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28 DE SETEMBRO DE 2016 Quarta-feira STF DERRUBA FERIADO DA CONSCIÊNCIA NEGRA EM CURITIBA CUSTO DE TRANSPORTE E LEGISLAÇÃO COMPLEXA SÃO AS PRINCIPAIS BARREIRAS ÀS MICRO E PEQUENAS EXPORTADORAS, MOSTRA ESTUDO DA CNI CAMEX REDUZ PARA 2% TARIFA DE IMPORTAÇÃO DE 41 TIPOS DE AUTOPEÇAS APENAS 34% DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS SE VEEM EM SITUAÇÃO POSITIVA ESPECIALISTA DA VOLVO DO BRASIL REVELA COMO A EMPRESA TREINA SEUS LÍDERES BANCÁRIOS DECIDEM MANTER A GREVE APÓS REUNIÃO TERMINAR SEM ACORDO NEGOCIAÇÃO PELO FIM DA GREVE DOS BANCÁRIOS CONTINUA NESTA QUARTA (28) 51,8% DOS REAJUSTES SALARIAIS FICARAM ABAIXO DA INFLAÇÃO EM AGOSTO ARTIGO: MODELO SINDICAL PRECISA SER REVISTO BRASIL CAI 6 POSIÇÕES NO RANKING DE COMPETITIVIDADE DO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL MERCADO DE TRABALHO CONTINUA EM DISTENSÃO COM DESOCUPAÇÃO CRESCENTE, DIZ BC CHANCE DE ESTOURO DO TETO DA META DE INFLAÇÃO EM 2016 SUPERA OS 90% O NONO DÍGITO VEM : TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A MUDANÇA NOS NÚMEROS DE CELULARES PREVIDÊNCIA PODE TER GATILHOPARA IDADE MÍNIMA NO LONGO PRAZO SUPERAR 65 ANOS INTENÇÃO DE ENDIVIDAMENTO CRESCE 24,9% EM SETEMBRO, DIZ FECOMERCIO SP JACOB LEW DIZ QUE BRASIL ESTÁ PRESTES A RETOMAR CRESCIMENTO ECONÔMICO REFORMAS FISCAIS FORTALECERÃO CONFIANÇA E ELEVARÃO INVESTIMENTOS, DIZ MOODYS POLÍTICA DE PREÇOS DE COMBUSTÍVEIS AINDA É DISCUTIDA INTERNAMENTE, DIZ PARENTE BRASIL TALVEZ TENHA PASSADO PELO PIOR, DIZ ANALISTA SÊNIOR DA MOODYS INDÚSTRIA DE BEBIDAS PEDE PARA QUE BETO RICHA NÃO VETE EMENDA PROJETO PARA FORTALECER INDÚSTRIAS DA SERRA SERÁ LANÇADO NESTA QUINTA-FEIRA CONFIANÇA DA INDÚSTRIA AVANÇA 2,1 PONTOS EM SETEMBRO ANTE AGOSTO, APONTA FGV

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28 DE SETEMBRO DE 2016Quarta-feira

STF DERRUBA FERIADO DA CONSCIÊNCIA NEGRA EM CURITIBA CUSTO DE TRANSPORTE E LEGISLAÇÃO COMPLEXA SÃO AS PRINCIPAIS BARREIRAS

ÀS MICRO E PEQUENAS EXPORTADORAS, MOSTRA ESTUDO DA CNI CAMEX REDUZ PARA 2% TARIFA DE IMPORTAÇÃO DE 41 TIPOS DE AUTOPEÇAS APENAS 34% DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS SE VEEM EM SITUAÇÃO

POSITIVA ESPECIALISTA DA VOLVO DO BRASIL REVELA COMO A EMPRESA TREINA SEUS

LÍDERES BANCÁRIOS DECIDEM MANTER A GREVE APÓS REUNIÃO TERMINAR SEM ACORDO NEGOCIAÇÃO PELO FIM DA GREVE DOS BANCÁRIOS CONTINUA NESTA QUARTA (28) 51,8% DOS REAJUSTES SALARIAIS FICARAM ABAIXO DA INFLAÇÃO EM AGOSTO ARTIGO: MODELO SINDICAL PRECISA SER REVISTO BRASIL CAI 6 POSIÇÕES NO RANKING DE COMPETITIVIDADE DO FÓRUM ECONÔMICO

MUNDIAL MERCADO DE TRABALHO CONTINUA EM DISTENSÃO COM DESOCUPAÇÃO

CRESCENTE, DIZ BC CHANCE DE ESTOURO DO TETO DA META DE INFLAÇÃO EM 2016 SUPERA OS 90% O NONO DÍGITO VEM AÍ: TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A MUDANÇA NOS NÚMEROS DE

CELULARES PREVIDÊNCIA PODE TER ‘GATILHO’ PARA IDADE MÍNIMA NO LONGO PRAZO

SUPERAR 65 ANOS INTENÇÃO DE ENDIVIDAMENTO CRESCE 24,9% EM SETEMBRO, DIZ FECOMERCIO

SP JACOB LEW DIZ QUE BRASIL ESTÁ PRESTES A RETOMAR CRESCIMENTO ECONÔMICO REFORMAS FISCAIS FORTALECERÃO CONFIANÇA E ELEVARÃO INVESTIMENTOS, DIZ

MOODY’S POLÍTICA DE PREÇOS DE COMBUSTÍVEIS AINDA É DISCUTIDA INTERNAMENTE, DIZ

PARENTE BRASIL TALVEZ JÁ TENHA PASSADO PELO PIOR, DIZ ANALISTA SÊNIOR DA MOODY’S INDÚSTRIA DE BEBIDAS PEDE PARA QUE BETO RICHA NÃO VETE EMENDA PROJETO PARA FORTALECER INDÚSTRIAS DA SERRA SERÁ LANÇADO NESTA QUINTA-

FEIRA CONFIANÇA DA INDÚSTRIA AVANÇA 2,1 PONTOS EM SETEMBRO ANTE AGOSTO,

APONTA FGV INCUBADORA DA UEL OFERECE SUPORTE PARA EMPREENDIMENTOS INOVADORES GOVERNO ACEITA NOVA REGRA PARA REPATRIAÇÃO, MAS MANTÉM PRAZO FINAL PEQUENOS E MÉDIOS BANCOS DO BRASIL ENFRENTAM AMBIENTE DIFÍCIL, DIZ

FITCH PARIDADE INTERNACIONAL PODE BAIXAR PREÇO DA GASOLINA NO PAÍS, DIZ

PARENTE JEEP APRESENTA COMPASS NACIONAL E MAIS TECNOLÓGICO PRODUÇÃO LOCAL DO KICKS COMEÇA EM MARÇO FIAT PERDE A LIDERANÇA PARA GARANTIR RENTABILIDADE NO BRASIL T-SYSTEMS UNIFICA SUA ÁREA DE VENDAS NO BRASIL MAHLE DESENVOLVE FILTROS PARA MOTORES DOWNSIZING MERCEDES-BENZ ANUNCIA FLEETBOARD TAMBÉM PARA ÔNIBUS WABCO CONTORNA CRISE NO BRASIL COM TECNOLOGIA MERCEDES FAZ 60 ANOS E ENCOLHE EM 20% PLANTA DE SÃO BERNARDO REFORMAS FISCAIS ELEVARÃO CONFIANÇA E INVESTIMENTOS PORTUGAL DIZ QUE VAI INCENTIVAR EMPRESAS LOCAIS A INVESTIREM NO BRASIL

Fonte: BACEN

STF derruba feriado da Consciência Negra em Curitiba28/09/2016 – Fonte: Gazeta do Povo

CÂMBIO

EM 28/09/2016

Compra Venda

Dólar 3,249 3,250

Euro 3,639 3,640

O Supremo Tribunal Federal decidiu que Curitiba não terá feriado da Consciência Negra. A Câmara da cidade aprovou há três anos o feriado de 20 de novembro, em homenagem a Zumbi dos Palmares, mas o feriado nunca foi comemorado.

A Associação Comercial do Paraná e o Sinduscon entraram com uma ação judicial contra o feriado, alegando que isso iria causar prejuízos para a economia local.Também disseram que a Câmara não podia criar mais um feriado (a lei diz que só pode haver dois feriados municipais por cidade).

O Tribunal de Justiça do Paraná deu ganho de causa à ACP. Agora, a Segunda Turma do STF votou de acordo com o relatório de Gilmar Mendes. Com isso, Curitiba segue com tudo funcionando normalmente em 20 de novembro, ao contrário de centenas de cidades e de vários estados do país.

Custo de transporte e legislação complexa são as principais barreiras às micro e pequenas exportadoras, mostra estudo da CNI

28/09/2016 – Fonte: Gazeta do Povo

O custo dos transportes e as altas tarifas cobradas por portos e aeroportos são, ao lado do excesso e complexidade das leis, os principais problemas enfrentados por micro e pequenas empresas brasileiras que operam no comércio exterior.

A constatação é da pesquisa Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras - Micro e Pequenas Empresas, elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo foi divulgado nesta quarta-feira (28) durante o seminário “Pense nas Pequenas Primeiro”, em Brasília. 

"As dificuldades atrapalham o desempenho internacional de pequenos negócios, o que frustra o potencial exportador dessas empresas. Vale lembrar que elas representam 98% das empresas do país e que poderiam aproveitar melhor as oportunidades do mercado externo se enfrentassem menos barreiras para isso", afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

O panorama das dificuldades resulta de entrevistas com mais de 540 empresas exportadoras com até 49 funcionários - critério utilizado para a definição de porte. Elas indicaram, por meio de notas de 1 a 5, o impacto dos entraves aos processos de exportação. Em primeiro lugar, aparece o custo com transporte, que recebeu nota média de 3,56, seguido pelas tarifas cobradas em terminais de despacho de cargas, com 3,42. De acordo com o estudo, o transporte marítimo (55,5%) e aéreo (26,8%) são os principais modais de frete utilizados por MPEs para despachar cargas ao exterior. Entre as entrevistadas, 75,5% atuam como exportadoras há mais de cinco anos.

Na sequência dos principais entraves, o excesso de leis, sua frequente alteração e a complexidade da legislação foram apontados como barreiras ao desempenho exportador de MPEs.

Pequenas empresas são particularmente afetadas porque não costumam ter estrutura específica ou recursos para consultoria jurídica especializada.

"O próprio empresário ou funcionário, que muitas vezes não é especializado, acaba tendo de lidar com isso sozinho. Isso reforça a importância de simplificar e desburocratizar os processos”, explica Abijaodi. Entre as entrevistadas, 36,7% apontaram a burocracia administrativa como o principal obstáculo para o acesso a mercados internacionais.

FINANCIAMENTO – Além dos aspectos externos, a pesquisa buscou identificar quais dificuldades internas afetam o desempenho das empresas. O mais crítico é a falta e capital disponível para as exportações.

Surpreendentes 70,7% delas não utilizam ou utilizam muito pouco os instrumentos de financiamento.  Segundo as entrevistas, isso acontece, sobretudo, pela exigência de garantias para os financiamentos, motivo apontado por 27% das companhias entrevistadas.

Menos de uma a cada 10 empresas fazem uso de instrumento de garantias, impactando na competitividade dos negócios. A falta de informação sobre linhas de crédito disponíveis e as barreiras de acesso em função do porte da empresa foram citadas por metade das entrevistadas. 

MERCADOS – Os Estados Unidos são o principal destino das mercadorias vendidas por MPEs – 16,2% das entrevistadas têm compradores no país. Argentina e Paraguai aparecem na segunda e terceira posições.

Na lista dos 10 principais destinos, a Ásia tem apenas a China de representante, que aparece em 5º lugar. Entretanto, o estudo revela o aumento do interesse de pequenos negócios pelo gigante mercado asiático, sobretudo Arábia Saudita, Índia e Emirados Árabes. Em relação à costura de acordos com blocos econômicos, a União Europeia desperta maior interesse dos empresários, tendo sido citada por 17,6%. 

SAIBA MAIS - Faça o donwload da pesquisa aqui no Portal da Indústria.

Camex reduz para 2% tarifa de importação de 41 tipos de autopeças28/09/2016 – Fonte: Estado de Minas

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) incluiu 41 ex-tarifários na lista do "Regime de Autopeças não Produzidas". Com isso, os itens inseridos na relação terão o Imposto de Importação reduzido para 2%.

A lista contempla autopeças como sensor de colisão para aplicação em sistemas de Airbag e motores hidráulicos. Os itens incluídos na lista são taxados originalmente a alíquotas como 16% e 18%. A decisão está publicada na Resolução Camex 80/2016 no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 28.

Produtos de informáticaA Camex também reduziu para 2% as alíquotas do Imposto de Importação incidentes sobre 10 bens de informática e telecomunicações, todos na condição de ex-tarifários. A decisão está publicada no DOU.

As alíquotas originais incidentes sobre os itens contemplados são mais elevadas, como 18%, 16%, 14%. O benefício vale até 30 de junho de 2018 para sete dos itens e até 30 de junho de 2017 para os três.

Apenas 34% das pequenas e médias empresas se veem em situação positiva

28/09/2016 – Fonte: O Estado de S. Paulo

Estudo realizado pelo Facebook em parceria com o Banco Mundial e a OCDE aponta que a maior parte das empresas desse porte no Brasil tem visão neutra ou negativa sobre o próprio negócio

Cerca de um terço das pequenas e médias empresas no Brasil afirma que os negócios estão em situação positiva. A conclusão é de um estudo realizado pelo Facebook em parceria com o Banco Mundial e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta quarta-feira, 28. 

A pesquisa foi feita com base em mais de 60 milhões de páginas ativas de negócios desse porte na rede social em 22 países. No Brasil, o levantamento mostrou que 35% das empresas se veem em situação neutra e outros 31% se declaram em situação negativa. No entanto, 68% acreditam em uma melhora nos próximos seis meses e 34% das pequenas e médias empresas se veem em situação positiva

Para os pequenos e médios empreendedores no País, os três maiores desafios são: encontrar novos clientes (79%), aumentar a renda (60%) e manter o lucro (55%). 

A maioria das empresas consultadas (78%) emprega entre um e quatro funcionários. Nesse contexto, não houve movimento quanto a contratações e demissões em 62% das participantes da pesquisa nos últimos seis meses até agosto. Houve, porém, corte de funcionários em 26% dessas empresas e apenas 12% contrataram no período.

Já a intenção de aumentar o número de empregados nos próximos seis meses foi vista entre 39% das empresas participantes, enquanto 55% disseram que não pretendem fazer alterações em seu quadro de funcionários.Especialista da Volvo do Brasil revela como a empresa treina seus líderes

28/09/2016 – Fonte: Gazeta do Povo

Autodesenvolvimento, foco no cliente, confiança na empresa e capacidade de aprendizado. Estas são as quatro competências que a Volvo do Brasil mais valoriza em um líder, de acordo com o especialista em educação corporativa e desenvolvimento de lideranças da empresa, Rubens Cieslak.

Durante uma palestra na 14ª edição do Congresso Paranaense de Recursos Humanos, realizado nos dias 22 e 23 de setembro, em Curitiba, o profissional falou sobre o programa que a companhia utiliza para capacitar seus líderes e os resultados deste trabalho.

A empresa, que, no ano passado, ocupou a quinta posição no ranking do Great Place to Work entre as melhores para se trabalhar no Paraná, é o sonho de muitos profissionais e conta com um denso projeto global para a formação e treinamento de líderes.

Cieslak explica que os funcionários da Volvo são treinados mediante um programa de educação corporativa ancorado há quatro anos na metodologia de uma universidade mantida na Suécia pela companhia. A liderança é uma das sete frentes que esse processo abarca.

Segundo o especialista, o programa é amplamente aplicado pela empresa – na qualificação do aprendiz ao sênior – e não está restrito a salas de aula. Um funcionário que ganha uma missão diferente da que costuma desempenhar, por exemplo, pode receber uma capacitação na própria companhia, que o prepara, na prática, para a nova tarefa.

Perfis de liderançaNa Volvo, os líderes são divididos em quatro categorias: os jovens talentos, que ainda não possuem subordinados; os líderes de pessoas, que gerenciam grupos; os líderes de líderes, a quem muitas lideranças se reportam; e os líderes de negócios, cujo foco é gerar resultados.

