vicki lewis thompson - um amor em azul (darling 04)

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8/9/2019 Vicki Lewis Thompson - Um Amor Em Azul (Darling 04) http://slidepdf.com/reader/full/vicki-lewis-thompson-um-amor-em-azul-darling-04 1/71 Um Amor em Azul Tis the season Vicki Lewis Thompson  Anna fugia do amor, até encontrar Sam Garrison...  Anna prende a respiração, sentindo a cabeça girar. Sam beijou-a e a sensação incrível fluiu, incendiando - lhe o corpo todo. Devaneio criado pela luz azulada e o ritmo sensual fazem Sam perder o controle. nterra os dedos na carne macia, sussurrando o nome dela. ste momento ! para sempre" # pensamento cruza o c!rebro dele como um cometa, en$uanto os gemidos de %&tase ecoam no azul. Sam não imagina $ue Anna não pode pertencer a mais ningu!m" Disponibilização: ec!lia Digitalização: "arina #e$isão: %dina "aciel 

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Um Amor em AzulTis the season

Vicki Lewis Thompson

 Anna fugia do amor, até encontrar Sam Garrison...

 Anna prende a respiração, sentindo a cabeça girar. Sam beijou-a e a sensaçãoincrível fluiu, incendiando - lhe o corpo todo.

Devaneio criado pela luz azulada e o ritmo sensual fazem Sam perder o controle.nterra os dedos na carne macia, sussurrando o nome dela.

ste momento ! para sempre"# pensamento cruza o c!rebro dele como um cometa, en$uanto os gemidos de

%&tase ecoam no azul.

Sam não imagina $ue Anna não pode pertencer a mais ningu!m"

Disponibilização: ec!liaDigitalização: "arina

#e$isão: %dina "aciel 

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'op(right ) *ic+i eis homsonítulo original/ is the season

0ublicado originalmente em 1232 pela4arle$uin nterprises imited, #ntario, 'anad5.

radução/ 65bio 6raga 7oreira'op(right para a língua portuguesa/ 1221

sta obra foi composta na ditora 8ova 'ultural tda.9mpressão e acabamento no 'írculo do ivro S.A.

Capitulo 1

 Anna colocou o saco com tomates maduros sobre o balcão do :nico armaz!m emSumersbur(, onde se encontrava de tudo, e pegou a carteira na bolsa a tiracolo. Antes$ue o senhor de meia-idade, careca, acomodado atr5s da m5$uina registradora pudesseregistrar a compra, uma mulher grandalhona embarafustou atabalhoadamente pela portaadentro e se encaminhou para o balcão. 9

; dard" ; falou a mulher, ansiosa. ; *oc% j5 soube das novidades a respeitodo Samm(<

# homem piscou os olhos rapidamente, sem jeito, e sorriu para Anna com o ar de$uem pede desculpas antes de se voltar, com um suspiro desanimado, e responder =mulher/

; 8ão. Ainda não estou sabendo de nada, stelle... ; Apertou as teclas da

registradora, bastante antiga, e disse a Anna o valor da compra, com a$uela maneiracalma da maioria das pessoas de cidades pe$uenas.

; >om, então acho $ue voc% ! a :ltima pessoa, a saber" ; A mulher sorriutriunfante. ; Sumersbur( vai aparecer na cadeia nacional de televisão. 'adeia nacional,dard" 8o hor5rio nobre"

; 8ão diga stelle" ; dard pegou o dinheiro $ue Anna lhe estendia,interessado na novidade. ; por $ue motivo, hein<

; # pessoal da tev% ligou para Samm( uma hora atr5s, dizendo $ue $uerem fazer um especial a respeito do corte da 5rvore de 8atal para a 'asa >ranca. *ão dar aoprograma o título de ?@m 8atal em 'onnecticut?. # $ue acha disso<

 Anna observou a mulher $ue tinha a compleição forte de uma camponesa. 8unca a

vira, mas at! a$uele momento ainda não conhecia a maioria dos residentes da cidade.0or opção, preferia ficar sozinha durante os fins de semana, pois fora justamente paraisso $ue comprara a$uela casa de fazenda, retirada, onde lhe parecera $ue encontraria osossego $ue procurava.

0recisava se informar sobre a$uela histria do programa de televisão. 0elo $ueouvira da$uela senhora, sua paz e tran$uilidade iriam correr s!rio perigo, se o $uesuspeitava fosse realidade.

; Desculpe-me ; disse Anna, dirigindo-se = animada senhora ;, mas isso temalgo a ver com a 6azenda de 0inheiros de 8atal Barrison<

 A mulher voltou-se para ela/; C claro $ue sim" *oc% não mora a$ui, não !< Do contr5rio, saberia.; u s venho nos fins de semana ; e&plicou ela, e na mesma hora arrependeu-

se por ter dado a$uela informação.; Ah" ; e&clamou stelle, olhando-a de alto a bai&o com a maior atenção, sem

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nem se$uer tentar disfarç5-la. ; ntão, voc% ! a tal" Daphne me contou $ue uma moçade 8ova or+ havia comprado a casa dos 7c'ormic+, para utiliz5-la como casa decampo.

 Anna resmungou em pensamento, zangada consigo mesma. Agora j5 estava feito. $ueria tanto passar despercebida"

; Sim. u sou a tal ; confirmou, com certa ironia, mas a outra nem percebeu.

; C isso" *oc% ! a vizinha de Sam Barrison. 8ão posso acreditar $ue não sabia$ue ele ganhou o concurso"; Acho $ue sim, mas não conheço Samm(... hum, isto !, o sr. Barrison ; e&plicou

 Anna, sem jeito, por!m resolvida a descobrir tudo $ue pudesse a respeito do tal programade tev%. ; De $ue concurso est5 falando<

; # concurso anual da Associação dos 0lantadores de Ervores de 8atal. 8ossoSamm( ganhou o grande pr%mio este ano e um dos pinheiros dele vai estar na 'asa>ranca, todo enfeitado, na !poca de 8atal. 8ão ! emocionante<

; C emocionante ; concordou Anna, sem o menor entusiasmo.; agora resolveram fazer esse programa especial na televisão" ; #s olhos de

stelle brilhavam como estrelas. ; u j5 disse a Samm( $ue as senhoras da iga de

 Artesanato de Sumersbur( vão decorar a casa para ele. Acontece $ue a$uele menino !um típico solteirão, sabe< 8ão entende nada de como arrumar uma casa. não podemosdei&ar $ue o pessoal da tev% filme a$uela louca na bagunça $ue est5 não !, dard< ;indagou, pedindo o apoio do dono do armaz!m.

; Acho $ue não, stelle... ; respondeu o comerciante sem grande convicção,lançando um olhar furtivo para Anna

; >em, preciso comprar algumas coisas para o jantar e voltar logo para casa.enho um milhão de telefonemas para fazer ; disse a senhora, afastando-se do balcão.; 6oi um prazer conhec%-la, senhorita... 'omo ! mesmo o seu nome<

; Anna ; respondeu a moça, en$uanto pegava os tomates, com um suspiro deresignação. ; Anna ilford.

; eu sou stelle eriliger, $uerida. Anna percebeu, pela impon%ncia e orgulho com $ue ela se apresentou $ue deveria

demonstrar-se impressionada, então forçou um sorriso.; 0ara mim tamb!m foi um prazer conhec%-la ; disse, sabendo $ue sua

tran$uilidade terminara.8o caminho para casa, Anna riu da ironia de tudo a$uilo. ntre todas as casas de

campo do stado de 'onnecticut, acabara comprando uma ao lado da fazenda $ue iriaser mostrada em cadeia nacional de televisão. Sabia $ue era grande tolice ainda acreditar $ue encontraria paz e sossego na$uele lugar, para reorganizar sua vida.

Desde $ue começara a vir passar os fins de semana ali, algu!m da fazenda vizinha

lhe proporcionava, todas as noites, um concerto de gaita, e as m:sicas suaves adei&avam enternecida, confortada. 8os dois :ltimos fins de semana, no entanto, o m:sicopermanecera silencioso, provavelmente por se encontrar participando do concurso de5rvores de 8atal, agora sabia.

 Anna fez o carro entrar na estradinha $ue ia at! sua casa e parou antes de chegar a garagem. # acesso a ela encontrava-se blo$ueado por uma 5rvore $ue caíra no iníciodo verão, durante uma tempestade. 9sso a obrigava, todas as vezes $ue chegava, adei&ar o carro longe e rodear o tronco, carregando a maleta e o saco de compras.

 Ao abrir a porta do carro, ouviu o barulho de uma serra $ue vinha da fazenda depinheiros. 0ois !, havia perdido a tran$uilidade, mesmo, pensou. Fetirou a mala, ascompras $ue se encontravam no banco de tr5s, e encaminhou-se para a casa.

# zumbido da serra continuava, = distGncia. 'om uma serra, o caminho para agaragem poderia ser desobstruído num instante, pensou. 0elo barulho $ue vinha dafazenda vizinha, Sam Barrisson possuía uma dessas m5$uinas e provavelmente não iria

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cobrar muito caro para cortar o bordo vermelho em pedaços e remov%-lo dali. Al!m domais, ele havia ganhado um concurso $ue, em breve, acabaria com a privacidade dela.Devia-lhe um favor por isso. 6oi at! a casa, dei&ou tudo no hall de entrada, saiu de novo,batendo a porta, e voltou para o carro. A serra continuava funcionando, mas era bom $ueandasse depressa por $ue algu!m $ue trabalhava com ela poderia aparecer a $ual$uer instante e não $ueria perder a$uela oportunidade.

n$uanto dava marcha = r! para sair da estradinha, olhou-se de relance noespelho retrovisor. ra uma mulher do tipo selvagem, pensou com um sorriso desatisfação. Seu vizinho não teria com o $ue se empolgar ao v%-la de calça baggy amarelae cabelos soltos, ondulados, caindo pelos ombros e costas.

Huando era criança, seu irmão mais velho, Iim, costumava dizer $ue $uandoolhava para ela lembrava-se de um su!ter alaranjado, desmanchado por um cachorro...amb!m dizia, dei&ando-a furiosa, $ue ruivas tinham olhos azuis e $ue os dela,castanhos, tinham cor errada.

 Ao chegar = maturidade, Iim se desculpara pelos coment5rios irritantes $ue haviafeito e disse-lhe $ue era bonita. 7as ric fora o primeiro homem a lhe dizer $ue era linda.le afirmara, com o dom $ue tinha para comparaçJes, $ue os cabelos dela o faziam

pensar em nuvens di5fanas ao pKr-do-sol e $ue seus olhos pareciam chocolate cremoso.Depois $ue se haviam tornado amantes, ele a encorajara a dei&ar os cabelos crescer at!alcançar o meio das costas. ntão, no ano anterior, $uando as brigas começaram, eleminimizara a braveza e a raiva dela atribuindo-as ao g%nio e&plosivo considerado prpriodas pessoas $ue tinham cabelos da$uela cor. Assim, transformara um ponto outrorapositivo em $uase defeito, merecedor de crítica.

Sacudiu a cabeça, tentando mudar o rumo dos pensamentos.@m muro bai&o, de pedras, cercava a propriedade de Barrison, o $ue não impediria

$ue ela fosse perturbada pelas barulhentas e$uipes de televisão, $uando começassemsuas andanças por ali. isso era p!ssimo, pensou contrariada.

0egou a estradinha de terra $ue levava ao casarão branco, de dois andares. Ldireita da casa havia um galpão vermelho, onde estava guardado um trator, e o ruído daserra vinha de tr5s dele.

4avia apenas uma caminhonete estacionada ao lado da casa, e Anna parou ocarro junto dela. Desceu e olhou para as fileiras de pinheiros, com pouco mais de ummetro, $ue cresciam atr5s do galpão. Arvorezinhas de 8atal, pensou, sentindo nasnarinas a fragrGncia fresca e um tanto pungente do pinho. Se não fosse por a$ueleest:pido concurso $ue Sam Barrison havia ganhado, at! $ue apreciaria melhor a$ueleperfume.

 A claridade de setembro ia se desvanecendo = medida $ue o sol descia nohorizonte. Anna dirigiu-se ao galpão, com passos apressados, em busca de $uem

manejava a serra. Fodeou o barracão e viu o homem, de costas para ela. Sua figura a fezpensar em uma fotografia dessas revistas sobre a vida campestre, $ue mostram homenscom camisa &adrez vermelha, calças jeans surradas e cabelo escuro. # dele era $uasepreto e chegava = gola da camisa. Sem d:vida alguma, as e$uipes de televisão iriamadorar filmar uma cena como a$uela.

 Anna tapou os ouvidos com as mãos at! $ue o ruído rascante da serra parasse e,então, disse em voz bem alta/

; D5 licença<le virou-se, surpreso, empurrando os culos de proteção para o alto da cabeça.

?# cabelo dele ! tão rebelde $uanto o meu?, pensou ela, encantada ao encontrar algu!mcom cabelos tão crespos.

; m $ue posso ajud5-la<le desligou a serra e esperou $ue parasse completamente antes de retirar osprotetores $ue usava nos ouvidos.

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; 7eu nome ! Anna ilford. 7oro aí ao lado... *oc% ! Samm( Barrison<Sentia-se menos segura a respeito do pedido $ue ia fazer. A efici%ncia dos

movimentos dele e a postura firme de seus ombros largos a intimidavam.# homem sorriu e disse/; Acho $ue voc% andou conversando com stelle.; 0or $u%<

; la ! a :nica pessoa por a$ui $ue me chama de Samm(.; #h< ; Anna enrubesceu. ; Desculpe.; 8ão tem importGncia. 0razer em conhec%-la, Anna. *oc% comprou a casa dos

7c'ormic+<; 9sso mesmo. L medida $ue o embaraço desaparecia, ela o observava com mais atenção. Sam

Barrison devia ter mais ou menos a mesma idade $ue ela, talvez uns cinco anos maisvelho. Deveria estar por perto dos trinta e cinco. inha malares altos, $uei&o $uadrado erugas de e&pressão ao redor dos olhos azul-claros. ra um rosto agrad5vel.

; ntão, voc% ! a moça da cidade de $ue todos andam falando ; comentou elesorrindo.

; C o $ue parece... ; la se havia imaginado $uase invisível, ali, no entanto eratema de conversa dos habitantes locais. ; Hueria pedir-lhe um favor.

; 0ois não. C s dizer o $ue $uer. A disposição imediata dele em ajud5-la dei&ou-a desconcertada.; 0reciso de uma serra ; disse, depressa, as palavras se atropelando.le olhou-a com mais atenção e seu sorriso se alargou.; u andei imaginando $uando o novo propriet5rio da casa vizinha iria se cansar 

de ter uma 5rvore caída na entrada do carro. Anna riu e sacudiu a cabeça.; 0arece $ue nada passa despercebido a$ui em Sumersbur(, não !<; Huase nada.; stou disposta a pagar... ; começou ela e interrompeu-se ao v%-lo franzir as

sobrancelhas, s!rio. ; >em, acho $ue o insultei. 7as eu s $ueria...; st5 tudo bem ; disse ele, dando um passo = frente e sorrindo de novo,

aliviando o constrangimento. ; 'ompreendo. *oc% ! da cidade. Huero $ue saiba $ue umdos valores $ue faço $uestão de preservar ! o da boa vizinhança. 0or isso, dei&e-mefazer-lhe um favor com esse espírito.

; #h, sim. #brigada...le tinha razão, pensou Anna. 8ão estava habituada aos costumes do campo, =

atenção de vizinhos, = tend%ncia $ue as pessoas assim mais isoladas de cidades grandest%m de participar uns da vida dos outros.

; I5 terminei meu trabalho ; disse ele, olhando a madeira espalhada pelo chão.; Seria bom tirar sua 5rvore do caminho antes de escurecer.0egou a serra e caminhou, com passos largos, na direção da caminhonete

estacionada ao lado da casa.; 0odemos ir no meu carro ; sugeriu Anna, $uando se apro&imaram dos dois

veículos.le olhou o pe$ueno carro dela.; Acho melhor não. stou sujo de serragem e pode vazar g5s da serra.; st5 bem.Sam Barrison pKs a serra na caminhonete. la não havia reparado nos pe$uenos

flocos de serragem $ue cobriam os cabelos e as roupas do rapaz. # coment5rio dele,

com essa intenção ou não, chamara a atenção de Anna para o corpo rijo, esguio, por!mforte. #s m:sculos eram desenvolvidos sem e&agero. Apesar da irritação $ue sentia ao pensar no pessoal de televisão $ue logo estaria

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se movimentando por ali, ela se pegou analisando Sam Barrison e chegou = conclusão de$ue gostava do $ue via.

le tirou os culos protetores, espalhando a serragem da cabeça pelo rosto eombros.

; 8ossa" ; e&clamou, limpando os olhos com as mãos. ; 0reciso de um banho,com urg%ncia.

7ais uma vez ela supKs $ue o coment5rio havia sido feito sem malícia, por!msentiu-se bastante maliciosa ao perceber $ue estava imaginando Sam debai&o dochuveiro... Desviou o olhar, depressa.

; ntre um pouco, en$uanto pego as chaves da caminhonete e iremos j5.la aceitou o convite, admirando a atitude completamente descontraída dele diante

de uma pessoa estranha. A vida, o modo de pensar, as atitudes das pessoas do interior eram diferentes. m 8ova or+, ela se habituara a concentrar-se no lado intelectual davida e ali se via diante das realidades físicas. alvez fosse por isso $ue se sentia tãoconsciente do corpo de Sam Barrison. ncontrara-o envolvido em trabalho físico, não emtrabalho mental. 0ortanto, achava $ue seus pensamentos eram bastante lgicos e $uenão havia nada demais neles.

Sam abriu a porta da casa e segurou-a, para Anna entrar.; sta ! a toca de um solteirão, não se es$ueça. 6i$ue = vontade en$uanto vou

pegar a chave. *olto neste instante ; disse, e subiu os degraus da escada de madeira,dois a dois, indo para a parte superior da casa.

stelle tinha razão $uando dissera $ue a casa de Samm( precisava de um poucode atenção antes $ue as cGmaras chegassem. 'olocou-se no meio do $ue deveria ser asala de visitas. 'orreu os olhos de decoradora pelo ambiente/ teto com vigas de madeira,um sof5 de linhas elegantes, estofado num tom de verde pouco feliz, $ue brigava com overmelho do tapete a sua frente. Al!m disso, havia uma pilha de livros de contabilidadeem cima dele.

Duas poltronas cobertas de vinil ladeavam a enorme lareira, $ue devia consumir uma grande $uantidade de madeira durante o inverno. 8otou algumas mesinhas de estiloe tr%s abajures, por!m nenhuma peça de mobília da$uela sala combinava entre si. Seuolhar prendeu-se a um objeto enfiado num canto escuro. 0restou atenção. mbora nãopudesse imaginar por $ue, Sam Barrison tinha um magnífico tear.

 Apro&imou-se da interessante peça e pKs a mão sobre a madeira empoeirada, $uelhe trazia lembranças agrad5veis. Depois $ue aprendera um pouco de tecelagem nafaculdade, prometera a si mesmo $ue, algum dia, compraria um tear como a$uele paracriar tramas maravilhosas. 7as esse dia nunca chegara.

 Ao ouvir os passos de Sam na escada, voltou-se ainda com a mão apoiada no tear.; *oc% sabe tecer< ; perguntou ele, apro&imando-se.

; Sei, mas faz muito tempo $ue não teço. u sempre $uis... ; 9nterrompeu-se,achando $ue não devia dizer $ue sempre $uisera um tear como a$uele. ; >em, ! umlindo tear.

; ra da minha av ; disse ele, parecendo encantado com o interesse de Anna.; u deveria vend%-lo, em vez de dei&5-lo aí jogado, juntando poeira, mas não $uero medesfazer dele. 8ão sei por $ue razão gosto dessa coisa $ue não tem a menor utilidadepara mim.

; 0or $ue não aprende a us5-lo< ; sugeriu tocada por a$uela prova desentimentalismo. ; #uvi falar de um empres5rio $ue aprendeu a bordar para aliviar atensão nervosa. C claro $ue com um trabalho como o seu não deve estar precisando denenhum redutor de estresse.

Sam riu, achando a$uela conclusão divertida.; 8ão sei, não. 7as acho $ue ! bom começar a pensar nisso. alvez devaaprender a tecer, para poder aguentar o $ue vem por aí, no começo de dezembro.

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; #uvi algo a respeito, hoje. le encarou-a.; *oc% não parece muito animada com a perspectiva.; não estou mesmo. 'omprei essa casa para servir como um retiro.; Sinto muito. Se isso a faz sentir-se melhor, tamb!m não estou esperando com

ansiedade pelas e$uipes de televisão ; disse ele, enfiando as mãos nos bolsos traseirosda calça. ; Bostei de ganhar o concurso, mas não sabia $ue isso ia acontecer. Droga, o

telefone. 'om licença.6oi at! a cozinha e Anna pKde ouvi-lo e&plicando sobre o programa especial detelevisão. 0arecia bastante aborrecido com a situação, e os sentimentos dela passaramde irritação para a simpatia. le não apreciava, do mesmo jeito $ue ela, a invasão dascGmaras, e Anna o apreciava ainda mais por causa disso.

Sam voltou para a sala e comentou/; Depois $ue ganhei o concurso, o telefone não p5ra de tocar.; 'omo foi $ue ficaram sabendo tão depressa< stelle eriliger disse $ue voc%

recebeu o telefonema da tev% nesta tarde.; 7eu telefone, h5 anos, ! parte de uma linha em comum com outro assinante e

eu nunca me preocupei em mud5-lo. Dris 7cBillicudd( escuta todos os telefonemas e

passa as informaçJes para stelle. ; Deu de ombros. ; 7as não tem importGncia. unão conseguiria manter a notícia em segredo por muito tempo, mesmo sem Dris.

