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Vila Integradora
Karen Carrer e Michelle de Pádua API – V
Habitação de
Interesse Social
Universidade Federal de Uberlândia - 2012
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API – V
Habitação de
Interesse Social
A proposta Foi proposta, nesta disciplina de Atelier de Projeto Integrado 5 - ministrada na Universidade Federal de Uberlândia pelas professoras Simone Villa e Rita Saramago - a criação de uma unidade habitacional, a ser implantada em um terreno, compondo uma Vila, no Bairro Jardim Holanda, localizado na periferia da cidade de Uberlândia – MG. A proposta deveria ser entregue em várias etapas: 1 - Estudos Preliminares: as ideias, os projetos usados como referencial projetual e referencial teórico para a futura elaboração do projeto das unidades de habitação. 2 - Unidade Habitacional: criação de uma unidade habitacional que valorize aspectos como flexibilidade, baixo custo, otimização dos espaços e do processo construtivo, e que respeite as características dos usuários, que puderam ser determinadas por meio da APO – Avaliação Pós-Ocupação feita no lugar. A unidade habitacional pode ser conferida neste link: http://michelledepadua.wordpress.com , em que é ilustrada sua primeira concepção. Mais à frente, no presente trabalho, será mostrada a mesma unidade habitacional já em sua versão final, após algumas mudanças feitas. 3 - Vila Integradora: implantação das unidades criadas na etapa 2 em um terreno do bairro Jardim Holanda, de forma a pensar nos aspectos de convívio em comunidade dos moradores das habitações.
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Habitação de
Interesse Social
Um novo modelo de HIS para Uberlândia
O projeto aqui desenvolvido visa atender às necessidades dos variados tipos de famílias existentes, sendo estes: a tradicional família nuclear, composta por pai, mãe e filhos; a coabitação, em que os moradores não possuem relação de parentesco; o DINC (Duplo Investimento sem Crianças), ao qual pertencem os casais que não possuem filhos e não pretendem tê-los. Essa adaptabilidade das moradias é atendida por meio das possibilidades de ampliações das unidades habitacionais. O modelo básico atende à tipologia DINC e a ampliação máxima atende às necessidades de famílias nucleares e coabitações. Articulados e adaptados, esses modelos serão capazes de responder à demanda habitacional uberlandense de maneira qualitativa e, portanto, satisfatória.
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Conceitos para uma nova era
A palavra de ordem hoje em dia é transformação. Transformam-se os gostos, as roupas, as músicas, as cidades, a moda , o mundo gira e se revira de cabeça para baixo. Como não pensar que o modo de morar muda? Antes, pai, mãe e filhos. Hoje, nada disso, a realidade agora é outra. A diferença é o ‘‘X’’ da questão. É preciso que as casas sejam abrigos que permitam que as pessoas possam pensar, mudar, e ao mesmo tempo em deixar suas marcas, definindo seu ‘‘pedaço’’. As habitações devem ser flexíveis e diversas, de forma a atender às necessidades dessa variedade de usuários. Devem ser ambiental e socialmente sustentáveis. Os espaços e materiais devem ser racionalizados, a construção deve ser feita de forma inteligente. A vizinhança, sobretudo, deve ser valorizada, para que os muros não transformem as casas em prisões e a convivência, favorecida, traga maior qualidade de vida e bem estar às pessoas. Nesse sentido revela-se a importância deste trabalho, que busca, por meio do exercício projetual de produção de uma Vila Integradora, despertar nos futuros arquitetos a consciência a respeito das reais necessidades e características das pessoas, que determinam o fazer arquitetônico.
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Casa
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Materiais Utilizados
Ecoplacas
As ecoplacas são placas feitas a partir da reciclagem de tubos de creme dental, embalagens do tipo longa-vida, EVA (etil-vinil-acetato), cargas vegetais e minerais e etc, sendo portanto 100% recicladas e recicláveis. O custo de cada placa é de R$ 4,00 , mais barato que a placa de OSB (R$ 21,00) e que a placa cimentícia (R$ 62,00). Uma das vantagens é o fato de podermos usá-las para compor um sistema modular.
Achamos interessante investir em um material que aproveite o lixo, seja mais barato e ao mesmo tempo melhore o desempenho da edificação. São placas planas impermeáveis fabricadas com matérias primas que provêm de resíduos industriais selecionados de empresas do setor de embalagens. Na imagem ao lado, vemos um exemplo de aplicação de ecoplacas.
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Placas Solares
Para o aumento da eficiência energética da edificação, investimos no uso das placas solares, que captam a luz solar e a transformam em calor, aquecendo a água e diminuindo os gastos com o chuveiro elétrico, um os equipamentos que mais consomem energia na edificação.
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Modulação – racionalização dos espaços e materiais
Aplicamos as ecoplacas em todo o revestimento interno e externo, com exceção das áreas úmidas (Banheiros, Cozinha e Área de Serviço), em que foram usadas placas cimentícias pelo fato de serem áreas sujeitas a maior degradação, justificando seu uso pelo fato de serem mais estanques e resistente, porém mais caras e menos sustentáveis quando comparada à ecoplaca. A modulação utilizada, de 1,2 x 2,4 metros, corresponde ao tamanho das placas, otimizando o aproveitamento do material em toda a edificação. Nos casos em que foi necessário fazer cortes nas placas, estes foram pensados para evitar o desperdício do material. Os pedaços restantes de um corte foram necessariamente usados em outras partes do projeto, sendo dimensionados em valores múltiplos de 1,2.