De acordo com Cieslak, cada um desses perfis recebe um acompanhamento diferente a fim de que desenvolvam suas potencialidades da melhor maneira. “Todas as competências que buscamos são passíveis de serem alcançadas por qualquer profissional”, destaca.

Avaliação dos resultadosAssim como os treinamentos são aplicados com base em cada conjuntura, a avaliação dos resultados também segue as especificidades de cada contexto. Rubens revela que, para isso, a empresa utiliza o método Kirkpatrick, desenvolvido por um professor da Universidade de Michigan.

O esquema engloba quatro níveis: o da reação, que analisa o que o funcionário achou do treinamento; o da aprendizagem, que prevê a aplicação de provas a fim de verificar se o indivíduo compreendeu o conteúdo transmitido; o da mudança, que inclui conversas com chefias e colegas de trabalho para saber se o profissional aprimorou suas atitudes; e o resultado, por meio do qual se apura o retorno que a capacitação trouxe à empresa por meio do trabalhador treinado.

Cieslak conta que nem sempre os quatro filtros são necessários. A aplicação vai depender do que se quis atingir.

A liderança como desafioEm entrevista à Gazeta do Povo, o especialista falou sobre as metas e os desafios da liderança. Segundo ele, um dos problemas mais comuns nesse contexto é a dificuldade de entender que cada degrau na escala do crescimento contempla uma carga a mais de responsabilidade e esforço.

Nesse sentido, cabe à empresa apoiar o indivíduo para ajudá-lo a entender a complexidade de estar à frente de um projeto. “Todos os níveis de desenvolvimento têm um preço a ser pago”, destaca.

Bancários decidem manter a greve após reunião terminar sem acordo28/09/2016 – Fonte: G1

Representantes da Contraf-CUT e da Fenaban fazem nova reunião de negociação em São Paulo (Foto: Jaílton Garcia / Contraf-CUT)

A reunião da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desta terça-feira (27) terminou sem acordo, e os bancários decidiram manter a greve. Uma nova rodada de negociações foir marcada para quarta-feira (28), às 15h.

No 22º dia de greve, 13.449 agências e 36 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas, segundo o último balanço da Contraf-CUT. É a greve mais longa já realizada pela categoria dos bancários.

AcreSegundo o Sindicato dos Bancários do Estado do Acre (Seeb-AC), 48 agências estão com as atividades paralisadas. Durante a greve, apenas nove, das 57 agências, estão funcionando no estado.

AlagoasDe acordo com o Sindicato dos Bancários de Alagoas, cerca de 90% das agências aderiram ao movimento grevista, mesmo número do balanço divulgado na semana passada.

AmapáDe acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Sintraf) no Amapá, cerca de 650 trabalhadores aderiram à greve, correspondendo a cerca de 70% da categoria e 28 agências tiveram as atividades paralisadas.

CearáHouve adesão de 430 das 562 agências no estado, que representa 76,5% do total. O balanço é do sindicato da categoria. Nesta segunda-feira (26), das 259 unidades existentes em Fortaleza, 208 fecharam, ou seja, 80%. Já no interior, das 303 agências, 222 ficaram sem funcionar, que representa 73,2%.Espírito SantoA greve dos bancários afeta 353 agências do Espírito Santo, o que representa 78% do total. Na Grande Vitória, estão paralisadas todas as 40 agências da Caixa, 56 entre as 58 agências do Banestes, 43 entre as 44 agências do Banco do Brasil, 15 entre as 15 agências do Santander, 15 entre 15 agências do Itaú, 15 entre 15 agências do Bradesco, uma agência do Banco Safra e cinco entre as cinco agências do HSBC.

No interior, estão fechadas 45 entre as 48 agências da Caixa, 46 das 56 agências do Banestes, 57 das 60 agências do Banco do Brasil, quatro das quatro agências do Bradesco, quatro, das quatro agências do Itaú, duas das duas agências do HSBC.

GoiásDe acordo com o presidente do sindicato, Sérgio Luiz da Costa,"a adesão é muito forte, em bancos como a Caixa Econômica, por exemplo, temos quase 100% das agências sem funcionar".

Mato GrossoA greve dos bancários em Mato Grosso completou três semanas com adesão de mais de 270 agências em 100 municípios. Em Cuiabá, Várzea Grande, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Cáceres, Sinop e Tangará da Serra as agências estão com o atendimento completamente suspenso, segundo balanço do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT).

Mato Grosso do SulA greve dos bancários completa 22 dias com 92% das agências fechadas em Campo Grande e região, segundo informou o Sindicato dos Bancários de Campo Grande e região. Das 160 agências, 148 estão sem atendimento ao público.

Minas GeraisÚltimo balanço do Sindicato dos Bancários de BH e Região informa que 74,6% das agências estavam fechadas para atendimento presencial até esta segunda-feira (26), totalizando 562 das 753 unidades. O sindicato representa trabalhadores na capital mineira e outras 54 cidades.

ParáA greve nacional dos bancários chegou ao 22º dia nesta com 447 agências públicas e privadas paralisadas em Belém e nos demais municípios do Pará, de acordo com o Sindicato dos Bancários do estado. O número corresponde a 89% do total de agências do Pará, segundo o sindicato.

ParaíbaA adesão ao movimento na Paraíba atinge 90,58% das agências, de acordo com balanço do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no estado (Seeb-PB). Ainda segundo o sindicato, em todo o estado, das 138 agências existentes, 125 aderiram à greve.

ParanáAo todo, 837 agências bancárias e 11 centros administrativos fecharam em todo o estado e mais de 21 mil trabalhadores estão de braços cruzados. Em Curitiba e Região Metropolitana (RMC), a estimativa do sindicato é a de que 15,6 mil trabalhadores estão paralisados, o que representa 86% da categoria.

PernambucoDas 625 agências existentes no estado, pelo menos 562, ou seja, 90% estão fechadas por causa da paralisação. No dia 16 de setembro, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco conseguiu na Justiça uma liminar determinando que 30% das agências voltem a funcionar, no mínimo, duas horas por dia. Em resposta, o sindicato informou que caberia aos bancos cumprir a liminar, mobilizando os funcionários que não aderiram à greve.Rio de JaneiroSegundo o sindicato da categoria no Norte Fluminense, 85% das agências permanecem fechadas, porém, mais funcionários aderiram ao movimento: antes, 800 servidores estavam paralisados (81%); agora, 910 funcionários estão de braços cruzados (93%). De acordo com o sindicato da Região dos Lagos, a média é de cinco funcionários atuando em cada agência.

Rio Grande do Sul

De acordo com os bancários, no 21º dia de greve, 1.037 agências ficaram fechadas em todo o Rio Grande do Sul.

RondôniaEm Rondônia, das 130 agências existentes, 115 permanecem fechadas, segundo o Sindicado dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (Seeb-RO).

RoraimaO Sindicato dos Bancários informou que todas as agências do estado estão paralisadas.

Santa CatarinaEm Santa Catarina, as adesões são maioreis nas regiões da Grande Florianópolis, com 2 mil trabalhadores paralisados, Norte, onde são 950 em greve, e Vale do Itajaí, com 800.

Só na Grande Florianópolis, dos 5 mil trabalhadores, ao menos 2 mil aderiram à paralisação. Em Joinville, no Norte, dos 1,8 mil trabalhadores, cerca de 950 estão em greve. Em Araranguá, são 245 bancários atuantes na região, destes, 140 estão paralisados.

Em Criciúma, no Sul do estado, dos 800 bancários da região, ao menos 650 estão em greve.Na região serrana, de acordo com o sindicato dos bancários de Lages, são cerca de 470 bancários, dos quais 360 estão em greve. Em Chapecó, no Oeste, o sindicato desconhece o número de adesões ao movimento.

São PauloA greve dos bancários fechou 327 agências e departamentos em Campinas e região, nesta segunda-feira (26), segundo sindicato da categoria.

Na metrópole foram afetados 165 unidades de trabalho, incluindo bancos públicos e privados; enquanto outros 162 estão distribuídos em 33 cidades da região, entre elas, Americana, Sumaré, Hortolândia, Amparo, Mogi Mirim, Indaiatuba, Mogi Guaçu, Serra Negra, Valinhos e Vinhedo.

No Centro-Oeste do estado, a adesão da paralisação varia de 80 a 90%. Na Baixada Santista são 295 agências bancárias, sendo 232 fechadas e 63 abertas. Em Santos, são 118 fechadas e 114 nas demais cidades, segundo o Sindicato dos Bancários em Santos e Região.

Na região de Sorocaba, das 293 agências, 247 estão fechadas, segundo o sindicato da categoria. Já em Jundiaí há 57 unidades paradas.

Mogi das Cruzes e Suzano (SP)A greve continua fechando grande parte das agências do Alto Tietê.  A paralisação começou no dia 6 de setembro. Regina Cardoso de Siqueira, diretora de imprensa do Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e região – que atende também Suzano, Poá, Biritiba Mirim e Salesópolis – estima que por volta de 80 agências estão fechadas na área de atuação da entidade.

Ribeirão Preto e FrancaA greve dos bancários completou três semanas nesta terça-feira (27) e mantém 166 agências fechadas em Ribeirão Preto (SP), de um total de 215, o que representa 77% dos bancos da cidade. Para os clientes que precisam do serviço dos bancos, 49 agências estão funcionando em horário comercial na cidade de Ribeirão Preto.

Andamento da negociação

A última proposta apresentada pelos bancos no dia 9 de setembro foi de reajuste de 7% para os salários e benefícios, mais abono de R$ 3.300 a ser pago até 10 dias após a assinatura do acordo. A proposta foi recusada pelos sindicatos.

Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho

 Agências fechadasSegundo último balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a greve fechou 13.420 agências e 33 centros administrativos na segunda-feira (26).

A Fenaban não tem divulgado balanços diários de agências fechadas, mas informa que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras.

De acordo com o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas, segundo último balanço do Banco Central.

NegociaçõesA categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban - de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

A Fenaban disse em nota que a última proposta apresentada "resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os próximos doze meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários".

AtendimentoEm nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

Greve passadaA última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.

Negociação pelo fim da greve dos bancários continua nesta quarta (28)28/09/2016 – Fonte: Bem Paraná

A reunião entre bancários e representantes dos bancos foi suspensa nesta terça-feira (27) sem acordo. As conversas prosseguirão na quarta-feira pela manhã. A greve dos bancários completou 22 dias nesta terça.

Segundo a Contraf (confederação dos trabalhadores do setor financeiro) informou que a Fenaban (braço sindical da Febraban, que representa dos bancos) propôs a modelo de negociação com validade de dois anos (para 2016 e 2017). Os bancários pedem reajuste salarial de inflação (9,62%) mais aumento real de 5%.

A Fenaban oferece aumento de 7% mais o pagamento de um abono de R$ 3.300. Essa proposta dos bancos foi apresentada ainda no começo da greve, dia 9 de setembro, e foi considerada insuficiente pela categoria.

No ano passado, a greve rendeu aumento real de 0,11%.

51,8% dos reajustes salariais ficaram abaixo da inflação em agosto28/09/2016 – Fonte: G1

Mais da metade (51,8%) dos reajustes salariais negociados no mês de agosto ficaram abaixo da inflação dos 12 meses anteriores, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que foi de 9,6%. Os dados são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

Contudo, a média dos reajustes salariais em agosto foi igual à inflação acumulada nos 12 meses anteriores. Nas convenções coletivas, o ajuste mediano foi de 9,6%, e nos acordos coletivos, de 9,0%.

O estado do Acre apresentou o menor reajuste salarial em agosto, com perda de 5,6% em relação à inflação do período. Já a categoria com a maior perda salarial frente ao INPC foi extração e refino de petróleo (-3,9%).

Em julho, 36,2% das negociações salariais haviam resultado em perda do poder de compra do trabalhador. Dos 162 acordos coletivos que trataram de ajustes salariais, 17 reduziram a jornada acompanhada de redução de salários. Destes, apenas 1 utilizou o PPE (Programa de Proteção ao Emprego).

Segundo o levantamento, a média do piso salarial com vigência em agosto foi de R$ 1.060 (20,4% maior que o salário mínimo, hoje em R$ 880). Nas convenções, o piso mediano foi de R$ 1.115, enquanto nos acordos, R$1.060.

Artigo: Modelo sindical precisa ser revisto28/09/2016 – Fonte: Folha de S. Paulo

A sociedade humana é um complexo de pessoas heterogêneas, cada uma com seus próprios interesses, coordenadas por instituições construídas por quem tem mais poder, o que as separa entre "ganhadores" e "perdedores".

A vida lhes ensinou que a soma do poder resultante da cooperação entre elas é maior do que a soma de poder de cada uma individualmente. Isso as levou, na era da industrialização e do sufrágio universal, à formação dos sindicatos, que, por sua vez, estimularam a criação de partidos políticos para defender os trabalhadores.

O problema é que a prática também mostrou que estes estão sujeitos à "lei de ferro das oligarquias", descoberta por Robert Michels.

Sindicatos e partidos acabam submetidos ao controle de uma burocracia, que, com o passar do tempo e seu insaciável desejo de poder, passa a cuidar apenas dos seus próprios interesses: torna-se o fim de si mesma! Qualquer semelhança com a realidade nacional que vivemos é, obviamente, mera coincidência...

No Brasil, a história é mais prosaica. Estamos comemorando três quartos de século da vigência da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que nos foi outorgada por Getúlio Vargas, em 1º de maio de 1943, inspirada no corporativismo fascista, e nos serviu bem durante algum tempo. O problema é que o mundo do trabalho mudou e chegou a hora de um "aggiornamento".

Não será contra os "direitos" dos trabalhadores, mas, ao contrário, para garantir a sua continuidade e dar-lhe materialidade e dinamismo.

Um exemplo trivial é o da revisão da "unicidade sindical", defendida pelo presidente do TST, o ilustre Ives Gandra Martins Filho. Basta dizer que a ratificação da Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1948, que admite a pluralidade sindical se esse for o desejo dos trabalhadores, já vigora em mais de 150 países. Entre nós, dorme tranquila na Câmara dos Deputados, porque não interessa ao Poder Executivo.

A "unicidade sindical" garante o monopólio: a existência de um único sindicato (financiado pelo imposto sindical criado em 1931 e incorporado à CLT) numa determinada base geográfica para cada categoria de trabalhadores.

É o conforto dado pela unicidade e a garantia do imposto sindical, que exime o sindicato da eventual necessidade de competir com mais trabalho a favor de seus associados.

Entre os verdadeiros interesses dos trabalhadores e as delícias das políticas criadas pela sedução do governo, o monopólio torna a escolha irresistível... A propósito, na última semana, a Câmara dos Deputados aprovou o aumento do imposto sindical patronal!

(Antonio Delfim Netto- Ex-ministro da Fazenda (governos Costa e Silva e Médici), é economista e ex-deputado federal.

Brasil cai 6 posições no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial

28/09/2016 – Fonte: Tribuna PR

O Brasil caiu seis posições de 2015 para 2016 e registrou sua marca mais baixa no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial – que no Brasil é elaborado em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). O País ficou em 81º lugar na atual edição, dentre os 138 pesquisados, o pior desempenho desde a mudança de metodologia, que começou a valer em 1998.

Segundo a FDC, a queda do Brasil no ranking reflete sinais claros da forte crise econômica e declínio da produtividade vividos pelo País, resultando em menor

sofisticação dos negócios e baixo grau de inovação. “O Brasil se distancia de forma significativa dos demais países do grupo dos Brics e do G-20 e perde espaço internacional”, diz a entidade em nota.

De acordo com o relatório, os principais fatores por trás dessa tendência de perda de competitividade brasileira são aqueles ligados à atual conjuntura política, mas também dados relacionados a questões estruturais e sistêmicas.

“Fatores da conjuntura presente, como a crise econômica e política que vem se deteriorando desde 2014, estão associados a fatores estruturais e sistêmicos, como sistema regulatório e tributário inadequado, infraestrutura deficiente e baixa produtividade, que resultam em uma economia fragilizada e incapaz de promover avanços na competitividade interna e internacional sem maior inserção no mercado mundial”, afirma o texto.