; stou começando a entender. # telefone tocou de novo.; *amos cair fora da$ui ; sugeriu ele ; Dei&e-o tocar.; em certeza<; Se não sairmos logo, não conseguiremos cortar a 5rvore. # sol vai se pKr e

vamos perder a luz do dia.9gnorando a campainha do telefone com dificuldade, ela passou pela porta $ue

Sam mantinha aberta. Durante o trajeto para sua casa, lembrou-se da m:sica $ue aencantara durante v5rias noites. @ma sensação morna envolveu-a ao pensar $ue elepoderia ser o m:sico desconhecido. 0Ks-se a imaginar se deveria perguntar-lhe ou não.

 Anna parou o carro logo depois da passagem, para $ue Sam pudesse entrar com acaminhonete. 8ão sabia o $ue fazer com a madeira, depois de cortada. alvez fosse bomoferec%-la a ele, sem nenhuma indicação de $ue se tratava de uma esp!cie de pagamen-to. 0recisava ser cuidadosa com a sensibilidade dos vizinhos.

6icou por perto en$uanto ele cortava o tronco da 5rvore em pedaços f5ceis deserem carregados. la nunca vira homem algum desempenhando uma tarefa tão m5scula$uanto a$uela. mbora não se permitisse e$uacionar força física com masculinidade, nãoconseguia desviar os olhos dos m:sculos fle&íveis de Sam.

Huando ele desligou a serra, Anna surpreendeu-se, convidando-o para jantar.Beralmente, não era de tomar a iniciativa.

; u gostaria muito ; ele respondeu, empurrando os culos protetores para o altoda cabeça.; Mtimo. ... voc% poderia trazer a gaita< ; perguntou, j5 $ue começara, pois,

afinal, um risco valia pelo outro.le pareceu surpreendido.; 'omo sabe $ue...; Sempre ouço voc% tocar ; replicou ela, contente por ter acertado. ; Sua

m:sica foi meu agrad5vel entretenimento durante o verão todo.Sam ficou embaraçado e seus olhos azuis brilharam ainda mais.; C difícil acreditar. *oc% disse $ue gosta de paz e tran$uilidade...; 6oi lindo, Sam ; disse ela, dei&ando de lado a costumeira cautela. ; 8ão pode

imaginar como sua m:sica completava o encantamento do entardecer, outras vezes, danoite. Depois $ue parava, eu me sentia em paz e tinha vontade de saber $uem tocava,para agradecer pelo prazer $ue me proporcionava.

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le ainda se mostrava pouco = vontade.; 8ão sabia $ue estavam me ouvindo.; *ai traz%-la<; 8unca to$uei para ningu!m.; 'laro $ue sim" ocou para mim, uma porção de vezes, s $ue não sabia.

scute, depois do favor $ue me fez tirando a 5rvore da estradinha, não tenho direito de

lhe pedir mais nada... S $ue faz muito tempo $ue não vou a concertos, a espet5culosmusicais e adoraria ouvi-lo tocar na minha varanda.le hesitava.; 7as pode ser $ue de perto voc% não ache tão bonito...; *ou me arriscar. 0or favor" ; pediu ela, sorrindo. ; Seja um bom vizinho.Sam riu e sacudiu a cabeça.; Aprendeu depressa $ue a$ui h5 regras de boa vizinhança, hein< #+. Depois,

não diga $ue não avisei. *ai me e&pulsar, com a minha gaita, nas primeiras notas. Anna fitou-lhe os olhos e sentiu um aperto conhecido no coração. le realmente a

atraía.; 8ão creio nisso ; discordou ela.

; *ou empilhar a lenha para voc%, desimpedindo o caminho, antes de ir embora.#nde $uer $ue eu a ponha<

; 0ensei $ue talvez voc% $uisesse ficar com ela, para sua lareira. Sam olhou paraa chamin! $ue se destacava no telhado da casa.

; 8ão usa a lareira<; 0retendo us5-la, mas...; ntão venho cortar a madeira em achas, amanhã ou depois. 0or en$uanto, onde

$uer $ue a colo$ue<; Iunto com umas toras $ue estão l5 no fundo obrigada.; 8ão h5 de $u% ; respondeu ele, jogando pedaços de tronco na carroceria da

caminhonete como se fossem almofadas de penas.la ficou olhando, en$uanto ele se encarregava dos pedaços maiores, depois

ajudou-o com os menores, apesar de ele se mostrar preocupado com a possibilidade deela machucar as mãos. Ajud5-lo na$uela tarefa parecia apro&im5-la mais dele.

; *ou dar a volta e descarregar a madeira l5 atr5s. n$uanto isso, voc% podecuidar do jantar ; propKs Sam.

 Anna raciocinou depressa. # frango demoraria uma hora para ficar pronto e, comcerteza, ele estaria morto de fome depois de todo a$uele e&ercício físico<

; >oa ideia ; replicou, então. ; *enha assim $ue estiver pronto. não sees$ueça da gaita, est5 bem<

le riu e entrou na cabina da caminhonete.

; Se ! assim $ue voc% $uer... *ou at! em casa, tomo um banho, pego a gaita evenho.ra um homem encantador, refletiu ela, en$uanto entrava em casa para dar início

ao jantar. a vida na$uele canto do mundo era tão diferente da $ue levava na cidade,$ue Anna sentiu vontade de mudar tudo, de se livrar da sofisticação $ue se habituara.

#bservou-o descarregar a lenha, ao crep:sculo, da janela da cozinha. 4avia muitotempo $ue não esperava uma noite com tanto entusiasmo. Durante o :ltimo ano $uevivera com ric, as brigas constantes haviam estragado os momentos $ue ficavam juntos.# rompimento, na primavera anterior, havia sido um alívio, embora o apartamento lhetrou&esse lembranças dele. 9a para o campo nos fins de semana para fugir dasrecordaçJes.

Huando Sam terminou de arrumar a madeira, acenou para ela e se foi.Depois de temperar o frango e coloc5-lo no forno, Anna tomou um banho r5pido evestiu um abrigo. 6ez ma$uilagem leve e escovou os cabelos. De volta ao andar inferior,

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sentiu-se envergonhada de sua sala de jantar. 8ão se empenhara em decorar a casa,embora os amigos de 8ova or+ achassem $ue ela iria esmerar-se na arrumação parae&ibi-la como uma amostra de sua capacidade de decoradora. 4avia perdido o interessepela decoração.

ntretanto, ia receber um convidado e desejou $ue ao menos tivesse compradouma toalha de mesa e um par de candelabros para uma ocasião semelhante. 'orreu para

o andar de cima, descendo em seguida com um lençol florido e alguns metros de fita.'olocou o lençol sobre a mesa e amarrou-o sob o tampo, franzindo o tecidoN fez umcentro de mesa com uma grande tigela de madeira, maçãs e uvas. embrou-se das velasbrancas $ue guardava para uma emerg%ncia e improvisou um par de castiçais com duasmaçãs.

 Ao afastar-se alguns passos para apreciar o efeito, sentiu uma satisfação $ueestivera ausente de seu trabalho durante meses. @sara a criatividade, improvisando como $ue tinha = mão. ric, com certeza, riria da$ueles esforços, por!m não precisava maisse preocupar com as críticas dele... Sam não parecia ser do tipo crítico. Sam chegou =porta dos fundos assim $ue ela terminou de arrumar a mesa. Seu cabelo estava :mido dobanho e ele cheirava &ampu e sabonete. Huando tirou a ja$ueta, pendurando-a num

cabide de parede, Anna notou $ue ele mudara as cores, mas não o estilo das roupas. Acamisa &adrez era azul, em vez de vermelha, e a calça jeans parecia um pouco mais novado $ue a $ue usava antes. ra o mesmo rapaz simples $ue havia cortado a 5rvore paraela. A gaita produzia uma sali%ncia no bolso da camisa e ele trazia tamb!m uma garrafade vinho.

; 0ensei no $ue voc% iria fazer para jantarmos e achei $ue gostaria de um vinhopara acompanhar ; disse, entregando a garrafa a ela.

; 0reparei um frango, e este vinho ! perfeito.; Mtimo" ; le correu os olhos pela sala de jantar e deu um assobio de

aprovação. ; 6ez tudo isso depois $ue eu saí<; 6iz... *oc% ! o meu primeiro convidado nesta casa e me diverti arrumando a

mesa com o $ue pude arranjar.; stou impressionado ; disse ele e encarou-a, in$uisitivo. ; # $ue,

e&atamente, voc% faz na cidade<; 'onsiderando a apar%ncia da casa, sinto at! vergonha de contar. ste ! um

e&emplo do ditado ?'asa de ferreiro, espeto de pau?...; *oc% ! decoradora profissional, não<; Sou sim. 7as neste verão eu s $uis rela&ar, então, não cuidei de nada a$ui.; 'ompreendo. ; le recostou-se no balcão da cozinha e fitou-a. ;

considerando $ue a$ui ! seu local de descanso, não tenho o direito de pensar o $ueestou pensando.

; Diga logo o $ue est5 $uerendo dizer, Sam. 8ão use de subterf:gios...le pensou um pouco, depois decidiu/; 7uito bem. 7as fi$ue = vontade se $uiser me pKr para correr.; 'erto. ; Anna respondeu. ntão, cruzou os braços e esperou.; >em, a rede de televisão espera $ue minha casa pareça com essas $ue

aparecem em revistas, em filmes, e voc% j5 viu, em primeira mão, $ue não ! nada disso.stelle e algumas senhoras da cidade se ofereceram para decorar a casa para o 8atal,mas s de pensar nisso eu fico nervoso. 0ode imaginar cinco ou seis velhinhas correndona minha casa de um lado para outro, pendurando coisinhas a$ui e ali, como fadasmadrinhas<

ncarou-a, num apelo pat!tico, e Anna riu, imaginando stelle no meio da sala de

visitas de Sam.; ntão, $uer $ue eu faça algumas sugestJes para a decoração< 0osso ajud5-lo...

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# $ue era justo era justo, ela teve de admitir, e o bom relacionamento entrevizinhos funcionava dos dois lados.

; 7ais do $ue algumas sugestJes, Anna. u gostaria $ue voc% decorasse a casatoda, de cima a bai&o.

ra muita coisa para seu retiro campestre, refletiu Anna, muita coisa em troca denoites passadas junto da lareira, com o amigo rec!m-descoberto, ouvindo m:sica de

gaita. A$uele roceiro tinha um negcio para gerir e estava $uerendo a ajuda dela.Desejava arrast5-la para a loucura $ue criara ao vencer o maldito concurso de 5rvores de8atal.

; Sam, voc% foi formid5vel livrando a minha entrada de carro e detesto recusar oprimeiro favor $ue me pede, por!m não creio $ue...

; # $ue estou pedindo não seria bem um favor. C um trabalho, um trabalhão,ali5s, eu sei. Huero pagar. 8ão tenho muito dinheiro, mas esse especial de televisão, nãoimporta $uão odioso possa vir a se tornar, vai fazer maravilhas pelos meus negcios. Agora $ue estou mergulhado nisso at! o pescoço, seria um idiota se não caprichasse nadecoração da minha casa, se não fizesse tudo para tirar o maior proveito.

 Anna sabia $ue um pouco de dinheiro e&tra viria bem para ela, principalmente

depois de tudo o $ue gastara para comprar a casa de campo, mas continuava hesitando.0or fim, resolveu ser franca.

; 8ão sei se seria capaz de fazer um bom trabalho para voc%, Sam. 8os :ltimostempos perdi todo o entusiasmo para fazer decoraçJes de interiores. Se pudesse, largariatudo e me esconderia a$ui, nesta casa.

; 'ompreendo $ue deva haver um bom motivo para voc% se sentir assim... >em,não se preocupe. 6oi s uma id!ia.

ivera razão em recusar a proposta, disse Anna a si mesma. 7uita razão.ntretanto, sentia dificuldade para lidar com o desapontamento $ue lia no rosto de Sam.

; # $ue, e&atamente, voc% precisa< ; perguntou relutante.; # pessoal da televisão $uer algo bem típico ; respondeu ele, animado com a

pergunta. A despeito de si mesma Anna pKs-se a imaginar alteraçJes na sala de visita dele.

# sof5 não era de todo mau, embora achasse $ue ficaria melhor se o tecido fossetrocado, por!m as poltronas não poderiam permanecer l5. # tear, lgico, constituía umdetalhe perfeito e deveria ser e&ibido. # tear...

; Anna sinto-me mal por ter feito esse pedido, mas não saberia como encontrar outra decoradora. # trabalho não deve demorar muito e não sou e&igente. amb!m possoajudar em tudo $ue...

; Aceito o trabalho com uma condição ; disse ela, sentindo $ue o mundo see&pandia, brilhando com novas cores.

; udo $ue $uiser"; Hue, em troca, voc% me dei&e usar o tear de sua av.

Capítulo 2

Sam ficou encantado com o pedido.; 8egcio fechado ; disse, depressa.#bservou a transformação $ue ocorria nos olhos dela/ a e&pressão de cautelosa

relutGncia dava lugar a um entusiasmo antecipado.# fato de Anna ter concordado em ajud5-lo na decoração mudou seu ponto de vista

em relação ao especial de televisão. alvez não fosse uma coisa tão ruim, afinal decontas.; u gostaria de trazer o tear para c5, se não se importa ; pediu ela.

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; C lgico ; concordou Sam.; 7as vamos ter de lev5-lo de volta $uando forem gravar o especial. @m tear com

trabalho em andamento causaria timo efeito na sala de visitas.; Acho $ue tem razão, mas o $ue eu entendo disso<; C voc% não entende muita coisa ; brincou ela ;, mas tem sorte/ eu entendo.; C evidente. ; le fez um gesto $ue abrangia a mesa iluminada por velas, na

sala de jantar. ; Sinto-me como se estivesse num restaurante chi$ue.; C por$ue o serviço est5 muito lento ; replicou Anna, rindo. ; stou morrendode fome, o $ue significa $ue voc% deve estar desmaiando, depois de todo trabalho $ueteve. *amos jantar.

; stou pronto" 0recisa de ajuda<; *ou pKr na mesa. n$uanto isso pode abrir o vinho. # saca-rolha est5 na gaveta

do lado es$uerdo ; e&plicou ela, indo abrir o forno.# calor do fogão e o aroma do frango assado espalharam-se pela cozinha.Sam encontrou o saca-rolha com facilidade. Sentia-se = vontade na$uela cozinha,

contente por Anna não ter modificado o ambiente aconchegante criado pela sra.7c'ormic+, transformando-o numa dessas brilhantes maravilhas da tecnologia moderna.

#s mveis e utensílios $ue estavam por ali eram seus velhos conhecidos.; sta cozinha me traz boas recordaçJes. Huando eu era criança, a senhora $ue

morava a$ui costumava fazer pão de gengibre para mim.; ntão, $uer dizer $ue voc% cresceu a$ui em Sumersbur(< ; perguntou Anna.; 8ão. ; le pensou em como ela estava maravilhosa com o rosto corado por 

causa do calor do forno. ; u sempre vinha passar as f!rias na casa dos meus avs.; ntão, a casa onde mora pertenceu aos seus avs<; 0or $uase cin$uenta anos.; 0u&a" 6oi muito bom ter me contado isso. Se houver na casa algo $ue lhe traga

lembranças sagradas, ! melhor $ue eu saiba antes de começar a trabalhar no projetopara a decoração.

; 8ão sei se e&iste por l5 algo $ue se possa denominar sagrado, por!m sou muitoligado a tudo $ue h5 na casa. ; #lhou-a com atenção, imaginando at! $ue ponto poderiaconfiar nela. 0or fim, disse, com cuidado ; ive uma infGncia muito tumultuada, afazenda de meus avs constituía para mim uma esp!cie de centro do mundo, firme,imut5vel. les foram importantes na minha vida.

 Anna parou de regar o frango com o molho, dirigindo toda atenção para Sam eesperando $ue ele continuasse a falar. A interrupção do $ue estava fazendo demonstravaseu respeito pelo $ue ele dizia, o interesse $ue tinha em saber coisas sobre a vida dele.ntão, ele prosseguiu/

; 7eus pais se divorciaram $uando eu tinha cinco anos. Depois, minha mãe se

casou de novo... tr%s vezes. 8s mud5vamos muito de casa, de cidade.la assentiu com a cabeça, parecendo entender sem $ue houvesse necessidadede maiores e&plicaçJes.

; $uanto a seu pai< ; perguntou com delicadeza, depois de alguns instantesde sil%ncio.

; le desapareceu completamente das nossas vidas. u costumava odi5-lo por causa disso, por!m j5 não mais o odeio. 7inha av me e&plicou $ue ele não era forte obastante para ser um pai ?meio e&pediente?. ra desses $ue $uer tudo ou nada. 'omoera impossível ter tudo, escolheu o nada. la o perdoou por isso e eu, pouco a pouco,acabei por perdo5-lo, tamb!m...

4ouve mais um sil%ncio e, como ele se prolongasse, Anna disse/

; emos de e&aminar a casa com o maior cuidado. *oc% não pode imaginar oimpacto $ue pode causar uma mudança em um ambiente tão cheio de reminisc%nciasemocionais. ! evidente $ue tudo $ue cerca uma pessoa est5 cheio de significados,

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principalmente no seu caso...le sorriu com jeito um tanto inibido.; #lhe, ! melhor não ficarmos sentimentais. C verdade, tamb!m, $ue a casa est5

cheia de trastes $ue precisam ser jogados fora. Al!m do mais, j5 faz tempo $ue dei&ei deser um garotinho assustado.

 Anna tamb!m sorriu.

; &ceto $uando se trata das velhinhas da iga de Artesanato. Sam riu por$ue aafirmativa dela não dei&ava de ser verdadeira.; em razão. las me dei&am apavorado e suponho $ue talvez seja por$ue

poderiam estragar as coisas $ue pertenceram aos meus avs. ; ncarou Anna, com ar s!rio e compenetrado. ; Acho voc% com jeito de ser muito competente em tudo $ue faz,mesmo estando cansada da profissão.

la recebeu o elogio com alguma reserva, fazendo uma cara de $uem tem d:vidas.; 8ão sei... I5 fui bastante criticada pelo gerente da loja onde trabalho por apoiar 

a decisão de um cliente em manter o $ue possuía, em vez de comprar mveis novos. 9ssonão me&e no esto$ue...

; 8ão, mas demonstra força de car5ter de sua parte. ntão, ! por isso $ue est5

desencantada de seu trabalho. Huer abandon5-lo por$ue seu chefe e&ige $ue o ajude avender mveis.

; Acho $ue não ! esse o motivo. Acontece $ue não sinto mais entusiasmo pelo$ue faço. # cliente pode gostar do meu trabalho, elogiar as soluçJes $ue encontro, masnão acredito nele.

; alvez voc% esteja precisando dar uma nova direção a sua vida.; C... 0ode ser at! $ue venha a fazer isso ; respondeu ela, corando.Sam olhou para a garrafa $ue tinha na mão.; >em, se eu terminar o $ue comecei a fazer, poderemos brindar a sua resolução.; saborear a comida $ue lhe prometi ; acrescentou ela, rindo.Sam abriu a garrafa e, ao erguer os olhos, fitando Amia, teve a sensação de $ue

alguma coisa muito especial havia começado.Durante o jantar, ela falou sobre sua família, $ue morava no stado de 9ndiana. #

irmão mais velho era casado, tinha tr%s filhosN logo seus pais iriam comemorar trinta ecinco anos de casados.

; Hue maravilha" ; comentou Sam, bebericando o vinho. ; 7eus avspermaneceram casados durante sessenta e um anos. u os admirava muito por isso.

; les se casaram jovens< ; Anna empurrou o prato para um lado e descansouos braços sobre a toalha de mesa improvisada. ; A maioria dos casais $ue completamsessenta anos de casamento, em geral, são os $ue se casaram $uando eram muito jovens.

; Acho $ue tinham uns vinte anos. 7inha av talvez fosse um pouco mais moçado $ue isso. C... ; ele riu. ; @ma boa parte de ns ir5 ter dificuldades para viver temposuficiente para igualar esse recorde. 7esmo $ue eu me casasse amanhã, teria de chegar aos noventa e dois anos para comemorar sessenta anos de casamento.

; amb!m ! pouco prov5vel $ue eu faça o mesmo tipo de comemoração. 0araisso, tamb!m casando amanhã, teria de viver at! os oitenta e nove.

 Anna lembrou-se $ue certa vez contara os cinco anos $ue vivera com ric comotempo de casada, embora não houvessem legalizado nada, por$ue ele lhe havia dito $uese considerava casado como nunca. Afastou a lembrança e acrescentou, procurandolivrar-se tamb!m da vaga tristeza $ue a envolvia.

; Acho $ue vou dei&ar os pr%mios de relacionamentos duradouros para meus pais

e meu irmão...; ntão, pelo jeito, voc% ! a rebelde da família, hein< ; perguntou Sam,brincando.

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; #lhe a$ui, se fizer alguma piada a respeito de meu cabelo vermelho, eu vouficar muito desapontada com voc%, Sam"

; 8em pense nisso" ; e&clamou ele e bebeu um gole de vinho, fitando-a por sobre a borda do copo. ; 8ão gosto de esteretipos. Al!m disso, minha av tinhacabelos ruivos e era uma mulher delicada, de g%nio calmo. ra, mesmo, uma pessoaencantadora.

