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1 Boletim TRAB-PREV-RH em 20.junho.2016 "O futuro é de Deus, o passado dos mortos. O presente é a vida." José de Alencar Três erros que acabam com a sua carreira Entenda o negócio, estude e seja intenso Todos nós temos noites de insônia, dias de angústia e perdemos momentos com a família por causa do trabalho. Trabalhamos muito. Mas se temos muito trabalho e geramos resultados, é maravilhoso. O problema aumenta quando a pessoa se doa completamente ao trabalho sem ter um resultado satisfatório. Antigamente, as pessoas que trabalhavam muito sempre tinham resultados positivos. Se o indivíduo criava uma padaria ou um armazém, trabalhar muito era o passaporte para o sucesso. Agora, isso não é suficiente. O que precisa então? Corrigir três erros. O primeiro erro que se comete é não entender a dinâmica do negócio . Um dia desses li uma entrevista do Washington Olivetto, na qual ele disse que a razão do sucesso foi assumir que era o dono do negócio quando era empregado e atuar como empregado quando se tornou dono da sua empresa. Alguns donos de negócio pensam que a empresa existe para servi-los. Ledo engano! A empresa existe para servir o seu público. O segundo erro é não estudar . É um equívoco achar que bom senso resolve tudo. Frequentemente, vemos empresas quebrar por falta de método e de conhecimento. Ao se decidir por uma profissão ou por um negócio, pesquise, assista a palestras e vídeos, leia livros, converse com palestrantes e professores ligados à sua área de atuação. Conheça bem o mercado, como ele funciona, a margem de lucro que poderá ter. Planeje-se antes de começar – ao decidir colocar suas ideias em ação, você precisa estar preparado. Quando você não se IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim TRAB-PREV-RH em 20.junho.2016

"O futuro é de Deus, o passado dos mortos. O presente é a vida."

José de Alencar

Três erros que acabam com a sua carreiraEntenda o negócio, estude e seja intenso

Todos nós temos noites de insônia, dias de angústia e perdemos momentos com a família por causa do trabalho. Trabalhamos muito. Mas se temos muito trabalho e geramos resultados, é maravilhoso. O problema aumenta quando a pessoa se doa completamente ao trabalho sem ter um resultado satisfatório.

Antigamente, as pessoas que trabalhavam muito sempre tinham resultados positivos. Se o indivíduo criava uma padaria ou um armazém, trabalhar muito era o passaporte para o sucesso. Agora, isso não é suficiente.

O que precisa então? Corrigir três erros.

O primeiro erro que se comete é não entender a dinâmica do negócio. Um dia desses li uma entrevista do Washington Olivetto, na qual ele disse que a razão do sucesso foi assumir que era o dono do negócio quando era empregado e atuar como empregado quando se tornou dono da sua empresa. Alguns donos de negócio pensam que a empresa existe para servi-los. Ledo engano! A empresa existe para servir o seu público.

O segundo erro é não estudar. É um equívoco achar que bom senso resolve tudo. Frequentemente, vemos empresas quebrar por falta de método e de conhecimento. Ao se decidir por uma profissão ou por um negócio, pesquise, assista a palestras e vídeos, leia livros, converse com palestrantes e professores ligados à sua área de atuação. Conheça bem o mercado, como ele funciona, a margem de lucro que poderá ter. Planeje-se antes de começar – ao decidir colocar suas ideias em ação, você precisa estar preparado. Quando você não se planeja, não define a melhor ferramenta, o gasto com tempo e dinheiro é maior.

O terceiro erro grave é a falta de intensidade. Se quer aprender inglês, não pode estudar apenas duas vezes por semana. Você só aprenderá verdadeiramente a língua ao se aprofundar, ler livros, ver filmes, fazer amizades com pessoas com as quais possa conversar em inglês. O mesmo acontece com um atleta olímpico – ele precisa treinar com intensidade para conquistar seu objetivo. Portanto, seja intenso, entenda o seu ramo e o seu negócio melhor do que qualquer outra pessoa.

Fique atento para não cair nessas três armadilhas. Dedique-se, estude, pesquise. Você vai alcançar muito mais rápido o seu objetivo.

Roberto Shinyashiki é palestrante e autor de best-seller, com mais de 7,5 milhões de livros vendidos em todo o mundo.

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Como um líder atua no gerenciamento de pessoas? Fonte: SageLink: http://blog.sage.com.br/como-um-lider-atua-no-gerenciamento-de-pessoas/

Normalmente, os empreendedores acreditam que o gerenciamento de pessoas é uma necessidade apenas das médias e grandes empresas. Contudo, é preciso deixar de lado argumentos inverídicos como esse — e também a ideia de que gerir pessoas compete somente ao time de Recursos Humanos. Liderar e gerenciar pessoas é possível (e necessário) mesmo naquelas pequenas empresas que nem têm um setor ou um profissional de RH.

Mas o que é liderança?

Para começar, é preciso esclarecer que líder é aquele profissional que tem como característica marcante estimular seus colaboradores a cumprir e superar suas metas, imputando neles o exemplo e o desejo de fazer a diferença. Sob esse aspecto, qualquer gestor pode ser um líder e todo empreendedor deveria sê-lo.

Mas, como com qualquer poder, direcionar pessoas também traz responsabilidades a quem o exerce. E a gestão do chamado capital humano nem sempre é fácil.

E é preciso mesmo gerir pessoas?

A gestão de pessoas, ou capital humano, é uma importante característica das empresas de sucesso. Por meio dessa prática, as organizações são humanizadas e promovem a participação, capacitação e desenvolvimento dos profissionais. Automaticamente, isso retorna à empresa como produtividade e qualidade do trabalho prestado. Portanto, é preciso sim gerir pessoas.

E saber fazer isso é uma das principais características de um líder. Afinal, quanto menos um profissional se portar como seu empregado e mais se posicionar como seu parceiro, mais ele entregará a você e à empresa.

Tão fácil assim o gerenciamento de pessoas?

Muito se engana o empreendedor que cultiva a ideia de que basta humanizar os processos e agradar os seus colaboradores para realizar um bom gerenciamento de pessoas. Isso porque o pacote “ser humano” vem composto de qualidades e imperfeições. Lidar com pessoas é algo, muitas vezes, delicado. Por isso, um bom líder precisa imprescindivelmente ter um bom jogo de cintura para driblar os problemas e persuadir as pessoas com quem trabalha a focar nas metas da empresa.

Além disso, o líder exemplar é aquele que estimula a excelência em seu liderado, mesmo que algumas características do seu colaborador acabem por sobrepor as suas próprias qualidades. Ou seja, o empreendedor que lidera bem, cria outros líderes. E quanto mais capacitado esse novo líder for, mais orgulhoso o empreendedor se sentirá.

O que mais?

Um líder deve ser um bom ouvinte, desenvolver a empatia, valorizar o trabalho de sua equipe, delegar responsabilidades e sempre apostar no desenvolvimento profissional do outro. E, muito além de gerir um grupo de pessoas, é sua obrigação compreender e saber tratar os desdobramentos que envolvem o relacionamento interpessoal de sua equipe.

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Trata-se, por fim, de uma tarefa que exige muita paciência, reflexão e percepção do outro. O líder exemplar detecta algo negativo em um colaborador e atua em busca da resolução daquele problema de forma proativa. Se preciso, ele é capaz de arregaçar as mangas e dar a cara a tapa pelo seu liderado.

Trabalhadores têm 10 dias para sacar PIS/Pasep de 201515 jun 2016 - Trabalho / Previdência

O prazo para sacar o abono do PIS/Pasep termina no próximo dia 30 de junho, em 10 dias. Mas cerca de dois milhões de trabalhadores ainda não procuraram uma agência da Caixa ou do Banco do Brasil para retirar o benefício, que equivale a um salário mínimo vigente na data de pagamento (R$ 880). Os estados com o maior número de pessoas que não fizeram o saque são: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, respectivamente (veja tabela completa abaixo).

Têm direito ao abono salarial de 2015 as pessoas cadastradas no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos; com remuneração mensal média de até dois salários mínimos durante o ano-base de atribuição do benefício; e que exerceram atividade remunerada durante pelo menos 30 dias em 2014. Além disso, o trabalhador tem que ter seus dados informados pelo empregador (Pessoa Jurídica) corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

Números - em todo o Brasil foram identificados 23,6 milhões de trabalhadores com direito a receber o abono salarial de 2015. Desse total, 21,5 milhões já fizeram os saques. Os dois milhões que ainda não acessaram o recurso representam 8,7%. O valor não sacado soma R$ 1,7 bilhão.

 Como sacar o PIS/Pasep:

- Antes de sacar o PIS, o trabalhador deverá verificar se o benefício não foi depositado diretamente na conta. Caso contrário, deve comparecer com o Cartão do Cidadão e senha cadastrada nos terminais de autoatendimento da Caixa ou em uma Casa Lotérica. Se não tiver o Cartão do Cidadão, o beneficiado pode receber o abono em qualquer agência da Caixa mediante apresentação de um documento de identificação.

