária 0,00 2,79

910390

Outros despertadores e outros relógios, com

maquinismo de pequeno volume 0,00 2,55

720719

Outros produtos semimanufaturados, de ferro

ou aços, não ligados, contendo, em peso, < 0,25%

de carbono - siderúrgicos 0,00 2,33

Tabela 38 - Maiores perdas de RCA

Page 86: Vinícius Silvestrin Pantoja

86

Código

SH6 Descrição do SH6

RCA

Brasil

RCA

China

Valor total importado

pela China (US$

milhões)

Valor exportado pelo

Brasil para a China

(US$ milhões)

270900

Óleos brutos de petróleo ou de

minerais betuminosos 1,224 0,046 196.770,60 4.883,73

260300

Minérios de cobre e seus

concentrados 2,211 0,000 15.338,99 174,60

390210

Polipropileno, em forma

primária 1,334 0,030 5.877,84 116,73

390120

Polietileno de densidade =>

0,94, em forma primária 1,651 0,027 4.924,85 48,40

260400

Minérios de níquel e seus

concentrados 1,912 0,000 4.905,36 0,00

840991

Outras partes exclusiva ou

principalmente destinadas aos

motores de pistão, de ignição

por centelha 1,155 0,303 2.994,13 21,79

840734

Motores de pistão alternativo,

de ignição por centelha, para

propulsão de veículos do

capítulo 87, de cilindrada >

1.000 cm3 1,127 0,241 2.863,90 0,00

290122

Propeno (propileno) não

saturado 1,789 0,000 2.567,14 10,39

390110

Polietileno de densidade <

0,94, em forma primária 1,723 0,015 2.418,29 90,82

390230

Copolímeros de propileno, em

formas primárias 1,083 0,005 1.745,95 23,96

Tabela 39 - Potenciais de Exportação do Brasil

Page 87: Vinícius Silvestrin Pantoja

87

Código

SH6 Descrição do SH6

RCA

Brasil

RCA

China

Importações

Brasileiras Totais

(US$ milhões)

Importações de

produtos chineses

(US$ milhões)

701990 Outras obras de fibras de vidro 0,04 1,26 3.340,48 2,97

580421

Rendas de fibras sintéticas ou

artificiais, de fabricação

mecânica 0,02 2,85 2.155,59 8,70

521139

Outros tecidos de algodão

tinto, com fibras sintéticas ou

artificiais, contendo < 85% em

peso de algodão, com peso >

200 g/m2 0,13 1,94 2.043,51 1,44

820810

Facas e lâminas cortantes,

para máquinas ou aparelhos

mecânicos, para trabalhar

metais, de metais comuns 0,03 1,67 1.727,89 0,23

900490

Óculos para correção,

proteção ou outros fins, e

artigos semelhantes 0,01 3,40 1.350,22 16,13

120799Outras sementes e frutos

oleaginosos, mesmo triturados 0,03 1,87 1.320,42 0,57

283699

Outros carbonatos e

peroxocarbonatos

(percarbonatos) 0,23 1,68 964,67 8,86

950661Bolas de tênis, exceto tênis

de mesa 0,00 2,34 936,64 0,95

731442

Outras telas metálicas, grades

e redes, de fios de ferro ou

aço, recobertas de plásticos 0,05 2,32 801,94 0,53

732394

Outros artefatos de uso

doméstico e suas partes, de

ferro ou aço, esmaltados 0,01 2,63 717,43 4,80

Tabela 40 - Importações Potenciais pelo Brasil

Page 88: Vinícius Silvestrin Pantoja

88

SH2 Descrição SH2 Descrição

01 Animais vivos 26 Minérios, escórias e cinzas

02 Carnes e miudezas, comestíveis 27

Combustíveis minerais, óleos Minerais e produtos da

sua destilação; Matérias betuminosas; Ceras

Minerais

03

Peixes e crustáceos, moluscos e outros invertebrados

aquáticos 28

Produtos químicos inorgânicos; Compostos

Inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de

elementos radioativos, de metais de terras raras ou

de isótopos

04

Leite e laticínios; Ovos de aves; Mel natural; Produtos

comestíveis de origem animal, não especificados

nem compreendidos em outros capítulos 29 Produtos químicos orgânicos

05

Outros produtos de origem animal, não especificados

nem compreendidos em outros capítulos 30 Produtos farmacêuticos

06 Plantas vivas e produtos de floricultura 31 Adubos ou fertilizantes

07

Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos,

comestíveis 32

Extratos tanantes e tintoriais; taninos e seus

derivados; pigmentos e outras matérias corantes;