; 4um... Acaba de conseguir salvar sua pele. 7erece at! $ue eu tire um bologelado do congelador, para sobremesa.; S se for mais tarde. # jantar estava delicioso e eu comi demais. 0osso dizer 

$ue me empanturrei.; C bom $ue não esteja empanturrado demais para tocar a sua gaita.; ive esperança de $ue voc% acabasse es$uecendo isso...; 8em por sonho" ; e&clamou ela. ntão, empilhou a louça suja na pia, pegou

seu copo com vinho e propKs/ ; *amos vestir um agasalho e ficar na varanda dosfundos. Acho $ue ns dois vamos nos sentir mais = vontade no escuro e, assim, voc% nãofica inibido.

; 8ão sei por $ue dei&ei voc% me convencera trazer a bendita gaita ; reclamou

Sam, com ar conformado, levantando-se da mesa.; u sei por $ue, voc% ! um bom vizinho. ; Anna sorriu, depois vestiu um blusão

de n5ilon e saiu da sala.; C, pode ser... ; Sam apagou as velas, pegou seu copo e seguiu-a.Sentia-se maravilhado com o efeito $ue a$uela mulher causava nele. ra algo $ue

nunca lhe acontecera. m poucas horas ela o persuadira a contar detalhes da suainfGncia infeliz e a tocar gaita para ela, coisa $ue nunca fizera para ningu!m.

 Anna atravessou a cozinha, com passos r5pidos, e abriu a porta, imaginando senão teria sido insistente demais, praticamente obrigando-o a tocar. Sabia $ue ele tocavabem, embora Sam afirmasse $ue não. I5 era tempo de ele reconhecer seu prpriotalento.

 As almofadas das cadeiras de ferro batido estavam frias e o ar da noite, mais frioainda. 4avia alguns grilos cricrilando pelas pro&imidades, mas com certeza no pr&imofim de semana certamente j5 teriam partido, por causa do inverno. # ar cheirava a outonofolhas amarelecidas e maçãs maduras.

la esperava com ansiedade a chegada do outono a cada ano, pois era a estaçãodo ano com a $ual se sentia em maior sintonia. Sam escolheu a cadeira mais distante eela compreendeu sua timidez.

; st5 bem escuro a$ui ; ele comentou colocando o copo sobre uma mesinha.; 8ão vou conseguir ver, pela sua e&pressão, se est5 gostando ou não do $ue vou tocar. Assim, vamos combinar uma coisa/ voc% me interrompe se ficar aborrecida, est5 bem<

irou a gaita do bolso e preparou-se para tocar.; 0rometo $ue sim ; afirmou Anna, s!ria.Depois de tocar algumas notas esparsas, como se testasse a gaita, Sam começou

a tocar. Anna reconheceu logo nos primeiros acordes, $ue era uma das m:sicas $ue elehavia tocado em algumas das noites anteriores. ra uma canção suave, envolvente. letinha um dom do $ual não se havia dado conta. Sua m:sica falava de solidão e anseios,de ternura e amor. la não sabia nada a respeito do passado amoroso dele e tamb!mnada lhe contara de si mesma a esse respeito. 7as havia coisas $ue nem era precisomencionar para sentir $ue e&istiam ou $ue haviam e&istido.

 Ainda pensava nisso $uando Sam terminou a canção. 6icou em sil%ncio por algunsmomentos, depois perguntou/

; Huer $ue eu to$ue mais<; Se eu $uero mais< #h, Sam, eu seria capaz de ficar ouvindo voc% tocar a vidainteira. 8ão pode imaginar como a m:sica me acalma.

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; 0ois eu pensei $ue voc% tivesse adormecido, sabe< 6icou tão $uieta"; 8ada disso. 8ão adormeci e me senti muito bem. 0or favor, continue. o$ue

Unchained Melody... Bostei muito de ouvi-la tocada por voc%.; Ainda não consigo acreditar nisso" ; A voz dele íntima atrav!s da escuridão

$ue os envolvia ; eu achando $ue estava sozinho en$uanto tocava, e voc% a$ui ouvindo,todos os fins de semana.

; Acho $ue ! por isso $ue eu sinto como se j5 o conhecesse h5 muito tempo.le não fez coment5rios. Anna percebeu $ue uma corrente densa de emoção osligava e ficou imaginando se Sam havia percebido o $ue estava começando a acontecer entre os dois na$uela varanda.

 A m:sica seguinte deu-lhe a resposta. Sim, ele sabia. Anna sentiu um arrepioestranho percorrer-lhe a espinha, en$uanto Sam e&ecutava as notas cheias de pai&ão.

la fechou os olhos e lembrou-se de como o vira na$uela tarde, manejando aserra, e depois, jogando as toras de madeira na carroceria da caminhonete. 0areciaincrível $ue, na$uele momento, as mesmas mãos $ue haviam feito a$uele trabalhopesado seguravam uma gaita de prata, criando profunda magia. 0ensou na boca maciatirando acordes suaves do instrumento e passou a língua nos l5bios. sperara apreciar a

m:sica de Sam, mas não esperava ser seduzida por ela.Huando ele acabou de tocar, nada aconteceu, como se o mundo, o tempo, tudo

tivesse se cristalizado. Anna não tinha coragem de falar, com medo de dei&ar transparecer a fantasia $ue tomara conta de sua imaginação.

0or fim, Sam levantou-se. Sua figura era uma sombra mais escura, do outro ladoda varanda, e nenhum dos dois disse nada, por longos momentos. 0or fim, ele rompeu osil%ncio/

; st5 ficando tarde ; disse, e sua voz soou mais profunda do $ue era $uaserouca. ; Acho $ue ! melhor eu ir para casa.

la se levantou da cadeira com esforço, rezando para $ue as pernaspermanecessem firmes en$uanto caminhava na direção dele.

; 8ão $uer bolo< ; perguntou, procurando fazer a voz soar clara e firme.; 8ão, obrigado. u...Dei&ou a frase suspensa no ar e continuou imvel. Apesar do escuro, Anna podia

sentir $ue ele não tirava os olhos dela.; A claridade da janela da cozinha est5 refletindo nos seus cabelos ; voltou a

falar Sam, num tom $ue era $uase de acusação, como se ela tivesse escolhido o lugar depropsito, sabendo $ue a luz iria cair sobre sua cabeça.

F5pida, ela tratou de mudar de posição, saindo do foco de luminosidade, sentindo-se tola por fazer isso. 8ão pretendera encorajar o sentimento indKmito $ue surgira entreeles, e o efeito $ue Sam provocava nela dei&ava-a pouco = vontade. Desconfiava $ue ele

tamb!m lutava contra as prprias emoçJes.; Sam ; começou a dizer, hesitante ;, eu s...; Anna, eu...la não poderia afirmar com certeza $ual dos dois se moveu primeiroN talvez

houvessem decidido ao mesmo tempo $ue a distGncia $ue havia entre eles não poderiamais ser suportada.

; #h... ; suspirou Anna, fitando-o nos olhos.#s braços de Sam pu&aram-na, e ela sentiu o coração dele batendo forte contra

seu peito, $uando a beijou. Anna correspondeu com uma ansiedade cuja e&ist%ncia desconhecia. 0ercebendo

isso, Sam intensificou o beijo, e&plorando os mist!rios :midos da boca ardente. # desejo

começou a agitar-se dentro dela, ganhando ímpeto com o ritmo sensual da língua dele.Sem forças para reagir diante do inesperado ata$ue de pai&ão, ela dei&ou escapar umgemido de prazer.

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 A respiração dele tornou-se entrecortada e o corpo, tenso. 'orreu as mãos pelascostas de Anna e apertou-a mais contra si. Huando estavam bem juntos, colados um aooutro, Sam afastou a cabeça para encar5-la.

; u devia ter ido embora ; murmurou. Anna engoliu seco.; 8ão era isto $ue eu pretendia Sam. 7as h5 algo em relação a sua m:sica...

depois de ouvi-la todo o verão e, agora...

; u não tenho desculpa ; ele replicou, com suavidade, ainda prendendo-a numabraço apertado. ; 8ão sabia da sua e&ist%ncia at! hoje.la segurou o rosto dele com as duas mãos.; Sam... ; começou a dizer.6echou os olhos ao ser assaltada por outra onda de pai&ão $ue a fez ficar com

vontade de parar de falar para beij5-lo. Abriu os olhos e tentou se controlar, determinada asuplantar a$uela reação violenta. Afinal, conseguiu falar.

; 8ão sei o $ue est5 acontecendo, mas pode ser atribuído a uma s!rie de coisas.Suponho $ue depois de ter passado o verão ouvindo-o tocar, voc% se tornou uma fantasiapara mim...

; h5 algo errado nisso. ; # corpo dele latejava contra o dela, en$uanto Sam

passava a mão nos cabelos longos e macios. ; A menos $ue voc% tenha ficadodesapontada com a realidade...

; A realidade me dei&ou desarmada ; disse ela, acariciando o $uei&o m5sculorec!m-barbeado. ; 7as as emoçJes vieram tão depressa $ue não posso confiar nelas.

; *oc% gostaria... ; le pigarreou para limpar a garganta. ; *oc% prefere $ue euv5 embora<

la hesitou dividida entre a razão e o desejo.; Acho $ue sim. 8ão $uero dar um passo destes motivada apenas pela solidão.; u tamb!m não. *oc% se sente solit5ria<; C... não sabia $ue me sentia assim. 0referia rtulos como ?autossuficiente? e

?contemplativa?. Afinal, vim para o campo especificamente para ficar sozinha.Sam ficou calado por alguns momentos. Depois, afastou-se dela, dando fim ao

abraço. 0or!m sua voz ainda estava alterada $uando falou.; Huem ! ele<la fitou-o, surpresa.; # $u%<; # cara $ue est5 tentando es$uecer, ficando por a$ui. Huem ! ele< Anna pensou em negar o fato. Afinal, ningu!m poderia provar $ue a compra da

casa tinha alguma ligação com o rompimento dela com ric. 8o entanto, havia beijadoesse homem com abandono e talvez ele tivesse o direito de saber.

; *ivi durante cinco anos com ric #rets+(. At! março passado. I5 ouviu falar 

dele< ; 8ão ; respondeu Sam, ríspido.; C muito conhecido no meio artístico de 8ova or+. 8s nos conhecemos $uando

fui encarregada de comprar um $uadro para a casa de um cliente. 6i$uei fascinada com afama de ric, e ele...

; Admirado com a sua beleza ; concluiu Sam. ; Sou capaz de entender isso.Huando voc% entrou no meu galpão, hoje = tarde, com os cabelos despenteados,brilhando ao pKr-do-sol, tamb!m fi$uei admirado. ntão, esta noite, descobri $ue voc% !sensível, al!m de bonita. alvez sua atração por mim se deva = solidão, mas não a minhaem relação a voc%. Desmar$uei um encontro para vir a$ui esta noite.

; Sam, eu não sabia... ; la sentiu uma pontada de culpa. le deu de ombros.

; 8ão tem importGncia. S $uero $ue saiba $ue eu não sou um homem solit5rioda roça, apesar dos concertos noturnos de gaita. les faziam parte de sua fantasia<; alvez ; admitiu ela envergonhada.

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; u costumo tocar todas as noites, depois $ue termino minhas tarefas. 9sso nãosignifica $ue não saio mais tarde, para jantar, ou talvez não v5 a um teatro em 4artford.8a verdade, =s vezes gostaria de ser solit5rio... 8ão $ue leve uma vida social intensa,mas $uase sempre tenho encontros com clientes = noite, por$ue durante o dia nãodisponho de muito tempo.

; 'lientes< ; Anna refletiu $ue a avaliação $ue fizera de Sam não fora correta.

; Sou contador. 7as estava cansado de trabalhar em contabilidade, do mesmomodo $ue voc% est5 cansada da decoração. Huando tive oportunidade de cuidar de umafazenda de reflorestamento, fechei meu escritrio em 4artford e mudei para c5. 7as aindafaço declaraçJes de imposto de renda para muitas pessoas.

; 7inha nossa" eu $ue pensei $ue voc% estivesse completamente absorvidopela vida campestre.

; Bostaria muito de estar, mas isso não daria para me sustentar. 0ode ser $ue,com a publicidade $ue vou ganhar por causa da 5rvore de 8atal $ue vendi para a 'asa>ranca, eu possa diminuir minha atividade paralela. sse ! meu objetivo.

 Anna entrelaçou as mãos e falou, procurando dar =s palavras um tom profissional.; >em, gostaria de ajud5-lo a conseguir o $ue pretende, entregando-lhe a casa

pronta para o especial de tev%.; Mtimo. ; le enfiou as mãos nos bolsos traseiros da calça e encarou-a na semi-

obscuridade. 0or fim, respirou fundo e disse ; Se chegar = conclusão de $ue o $uesentiu h5 poucos momentos não foi reação = solidão, me avise.

# desejo avassalador assaltou-a de novo e ela refreou-o a custo. 0oderia estar reagindo a Sam da$uela maneira por$ue sentia falta dos braços de um homemenvolvendo-a, e não $ueria continuar com ele, se assim o fosse.

; #brigada por tirar G 5rvore e... pela compreensão ; murmurou.; 8ão h5 de $u% ; ele respondeu, com suavidade. ; Huando $uer $ue eu traga

o tear<; 0oderia ser amanhã de manhã<; 'laro $ue sim.; $uando $uer $ue eu v5 a sua casa para planejar o $ue deve ser feito<le deu uma risadinha de satisfação.; 0oderia ser amanhã de manhã< Anna pegou a brincadeira.; 'laro $ue sim ; respondeu. Sorriram um para o outro. ; Bosto muito do seu

estilo, Sam ; acrescentou ela.; 7as pode ser $ue voc% se sentisse assim em relação a $ual$uer outro homem

disponível $ue aparecesse, não !<la suspirou.; Detesto pensar isso, por!m... De $ual$uer forma, voc% ! muito mais do $ue

?$ual$uer outro homem disponível?. I5 percebi $ue ! uma pessoa especial. olhe $uetenho muitas chances de sair com rapazes, na cidade. Deus sabe como, h5 meses, todosos meus amigos v%m jogando montes de homens em cima de mim.

Sam pensou no $ue ela acabara de dizer.; vindo para c5 todos os fins de semana voc% neutraliza os esforços dos seus

amigos, certo<; >em, acho $ue ! esse o resultado. Depois de alguns instantes, Sam disse; Huero fazer uma sugestão, embora possa estar me comportando como um

idiota...; # $ue !<; 0or $ue não p5ra de fugir dos rapazes da cidade e não aceita um encontro com

o melhor do grupo< S para ver como reage a ele. Anna fez uma careta.; se eu cair nos braços dele, como caí nos seus, vou descobrir $ue sou uma

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velha solteirona solit5ria desesperada por homem... $ual$uer homem"le deu uma risadinha.; Se voc% ! uma velha solteirona solit5ria, eu sou o presidente dos stados

@nidos"; #h, Sam, não sei ; replicou ela, rindo tamb!m. ; 7e manter completamente

afastada de homens ! tão mais f5cil"

; 'reio $ue essa opção est5 descartada, a partir desta noite ; disse ele, comsuavidade. ; *ou respeitar essa d:vida, mas não vou desistir de voc%" Anna sorriu um tanto triste.; 6ico feliz ouvindo isso.; Al!m do mais, temos negcios juntos. A $ue horas $uer $ue eu traga o tear<; Hual ! seu programa para amanhã<; 8ão tenho muito $ue fazer aos s5bados. 8enhum de meus empregados trabalha

no fim de semana, a não ser nos meses de novembro e dezembro, $uando o trabalhoaumenta. 0osso vir trazer o tear a $ual$uer hora depois do nascer do sol.

 A e&emplo de Sam, ela enfiou as mãos nos bolsos do blusão, para resistir =tentação de toc5-lo.

; Sabe de uma coisa< Ainda não consigo acreditar $ue voc% ! contador.; Aposto $ue perdi todo charme por causa disso"; 8ão, de modo algum ; replicou ela, e não acrescentou $ue o considerava mais

intrigante do $ue nunca.; 8esse caso, vou trazer minha glamorosa pessoa at! a$ui, junto com o tear, ali

pelas oito horas. st5 bem<; 'ombinado. , Sam, ser5 $ue não estou pedindo muito< Agora $ue sei como

sua av foi importante para voc%, fico imaginando se tenho o direito de...; Anna... ; le tocou-lhe o braço para interromp%-la e logo retirou a mão, como

se a tivesse $ueimado. ; m primeiro lugar, não posso imaginar $ual o dano $ue poderiacausar ao tear e, em segundo lugar, confio plenamente em voc%. Sua reação ao tear, suareação a tudo, mostra o respeito $ue tem pelas pessoas e ao $ue pertence a elas.

; 6oi lindo o $ue voc% disse.; ainda tenho uma porção de coisas bonitas para lhe dizer, Anna ilford, mas

por en$uanto vou guard5-las.; 0ara um dia chuvoso< ; perguntou ela, rindo.; alvez. #u para uma tarde de neve... #u uma noite enluarada. ; le voltou-se e

caminhou para os degraus da varanda. ; 9sso, $uando voc% chegar = conclusão de $uenão ! uma solit5ria ; disse, e foi para a caminhonete.

 Anna abriu a boca para cham5-lo. Seria muito importante o motivo pelo $ual odesejava na$uela noite<

7as, antes $ue pudesse encontrar a resposta, ele ligou o motor, acendeu os farisda caminhonete e foi embora.

Capítulo 3

 Anna pKs o relgio para despertar, mas acordou antes da hora e se vestiudepressa, tremendo de e&citação e não pelo frio da manhã. Dali a pouco Sam chegaria.*oou pelas escadas e foi fazer caf!. #uviu o barulho do motor da caminhonete e correupara a porta da frente.

; >om dia" ; gritou ele.

# coração dela acelerou-se ao v%-lo de novo. 8ão conseguia es$uecer seu beijo.; *ou aí, ajud5-lo ; ofereceu, dei&ando a porta aberta para $ue pudessem entrar com o tear.

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; 0ode dei&ar, acho $ue me arrumo sozinho. C melhor me esperar l5 dentro. st5muito frio.

Sam sorriu ao apro&imar-se dela. Ser5 $ue ele tamb!m estava se lembrando dobeijo< 6itou atentamente os olhos azuis e chegou = conclusão de $ue sim. 'orando,tratou de desviar a atenção para o tear, $ue se encontrava amarrado = carroceria dacaminhonete.

; *oc% deu um polimento nele< ; perguntou, ao ver $ue o tear estava limpo ebrilhando.; Dei, entre um telefonema e outro. # pessoal est5 tão entusiasmado $ue não

p5ra de ligar. ; Sam subiu na carroceria do veículo e estendeu a mão para ela. ; ntão, j5 $ue não $uer mesmo entrar, talvez possa me dar uma ajuda.

 Anna segurou na mão dele, para subir, sem olh5-lo. 0ensava $ue o $ue acontecerana noite anterior havia sido resultado da escuridão e da m:sica. 8o entanto, na$uelamanhã a situação e o clima eram muito diferentes e sua reação a ele continuava amesma. era tão intensa $ue se sentia envergonhada. 0rocurou disfarçar ossentimentos, bai&ando os olhos e tratando de desamarrar as cordas $ue prendiam o tear.

Sam apoiou duas t5buas na beirada da carroceria e no chão, para $ue o tear 

descesse por elaN então, pediu a Anna $ue não o dei&asse sair das t5buas, en$uantofosse deslizando para bai&o. le o seguraria para $ue não descesse depressa demais.

; Agora, vamos carreg5-lo para dentro. 8ão ! pesado, mas ! volumoso e difícil desegurar. 0egue de um lado $ue eu pego do outro.

; 'erto... 'omo conseguiu coloc5-lo na caminhonete sozinho<; ncostei-a bem perto da porta e pu&ei-a para cima pelas t5buas, com cuidado.

Devagar nos degraus" 9sso... 0ronto, a$ui estamos, #nde $uer coloc5-lo<; A$ui na sala de visitas est5 bom. Ali, pertinho da janela. Sam ajudou-a a pKr o

tear no lugar escolhido e correu os olhos pela sala.; *oc% não estava brincando $uando disse $ue não havia decorado a casa, hein< Anna riu.; A sala est5 um pouco vazia, não !<; >em, eu diria $ue não est5 atravancada.; , considerando-se $ue o tear ! a :nica peça de mobília $ue tenho a$ui, acho

$ue realmente se poderia dizer $ue a sala não est5 atravancada.; 8ão acha ; indagou ele olhando ao redor ; $ue poderia colocar umas

cortinas, pelo menos<; 0ara $ue cortinas< ; brincou ela, dizendo a primeira coisa $ue lhe ocorreu. ;

8ão costumo sair correndo nua pela casa...# tempo parou, como $ue congelado. 6itaram-se em sil%ncio, e Sam engoliu em

seco, com um movimento convulsivo do pomo-de-adão.

; *oc% aceitaria um caf!< ; ela conseguiu perguntar, por fim. A voz dele sooutensa.; Aceito, sim.; Huer mais alguma coisa< ; o rosto dela ficou vermelho, en$uanto

acrescentava, depressa/ ; Huero dizer, bolachas, pão, uma fruta< enho ovos, bacon e...; S caf!, não se preocupe. ; A voz dele continuava tensa. ; *ou pegar o banco

do tear en$uanto voc% serve o caf!.#s dois saíram da sala em direçJes diferentes. 8a cozinha, Anna levou as mãos ao

rosto, $ue pegava fogo. Ser5 $ue o coment5rio $ue fizera a respeito de correr nua pelacasa fora interpretado de outra maneira< staria tão empenhada em esconder a atração$ue sentia por Sam $ue ela se manifestava sem $ue $uisesse<

8ão $ueria flertar com ele, a menos $ue estivesse preparada para chegar =s:ltimas conse$u%ncias e, en$uanto não entendesse melhor o $ue se passava consigomesma, sentia-se amedrontada.