- Já os participantes do Pasep (Banco do Brasil), após verificar se houve depósito na conta, devem procurar uma agência e apresentar um documento de identificação.

- O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) são contribuições sociais de natureza tributária, devidas pelas pessoas jurídicas, com objetivo de financiar o pagamento do Seguro-Desemprego e Abono Salarial. O PIS é destinado aos funcionários de empresas privadas regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Pasep é devido aos servidores públicos. Os recursos que não são sacados retornam para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

- As informações sobre o direito ao saque também podem ser obtidas pela Central de Atendimento Alô Trabalho - 158; pelo 0800-7260207, da Caixa; e pelo 0800-7290001, do Banco do Brasil.

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Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE

Mudanças no seguro-desemprego facilitam PJ

O governo passou a aceitar a Certidão de Baixa de Inscrição no CNPJ como prova documental para análise de recurso em negativa do seguro-desemprego. Isso ocorre em casos em que o requerente conste como sócio de empresa no Cadastro Nacional de Informações Sociais – Pessoa Jurídica (CNIS-PJ), mas nega esta condição. A certidão é emitida gratuitamente no site da Receita Federal. Segundo o Ministério, há outras situações em que o trabalhador teve o pedido de seguro-desemprego negado porque seu nome consta como sócio de empresa não baixada no CNIS-PJ, mas alega que saiu da sociedade, que não recebe renda, possui participação ínfima nas contas, ou nunca fez parte da empresa. Neste caso, ele precisa apresentar certidão emitida pela Junta Comercial ou pelo Cartório de Registro Civil na qual conste sua exclusão do quadro societário. Os novos critérios passaram a valer nesta semana. Há ainda situações em que o trabalhador era administrador, mas não sócio de empresa, ou alega que, apesar de não ter ocorrido baixa na Receita, a empresa teve falência decretada. De acordo com o Ministério do Trabalho, se atendidos os requisitos legais, o recurso será deferido, independentemente da data de sua apresentação ou da falência da empresa.

PELO SITEDesde o último dia 13, todos trabalhadores que tiveram pedidos de seguro-desemprego indeferidos no cruzamento de dados com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço/Caixa Econômica Federal podem consultar a situação dos seus recursos, no Portal Mais Emprego (maisemprego.mte.gov.br) ou pelo telefone 158– Alô Trabalho. O órgão e a DataPrev estão concluindo o reprocessamento dos dados do trabalhador, providência que, segundo a assessoria do Ministério, dispensa a apresentação de recurso administrativo por parte do requerente. Com o reprocessamento, a liberação do benefício será automática, se cumpridos os demais requisitos legais. A medida, conforme sustenta o Ministério, atende a aproximadamente 75% dos casos de requerimentos indeferidos por cruzamento de dados, cerca de 90 mil trabalhadores em todo País, que poderão sacar o benefício. São casos de trabalhadores que deram entrada no seguro a partir de 20 de abril e que tiveram notificação de "vinculo de emprego não encontrado". Os que entraram com recurso administrativo e que ainda aguardam a análise também terão o benefício liberado, se atendidos os requisitos legais.

TST Atualiza Cartilha Sobre Trabalho Infantil13/06/2016

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) atualizou a cartilha sobre trabalho infantil lançada em 2013. O material foi produzido pela Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem (CETI) com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre o assunto.

São 50 perguntas e respostas com foco às normas jurídicas de proteção ao trabalho permitido a crianças e adolescentes.

A cartilha aborda, entre outros tópicos, o trabalho artístico infantil, permitido a criança e adolescentes mediante licença concedida por juiz, por tempo determinado. Também é possível se informar sobre a proibição do trabalho doméstico – considerado uma das piores formas de trabalho – aos menores de 18 anos.

O questionário destaca o contrato de aprendizagem do menor aprendiz, que não é um contrato comum. Ele se distingue dos demais pela natureza formativo-educacional voltada para a qualificação profissional e, para ter validade, é imprescindível a anotação na carteira de trabalho.

Acesse aqui a íntegra da cartilha.

Fonte: TRT/RS – 13/06/2016.

Simples Nacional – Preenchimento da GFIP – Construção Civil17/06/2016

O preenchimento do campo “SIMPLES” no GFIP/SEFIP, pelas Microempresas-ME e Empresas de Pequeno Porte-EPP, deverá seguir as orientações disciplinadas na Instrução Normativa RFB nº 925, de 2009.

Se a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional exercer atividade tributada exclusivamente na forma do anexo IV na Lei Complementar nº 123, de 2006, preenche-se o campo com “não optante”.

Se a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional exercer atividade tributada na forma do anexo I a III simultaneamente com atividade tributada na forma do anexo IV da Lei complementar nº 123, de 2006, preenche-se o campo com “optante”.

Base: Solução de Consulta Cosit 99.008/2016.

Empresas do simples nacional com mais de 5 funcionários devem ter certificadopostado 06/06/2016 16:42:44 - 14.518 acessos

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O Comitê Gestor do Simples Nacional aprovou a Resolução CGSN nº 125, que altera alguns pontos da Resolução CGSN nº 94/2011. Entre as mudanças está a alteração do limite de empregados para a obrigatoriedade do uso do Certificado Digital, também chamado de Identidade Digital. As informações foram publicadas no site do Simples Nacional.

De acordo com a nova redação, o Certificado Digital passa a ser exigido para o envio das informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias por meio da GFIP e do eSocial, obedecendo um cronograma que já incluiu as empresas com mais de 10 e 8 funcionários. Ainda neste ano, em julho, a obrigatoriedade se estende aos empregadores com mais de 5 funcionários e, em 2017, aos que tiverem mais de 3 empregados.

Contadores e empresas devem estar atentos ao cronograma e à validade do Certificado Digital, que precisa estar válido para o envio das informações. Os empresários que ainda não tiverem a Identidade Digital devem adquiri-la de uma Autoridade Certificadora, como a Certisign, que oferece mais de 1.600 Pontos de Atendimento em todo o Brasil. 

Segundo Leonardo Gonçalves, Diretor de Varejo e Canais da referida empresa, o Certificado Digital possui inúmeras aplicações, que não se restringem às obrigações fiscais. "O Certificado Digital pode ser usado, por exemplo, para assinar documentos com validade jurídica na esfera eletrônica, sem a necessidade de papel e autenticação adicional. Isso significa redução de custos às empresas e melhoria da eficiência operacional".

Veja a linha do tempo  referente a obrigatoriedade do Certificado Digital no Simples Nacional:

a)  no dia 31 de dezembro de 2015, enquadrou as empresas com mais de 10 (dez) empregados;

b) no dia 1º de janeiro de 2016, enquadrou as empresas com mais de 8 (oito) empregados;

c) a partir de 1º de julho de 2016, enquadrará as empresas com mais de 5 (cinco) empregados;

d) a partir de 1º de julho de 2017, enquadrará as empresas com mais de 3 (três) empregados.

Alcance irrestrito

Criticar em redes sociais refeitório da empresa justifica justa causa, diz TRT-2 15 de junho de 2016, 9h09

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A liberdade de expressão não é um direito absoluto, ainda mais se exercido nas redes sociais, que têm alcance irrestrito, e pode causar danos de difícil reparação. Assim entendeu a 9ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) para negar o recurso de uma trabalhadora que foi demitida por justa causa depois de criticar sua empregadora.

A autora da ação pedia indenização por danos morais, pagamento de verbas rescisórias e horas extras. Todos os pedidos foram negados em primeira e segunda instância. A empregadora alegou que nenhum dos pedidos era devido, pois a demissão teve justa causa, já que a ex-funcionária fez comentários degradantes sobre a companhia, classificando de vergonhoso o valor do vale-refeição e criticando a comida oferecida pela companhia.

Consta nos autos que os comentários da ex-funcionária na internet motivaram novas críticas por outras pessoas. Essa amplitude dada pela internet foi considerada na decisão da 9ª Turma. “A Constituição Federal assegura o direito à livre manifestação do pensamento, elevando o seu exercício ao nível de garantia fundamental. Todavia, esse direito não pode ser exercido de forma ilimitada ou inconsequente”, argumentou a relatora, desembargadora Jane Granzoto Torres da Silva.

A relatora destacou que, como meio de equilibrar o exercício dos direitos, há o artigo 187 do Código Civil. O dispositivo delimita que “também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.

“Não há se falar, também, em rigor excessivo ante o poder lesivo do ato praticado, porquanto essa única atitude da reclamante revelou-se capaz de elidir toda a fidúcia que deve permear as relações do trabalho, além de macular a reputação da empresa, mormente considerando que a citada rede social possui alcance irrestrito”, finalizou a julgadora.

Clique aqui para ler o acórdão. Revista Consultor Jurídico, 15 de junho de 2016, 9h09

Serviço Voluntário – Alteração da Lei 9.608/199817/06/2016

A Lei 9.608/1998 sofre alteração por meio da  Lei 13.297/2016, para incluir a assistência à pessoa como objetivo de atividade não remunerada reconhecida como serviço voluntário.