tintas e vernizes; mástiques; tintas de escrever

08 Frutas; cascas de cítricos e de melões 33

Óleos essenciais e resinóides; Produtos de

perfumaria ou de toucador preparados e preparações

cosméticas

09 Café, chá, mate e especiarias 34

Sabões, agentes orgânicos de superfície, preparações

para lavagem, preparações lubrificantes, ceras

artificiais, ceras preparadas, produtos de

conservação e limpeza, velas e artigos semelhantes,

massas ou pastas para modelar, "ceras" para

dentistas e Comp

10 Cereais 35

Materias albuminóides; Produtos à base de amidos

ou de féculas modificados; Colas; Enzimas

11

Produtos da indústria de moagem; malte; amidos e

féculas; inulina; glúten de trigo 36

Pólvoras e explosivos; Artigos de pirotecnia; Fósforos,

ligas pirofóricas; Matérias inflamáveis

12

Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e

frutos diversos; plantas industriais ou medicinais;

palhas e forragens 37 Produtos para fotografia e cinematografia

13 Gomas, resinas e outros sucos e extratos vegetais 38 Produtos diversos das indústrias químicas

14

Matérias para entrançar outros produtos de origem

vegetal e prodorigvegetal, não especificados nem

compreendidos em outros capítulos 39 Plásticos e suas obras

15

Gorduras e óleos animais ou vegetais; Produtos da

sua dissociação; Gorduras alimentares elaboradas;

Ceras de origem animal ou vegetal 40 Borracha e suas obras

16

Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, de

moluscos ou de outros invertebrados aquáticos 41 Peles, exceto a peleteria (peles com pêlo), e couros

17 Açúcares e produtos de confeitaria 42

Obras de Couro; artigos de correeiro ou de seleiro;

artigos de viagem, bolsas e artefatos semelhantes;

obras de tripa

18 Cacau e suas preparações 43

Peleteria (peles com pêlo) e suas obras; Peleteria

(peles com pêlo) artificial

19

Preparações à base de cereais, farinhas, amidos,

féculas ou de leite; Produtos de pastelaria 44 Madeira, carvão vegetal e obras de madeira

20

Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de

outras partes de plantas 45 Cortiça e suas obras

21 Preparações alimentícias diversas 46 Obras de espartaria ou de cestaria

22 Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres 47

Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas

celulósicas; papel ou cartão de reciclar (desperdícios

e aparas)

23

Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares;

alimentos preparados para animais 48

Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de papel

ou de cartão

24 Fumo (tabaco) e seus sucedâneos manufaturados 49

Livros, jornais, gravuras e outros produtos das

indústrias gráficas; textos manuscritos ou

datilografados, planos e plantas

25 Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento 50 Seda

Tabela 41 - Legenda

Page 89: Vinícius Silvestrin Pantoja

89

SH2 Descrição SH2 Descrição

51 La, pêlos finos ou grosseiros; Fios e tecidos de crina 76 Alumínio e suas obras

52 Algodão 78 Chumbo e suas obras

53

Outras fibras têxteis vegetais; fios de papel e tecidos de

fio de papel 79 Zinco e suas obras

54 Filamentos sintéticos ou artificiais 80 Estanho e suas obras

55 Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas 81

Outros metais comuns: ceramais ("cermets"); obras

dessas matérias

56

Pastas ("ouates"), feltros e falsos tecidos; fios especiais;

cordéis, cordas e cabos; Artigos de cordoaria 82

Ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres, e suas

partes, de metais comuns

57

Tapetes e outros revestimentos para pavimentos, de

matérias têxteis 83 Obras diversas de metais comuns

58

Tecidos especiais; tecidos tufados; rendas; tapeçarias;

passamanarias; bordados 84

Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e

instrumentos mecânicos e suas partes

59

Tecidos impregnados, Revestidos, Recobertos ou

estratificados; Artigos para usos técnicos de matérias

têxteis 85

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes;

Aparelhos de gravação ou de reprodução de som;

Aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e

de som em televisão, e suas partes e acessórios

60 Tecidos de malha 86

Veículos e material para vias férreas ou semelhantes, e

suas partes; aparelhos mecânicos (incluídos os

eletromecânicos) de sinalização para vias de

comunicação

61 Vestuário e seus acessórios, de malha 87

Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos

terrestres; Suas partes e acessórios

62 Vestuário e seus acessórios, exceto de malha 88 Aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes

63

Outros artefatos têxteis confeccionados; sortidos;

Artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus e

artefatos de uso semelhante, usados; trapos 89 Embarcações e estruturas flutuantes