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5 fora, Sam respirou fundo v5rias vezes. Anna havia dei&ado bem claro, na noiteanterior, $ue não desejava dar início a um relacionamento sem estar certa $uanto a seusmotivos. ele tamb!m não $ueria $ue ela fizesse isso. 0ortanto, precisava dar um jeitode se controlar $uando estivesse com ela, a fim de manter a situação num clima deamizade.

Sem d:vida alguma, vinha se controlando muito bem, at! $ue ela dei&ara escapar 

a$uele coment5rio bobo sobre sair correndo nua pela casa. , depois, ainda lheperguntara se ele $ueria mais alguma coisa, al!m do caf!. #ra essa, era claro $ue ele$ueria algo al!m do caf!"

8ão gostava da id!ia de se tornar o cara $ue iria substituir ric. 7as at! $ue issoera aceit5vel, se tudo estivesse claro entre eles. As d:vidas $ue a assaltavam em relação= atração $ue sentia por ele deveriam ser esclarecidas antes $ue algo mais surgisse $ueo relacionamento se tornasse íntimo. 8esse ínterim, esperava $ue ela não dissessecoisas $ue levassem a imaginação dele para territrio proibido.

0egou o ban$uinho e levou-o para casa. Anna esperava-o na sala com duascanecas de caf! nas mãos. 0ara um observador casual, os dois poderiam muito bemparecer rec!m-casados em sua primeira casa, pensou ele. 7ais do $ue depressa, tratou

de e&pulsar a$uela fantasia. 'olocou o ban$uinho em frente ao tear e aceitou o caf!, comum sorriso de agradecimento.

; 7al posso acreditar $ue o tear est5 a$ui, na minha casa. *eja como a claridade$ue entra pela janela faz a madeira brilhar.

Sam, no entanto, s notava a claridade da janela $ue fazia os cabelos revoltos delabrilharem com intensidade.

; le estava tão escondido l5 em casa, es$uecido, coberto de poeira... Huer saber< u acho muito bom $ue ele fi$ue a$ui.

; ntão, espere at! ver algum trabalho em andamento. 8ão sei do $ue gostomais/ se da beleza do tear ou do colorido dos fios.

 Anna tomou um golinho de caf!, pensando nas coisas lindas $ue iria tecer.; Da maneira como voc% fala em tecer, me admira $ue ainda não tenha comprado

um tear.; Deveria, mesmo, ter comprado um. 7as voc% por acaso j5 viveu em companhia

de algu!m com personalidade tão forte $ue o fizesse perder a perspectiva do $ue $ueriada vida, e at! sua prpria identidade<

; 8ão. 8unca. Seu namorado era assim< la assentiu, depois contou.; Huando ric entrou em minha vida, tomou conta de tudo. Agora ! $ue percebo

isso. Seu trabalho ocupava todo o apartamento. 8ão havia lugar para mais nada, e eleera tão bom no $ue fazia um g%nio, diziam, $ue eu não me sentia com direito de protestar.

; Agora voc% tem uma casa $uase vazia, com muito espaço a sua volta.

la fitou-o, com os olhos brilhando.; C. spaço para um tear. 6inalmente.; I5 era tempo ; Sam replicou, imaginando se haveria espaço para ele, tamb!m.; >om, não podemos nos es$uecer da segunda parte do nosso trato. Huando

terminar o caf!, vamos a sua casa para dar início ao projeto de decoração.; *oc% não prefere ir comprar fios e começar a tecer< essie Iohanson tem uma

loja de aviamentos e essas coisas. Acho $ue ela abre aos s5bados.; 0retendo ir l5 hoje = tarde. 0rimeiro, vamos cuidar da sua casa. Assim,

en$uanto, teço, as id!ias irão se formando na minha cabeça e o projeto ir5 tomandoforma.

; ntão, vamos. C melhor irmos na minha caminhonete, $ue j5 est5 aí na porta.

; Se não se importa, prefiro ir com o meu carro, assim, depois, vou direto para acidade.Sam não ficou muito contente com a id!ia. stava mais do $ue disposto a lev5-la =

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cidadeN em seguida ajud5-la a tecer, depois partilhar de seu jantar e...; em razão ; suspirou, resignado. ; st5 pronta<; C s pegar meu blusão.n$uanto seguia 5 caminhonete, Anna refletia sobre essa maneira tão pouco

profissional com $ue ia atender um cliente, usando roupas comuns sem levar a pasta desugestJes e caderno de anotaçJes $ue sempre costumava carregar consigo nas visitas.

De $ual$uer forma, pretendia realizar um trabalho $ue correspondesse ao valor dodinheiro $ue seria dispendido ou, na$uele caso, ao valor do empr!stimo do tear.Depois de estacionar o carro, apro&imou-se de Sam, $ue a esperava ao lado da

caminhonete.; m $ue parte da casa vamos nos concentrar< ; perguntou ela, en$uanto

cruzavam a pe$uena varanda coberta e entravam na sala.; Acredito $ue na casa toda, infelizmente. Salas de visita e de jantar, $uartos e eu

acho $ue talvez at! no banheiro. C verdade $ue durante a gravação do especial eupoderia trancar uma ou duas portas, mas poderia dar a impressão de $ue...

; 8o mínimo, seria deselegante ; comentou Anna. ; stou de acordo. Sebisbilhotar, temos de cuidar de todos os detalhes. Se $uiser, podemos subir e começar 

pelos $uartos.; 0or mim, tudo bem. ; le atravessou a sala de visitas e conduziu-a at! a

escada $ue levava ao andar superior. São tr%s $uartos grandes e um banheiro. Acho $uesua casa tamb!m ! assim, não !<

; C parecida, sim. S $ue a minha escada não tem esse patamar, $ue cria essaesp!cie de $uartinho embai&o...

; Hue pena" sse $uartinho era meu lugar preferido, $uando criança. Dei&e-memostrar-lhe uma coisa... ; disse Sam, e abriu uma portinha estreita, na parede $ue ficavasob a escada.

; # $ue ! isso<; # meu cantinho... ; e Sam pegou l5 de dentro uma cai&a retangular,

empoeirada. ; 7inha av me deu este lugar $uando eu era menino. I5 havia algunsbrin$uedos antigos aí dentro. De vez em $uando ela me dava um novo, de presente.>om, acho melhor guardar isto e começar a trabalhar. *amos subir<

n$uanto subiam, ele foi falando, contando a histria da casa.; 7eu avK dizia $ue estas duas casas vizinhas foram construídas mais ou menos

no ano de 13OP, por dois irmãos. 0arece $ue, vinte anos mais tarde, os irmãos venderamas propriedades, pegaram as respectivas famílias e rumaram para o oeste. spero $ue ahistria seja verdadeira, por$ue o pessoal da televisão $uis saber a idade da minha casa,e $uando eu disse $ue tinha $uase 1QP anos eles ficaram agitados, parecendo malucos.

; Aposto $ue sim"

; &pli$uei-lhes $ue morava a$ui sozinho e $ue não ligava para as apar%ncias dacasa... ; 0arou para esper5-la.; o $ue eles disseram<; 'om muita paci%ncia, trataram de me dizer $ue, como vou ter cobertura

nacional, deveria dar um jeito e melhorar o ambiente da casa. ; Sorriu para Ana. ; uentendi a sugestão e o ponto de vista deles.

; Fapaz esperto" ; Anna empurrou o cabelo para tr5s e empunhou a caneta,pronta para escrever no caderninho $ue trou&era. ; >em, então, vamos começar pelopatamar. st5 um pouco escuro, meio encardido, e o papel de parede... ; 0arou,lembrando-se de $ue deveria ser cuidadosa, pois, pelo $ue j5 ouvira a respeito, a casa ea av representavam muito para Sam. 0erguntou, então ; 6oi sua av $ue escolheu este

papel<; 6oi.; 4um... , me diga uma coisa, Sam, voc% gosta muito dele< Sam riu.

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; 8ão se preocupe comigo. Sei $ue precisamos ser pr5ticos e $ue muitas coisasvão ser alteradas, a$ui. 0ode trabalhar sossegada, mudando o $ue $uiser. 'onfio no seu julgamento e na sua sensibilidade.

; 7as voc% tem de entender $ue, depois do trabalho pronto, a casa não vai maisser a mesma. *amos me&er em muita coisa, fazer mudanças num lado muito pessoal dasua vida/ os ambientes em $ue vive. isto ! bastante s!rio, entende Sam<

; C, acho $ue estou começando a entender isso. Depois de terminada a reformavou morar a$ui, viver com os resultados do seu trabalho. Sua influ%ncia, seu gosto, suapresença estarão ao meu redor.

; >em, eu... ; la sentiu, mais uma vez, $ue seu rosto estava em fogo. ;8ingu!m colocou isso assim, antes. A maioria dos meus clientes gosta de pensar $ue oresultado final do meu trabalho ! um refle&o do gosto deles, não do meu. acham $ue euapenas os ajudo a e&ternar, a manifestar esse gosto.

; 7as eu não tenho um gosto especial.; 'laro $ue tem. 7as pensa $ue não tem. *eja o papel de parede, por e&emplo.

*amos ter de tir5-lo. # $ue gostaria de pKr no lugar<; Agora voc% me pegou"

; 8ão sei por $u%" # $ue ! isso, Sam< *amos, use a imaginação.; >em, talvez uma cor clara. 'reme ou branco, talvez gelo, para ampliar o espaço.; &atamente. 8ão foi tão difícil, foi<; 8ão. ntão, eu mesmo posso tirar o papel e pintar as paredes. 9sso ajuda<; Ajuda no seu orçamento. Huanto mais pudermos fazer sozinhos, melhor ;

comentou Anna e acrescentou ; Agora, vamos passar para os $uartos. Huero ver o$uarto principal, primeiro.

; 'erto. 8o fim do corredor ; indicou Sam, Depois fez um gesto para $ue elafosse = frente e entrasse pela porta entreaberta, $ue ficava voltada para a escada.

; C o seu $uarto<; Agora, !. ra de meus avs.; e&istem a$ui objetos $ue são mais importantes para voc% do $ue o papel de

parede... ; comentou ela, entrando no $uarto amplo, muito claro.; em razão.; @ma cama-tren" ; e&clamou Anna, apro&imando-se do mvel e passando a

mão na travessa dos p!s da cama. A cama, o guarda-roupa de tr%s corpos e os dois criados-mudos combinando, $ue

ela suspeitava serem de nogueira, haviam sido la$ueados de azul-escuro. @ma colcha cor de marfim, $ue j5 tinha tido dias melhores, estava enfiada = volta toda, sob o colchãoduplo. # estrado de mola se encai&ava nas travessas laterais, meio curvas.

; A cama fica ; disse Sam, atr5s dela.

; #h, com certeza" 'amas-tren são maravilhosas. u sempre gostei delas.; I5 teve uma<; 8ão ; Fespondeu Anna, com um sorriso $ue parecia ser de autocensura. ;

Huando eu podia comprar, estava envolvida com uma pessoa $ue insistiu em $uecompr5ssemos uma cama turca.

; 45 uma grande diferença entre uma cama turca e uma cama-tren ; comentouSam, encostado no batente da porta, observando-a

; u sei. 'amas turcas são confort5veis e pr5ticas, mas eu desejava algo mais...aconchegante, mais slido.

la não pretendia dizer a$uilo. 8ão tivera intenção de entrar num assunto comoa$uele. 7as a conversa sobre brin$uedos a havia desarmado e, agora, trocavam id!ias a

respeito de camas.le olhou-a, os ternos olhos azuis refletindo pensamentos $ue, provavelmente,faziam eco aos dela.

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; Droga, Sam, eu me sinto atraída por voc%"le sorriu.; est5 enfurecida comigo por causa disso.; Hue bobagem" C claro $ue não estou"; C claro $ue est5 ; insistiu ele, suavemente.; stou encontrando dificuldades, s isso" ento manter a cabeça fria diante do

seu charme. ntão, voc% me mostra seus brin$uedos de criança e, de repente,começamos a discutir os m!ritos de uma cama-tren"; 0osso então, concluir $ue voc% não $uer saber de ouvir sobre as horas alegres

$ue passei brincando de pirata, nesta cama<; 8ão.; #u de pioneiro, $uando então a cama era a minha carroça coberta<; 0are com isso, Sam" 8ão $uero gostar muito de voc%, nem assim tão depressa.

# sorriso dele era contagiante.; 0ior para voc%.; 0rovavelmente...; Se na$uele momento ele tivesse se apro&imado dela, tomando-a nos braços

 Anna não teria sido capaz de impedir $ual$uer coisa $ue viesse a acontecer. Distraídapelas brincadeiras, havia es$uecido da decisão de se manter a distGncia dele. Se Sam ativesse colocado na cama-tren, sussurrando palavras de amor, ela teria correspondido.ntretanto, ele permaneceu encostado no batente da porta e, pouco a pouco o momentopassou.

; Huem pintou esses mveis de azul< ; indagou ela, por fim.; 7inha av Huando formos para os outros $uartos voc% vai ver $ue ela passou

por uma ?fase azul?. 0or $ue voc% perguntou<; >em acho $ue a cama ficaria melhor na cor natural da madeira. .; 0odemos conseguir isso sem problema algum. om 'are(, da loja de ferragens,

sabe recuperar mveis antigos. le sempre me diz para avis5-lo $uando $uiser restaurar alguma peça $ue pertenceu aos meus avs. não acho $ue ele v5 cobrar muito caro.

; Mtimo então 0odemos pedir-lhe $ue faça o mesmo trabalho nos criados-mudos.8ão vou sugerir $ue voc% mande remover a tinta de todos os mveis por$ue poderia ficar muito caro, mas estas duas peças, na cor da madeira, apenas enceradas, irão fazer muitadiferença. - #lhou-o de relance. - n$uanto isso ter5 de dormir com o colchão no chão.

; Sou capaz de dormir em $ual$uer lugar, de $ual$uer jeito. 6oi uma das coisas$ue aprendi em minhas andanças, $uando menino.

; ntão, est5 combinado. Anna resolveu $ue j5 haviam conversado bastante a respeito de camas.

 Atravessando o $uarto, e&aminou a poltrona e o divã $ue estavam do outro lado. #

estofamento, numa estampa azul e verde, $ue havia desbotado onde o sol batia, teria deser substituído, assim como tamb!m a colcha. @m item do $uarto, no entanto, estavaperfeito. Iogado de $ual$uer jeito sobre uma cadeira, encontrava-se um estonteantecobertor em tons de azul.

la largou a caneta e o caderninho sobre o divã e tocou com os dedos o tecidomacio. 'omo decoradora e tecelã, encantou-se com o intrincado jogo de tons.

; 6oi sua av $ue fez este cobertor, não foi< ; indagou, mas j5 sabia a resposta.; 6oi sim ; respondeu Sam, indo para junto dela. ; Deu-o de presente ao meu

avK, para agasalh5-lo nas noites frias de inverno, en$uanto lia, diante da lareira. 7inha...minha av morreu antes dele e este cobertor dei&ava a impressão de $ue ela ainda es-tava por perto.

; De voc% tamb!m.; De mim tamb!m.; C um trabalho primoroso" ; la o encarou. ; Sua av tinha grande talento

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como tecelã.; alvez voc% tamb!m tenha esse dom...; 8ão sei. Ainda não trabalhei o suficiente em tecelagem para descobrir. 7as, se

eu conseguir produzir algo assim tão bonito, vou me sentir orgulhosa.; 0rovavelmente ! a melhor peça $ue ela fez. L medida $ue formos andando pela

casa vou lhe mostrar outros trabalhos dela. n&ugo louça com panos de prato $ue ela

teceu ; acrescentou Sam.; n&uga louca< 'omo pode fazer isso<; 0or$ue os panos foram feitos com essa finalidade. Duram anos $uando tecidos

a mão. 7inha av nunca gastou seu tempo fazendo tapeçarias para pendurar emparedes. Bostava de tecer peças $ue fossem usadas no dia-a-dia, coisas $ue as pessoaspudessem tocar e sentir.

; @ma mulher sensual... ; murmurou Anna, antes de se dar conta de $ue era umcoment5rio $ue um neto talvez não gostasse de ouvir. ; >om o $ue eu $uis dizer !...

; u sei o $ue $uis dizer. tem razão. la vivia atenta a tudo $ue a vida tinhapara oferecer.

 Anna compreendeu perfeitamente o $ue vinha implicado nessas palavras. le

achava $ue não se deviam sufocar emoçJes.; C uma trama maravilhosa ; disse r5pido, falando mais por nervosismo do $ue

por necessidade, en$uanto acariciava o cobertor. ; la deve ter sido... ; # leve to$ueem seus cabelos interrompeu o flu&o das palavras, Sam alisava com delicadeza oscabelos soltos. ; *oc% não devia fazer isto, Sam.

; u sei.8um instante ele poderia beij5-la. As emoçJes geradas pela presença da cama-

tren não haviam desaparecido, mas apenas ficado submersas temporariamente. lasentia o sangue latejar nos ouvidos, bem mais alto $ue o chilrear dos p5ssaros $ueentrava pela janela.

 A luz do sol, derramando-se no $uarto, salpicava de dourado o azul dos olhos deSam, $ue não se desprendiam dos dela.

; u sei $ue voc% $uer ir devagar. 6i$uei tentando me lembrar disso, mas vendo-aa$ui, tão perto...

la estava perdida e tinha consci%ncia disso. Sam ia beij5-la e ela ia corresponder. A atração era forte demais e as razJes para esperar, insignificantes demais.

*agarosamente, ele inclinou-se para Anna.

Capítulo 4

Soaram batidas l5 embai&o, na porta da frente, antes $ue Sam a tocasse com osl5bios. le endireitou o corpo.; A porta ; disse, aborrecido. ; Algu!m est5 batendo.; C melhor atender. As batidas continuaram e uma voz de mulher começou a chamar Sam/; Sam" C stelle eriliger, $uerido" le fechou os olhos.; u devia ter desconfiado" Huando ela não telefonou, hoje de manhã, era de

imaginar $ue stelle acabaria aparecendo por a$ui.; *5 falar com ela ; disse Anna. ; u fico a$ui en$uanto voc%...; 8ão. C melhor contarmos logo a ela $ue voc% vai cuidar da decoração da casa.

*amos ter de contar, mesmo, e esta ! uma boa oportunidade. I5 disse a ela $ue !

decoradora<; 8ão. 7as vi $ue os boatos se espalham por a$ui com tanta rapidez $ue a essaaltura ela j5 deve estar a par de toda minha vida.

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; u garanto $ue não comentei nada ; defendeu-se Sam, en$uanto desciam aescada, ele segurando-lhe um cotovelo.

; Ser5 $ue ela não vai ficar desapontada e ofendida por voc% não a encarregar dadecoração<

Sam suspirou.; *ai, e eu tenho de arranjar alguma coisa para faz%-la se conformar. De $ual$uer 

maneira, $uero $ue stelle compreenda $ue contratei uma profissional para cuidar detudo. Anna passou as mãos pelos cabelos, ajeitando-os, grata por stelle não ter 

chegado alguns minutos mais tarde. Sam abriu a porta.; Hue bom voc% não ter saído Sam" u ia passando por a$ui e resolvi parar para

conversarmos sobre os arranjos da casa para o especial de televisão. Sabe as senhorasda iga estão muito animadas"

; ntre, stelle. 6i$ue = vontade... u acho $ue voc% j5 conhece a Anna.; 8s nos conhecemos ontem, na mercearia ; respondeu stelle, e

cumprimentou a moça com um aceno de cabeça e um sorriso $ue não disfarçava acuriosidade $ue brilhava nos olhinhos vivos.

; *oc% não vai acreditar $uando souber o $ue ela faz, stelle" Anna ! decoradorade interiores.

; 7as $ue timo" ; a senhora passou a analisar Anna com maior interesse,apertando a bolsa, com os dois braços, contra o estKmago. ; 8ão sabia $ue j5 conheciaSamm(.

; la veio a$ui ontem e pediu-me $ue a ajudasse a tirar o tronco de 5rvore caídono caminho da garagem, na casa dela ; e&plicou ele = atenta rec!m-chegada. ;Huando soube $ue Anna ! decoradora, pensei imediatamente como seria bom umaprofissional cuidar do interior da casa, assim ns poderíamos nos dedicar a coisas maisimportantes. # $ue acha disso, stelle<

; >em, não sei, Samm(. 8aturalmente, eu pensei $ue a iga iria decorar a casapara voc%. 8s j5 conversamos a respeito e algumas senhoras estão at! dispostas atrazerem alguns objetos para c5 e...

; Seria muito bom, mas acho $ue voc%s não irão ter tempo para isso, visto $ue h5tantas outras coisas para serem organizadas e feitas para a cerimKnia do corte da 5rvore.*eja, Anna pode cuidar deste trabalhinho, en$uanto voc%s se concentram em coisas maisimportantes ; insistiu ele, frisando as :ltimas palavras.

stelle ficou olhando para ele, de boca aberta. 8ão tinha a menor id!ia de $uaisseriam as ?coisas mais importantes? de $ue ele falava.

Sam aproveitou o momento do impacto e pKs-se a desfiar um ros5rio de id!ias $uelhe ocorreram no momento, como a formação de um coral da cidade para cantar m:sicas

natalinas, aproveitando os corais das diferentes igrejas e da escola, ensaiando-os juntos...al!m de outras invençJes $ue foram entusiasmando stelle, dei&ando-a de olhosbrilhantes.