Art. 1º O caput do art. 1º da Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.Fonte: Lei 13.297/2016.

Férias – Abono Pecuniário14/06/2016

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Abono pecuniário é a conversão em dinheiro de 1/3 (um terço) dos dias de férias a que o empregado tem direito.

É uma opção ao empregado,  independente da concordância do empregador, desde que requerido no prazo estabelecido pela legislação trabalhista.

Conversão em Abono

Se o empregado tem direito a 30 dias de férias, poderá converter 10 dias em dinheiro e gozar 20 dias de férias. Portanto, o período do abono é o tempo que o empregado deixa de gozar as férias (o que significa que voltará ao trabalho após os 20 dias de gozo), e consequentemente, terá direito a receber, além das férias, a este período trabalhado.

Em resumo, quando o empregado opta por converter 1/3 das férias em abono, significa dizer que terá direito a receber, no mês das férias, 40 dias de remuneração, conforme demonstrado na tabela:

Inaceitável a Reforma do Sistema Previdenciário14/06/2016

Maria Isabel Pereira da Costa

A Previdência Social não pode sofrer reformulações simplesmente para custear as despesas do governo como se fosse um simples imposto.

O Poder Público, ao unificar as contas da previdência em um caixa único, deixou de ser transparente quanto à verdadeira arrecadação que se faz para a manutenção do sistema previdenciário.

Com a arrecadação única para os cofres públicos se tornou impossível para o cidadão distinguir com clareza o volume de recurso angariado por toda a sociedade para o custeio do fundo previdenciário.

O que se percebe é que o Governo usa os fundos que seriam destinados ao custeio dos benefícios previdenciários para outros fins, ou seja, para cobrir seus gastos em geral (legítimos e ilegítimos), como se tais recursos fossem um mero fundo arrecadatório usado como um imposto, com o objetivo de salvar a administração do Executivo nos seus mais diversos setores.

O Governo faz uma previsão de um déficit previdenciário em torno de R$ 133,6 bilhões para o ano de 2016. Sustenta que o descompasso entre o desembolso efetivado pela previdência de 2014 para 2015 subiu

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em 10% enquanto o volume das contribuições dos segurados aumentou em 3% e que esse fato teria gerado um rombo de 85,8 bilhões e, ainda, que em 2019 o rombo chegaria a 200 bilhões.

Dessa forma, o Governo desconsidera todas as demais contribuições que toda a sociedade arca para a manutenção do sistema previdenciário, quais sejam: COFINS, CSLL, contribuição sobre o lucro líquido sobre concursos de prognósticos, sobre a folha de salário das empresas, contribuição sobre a regularização das obras na construção civil, sobre o fundo de garantia, etc.

Por outro lado, também deixa de considerar os pagamentos de benefício irregulares por falta de fiscalização da própria autarquia previdenciária e, ainda, as desonerações que promove para grandes empresas e instituições.

Diante dessas situações, ignoradas por todos os governos e partidos políticos, vêm a imposição de reformas no sistema previdenciário atribuindo aos segurados o ônus decorrente de toda a sorte de má gestão dos governos em todas as áreas e, em especial, a má gerência dos recursos previdenciários.

É incompreensível que se fale em alteração das regras recentemente postas relativas à fórmula 85/95 – que sequer foram totalmente implementadas. Que são progressivas e atendem as exigências de cálculo atuarial da previdência, pois ano a ano será aumentado o tempo de contribuição e/ou idade, até chegar à fórmula 90/100 em 2027.

Também é inadmissível a desvinculação do piso dos benefícios do reajuste do salário mínimo, sob pena de rapidamente o segurado ver seu benefício reduzido a uma mera esmola.

Assim, é preciso que estejamos atentos e não permitamos que o nosso sistema previdenciário seja transformado em um mero fundo de arrecadação para governos insaciáveis e o segurado que paga rigorosamente suas contribuições, reduzido a um mero pedinte de esmola e migalhas de um sistema que custeou com anos de seu trabalho.

Maria Isabel Pereira da Costa

Escritório Pereira da Costa Advogados

Vice-presidente da Associação Nacional dos Juízes Estaduais- ANAMAGES, na Área Previdenciária

http://www.pereiradacostaadvogados.com.br/

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Como calcular pensão alimentícia?

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Publicado por Carina Moura - 5 dias atrás

O divórcio é um momento muito delicado na vida de um casal, principalmente quando envolve filhos menores e surge a necessidade do pagamento de pensão alimentícia. Existem muitas dúvidas sobre o assunto, principalmente no que se refere ao modo como o benefício é calculado. Portanto, é importante esclarecermos alguns aspectos fundamentais da pensão alimentícia para ai sim entender como é fixado o valor.

O que é pensão alimentícia?

A pensão alimentícia é uma quantia fixada pelo juiz, a ser paga mensalmente, para satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si só.

Quem paga pensão alimentícia?

Uma das maiores dúvidas sobre pensão alimentícia é sobre quem deve pagar, pois muitos acham que somente o pai tem essa obrigação. Na realidade, isso é definido por quem tem a guarda do filho. Se a guarda for do pai, a mãe terá que arcar com as responsabilidades da pensão. No entanto, existem casos em que o devedor não tem condições de pagar, estendendo a responsabilidade do pagamento para os avós ou parentes próximos.

Quem recebe pensão alimentícia?

A pensão alimentícia é destinada àqueles que não possuem condições financeiras suficientes para o custeio da própria subsistência. Portanto, o benefício pode ser solicitado entre pais e filhos, parentes, cônjuges, companheiros de união estável e mulher grávida, desde que sejam comprovadas as necessidades de quem solicita e as condições do solicitado.

O artigo 1.694 do Código Civil diz o seguinte:

"Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação."

A pensão é destinada para quais despesas?

O termo “alimentos”, neste caso, tem um sentido mais abrangente do que no uso comum e se refere a tudo o que é necessário para suprir qualquer necessidade básica: alimentação, habitação, vestuário e saúde. Desta forma, a pensão alimentícia é a prestação devida a uma pessoa, destinada à sua manutenção. Por isso, em muitos casos, além de certa quantia em dinheiro, acorda-se que o devedor deverá arcar, também, com parte dos gastos com materiais e uniformes escolares, remédios, plano de saúde, enfim, qualquer outra atividade que as partes acordem e possam pagar.

Como é feito o cálculo da pensão alimentícia?

Quanto ao modo como é calculada a pensão alimentícia, é importante esclarecer que não há uma regra como muitos pensam. A lei não prevê uma fórmula de percentual, ao contrário, são estabelecidos critérios a serem ponderados, levando em conta a capacidade financeira de quem deve e as necessidades de quem irá receber. Neste momento, devem ser considerados todos os gastos com a criança, incluindo saúde, moradia e educação. Feita essa estimativa, deve-se considerar o padrão de vida que os pais decidiram oferecer aos filhos, considerando, proporcionalmente, a renda de cada um.

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Você sabe o que é a contagem recíproca previdenciária? Publicado por Ian Ganciar Varella - 5 dias atrás

Após a primeira reforma da previdência foi extinto o tempo de serviço, e criado o tempo de contribuição, pois não basta o mero exercício do trabalho, e sim a existência de contribuições previdenciárias.

Nos termos do artigo 59 do Decreto 3.048/99, o tempo de contribuição é aquele condado de data a data, desde o início até a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela previdência social.

Desde a 1975, pela lei 6.226, é garantido à contagem recíproca do tempo. Em 1988, nossa constituição prevê no parágrafo nono do artigo 201, que é assegurado à contagem recíproca do tempo de contribuição em qualquer dos regimes, seja ele próprio ou geral, tanto na administração pública como na privada.

Portanto, poderá computar o tempo de contribuição do regime geral da previdência social (inss) no regime próprio dos servidores públicos de União, por exemplo, o trabalhador foi investido em cargo público efetivo de ente político que tenha criado um regime previdenciário para os servidores públicos.

Saliento que até o advento da Emenda 20/98, pode ser computado o tempo ficto, por exemplo, contagem do período de licença prêmio não gozada para efeito de aposentadoria e demais benefícios previdenciários. Logo, na hipótese de uma pessoa que tenha contribuído por 10 anos ao regime geral na condição de segurado obrigatório, caso logre êxito em concurso público e seja empossado no cargo e possua um regime próprio, ele poderá utilizar esses 10 anos contribuidos para fins de contagem do tempo no regime próprio.

Por fim, em termos de contagem recíproca:

A) é vedada a contagem de tempo no serviço público com o de contribuição na atividade privada, quando concomitantes.

B) não será contado por um regime o tempo de contribuição utilizado para concessão de aposentadoria por outro regime.

C) não será admitida à contagem em dobro ou em outras condições especiais, como por exemplo, atividades especiais que conduzem à aposentadoria especial.

Esse Instituto pressupõe o cômputo de um período contributivo de um regime previdenciário básico em outro regime previdenciário básico (RGPS - RPPS).