64

Calçados, polainas e artefatos semelhantes, e suas

partes 90

Instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia ou

cinematografia, medida ou controle de precisão;

Instrumentos e aparelhos médico-Cirúrgicos; suas partes

e acessórios

65 Chapéus e artefatos semelhantes, e suas partes 91 Aparelhos de relojoaria e suas partes

66

Guarda-chuvas, sombrinhas, guarda-sóis, Bengalas,

bengalas-assentos, chicotes, rebenques e suas partes 92 Instrumentos musicais; Suas partes e acessórios

67

Penas e penugem preparadas, e suas obras; flores

artificiais; Obras de cabelo 93 Armas e munições; suas partes e acessórios

68

Obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de

matérias semelhantes 94

Móveis; mobiliário médico-cirúrgico, colchões,

almofadas e semelhantes; Aparelhos de iluminação não

especificados nem compreendidos em outros capítulos;

Anúncios, cartazes ou tabuletas e placas indicadoras

luminosos, e artigos semelhantes; Construções pré

69 Produtos cerâmicos 95

Brinquedos, jogos, artigos para divertimento ou para

esporte; Suas partes e acessórios

70 Vidro e suas obras 96 Obras diversas

71

Pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou

semipreciosas e semelhantes, metais preciosos, metais

folheados ou chapeados de metais preciosos, e suas

obras; Bijuterias; Moedas 97 Objetos de arte, de coleção e antiguidades

72 Ferro fundido, ferro e aço 99 Transações especiais

73 Obras de ferro fundido, ferro ou aço

74 Cobre e suas obras

75 Níquel e suas obras

Tabela 41 - Legenda (continuação)

Page 90: Vinícius Silvestrin Pantoja

90

SH 2 Descrição Quantidade RCA médio

84Reatores nucleares, caldeiras, máquinas,

aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes51 2,89

29 Produtos químicos orgânicos 39 3,22

72 Ferro fundido, ferro e aço 34 5,56

28

Produtos químicos inorgânicos; Compostos

Inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de

elementos radioativos, de metais de terras raras

ou de isótopos

20 4,15

40 Borracha e suas obras 17 2,12

87Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros

veículos terrestres; Suas partes e acessórios15 2,43

2 Carnes e miudezas, comestíveis 15 11,40

48Papel e cartão; obras de pasta de celulose, de

papel ou de cartão15 3,64

25 Sal; enxofre; terras e pedras; gesso, cal e cimento 14 7,01

85

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas

partes; Aparelhos de gravação ou de reprodução

de som; Aparelhos de gravação ou de reprodução

de imagens e de som em televisão, e suas partes e

acessórios

14 1,96

Tabela 42 - Dez Capítulos com Maior Quantidade de Bens a seis Dígitos com RCA>1 (Brasil)

Page 91: Vinícius Silvestrin Pantoja

91

SH2 DescriçãoQuantidade de

bens SH6RCA médio

84Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos

e instrumentos mecânicos e suas partes164 2,32

29 Produtos químicos orgânicos 149 3,01

85

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas

partes; Aparelhos de gravação ou de reprodução de

som; Aparelhos de gravação ou de reprodução de

imagens e de som em televisão, e suas partes e

acessórios

148 2,48

62 Vestuário e seus acessórios, exceto de malha 94 3,25

61 Vestuário e seus acessórios, de malha 91 3,88

52 Algodão 86 3,05

28

Produtos químicos inorgânicos; Compostos

Inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de

elementos radioativos, de metais de terras raras ou

de isótopos

85 3,32

55 Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas 82 3,43

73 Obras de ferro fundido, ferro ou aço 77 2,56

82Ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres, e

suas partes, de metais comuns45 3,11

Tabela 43 - Dez Capítulos com Maior Quantidade de Bens a seis Dígitos com RCA>1 (China)

Page 92: Vinícius Silvestrin Pantoja

92

Lista de Gráficos

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

2007 2008 2009 2010 2011

Gráfico 1 - Preço das Commodities

Minérios de ferro eseus concentrados

Óleo de soja

Petróleo bruto

Açúcares de cana

Pastas químicas demadeira

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

2007 2008 2009 2010 2011

Gráfico 2 - Exportações BEC

bens finais (bens de consumo)

bens finais (bens de capital)

bens intermediários (partes ecomponentes)

bens intermediários (benssemi-acaabados)

bens primarios

Page 93: Vinícius Silvestrin Pantoja

93

0

5.000.000.000

10.000.000.000

15.000.000.000

20.000.000.000

25.000.000.000

1 3 5 7 9 1113151719212325272931333537394143454749515355

Gráfico 3 - Importações e Exportações

Importações

Exportações

Page 94: Vinícius Silvestrin Pantoja

94

0123456789

1011121314151617181920

01 04 07 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73 76 80 83 86 89 92 95 99