0assaram alguns minutos conversando sobre a festividade. A velha senhora ficoutão animada com a possibilidade de organizar todo o evento $ue não via a hora de sedespedir e dar início = e&ecução dos planos.

; Dei&e os detalhes por minha conta, Samm(. Sumersbur( vai ficar famosa" ;e&clamou, e correu para a porta. ; 0razer em v%-la, Anna. At! logo"

Sam fechou a porta atr5s dela e suspirou/; 7eu Deus, o $ue foi $ue eu fiz<"; &atamente o $ue $ueria/ stelle eriliger ?se conformou?. 7as, afinal, $uem !

ela< Age como se fosse a encarregada de dirigir o mundo.; ! a encarregada de dirigir este pedacinho de mundo. stelle ! o membro maisantigo do 'onselho da 'idade, fundadora e presidente da iga de Artesanato de

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Sumersbur( e organizadora de todos os eventos de caridade $ue acontecem por estasbandas. A cidade não funcionaria sem ela. Depois do $ue acabo de aprontar, vou ter acidade inteira na minha fazenda, cantando hinos de 8atal. 'om trombetas e tudo"

; Agora, temos de esperar para ver...#s dois caíram na gargalhada, comentando o $ue havia sido dito, as ideias

sugeridas por stelle, todas incrivelmente absurdas. 0or fim, limpando as l5grimas de

riso, Anna disse/; 8ão fizemos muito progresso at! agora. S vimos o patamar, o alto da escada eum $uarto.

; 0or mim não tem importGncia. Huanto mais demorar, mais tempo eu tenho parapassar a seu lado.

 Anna encarou-o e seu sorriso se desvaneceu.; Sam, temos de ir devagar. n$uanto stelle se encontrava a$ui, fi$uei chocada

ao me dar conta de $ue s nos conhecemos ontem. #ntem"; # tempo não ! o fator mais importante.; alvez não, por!m preciso de mais um pouco dele.; st5 bem. 0rometi $ue não ia pressionar.

; *amos ver o t!rreo, agora ; Anna falou, mudando de assunto. ; #s doisoutros $uartos podem ficar para o fim da semana $ue vem. 8ão precisamos resolver tudohoje.

; #lhe, eu posso voltar l5 para cima com voc% sem causar nenhum problema, se! por isso $ue est5 preocupada. Sei me controlar.

; 8ão ! voc% $ue me preocupa.; ntão, j5 posso ter esperanças.; Ainda não, Sam. Acho $ue tem razão sobre a necessidade de eu sair com

algu!m, na cidade, para ver de $ue modo reajo.; stou com medo de me arrepender dessa sugestão ; lamentou ele, com ar 

triste.; Acho $ue foi uma boa id!ia, um conselho de amigo... ; ela se encaminhou

para a sala de visita, começando a fazer anotaçJes no caderninho. ; # sof5 pode ficar,mas eu acho $ue temos de trocar o tecido.

; *oc% ! $uem manda. Anna teve impressão $ue, ao dizer isso, Sam se referia = decoração.6oram interrompidos por v5rios telefonemas, at! terminar a tarefa. la percebeu

$ue, apesar da impaci%ncia por ter de atender a tantas chamadas, Sam gostava daspessoas da cidade, da vida $ue levava ali, não se aborrecendo com a pouca privacidade$ue tinha. 9maginou $ue, caso se envolvesse com ele, teria de alterar seu modo de vidanos fins de semana. As coisas iam tomando um rumo surpreendente. 4avia dito $ue

precisava de mais tempo. De mais espaço, tamb!m.Depois de resolverem tudo, Anna despediu-se e foi para a cidade, procurar a lojade essie Iohanson para comprar fios, pois pretendia trabalhar no tear ainda na$uelatarde. Ao entrar na loja, foi atendida por uma senhora com uns cin$uenta e poucos anos,vistosa e elegante. Apresentou-se/

; Sou Anna ilford. 'omprei a casa dos 7c'ormic+.; Ah" ntão foi voc%... 7uito prazer.; , tamb!m, peguei emprestado o tear do meu vizinho. *im a$ui comprar fios.; Sam Barrison vai dei&ar voc% usar o tear da av dele< ; surpreendeu-se a

dona da loja. ; stou impressionada" u $uis compr5-lo, mas ele não concordou emvender. Disse $ue seria a mesma coisa $ue vender uma recordação. eu compreendi.

7uito da personalidade de 4ilar( Schute encontra-se preso =$uele tear.; A senhora a conheceu<; muito bem. # trabalho dela era maravilhoso. inha mãos de fada.

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Depois de contar alguns incidentes da vida da av de Sam, essie ofereceu-separa ajud5-la no $ue fosse preciso, não s em relação ao manejo do tear, mas tamb!mlhe emprestando alguns livros com sugestJes e receitas.

9ndagou o $ue Anna pretendia tecer e, lembrando-se de $ue não tinha nenhumatoalha de mesa em casa, ela respondeu $ue gostaria de tecer uma toalha, comguardanapos.

; ntão, comece pelos guardanapos. C mais f5cil e, assim, voc% pega pr5tica ;aconselhou a mulher. Anna escolheu as cores e comprou os fios $ue iria precisar. Despediu-se de essie,

$ue se mostrara tão amiga, e foi para casa. Assim $ue desceu do carro, ouviu o barulhode algu!m cortando lenha l5 nos fundos. A :nica pessoa $ue poderia estar fazendo a$ue-le serviço para ela era Sam. #nde ele teria dei&ado a caminhonete< 9ntrigada, deu a voltana casa, com a sacola de fios na mão. # rapaz logo a viu.

; #l5" Achei melhor cortar logo esta lenha para voc%N pode $uerer us5-la, da$ui aalguns dias.

; 7uito gentil da sua parte. #nde est5 a caminhonete, veio a p! at! a$ui< C maislonge...

; 45 uma trilha ali atr5s $ue encurta muito a distGncia ; ele e&plicou, apontandona direção das 5rvores, onde um caminho começava junto de um afloramento de granito.C bem mais perto do $ue vir pela estrada.

# coração de Anna bateu mais depressa ao pensar $ue havia uma trilha ligando asduas casas. ra como se estivessem unidos por um segredo em comum.

; 45 $uanto tempo e&iste essa picada< ; $uis saber, curiosa.; Acho $ue desde sempre. ; le parou de trabalhar e apoiou-se no cabo do

machado. ; #s irmãos $ue construíram as casas devem t%-la aberto para facilitar as idase vindas das famílias.

; C engraçado pensar nas pessoas e nos motivos $ue podem t%-las levado a usar esse caminho...

; C mesmo. Huando a sra. 7c'ormic+ morreu, achei $ue ele não seria maisusado... 8o entanto, usei-o sem a sua permissão para entrar a$ui...

; st5 autorizado a usar essa trilha $uando $uiser Sam ; disse ela, sorrindo.; voc% tamb!m ; retribuiu fitando-a com firmeza.; #brigada ; Anna murmurou, sentindo um estranho calor. ; 9magino $ue vai ser 

de grande utilidade $uando estivermos trabalhando na sua casa.; C... u tamb!m imagino.la engoliu em seco e desviou o olhar.; Sinto-me culpada ao v%-lo a$ui, cortando lenha. 0oderia estar descansando.; u $ueria uma desculpa para vir at! a$ui e lhe perguntar como se saiu na loja

de essie. Anna ficou desconcertada com a sinceridade dele.; 7e saí muito bem... essie foi muito gentil e me ajudou bastante.; Mtimo. Acho $ue voc% deve estar impaciente para começar a tecer. 8ão $uero

atrapalhar. # $ue pretende fazer primeiro<; @ma toalha de mesa com guardanapos. 8ão posso usar lençis e guardanapos

de papel para sempre ; e&plicou ela, rindo.# rapaz ergueu uma sobrancelha.; ntão, parece $ue pretende se estabelecer a$ui.; u... alvez.; Hue bom"

 Anna ficou parada, indecisa $uanto ao $ue fazer. Deveria convid5-lo para jantar<Se o convidasse, depois do $ue havia acontecido entre eles, estaria se mostrando prontapara...

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; Sam, voc% me ajudou tanto $ue eu deveria... ; começou.; 8ão precisa dizer mais nada. # $ue estou fazendo não tem a ver com o $ue

aconteceu entre ns. ; le sorriu com delicadeza. ; *ou sair Anna. enho um encontroesta noite. 9sso ajuda<

Capítulo 5

Sam tinha um encontro, pensou Anna, com tristeza. A luminosidade do diadesapareceu para ela, tudo se tornando acinzentado, como ela se sentia.

; Ajuda, sim. #brigada por cortar a lenha, Sam.; 8ão h5 de $u%. Agora, v5 para dentro e comece a trabalhar na$uele tear" Anna rodeou de novo a casa e entrou. 7ontou o tear, com os fios, prestando

atenção no barulho do machado cortando a lenha. Huando não ouviu mais asmachadadas, compreendeu $ue ele havia ido embora.

rabalhou a tarde toda e, na hora do jantar, j5 havia tecido alguns centímetros deseu primeiro guardanapo. 6icou animada com o resultado e chegou a pensar em ir at! acasa de Sam, pela trilha, e cham5-lo para ver o $ue havia, conseguido fazer. 7as ele

tinha um encontro na$uela noite.Sentiu uma pontada dolorosa no peito e saiu para a varanda, pois tinha a sensação

de $ue iria sufocar se continuasse ali dentro. Deveria estar aliviada por ele ter outrosplanos para a$uela noite, livrando-a de ter de tomar decisJes difíceis. 8o entanto, sentia-se perdida e solit5ria. ncostou a cabeça no pilar e ficou esperando, atenta, durantealgum tempo. A noite estava $uieta, silenciosa. le não iria tocar para ela.

Sam sentiu um ata$ue de culpa ao acompanhar Daphne 7ichaels at! a porta dacasa dela. A moça havia sido uma companhia muito agrad5vel nos :ltimos meses, por!magora tinha uma desvantagem/ não era Anna. por isso ele se descartara dela, numaatitude $ue parecia injusta, mas $ue era necess5ria. Durante o trajeto para a casa deDaphne, havia e&plicado a ela $ue encontrara outra pessoa e ela recebera a notícia comclasse, fazendo, com essa reação, aumentar mais a sensação de culpa.

; Sinto muito... ; disse ele, pondo a mão no braço dela.Daphne colocou a chave na fechadura, depois voltou-se para olh5-lo de frente.; u ainda não perguntei $uem ! a mulher $ue o dei&ou assim tão empolgado.; C... C a minha vizinha.; Ah" 8ão ! a moça $ue comprou a casa dos 7c'ormic+<; *oc% a conhece<; la fez um empr!stimo no banco em $ue trabalho. C uma nova-ior$uina, Sam.

@ma moça típica de cidade grande. eu soube $ue vivia com...; 'onheço a histria ; ele interrompeu Daphne, fazendo um esforço consciente

para destravar os ma&ilares, de tão apertados $ue estavam seus dentes.; Huando ela foi ao meu escritrio, pareceu-me uma mulher muito sofisticada.8ão consegui imaginar por $ue razão $ueria a$uela casa, embora eu ache $ue a modachi$ue, agora, ! ter uma propriedade no campo. Duvido muito $ue ela venha a seestabelecer em Sumersbur(.

Sam não conseguiu conciliar a imagem de uma mulher sofisticada com a Anna $ueele conhecia. I5 se afastando para ir embora, disse/

; De $ual$uer modo, ainda ! cedo para eu afirmar $ue e&iste algo de concretoentre ns.

; 7as, pelo $ue deu a entender, pensei $ue estivesse apai&onado ; comentouDaphne, surpresa.

; Ainda não, mas acho $ue com Anna h5 uma possibilidade $ue, acredito, nãohavia entre ns ; rebateu ele, seco.; 8a verdade, Sam, nunca pensei em ?possibilidade?. Achava muito bom ter 

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algu!m com $uem ir a concertos, cinema, jantar fora... mais nada.Sam era bastante cavalheiro para não entrar em discussJes. 8em havia motivo

para faz%-lo.; 7elhor assim, Daphne. 'uide-se bem ; disse, inclinando-se e beijando-a de

leve no rosto. ntão, foi embora.I5 em casa, depois de vestir roupas mais confort5veis, Sam sentou-se nos degraus

da varanda com a gaita, virado para o lado da casa de Anna, e tocou todas as m:sicas$ue sabia.Distraída com o tear, ela $uase não ouvia os sons $ue, com dificuldade,

atravessavam as paredes grossas. Ao perceber $ue Sam estava tocando gaita, pegou oblusão, vestiu-o, foi para a varanda dos fundos e sentou-se numa das cadeiras.0ermaneceu ali, imvel, at! ele parar de tocar. 0oderia estar tocando inspirado peloencontro $ue tivera, mas seu instinto garantia $ue não. Sam tocara para ela.

Sorrindo, Anna entrou em casa e sentou-se de novo ao tear. Sentia-se como seSam lhe tivesse desejado, amorosamente, uma boa noite.

0assou a manhã inteira de domingo tecendo. @ma dor agrad5vel nas costas e nosombros fazia-a lembrar-se de $ue não estava habituada =s longas horas passadas ao tear 

e sentia um enorme prazer pelo trabalho realizado. Durante todo a$uele tempo esperarapor algum sinal de Sam. 'omo at! meio-dia ainda não tivesse aparecido, compreendeu$ue ele estava lhe dando o tempo e espaço $ue havia pedido.

De volta a 8ova or+, fitou as paredes nuas do apartamento. n$uanto vivia comric, os $uadros dele enchiam a casa inteira. $uando ele fora embora, levando tudo $uelhe pertencia, ela não tivera Gnimo para redecorar o lugar.

Depois de tomar um banho, acomodou-se numa poltrona, rodeada por cat5logosde mveis, planejando a decoração da casa de Sam. De vez em $uando arriscava umolhar para as paredes da sala, incomodada por sua nudez.

8a manhã de segunda-feira, no intervalo para o caf!, Anna encontrou-se com*ivian, sua melhor amiga, $ue trabalhava no departamento financeiro da loja.

; 'omo vão as coisas< ; *ivian perguntou, ao v%-la apro&imar-se, com umcopinho de caf! na mão.

; 'onfusas ; respondeu Anna, sentando-se numa cadeira em frente = mesa daamiga. ; 4arrison, a$uele homem $ue ganhou na loteria, $uer decorar a casa inteira commveis modernos, $ue poderia comprar em $ual$uer lojinha por aí. Di-me ver tanto di-nheiro gasto em mveis tão vulgares. m compensação, a Sra. vans $uer tapetesorientais importados e m5rmores italianos, dentro de um orçamento $ue mal seriasuficiente para envernizar esta mesa.

; 0or $ue não apresenta um ao outro e sugere $ue tro$uem de orçamentos<; C uma ideia.

# telefone de *ivian tocou. n$uanto a moça atendia, Anna bebericava o caf!.Huando a amiga desligou o telefone, ela jogou o copinho vazio no cesto e disse, em vozbai&a.

; *im lhe pedir um favor. 0ode me arranjar um encontro< *ivian arregalou osolhos e começou a rir.

; 0or favor, *ivian, não ria de mim. 0are" ; pediu Anna, aflita.; # diabo deve estar batendo os dentes de frio ; replicou a amiga, ainda

sorrindo. ; embro-me de $ue voc% disse $ue o inferno iria congelar se me pedisse paralhe arranjar um encontro.

; ntão, voc% vai me arrasar, não !< Hue amiga"; a culpa ! minha< Ser5 $ue es$ueceu o $ue me disse h5 alguns meses< stou

curiosa por saber $uem provocou essa transformação ; falou *ivian, animada.; u... Ahn... 'onheci um rapaz no fim de semana ; começou Anna, hesitante.; 8a cidadezinha de Sumersbur(<

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; 0ertinho da minha casa ; respondeu Anna. ; C meu vizinho, e acho $ue gostomuito dele.

; 8ão acredito" Se gosta desse rapaz, por $ue est5 $uerendo conhecer outro< #uest5 $uerendo ter um namorado na cidade e outro no campo<

 Anna riu.; 8ão ! nada disso" # $ue $uero ! um encontro com um homem bonitão,

charmoso e inteligente, para descobrir se a maneira $ue reagi a Sam ! a maneira $ue eureagiria a $ual$uer homem bonitão, inteligente e charmoso, por$ue me sinto solit5ria eaborrecida. ; ncarou *ivian, e continuou/ ; *ai fazer isso por mim<

; 'laro" ntão, voc% $uer um encontro para descobrir se, no momento, est5 sendoatraída por homens em geral ou por esse tal Sam, em particular<

; &atamente. como ! um teste, gostaria $ue não fosse algu!m da$ui... ntão,pensei se voc% não poderia perguntar ao Iimm( se algum dos amigos solteiros deleestaria disposto a sair comigo.

*ivian apoiou o $uei&o nas mãos.; @m dos amigos bonitJes, inteligentes e charmosos do Iimm(< em de ser rico,

tamb!m< #u engraçado< $uanto a esportes, um e&-participante dos Iogos #límpicos<

; *oc% est5 se divertindo a minha custa" ; e&clamou Anna,6ingindo-se zangada. ; @m rapaz pass5vel, s isso.; ?0ass5vel? seria um teste justo em comparação a esse tal de Sam<; 8ão.; Anna, isso ! ridículo" 7as vou dar um jeito por$ue sou uma amiga e entendo

$ue voc% acha importante agir assim, antes de bai&ar as defesas e curtir Sam.; C isso mesmo, *ivian ; disse Anna, levantando-se para ir embora. ; #brigada.; Se&ta-feira = noite<; 0ode ser.; u aviso $uando tiver alguma coisa acertada. Anna sorriu para a amiga e foi

para sua sala.8a$uela mesma tarde, *ivian j5 havia conseguido marcar um encontro para ela. As noites de segunda e terças-feiras foram dedicadas ao projeto da casa de Sam

e, de vez em $uando, Anna sentia-se impelida a dar um jeito em seu apartamento, poisa$uelas paredes lisas a incomodavam.

8a $uarta-feira decidiu comprar uma gravura e, s depois de chegar em casa, j5com o martelo na mão para pendur5-la na parede ! $ue se deu conta de $ue se tratavade uma cena rural, com crianças. 6icou imvel, pensando no significado da$uilo. 8uncahavia sentido necessidade de ter filhos com ric, pois ele não desejava crianças por pertopara interferir na vida agitada $ue levavam. #s dois lutavam para se firmar em suascarreiras... 0ressentia, entretanto, $ue Sam almejava ser pai, principalmente depois das

conversas $ue haviam tido no fim de semana.Desejou $ue j5 fosse s5bado e $ue Sam morasse no apartamento ao lado e não a$uilKmetros de distGncia. A vontade de falar com ele tornou-se tão imperiosa $uecomeçou a procurar uma desculpa para telefonar-lhe. ntão, teve uma id!ia e correu parao telefone.

Depois $ue ela e&plicou por $ue telefonara, Sam perguntou/; 7arcar hora para falar comigo< ; e riu de um jeito $ue provocou calafrios na

espinha de Anna. ; 8ão se es$ueça de $ue a$ui ! Sumersbur( e não 7anhattan.; u sei, mas achei $ue seria uma boa id!ia dispormos de algumas horas

reservadas para podermos discutir o projeto sem sermos interrompidos ; disse ela,procurando uma desculpa plausível para o telefonema desnecess5rio.

# sil%ncio do outro lado fez com $ue ela percebesse o $ue havia dito e corou.; Huero dizer... ; balbuciou nervosa.; Anna, se $uiser passar duas horas comigo sem sermos interrompidos, dou um

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 jeito. C s tirar o telefone do gancho.; #h, Sam, estou tão confusa" ; admitiu ela, dei&ando de lado todo fingimento. ;

elefonei por$ue senti saudade.; ssa foi a melhor coisa $ue ouvi hoje.; 7as não faz sentido. u não o conheço a tempo suficiente para sentir sua falta.

6ico imaginando se não estou sendo envolvida pelo $ue aconteceu/ a vida no campo, o

tear, a id!ia de filhos...; # $u%< ; interrompeu-a Sam.; #h, meu Deus" u não $ueria dizer isso. alvez seja melhor desligar antes $ue

fale mais bobagens.; 8ão, espere" *oc% me deve uma e&plicação pelo $ue acabou de dizer ; cobrou

ele, decidido.; I5 falei demais ; replicou ela, aflita, tentando encobrir o $ue dei&ara

transparecer sem $uerer. ; 0or favor, es$ueça. Acho $ue estou esgotada. Andotrabalhando muito.

; Anna...; Droga" ; e&plodiu ela. ; u jamais havia pensando em ser mãe e nunca

comprei gravuras com crianças. Huando ric foi embora, ele levou todos os $uadros edurante meses as paredes do apartamento ficaram nuas. sta semana resolvi comprar uma gravura emoldurada para pendurar sobre o sof5, e s depois de traz%-la para casa !$ue percebi $ue h5 crianças nela. ; Ao parar de falar, sem fKlego, ela ouviu-o rir. ; #$ue h5 de engraçado nisso<

; Da maneira $ue voc% fala descobrir crianças numa gravura parece a mesmacoisa $ue encontrar baratas num arm5rio. 8ão gosta de crianças<

; C claro $ue sim" S $ue jamais gostei de $uadros com crianças.; st5 $uerendo dizer $ue sua escolha tem algo a ver comigo< ; $uis saber 

Sam, insistente.; 8ão sei. 7as pendurei o tal $uadro na parede e, logo depois, arranjei uma

desculpa boba para lhe telefonar. Ainda não entendi o significado de tudo isto...; 0ara mim est5 bem claro. A garota da cidade, com uma carreira promissora,

olhando atrav!s da cerca para a tran$uilidade da vida do campo ; disse ele, calmo. ;Bostaria de pensar $ue faço parte de seus anseios, por!m poderia ser apenas um casode conveni%ncia.