E também se aplica para os acordos internacionais firmados pelo Brasil e outros países, como por exemplo, Decreto nº 1689/95 (Brasil - Espanha).

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Então o segurado que exerceu cargo público por um período e após foi trabalhar na iniciativa privada, poderá utilizar o tempo não utilizado no regime próprio e verter para o regime geral, podendo se aposentar no dois regimes previdenciários caso complete os requisitos necessários.

Seguro-desemprego pode ser devido para quem faz parte de sociedade empresária Publicado por CHC Advocacia - 4 dias atrás

Veja a notícia original abaixo:

Funcionário demitido sem justa causa que se inscreva como facultativo (estagiário, bolsista ou dona de casa) na Previdência Social ou passe a ser sócio de empresa pode continuar recebendo o seguro desemprego desde que comprove não ter renda própria. Sob esse entendimento, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou, na última semana, liminar que obrigou a União a restabelecer o benefício a uma moradora de Joaçaba (SC).

Em novembro do ano passado, depois de receber apenas três parcelas do seguro, a mulher teve o pagamento das duas últimas cancelado. Por meio de uma consulta à Receita Federal, o Ministério do Trabalho descobriu que ela figurava como sócia de uma empresa ativa.

A segurada ingressou com um mandado de segurança contra a União na 1ª Vara Federal da cidade. Ela alegou que a abertura de uma firma não significa a garantia de renda e pediu a continuidade da prestação.

No primeiro grau, a autora conseguiu comprovar que a empresa não gerou lucros suficientes para sua subsistência durante o período. Após a Justiça determinar, por meio antecipação de tutela, o pagamento das parcelas restantes, a União recorreu ao tribunal.

O relator do processo na 3ª Turma, desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, negou o apelo. Em seu voto, o magistrado disse: “a circunstância de recolhimento de contribuição previdenciária como contribuinte individual, ou a mera manutenção do registro de empresa, não estão elencadas nas hipóteses de cancelamento ou suspensão do seguro-desemprego, de forma que não é possível inferir que a impetrante percebia renda própria suficiente a sua manutenção e de sua família”.

TOP 5 dúvidas sobre Aposentadoria 85-95 do INSS Publicado por Alessandra Strazzi - 3 dias atrás

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1) O que é a aposentadoria 85-95?

A fórmula 85-95 (futuramente 90-100) é uma alternativa à aplicação do fator previdenciário na aposentadoria. Quem conseguir atingir esta pontuação mínima (somatória do tempo de contribuição mais a idade da pessoa), não terá o fator previdenciário aplicado em sua aposentadoria.

Obs.: é importante salientar que, em alguns casos, o fator previdenciário é bom para a pessoa. Este cenário é incomum, mas acontece. Então, é fundamental calcular o seu fator previdenciário antes de optar por sua exclusão!

Aconselho a leitura do artigo “A fórmula 85-95 e a aposentadoria por idade“, no qual eu explico o que é o fator previdenciário no item 2. Se você não entende exatamente o que é o fator previdenciário, não vai conseguir entender a regra 85-95. Então clique no link, leia o artigo e volte aqui

Esta regra funciona assim: se a pessoa conseguir somar 85 (se for mulher) ou 95 (se for homem) pontos, não será preciso aplicar o fator previdenciário na sua aposentadoria. Mas que pontos são esses?

Esses pontos referem-se à IDADE da pessoa e ao seu TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. É crucial deixar claro que o tempo de contribuição deverá ser sempre IGUAL OU MAIOR que 30 anos (mulheres) ou 35 anos (homens). Vamos ver alguns exemplos para melhor visualização.

Exemplos

1) Ana possui 30 anos de tempo de contribuição e 55 anos de idade.

30 + 55 = 85

Ana pode aposentar-se por tempo de contribuição sem aplicação do fator previdenciário.

2) José possui 35 anos de tempo de contribuição e 60 anos de idade.

35 + 60 = 95

José pode aposentar-se por tempo de contribuição sem aplicação do fator previdenciário.

3) Maria possui 31 anos de contribuição e 54 anos de idade.

31 + 54 = 85

Maria pode aposentar-se por tempo de contribuição sem aplicação do fator previdenciário.

4) João possui 36 anos de contribuição e 59 anos de idade.

36 + 59 = 95

João pode aposentar-se por tempo de contribuição sem aplicação do fator previdenciário.

5) Teresa possui 29 anos de tempo de contribuição e 56 anos de idade.

29 + 56 = 85

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Teresa NÃO pode aposentar-se por tempo de contribuição, pois não tem o tempo mínimo de contribuição para mulheres, que são 30 anos.

6) Beto possui 34 anos de tempo de contribuição e 66 anos de idade.

34 + 61 = 95

Beto NÃO pode aposentar-se por tempo de contribuição, pois não tem o tempo mínimo de contribuição para homens, que são 35 anos.

2) O aumento gradual da pontuação

A lei (art. 29-C, § 2º d Lei 8213/91) prevê que, com o passar dos anos, será adicionado um ponto nesta fórmula, até chegar ao máximo da somatória 90-100, dessa forma:

31/12/2018 – 86/96

31/12/2020 – 87/97

31/12/2022 – 88/98

31/12/2024 – 89/99

31/12/2026 – 90/100

Ou seja, na verdade, o nome da regra deveria ser “90-100”, porque é essa a regra permanente. A fórmula 85-95 é, na verdade, uma regra de transição.

Lembrando que o tempo mínimo de contribuição (30 ou 35) será mantido normalmente.

3) Pode-se somar frações / meses?

Sim. Isso está previsto no artigo 29-C, § 1º da Lei 8.213/91. Vejamos:

“Art. 29-C, § 1º Para os fins do disposto no caput, serão somadas as frações em meses completos de tempo de contribuição e idade.”

Ou seja, se Beatriz possui 30 anos e 6 meses de contribuição, ela pode aposentar-se com 54 anos e seis meses de idade, sem aplicação do fator previdenciário.

Proposta de discussão nos comentários:

A lei fala em “meses completos”. Então, não poderíamos somar os dias? Isso pode fazer diferença em certos casos… Isso é justo?

4) A fórmula 85-95 veio para prejudicar a aposentadoria?

NÃO! Vejo muitas pessoas falando com ódio dessa regra, aquele discurso de que o governo, mais uma vez, estaria prejudicando o trabalhador.

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Entretanto, desta vez, isso não é verdade. Isso porque, ao evitar que o fator previdenciário seja aplicado na aposentadoria, a regra 85-95 AUMENTA o valor do benefício do aposentado.

Claro que o ideal seria que o fator previdenciário não existisse. Mas a regra 85-95, em si, não é prejudicial.

5) Me aposentei com fator previdenciário. Posso trocar de aposentadoria hoje para aplicar a fórmula 85-95?

Depende…

Se você ainda não sacou a aposentadoria, é possível pedir esta troca. Entretanto, você irá perder alguns meses de benefício, pois a sua DIB (data de início do benefício) será posterior ao do seu primeiro pedido de aposentadoria.

Se você já sacou o benefício, não é possível trocar de aposentadoria agora. Isso porque, no Direito Previdenciário, reina o princípio do “tempus regit actum“, (“o tempo rege o ato”) ou seja, a lei aplicada no caso concreto é aquela que era vigente à época dos fatos. Neste caso, a única solução seria a desaposentação (se for cabível). Sobre este assunto, recomendo a leitura do meu artigo “A Dilma acabou com a desaposentação?“.

Qual prazo para apresentar atestado médico no trabalho? Publicado por Thiago Noronha Vieira - 2 dias atrás

O Direito do Trabalho é uma das áreas onde as dúvidas são mais recorrentes. Não é para menos, afinal, sempre há novas pessoas entrando no mercado de trabalho e, embora muitos já conheçam a dinâmica e as garantias trabalhistas, existem dúvidas que somente um profissional habilitado e que estuda corriqueiramente as mudanças pode tirar. Dentre essas dúvidas, uma das mais recorrentes é: qual o prazo para apresentar atestado médico no trabalho?

Em outro artigo comentei sobre os aspectos gerais do Art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)– se você perdeu, clica aqui! – que é a previsão legal das faltas justificáveis ao trabalho.

O cerne da questão, nesse caso, está no prazo para apresentação do atestado comprobatório de afastamento por problemas de saúde. De acordo com a Lei nº 605/49, a ausência ao trabalho por motivo de doença deve ser comprovada mediante atestado médico, caso contrário a falta será tida como injustificada e acarretará a perda da remuneração do dia. A falta injustificada ao serviço também enseja a perda da remuneração do repouso semanal, conforme art. 6º, parágrafo 2º, da Lei 605/49.

A CLT não estabelece prazo para o empregado apresentar atestado médico para fins de justificar a sua ausência ao trabalho. Em face da omissão da lei, poderá o empregador, por meio de regulamento interno, fixar prazo um prazo para a entrega do atestado médico, se não houver norma coletiva dispondo sobre a questão.