Dos 12 pilares estudados, o Brasil caiu em seis deles. A maior queda foi em “Desenvolvimento do mercado financeiro”, saindo do 58º lugar em 2015 para a 93ª posição em 2016. Também houve piora em “Sofisticação dos negócios” (de 56º para 63º), “Inovação” (de 84º para 100º), “Ambiente econômico” (de 117º para 126º), “Prontidão tecnológica” (de 54º para 59º) e “Tamanho do mercado” (de 7º para 8º).

Já a maior alta foi em “Educação superior e treinamento” (da 93ª colocação em 2015 para a 84ª posição em 2016); seguido de “Eficiência do mercado de trabalho” (de 122º para 117º), “Saúde e educação primária” (de 103º para 99º), “Infraestrutura” (de 74º para 72º) e “Instituições” (de 121º para 120º). No quesito “Eficiência do mercado de bens”, o País ficou estável no 128º lugar, o último do ranking global.

Para a FDC, a queda na avaliação do “Ambiente econômico” no Brasil já era prevista. “Com uma dívida pública de R$ 4 trilhões, perspectiva de queda na arrecadação geral, inflação que pouco responde a estímulos e alta nos juros, já eram esperadas perdas fundamentais nesse pilar.

”Já os ganhos em “Infraestrutura” são vistos como reflexo dos investimentos feitos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

No caso do “Desenvolvimento do mercado financeiro”, que teve uma queda de 35 posições, o documento aponta que pesou a retração do crédito, aumento dos juros e elevação da inadimplência, dentre outros fatores que denotam maior interferência do Estado sobre o sistema bancário.

“A recessão, de fato, diminui a demanda por moeda e por consequência do serviço bancário. O cenário desfavorável agrava ainda mais a expectativa de lucros para o setor financeiro”. Os 12 pilares são agrupados em três subíndices: requerimentos básicos, inovação e sofisticação e potencializadores de eficiência. Como país de médio desenvolvimento, no caso do Brasil o último subíndice recebe maior peso no cálculo final.

Para 2016, o Fórum Econômico Mundial projeta um crescimento da economia global inferior a 2,5%. Já no caso do Brasil a projeção é de queda de 4,5%. Segundo o professor da FDC Carlos Arruda, o dado relacionado à previsão para a atividade brasileira está defasado, mas isso não impacta na posição geral do País no ranking, já que o PIB é mais consequência do que causa da competitividade.

Percepção Como parte da pesquisa de opinião realizada anualmente pelo ranking de competitividade, foi perguntado aos entrevistados quais os fatores mais problemáticos para fazer negócios no País. Em 2016, a tributação permanece como maior desafio brasileiro, seguido da corrupção, leis trabalhistas restritivas e ineficiência da burocracia estatal.

Arruda explica ainda que um terço dos indicadores que compõem o ranking geral vêm de entrevistas com empresários, que são realizadas sempre de março a maio. Com isso, no caso brasileiro a pesquisa não captou a melhora no otimismo que resultou do impeachment da presidente Dilma Rousseff, efetivado em 31 de agosto.

“Os indicadores relacionados a isso sofreram porque não capturaram essa transformação. Nossa previsão é de que no ano que vem haja um reflexo disso, com uma melhora na percepção da comunidade empresarial”, explica.

Segundo a FDC, para pôr fim à tendência de queda da competitividade são necessárias reformas como a tributária e previdenciária, que visem de fato solucionar questões insustentáveis no longo prazo. “A maior participação no comércio mundial emana enquanto solução para o Brasil investir mais em setores exportadores, buscando produtos com maior valor agregado e maiores retornos marginais”, acrescenta o relatório.

O professor da FDC acredita que 2016 marcou o fundo do poço para a produtividade no Brasil, que deve começar a subir nos próximos anos. Um dos motivos para isso é justamente a expectativa de reformas. “Competitividade é uma corrida, e se você não se movimenta os outros o ultrapassam. Agora o governo começou a se mexer, tivemos as mudanças na Educação anunciadas esta semana, quem sabe sai a reforma trabalhista. O Brasil tem posições muito ruins em vários itens, o que significa que qualquer ganho pode ajudar a subir no ranking”, explica.

Arruda não vê um salto grande de posições do Brasil já em 2017, mas diz que o País deve subir alguns degraus e, dentre de três ou quatro anos, pode recuperar boa parte do terreno perdido desde o pico de 2012, quando registrou sua melhor colocação no ranking – a 48ª posição. “Uma posição boa para o Brasil atualmente seria algo entre o 45º e o 55º lugar”, expõe.

Mundo Pelo oitavo ano seguido, a Suíça lidera a lista dos países mais competitivos do mundo, desta vez seguida por Cingapura, Estados Unidos, Holanda e Alemanha. Por outro lado, oito dos dez países menos competitivos da pesquisa são africanos (Congo, Libéria, Serra Leoa, Moçambique, Malauí, Burundi, Chade e Mauritânia), com exceção do Iêmen, último colocado, e da Venezuela, imersa em uma crise social, institucional e econômica.

“A queda no preço dos produtos primários e o fim do superciclo das commodities tiveram em geral um forte impacto nesses países”, diz o relatório.

Mercado de trabalho continua em distensão com desocupação crescente, diz BC

28/09/2016 – Fonte: Tribuna PR

O mercado de trabalho brasileiro continua em processo de distensão, com taxa de desocupação crescente, segundo avaliação do Banco Central. Em boxe do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na manhã desta terça-feira, 27, o BC destaca que a população ocupada e os rendimentos reais estão em declínio.

Segundo o BC, o recuo da população ocupada conjugado com o crescimento da força de trabalho a taxas superiores às do crescimento da população em idade de trabalhar resultou em expressivo crescimento no número de desempregados, que atingiu 11,8 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho de 2016, ante 8,6 milhões em julho de 2015. O recuo do emprego ocorreu na maior parte das categorias de trabalhadores, concentrando-se na de empregados do setor privado com carteira assinada.

Na avaliação do BC, o recuo do emprego com carteira assinada concomitante ao aumento do trabalho por conta própria sugere ter havido um processo de migração de trabalhadores do primeiro grupo para o segundo.

Para o BC, os dados confirmam que há uma mudança na estrutura ocupacional do mercado de trabalho no período recente, com empregados com carteira migrando para a categoria de trabalhadores por conta própria.

A análise mostrou também aumentos dos fluxos líquidos de empregados com e sem carteira e, mais recentemente, de trabalhadores por conta própria, para a categoria de desocupados. Além disso, segundo o BC, a quantidade de desocupados tem apresentado crescimento devido ao aumento do fluxo líquido de pessoas que se encontravam fora da força de trabalho.

Processo de desinflação O Banco Central reconhece que há processo de desinflação em curso no Brasil, mas observa que o movimento não tem sido linear e a velocidade desse movimento ainda parece incerta. “A evolução dos preços evidencia processo de desinflação em curso”, cita o Relatório Trimestral de Inflação.

“Os índices de preços, embora desacelerassem no trimestre encerrado em agosto, registraram inflação acima das expectativas para o período, refletindo arrefecimento de preços em intensidade inferior ao padrão sazonal.

A despeito desse comportamento recente, as perspectivas são de continuidade do processo de desinflação nos próximos trimestres”, menciona o documento, ao lembrar que as previsões do mercado coletadas pela pesquisa Focus também mostram essa desaceleração dos preços.

Apesar de reconhecer o processo, o Relatório menciona que a “a velocidade de desinflação permanece incerta”.

Nesse processo, o BC destaca “a continuidade do arrefecimento da inflação de alimentos, a dissipação dos efeitos de reajustes do grupo educação e a queda dos preços de itens influenciados pelas Olimpíadas devem favorecer a desaceleração da inflação ao consumidor”.

Sobre os alimentos, o BC ressalta que “a desaceleração dos preços do subgrupo alimentação no domicílio foi inferior ao padrão sazonal, repercutindo efeitos remanescentes do El Niño sobre a oferta de produtos agropecuários, especialmente cereais e leite e derivados”. Exterior O Banco Central manteve no Relatório Trimestral de Inflação a avaliação de que a economia global oferece um período favorável às economias emergentes. Apesar disso, a instituição cita que persistem as incertezas relacionadas ao crescimento global e ao processo de normalização das condições monetárias nos Estados Unidos.

“No cenário externo, no que tange às condições de liquidez e risco, vem constituindo um interregno benigno para ativos de economias emergentes”, cita o documento ao repetir o termo usado na mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom) no início do mês. Para o BC, uma das principais razões para o período benigno para os emergentes está na crença de que a liquidez internacional continuará abundante. O Relatório reconhece que há incertezas sobre o crescimento global e processos como a saída do Reino Unido da União Europeia. Por isso, o BC menciona que a “dinâmica da economia global permaneceu frágil e heterogênea, no segundo trimestre do ano, com incertezas associadas ao ritmo de crescimento e a riscos deflacionários em importantes economias globais”.

Nesse ambiente, autoridades monetárias internacionais reafirmaram a estratégia expansionista com manutenção de juros baixos e ampliação de iniciativas para aumentar a liquidez disponível. Por isso, os ativos têm evoluído positivamente.

“A despeito da ocorrência de instabilidades pontuais, os mercados financeiros globais operaram em ambiente de menor aversão ao risco, que se estendeu a agosto, refletindo, em especial, expectativas de manutenção dos juros básicos, em nível reduzido, nas principais economias maduras”.

“A expectativa de persistência da liquidez internacional elevada impactou os rendimentos de títulos públicos de longo prazo em importantes economias maduras e favoreceu o alongamento dos prazos de novas emissões soberanas. Observaram-se recuos relevantes nos retornos anuais de papéis de dez anos do Reino Unido, dos EUA e da Alemanha no trimestre encerrado em agosto, enquanto no Japão o retorno de títulos similares registrou elevação”, cita o documento, ao lembrar que a onda positiva também ajudou mercados acionários de países desenvolvidos.

Nos emergentes, vários indicadores de risco mostraram queda significativa, como o índice de risco soberano Emerging Markets Bond Index Plus (Embi+) e o Chicago Board Options Exchange Volatility Index (VIX).

Chance de estouro do teto da meta de inflação em 2016 supera os 90%28/09/2016 – Fonte: Gazeta do Povo

A chance de descumprimento da meta de inflação em 2016 cresceu e já supera os 90%. Por outro lado, o Banco Central (BC) calcula que a probabilidade de descumprimento da meta em 2017 caiu para apenas 12% no cenário de referência. As informações constam do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta terça-feira (27) pelo órgão.

No cenário de referência – que leva em conta a manutenção do câmbio e juros –, a chance de estouro do teto da meta em 2016 subiu de 69% para 91%. Já no caso de 2017, a possibilidade de estouro da meta de inflação pelo BC caiu de 18% para 12%. O documento trouxe, ainda, a menção à probabilidade de 6% de estouro do teto da meta em 2018.

No cenário de mercado – que leva em conta as previsões de mercado para câmbio e juros –, a chance de estouro do teto da meta em 2016 aumentou de 72% para 92%, enquanto a de 2017 foi reduzida de 35% para 21%. O documento trouxe pela primeira vez a probabilidade de estouro da meta em 2018, em torno de 16%

Estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação até 2018 é de 4,5%. Para 2016, há uma banda de tolerância de 2 pontos porcentuais, enquanto para 2017 e 2018 a margem é de 1,5 ponto porcentual.

Ao entregar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2016 em 10,67%, o BC não cumpriu sua meta e o então presidente da instituição, Alexandre Tombini, teve de escrever uma carta aberta ao então ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Horizonte relevanteEm um trecho do RTI, o Banco Central fez questão de lembrar que seu horizonte relevante considerado “abrange os anos-calendário com metas já definidas pelo CMN, inclusive o ano de 2017, para o qual o Comitê persegue a convergência para a meta de 4,5%”.

De acordo com a instituição, este horizonte relevante das ações de política monetária “não é estático”, mas se desloca com o passar do tempo. “À medida que avançam os meses, as ações de política monetária passam a dar maior importância, de maneira gradual, para períodos igualmente à frente”, ressaltou o BC.

IncertezasO Banco Central reconheceu que há incertezas se a desaceleração recente observada em alguns preços de serviços representaria desinflação capaz de se disseminar nesse setor e pelos demais preços da economia. A evolução do setor de serviços é uma das três condicionantes que o BC estabeleceu para reduzir as taxas de juros.

Em boxe sobre estudo da inflação de serviços, incluído no RTI, o BC destacou que o movimento de desaceleração dos preços nesse setor foi interrompido em julho e agosto, quando acelerou para 7,40%.

Entre novembro de 2015 e junho de 2016, a inflação de serviços havia recuado de 8,34% para 7,02%. No boxe, o BC faz questão de ressaltar que “nenhuma medida isolada” substitui o IPCA-Serviços como medida de inflação.

“Representando tão somente informações adicionais ao processo de acompanhamento dos preços do setor”, sinaliza o BC.

A autoridade monetária destaca ainda que quatro grupos de preços podem dificultar a identificação da tendência inflacionária recente do setor: turismo, serviços domésticos, cursos e comunicação.

A eliminação desses quatro grupos de preços, cujo peso representa 36,4% da inflação de serviços do IPCA, resulta em indicador de inflação subjacente no setor de serviços, que mostra desaceleração mais pronunciada no período recente.

O BC avaliou que, desde 2007, esse mesmo indicador apresentou, em média, inflação mais alta que a do setor de serviços como um todo.

Essas evidências, segundo o BC, geram incertezas sobre se a intensificação recente da desinflação desse indicador representa uma tendência que deverá se disseminar para os demais preços do setor e da economia ou se decorre de ajuste de preços relativos, após acúmulo de diferenças importantes nos últimos anos.

Preços dos alimentosO Banco Central voltou a citar no RTI os riscos domésticos para seu cenário básico de inflação, que foram levados em conta na decisão de agosto do Copom. Destacou que “a inflação acima do esperado no curto prazo, em boa medida decorrente de preços de alimentos, poderia se mostrar persistente”.

Além disso, o BC citou que permaneciam as incertezas quanto à “aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia”. Por fim, a instituição lembrou que “um período prolongado com inflação alta e com expectativas acima da meta poderia reforçar mecanismos inerciais e retardar o processo de desinflação”.

Ao mesmo tempo, o RTI lembrou que o Copom de agosto destacou que os preços no atacado já mostravam arrefecimento e que há evidências de que a queda dos alimentos no atacado tem se transmitido ao varejo. O BC destacou ainda que “os ajustes na economia poderiam ser implementados de forma mais célere, o que permitiria ganhos de confiança e reduziria as expectativas de inflação”.

Por fim, a instituição disse que “o nível de ociosidade na economia poderia produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom.” No documento, o BC informou ainda que estará atento a sinais de que a resistência da inflação possa vir de mecanismos inerciais.

FocusO Banco Central destacou que as expectativas de inflação apuradas no Relatório de Mercado Focus encontram-se, no caso de 2017, acima da meta para o ano, que é de 4,5%. O BC cita uma taxa de 5,1% prevista pelo mercado no Focus.

De fato, no relatório Focus imediatamente anterior ao RTI, a mediana das previsões do mercado para a inflação em 2017 estava em 5,12%. No último Focus, divulgado ontem, já estava em 5,07%.

Ainda em referência ao Focus, o BC citou que as “expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus encontram-se na meta de 4,5% para 2018 e 2019”.

No relatório, a instituição afirma ainda que o cenário básico do Copom contempla “estabilização da atividade econômica no curto prazo e possível retomada gradual ao longo dos próximos trimestres”. Ao mesmo tempo, o BC cita que o “nível de ociosidade na economia permanece elevado”.

“As projeções produzidas pelo Copom indicam que esse processo deve continuar nos próximos anos. No entanto, a velocidade de desinflação permanece incerta”, acrescentou o BC.

CâmbioO Banco Central informou que as estimativas apresentadas no RTI levaram em conta um câmbio de R$ 3,30 no cenário de referência. Todas as estimativas e avaliações do documento levam em conta a data de corte do dia 22 de setembro.