; Sam, não $uero, jamais, $ue voc% seja apenas ?um caso de conveni%ncia? paramim ; protestou Anna.

; 8isso ns dois estamos de acordo. 7as não ignore meus sentimentos $uanto =possibilidade de mudar seu estilo de vida, não importa $ue eu faça ou não parte damudança.

; u sei. S $ue... A propsito, tenho um encontro na se&ta-feira = noite.; #pa" ; e&clamou ele, ressabiado.; 6oi voc% $ue sugeriu"; u sei... ; respondeu Sam, e suspirou. ; C um cara bonitão<; Ainda não sei.; Depois voc% me conta como foi< C $ue eu tamb!m preciso encontrar um jeito de

resolver a nossa situação.; se eu não gostar dele<le riu da$uele jeito terno $ue Anna j5 aprendera a apreciar e disse/; ntão, minhas preces terão sido atendidas"

Capítulo 6

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 Anna chegou a Sumersbur( por volta de nove e meia. n$uanto dei&ava abagagem no chão da sala de visitas, olhou ao redor e ocorreu-lhe $ue talvez pudesseviver permanentemente na$uela casa. ntretanto, o fator dinheiro pesava muito, casoprecisasse tomar uma decisão assim, pois não sabia fazer mais nada a não ser trabalhar em sua profissão, e na cidadezinha não havia mercado de trabalho para ela. C claro $uecasando-se com Sam... Feprovou-se por pensar na$uilo. Sempre acreditara $ue a mulher 

deveria ter independ%ncia financeira num relacionamento...#lhou para o relgio e viu $ue tinha pouco tempo pela frente. 4avia marcado horae pretendia chegar um pouco mais cedo. *oltou para o carro, onde havia dei&ado oscat5logos e os desenhos $ue fizera. Iuntando tudo, decidiu ir para a casa de Sam pela tri -lha dos fundos. 0Ks-se a andar pelo caminho estreito e sinuoso, admirando as 5rvores,sentindo o perfume das flores, ouvindo o canto dos p5ssaros.

 A trilha era delimitada por algumas pedras colocadas de ambos os lados, de$uando em $uando, e desembocava no $uintal da casa de Sam. # galpão ficava do ladoes$uerdo e um muro bai&o de pedras bordejava o outro lado da propriedade. Apro&imou-se do varal e recolheu as roupas secas $ue tremulavam como bandeirasN depois dedobr5-las e empilh5-las sobre o material $ue levava, bateu na porta dos fundos. Sam

abriu-a e recebeu-a com um sorriso agradavelmente surpreso, dizendo/; stava prestando atenção, esperando os barulhos do carro, mas...; u vim pela trilha. stou um pouco atrasada por$ue parei para recolher sua

roupa do varal ; disse ela, entregando as roupas.; #brigado, mas não precisava ter se incomodado ; agradeceu Sam, riu, pegou

a pilha de roupa e fez Anna entrar na cozinha. ; 0u&a como ! bom v%-la de novo"sse coment5rio = fez parar de sorrir e alterou-lhe o humor.; 0arece $ue eu a assustei ; disse ele.; C... @m pou$uinho.; *enha... ; chamou Sam. ntraram na sala e ele indicou o sof5. ; *amos

sentar aí e ver o $ue voc% trou&e. 0rometo me comportar bem e não perguntar coisaalguma a respeito do encontro de ontem = noite, at! terminarmos de falar do trabalho,mesmo $ue a curiosidade esteja me matando...

; Ah, Sam" ; e&clamou ela, rindo. ; Hue e&agero"; 0recisamos conversar a s!rio sobre a casa, senão a gente não vai acabar nunca

esse projeto. 0ela $uantidade de material $ue voc% trou&e, imagino $ue tenha trabalhadoduro esta semana.

; C $ue $uero realizar um bom trabalho.; enho certeza de $ue vai conseguir. Huer ver como ficaram as paredes do

patamar e do alto da escada sem o papel<; I5 tirou tudo< 0ensei $ue fosse demorar mais tempo, por$ue ! um serviço

cansativo.; st5 tudo pronto. *amos l5 em cima $ue eu mostro. Anna o acompanhou at! oalto da escada.

; 8ossa, $ue diferença" ; e&clamou, animada.Sam enfiou as mãos nos bolsos traseiros das calças, mostrando-se satisfeito

consigo mesmo.; scolhi um branco-gelo por$ue achei mais neutro e claro, mas posso pintar de

novo, se voc% não gostar. 8unca imaginei $ue e&istissem tantos tons de cores claras nomundo das tintas"

 Anna olhou tudo com atenção, depois disse/; Acho $ue est5 timo. 0odemos aplicar uns desenhos em tom um pou$uinho

mais escuro, perto do teto. *amos fazer isso com m5scara. u ajudo.; 7as voc% ! a decoradora, não deve fazer trabalho braçal"; Bosto de usar as mãos... ; respondeu ela, animada.

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; Seria bem melhor voc% não ter falado isso... ; comentou Sam.; # $u%< ; perguntou Anna, encarando-o.; stou fazendo o possível e o impossível para evitar beij5-la, e voc% começa a

dizer $ue gosta de fazer coisas com as mãos, então... Anna corou, e seu coração começou a bater mais depressa.; #lhe a$ui, Sam. u não tive nenhuma intenção de... ; procurou e&plicar.

; u sei. 8ão tem importGncia" *amos descer e ver o $ue imaginou para orestante da casa.Sam deu meia-volta e desceu para a sala de visitas. Anna o acompanhou, o

estKmago dolorosamente contraído, com a admissão franca dele $ue a desejava. 0or mais $ue conseguisse sufocar as prprias emoçJes, com apenas uma palavra Sam eracapaz de atiç5-las de novo. # medo de se dei&ar levar pelos sentimentos ultrapassava atentação de ser beijada e abraçada por ele.

Sentaram-se bem separados no sof5 e Anna, deliberadamente, colocou o material$ue trou&era entre os dois.

; 7uito bem ; disse. ; ntão, vamos começar pelo lugar onde estamos e...; *oc% $uer dizer o sof5 ! claro ; interrompeu-a ele, com uma piscadela

maliciosa.; Sam, se voc% est5 pretendendo sabotar...; Desculpe"'om um olhar de advert%ncia $ue o fez dar risada, ela recomeçou/; u gostaria de cobrir o sof5 com este tecido, veja... ; falou, escolhendo um

pedaço de pano no mostru5rio.; >onito.; Hue bom $ue gostou" sta sala est5 precisando de cores contrastantes para

realçar o tapete. u acho $ue seria melhor tirarmos as cortinas, dei&ando as janelas nuase...

; Ianelas nuas< ; indagou Sam, mostrando-se em d:vida.; 9sso. 0ara dei&ar entrar a luz do sol. 0odemos at! colocar algumas peças

decorativas nos parapeitos. # resultado ser5 maravilhoso.'ontinuaram assim por algum tempo, ela e&pondo as v5rias ideias $ue tivera Sam

concordando ou fazendo uma ou outra sugestão, algumas delas aceitas. At! $ueacabaram chegando aos abajures.

; u acho $ue seria bom trocar os abajures $ue tem a$ui por outros $ue encontrei; disse ela, abrindo um cat5logo entre os dois.

; Mtimo ; Sam concordou mais uma vez, sem nem se$uer olhar, para o cat5logo.; *oc% nem sabe do $ue estou falando" ; reclamou Anna, suas mãos se

tornando meio tr%mulas ao notar a intensidade do olhar dele. ; 6iz uma marca nos $ue

achei mais ade$uados...; Huero $ue me fale sobre o encontro $ue teve ontem = noite, Anna.; 0ensei $ue tiv!ssemos concordado em $ue o projeto era mais...; 0or favor ; pediu ele, ansioso. ; 'onte-me se gostou se tiver gostado, a gente

pode continuar esta conversa sobre decoração. Acontece $ue eu preciso saber logo. C sisso.

; ... se eu não tiver gostado< ; perguntou ela, com o coração disparando. lecomeçou a sorrir com os olhos.

; 8ão gostou<; 8ão muito ; respondeu Anna, com a garganta completamente seca.; le era um completo idiota, não era< 7agrelo como um poste ou gorducho, com

uma conversa muito chata. 6oi isso< Anna fez $ue não com a cabeça.; 8ão. ed ! bem apessoado, inteligente, e não tivemos problemas para nos

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entender. 7as...Sam fechou o cat5logo dos abajures. Depois, pegou a pilha de pap!is e gr5ficos

$ue os separava, colocando-a sobre a mesinha.; 'ontinue ; disse, apro&imando-se dela e pondo o braço no encosto do sof5.; Sam ainda não terminou o plano de trabalho, como havíamos combinado.; udo bem. u sou o cliente e o $ue voc% est5 me contando ! muito mais

interessante do $ue esse negcio de escolher abajures. # $ue ! mesmo $ue ia dizer arespeito desse tal ed< # $ue vem em seguida, na frase $ue começou com um ?mas?<la torceu as mãos, nervosa. ntão o encarou e murmurou/; 7as ele não fez com $ue eu me sentisse...; Do jeito $ue est5 se sentindo agora< ; perguntou Sam, com voz macia.; #lhe a$ui ; tentou reagir Anna ; eu não sei $ue loucura ! esta $ue e&iste

entre ns dois, não sei e&plic5-la. S sei $ue não confio nela.; I5 percebi isso. ; # olhar dele era compreensivo, en$uanto passava, de leve,

um dedo na curva do $uei&o de Anna. ; não vai conseguir confiar, se continuar fugindo.

; Sam... se voc% estiver certo $uanto a ser o homem mais = mão em meu retiro

campestre< se o ambiente, a trilha encantadora entre as nossas casas forem osrespons5veis por eu me sentir assim<

le continuou a e&plorar o contorno do rosto dela, deslizando o dedo tamb!m pelassobrancelhas.

; Huer $ue eu mude para a cidade, a fim de descobrir se nossa atração !regional<

 A leve carícia fazia Anna se arrepiar.; 8ão ; respondeu ela, fitando os olhos muito azuis. ; u $uero... >em, acho

$ue eu $uero ! $ue voc% me beije.#s cantos da boca de Sam ergueram-se num meio-sorriso, en$uanto dizia/; 7as não tem certeza.la suspirou antes de responder.; alvez não seja como da :ltima vez, e então vou ficar sabendo se a m:sica teve

algo a ver com o $ue aconteceu.; alvez ; concordou ele, num sussurro.ntão, segurou delicadamente o rosto dela com ambas as mãos e chegou mais

perto.; da :ltima vez eu havia tomado um pouco de vinho, estava cansada e, por 

isso, mais vulner5vel...le apro&imou o rosto do dela e passou o polegar pelo l5bio inferior, fazendo uma

leve pressão para descontrair-lhe o $uei&o.

; *oc% j5 fez uma an5lise suficiente ou ainda tem mais alguma coisa a dizer sobreo assunto<; 9sso não ! nada profissional, Sam ; retrucou ela, sem grande determinação.; Acho melhor voc% não fazer nenhuma avaliação antes de eu terminar ;

murmurou ele, o rosto encostado no dela.; #lhe, estou $uerendo dizer $ue...; Anna, voc% fala demais" ; reclamou Sam, fechando os l5bios dela com os dele.'ombustão instantGnea pensou ela, diante da reação de seu corpo, $ue se

incendiou no mesmo instante, en$uanto toda lgica desmoronava como a plataforma deum foguete rec!m-lançado. stendeu os braços e abraçou-o pelos ombros.

9niciou-se, então, o encantado jogo do amor. Anna dei&ou tr%mula, $ue ele a

deitasse de costas, apoiando a cabeça num dos braços dele. Huando separou os l5biosdos dela foi apenas para, uma fração de segundos depois, beij5-la de novo com maior intensidade. 0ouco a pouco, ele aprofundava o beijo, e&igindo mais. ela cedia.

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 Anna s percebeu $ue havia ar$ueado as costas, empurrando os seios para frente,$uando Sam tocou neles. A pulsação latejava, alucinada, em seus ouvidos. la não$ueria, não podia interromper as h5beis carícias. # prazer $ue lhe proporcionavam eraprofundo. Sam abriu o zíper do blusão dela com lentidão estudada, dando-lheoportunidade para deter-lhe a mão, determinando, assim, o limite at! onde poderia ir.

7as Anna dei&ou-o continuar. Sam levantou-lhe a blusa e soltou o fecho do sutiã e

ela teve de cerrar os dentes, mas não pKde conter um gemido $uando a mão grande,forte e um tanto calejada acariciou-lhe a pele macia e $uente. >eijaram-se com tanta f:ria$ue $uando se separaram ela estava ofegante.

; Se voc% não parar com isso, vamos fazer amor a$ui mesmo no sof5 ;sussurrou Sam ao ouvido dela, respirando forte. ; 8ão prefere ir l5 para cima<

la fechou os olhos, lutando para respirar.; Sam, eu não...; C por isso $ue estou perguntando. Fesponda Anna.la encarou-o, e o desejo arrebatado $ue viu nos olhos dele tirou-lhe o fKlego de

novo.; Ainda não... ; 7al conseguiu dizer, imaginando se as palavras traduziam,

mesmo, a sua vontade. ; Ainda não, Sam ; repetiu, en$uanto ele lutava para dominar as emoçJes. ; 0or um instante dei&ei de raciocinar, ansiando pelo violento prazer $uevoc% estava me proporcionando. alvez, se tivesse continuado sem me perguntar, euteria...

; 7as isso não seria bom. Se acontecer, $uero $ue seja por escolha sua ; disseele, firme. ; Sabendo as restriçJes $ue voc% faz a nosso respeito, tive de perguntar. 8ão$uero arrependimentos futuros.

; 8em eu ; concordou ela, com suavidade, acariciando o rosto dele. ;#brigada, Sam.

le beijou-lhe a palma da mão. Depois olhou os seios descobertos, onde aindaapoiava uma das mãos.

; *oc% ! maravilhosa... simplesmente maravilhosa", num ímpeto, envolveu-lhe os seios com as mãos, suavemente, e inclinou-se

para beijar o bico rosado. Anna prendeu a respiração. @ma incrível sensação fluiu do lugar $ue ele havia

beijado indo concentrar-se no centro incandescente de seu corpo.; 8ão estou tentando faz%-la mudar de id!ia ; disse Sam, soltando-a, fechando o

sutiã e abai&ando a blusa. ; 8ão $uero influenci5-la. S estava e&pressando a minhaadmiração. ; 0u&ou o zíper do blusão, fechando-o, e fitou-a nos olhos. ; 9sto ! umapromessa, Anna/ se voc% achar $ue devemos fazer amor, seja $uando for, vamos passar momentos deliciosos.

la sorriu.; 'omo pode ter tanta certeza disso<; u tamb!m tenho meus termos de comparação, sabe< la lembrou-se da noite

anterior.; *oc% voltou cedo para casa, ontem< ; perguntou, sentindo-se mais ousada

depois dos momentos $ue tinham acabado de compartilhar.; *oltei, sim.; 0or $u%< le sorriu/; Fesolvi me guardar para voc%.; #h, Sam" st5 caçoando de mim, outra vez"; 8ão estou não. Descobri uma coisa, na noite $ue saí com Daphne.

; eu $ue gostava tanto desse nome" ; interrompeu-o Anna.; st5 com ci:me< Hue bom"; #ra, não ligue para o $ue eu disse... ntão, o $ue foi $ue descobriu<

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 Ainda não se esgotou seu tempo. u devia ter dei&ado o fone fora do gancho.; 'ampainhas de telefone me dei&am maluca.; ntão, vou atender. ; Sam levantou-se do sof5, resignado. ; 7as j5 sei $uem

!, e sei tamb!m $ue ela poderia esperar.; la<; stelle eriliger ; disse Sam, indo para a cozinha. Depois de alguns minutos

ele voltou.; la ligou s para me contar o $ue est5 planejando/ patinadores, coral, voc% nem$ueira saber" ... ; # telefone tocou de novo. ; Ah, não" 8ão vou atender"

; Sam, por favor, atenda" ; pediu Anna, juntando o material $ue havia levado ese aprontando para ir embora. ; 8s dois temos muito $ue fazer. *5 atender ao telefone,$ue eu j5 estou de saída.

; Huer uma carona<; 8ão se incomode. Bostei de caminhar pela trilha. *ejo voc% mais tarde.n$uanto se encaminhava para a porta dos fundos, Anna ouviu-o suspirar antes de

atender ao telefone.S $uando j5 estava a meio caminho de casa ! $ue ela se lembrou de $ue não

haviam combinado encontrar-se de novo na$uele fim de semana. 7as isso não tinhaimportGncia precisava de tempo para tecer e pensar. ssas duas atividades combinavammuito bem.

Depois de comer um sanduíche, Anna foi at! a cidade e parou na loja de essie.Hueria comprar algumas revistas, a fim de tirar id!ias para tecer. Ao v%-la, a dona da lojaapro&imou-se/

; 0recisa de ajuda<; u gostaria $ue me esclarecesse umas d:vidas sobre tecelagem. 7as, primeiro,

$uero lhe perguntar uma coisa, preciso de um acolchoado feito a mão, sabe onde possoencontrar algum<

; Sei, mas talvez voc% não goste muito da sugestão.; 0or $u%<; 0or$ue $uem mais entende desse assunto a$ui em Sumers-bur( ! a presidente

da iga de Artesanato. Anna revirou os olhos, e&clamando.; stelle eriliger"; A prpria. u não posso ajud5-la por$ue não sei $uem vem se dedicando a esse

tipo de trabalho por a$ui. 6ale com stelle. la ter5 prazer em ajud5-la.; De $ual$uer forma, obrigada. amb!m gostaria $ue me indicasse um tapeceiro

para revestir mveis. 'onhece algu!m<; Ah, sim" enho um amigo $ue ! e&celente tapeceiro. @m momentinho, $ue eu

vou pegar um cartão dele.@ma hora depois Anna saía da loja e se dirigiu para casa. 0assou o resto da tardetecendo, en$uanto seu pensamento voava, passando pelos acontecimentos dos :ltimosdias e imaginando o $ue estava por vir.

 A noite pareceu chegar depressa. la levantou-se do tear para esticar o corpo eresolveu buscar um pouco de lenha para a lareira. A noite prometia ser fria. *estiu oblusão e saiu do $uintal, sentindo-se um tanto solit5ria. 4avia esperado $ue Sam entrasseem contato, mas o telefone permanecera mudo = tarde inteirinha. eve uma es$uisitasensação de abandono, de perda, ele havia dito $ue a desejava, beijara-a com ardentepai&ão e, depois, a dei&ava sozinha.

De repente, percebeu $ue estava sendo malvada, pois ela mesma pedira a ele $ue

se mantivesse afastado e, agora, desejava $ue ele não tivesse atendido a seu pedidocom tanta disposição. 0elo $ue podia ver, iria passar o resto do fim de semana tecendo.mpilhou a lenha ao lado da lareira e voltou ao $uintal para buscar mais. 9nclinou a

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cabeça, para ver se ouvia a gaita de Sam. 8ada. 'om um suspiro, entrou em casa.Huando escureceu por completo, acendeu o fogo e sentou-se diante dele. 8ão

tinha se$uer uma poltrona na sala e, depois de algum tempo, cansada de ficar no chãoduro, foi at! a varanda buscar uma das cadeiras de ferro batido, $ue possuíamalmofadas. Serviu-se de um copo de vinho e, acomodada na cadeira, ergueu-o,admirando o efeito das chamas no vinho cor de rubi. 6ez um brinde.

; A voc%, Sam ; murmurou, bebendo um gole generoso. # $ue ele estariafazendo a$uela noite< alvez nem estivesse em casa. 0oderia ter saído ter ido encontrar algu!m...

evantou-se, num ímpeto, e começou a andar pela sala, desassossegada, com ocopo de vinho na mão, tomando pe$uenos goles de vez em $uando. se ele estivessecom algu!m mais interessante do $ue ela, de mãos dadas e...

'errou os dentes com força. #diava a ideia de Sam beijar outra mulher. 7as a$uiloera ridículo, pois não tinha nenhum direito sobre ele. *ai ver at! $ue estava em casa,sozinho, como ela, trabalhando em contabilidade para algum cliente.

0arecia haver um turbilhão dentro de sua cabeça. 0or!m, todas as id!ias confusas$ue se atropelavam, uma sobressaía, nítida precisava descobrir o $ue ele fazia na$uele

e&ato momento" 0oderia telefonar ou pegar o carro e ir at! l5. 7as, se fosse, e eleestivesse com uma mulher, a situação seria muito embaraçosa. 4avia a trilha.

 A princípio, tratou de descartar a ideia. 8ão era de sua conta o $ue Sam estavafazendo. # melhor era parar de beber vinho da$uele jeito, diante da lareira, e voltar para otear. Assim, trabalhando, $uem sabe acabaria por e&puls5-lo de seus pensamentos.0assara pela trilha duas vezes, durante o dia. 8o escuro, = noite, não devia ser f5cil andar pelo mato... >em, $uanto a isso, não era problema tinha uma lanterna. # $ue, afinal,pretendia descobrir< Sua id!ia era esgueirar-se por detr5s da casa dele, ver se havialuzes acesas e se a caminhonete estava na garagem. 'aso estivesse, tentaria ouvir, comatenção, para ver se havia algu!m em companhia dele. , se houvesse... 'omeçou a rir,decidida. alvez o vinho tivesse afetado seu raciocínio. Seria uma aventura interessante,ir = casa dele = noite, passando pela trilha com apenas a luz de uma lanterna cortando aescuridão.

rgueu-se, parou diante da lareira, hesitante. Depois, vestiu o blusão, pegou alanterna e saiu pela porta da cozinha, dei&ando-a aberta. Sam dei&ava a casa aberta otempo todo, e ela não iam demorar...