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Destaca-se que o prazo deve ser razoável e que o empregador pode, inclusive, fixar prazos diversos a depender do tipo de atestado (por exemplo, pela quantidade de dias de afastamento). Quanto ao empregado, ressalta-se que o bom senso deve ser premente: quando possível, avisar com antecedência sobre eventual afastamento e utilizar os meios digitais para dar ciência em caso de urgência, quando for possível.

Acrescento, ainda, que o atestado pode ser entregue por alguém em nome do empregado (como familiar, cônjuge ou amigo), lembrando-se que é prudente sempre levar duas vias, colhendo aviso de recebido datado e ficando uma delas.

Em caso de dúvidas, procure um advogado da sua confiança!

Conheça os sete erros mais comuns do empreendedor brasileiroPor

Larissa Linder e especial

Empreender não é para amadores. É preciso lidar com fornecedores, funcionários, clientes e ainda enfrentar desafios imprevisíveis, muito comuns no ambiente de negócios do Brasil. Apesar das adversidades, o brasileiro segue empreendendo, e a instabilidade do país é, justamente, uma das motivadoras da abertura de empresas. Em Santa Catarina, para se ter uma ideia, de janeiro a maio deste ano foram criados 10.747 novos negócios, crescimento de 4,35% segundo a Junta Comercial do Estado (Jucesc).

Sustentabilidade gera ganho para empresas e sociedade

— Já faz alguns anos que a abertura de negócios por necessidade ultrapassou a por oportunidade. É na crise que o empreendedorismo floresce, como mostram pesquisas feitas na Grécia e nos Estados Unidos em 2008 — afirma a coordenadora Regional do Sebrae/SC na Grande Florianópolis, Soraya Tonelli.

Esse ambiente desafiador também faz do brasileiro um empresário criativo, segundo Roberto Salazar, diretor do curso de Administração da ESPM Sul. Por outro lado, essa atitude de quem dá um jeitinho para resolver tudo pode levar o empreendedor a não prestar atenção a pontos cruciais, como fazer planejamento e reciclagem de conhecimentos.A seguir, você confere alguns dos erros mais comuns do empreendedor brasileiro e dicas para evitá-los.

1) Misturar CPF com CNPJ

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Quando o dono do negócio confunde o próprio dinheiro com o da empresa, provavelmente vai ter problemas. É um fenômeno chamado ¿empresário rico, empresa pobre¿. Isso porque tal atitude tende a descapitalizar a empresa.

— Dinheiro no caixa não é sinal de dinheiro disponível. Toda empresa tem uma estrutura de custos. O empresário não pode chegar no caixa da empresa e retirar o quanto quiser. A falta de capital de giro, por exemplo, é um sintoma desse problema — explica Soraya, do Sebrae/SC.

Para evitar essa confusão, o dono do negócio tem de estabelecer o quanto vai separar para si todo mês, no formato de pró-labore, por exemplo, e ser muito rígido quanto a isso.

Conheça o Método do Presidente, estratégia de gestão que fez empresa catarinense crescer 36%

Mulheres representam somente 24,3% do empreendedorismo tecnológico em Santa Catarina

2) ¿Não quero ter chefe, vou abrir uma empresa¿

Abrir uma empresa para se livrar do chefe é um dos maiores mitos entre os brasileiros. Para a coordenadora do Sebrae/SC na Grande Florianópolis, o empreendedor vai perceber no cotidiano que ele não tem um, mas vários chefes, a começar por todos os seus clientes.

– Ele tem de lidar com vários tipos de pressão: dos clientes, dos fornecedores, dos empregados – afirma Soraya.

3) Não observar o que acontece ao redor

O que outras empresas estão fazendo? O que estão deixando de fazer? O que os consumidores estão procurando? Todas essas perguntas são fundamentais. Pode-se aprender muito com outros empreendedores, concorrentes ou não, ao trocar experiências sobre ações e ferramentas. É preciso estar constantemente atento às tendências e movimentações do mercado e em diálogo permanente com outros empreendedores.

— O empresário de antigamente era mais individualista. Hoje, vivemos em rede: temos coworking, crowdfunding. Não vivemos mais de forma linear — diz Salazar.

4) Não se planejar e pensar a curto prazo

– A empresa não tem que dar certo só no primeiro ano, mas daqui a dois, cinco anos ou mais. E o empresário tem que pensar nisso – diz Rogério Nunes, professor da UFSC e especialista em estratégia organizacional e empreendedorismo.

Um exemplo é o planejamento dos gastos com funcionários. Segundo Nunes, além de garantir o salário mensal, é preciso pensar no discídio, férias, 13º e até uma eventual licença. Uma empresa pode passar por sérias dificuldades e até entrar em falência por uma questão trabalhista, afirma o professor.Dentro da visão de longo prazo, o empresário também deve separar algum recurso para investimento. O dinheiro próprio acaba sendo sempre mais barato que um empréstimo, prática mais comum no Brasil.

Empreendedores usam a criatividade para superar a crise em Blumenau

5) Não procurar preparo formal

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Não é que todo o empreendedor precise fazer um MBA. Mas buscar conhecimento, seja por meio de cursos rápidos, workshops ou mesmo pesquisando por conta própria, é uma atitude importante.

— É muito comum a pessoa achar que porque trabalhou a vida inteira em determinado setor, vai saber administrar uma empresa nesta mesma área. Mas gerenciar um negócio exige várias competências. Não é porque você sabe fazer roupa que sabe administrar uma malharia — exemplifica Soraya.

O próprio Sebrae oferece cursos gratuitos e a distância para quem quiser aprender mais.

6) Escolher sócio só por afinidade

Sociedade é quase como um casamento. E como no matrimônio, escolher o par ideal nos negócios exige muito cuidado.

— Não dá para escolher só pelo que tem mais dinheiro ou porque é o cara mais legal na balada. É preciso analisar vários aspectos. Também é bom escolher alguém com competências complementares à sua: se sou bom em marketing, talvez seja melhor escolher alguém que seja bom no financeiro, por exemplo — explica Salazar. 

Além disso, ter os mesmos valores e a mesma visão de negócio é fundamental, afirma o professor Nunes, da UFSC. Com a escolha feita, é preciso formalizar o papel de cada um. Não apenas dizer quanto cada um tem da empresa, mas deixar muito claras as atribuições de cada sócio. E colocar tudo isso em um contrato para evitar dissabores futuros.

— Quando você começa um empreendimento e ele é mais regrado, até mesmo na hora de romper uma sociedade vai ser menos complexo — diz Salazar, da ESPM Sul.

7) Acomodar-se

Uma coisa que funciona agora, não necessariamente dará certo em cinco anos. É preciso ficar atento às mudanças pelas quais o mundo e os consumidores passam.

— O mundo sempre mudou, mas hoje muda muito, mas muito mais rápido — diz Soraya.

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Sindicalistas querem derrubar a terceirização

Contra o PLCS, presidentes das centrais devem discutir tema nos próximos dias; Paim fará audiências

São Paulo - Os presidentes das principais centrais sindicais devem se reunir nos próximos dias para debater o projeto de terceirização que está no Senado. A ideia é derrubar o texto e apresentar um substitutivo.

Eles acreditam que o Projeto de Lei Complementar atual (30/2015) é prejudicial aos trabalhadores, já que amplia as possibilidades das empresas fazerem contratações por meio da terceirização.

"Um dos temas-bomba que existem atualmente é o texto da terceirização que tramita no Senado. A nossa ideia é que seja recomposta [a terceirização] até a atividade-meio, e não até a atividade-fim, com mais exigência para que não ocorra fraudes", declarou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.

Segundo Patah, o objetivo é apresentar um novo projeto a partir das recomendações de do senador Paulo Paim (PT-RS), que é o relator do texto e contra o atual projeto.

De acordo com Paim, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também é a favor da formulação de um novo texto.

"Ele [Renan] quer regulamentar a situação dos 13 milhões que são terceirizados. Não é para terceirizar a atividade-fim, mas para regulamentar quem já é terceirizado", afirmou o petista ao DCI.

Paim disse ter conversado com Renan ontem e que formulará uma nova proposta a partir de seu relatório de audiências públicas que fará nas cinco regiões do País.

No ano passado, o senador do PT fez audiências públicas nos 26 estados brasileiros mais a capital federal para debater o tema. Agora, fará novos debates - desta vez o tema incluirá a CLT, o negociado sobre o legislado, a reforma da Previdência e trabalho escravo.

Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, não se pode misturar "o joio com o trigo". "Faz muito tempo que se discute a terceirização. Não podemos permitir, em nenhuma hipótese, a desregulamentação das leis trabalhistas", disse.

Nas reuniões com os sindicalistas, Renan se mostrou contra a ampliação da terceirização quando o projeto foi aprovado na Câmara, em abril de 2015. Para ele, a proposta atual "exigiria um novo modelo de desenvolvimento".