A cotação do câmbio mencionada é maior que a de R$ 3,20 da mais recente ata do Copom, divulgada em 6 de setembro. No RTI anterior, de junho, o câmbio de referência era de R$ 3,45.

O nono dígito vem aí: tire suas dúvidas sobre a mudança nos números de celulares

28/09/2016 – Fonte: Gazeta do Povo

Clientes de operadoras de telefonia do Paraná começaram a receber nas últimas semanas mensagens de texto alertando para uma mudança que vai causar dor de cabeça para muitos usuários: a implantação do nono dígito nos números de celulares.

O uso do dígito 9 na frente dos números já é uma realidade na maior parte do país. Agora, chegou a vez dos estados da Região Sul passarem a adotar o dígito extra. Confira abaixo os principais pontos sobre a mudança.

Quando muda?O dígito 9 será incorporado aos números de telefone celular no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul a partir de 6 de novembro. A mudança afeta os DDDs 41, 42, 43, 44, 45 e 46 (Paraná), 46, 47, 48 e 49 (Santa Catarina) e 51, 53, 54 e 55 (Rio Grande do Sul). Os três estados da Região Sul são os últimos a passarem pelo processo.

O que muda?O dígito 9 será acrescentado à esquerda dos atuais números, que passarão a ter o seguinte formato: 9xxxx-xxxx.

O dígito extra precisa ser usado não só na hora de fazer ligações, mas também para mandar mensagens SMS.

Como mudar?Vale reforçar que cabe aos usuários providenciar a mudança em sua agenda de contatos – os números não mudarão automaticamente. Mas isso só deve ser feito a partir de 6 de novembro; antes disso as ligações com o 9 extra não serão completadas. As principais operadoras lançaram aplicativos próprios para ajudar no processo, que adequam os números da lista do usuário. Você pode baixar os apps gratuitos nos links abaixo:

TIM: iOS e Android Vivo: iOS e Android Claro: iOS e Android Oi: iOS e Android

Ligações sem o 9 serão completadas?Mesmo a partir de 6 de novembro, as ligações para números com oito dígitos continuarão sendo completadas “por um determinado período para adaptação da rede e dos usuários”, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A agência não diz qual a duração exata desse período, mas ele deve durar de duas a três semanas, levando-se em conta o que ocorreu em outros estados.

Gradualmente, haverá interceptações da ligação e o usuário receberá mensagens com orientações sobre a nova forma de mensagem. Depois desse “período de adaptação”, chamadas com oito dígitos não serão mais completadas.

A mudança vai afetar as conversas pelo WhatsApp?Na prática, não. O aplicativo afirma que tem feito, por conta, todos os ajustes necessários para que os usuários não precisem criar uma nova conta, com o novo número de telefone – o que o WhatsApp faz é conectar o número novo à conta antiga (com oito dígitos). Com isso, mesmo após a mudança o usuário manterá todas as conversas e arquivos de mídia (fotos, vídeos, mensagens de voz e áudio).

“Nós temos conhecimento sobre as mudanças de números de telefone no Brasil e estamos preparados para vincular sua conta atual à sua conta com o novo número automaticamente - você não precisará fazer nada”, reforça o aplicativo em seu site oficial.

Números de telefone fixo também mudam?Não. A inclusão do dígito 9 vale somente para os números de telefones celulares. O que ocorre é que o usuário de telefone fixo também precisará incluir o dígito extra quando ligar para um celular.

Como ligar de outros estados para os novos números?A ligação não muda e permanece da forma como é feita hoje, apenas com a inclusão do nono dígito. Exemplo: 0+ Código da Operadora + Código de Área + 9XXXXXXXX.

Por quê a mudança?A inclusão do nono dígito é uma determinação da Anatel e foi aprovada por uma resolução em 2010. Segundo a agência, a mudança é uma forma de atender à “crescente demanda pelo serviço móvel” no país – com isso, é possível ampliar a capacidade de números de celulares.

Previdência pode ter ‘gatilho’ para idade mínima no longo prazo superar 65

anos28/09/2016 – Fonte: Tribuna PR

A proposta de reforma da Previdência que o presidente Michel Temer tem em mãos prevê o aumento da idade mínima para além dos 65 anos fixados inicialmente. O texto, elaborado pela equipe técnica do governo, propõe um gatilho que permitirá aumentar o piso da idade à medida que também subir o tempo médio de sobrevida (a quantidade de anos de vida depois da aposentadoria).

A “calibragem” evitaria a necessidade de discutir novos projetos de reforma previdenciária acompanhando o envelhecimento da população. Caberá a Temer a decisão de deixar ou retirar esse dispositivo. Os técnicos, porém, defendem o instrumento como necessário para que os efeitos da reforma, de alto custo político, sejam de longa duração.

O presidente já decidiu, porém, que a proposta de reforma só será enviada ao Congresso em novembro, após o segundo turno das eleições. A decisão é mais um recuo do governo que, inicialmente, encaminharia o texto ainda este mês.

Em jantar oferecido nesta terça-feira, 27, por Temer a ministros e líderes dos partidos da base aliada, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou que a prioridade do governo é a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos.

A PEC chegou a ser classificada como “o Plano Real do governo Temer” por parlamentares presentes à reunião. Mudança A fórmula para o acionamento do gatilho da idade leva em conta mais de um cenário, mas ainda está sendo definido o intervalo que levará ao aumento. Atualmente, a expectativa de “sobrevida” para quem tem 65 anos é de 18 anos. De um ano para o outro, esse número chega a aumentar dois meses e meio.

Atualmente, no Brasil, é possível se aposentar por idade ou por tempo de contribuição. Pela regra, é possível se aposentar com 65/60 anos (homens/mulheres) se o trabalhador tiver pelo menos 15 anos de contribuição. Na aposentadoria por tempo de contribuição, não há idade mínima.

A regra diz que é preciso ter 35/30 anos (homens/mulheres) de contribuição. Neste momento, o único consenso é com a relação aos 65 anos como idade mínima para homens e mulheres, com uma transição mais suave para mulheres e também para professores.

O projeto também eleva o tempo mínimo de contribuição (atualmente de 15 anos para a aposentadoria por idade) e vincula o pagamento integral do benefício a um período maior de contribuições. Uma das hipóteses é aumentar a contribuição mínima para 25 anos, sendo que, para ter direito à aposentadoria integral, serão necessários 50 anos de contribuição.

As novas regras valeriam para homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos. Acima dessa idade, os trabalhadores terão de trabalhar 40% ou 50% a mais no tempo que falta para a aposentadoria integral.

Intenção de endividamento cresce 24,9% em setembro, diz Fecomercio SP28/09/2016 – Fonte: Tribuna PR

A situação econômica do País ainda exige cautela. Ainda assim o Índice de Intenção de Financiamento, um dos indicadores que compõem a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) da FecomercioSP, teve alta de 24,9% em setembro, na comparação com agosto, passando dos 15,3 pontos para 19,1 pontos. Com isso,

atualmente quase 10% dos consumidores paulistanos estão dispostos a tomar crédito, bem próximos dos 10,2% da média histórica.

A PRIE, apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), tem o objetivo de acompanhar o interesse dos paulistanos em contrair crédito e a evolução da proporção de famílias endividadas na capital paulista que possuam aplicações financeiras, o que gera um índice de risco inerente a essas operações. Os dados foram coletados em 2,2 mil entrevistas na cidade de São Paulo.

Para os técnicos da FecomercioSP, vale lembrar que a elevação da intenção de assumir novas dívidas vem acompanhada de risco de crédito, o que pode acarretar em risco de inadimplência, caso o desemprego suba ainda mais neste ano.

“O Índice de Segurança de Crédito, que mede a capacidade do consumidor de pagar dívidas, porém, apresentou queda de 3,1% em setembro na comparação com agosto e atingiu 81,7 pontos”, dizem os técnicos. No comparativo anual o indicador mostrou retração ainda maior, de 4,9%. Entre os endividados, o índice teve retração mensal de 1,7%, enquanto, entre os não endividados, foi de -4,1%.

De acordo com a FecomercioSP, o Índice de Intenção de Financiamento tende a se manter em patamares baixos nos próximos meses, tudo mais constante, mas com ligeira elevação em relação ao final de 2015 e início deste ano, em uma percepção mais otimista da economia.

De qualquer maneira, segundo a entidade, a baixa proporção ao crédito é da cultura e das condições adversas à expansão de crédito no Brasil. A Federação ressalta que o mercado de crédito de relativo longo prazo é muito recente no Brasil.

Ainda segundo a pesquisa, a poupança continua sendo a aplicação preferida dos paulistanos. Em setembro, 60,2% das famílias afirmaram que a poupança foi o principal destino dos seus recursos, queda de 4,1 pontos porcentuais na comparação com agosto. Em setembro de 2015 a proporção era de 69,3%.

Apesar de ainda ser a favorita, a poupança perdeu espaço ao longo dos últimos meses tanto para a renda fixa quanto para a previdência privada, diante de juros nominais de 14,25% e do envelhecimento da população. “A proporção de aplicadores em renda fixa passou de 17,7% em agosto para 21,3% em setembro, alta de 3,6 pontos. No mesmo mês de 2015, a proporção era de 17,5%.

Aplicações em ações, segundo a FecomercioSP, podem ganhar espaço nos próximos meses por conta da melhoria das condições econômicas e pelo baixo valor das ações no Brasil após um longo período de queda da Bolsa. A proporção de aplicadores em ações que era de 1,9% em junho, passou para 2,6% em julho, 3,3% em agosto e 3,8% nesse mês. Em setembro de 2015, essa proporção era de 3,5%.

De acordo com a Federação, a tendência é que, no futuro, os juros básicos sejam reduzidos e é possível que os que mantiverem reserva financeira voltem a apostar na segurança da caderneta de poupança, mas também olhem para opções como bolsa de valores, por exemplo, principalmente vendo o desempenho atual das aplicações do Ibovespa.

Com a provável reforma da previdência e com o foco sobre esse assunto, a entidade afirma ser possível que as aplicações em fundos de pensão e previdência privada ganhem novos adeptos.

“Essa é uma tendência que deve favorecer a poupança em longo prazo e deve ser estimulada de forma que os jovens de hoje proporcionem a aceleração do crescimento via investimentos de prazo longo, e garantam uma velhice mais próspera. Apesar da queda na comparação mensal, a proporção de aplicadores na

previdência privada subiu 2,8 pontos porcentuais em relação a setembro de 2015 passando de 5,8% para 8,6%”, dizem os técnicos da Fecomercio.

Jacob Lew diz que Brasil está prestes a retomar crescimento econômico28/09/2016 – Fonte: Tribuna PR

O secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew, acredita que o Brasil está “prestes a retomar o crescimento econômico”. A avaliação foi feita após uma série de reuniões na capital federal com o presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

Lew demonstrou confiança com a agenda de reformas estruturais no Brasil. “O Brasil está prestes a retomar o crescimento. Já há recuperação da confiança dos consumidores e dos investidores”, disse em conversa com jornalistas na Embaixada dos Estados Unidos.

Lew explicou que a confiança com o Brasil cresce diante dos sinais de que avança a agenda de reformas. “O que ouvi é o compromisso do governo e a confiança de que as medidas avançarão no Congresso”, disse o secretário norte-americano. Para o secretário dos EUA, “lideranças políticas e econômicas estão tomando medidas para, passo a passo, entregar” as reformas estruturais. “Essas reformas vão ajudar a economia brasileira”, disse.

Na segunda-feira, Jacob Lew esteve na Argentina na primeira visita de um secretário de Tesouro dos EUA ao país vizinho desde 2002. “Estamos trabalhando junto com o governo (Maurício) Macri nas reformas”, disse.

Reformas fiscais fortalecerão confiança e elevarão investimentos, diz Moody’s

28/09/2016 – Fonte: Tribuna PR

A vice-presidente da Moody’s, Samar Maziad, afirmou que as reformas fiscais, como as propostas de teto dos gastos federais com base na inflação do ano anterior e mudança estrutural na Previdência Social, fortalecerão a confiança em geral no País e elevarão a Formação Bruta de Capital Fixo. “Os investimentos podem subir, pois recuaram de 19% para 17% do PIB durante um ciclo de retração da atividade por dois anos”, apontou.

“Temos a expectativa de que o governo conseguirá obter o consenso no Congresso para aprovar as reformas fiscais”, disse Samar. “Somente a adoção do teto de gastos não é suficiente para melhorar a avaliação do rating e perspectiva do País.”

Ela destacou que a última decisão da nota soberana do Brasil ocorreu em fevereiro, quando baixou para Ba2 e perspectiva negativa, e há um período de avaliação de 12 a 18 meses para uma reavaliação destes indicadores.

Influência da Petrobras Samar Maziad afirmou que a melhora da situação financeira da Petrobras, com redução do seu nível de endividamento, “ajuda na avaliação do rating soberano”. Para ela, a nova gestão administrativa da estatal reduz uma eventual necessidade do Tesouro Nacional precisar capitalizar a companhia em algum momento.

Ela também destacou que o aumento da solidez da Petrobras é positivo para toda a cadeia produtiva do setor e colabora para incrementar o nível de atividade no País.

Inflação e juros A vice-presidente da Moody’s disse também que a previsão do Banco Central de que a inflação atingirá 4,4% em 2017, como informou o relatório trimestral de inflação nesta terça, “reforça a implementação de uma nova política de juros” pelo BC. Ela

estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará ao redor de 5,5% no próximo ano.

“Não sabemos quando o Banco Central iniciará a diminuição da Selic, pois ainda será preciso ver a inflação iniciar uma trajetória firme de queda”, destacou Samar.

Bancos sólidos Ela afirmou ainda que um fator positivo para a economia do Brasil é que os bancos estão “sólidos e com boa liquidez”. Destacou que este quadro do sistema financeiro do País é muito favorável para a retomada do crescimento do PIB.

Contudo, ressaltou que a recuperação do consumo e dos investimentos virão com o aumento a confiança de famílias e empresários, que surgirá com reformas fiscais, como a da Previdência Social e a adoção do teto de gastos do governo.

Para Samar Maziad, a retração da economia em 2015 e 2016 ocorre por uma série de elementos, inclusive devido a impactos na Operação Lava Jato na atividade de grandes companhias.

“Mas a Lava Jato no médio prazo ajudará na governança e transparência corporativa de empresas.”

Inadimplência dos bancos A estabilidade da economia, com crescimento gradual, não evitará que o crédito continue se deteriorando e isso seguirá tendo reflexo nos bancos, afirmou a analista sênior da Moody’s, Ceres Lisboa. “Por mais que haja retomada, existe o risco do desemprego.

Os bancos crescem suas carteiras a 0% em taxas nominais e em termos reais o crescimento é negativo, o que é ruim para a qualidade dos ativos dos bancos”, afirmou em conferencia em São Paulo.

Ceres notou que os bancos mapearam o risco, provisionando, mas que a taxa de inadimplência acima de 90 dias não é a única métrica para a qualidade dos bancos. “Olhamos as reestruturações e elas cresceram e seguem crescendo”, pontuou. “Esperamos que uma parte do crédito renegociado volte a ficar inadimplente, comprometendo a qualidade dos ativos”, disse.

A analista chamou a atenção para o número que mostra que 10% da carteira dos bancos está em nível D-H, que exigem provisão de até 100%, em consequência do aumento forte no fluxo de recuperação judicial, sobretudo influenciado pelas grandes empresas. “Vamos continuar observando e monitorando”, afirmou.

Política de preços de combustíveis ainda é discutida internamente, diz Parente

28/09/2016 – Fonte: Tribuna PR

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta terça-feira, 26, em entrevista coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto, que a política de preços de combustíveis ainda está sendo discutida e que ela por seguir a paridade internacional pode resultar no aumento ou na queda do preço da gasolina.

“É importante ressaltar que, sendo uma política que tem como paridade internacional, a direção da mudança de preços não é única. Não é só para subir, ela pode ser para descer também. Mas não há decisão nesse sentido”, disse, após encontro com o presidente Michel Temer.