 Ao afastar-se da claridade $ue se filtrava pela janela da cozinha, Anna notou $ue anoite no campo era bem escura, principalmente $uando as estrelas estavam encobertaspor nuvens. Acendeu a lanterna e passou o facho de luz pelo $uintal, at! encontrar aspedras $ue marcavam o início da trilha. 'om um arrepio de emoção, pKs-se a caminho.8esse e&ato momento começou a chover.

Capítulo 8

8a cozinha de sua casa, Sam encontrava-se diante da geladeira aberta, tentandocriar coragem para preparar o jantar. 0assara a tarde inteira desanimado. 8em a ideia detocar um pouco o interessara, sabendo $ue Anna estava na casa dela e ele ali, sozinho.6icou olhando para a comida, indeciso presunto, ovos... 0oderia fazer uma omelete.0oderia at! fazer duas e oferecer uma a Anna, caso ela ainda não tivesse jantado. 8ão,nada disso. ra melhor es$uecer. la precisava de tempo e ele lhe daria esse tempo.

0egou o presunto e guardou-o de volta. 'achorro-$uente era bem mais f5cil. Diabo

não estava com fome" 0oderia telefonar para saber se ela j5 havia jantado, pois era umacoisa muito est:pida comer cada $ual em sua casa, $uando estavam tão perto"Se telefonasse, ela seria capaz de rejeitar o convite para jantarem juntos. # melhor,

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mesmo, era ir at! l5, assim Anna talvez ficasse sem jeito de recusar. *estiu uma ja$ueta esaiu para pegar a caminhonete. 'aía uma chuva fininha e estava frio. 'aso ela con-cordasse em jantar com ele, acenderia a lareira. inha um pouco de lenha bem secaempilhada na varanda dos fundos, e com o fogo aceso o ambiente ficaria bem agrad5vel.

Sam parou a caminhonete ao lado do carro de Anna e correu para a porta.0ercebeu $ue saía fumaça pela chamin! da lareira e imaginou se conseguiria tir5-la de

casa numa noite chuvosa como a$uela. >em, não deveria descartar a possibilidade de ser convidado a ficar para jantar. 'omo ela não atendesse, bateu na porta pela segunda vez.n$uanto esperava, ficou andando, in$uieto, sob o beirai do telhado, pensando

numa desculpa para justificar a ida at! ali. 0or $ue ela estaria demorando tanto paraatender< Fesolveu ir at! a porta dos fundos. evantou a gola da ja$ueta para proteger-seda chuva e deu a volta na casa, correndo, apesar do escuro.

; Anna" ; gritou, atravessando a varanda, vendo $ue a porta da cozinha estavaaberta.

ntrou. 8ingu!m" 0ela primeira vez sentiu o medo apoderar-se de seu ser. Algumacoisa estava errada. 'hamou de novo e não obteve resposta. 6oi at! a sala e viu acadeira $ue fora levada at! l5, o copo de vinho, o tear com o trabalho em andamento.

'ontinuou a cham5-la en$uanto subia a escada, o coração batendo disparado.alvez ela estivesse sem sentidos, no andar de cimaN podia ter se sentido mal edesmaiado... 0ulou os :ltimos degraus e correu para o banheiro. A maioria dos acidentescaseiros acontece no banheiro. 7as não. amb!m se encontrava vazio. la não estavaem parte alguma e ele procurou at! nos guarda-roupas.

Saiu correndo da casa, entrou na caminhonete e pegou uma lanterna $uecostumava dei&ar no porta-luvas. 'om ela acesa na mão, pKs-se a percorrer o $uintal,gritando o nome dela. 8ada" 0ensou na trilha, mas descartou a possibilidade, pois, afinal,o $ue Anna poderia estar fazendo l5, com a$uela chuva<

0or fim, desesperado, não tendo mais onde procurar, entrou pela trilha,mergulhando mato adentro. 7as tinha certeza de $ue era uma loucura ela não iriaaventurar-se por ali = noite.

Sem encontrar solução para a$uele estranho desaparecimento de Anna, foiandando o mais depressa $ue podia pelo terreno escorregadio. I5 $uando se apro&imavada divisa de sua casa, resolveu $ue ia chamar a polícia. #s policiais estavam bemaparelhados para dar uma busca e tinham pr5tica.

Sentia os p!s e as mãos amortecidos pelo medo e pelo frio. 0ercorreu rapidamenteos :ltimos metros $ue o separavam de sua casa e, então, notou uma leve claridaderefletida numa das paredes e uma sombra. 4avia algu!m ali. 0ensando $ue talvez fosse omesmo maníaco $ue devia ter se$uestrado Anna, apagou a lanterna e foi seapro&imando, devagar.

# vulto moveu-se em direção = janela da sala de visitas e olhou para dentro. A luz$ue se filtrava pela vidraça fez brilhar uma cabeleira farta, revolta, ruiva e :mida. Anna"#s joelhos dele amoleceram de alívio. 7as o $ue ela estaria fazendo ali< 0ensou emesgueirar-se silenciosamente at! ela e assust5-la, para vingar-se do pavor pelo $ual haviapassado, mas achou melhor não. 0erguntou, em voz alta.

; 45 alguma coisa interessante acontecendo aí dentro< alvez algu!m correndonu pela sala<

la deu um salto e voltou-se para ele.; # $ue est5 fazendo a$ui fora< ; perguntou, desconcertada.; Aposto $ue tenho uma e&plicação melhor do $ue a sua para estar a$ui fora.

 Afinal, est5 espionando pela minha janela...

; u não estava espionando. S estava... ; gaguejou Anna, nervosa.; 6azendo o $u%<; >em, imaginei se...

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le se apro&imou e os dois ficaram frente a frente, os rostos de ambos escorrendo5gua. #s olhos escuros de Anna pareciam mais aveludados e profundos do $ue nunca.

; I5 sei" ; e&clamou ele, dando-lhe uma chance. ; *oc% sentiu vontade de ler eveio pedir um livro emprestado.

; 8ão foi bem isso. u $uis empreender uma aventura, por minha conta e risco...8ão deu certo" 7as ainda não sei o $ue est5 fazendo a$ui fora, com esta chuva ; contra-

atacou ela, j5 segura de si.; 8ão tinha em casa mais nada para ler e achei $ue a melhor alternativa era ir dar uma voltinha por aí...

; Sam, fale s!rio"; Se tivesse me visto alguns minutos atr5s, saberia como fico $uando estou s!rio.

6ui at! a sua casa e levei o maior susto ao ver a porta aberta e descobrir $ue voc% nãoestava l5.

; *oc% foi a minha casa<; 6ui.; voltou pela trilha<; Acertou.

; #h, Sam, desculpe por ter feito voc% ficar preocupado. 8ão tive essa intenção ; justificou-se Anna, desconcertada. ; 8ão sabia $ue voc% pretendia ir at! minha casa.

; # $ue pretendia, então<; 6i$uei imaginando se voc% estava em casa, se estaria sozinho... Achei $ue seria

divertido vir at! a$ui, dar uma olhadela, e me esgueirar de volta, sem $ue voc% soubesse.; ntão, veio me espionar< ; indagou ele, com o cenho franzido.; Sim... ; la bai&ou a cabeça e deu uma risadinha abafada. ; Huando vi $ue

não estava em casa, pensei $ue tivesse saído com algu!m.; ra isso $ue $ueria saber<; 4um... Acho $ue fui apanhada em flagrante ; suspirou Anna, resignada.; , agora, tem de pagar por isso.le a tomou nos braços e seus l5bios se encontraram. Anna cheirava a vinho,

chuva e algo mais inebriante do $ue $ual$uer um deles ela cheirava a ?sim?.Sam a beijou, en$uanto a chuva ensopava-lhe os cabelos e escorria pela gola da

 ja$ueta adentro. 7as a acolhida ardente dos l5bios dela tornava tudo o mais semnenhuma importGncia. ntão, a tensão $uase dolorosa do corpo dele começou a e&igir algo mais do $ue beijos, e ele não podia despi-la a am5-la ali. mbora não $uisesse,precisava abandonar a$ueles l5bios ansiosos, se pretendia ganh5-la toda.

rgueu o rosto, libertando a boca de Anna com relutGncia, mas continuou a apert5-la nos braços.

; *amos entrar ; murmurou com voz rouca.

; 7as a sua caminhonete est5 na minha casa ; disse ela.; 8ão vamos precisar de carro para o $ue pretendo fazer. la fitou-o, um tantoapreensiva.

; 7inha casa ficou aberta, a lareira acesa e...; em razão. 0recisamos ir para l5, então.; *oc% ainda não me disse por $ue foi a minha casa.; 6ui convid5-la para jantar. ; le inclinou-se e mordeu-lhe os l5bios. ; 7as, na

realidade, era para isso... ; enfiou as mãos ansiosas por dentro do blusão, acariciandoos seios t:rgidos. ; ntão, vamos. Apagamos o fogo da lareira, fechamos a porta evoltamos para c5.

; para $u%< 0odemos jantar na minha casa.

le não deu resposta. 0referiu dei&ar $ue ela descobrisse sozinha. #u não<...alvez ela j5 tivesse descoberto e estivesse mais preparada do $ue ele pensava. C, podiaser, mas ele achava $ue não. inha absoluta certeza de $ue Anna não decidira, conscien-

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temente, entregar-se a ele. Al!m disso, o companheiro a havia dei&ado h5 meses e, deacordo com o $ue ela afirmara, não tivera nenhuma ligação íntima com mais ningu!m,desde então. 0rovavelmente ele ! $ue deveria tomar precauçJes, $uando fizessem amor.

; st5 bem ; concordou ela, com suavidade. ; 8a sua casa. ; Depois de uminstante, continuou/ ; Sam, eu $uero voc%... mas ! $ue estou com muito medo. se eunão... se ns não...

; i" ; le a abraçou apertado, de novo, para aumentar a segurança dela, etalvez tamb!m a dele. ; Acha $ue eu não estou com medo de voc% não gostar do modo$ue eu faço as coisas, como penso e tudo o mais<

; Acho lgico $ue tamb!m esteja preocupado...; 7as decidi me arriscar. S $ue não vou apostar tudo na primeira vez. alvez

tenhamos de e&perimentar v5rias vezes, antes de encontrarmos o nosso jeito certo.0razer e não pressão. *oc% est5 a fim<

; stou...0useram-se a caminho pela trilha. Huando chegaram ao $uintal de Anna, ele

enlaçou-a pela cintura e disse.; u cuido da lareira e fecho a porta dos fundos, en$uanto voc% vai pegar roupas

secas para trocar l5 em casa.le não conseguiria ficar esperando l5 embai&o en$uanto ela se despisse. Sabia

$ue s o fato de imagin5-la l5 em cima iria faz%-lo subir ao $uarto dela, e achava $uea$uele não era o lugar certo para as coisas acontecerem.

 Ao entrarem na cozinha, ela apertou a mão de Sam e foi para o $uarto. le fechouos olhos. A antecipação da posse de Anna torturava-o com uma tenacidadeimpressionante. Sentia-se um tanto assustado, como tivera de admitir para ela, por!mseus medos $uase não e&istiam em comparação com a ansiedade $ue lhe dominava ocorpo. alvez, $uem sabe fosse capaz de despertar a mesma sensação nela... Acreditava$ue Anna encerrava em si uma pai&ão devastadora, mas teria de ter paci%ncia e trabalh5-la um pouco, a fim de faz%-la aflorar = superfície. aguardava emocionado essaagrad5vel tarefa.

m poucos minutos ela desceu, fecharam a casa e foram para a caminhonete.Huando entraram na estrada, Sam passou um braço pelos ombros dela e pu&ou-a para si.

; Ser5 $ue voc% pode mudar de marcha para mim< la riu.; ntão, vai me fazer trabalhar, hein<; S no interesse do prazer ; replicou ele, dando-lhe um beijo. m pouco tempo

percorreram a distGncia at! a casa de Sam. le estacionou a caminhonete e correrampara dentro.

; 6i$ue a$ui ; disse ele, dei&ando-a na sala de visitas, junto = lareira. ; *oubuscar algumas toalhas e algo para agasalh5-la, en$uanto acendo o fogo.

8um instante ele estava de volta, trazendo toalhas e o cobertor azul jogado numombro.; 0ode tirar a roupa molhada e se en&ugar, $ue eu vou buscar lenha. Depois,

acho $ue voc% gostaria de se enrolar nisto ; acrescentou, dando-lhe o cobertor.; Sam...; 6aça o $ue mandei Anna. Desde a primeira vez $ue voc% pegou nesse cobertor 

venho imaginando-a enrolada nele. ; Segurou-lhe o $uei&o e fitou-a. ; 6az isso paramim<

; eu a$ui pensando $ue voc% fosse um contabilista conservador, um fazendeirosossegado" ; brincou ela, rindo.

; *oc% nunca pensou assim, caso contr5rio não estaria a$ui. la assentiu,

en$uanto um fr%mito sensual percorria-lhe o corpo inteiro ao pensar na lã maciaacariciando-lhe a pele.; *5 buscar a lenha ; disse s!ria.

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'om um olhar capaz de derreter o gelo, Sam saiu da sala. 8um instante ela tirou aroupa e en&ugou-se, enrolando-se depois no cobertor. ncontrava-se enrodilhada no sof5$uando ele voltou com uma braçada de lenha. 0arando no umbral da porta, ele comentou,com voz embargada/

; A fantasia nem mesmo se apro&ima da realidade"; ermine suas obrigaçJes ; sussurrou ela, fitando-o intensamente.

Sem falar, ele foi at! a lareira e colocou a lenha num cesto. irou a ja$ueta, jogou-asobre uma poltrona e abai&ou-se para acender o fogo.; stou ficando obcecado por voc%, Anna ; disse, com voz calma e de costas

para ela, ajeitando os gravetos e as achas. ; 8ão consigo lembrar de nenhuma outramulher $ue tenha se entranhado em minha pele desta maneira. Depois de todos os ser-mJes $ue fiz a mim mesmo, fui at! a sua casa esta noite para ter contato com voc%.Hual$uer contato.

; 0arece $ue est5 zangado comigo...; 8ão pretendia causar essa impressão. ; le acendeu um fsforo. ; A

necessidade $ue sinto de voc% ! enlou$uecedora. 0or mais $ue eu tente rir e brincar ;prosseguiu, voltando-se para ela, s!rio ; continuo ansiando por voc%. Ls vezes tenho a

impressão de $ue vou ficar maluco, mesmo.la tremeu, e&citada, $uando ele se apro&imou lentamente. 9a acontecer algo muito

importante na$uela sala, algo $ue iria mudar a vida dela.; Alguma vez desejou algu!m tanto assim< ; perguntou Sam, de p! diante dela,

tirando a camisa devagar.9ncapaz de falar, ela fez $ue não com a cabeça.; spero $ue um dia deseje... ; 'hutou os sapatos para longe e desabotoou o

 jeans. ; , se eu tiver um pouco de sorte, vou ser esse algu!m desejado. Antes de tirar a calça, Sam enfiou a mão num bolso e tirou um envelopinho de

preservativo, jogando-o sobre a mesinha ao lado do sof5. Depois, continuou a se despir,sem mod!stia, como se tirar a roupa fosse uma tarefa insignificante $ue precisava desem-penhar. Sua atenção completa, refletida na intensidade do olhar, focalizava-se em Anna eno momento em $ue a tomaria nos braços.

 A urg%ncia $ue emanava dele, junto com a visão de seu corpo e&citado, tãomoreno, firme e anguloso, provocava em Anna o anseio fundamental de se unir =$uelehomem, um anseio tão violento $ue a dei&ava surpresa. m vez das sensaçJes suaves$ue e&perimentara at! então, um desejo discreto, civilizado e agrad5vel, descobria onascimento de um impulso primitivo, selvagem e rude. Ser5 $ue ele tamb!m sentia isso<

 Anna esperava $ue ele se acomodasse no sof5 ao lado dela, mas Sam ergueu-anos braços e levou-a para o tapete diante da lareira.

; Anna ; sussurrou com voz rouca, pondo de lado o cobertor $ue a envolvia.

 Acariciou-lhe os seios, depois as mãos foram descendo e ela prendeu a respiração,fechando os olhos, $uando acariciaram de leve os pelinhos crespos, :midos, abai&o doventre macio e liso.

; 9sto ; murmurou ele, fitando-a, ao mesmo tempo em $ue alisava o montículodolorido de tanto desejo ; ! a coisa mais linda $ue uma mulher pode oferecer a umhomem.

la enlaçou-o pelo pescoço e gemeu/; stou começando a entender... o $ue voc% $uis dizer... sobre desejo.; 9sso ! bom, $uerida...le apertou mais, mantendo a outra mão onde estava, apenas alterando o ritmo da

carícia, e inclinou-se para beijar-lhe os seios. Huando colheu um dos bi$uinhos duros

entre os l5bios e sugou-o, ela ar$ueou as costas, tensa como um arco nas mãos de umcaçador. A sensação de prazer era tão profunda $ue, $uando Anna pensou $ue iadesfalecer, Sam pareceu adivinhar, e pKs-se a beijar o outro seio, passando levemente o

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n dos dedos na parte, interna das co&as firmes e ardentes.Huando ele reiniciou as carícias na intimidade rsea e delicada, Anna, ofegando,

perguntou bai&inho, no ouvido dele.; ra isto $ue voc% $ueria dizer< A sensação ! tão... tão... 8ão consigo e&plicar...le ergueu-se um pouco e fitou-a, os olhos azuis brilhando.; C eu sei... ; disse.

; Sam... ; la segurou o rosto dele e olhou-o, suplicante. ; 0egue o $ue jogouna mesinha... 0egue agora, antes $ue eu enlou$ueça de tanta provocação.; Bosto de v%-la enlou$uecida ; replicou ele, levantando-se para pegar o

envelopinho. ; em certeza de $ue est5 pronta para mim, $uerida< ; perguntou, comcerta ansiedade. ; 0or$ue depois $ue eu estiver dentro de voc%, não posso prometer $ue v5 parar.

; 8ão $uero $ue pare ; respondeu ela, tr%mula de antecipação. ; 7e ame,Sam"

ele a atendeu. Huando a penetrou, a terra pareceu tremer e não demorou muitopara $ue ambos chegassem ao clíma& $ue os fez gemer, subjugados pela satisfaçãoplena. # impacto de um prazer tão profundo dei&ou Anna fraca e atordoada, mas num

estado de felicidade desconhecido at! então. Se ela imaginava $ue sabia o $ue era fazer amor, Sam acabara de mostrar $ue havia uma falha enorme em seu conhecimento, umafalha $ue ele parecia disposto a preencher.

 A cabeça dele descansava sobre o ombro de Anna. Sorriu para ela.; *oc% est5 bem< ; perguntou carinhoso.; Sinto-me maravilhosamente bem, mas...; 8ão d5 para ficar muito tempo neste tapete, não !< enho uma id!ia/ vou trazer 

meu colchão a$ui para bai&o, assim poderemos passar a noite junto da lareira. Hue tal<; ncantador. Huer ajuda<; 0ode dei&ar $ue eu me viro. n$uanto vou busc5-lo, voc% atiça o fogo. ; Anna

olhou-o com as sobrancelhas erguidas e ar indagador. ; 'laro, o meu ?fogo? tamb!m" ;disse ele, rindo. ; 0or isso, vou trazer mais alguns desses envelopes.

8um instante Sam estava de volta e se acomodaram diante da lareira, sobre ocolchão macio, e se cobriram com o cobertor azul. le avisou-a.

; Se estiver com fome, podemos fazer um pi$ueni$ue a$ui mesmo. Anna abraçou-o, com força.; I5 estou tendo meu pi$ueni$ue...; u tamb!m ; concordou ele, beijando-a de leve.; Bostaria de ficar a$ui o fim de semana inteirinho ; murmurou ela, por entre

beijos.; Se ficar, não vai conseguir fazer o trabalho $ue tem no tear.

; 8o momento, isso não me importa.Sam ficou deitado, $uieto, por algum tempo, de lado para ela, en$uanto Annaacariciava-lhe as costas, de leve. De repente, ergueu a cabeça e e&clamou, sorrindo/

; Descobri a solução"la ficou tensa, certa de $ue ele ia pedir-lhe $ue dei&asse o emprego e viesse

morar com ele, pois assim teria mais tempo para decorar sua casa, tecer e fazer amor. #passo seguinte tinha certeza, seria o casamento, e ela não se sentia preparada paratomar esse tipo de resolução $ue iria alterar-lhe completamente a vida, por!m, pelo jeito,ele sentia-se...

; # $ue h5 de errado< ; perguntou ele, j5 sem sorrir. ; *oc% ficou assustada.; Sam, não to$ue nesse assunto... ainda não, por favor"

Capítulo 9

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; Hue assunto< ; perguntou Sam, franzindo a testa. ; # $ue voc% pensou $ueeu... I5 sei" ; A e&pressão dele demonstrava desapontamento. ; 6icou assustadapensando $ue eu ia pressionar voc%. 9sso não ! muito lisonjeiro.