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Crise leva brasileiros a abrirem novos negócios sem preparo ou garantiasAusência de capacitação pode levar ao fracasso

Com a falta de perspectiva de encontrar uma vaga de emprego, as pessoas estão se expondomais ao risco e criando empresas. No entanto, ausência de capacitação pode levar ao fracasso

São Paulo - A recessão econômica tem exposto os brasileiros ao risco. Sem perspectiva de encontrar um novo posto de trabalho, eles estão abrindo empresas, mesmo sem preparo e garantias financeiras, o que pode não sustentar no curto prazo.

Dados mais recentes da Serasa Experian mostram, por exemplo, que o número de abertura de empresas bateu recorde no País no primeiro trimestre deste ano.

No período, o Brasil contabilizou 516.201 novos negócios, o maior patamar para os três primeiros meses do ano desde 2010. O surgimento de 413.555 microempreendedores individuais foi o que puxou o resultado recorde. Além disso, do total de nascimentos de empresas, 63% são do segmento de serviços.

"Os brasileiros estão sendo forçados a se tornar empresários, dada a dificuldade de encontrar uma nova vaga de emprego", afirma o economista Silvio Paixão, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).

"O problema disso é que nem todo mundo está preparado para empreender. Abrir um negócio não é só oferecer um serviço que você sabe prestar bem. Se você sofre um calote, por exemplo, mas não tem capital de giro, você quebra", acrescenta o especialista.

Perspectiva

Pela falta de preparo, Silvio Paixão avalia que, no curto prazo, é possível que muitos MEIs retrocedam e acabem fechando. "Está todo mundo querendo contornar a situação do desemprego. Porém, uma parte desse pessoal que abriu MEI certamente voltará a ser empregado quando a economia retomar crescimento. O problema é que ainda não temos sinais consistentes de recuperação", acrescenta ele, mencionando que as incertezas políticas e econômicas ainda são grandes para falar em retomada mais à frente.

Celso Grisi, presidente do Instituto Fractal Análises de Mercado, concorda com esta avaliação e reafirma que o brasileiro está empreendendo hoje por necessidade. "As pessoas estão sendo arremessadas para a situação de PJ [Pessoa Jurídica], o que as coloca em uma situação de profunda precarização do trabalho. Ao deixarem de ser empregadas de uma companhia, elas passam a ganhar um salário muito inferior ao que recebiam como funcionárias, a não ter assistência médica, vale refeição", diz.

Além do crescimento do empreendedorismo por necessidade, há informações de empresas que estão transformando celetistas em Pessoas Jurídicas. Grisi observa ainda que a falta de perspectiva de recuperação da demanda pode levar a um encerramento de MEIs já no curto prazo.

Assim como Silvio Paixão, ele considera que a recuperação da confiança não está dada. "Do ponto de vista político, as instituições ainda deixam dúvida para empresariado. [O presidente interino, Michel] Temer não teve a aceitação que achávamos que ele teria", opina o especialista.

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Mais preparadas

Os dois entrevistados ressaltam que até mesmo as empresas mais preparadas e que estavam consolidadas no mercado antes da crise econômica estão lutando para sobreviver. Para eles, isso é mais uma sinalização de que os novos negócios possam não se sustentar nos próximos meses.

De acordo com a Serasa Experian, a cada minuto uma empresa é negativada por falta de pagamento. Um levantamento de abril de 2016 apontou que, das cerca de 8 milhões empresas em operação no Brasil, 4,4 milhões estão negativadas. As dívidas atrasadas somam R$ 105,6 bilhões.

O número de recuperações judiciais também está batendo recorde. Segundo a mesma entidade, as solicitações feitas entre janeiro e maio de 2016 foi 95,1% superior ao registrado em igual período do ano passado. Foram 755 ocorrências contra 387 apuradas entre janeiro e maio de 2015. O resultado é o maior para o acumulado dos cinco primeiros meses do ano desde 2006.

Outros dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que os três principais setores da economia continuam em retração. No acumulado de doze meses até março, a produção industrial caiu 9,7%, ante os 12 meses imediatamente anteriores. Na mesma base de comparação, o volume de vendas do comércio varejista recuou 5,8%, enquanto o volume de serviços comercializados registrou queda de 4,4% até março deste ano.

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Danos morais

Banco é condenado por coagir empregado a fazer operações irregulares para cumprir metas7ª turma do TST manteve decisão que determinou a condenação.

sábado, 11 de junho de 2016

O Banco do Brasil terá de pagar R$ 50 mil por danos morais a um empregado que era forçado a implantar seguros e outros serviços bancários em contas correntes sem autorização dos clientes. De acordo com o processo, o gerente-geral da agência coagia os subordinados a cometer irregularidades com o objetivo de cumprir metas de vendas impostas por ele. A 7ª turma do TST manteve, por unanimidade, decisão que determinou a condenação.

Metas absurdas

O autor do processo, que atualmente está aposentando, foi admitido na instituição em 1984, chegando a ocupar a função de gerente de relacionamento. A partir de 2010, disse que passou a ter "metas absurdas e impossíveis de serem cumpridas" e a sofrer coação do gerente-geral para implantar irregularmente seguros, limites e pacotes nas contas correntes. Isso o teria levado a situações de estresse e desequilíbrio emocional devido às reclamações e humilhações sofridas de clientes.

Em 1ª instância, o banco foi condenado pelo juízo da vara do Trabalho de Araraquara/SP a pagar indenização de R$ 100 mil. O TRT da 15ª região manteve a condenação, mas reduziu o valor pela metade, tornando-o "mais compatível" com todos os elementos do processo: o dano causado e a culpa indireta do banco, já que o assédio foi cometido por um gerente.

Para o TRT, o gerente-geral "extrapolava os limites da razoabilidade na estipulação e cobrança de metas", pressionando os subordinados a "infringirem os próprios regulamentos internos do banco". Uma testemunha afirmou que o gerente era uma pessoa agressiva e que chegou a gritar e dar socos na mesa em uma reunião com os subordinados.

Inovação recursal

A 7ª turma não deu provimento ao agravo de instrumento interposto pelo Banco do Brasil com o objetivo de dar seguimento ao seu recurso de revista para o TST. De acordo com o ministro Cláudio Brandão, relator do processo, a alegação de ofensa aos artigos 884 e 944 do CC, o julgado trazido para confronto de teses e o pedido de redução do valor da indenização no agravo de instrumento seriam "inovação recursal", pois não foram levantados no recurso de revista.

O relator explicou que o agravo de instrumento tem por finalidade atacar os fundamentos da decisão monocrática que negou seguimento a esse recurso, visando o seu julgamento pelo TST. "Logo, é inadmissível a dedução de novos fundamentos tendentes a complementá-lo."

Processo relacionado : AIRR - 390-94.2014.5.15.0079

Confira a íntegra da decisão.

TST

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Eleição para CIPA não garante estabilidade provisória durante contrato de experiênciaDe acordo com ministro, reconhecimento da estabilidade nesse caso estaria desnaturando o contrato a prazo por fato alheio à sua celebração.

domingo, 12 de junho de 2016

A 5ª turma do TST manteve, por unanimidade, decisão que não reconheceu o direito à estabilidade provisória a um atendente eleito membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) durante o contrato de experiência, ao fim do qual foi desligado.

O colegiado entendeu que o contrato de experiência é uma modalidade de contratação por prazo determinado, ao qual não se aplica a estabilidade provisória prevista na CF, leis ou instrumentos normativos.

No curso do prazo do contrato de experiência, fixado em 45 dias, o atendente foi eleito para a CIPA e duas semanas após foi demitido. Sustentando ter direito à estabilidade de um ano após o término do mandato, conferida no artigo 10, inciso II, alínea "a", do ADCT aos membros da Cipa, o atendente pediu a anulação da demissão e a reintegração ou indenização.

O juízo da 8ª vara do Trabalho de João Pessoa/PB julgou o pedido improcedente, por entender que o direito previsto no ADCT se refere aos contratos por prazo indeterminado. O TRT da 13ª região manteve a sentença, reiterando que a estabilidade provisória no emprego é incompatível com o contrato por tempo determinado, e a candidatura a membro da CIPA na sua vigência não altera a natureza da relação contratual, que será extinta na data estipulada.

No recurso ao TST, o trabalhador argumentou que não há incompatibilidade entre o contrato de experiência e a garantia provisória no emprego. O relator, ministro Barros Levenhagen, explicou que o reconhecimento da estabilidade nesse caso estaria "desnaturando o contrato a prazo por fato alheio à sua celebração, dando-lhe ultratividade, incompatível com a lei". Assinalou ainda que o dispositivo do ADCT não prevê nenhuma estabilidade no emprego, mas mera garantia contra dispensa arbitrária ou sem justa causa.

Processo relacionado : RR-130471-22.2015.5.13.0025

Veja a íntegra da decisão.

Agressão virtual

Empregado que foi ofendido pelo chefe no WhatsApp receberá reparação de R$ 3 mil13 de junho de 2016, 11h56

O meio pelo qual agressões verbais e ameaças são feitas não diminui a gravidade do fato. Assim, uma empresa foi condenada a pagar R$ 3 mil a um analista de suporte que foi xingado por seu superior hierárquico pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.