“A política de preço de combustíveis, como já informei várias vezes, é um tema empresarial da Petrobras, estamos discutindo internamente uma política. E essa política terá como referência a paridade internacional e tão logo essa discussão esteja concluída nós informamos”, reforçou Pedro Parente.

Inflação Conforma mostrou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) na segunda-feira, 26, além da influência de alívio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) nas expectativas para a inflação deste e do próximo ano na pesquisa Focus do Banco Central (BC), economistas ouvidos pelo afirmam que as especulações recentes acerca de uma redução no preço dos combustíveis também podem ter motivado as reduções nas estimativas do mercado para o IPCA.

Plano estratégico O presidente da Petrobrás afirmou que veio trazer ao presidente da República, Michel Temer, o plano estratégico 2017-2021 da empresa. “Conversamos com ele sobre as principais características deste plano, então, foi uma conversa de apresentação e técnica do plano da companhia, que já é de conhecimento público, mas obviamente era importante que o presidente conhecesse os detalhes que fizemos questão de trazer pessoalmente”, disse.

Segundo Parente, Temer acompanhou a exposição dos executivos da Petrobras com bastante atenção e fez anotações a respeito. “Ele entendeu que o plano tem três horizontes, um horizonte de dois anos, quando nosso objetivo é fazer uma redução mais rápida da dívida da empresa; e depois, os três anos seguintes a gente volta a crescer e nesse período, ao fim de cinco anos, seremos uma empresa que voltará a crescer e estará produzindo cerca de 3,4 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia, ficando entre as quatro ou cinco empresas que mais produzem petróleo no mundo”, afirmou.

Brasil talvez já tenha passado pelo pior, diz analista sênior da Moody’s28/09/2016 – Fonte: Tribuna PR

A contração econômica brasileira poderá chegar ao fim em 2016 e a perspectiva é de haver crescimento de 0,5% a 1% em 2017, afirmou nesta terça-feira, 27, o analista sênior do grupo de risco soberano da Moody’s, Samar Maziad, em conferência que ocorre em São Paulo. “Há sinais de que a contração chegou ao fim”, afirmou, citando o sentimento do consumidor e dos investidores, além dos números da produção industrial.

Samar avalia que talvez o pior já tenha passado para o Brasil, especialmente em termos de crescimento, e considera que há ainda possibilidade de haver expansão superior a 1%, embora tenha ponderado que, por conservadorismo, a expectativa da agência de risco é de que o PIB tenha expansão inferior a 1%. Para este ano, Samar vê a economia com contração de 3,5%.

Ela relembrou que o rebaixamento do Brasil de Baa3 para Ba2 foi motivado pelas incertezas políticas e a perspectiva de deterioração das métricas de dívida, para acima de 80% do PIB. “Hoje, estamos em uma situação diferente em relação a fevereiro, quando o rating foi alterado”, afirmou.

Samar frisou ainda que no aspecto monetário, a inflação está convergindo para a meta, assim como as expectativas, o que pode causar efeito positivo sobre o juro e sobre o ciclo de crescimento, trazendo, por fim, implicações positivas para o aspecto fiscal.

Indústria de bebidas pede para que Beto Richa não vete emenda28/09/2016 – Fonte: Bem Paraná

Recentemente, foi aprovada com facilidade pela Assembleia Legislativa do Paraná uma emenda parlamentar, apresentada pelo deputado Guto Silva, que concede um crédito presumido de forma que a carga tributária final seja de 12% para empresas que industrializam bebidas no Estado do Paraná. Agora, a indústria de refrigerantes cobra bom senso do Governador Beto Richa, que precisa sancionar a emenda à Lei Orgânica de ICMS do Paraná.

No total, existem mais de 15 indústrias de refrigerantes no Estado do Paraná, empresas que arrecadam anualmente milhões em ICMS e empregam milhares pessoas. Nos últimos anos, as empresas têm reclamado da desigualdade mercadológica e da falta de isonomia tributária perante as multinacionais, o que contribui muito para o avanço da concentração de mercado.

“A emenda aprovada pela Câmara é a salvação para o nosso segmento e agradecemos muito aos Deputados, que estudaram a situação e perceberam que a demanda solicitada teve base de sustentação e argumentos mais que suficientes para assim deliberarem.  Há limites de volumes estabelecidos na proposta, desta forma ela vai beneficiar micro, pequenas e médias empresas, que são as que mais sofreram nos últimos anos, tanto que muitas delas já pararam de produzir, encerrando suas atividades. O cenário atual é muito desolador, e se prevê para os próximos anos o fechamento de mais empresas genuinamente paranaenses, que fazem parte da história do nosso Paraná. É importante lembrar que estas empresas não representem o maior faturamento do setor, mas com certeza elas geram muito mais empregos por litro produzido”, explica Nilo Cini Jr., presidente do Sindicato Patronal das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral (Sindibebidas).

De acordo com o sindicato, as empresas são bem distribuídas no Paraná, gerando emprego e renda em suas microrregiões, além de fazerem parte da comunidade local e da história de suas cidades.

“Mais do que uma simples relação comercial, essas empresas têm uma relação muito grande com a história das pessoas, com as memórias da infância e da família, e, obviamente, são ligadas diretamente com momentos felizes. Além desse aspecto sentimental, se o Governador Beto Richa sancionar a emenda, as indústrias poderão manter o nível de emprego e, muito provavelmente, incrementar o nível de investimento, fazendo com que a economia local cresça, gerando renda também para o Estado”, detalha. 

Para o presidente da Sindibebidas, os deputados entenderam que é necessário discutir o assunto que se tornou fundamental para a manutenção de um segmento de extrema importância para o Paraná, e por esse motivo a emenda foi aprovada com facilidade, com 38 votos favoráveis e apenas 4 contrários.

"Não estamos pedindo nada além do que direitos fiscais parecidos com os das grandes multinacionais. O Governo do Paraná precisa valorizar o nosso segmento e, principalmente, os milhares de empregos que geramos em todas as regiões do Estado. É necessário que o Governador entenda que com o incentivo poderemos manter nossos preços, implementando nossa atuação e gerando mais empregos já a partir do dia 01 de janeiro de 2017”, completa Nilo.

Projeto para fortalecer indústrias da Serra será lançado nesta quinta-feira28/09/2016 – Fonte: O Pioneiro

A solução para se manter forte no mercado mesmo em tempos de crise pode estar, acredite, em parcerias entre empresas concorrentes. É isso que propõe, entre outras coisas, o Projeto Incentivo Industrial Serra Gaúcha, que será lançado nesta quinta-feira pelo Arranjo Produtivo Local Metalmecânico e Automotivo da região (APL MMeA).

O foco principal da iniciativa é fortalecer a indústria local e diminuir a dependência de fornecedores de outros estados e países.

Por meio do projeto, clusters (grupos) de empresas serão formados com o intuito de atender demandas de grandes companhias que, atualmente, adquirem peças e equipamentos de outros lugares. Apoiada pelo governo do Estado por meio da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), a novidade foi contemplada em edital no ano passado e o APL recebeu R$ 650 mil para desenvolver o projeto.

— A iniciativa é uma oportunidade para as empresas que isoladamente não têm condições de atender certos pedidos, mas que conseguiriam se contassem com a ajuda de outras. É uma forma de ver o vizinho não como um concorrente e sim como um parceiro. Em países desenvolvidos, isso já existe com bastante intensidade — relata Oscar de Azevedo, presidente do APL MMeA.

Algumas instituições, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio Grande do Sul (Senai), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Universidade de Caxias do Sul (UCS), são apoiadoras do projeto e contribuirão com questões relacionadas a pesquisas e desenvolvimento de soluções.

Para Odacir Graciolli, vice-reitor da universidade, a iniciativa promove uma mudança cultural, já que provoca as empresas e a comunidade a se relacionar de uma forma mais eficiente.

— O projeto vai identificar produtos que as grandes companhias trazem de fora e podem ser feitos aqui. O farol, por exemplo, costuma vir de São Paulo. Podemos, então, reunir uma empresa de plástico, outra de metal e viabilizar por meio de instituições uma maneira de isso ser produzido aqui.

Uma cadeia colaborativa diminui custos de logística, gera empregos e aumenta a arrecadação de tributos — detalha Graciolli.

As empresas que participarem do encontro nesta quinta, na CIC, preencherão um questionário com questões referentes à capacidade produtiva e aos processos que dispõem. Ao todo, 85 empresas devem ser escolhidas para participarem das negociações. O próprio APL MMeA será o responsável por fazer o link entre os fornecedores locais e as empresas maiores.

O QUE É O APL MMeA:: É uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, e com duração por tempo indeterminado. Tem sede no município de Caxias do Sul.

:: Suas atividades estão direcionadas para apoio as empresas dos ramos metalmecânico, automotivo e eletroeletrônico.

:: Sua principal finalidade é fomento e desenvolvimento das micro e pequenas empresas, o que não torna fato excludente as empresas de maior porte.

:: Região de abrangência: Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Cotiporã, Fagundes Varela, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Nova Prata, Nova Roma do Sul, São Marcos, Vacaria, Vale Real, Veranópolis, Vila Flores e Vista Alegre do Prata.

SERVIÇOO que: Lançamento do Projeto Incentivo Industrial Serra GaúchaQuando: nesta quinta-feira, às 17hOnde: no Restaurante Sica, na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias (CIC).

Fica na Rua Ítalo Victor Bersani, 1134Quanto: as inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (54) 9966.9713Público-alvo: empresas da região dos setores metalmecânico, de material elétrico e eletrônico, de plástico e de tecnologia de informação.

Confiança da Indústria avança 2,1 pontos em setembro ante agosto, aponta FGV

28/09/2016 – Fonte: EM.com

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 2,1 pontos em setembro ante agosto, passando de 86,1 para 88,2 pontos, o maior nível desde julho de 2014, informou nesta quarta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Esse resultado reverte a queda do mês passado, quando o indicador caiu 1,0 ponto. Desde março, o índice acumula um ganho de 13,5 pontos, mas a FGV aponta que o ICI permanece em um nível historicamente baixo.

A expansão em setembro atingiu 12 dos 19 segmentos pesquisados e foi determinada tanto pela melhora das expectativas quanto das avaliações sobre a situação atual.

Houve um avanço de 2,5 pontos, para 89,8 pontos, no Índice de Expectativas (IE), o maior patamar desde junho de 2014. O Índice da Situação Atual (ISA) aumentou 1,5 ponto, para 86,7 pontos, maior nível desde janeiro de 2015 (88,4 pontos).

"Em setembro o ICI retoma a trajetória de alta iniciada em abril, depois de breve interrupção no mês anterior", afirmou o superintende de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE, Aloiso Campelo Junior.

Ele observou que "a leitura desagregada dos quesitos da pesquisa sugere uma recuperação lenta e sujeita a sobressaltos pelo lado da produção, decorrente do esforço para normalização de estoques e da recente perda de fôlego das vendas externas.

O setor continua desapontado com a lentidão da recuperação da demanda interna, mas começa a apresentar maior otimismo no horizonte de seis meses", disse em nota.

A maior contribuição para a alta do IE veio do indicador que mede o grau de otimismo com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes, que subiu 5,3 pontos, para 88,9 pontos, maior nível desde dezembro de 2014.

No ISA, a principal influência para a melhora das percepções foi a evolução favorável dos estoques.

As empresas que avaliaram os estoques como excessivos diminuíram de 14,1% para 12,7%, em setembro.

Em contrapartida, o porcentual de empresas que consideraram o estoque insuficiente aumentou de 5,4% para 7,1%, o maior desde maio de 2013 (7,3%).

A FGV também informou que entre agosto e setembro o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 0,9 ponto porcentual, para 74,7%.

A edição de setembro de 2016 do ICI coletou informações de 1.122 empresas entre os dias 5 e 23 deste mês.

A próxima divulgação desse indicador será no dia 31 de outubro de 2016, sendo que a prévia do resultado será publicada no site do Ibre no dia 24 de outubro.

Incubadora da UEL oferece suporte para empreendimentos inovadores28/09/2016 – Fonte: G1 PR

Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica(Intuel) oferece suporte a empreendimentos inovadores (Foto: Divulgação/AINTEC-UEL)

Capacitação, infraestrutura, cursos de gestão e acompanhamento durante o desenvolvimento estão entre os benefícios oferecidos pela Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica (Intuel), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no norte do Paraná. 

A incubadora é uma alternativa para quem tem uma ideia inovadora de negócio na área de tecnologia, mas pouca experiência no mercado.

"É como se fosse uma incubadora de bebê. Quando ele nasce, precisa de um ambiente de apoio para crescer, assim como as empresas que estão começando", compara Tatiana Fiuza, gerente da Intuel. Ela explica que, além de ajudar no início dos empreendimentos, o objetivo é dar suporte para que as empresas tenham sustentação no mercado.

Para Fiuza, o desenvolvimento de negócios tecnológicos inovadores pode gerar produtos de alto valor agregado e ajudar a diversificar a economia. "As empresas incubadas podem continuar pequenas, mas ter um impacto muito grande na economia, além de trazer benefícios para a população e para outras empresas", explica.

A incubadora fornece o suporte e apoio no desenvolvimento do negócio e, segundo a gerente, o ambiente também permite troca de experiências entre os empresários participantes.

Atualmente, nove empresas estão incubadas na Intuel. Juntos, os negócios somam R$ 1,6 milhão e geram 55 empregos, de acordo com números da própria incubadora.

Ideia em desenvolvimentoA história do aplicativo Beer App, que reúne e compartilha preços de cervejas na cidade de Londrina, ainda está no começo. Incubada desde dezembro de 2015, a ideia surgiu em agosto do ano passado, durante um evento para startups – empresas

novas que, com baixo custo e pouco tempo, têm soluções ou produtos inovadores – realizado na cidade.

Fernando Rocha é sócio da empresa que desenvolve o aplicativo Beer App (Foto: Arquivo Pessoal/Fernando Rocha)Fernando Rocha e dois sócios pretendiam fazer um aplicativo que possibilitasse a pesquisa dos melhores preços de produtos nos supermercados, mas durante o desenvolvimento do projeto, a partir do conhecimento adquirido e de sugestões de outros empreendedores, resolveram investir em apenas um produto."Decidimos focar e aproveitar que Londrina tem um público apaixonado por cerveja", conta Rocha.

O empresário diz que o objetivo do Beer App é proporcionar mais momentos entre amigos e ajudando o usuário a ter maior poder de compra. Mas ele ressalta que a intenção não é estimular o consumo excessivo de álcool.

O aplicativo permite que os próprios usuários compartilhem os preços e criem listas das cervejas favoritas para pesquisas rápidas. Informações como histórico de preços e endereços dos pontos de venda também estão disponíveis.

Em teste desde julho, 400 pessoas já baixaram o programa. “Esse período é para gente ouvir o usuário, receber o feedback e conseguir implementar as mudanças mais rápido”, explica Rocha.

O empresário conta que a incubadora fornece uma base de conhecimentos e um suporte em diferentes áreas, como a jurídica, contábil e marketing.

“A gente tem que se preocupar com a parte de executar o projeto, porque nas outras áreas que a empresa precisa ter suporte para funcionar, eles [da Intuel] ajudam”, comenta.

A expectativa é de que até o fim do ano a versão definitiva do aplicativo esteja disponível para os usuários. Depois do lançamento oficial, eles pretendem atuar em outros segmentos, usando a experiência adquirida com o Beer App.

UsuárioO empresário Lucas Teixeira, de 32 anos, conheceu o aplicativo por meio de um colega. Ele gostou da experiência e cita dois benefícios da ideia: identificar o ponto de venda de uma determinada cerveja e identificar o local onde o produto está com o melhor preço.

“Já usei bastante para comprar cerveja para mim mas, recentemente, precisei comprar cerveja para um evento e a economia que o aplicativo que me proporcionou valeu muito a pena”, relata.

Teixeira percebeu que, na fase de testes, o produto tem melhorado a usabilidade. Para o empresário, “uma coisa bacana é poder enviar o valor da cerveja. Eu saio do mercado, tiro a foto da nota e já mando para poder colaborar com o pessoal”.

HistóricoDas empresas graduadas na UEL, que já saíram da fase de incubação, oito seguem no mercado.