RC

A

SH2 - valores de x mais à esquerda pertencem a commodities, e mais à direta a bens mais manufaturados

Figura 5.a- RCA 2011

Brasil

China

Page 95: Vinícius Silvestrin Pantoja

95

0123456789

1011121314151617181920

01 04 07 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73 76 80 83 86 89 92 95 99

RC

A

SH2 - valores de x mais à esquerda pertencem a commodities, e mais à direta a bens mais manufaturados

Figura 5.b - RCA 2007

Brasil

China

Page 96: Vinícius Silvestrin Pantoja

96

Regressões

2005

Sample: 1 55

Included observations: 55 Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. RM2005 0.932913 0.162007 5.758478 0.0000

C 0.001220 0.004402 0.277092 0.7828 R-squared 0.384866 Mean dependent var 0.018182

Adjusted R-squared 0.373260 S.D. dependent var 0.030645

S.E. of regression 0.024260 Akaike info criterion -4.564261

Sum squared resid 0.031194 Schwarz criterion -4.491267

Log likelihood 127.5172 Hannan-Quinn criter. -4.536033

F-statistic 33.16007 Durbin-Watson stat 1.514328

Prob(F-statistic) 0.000000

Wald Test:

Equation: Untitled Test Statistic Value df Probability t-statistic -0.414097 53 0.6805

F-statistic 0.171477 (1, 53) 0.6805

Chi-square 0.171477 1 0.6788

.00

.02

.04

.06

.08

.10

.12

.00 .04 .08 .12 .16 .20

CH2005

RM

2005

Page 97: Vinícius Silvestrin Pantoja

97

Null Hypothesis: C(1) = 1

Null Hypothesis Summary: Normalized Restriction (= 0) Value Std. Err. -1 + C(1) -0.067087 0.162007

Restrictions are linear in coefficients.

2008

Sample: 1 55

Included observations: 55 Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. RM2008 1.043788 0.181669 5.745538 0.0000

C -0.000796 0.005076 -0.156859 0.8760 R-squared 0.383801 Mean dependent var 0.018182

Adjusted R-squared 0.372175 S.D. dependent var 0.036070

S.E. of regression 0.028580 Akaike info criterion -4.236537

Sum squared resid 0.043291 Schwarz criterion -4.163543

Log likelihood 118.5048 Hannan-Quinn criter. -4.208310

F-statistic 33.01121 Durbin-Watson stat 1.520849

Prob(F-statistic) 0.000000

.00

.02

.04

.06

.08

.10

.12

.00 .04 .08 .12 .16 .20

CH2008

RM

2008

Page 98: Vinícius Silvestrin Pantoja

98

Wald Test:

Equation: Untitled Test Statistic Value df Probability t-statistic 0.241033 53 0.8105

F-statistic 0.058097 (1, 53) 0.8105

Chi-square 0.058097 1 0.8095

Null Hypothesis: C(1) = 1

Null Hypothesis Summary: Normalized Restriction (= 0) Value Std. Err. -1 + C(1) 0.043788 0.181669

Restrictions are linear in coefficients.

2011

.00

.02

.04

.06

.08

.10

.12

.14

.00 .05 .10 .15 .20 .25 .30

CH2011

RM20

11

Page 99: Vinícius Silvestrin Pantoja

99

Sample: 1 55

Included observations: 55 Variable Coefficient Std. Error t-Statistic Prob. RM2011 1.082631 0.184736 5.860415 0.0000

C -0.001502 0.005442 -0.276068 0.7836 R-squared 0.393207 Mean dependent var 0.018182

Adjusted R-squared 0.381758 S.D. dependent var 0.040387

S.E. of regression 0.031755 Akaike info criterion -4.025825

Sum squared resid 0.053445 Schwarz criterion -3.952831

Log likelihood 112.7102 Hannan-Quinn criter. -3.997598

F-statistic 34.34446 Durbin-Watson stat 1.799292

Prob(F-statistic) 0.000000

Wald Test:

Equation: Untitled Test Statistic Value df Probability t-statistic 0.447293 53 0.6565

F-statistic 0.200071 (1, 53) 0.6565

Chi-square 0.200071 1 0.6547

Null Hypothesis: C(1) = 1

Null Hypothesis Summary: Normalized Restriction (= 0) Value Std. Err. -1 + C(1) 0.082631 0.184736

Restrictions are linear in coefficients.