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O empregado afirmou à 2ª Vara do Trabalho de Brasília que prestou serviços para a companhia entre junho de 2014 e agosto de 2015. Ele contou que seu superior lhe impôs tratamento de rigor excessivo, com palavras de baixo calão, e que chegou a ameaçar chamar a polícia para retirá-lo de seu local de trabalho. Em contestação, a empresa alegou que o autor da reclamação sempre trabalhou com desídia, e que, por conta da constante insubordinação, ele se recusou a deixar o ambiente de trabalho certo dia, quando foi avisado que seria retirado do escritório pela polícia.

Em sua decisão, a juíza Larissa Lizita Lobo Silveira apontou que a empresa não contestou a cópia de uma conversa que o trabalhador teve com seu superior via WhatsApp em um dia em que se atrasou para o trabalho. No diálogo, que começou às 10h27, o superior diz que o horário de início da jornada diária é às 8 horas, com tolerância de 15 minutos, e manda o empregado voltar para casa e retornar no dia seguinte, revelando que ele teria registrado falta no dia. O funcionário tentou justificar o atraso, ressaltando que estava no hospital, que tinha atestado para o período da manhã, que a empresa não dispensava o mesmo tratamento para outros empregados que se atrasavam, e disse que não voltaria para casa. Ao final da conversa, já às 10h51, o chefe diz que se o trabalhador não fosse para casa, ia levar a polícia para colocá-lo para fora, a pontapés. “O que você tá pensando? Seu moleque! Quem manda aí sou eu! Seu M.”, concluiu o superior hierárquico por meio do aplicativo.

“Pela transcrição do diálogo acima referido, verifico que o representante legal da reclamada extrapolou do seu poder diretivo em face do reclamante, revelando o abuso de direito, nos termos do artigo 187 do Código Civil”, destacou Larissa. Para ela, ficou clara a violação aos direitos da personalidade do autor, “na medida em que o tratamento dispensado pelo representante legal da empresa foi desproporcional e desarrazoado, em típico abuso do poder diretivo concedido ao empregador, configurando-se a sua responsabilidade”.

A tese de defesa empresarial, no sentido de que o autor era desidioso e insubordinado no exercício de suas funções, não serve para justificar o abuso de poder cometido pelo representante legal da empresa, avaliou a juíza. De acordo com ela, a aplicação de punições por parte do empregador deve ser feita com limites e critérios, em especial respeitando a honra e a moral dos empregados, fazendo-se prevalecer o fundamento da dignidade da pessoa humana. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-10.

Processo 0001368-15.2015.5.10.002

Revista Consultor Jurídico, 13 de junho de 2016, 11h56

Danos morais

Supermercado pagará R$ 7 mil a menor de idade que foi contratada como caixa13 de junho de 2016, 14h47

Uma rede de supermercados foi condenada a pagar R$ 7 mil de indenização por danos morais a uma menor de 18 anos que foi contratada para ser operadora de caixa, função que é proibido a menores conforme norma coletiva de trabalho.

A indenização foi pedida em ação trabalhista ajuizada na 4ª Vara do Trabalho de Curitiba. A empregada contou que foi admitida no supermercado aos 16 anos, entre abril e maio de 2014, e que a convenção

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coletiva de trabalho proibia que menores exercessem a função de caixa. O juízo deferiu indenização de R$ 7 mil, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) reduziu o valor para R$ 2 mil.

No recurso ao Tribunal Superior do Trabalho, a trabalhadora sustentou que, apesar de a sentença ter fundamentado sua decisão no descumprimento de diversos preceitos legais e na proteção do trabalhador menor, o TRT-9 diminuiu o valor indenizatório sem levar em conta a comparação entre seu patrimônio e o da empresa, nem a quantidade de ações trabalhistas movidas contra o supermercado.

Segundo a relatora do recurso, ministra Maria Helena Mallmann, o Tribunal Regional do Trabalho anotou que, além de impor à menor de idade uma função que exige manipulação de valores, violando norma coletiva, o supermercado colocou-a também para realizar serviço prejudicial à sua moralidade, "diante da venda a varejo e manuseio usual de bebidas alcoólicas".  

Avaliando que o valor fixado pelo TRT se mostrava desproporcional, a 2ª Turma do TST deu provimento ao recurso para restabelecer a sentença. A decisão foi por unanimidade. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

RR-1160-86.2014.5.09.0004

Revista Consultor Jurídico, 13 de junho de 2016, 14h47

Sem vínculo trabalhista

Relação entre taxista e segundo motorista é de parceria, diz TRT-313 de junho de 2016, 15h30

A simples divisão de turno no uso de um veículo e a prestação diária de contas não caracteriza subordinação entre o dono do carro e o outro condutor, mas, sim, regime de parceria. Esse entendimento foi aplicado pela 8º Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) para reconhecer a relação entre um taxista e o proprietário do carro e negar recurso que pretendia confirmar o vínculo de emprego.

Segundo o trabalhador, a subordinação foi comprovada por meio da prestação de contas apresentada ao proprietário do veículo. As informações contêm o total recebido no dia, a quilometragem percorrida e o total do abastecimento. Ele também destaca que esse documento permitia o controle de sua jornada de trabalho, dos gastos e dos recebimentos.

O trabalhador disse que nunca recebeu diretamente dos clientes e que tinha de repassar diariamente ao dono do veículo um relatório para que pudesse receber sua comissão (30% do resultado). Sua remuneração era de R$1.516,50.

Esse desequilíbrio, segundo o trabalhador, somente poderia existir em típica relação de emprego. O julgador, no entanto, não lhe deu razão. Esclarecendo que a ausência do termo escrito entre as partes (Lei 6.094/74) não conduz à presunção de que o contrato tenha se dado nos moldes celetistas, em face do princípio da realidade sobre a forma, o julgador analisou os fatos e constatou que a relação entre o taxista e o dono do veículo era de parceria.

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Pela prova testemunhal, o relator apurou que havia revezamento entre o trabalhador e o proprietário do veículo no uso do carro, sendo que o taxista efetivamente recebia 30% do faturamento bruto diário do táxi. Ademais, o proprietário arcava com as despesas de avarias e combustível, sendo que essa última correspondia, em média, a 28% do faturamento bruto.

Isso mostra que o suposto empregador recebia, em média, 42% do faturamento bruto, ou seja, os percentuais e valores recebidos por eles eram muito próximos, demonstrando que efetivamente havia uma parceria. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-3.

Clique aqui para ler o acórdão.000312-26.2015.5.03.0071 RO

Revista Consultor Jurídico, 13 de junho de 2016, 15h30

Função de confiança

Por ocupar cargo de gestão, editor de jornal não tem direito a hora extra13 de junho de 2016, 16h16

Quem exerce cargo de gestão numa redação de jornal não tem direito ao pagamento de eventuais horas extras, como sinaliza o artigo 62, inciso II, da Consolidação das Leis do Trabalho. Por isso, a 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento ao agravo de instrumento de uma jornalista que foi responsável pela editoria "geral" de um jornal de Santa Catarina. Ela queria rediscutir o pedido de recebimento de horas extraordinárias relativas à jornada especial da categoria, de cinco horas diárias, sustentando que não exercia cargo de confiança.

A autora argumentou na reclamatória trabalhista ajuizada na 5ª Vara do Trabalho de Joinville (SC) que, desde março de 1998, passou a ocupar o cargo de editora da editoria "geral". Em síntese, cuidava de pequenas notícias que ‘‘não rendiam grandes notas ou grandes textos’’.

Segundo a decisão condenatória do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), a empregada está excepcionada da regra geral de duração do trabalho do jornalista, uma vez que respondia por uma das editorias do jornal, tinha subordinados e recebia importante gratificação de função.

No entendimento da corte, a principal condição para afastamento do regime de horário de cinco horas é a natureza da atividade de editoria que desempenhava, que não autoriza a aplicação do referido dispositivo da CLT relativo aos ocupantes de cargo de gestão. Porém, ela não se conformou com a negativa do pedido.

No recurso encaminhado ao TST, a jornalista sustentou que não se pode confundir a editora responsável pela editoria "geral" com o editor-geral ou editor executivo, por ser apenas uma das editorias existentes, como a de esportes, política, economia e policial — todas subordinadas ao editor executivo/geral.

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Ao examinar o agravo de instrumento, o ministro Douglas Alencar Rodrigues, relator, ressaltou que o TRT-12 decidiu a questão com base no conjunto fático-probatório do processo, reconhecendo que ficaram configuradas as funções de confiança concedidas pela empresa à empregada, não havendo, assim, como deferir o pagamento das horas extras pretendidas. A decisão, tomada na sessão de 1º de junho, foi unânime. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Clique aqui para ler o acórdão do TST.