A Intuel foi inaugurada em 2000 e incorporada à Agência de Inovação Tecnológica (Aintec) em 2008, mas sua história começou com o Projeto Gênesis, em 1997.

Equipe atual da Arandu Sistemas, empresa que surgiu na universidade com apoio do projeto precursor da Intuel (Foto: Arquivo Pessoal/Chrystian Scanferla)

Foi em 1997 que Chrystian Scanferla e Cristiana Yumi Scanferla, que eram estudantes do último ano de ciências da computação, entraram para o programa. “Na época, apresentamos dois projetos, e não tocamos nenhum deles”, lembra Chrystian.

Os dois usaram o recurso de uma bolsa, ofertada na época, para fomentar o negócio, que começou nos laboratórios do projeto. Depois de um ano no projeto e mais um ano de incubação, surgia a Arandu Sistemas, do setor de tecnologias da informação e da comunicação.

A empresa comercializa um software próprio de gestão para o comércio varejista, e atende clientes em todo o Brasil.

Chrystian afirma que o projeto de incubação foi muito importante para a empresa. “Primeiro pela capacitação empresarial – nas áreas de gestão, marketing, controle – e, em segundo lugar, porque dali surgiu uma rede de relacionamentos que continua crescendo até hoje e que é mantida”, explica.

Após o período de incubação, o empresário conta que ele e a sócia continuaram participando de cursos de capacitação e feiras ofertados pela Intuel.

Como funcionaO período de incubação é de dois anos, prorrogáveis por mais dois.

O programa tem duas modalidades: residente, quando a empresa usa o espaço físico da incubadora, e não residente, quando o negócio recebe treinamentos e assessoria, para ajudar no planejamento e monitoramento da empresa.

O modelo de gestão adotado pela Intuel é o Cerne, desenvolvido por meio de uma parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), com objetivo de promover um crescimento saudável e contínuo, tanto da incubadora, quanto das empresas incubadas.

SeleçãoA incubadora está com inscrições abertas para a seleção de quatro empreendimentos inovadores de base tecnológica. Os interessados têm até sábado (1º) para se inscrever no site da Intuel.

O edital completo está disponível no site da (Aintec) da UEL.

Podem concorrer empresas de base tecnológica com potencial inovador, que atuem nos setores de tecnologia da informação e da comunicação, design, automação, biotecnologia, bens de consumo e indústria.

O processo seletivo será dividido em três fases: preenchimento de um sumário executivo online; treinamento de modelagem de negócio para a formatação de um modelo definitivo das propostas; apresentação oral da proposta para uma banca de avaliação.

Intuel oferece infraestrutura para o desenvolvimento de empresas inovadoras da área de tecnologia (Foto: Divulgação/AINTEC-UEL)

Governo aceita nova regra para repatriação, mas mantém prazo final28/09/2016 – Fonte: Folha de S. Paulo

O governo decidiu aceitar mudanças no período de tributação do programa de repatriação de recursos não declarados no exterior, mas não admitiu alongar o prazo final para a regularização, que termina no dia 31 de outubro.

Apesar das resistências da Receita Federal, o Palácio do Planalto topou tributar o saldo das contas no exterior em 31 de dezembro de 2014, e não mais o fluxo dos recursos —ou seja, todo dinheiro que transitou nestas contas não declaradas ao Fisco.

Acertou-se que, se o saldo for zero naquela data, valerá o de anos anteriores, mas somente até o fim de 2011.

O presidente Michel Temer chegou a vetar qualquer tipo de mudança, seguindo posição da equipe econômica. Mas acabou sendo convencido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a aceitar as alterações.

Maia quer votar o texto já na semana que vem para que o Senado aprove o projeto em seguida. Até agora, a Receita contabiliza cerca de R$ 8 bilhões com a repatriação, mas avalia que a arrecadação pode chegar a R$ 53 bilhões.

Maia é o principal defensor da mudança, que vinha sendo pedida há meses por empresários. O Congresso tem pressa ainda na votação porque os Estados e municípios têm direito a uma parcela do que será arrecadado.

POLÍTICOS Não será aceita, porém, a retirada da proibição para políticos e seus parentes aderirem ao programa. O veto foi incluído na lei original para evitar que políticos envolvidos na Lava Jato fossem beneficiados com a medida.

A última versão do texto feita pelo relator da proposta, deputado Alexandre Baldy (PTN-GO), fechada nesta semana, traz uma facilidade para quem pretende repatriar recursos: em caso de erros na declaração, o contribuinte não será excluído do programa.

Nesse caso, o governo pode exigir o pagamento dos tributos e multas sobre valores que não forem declarados.

"Todos são passíveis de errar em algum momento. A nossa intenção é gerar segurança jurídica", disse Baldy.

Sob análise também está a flexibilização da barreira imposta àqueles que tenham condenação na Justiça.

A lei em vigor permite que contribuintes com condenação criminal regularizem sua situação desde que tenham sido pegos por crimes cuja anistia não esteja prevista no programa —quem foi condenado por evasão de divisas, sonegação e falsidade ideológica, por exemplo, está vetado.

A ideia agora é que eles possam aderir caso os recursos repatriados não tenham relação com a condenação.

Tributaristas receberam bem a proposta de mudança, mas reclamam da resistência em prorrogar o prazo.

"A mudança é muito bem-vinda. Mas, se ela for aprovada sem um novo prazo, será o caos", afirma Luiz Bichara, sócio do Bichara Advogados. Para Roberto Quiroga, sócio do Mattos Filho, quem for incentivado a aderir diante das alterações feitas no Congresso pode não ter tempo para reunir os documentos.

"Tem muito banco dizendo que, se as informações não forem solicitadas até o final de setembro, eles não conseguirão enviá-las. Se você mudar em um mês, não altera muita coisa. Não vejo porque prejudique tanto".

Pequenos e médios bancos do Brasil enfrentam ambiente difícil, diz Fitch28/09/2016 – Fonte: EM.com

Os bancos de pequeno e médio portes do Brasil tiveram de rever seus modelos de negócios para lidar com o difícil ambiente operacional do país, segundo a Fitch.

O sucesso dessas instituições, que totalizam cerca de 50 e que oferecem uma gama similar e limitada de produtos e serviços para clientes de varejo e comerciais, depende amplamente de um ambiente que lhes dê sustentação, afirma a agência de classificação de risco.

Na avaliação da Fitch, esses bancos tendem a crescer rapidamente e mos trar bom desempenho quando a economia se expande com força e a demanda por crédito é alta.

No entanto, a demanda doméstica teve forte queda e a Fitch prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil sofrerá contração de 3,3% em 2016, após encolher 3,8% em 2015, com uma recuperação prevista apenas para 2017.

Essa situação está prejudicando os bancos brasileiros menores e seus indicadores de desempenho estão se enfraquecendo, diz a Fitch.

"Com algumas exceções, como o Banco Daycoval e o Banco ABC Brasil, muitos bancos de segunda linha tiveram fracos resultados ou perdas operacionais em 2015 e no primeiro semestre de 2016", ressalta a agência.

Os ratings internacionais atribuídos pela Fitch a 11 de 13 dos bancos brasileiros de segunda linha têm perspectiva negativa, em linha com o setor bancário de modo geral e com o rating soberano do país.

A perspectiva de crescimento desses bancos no curto prazo é limitada, devido à recessão e à migração de grandes bancos para áreas típicas de instituições menores, como empréstimos consignados, diz a Fitch.

Paridade internacional pode baixar preço da gasolina no país, diz Parente

28/09/2016 – Fonte: G1

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta terça-feira (27), após se reunir com o presidente da República, Michel Temer, no Palácio do Planalto, que a estatal adotará a política de paridade internacional para definir o preço da gasolina, o que "pode" resultar na queda do preço do combustível no Brasil.A companhia deve anunciar até o fim do ano uma redução no preço da gasolina. A intenção, informou o editor de Economia da GloboNews, João Borges, é anunciar a medida junto com uma nova política de preços para os combustíveis, cujo critério será o alinhamento do preço praticado no Brasil com os do mercado internacional. "Essa política de preços de combustíveis, como já informei, é um tema empresarial da Petrobras e estamos discutindo internamente uma política. Essa política terá como referência a paridade internacional e, tão logo a discussão esteja concluída, informaremos a vocês", disse.

Questionado, então, se o preço da gasolina vai cair, Parente acrescentou: "O que é importante ressaltar é que, sendo uma política que tem como referência a paridade internacional, a mudança de preços não é só para subir, pode ser para descer também.

Mas não há uma decisão nesse sentido. Assim que tivemos a política definida, a gente volta a falar com vocês."

Levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) apontou que o preço da gasolina no Brasil está há 12 meses mais cara do que no mercado internacional. Essa difereça, que em fevereiro chegou a 49%, baixou para 10,6% em junho mas voltou a subir e está, em setembro, em 30%.

Reunião com TemerSegundo Pedro Parente, a reunião com Temer serviu para que a Petrobras pudesse apresentar seu plano de investimentos para o período 2017-2021.

Divulgado na semana passada, ele prevê cerca de US$ 74,1 bilhões em investimentos nos próximos anos. O valor é 25% menor que os US$ 98,4 bilhões previstos para o plano do período anterior, anunciado em janeiro deste ano.

A jornalistas, Parente disse que a conversa foi "técnica" e apontou que é "importante" o presidente da República ter conhecimento do que a Petrobras pretende investir nos próximos anos. O governo federal é o principal acionista e controlador da estatal.

Sobre as reações de Temer, o presidente da estatal disse que ele fez anotações, "acompanhou tudo com muita atenção" e entendeu que o objetivo da petroleira é "fazer com que haja uma redução mais rápida da dívida e a partir de três anos a gente volte a crescer".

"Apresentamos ao presidente as questões que são relevantes para o desenvolvimento deste setor [petróleo] no país, não só a Petrobras. É um setor que pode dar uma resposta rápida em termos de investimentos, e o presidente ficou interessado em relação ao tema", declarou Pedro Parente.

Exploração do pré-salPedro Parente também aproveitou a entrevista desta terça no Palácio do Planalto para defender o projeto em tramitação no Congresso Nacional que desobriga a participação da Petrobras em todos os consórcios de exploração dos campos do pré-sal.

Na avaliação do presidente da Petrobras, a companhia "tem a ganhar" caso o projeto, já aprovado no Senado e em avaliação na Câmara, vire lei.

"Em vez de ter a obrigação [de exploração], vamos ter a opção de fazer. Só esta já é uma razão, um benefício grande para a empresa e defendemos isso [o projeto], sim", observou.

Parente concluiu ao dizer que considera "importante" para o país ter outras empresas interessadas em fazer investimentos na área do pré-sal.

Jeep apresenta Compass nacional e mais tecnológico28/09/2016 – Fonte: Automotive Business

Começou a sair das linhas de montagem da cidade pernambucana de Goiana o Jeep Compass, modelo que promete ser mais um dos pilares para que a marca se estabeleça como a principal fabricante global de SUVs.

O lançamento mundial aconteceu no Brasil e deve ser seguido pela apresentação nos Estados Unidos nos próximos meses. O carro chega ao mercado em novembro com preços que vão de R$ 99.990 a R$ 149.990, em versões 2.0 flex de 166 cv de potência e 2.0 diesel, de 170 cv.

As configurações bicombustível vão disputar espaço no mercado nacional com modelos como Hyundai iX35, Mitsubishi ASX e Kia Sportage. Já com motor diesel, o alvo está nos SUVs das marcas alemãs, como Mercedes-Benz GLA, Audi Q3 e BMW X1.

O plano da FCA, Fiat Chrysler Automobiles, controladora da Jeep, é alcançar a marca de 2 mil emplacamentos mensais, número ambicioso, superior ao dos concorrentes.

Para alcançar o volume, a aposta é oferecer tecnologias inéditas para um modelo fabricado no Brasil. Entre elas estão controle de velocidade de cruzeiro, alerta de colisão e monitoramento de mudança de faixa de rodagem.

O Compass encerra a primeira etapa do plano de produto do Polo Automotivo da Jeep em Goiana. Em abril do ano passado o complexo desbravou a região como primeiro empreendimento industrial a se instalar ali.

A produção começou com o Renegade, evoluiu em 2016 com a picape Fiat Toro, construída sobre a mesma arquitetura, que serve de base agora para o Compass.

“Saímos do zero e lançamos três produtos em um ano e meio”, destaca Stefan Ketter, presidente da companhia para a América Latina. Com a conclusão do projeto, a empresa colocou à prova a flexibilidade da nova fábrica, que passou no teste ao produzir em uma mesma linha de montagem os três modelos em todas as suas configurações.

A promessa é que o modelo vai atender não só ao mercado interno, mas será também produto de exportação, com potencial para atender os vizinhos da América Latina inicialmente e até mesmo países da África e do Oriente Médio.

Globalmente o Compass é um dos pilares da estratégia de internacionalização e expansão da Jeep, que aparentemente avança dentro das expectativas.

Segundo a companhia, nos últimos sete anos o volume de vendas da marca ficou cinco vezes maior, com expectativa de alcançar a marca de 1,5 milhão de unidades até o fim de 2016.

Produção local do Kicks começa em março28/09/2016 – Fonte: Automotive Business

A produção local do Nissan Kicks começa para valer em março. A informação foi confirmada pelo presidente da montadora no Brasil, François Dossa.

“A montagem pré-série terá início em novembro”, garante o executivo. Também a partir de novembro começam as contratações para o segundo turno da fábrica de Resende (RJ), que vai admitir 600 novos trabalhadores.

A unidade recebeu R$ 750 milhões para a montagem local do carro. Por enquanto o modelo ainda é trazido do México e está à venda apenas na versão SL, a mais completa, com preço sugerido de R$ 89.990. É o mesmo valor do lançamento, dias antes do início dos Jogos Olímpicos.

Dossa ainda faz segredo sobre a chegada da versão intermediária, SV, e informa que a Nissan ainda não está certa da produção de uma versão de entrada com câmbio manual. Mas não descarta a opção S, menos completa, mas com transmissão automática CVT.

Desde o lançamento o Kicks registrou cerca de 5 mil unidades emplacadas: “Ele já tem 30% de participação de mercado entre os concorrentes acima de R$ 90 mil”, diz Dossa, referindo-se aos preços praticados pelo carro (que incluem frete e pintura metálica).

Fiat perde a liderança para garantir rentabilidade no Brasil28/09/2016 – Fonte: Automotive Business

A crise no setor automotivo no Brasil não provocou apenas redução drástica nos volumes de vendas, mas abalou algumas estruturas já bem estabelecidas no mercado. Uma delas foi a liderança da Fiat, que já durava 14 anos. A marca perdeu este posto no ano passado para a General Motors justamente no momento em que a FCA concretizava os planos para a Jeep, que segue conquistando espaço desde então.

“A perda de participação era esperada. Decidimos não perseguir volume, mas preservar o pouco de rentabilidade que ainda tínhamos naquele momento”, conta Sergio Marchionne, o CEO do grupo Fiat Chrysler, que visitou o País para cumprir uma agenda intensa de reuniões e acompanhar o lançamento do SUV Compass.

A marca italiana foi a que mais diminuiu seu market share entre janeiro e agosto deste ano, com redução de 2,9 pontos porcentuais para responder por 15,5% do total de emplacamentos do País. As vendas encolheram 35% e baixaram para 202 mil veículos. Os números podem preocupar, mas não assustam o executivo, conhecido pelo jeito descontraído e direto ao ponto.

“Eu não olho mais para os números de cada marca de forma isolada. Já cometi esse erro antes. A FCA é uma coisa só”, diz, enfatizando que, enquanto a Fiat perde espaço, a Jeep ganha, o que garante algum equilíbrio. Desde o lançamento do Renegade, a marca saiu da 24ª para a 10ª colocação no ranking de vendas.

Ainda assim, ele admite que intenção é recuperar o espaço perdido, algo que Marchionne só acredita que será possível quando o mercado brasileiro se reerguer.

“Nós investimos na fábrica de Pernambuco no momento em que fazíamos um carro a cada 20 segundos. Agora precisamos olhar para a planta de Betim (MG), pensar na sustentabilidade do negócio e começar a mudar de dentro para fora, renovando a oferta de produtos. “O portfólio pensado há 10 anos não é mais o que o consumidor quer hoje”, diz.