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Estrutura em Steel Frame
O material utilizado para a estrutura do projeto é o steel frame. Este material consiste basicamente em guias e montantes unidos por parafusos, formando uma estrutura leve e resistente aos carregamentos deste tipo de edificação. Maiores informações serão apresentadas a seguir, nos detalhamentos do projeto. Piso interno: cimento queimado
No piso interno, adotamos o cimento queimado, que é uma alternativa que vem ganhando o mercado nos últimos anos. O cimento queimado, além de ser bastante resistente, é barato: custa de R$ 12 a R$ 18 o metro quadrado. A sua limpeza é mais fácil pelo fato de a superfície ser mais lisa e uniforme. O material ainda, quando executado com qualidade, dá um toque de requinte rústico à casa, tornando o ambiente mais belo.
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Vaso Sanitário
No vaso sanitário com descarga dupla, ao invés de apenas um sifão, como nas descargas convencionais, possui uma caixa com dois compartimentos que podem ser acionados juntos ou separadamente, através de dois botões localizados na parte superior da caixa.
As descargas convencionais são responsáveis por cerca de 14% do consumo de água de uma residência. Tendo-se em vista tal fato, a descarga dupla funciona como um elemento de controle das despesas e impactos ambientais gerados. Funciona da seguinte forma: o menor botão despeja 3 litros de água, responsável pelo escoamento dos dejetos líquidos, e o maior, usado para escoar os dejetos sólidos, despeja 6 litros de água.
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O terreno O terreno escolhido possui 5.700 m² de área. Levando-se em consideração as restrições impostas na implantação de unidades habitacionais geminadas (que compartilham paredes hidráulicas), buscou-se atender minimamente as necessidades de ventilação e iluminação, ao menos, nas áreas de serviços. Um total de 30 unidades habitacionais, de configurações variáveis (DINC, nuclear e coabitação), estão distribuídos nesse terreno, compondo um contingente populacional estimado em torno de 100 habitantes, podendo chegar a até 180 quando de sua ampliação máxima.
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Levando-se em consideração o fato de que o terreno destinado a uma habitação no Bairro Jardim Holanda corresponde a 250 m², pode-se dizer que o grau de adensamento da Vila proposta otimiza mais os recursos espaciais disponíveis, uma vez que 5.700 m² / 30 unidades = 190 m² por habitação, no que significativa parte dessa área corresponde também a espaços coletivos bem equipados e planejados, o que não existe no Bairro Jardim Holanda.
5.700 m²
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Estudos de Insolação Vil
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Norte: Recebe insolação durante o todo o dia, o ano inteiro, motivo pelo qual procurou-se orientar as áreas de serviço para essa direção.
Oeste: Recebe insolação durante o entardecer inteiro, durante todo o ano, no que procurou-se minimizar o número de aberturas voltadas para essa direção.
Sul: Recebe pouca insolação durante o ano, sendo esta significativa especialmente durante a Primavera e o Verão. Tal fator favoreceu a orientação de salas de estar para essa direção.
Leste: Recebe insolação a manhã inteira e durante todo o ano, o que favoreceu a orientação de áreas de serviços e quartos para essa direção.
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Modelo da Coabitação Não-acessível
A Unidade Habitacional Vil
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A Unidade Habitacional
Modelo da Coabitação Não-acessível Vil
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A Unidade Habitacional
Modelo da Coabitação Acessível Vil
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Modelo da Coabitação Acessível
A Unidade Habitacional Vil
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Estudos de Implantação Vil
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coabitação DINC
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Estudos de Implantação Vil
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Optamos por adotar uma tipologia em que são agrupadas 6 casas (2 coabitações, 3 nucleares e 1 DINC), respeitando à demanda habitacional verificada por meio de APO realizada no bairro Jardim Holanda, que demonstrou que, naquele lugar, são famílias nucleares a tipologia habitacional predominante (em média 3,5 habitantes por casa). Dessa forma, há uma maior quantidade de tipologias nucleares na implantação proposta. No entanto, as possibilidades de ampliações ficam restritas em determinadas situações, no que julgamos que, para cumprir à proposta de adensamento, sem desprezar a demanda realmente existente, deveríamos privilegiar a qualidade em detrimento da quantidade. A área escolhida, de 5.700 m², comportaria, levando-se em consideração a metragem tradicional por unidade naquele bairro (250 m²), somente 23 casas, enquanto na proposta desse projeto são contempladas 30 habitações, cujo espaço estipulado, de aproximadamente 190 m² para cada uma, contempla não só habitação, como também espaços coletivos de qualidade, inexistentes no referido bairro.
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Proposta de Implantação Volumetria Esquemática
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coabitação DINC
nuclear
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Proposta de Implantação Volumetria Esquemática
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Proposta de Implantação Volumetria Esquemática
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Proposta de Implantação Volumetria Esquemática
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