Revista Consultor Jurídico, 13 de junho de 2016, 16h16

Pleno acesso

Após dispensa, empresa pode preencher vaga de deficiente em outra filial13 de junho de 2016, 19h19

Nenhuma norma legal exige que a contratação de pessoas com deficiência ocorra especificamente no mesmo lugar do empregado dispensado. Assim entendeu a 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao derrubar decisão que obrigava uma multinacional de componentes automotivos a reintegrar uma ex-funcionária.

Ela foi contratada em 2008 na cota de portadores de necessidades especiais. Depois que foi dispensada, em 2012, disse que a empregadora não contratou ninguém para a mesma vaga, o que violaria o artigo 93 da Lei 8.213/1991 (Lei da Previdência Social). Segundo o dispositivo, a demissão de pessoa com deficiência só pode ocorrer após a contratação de substituto com o mesmo perfil.

O advogado Fabio Garuti Marques, sócio do Peixoto & Cury que representou a empresa, apontou que a dispensa foi informada depois da contratação de diversos trabalhadores que se incluíam na cota. Acontece que, em vez de abrir vagas em Campinas, onde trabalhava a autora, a companhia decidiu pela unidade em Curitiba.

O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas-SP) determinaram a reintegração da ex-funcionária, por entender que ela só poderia ter sido substituída na mesma filial. Porém, o relator do caso no TST, ministro Douglas Alencar Rodrigues, concluiu que a empresa cumpriu o princípio do pleno acesso ao emprego fixado pela Constituição Federal.

Depois da publicação do acórdão, a trabalhadora apresentou embargos à Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), ainda não julgados. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Clique aqui para ler o acórdão.Processo RR-1479-47.2013.5.15.0093

Revista Consultor Jurídico, 13 de junho de 2016, 19h19

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Sem riscos

Trabalhar próximo a raio-x de aeroporto não gera adicional de periculosidade15 de junho de 2016, 12h12

Trabalhar próximo ao aparelho de raio-x do aeroporto não gera adicional de periculosidade. O entendimento é do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, que diante de uma divergência pericial solicitou o parecer de um terceiro especialista. O Tribunal Superior do Trabalho manteve a sentença, pois para alterá-la seria necessário o reexame de provas, algo que é vedado por súmula na corte.

Perito disse que os aparelhos dos aeroportos apresentam níveis de radiação bem inferiores aos limites de tolerância.

Na reclamação, a agente alegou que trabalhava em área de risco no aeroporto de Confins (MG), exposta à radiação ionizante dos scanners, sem o uso de qualquer equipamento de proteção. Ela requereu o pagamento de periculosidade no percentual de 30% do salário, além dos reflexos nas demais verbas.

A defesa afirmou que a agente, que trabalhou na empresa de setembro de 2009 a agosto de 2012, exercia atividades em local de risco. Segundo a empresa, ela não operava diretamente aparelhos de raios-X nem ficava próxima de local onde houvesse qualquer ameaça à sua integridade física.

Divergências de laudos periciaisO juízo da 1ª Vara do Trabalho de Pedro Leopoldo (MG) julgou o pedido improcedente, mas ressaltou a divergência entre a perícia feita no processo da agente, que concluiu pela caracterização da periculosidade devido à exposição habitual, e o laudo produzido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), a pedido da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que afirmou não haver riscos aos operadores e ao público, devido aos baixos níveis radiométricos emitidos pelos aparelhos.

Diante da divergência pericial, o juiz contatou o Setor de Radioproteção da CNEN, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Um engenheiro nuclear explicou que os aparelhos RX dos aeroportos apresentam níveis de radiação bem inferiores aos limites de tolerância estabelecidos pelos órgãos controladores, e que não seriam permitidos nesses locais, caso ocasionassem algum mal.

A sentença, então, negou o adicional, ao considerar que a compensação financeira pelos riscos no trabalho só deve ser feita quando há a possibilidade de dano à integridade física e à saúde (artigo 193 da CLT). A trabalhadora recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, que manteve a decisão.

Vedado pela súmulaO relator do recurso de revista da agente, desembargador convocado Marcelo Lamego Pertence, entendeu que o conjunto de provas analisadas pela segunda instância levou o TRT-3 a manter a conclusão de que os níveis de radiação não representaram risco à agente. Ele explicou que, para a turma chegar a um entendimento contrário ao do acórdão regional, seria necessário a reexame de fatos e provas, o que é vedado pela Súmula 126 do TST.

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"Tendo a corte de origem registrado que as provas dos autos não permitem concluir pela existência de risco acentuado nas atividades desenvolvidas pela trabalhadora, afigura-se inviabilizada a caracterização da atividade como perigosa", concluiu. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST. 

Processo 1953-88.2012.5.03.0092

Revista Consultor Jurídico, 15 de junho de 2016, 12h12

Liberdade testemunhal

Funcionário que já foi preposto também pode ser testemunha, define TST16 de junho de 2016, 18h18

A mesma pessoa pode atuar como preposto e como testemunha na Justiça do Trabalho. O entendimento é da 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que declarou nulas todas as decisões em um processo ajuizado em Minas Gerais por um caminhoneiro. O colegiado considerou que houve cerceamento de defesa ao ser indeferido o depoimento de testemunha da empresa de logística que atuou anteriormente como seu preposto na Justiça do Trabalho.

Para o juízo da 37ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte e o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), o fato de o profissional ter exercido cargo de confiança na empresa e já haver atuado como seu preposto afastava sua isenção como testemunha, "porque esta constitui um alter ego do empregador". Ao TST, a empresa argumentou que, nessa demanda, ele estava atuando como testemunha, e a circunstância anterior "não atrai o seu impedimento na forma legal".

A 4ª Turma deu razão à empresa e, além de declarar a nulidade das decisões, determinou o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem, para que colha o depoimento da testemunha recusada e prossiga na análise e julgamento dos pedidos do trabalhador.

Para a desembargadora convocada Cilene Ferreira Amaro Santos, relatora do recurso no TST, o artigo 405 do Código de Processo Civil de 1973 prevê que todas as pessoas podem depor como testemunha, à exceção apenas daquelas ressalvadas expressamente — os incapazes, impedidos e suspeitos. "As circunstâncias constantes dos autos não autorizam concluir pela presença de qualquer uma das causas de suspeição do CPC de 1973 e do artigo 829 da CLT", afirmou.

A magistrada destacou que a jurisprudência do TST é no sentido de que "o simples fato de a testemunha já ter participado como preposto da empresa em ações anteriores não a enquadra em nenhuma das hipóteses legais de suspeição ou impedimento". Com informações da Assessoria de Imprensa do TST. 

Processo 807-42.2010.5.03.0137

Revista Consultor Jurídico, 16 de junho de 2016, 18h18

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Precaução necessária

Acidente após a jornada ainda é de responsabilidade da empresa, define TST16 de junho de 2016, 16h33

É responsabilidade da empresa o acidente de um trabalhador que por conta própria, após o horário de trabalho e sem autorização, operou máquina e acabou se acidentando, tendo como consequência a perda de um dedo. O entendimento é da 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que negou provimento ao agravo de instrumento impetrado por uma fábrica de lustres e manteve a sentença de indenização de R$ 25 mil a ser paga ao trabalhador. 

O juízo do primeiro grau havia indeferido a indenização por considerar que o trabalhador não estava a serviço do empregador no momento do acidente, ocorrido por volta das 19h, quando já havia terminado a sua jornada e ele aguardava a saída de um colega de outro local.

O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, porém, entendeu que acidente ocorreu por descuido e negligência do empregador, que não adotou procedimentos para diminuir riscos, "inclusive, porque não impediu que o seu empregado permanecesse no seu estabelecimento, após o horário de trabalho, manuseando equipamentos sabidamente perigosos", para os quais não tinha treinamento.

A empresa interpôs agravo de instrumento ao TST alegando que o empregado não tinha autorização para manusear o equipamento após o encerramento do horário de trabalho e ainda em local diverso do setor em que trabalhava. O relator do agravo, ministro Cláudio Brandão, salientou a conclusão do TRT-3 de que a empresa não observou a Norma Regulamentadora 12, do Ministério do Trabalho e Previdência Social, que dispõe que "nas áreas de trabalho com máquinas e equipamentos devem permanecer apenas o operador e as pessoas autorizadas".

Ele destacou também o entendimento do TRT-3 de que, ainda que não estivesse mais trabalhando, o empregado estava sob a responsabilidade da empresa, pois permaneceu dentro do seu estabelecimento, devendo o empregador "ao menos zelar" para que "não manuseasse aparelhos perigosos", mesmo "porque havia um supervisor que fiscalizava a operação nessas máquinas". Para o TRT-3, sequer houve culpa concorrente, mas culpa grave da empresa, que deve responder pelos danos eventualmente suportados pelo trabalhador.

Concluindo que ficou evidenciado o dano e a conduta culposa da empresa e o nexo causal entre ambos, o relator afirmou que deve ser mantida a condenação. A decisão foi maioria, vencido o ministro Douglas Alencar Rodrigues. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Clique aqui para ler o acórdão. 

Revista Consultor Jurídico, 16 de junho de 2016, 16h33

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