Na inauguração do Polo Automotivo Jeep, em 2015, o CEO já tinha adiantado que as duas plantas seriam complementares: enquanto a unidade mineira faz carros mais populares, a nordestina produz modelos com maior valor agregado. A ideia é manter as coisas assim, ele conta, já que mudar a natureza de uma fábrica poderia destruir o negócio.

O executivo descarta, no entanto, qualquer novo grande pacote de investimentos para sustentar os planos no País. “Continuamos fazendo, mas estamos cuidadosos. Não vamos nos comprometer com outro grande aporte”, lembrando que a companhia aplicou R$ 7 bilhões nos últimos anos só no Polo Automotivo da Jeep.

BRASIL PERDEU 10 ANOS E PRECISA GANHAR COMPETITIVIDADE O tom de Marchionne é ameno até mesmo para falar da catastrófrica redução do mercado nacional. “A verdade é que o Brasil perdeu 10 anos de crescimento”, diz, lembrando que a demanda local voltou para o patamar registrado em 2006. Mesmo consciente disso, o executivo diz que é necessário ter paciência. A tendência, acredita, é de melhora.

“Tenho plena confiança de que o Brasil vai se recuperar. Entre 2008 e 2009 o mercado dos Estados Unidos despencou e ninguém conseguia ter uma visão otimista. Agora, sete anos depois, os negócios estão restabelecidos por lá”, cita.

Ele estima que a curva de contração nas vendas sofra inversão ainda neste ano para começar crescimento lento em 2017. A partir daí ele acredita que a indústria local precise mudar a receita do bolo: deixar de apostar só no mercado interno e criar uma agenda de exportação, justamente como sugeriu recentemente Stefan Ketter, presidente da FCA América Latina.

“A agenda automotiva tem que ser de exportação, tem que abraçar mercado global”, analisa Marchionne.

Segundo ele, com veículos globalizados, há oportunidades interessantes para o Brasil em regiões como Estados Unidos e Europa. O problema é a já conhecida falta de competitividade da indústria local.

“A tributação no Brasil é inacreditavelmente complicada”, exemplifica. Ele deixa a modéstia de lado e assegura que a FCA cumpre a parte dela para tornar o carro brasileiro interessante em outros mercados. “Temos tecnologia e qualidade. A fábrica da Jeep em Pernambuco é benchmark global na FCA.”

T-Systems unifica sua área de vendas no Brasil28/09/2016 – Fonte: Automotive Business

A T-Systems, empresa da área de TI que atende a demandas de mobilidade, computação em nuvem, big data e colaboração, anuncia mudanças em sua área de vendas no Brasil com a unificação de seus três núcleos de atuação no País: agora as áreas mercado local (local market), global (global accounts) e automotivo (automotive & MI) estão sob a mesma alçada denominada vendas e serviços. Com isto, a empresa nomeia Camilo Rubim como seu vice-presidente de vendas no Brasil.

Antes disso, Rubim era o vice-presidente da área de vendas para o setor automotivo. De acordo com o presidente da companhia, Ideval Munhoz, a nova organização atende a determinação estratégica que segue em fase de mudança para acompanhar a nova dinâmica do mercado. “Desejamos ao Camilo muito sucesso neste novo desafio”, afirma.

“A unificação das áreas de vendas e serviços sob uma única gestão traz grandes desafios e ao mesmo tempo muitas oportunidades. Com o portfólio de serviços e soluções consistente que suporta este momento de transformação digital, um time de vendas mais consistente, suporte mais robusto e veloz, e nossos parceiros de negócios alinhados a nossa estratégia, devemos fortalecer ainda mais a nossa atuação do mercado e proporcionar mais atenção e benefícios aos nossos clientes”, comenta Rubim.

Com uma trajetória de mais de 20 anos na T-Systems, Rubim ocupava o cargo dedicado ao setor automotivo, área que continuará atendendo interinamente.

Dentro da nova estrutura o novo vice-presidente de vendas da empresa no Brasil contará com Henrique Berger, designado como diretor de vendas e serviços para o mercado local, e com Irani Correa, diretora de vendas e serviços para contas globais.

Mahle desenvolve filtros para motores downsizing28/09/2016 – Fonte: Automotive Business

Detalhe do novo filtro da Mahle para motores com tecnologia downsizing. No alto se vê parte da estrutura interna plástica do produto

A Mahle Metal Leve, por meio de seu centro tecnológico localizado em Jundiaí (SP), desenvolveu uma nova linha de filtros de ar automotivos indicados para veículos equipados com motores downsizing e que já está sendo utilizada em modelos disponíveis no mercado nacional.

Em razão do uso de turbo compressores e de injeção direta esses motores necessitam de eficiência superior na retenção da aspiração de corpos estranhos para dentro do motor.

Os novos filtros receberam design arredondado, o que, segundo a empresa, permitiu uma área de material filtrante maior e mais aberta, aumentando sua capacidade de separação de impurezas, além de garantir vida mais longa ao componente. Com esse formato também ocupa menor espaço sob o capô do veículo.

O produto também recebeu uma grade interna de material plástico, que conta com aletas que laminam o ar e o direcionam de forma correta para o processo de combustão, processo fundamental nesse tipo de motor que vem equipado com sensores que medem a vazão do ar que entra no seu interior.

A leitura da quantidade do ar que é introduzido determina quanto combustível deve ser injetado para que ocorra uma combustão perfeita.

A grade também possui função de proporcionar estabilidade ao filtro, impedindo que ele altere seu formato. Já a área externa nas suas extremidades é menor, o que facilita a vedação das suas bordas, impedindo que qualquer ar sem filtragem possa ser admitido pelo motor.

Mercedes-Benz anuncia Fleetboard também para ônibus28/09/2016 – Fonte: Automotive Business

A Mercedes-Benz passa a oferecer o sistema de gestão de frota Fleetboard também para sua linha de ônibus no Brasil. O anúncio foi feito pelo vice-presidente de vendas, marketing, peças & serviços para o País, Roberto Leoncini, no IAA 2016, maior feira internacional de transportes que acontece até o dia 29 deste mês em Hannover, na Alemanha.

Originalmente, o sistema é oferecido para toda a linha de caminhões da marca no mercado brasileiro.

“Mais de cinco mil caminhões circulam hoje nas estradas brasileiras equipados com o FleetBoard, sendo que aproximadamente a metade é da atual geração do produto, lançada há um ano”, informa o executivo.

“A aprovação do mercado nos motiva a oferecer esta solução também para os frotistas de ônibus, que podem usar as diversas ferramentas do sistema para obter uma gestão moderna da frota, reduzindo custos operacionais, assim como para desfrutar de maior segurança do veículo”, completa. Desenvolvida pela própria montadora, a atual geração do sistema foi lançada primeiramente no Brasil e agregou funções de rastreabilidade ao já conhecido sistema de gestão de frota da Daimler, pelo qual é possível rastrear e bloquear o veículo de forma remota, caso seja necessário.

Integrada ao veículo e original de fábrica, essa tecnologia se baseia no conceito de telemetria que tem origem nas pistas de Fórmula 1, possibilitando maior controle e segurança nas operações de transporte das estradas, utilizando sistema de telemática com as facilidades da integração da informática com os recursos da Internet e da telefonia móvel. Ele é item de série para os caminhões Actros, Axor e Atego.

O sistema também gera relatórios com indicação de pontos de melhoria na condução a partir de uma avaliação do estilo de direção de cada motorista, fornecendo dados que ajudam o condutor do veículo a alcançar um melhor desempenho, dirigindo de uma forma mais econômica e segura, com menor consumo de combustível, ampliando também os intervalos entre as manutenções.

Entre os benefícios, há possibilidade de redução de até 15% dos custos operacionais, considerando consumo e manutenções. “Isso atende às expectativas das empresas de transporte, que se profissionalizam cada vez mais, buscando entender melhor sua frota a fim de otimizar os custos operacionais”, ressalta Leoncini.

O FleetBoard também está relacionado a uma evolução do “TCO – Total Cost of Ownership” ou Custo Total de Propriedade, conceito que vem assumindo relevância cada vez maior no segmento de caminhões no Brasil. Trata-se de uma ferramenta de gestão, já utilizada na Europa, que ajuda o administrador a reduzir os custos com o veículo considerando toda a sua vida útil, o que pode consequentemente aumentar os ganhos com o transporte.

O TCO é um indicador financeiro que avalia aspectos bastante conhecidos, como os custos operacionais e as manutenções preventivas e corretivas. Envolve também as despesas com combustível, as eventuais paradas do veículo na oficina, custos fixos e administrativos e outros fatores.

Wabco contorna crise no Brasil com tecnologia28/09/2016 – Fonte: Automotive Business

A meta global da Wabco, de crescer de 7% a 8% acima do mercado em todos os mercados onde atua, foi mantida também no Brasil, apesar da profunda retração de vendas que atinge seus clientes, os fabricantes de caminhões e ônibus.

“A adoção de novas tecnologias nesses veículos nos ajudou bastante a cair menos do que a média”, explica Reynaldo Contreira, presidente responsável pelas operações da empresa na América do Sul.

Ele se refere especialmente aos sistemas de antitravamento de freios (ABS), obrigatórios no País desde 2014, e os controladores de câmbios automatizados, que vêm sendo adotados em maior escala nos últimos anos.

Atualmente a fábrica brasileira da Wabco, em Sumaré (SP), trabalha em um turno e tem 350 empregados. “Com aqueda na produção precisamos fazer cortes e fizemos uma redução de jornada por conta própria por seis meses até o início deste ano.

Alguns funcionários foram transferidos para o exterior, realocado em operações na Europa e Estados Unidos. Mas agora parece que estabilizamos”, contra Contreira.

Segundo ele, já existem sinais mais positivos do mercado de caminhões no Brasil: “As vendas já estão começando a girar acima da produção em alguns casos e em 2017 esperamos crescimento em torno de 10%”, avalia. Contreira reconhece que é difícil trazer de imediato ao País a maior parte das tecnologias que a Wabco vem apresentando nos últimos anos.

No salão de veículos comerciais de Hannover (o IAA), na Alemanha (22 a 29 de setembro), a empresa apresentou diversos sistemas integrados de segurança ativa, como frenagem automática, assistência ativa de direção (250 mil caminhões já usam

o dispositivo nos Estados Unidos) e detecção de pedestres e ciclistas que estão no ponto dos veículos.

“Algumas dessas funções para funcionar precisam de estradas com boa sinalização (que é “lida” pelos sensosres) e no Brasil não temos isso. Mas existe uma evolução, talvez possamos adotar sistemas um pouco mais simplificados”, diz.

Para o executivo, “não há risco de retrocesso, as novas tecnologias vão continuar a ser adotadas, mesmo que em ritmo mais lento”. Como evolução, ele cita o ABS:

“Passamos de 5% a 6% para 100% dos veículos e isso já está fazendo diferença”, destaca. Ele também aponta o crescimento das vendas de caminhões com câmbios automatizados – a Wabco vende o sistema de controle para quase todos os fabricantes no Brasil, como Mercedes-Benz e, via ZF, para Iveco, MAN e Ford.

Para o futuro, Contreira vê boas chances de adoção de outras tecnologias nos caminhões brasileiros, como frenagem automática e o stop&go, que controla o veículo automaticamente no para-e-anda do trânsito.

“No começo existe certa resistência por parte dos frotistas, eles querem saber se tudo isso funciona. Mas depois que comprovam que as novas tecnologias também trazem redução de custos acabam aderindo rapidamente às tendências. O câmbio automatizado é um exemplo disso, o uso era próximo de zero há cinco anos e hoje está presente em 50% a 60% dos modelos pesados vendidos no País”, destaca Contreira.

Mercedes faz 60 anos e encolhe em 20% planta de São Bernardo28/09/2016 – Fonte: Diário do Grande ABC

A Mercedes-Benz do Brasil completa hoje 60 anos. Em 28 de setembro de 1956, a montadora alemã inaugurava sua sede brasileira na Vila Pauliceia, em São Bernardo. A solenidade, que marcou o lançamento do primeiro caminhão produzido em território nacional, contou, inclusive, com a visita do então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek.

No ano em que celebra seis décadas de existência em território nacional – e regional –, porém, a companhia passa por dificuldades devido à forte crise econômica, que tem reduzido drasticamente a demanda por veículos comerciais, os carros-chefes da marca.

Somente neste ano, de acordo com dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as vendas de caminhões da empresa caíram 23,5%, somando 10.044 unidades. As de ônibus recuaram 24,7%, com 4.745 exemplares.

Ao mesmo tempo, a montadora passou a enxergar excedente de 2.500 trabalhadores na planta são-bernardense e, em duas etapas de PDV (Programa de Demissão Voluntária), enxugou em 20% o efetivo da unidade.

Em maio, havia em torno de 9.800 empregados, e numa primeira rodada, que começou em junho com teto de R$ 115 mil conforme o tempo de casa, e baixou para R$ 85 mil em julho, conseguiu a adesão de 638 profissionais.

Em agosto, diante da inércia do mercado de pesados, elevou a proposta para R$ 100 mil, válidos para qualquer funcionário. Recrutou outros 1.047 diante de pressão e do aviso de que haveria cortes involuntários.

Após o término do prazo, enviou telegrama a 370 operários informando sobre o encerramento do contrato de trabalho. Ao todo, portanto, 2.055 pessoas perderam o emprego em um intervalo de quatro meses.

Agora, a fábrica da região conta com 7.745 profissionais e, ainda, reconhece excedente de 500 deles, que entram em lay-off (suspensão do contrato de trabalho) em outubro, por cinco meses.

A companhia afirma que, se não houver melhora nas vendas até lá, eles serão demitidos. Para efeito de comparação, nos anos 1990 a empresa possuía cerca de 13 mil trabalhadores.

TROCA DE PAPÉISEm visita às instalações da Mercedes em Stuttgart, na Alemanha, no início do mês, para acompanhar o lançamento da Vison Van – veículo movido por motor elétrico e controlado por espécie de joystick, como num vídeogame – o Diário apurou que, na matriz, a situação é diametralmente oposta à da sede brasileira.

“O ano de 2015 foi o melhor da história. E o primeiro semestre de 2016 está sendo ainda melhor”, celebrou o diretor executivo de vans da Mercedes-Benz, Volker Mornhinweg. Para se ter ideia, no segmento que chefia, a comercialização, nos primeiros seis meses, cresceu 21% em relação ao mesmo período do ano passado.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, lembra que, em 2011, quando a crise estava centrada nos países europeus, e no Brasil havia recorde de vendas – foram comercializados 75 mil veículos em solo brasileiro –, houve generosos repasses à matriz alemã.

“Agora seria o momento de a montadora retribuir a ajuda enviada pelas fábricas brasileiras. Ainda mais porque quem está superando marcas de comercialização agora são as unidades alemãs”, afirma.

“Embora a Mercedes esteja vendendo menos no País, nos últimos meses, devido às dificuldades da economia, as operações brasileiras são, historicamente, muito rentáveis. E até 2013 ainda geravam muitos ganhos à companhia.”

De acordo com o sindicalista, com base em dados do Banco Central, as montadoras no País enviaram remessas às suas matrizes que somaram US$ 22 bilhões de 2008 a 2013. “Em sua história no Brasil, a Mercedes quase sempre liderou o mercado de caminhões e ônibus, e está entre as três empresas que mais remetem recursos às sedes.”

Marques revela que a entidade acionou executivos da direção mundial para tentar frear o processo de demissões em São Bernardo, e reverter os cortes dos 370.

Segundo ele, o comando brasileiro tem conversado apenas sobre os casos em que os operários têm estabilidade, sem precisar quantos são, mas em relação ao restante, diz que não tem como suportar o excesso de trabalhadores.

“Na crise na Alemanha não houve tanta dispensa. Até porque eles usaram bem o PPE (Programa de Proteção ao Emprego – que reduz jornada de trabalho e salários em até 30%), modelo no qual nos inspiramos para criar o brasileiro. Algumas indústrias, inclusive, o utilizaram por até 24 meses, a fim de evitar demissões em massa”, assinala. “Aqui, a Mercedes não quis renovar a adesão ao programa e, ainda, realizou demissão sumária.”

O sindicalista aposta na melhora da economia no ano que vem, o que deve ajudar o segmento e gerar maior demanda por veículos comerciais.

Além disso, ele diz que aguarda maior debate em torno da renovação da frota de caminhões que, a partir de incentivos do governo, permitiria a troca de caminhões usados por novos, por exemplo, o que reaqueceria o setor.

APORTESA Mercedes destaca que a planta da região é a maior do Grupo Daimler fora da Alemanha. “Em situação estável da economia, o Brasil é o maior mercado de caminhões da marca Mercedes-Benz. Também é um dos maiores mercados de ônibus para o grupo.”

A montadora também afirma que, entre 2015 e 2018, tem investido R$ 530 milhões para modernização da fábrica do Grande ABC.

Isso sem contar aportes de R$ 230 milhões para modernização da fábrica de Juiz de Fora (Minas Gerais) e de R$ 70 milhões no Campo de Provas de Iracemápolis (para caminhões e ônibus).

Reformas fiscais elevarão confiança e investimentos28/09/2016 – Fonte: R7

Samar Maziad, vice-presidente da Moody's, afirmou que as reformas fiscais, como as propostas de teto dos gastos federais com base na inflação do ano anterior e mudança estrutural na Previdência Social, fortalecerão a confiança em geral no País e elevarão a Formação Bruta de Capital Fixo.

"Os investimentos podem subir, pois recuaram de 19% para 17% do PIB durante um ciclo de retração da atividade por dois anos", disse.

"Temos a expectativa de que o governo conseguirá obter o consenso no Congresso para aprovar as reformas fiscais", afirmou Samar. "Somente a adoção do teto de gastos não é suficiente para melhorar a avaliação do rating e perspectiva do País."

Ela destacou que a última decisão da nota soberana do Brasil ocorreu em fevereiro, quando baixou para Ba2 e perspectiva negativa, e há um período de avaliação de 12 a 18 meses para uma reavaliação destes indicadores.

INFLUÊNCIA DA PETROBRAS Samar Maziad afirmou que a melhora da situação financeira daPetrobras, com redução do seu nível de endividamento, "ajuda na avaliação do rating soberano".

Para ela, a nova gestão administrativa da estatal reduz uma eventual necessidade do Tesouro Nacional precisar capitalizar a companhia em algum momento. Ela também destacou que o aumento da solidez da Petrobras é positivo para toda a cadeia produtiva do setor e colabora para incrementar o nível de atividade no País.

INFLAÇÃO E JUROS A vice-presidente da Moody's disse também que a previsão do Banco Central de que a inflação atingirá 4,4% em 2017, como informou o relatório trimestral de inflação nesta terça, "reforça a implementação de uma nova política de juros" pelo BC. Ela

estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará ao redor de 5,5% no próximo ano.

"Não sabemos quando o Banco Central iniciará a diminuição da Selic, pois ainda será preciso ver a inflação iniciar uma trajetória firme de queda", destacou Samar.

BANCOS SÓLIDOSEla afirmou ainda que um fator positivo para a economia do Brasil é que os bancos estão "sólidos e com boa liquidez".

Destacou que este quadro do sistema financeiro do País é muito favorável para a retomada do crescimento do PIB.

Contudo, ressaltou que a recuperação do consumo e dos investimentos virão com o aumento a confiança de famílias e empresários, que surgirá com reformas fiscais, como a da Previdência Social e a adoção do teto de gastos do governo.

Para Samar Maziad, a retração da economia em 2015 e 2016 ocorre por uma série de elementos, inclusive devido a impactos na Operação Lava Jato na atividade de grandes companhias. "Mas a Lava Jato no médio prazo ajudará na governança e transparência corporativa de empresas."

INADIMPLÊNCIA A estabilidade da economia, com crescimento gradual, não evitará que o crédito continue se deteriorando e isso seguirá tendo reflexo nos bancos, afirmou a analista sênior da Moody's, Ceres Lisboa.

"Por mais que haja retomada, existe o risco do desemprego. Os bancos crescem suas carteiras a 0% em taxas nominais e em termos reais o crescimento é negativo, o que é ruim para a qualidade dos ativos dos bancos", afirmou em conferencia em São Paulo.

Ceres notou que os bancos mapearam o risco, provisionando, mas que a taxa de inadimplência acima de 90 dias não é a única métrica para a qualidade dos bancos.

"Olhamos as reestruturações e elas cresceram e seguem crescendo", pontuou.

"Esperamos que uma parte do crédito renegociado volte a ficar inadimplente, comprometendo a qualidade dos ativos", disse.

A analista chamou a atenção para o número que mostra que 10% da carteira dos bancos está em nível D-H, que exigem provisão de até 100%, em consequência do aumento forte no fluxo de recuperação judicial, sobretudo influenciado pelas grandes empresas. "Vamos continuar observando e monitorando", afirmou.

Portugal diz que vai incentivar empresas locais a investirem no Brasil28/09/2016 – Fonte: R7

No momento em que o presidente Michel Temer e ministros da área econômica têm viajado pelo mundo em busca de investimentos, uma esperança surge a partir de Portugal, um antigo parceiro comercial do País.

Em visita de uma semana ao Brasil, o secretário de Estado da Internacionalização de Portugal, Jorge Costa Oliveira, se encontrou com o secretário adjunto do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), Adalberto Vasconcelos, para discutir o pacote de concessões à iniciativa privada.

Dias depois de ser apresentado ao projeto considerado pelo governo como uma alternativa para impulsionar a retomada da economia, Oliveira recebeu o R7 em São

Paulo e disse que pretende levar os projetos que recebeu das mãos de Vasconcelos às empresas do país europeu e incentivar o investimento delas no Brasil.

— Nós veremos em quais áreas as empresas portuguesas poderão ter competitividade e escala para concorrerem [...] Nosso dever como governo é apresentar às empresas o maior número possível de informação e dar todas as condições para elas acreditarem que podem se apresentar ao programa.

Entre os setores listados nas concessões previstas no pacote anunciado pelo governo aparecem aeroportos, portos, ferrovias, rodovias, áreas de exploração de petróleo e distribuidoras de energia.

Na conversa com o R7, o secretário de Estado português também respondeu questões a respeito da relação de Portugal com o governo do recém-empossado presidente, Michel Temer, sobre os acordos de exportação entre os países, a crise dos refugiados e a saída do Reino Unido da União Europeia.

R7: Qual a relação que o governo português pretende adotar com o presidente recém-empossado, Michel Temer?Jorge Costa Oliveira: O governo português tem sempre uma relação institucional com qualquer governo brasileiro. Nós tomamos a decisão de reforçar a intensidade das relações entre Portugal e Brasil praticamente desde o início do ano.

As visitas do presidente da República de Portugal, do Primeiro-Ministro, do ministro da Economia e do ministro da Cultura foram programadas há muito tempo e não têm nenhuma relação com o processo constitucional e a mudança de governo. Nosso objetivo foi fazer o relançamento e intensificar a relação entre o governo português e o brasileiro.

R7: O senhor esteve em Brasília e foi apresentado ao PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Qual foi a impressão inicial do projeto?JCO: Tivemos uma reunião em Brasília com o secretário Adalberto Vasconcelos e ele nos apresentou esse projeto e o desejo de efetuar o processo de forma rigorosa, transparente e cuidadosa.

Nós percebemos que é um processo que vai envolver múltiplas oportunidades na área logística, onde existe muita coisa para se fazer no Brasil e que já está identificado há algum tempo.

Pedimos que ele ponderasse em incluir Portugal nas iniciativas efetuadas pelo governo brasileiro. Portanto, ficamos de acertar os termos e tomamos também nota do desejo brasileiro de que grande parte dos projetos sejam financiadas não pelos Estados, mas por entidades privadas.

R7: Portugal pretende apoiar as empresas locais a investirem no PPI?JCO: Nós veremos em quais áreas as empresas portuguesas poderão ter competitividade e escala para concorrerem. É uma decisão completa das companhias. O governo vai apoiar e eu julgo, sinceramente, que não vale a pena ter postura muito otimista para não morrer de véspera.

Julgamos que o governo brasileiro também vai também divulgar esse projeto porque tem o interesse de ter o maior número de participantes na disputa pelos projetos bem estruturado.

Não temos nenhuma expectativa positiva ou negativa, mas existe um enorme potencial e vamos trabalhar ao lado das associações empresariais portuguesas e como o governo brasileiro para dar essa oportunidade.

R7: De que forma será feito esse incentivo?

JCO: Vamos fazer um paralelo com nossas associações empresariais em Portugal para que possamos promover iniciativas para que as empresas portuguesas interessadas saibam os termos previstos.

O nosso dever como governo é apresentar às empresas o maior número possível de informação e dar todas as condições para elas acreditarem que podem se apresentar ao PPI.

Alguns desses projetos são de grande porte e, provavelmente, haverá interesse por parte de algumas empresas por meio de parcerias de vários tipos, incluindo a garanta de financiamento, que é essencial.

R7: Existe algum setor que deve atrair mais interesse dos empresários portugueses?JCO: Ainda não vi a lista dos ativos que serão concedidos, mas temos algumas empresas fortes em alguns setores que certamente serão concorrentes, como as das áreas de energia, construção e infraestrutura.

R7: Portugal também espera obter investimentos brasileiros?JCO: Nos encontramos com empresários da Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo] justamente para prestar informação para que os potenciais interessados em investir em Portugal tenham um melhor conhecimento do enquadramento geral, seja jurídico, de negócios, dos mecanismos de incentivos que existem em Portugal, da burocracia que neste momento é limitada na constituição de empresas de registro de negócios.

Foi uma experiência enorme, na qual tivemos a oportunidade de destacar os programas que existem e são interessantes para potenciais investidores em termos de apoio à inovação produtiva.

R7: Brasil e Portugal são parceiros comerciais. O Brasil exporta combustíveis, sementes, frutos, ferro e aço e importa, essencialmente, óleos e combustíveis de vocês. Existe um plano de expandir essa relação?JCO: No plano da situação atual, o Brasil não é um dos mercados mais fáceis para se exportar. Há muitos obstáculos tarifários, técnicos e atrasos nos alfandegamentos.

Porém, a realidade mostra que quando uma empresa tem muito empenho consegue arrumar formas de entrar no mercado brasileiro. O exemplo dos azeites portugueses reflete bem isso.

De fato, as dificuldades que existem desmotivam muitas das empresas e as vezes até setores inteiros. É importante que trabalhemos em conjunto com as associações empresariais e que os dois governos trabalhem de maneira honesta e clara na tentativa de encontrarem formas de resolverem os problemas que sufocam as empresas.

A médio prazo, grande parte dessas dificuldades podem ser diminuídas se houver uma boa evolução nas negociações que estão em curso entre a União Europeia e o Mercosul. Essa ronda negocial depende de um conjunto de normas de ambas as partes e dos trabalhos concretos que vão terminar entre os dias 9 e 10 de outubro.

Essas rodadas normalmente demoram muito tempo, com vários países envolvidos somente na parte das consultas internas. Eu estou convencido de que desta vez funcione e que se possa chegar a um ponto em que se identifique poucas dezenas que questões sensíveis para os dois lados.

Se um dia chegarmos a esse estreitamento de relações entre povos irmãos, certamente haverá um aumento das relações comerciais entre os dois países.

No curto prazo, no que diz respeito ao comércio de produtos do Brasil para Portugal, é minha convicção de que precisamos encontrar formais mais inteligentes para que Portugal possa servir como porta de entrada dos produtos brasileiros para a Europa.

R7: Os dois países atravessam momentos econômicos distintos. Enquanto Portugal vive um ciclo de expansão após atravessar uma forte recessão em 2012, o Brasil está com a economia encolhendo há seis trimestres consecutivos. Há algo feito por vocês que pode funcionar no Brasil? JCO: Em Portugal tivemos inúmeras dificuldades porque não soubemos ler bem as necessidades de financiamento imobiliário.

Portanto, não estruturamos o sistema bancário como deveríamos ter feito em 2011 e 2012 e, por isso, infelizmente continuamos com uma situação na qual, apesar de já termos saído da recessão por vários semestres, continuamos com dificuldades em grande parte por não termos um sistema bancário e financeiro com entropias por não ter sido estruturada da forma como deveria.

Esse problema o Brasil não parece ter. O sistema financeiro parece estar sólido. Na minha opinião, esses fatores, associados à grande riqueza e ao grande potencial de dinamismo da economia brasileira, vão fazer com que o Brasil saia rapidamente da recessão. Eu também estou convencido de que vai haver um aumento muito mais significativo do que aquele que Portugal experimenta.

É verdade que vai continuar a haver escassez de recursos financeiros e existirá sempre uma retração no nível de investimento público. Isso foi dito de forma bem clara na apresentação das PPIs e eu acredito que o Brasil vai ser capaz de arrecadar muito mais investimento privado alternativo do que Portugal pelo potencial que muitos setores da economia brasileira têm para continuarem a investir.

R7: Ao abrir as portas para os refugiados Portugal visa aumentar a força de trabalho jovem no país?JCO: Nós não tomamos nenhuma decisão similar à da Alemanha, que estava disponível a receber uma quantidade de refugiados para ajudar a conter o envelhecimento da população. Nossa postura não foi essa por parecer que não havia um número significativo de refugiados que pudesse contribuir para isso, mas estamos nos demonstrado solidário com os outros Estados europeus, embora não tenha havido grande procura por Portugal.

Nós constatamos que a onda de refugiados e migrantes econômicos que se abateu sobre a Europa incidiu por um lado de refugiados sírios, vindos pela Turquia, e de África, através da Líbia. Portugal está longe das linhas da frente dessas vagas para refugiados. A nossa posição foi de que estávamos disponíveis para sermos solidários com outros países europeus por razões da nossa posição junto à Convenção dos Refugiados e também como forma de nos solidarizar com os problemas que se abateram por alguns dos países do centro-leste da Europa.

Estamos participando ativamente de processos de verificação das condições de refugiados na Grécia e trabalhando diretamente com as ONGs [Organizações Não Governamentais] humanitárias portuguesas para criar condições de haver um alojamento coletivo para refugiados.

Mas, embora tenhamos feito uma oferta na Alemanha para 10 mil refugiados virem de imediato para Portugal, os refugiados têm uma preferência por outros países e preferem ficam em campos na Alemanha ou na Áustria e poucos têm aceito o convite do governo português.

R7: Como a população portuguesa avalia essa posição do governo em relação aos refugiados?

JCO: Nossa população tem tido uma atitude generosa e simpática, ao contrário de outros países europeus. Apesar de termos uma tradição muito grande de imigrantes vindos de vários locais, como o Brasil e outros países africanos cuja língua oficial é o português.

Recebemos recentemente mais de 50 mil pessoas vindas da Ucrânia e nunca tivemos problemas de xenofobia e racismo. Também não houve um aumento dos movimentos políticos dessa classe e não é previsível. Portanto, muito nos orgulhamos de ser um país tolerante e acolhedor a quem procura novas oportunidades na vida.

R7: Como o governo português avalia a saída do Reino Unido da Zona do Euro?JCO: Nós estamos trabalhando com os outros 26 Estados [da União Europeia] para preparar o processo judicial em relação aos trabalhos para a preparação da saída do Reino Unido.

Portugal faz parte do grupo de países que acha que é importante que o governo do Reino Unido possa ter algum tempo para se preparar para essa negociação.

Em nossa opinião, não teremos grandes problemas em muitas das áreas importantes na nossa comunidade. Muito provavelmente não haverá muitas coisas a se discutir a não ser a liberdade de circulação de bens e serviços.

Vai haver algumas dificuldades na liberdade de circulação de pessoas porque é inquestionável que uma das bases a votação no Reino Unido foi algo incomodo por uma parcela significativa da população quanto à circulação de cidadãos de outros países da zona do euro. Percebemos isso, mas nunca aceitaremos que cidadãos portugueses sejam descriminados dentro do Reino Unido. 

Por fim, será necessário discutir os termos relacionados à circulação de capitais.