; Sam, ! $ue...; 8ão ! sempre $ue um cara recebe a resposta para uma pergunta $ue ainda

nem fez. 7as foi bom. 0elo menos, sei em $ue p! estamos e não farei mais suposiçJesbobas.# coração dela apertou-se ao compreender $ue o havia magoado e, ao $ue tudo

indicava, sem necessidade, pois ele parecia não estar pensando em morarem juntos ouem casamento. le se calara e a fitava, apenas, pensativo.

; Sam, desculpe... ; murmurou ela, contrita. ; Hual seria a solução $uedescobriu<

; Se eu disser, vai se assustar de novo. *oc% $uer $ue a gente se ame sem $uese sinta preso, não ! isso< 8ão tenha medo de dizer a verdade, Anna. u s precisoconhecer as regras, nada mais.

; 8ão h5 regras ; afirmou ela, passando as mãos, de leve, pelo rosto dele. ;

*erdade.; Discordo. 45 um minuto voc% pediu $ue eu não tocasse em determinado

assunto e, para mim, isso soa como uma regra. &istem outras<la dei&ou cair as mãos e virou o rosto para o lado.; C $ue não estou preparada para... ; começou.; 9sso eu j5 sei e muito bem. o $ue mais< D%-me um e&emplo. @m pe$ueno

e&emplo, $ue seja das regras a seguir. 0or e&emplo, eu posso dizer $ue estou meapai&onando por voc%<

; est5<; 45 uma possibilidade bem nítida disso.; eu tenho permissão para dizer $ue estou me apai&onando por voc%< ;

perguntou ela, procurando brincar. A e&pressão $ue surgiu nos olhos dele fez os de Anna encherem-se de l5grimas.; 8ão imponho regras, não e&ijo nada ; murmurou Sam, com tristeza ;, por$ue

 j5 estou apai&onado. *oc% trou&e = minha vida uma felicidade $ue eu não conhecia. A emoção dei&ou-a com um n na garganta, sem poder falar.Sam pu&ou-a para si, beijou-lhe o rosto molhado de l5grimas e, ao abraç5-la,

sentindo o corpo macio colado ao dele, a magia recomeçou.8a manhã seguinte, bem tarde, depois de um banho juntos, sentaram-se no

colchão e tomaram caf!, conversando sobre a decoração dos outros $uartos. Sam vestiaum roupão e ela uma camisa dele. le a convencera de $ue s deveria vestir as prprias

roupas $uando chegasse a hora de voltar para 8ova or+, a fim de não perderem tempo$uando $uisessem fazer amor. De repente, Anna perguntou/; Hual era a sugestão $ue $ueria dar sobre meu trabalho no tear<; Agora estou ocupado ; respondeu ele, acariciando-lhe as costas.@ma deliciosa sensação percorreu-lhe a espinha, e ela se apro&imou mais dele,

pedindo/; C melhor dizer logo $ual foi a ideia, por$ue estou sentindo $ue a loucura vai

tomar conta de mim outra vez.; #h, $uerida, tamb!m estou sentindo isso" ; le pKs a caneca de caf! no chão

e pu&ou-a para o colo. ; 8ossa como essa camisa tem botJes"; # tear ; lembrou-o, en$uanto ele soltava os botJes com habilidade.

; 4um" ; murmurou ele, escorregando a mão por debai&o da camisa eenvolvendo um seio.; Sam, voc% não est5 me escutando"

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la maravilhou-se pela rapidez com $ue reagia ao roçar dos dedos dele em seuseio, demorando-se mais nos mamilos. ra s Sam olh5-la do jeito $ue a olhava na$uelemomento e toc5-la, como estava fazendo, e ela estremecia de prazer.

; # tear... ; insistiu, mas sem convicção.; C simples ; respondeu ele, bai&inho, sem parar com as carícias. ; *amos

levar o tear para 8ova or+.

; 0ara 8ova or+<8ão dava para ela concentrar a atenção no $ue ele dizia, por isso não entendeudireito.

; 9sso mesmo. u levo, na caminhonete. ; le passou a ponta da língua na curvada orelha rosada. ; Huem sabe aí voc% me convida para passar a noite em sua casa.

; Sam ; protestou fracamente, en$uanto ele lhe mordiscava o lbulo da orelha;, não podemos tirar o tear da$ui. 'ombinamos $ue ele seria o ponto principal nadecoração da sala.

; I5 pensei nisso. essie tem um $uase igual. u peço $ue ela me empreste por uns dias.

; 7as ! perigoso" 0ode acontecer alguma coisa ao tear, e era de sua av...

; 8ão vai acontecer nada. ; le a deitou de costas no colchão e tirou-lhe acamisa. ; 0elo menos, não ao tear, mas não posso prometer $ue nada vai acontecer avoc% ; continuou, beijando-a nos ombros e descendo os l5bios para a macia ondulaçãodos seios ;, principalmente se me convidar para partilhar da sua cama esta noite.

; #h... ; ela suspirou, $uando ele acariciou um mamilo com os l5bios,demorando-se em sug5-lo.

; 9sso ! um sim< ; indagou Sam, erguendo a cabeça para fit5-la.la estendeu a mão para o cinto do roupão dele.; 0ara voc%, parece $ue ! a :nica palavra $ue conheço.; C a :nica $ue precisa conhecer ; confirmou ele, tirando o roupão.6izeram amor com calma, devagar, ambos adiando o %&tase ao m5&imo. Depois de

se renderem = tensão $ue haviam criado, permaneceram deitados por longo tempo,acariciando-se, retardando o momento $ue teriam de ir para 8ova or+.

Depois de um banho, vestiram-se, comeram algo r5pido e telefonaram para essie.la concordou imediatamente em emprestar seu tear para o especial de tev%.Demoraram-se ainda o tempo necess5rio para amarrar o tear da av de Sam nacaminhonete e partiram. Ao chegar ao pr!dio onde Anna morava, estacionaram nagaragem e, com algum esforço, conseguiram colocar o tear no elevador. A caminho do$uarto andar, sorriram um para o outro e Sam perguntou/

; 6oi uma grande id!ia, não concorda<; S vou admitir $ue sim depois $ue ele estiver dentro do meu apartamento, sem

$ue nada lhe tenha acontecido"ntão, Anna lembrou-se de $ue não haviam discutido a duração do empr!stimo dotear. Dois meses< Seis< # tempo $ue durasse o relacionamento deles<

; *oc% est5 com a$uela e&pressão preocupada de novo, Anna.; Dei&amos o trato $uanto a minha prestação de serviços e o uso do tear em

aberto. 0ercebeu isso<; 'laro $ue sim.la encarou-o $uando o elevador parou no seu andar.; 0arece $ue não est5 muito preocupado em receber o tear de volta ; comentou,

sorrindo.; Ah, pretendo t%-lo de volta, sim. 8ão se preocupe ; respondeu ele, rindo

tamb!m.n$uanto o ajudava a levar o tear para o apartamento, Anna pKs-se a pensar. Ser5$ue $uando Sam o pedisse de volta ia esperar $ue ela fosse parte do negcio< A

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entrecerrados e brilhantes como se estivessem cheios de l5grimas.; u tamb!m te amo... ; murmurou, com voz embargada.; 4um... *oc% vai chegar atrasada.; 0ouco estou ligando"#s l5bios dele esmagaram os dela num beijo apai&onado. ntão, Sam firmou os

braços nos lados da cabeça de Anna e amou-a num ritmo feroz, $ue provocou profundos

gemidos de pai&ão $ue pareciam dilacerar-lhe a garganta. Depois se afastou, recusando-se a acompanh5-la no prazer $ue percorreu o corpo ardente de ondas amplas, levando-aas alturas pela terceira vez antes de se abandonar ao prprio %&tase, de uma intensidadedevastadora.

evou tempo at! Anna se recuperar e encontrar forças para erguer a mão e tocar nas costas dele, $ue estavam :midas de suor. Sentia-se abalada pela profundidade dapai&ão $ue havia descoberto, ou melhor, $ue Sam lhe revelara.

; u... eu preciso me levantar ; murmurou, ainda arfante.; u sei. 7as gostaria $ue não precisasse.; u tamb!m. 6oi... foi incrível" 8ão tinha id!ia de $ue eu podia...; 8em eu ; ele admitiu. ; 'ontente por não ter pulado da cama logo cedo<

; Sim, mas vou ter de arranjar uma desculpa criativa para dar na loja.; 8ão se preocupe com isso o pessoal da loja não pode magoar voc%.; 7as pode me despedir.; seria tão ruim assim<la não respondeu por $ue não sabia a resposta.; u não a dei&aria passar fome ; murmurou Sam, acariciando-lhe os cabelos. Ah, como ele a tentava" # trabalho dela havia se tornado tedioso, e comparada =

vida $ue Sam lhe oferecia a e&ist%ncia em 8ova or+ parecia tediosa.; u o amo muito, mas preciso de tempo para pensar.; *oc% ! como minha av/ pensa en$uanto tece.S então ela descobriu Sam pretendia usar o tear como defesa e proteção,

en$uanto estivesse longe dela.; Sam, eu sempre vivi por minha conta e não teria como ganhar a vida em

Sumersbur(.; Ainda não sabe se isso ! fato ou não, pois não e&perimentou, nem estudou as

possibilidades. 0rimeiro, tome a decisão de mudar para o campo e, então, a genteconversa de $ue modo vai se sustentar.

; 0refiro fazer ao contr5rio ; rebateu ela, teimosa.; 0ode ser, mas acho $ue seu coração est5 tomando algumas decisJes e não na

ordem $ue voc% gostaria.; 7eu coração não ! confi5vel, principalmente depois do $ue acaba de acontecer 

entre ns.; C, sim, Anna ; e ele acariciou-lhe um seio, de leve. ; le sabe o $ue $uer... Anna es$ueceu completamente o resto do mundo. Arranjou uma desculpa. Diria $ue ficara presa com um cliente, logo cedo, o $ue do

ponto de vista t!cnico era verdade, refletiu. Sob os protestos de Sam, dei&ara oapartamento sem tomar caf! e por volta do meio-dia tinha impulsos de comer metade dassugestJes do card5pio da lanchonete da loja. 7al havia acabado de pedir um sanduícheincrementado $uando *ivian entrou no salão e deu uma olhada nas mesas. Ao ver Anna,dirigiu-se = mesa dela e sentou-se.

; Achei $ue ia encontrar voc% a$ui. 45 uma fofoca/ disseram $ue voc% faltou =reunião com a e$uipe de decoração, coisa $ue nunca aconteceu, e $ue agiu de modo

estranho a manhã inteira. # $ue houve< Anna suspirou e recostou-se na cadeira.; 0oderia passar a hora inteira do almoço contando o $ue houve, por isso ! bom

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pedir o $ue $uer comer ; sugeriu, prolongando o suspense.; Huerida, sou capaz at! de pagar seu almoço para saber o $ue est5

acontecendo. stou morta de curiosidade. Iimm( me disse $ue o amigo dele, ed, achou-a sensacional, mas voc% o descartou... ntão, imagino $ue o galã de Sumersbur( est5 na jogada. Acertei<

; Acertou. ; Anna chamou a garçonete, com um aceno. ; 7as o $ue vou contar 

! segredo, viu<; #pa" st5 melhorando. ; *ivian aproveitou e pediu uma salada = garçonete. ;6oi por causa dele $ue chegou atrasada< ; perguntou, $uando a moça se retirou.

 Anna fez $ue sim e sentiu o rosto arder ao lembrar do $ue fizera atrasar-se. ratoude afastar as recordaçJes e passou a contar para *ivian o $ue acontecera, desde oencontro com stelle na mercearia de Sumersbur( at! o momento em $ue se apai&onarapor Sam Barrison. A garçonete chegou com os pedidos no meio da conversa e $uandoela acabou de contar haviam $uase terminado de comer.

; 9ncrível" ; e&clamou *ivian, espetando um pedaço de ovo cozido. ; # velhoed não teve a menor chance, não<

; Acho $ue não. u nunca deveria ter pedido $ue marcasse o encontro para mim,

mas havia a possibilidade de eu ter ficado louca por homem, de repente. 0recisava saber,não acha<

; descobriu $ue est5 louca por um homem.; C.; ntão, vai largar o emprego e mudar para Sumersbur(<; *ivian, não h5 campo de trabalho para mim, l5.; 'reio $ue esse Sam poderia arranjar mil coisas para voc% fazer ; replicou a

amiga, com uma piscadela.; 8ão acredito em viver = custa de homem e voc% sabe disso.; ntão, não viva. *enda o $ue tecer. *oc% disse $ue a av dele poderia ter 

ganhado dinheiro como tecelã.; Sim, mas não sei $uanto. ; Anna empurrou o prato e apoiou os cotovelos na

mesa. ; u vou lhe dizer mais uma coisa $ue tenho dificuldade de admitir a mim mesma/adoro o campo, mas s passo dois dias por semana em Sumersbur(. se eu mudassepara l5 e descobrisse depois $ue ! um lugar tran$Rilo demais para meu gosto<

; S voc% pode achar essa resposta, $uerida. 7as esse tal de Sam Barrisonparece ser o tipo $ue vai mant%-la ocupada.

; 4um... ; fez Anna, e escondeu o sorriso por detr5s das mãos entrelaçadas.; i, garota ; e&clamou *ivian ; voc% est5 com olhar de mulher satisfeita. 8a

cidade ou no campo, se ! isso $ue importa"; u sei... $uer dizer, não sei. Acontece $ue não tenho uma visão realista de Sam

e de meu relacionamento com ele, por$ue, nos fins de semana, $uando estamos juntos,ele não trabalha, não cuida de suas 5rvores nem atende clientes. *ivemos uma situaçãoartificial, na $ual ele pode me dar toda atenção.

; A tia *ivian tem uma sugestão, menina" Anna riu.; 'omo sempre" ; e&clamou. ; u deveria ter ido procur5-la, em vez de faz%-la

vir me procurar.; alvez voc% ainda não goste muito de mim...; stou fazendo uma forcinha para gostar ; retrucou Anna, agora rindo

abertamente. ; Hual ! a sugestão<; 0asse uma semana de f!rias em Sumersbur(, talvez a semana anterior = tal

festa da 5rvore de 8atal. *erifi$ue sua tolerGncia = vida de uma cidade pe$uena, antes de

se comprometer de um jeito ou de outro.; *ivian, $ue inspiração"; u sei ; disse ela, sem falsa mod!stia. ; , por isso mesmo, vou cobrar uma

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ta&a por este magnífico conselho. Huero $ue voc% me faça um favor.; 0eça o $ue $uiser. stou tão entusiasmada com sua id!ia $ue lhe concedo

$ual$uer coisa.; C melhor ouvir, antes de concordar. Iuro, Anna, não sabia $ue voc% era tão

impulsiva. 0arece $ue Sam tem uma influ%ncia poderosa"; em razão ; reconheceu Anna. ; 7as ! $ue, tamb!m, eu estou mudando,

aprendendo a aproveitar as oportunidades, a me soltar. acho $ue isso começou $uandocomprei a casa em Sumersbur(. Dia a dia me sinto mais ousada, mais livre.embrou-se, então, de $uão selvagemente livre se tornara na$uela manhã, nos

braços de Sam.; ntão, $ual ! o favor< ; indagou, afastando esse pensamento.; Huero $ue voc% convide a mim e ao Iimm( para irmos a Sumersbur( durante a

filmagem do especial para a televisão. Anna riu.; *oc% est5 brincando" *ai ser um circo...; u sei ; e *ivian bateu palmas. ; C por isso $ue gostaria de estar l5. m

primeiro lugar, nunca vi cortarem uma 5rvore com dez metros de altura, isso sem

mencionar $ue ! o pinheiro $ue vai ser levado para a 'asa >ranca. m segundo lugar,estou curiosa para conhecer a sua cidadezinha, o seu galã e, em terceiro, eu adorariaficar diante das cGmaras e aparecer na televisão.

; *oc% e mil outros cidadãos americanos" ; retrucou Anna, rindo. ; les não vãoconseguir ver a 5rvore no meio da floresta de gente, se me permite a imagem...

; 9sso aí, pode me gozar" ; disse *ivian, fazendo beicinho. ; u sei $ue voc%não tem a ansiedade da glria $ue domina a maioria das pessoas. #lhe s vai ter de nosaturar por uma noite. Sei $ue ainda não convidou ningu!m para ir a sua casa de campo,mas achei $ue era por estar se isolando l5, para es$uecer ric.

; stava mesmo.; ntão, mais uma vez tenho razão. *iu s como sou boa< 7as, agora, a fase de

isolamento passou. 0odemos ir<; 'laro. 0or $ue não< Hue tipo de cama voc%s gostariam< *ivian arregalou os

olhos.; A gente pode escolher<; u tenho um cat5logo enorme" Acontece $ue s h5 uma cama na casa, a minha.

0or isso, vou ter de comprar uma para voc%s. ntão, podem escolher" Hual voc% $uer<; Agora estou me sentindo culpada. 0ode dei&ar, ns levamos uns sacos de

dormir e pronto, Anna.; >obagem. 0reciso dar um jeito de arrumar a$uela casa e logo. 8ão se preocupe

com gastos eu descubro coisa boa em alguma li$uidação. *ai ser divertido.

; em certeza< ; $uis saber *ivian, s!ria. Anna assentiu. Hueria, mesmo, decorar a casa e, tamb!m, o apartamento. mparte por causa da influ%ncia de Sam, mas principalmente por causa de seu novo modode pensar, ansiava por colocar a marca de sua personalidade nos ambientes $ue a ro-deavam.

Capítulo 10

8a se&ta-feira = noite Anna ajudou Sam a forrar o hall e a sala de visitas para

empapelarem a parede na manhã seguinte. Sem mveis e com toda a$uela confusão,convidou-o para dormir na casa dela e pediu-lhe $ue levasse a gaita. Depois de tocar v5rias m:sicas, ambos acomodados diante da lareira, Sam tomou-a nos braços e a levou

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para cima, onde os esperava uma noite de amor.# fim de semana seria cheio, pois haviam programado v5rias coisas a serem feitas

na casa, al!m de sair para comprar o acolchoado.; # $ue voc% combinou com stelle< ; perguntou Sam.; la pediu a todas as senhoras da iga $ue levem seus acolchoados para a casa

dela, assim podemos ir at! l5 e escolher com calma. Depois, ela entregar5 o dinheiro =

pessoa de $uem comprarmos.'ontinuaram conversando, cheios de animação, en$uanto colocavam o papel deparede. Anna contou $ue uma cliente, ao saber $ue ela tecia, havia lhe pedido $ue fizesseuma toalha de mesa e afirmou $ue, depois, pretendia encomendar outras coisas.

 Anna estava bastante entusiasmada, e Sam tomou esse entusiasmo como umaevid%ncia de $ue ela planejava se dedicar = tecelagem para se sustentar, ali emSumersbur(. 8ão iria ganhar muito com isso, mas, $uando se casassem, se ela estivessedisposta a levar a vida simples do campo, isso não teria importGncia. S $ue Anna teria dese acostumar com a id!ia, concluiu ele, pois mudanças dr5sticas de vida e&igem tempo. Animado, sugeriu/

; Hue tal fazermos um pi$ueni$ue num lugar secreto<

; Sam, prometi a stelle $ue estaríamos na casa dela =s duas horas e j5 ! $uasemeio-dia" *amos dei&ar o pi$ueni$ue para $uando a cama-tren estiver pronta e...

; 7ulher, como voc% me julga mal" ; protestou ele, fingindo-se insultado. ; Acha$ue todas as vezes $ue pronuncio a palavra ?pi$ueni$ue? estou me referindo a?sedução?<

; Acho"; tem toda razão, sabia< 7as desta vez prometo $ue vou me contentar s com

alguns beijos. # lugar para onde vou lev5-la ! altamente secreto. Ser5 $ue posso confiar em voc%<

; 'ompleta e cegamente. # $ue voc% tem escondido nesse lugar< ; indagou ela,rindo, entrando na brincadeira. ; Algum tipo de míssil<

; C o lugar onde est5 a 5rvore de 8atal do presidente. Apenas meu capataz, Iohn,dois funcion5rios da 'asa >ranca e eu sabemos onde !. Huer fazer parte desse grupinhode elite<

; 8ão sei... Ser5 $ue devo< ; Anna ergueu as sobrancelhas. ; se espiJesinimigos me se$uestrarem e me aplicarem o soro da verdade<

; Assumo os riscos. >em, vamos preparar uns sanduíches, então ; propKs Sam,dirigindo-se para a cozinha.

7eia hora mais tarde seguiam sem nenhuma pressa pela estrada de terra $uesubia por um pe$ueno morro e depois se abria numa campina, onde Sam parou acaminhonete. Ao lado da estrada, em terreno inclinado, via-se uma e&tensa plantação de

pinheiros.; 45 um riacho $ue cruza essa campina ; e&plicou Sam ; e, como nos planosde stelle h5 um lago, estou pensando em repres5-lo para $ue os patinadores delatenham onde patinar...

Sam prosseguiu, e&plicando o $ue a velha senhora tinha em mente para o especialde televisão. # mais interessante era $ue a e$uipe encarregada de fazer a gravaçãoficara entusiasmada com as id!ias dela, pois o pessoal temia $ue a apresentação setornasse cansativa.

; les perguntavam se stelle ! a prefeita... A$uela mulher...; *oc% a conhece h5 muito tempo, não<; A minha vida inteira. 6oi ela $ue aconselhou meu avK a plantar pinheiros neste

morro sem utilidade.; não fica triste tendo de cortar as 5rvores $ue seu avK plantou<; 8ão, por$ue não as destruo. Sempre $ue possível, dei&o uma boa parte dos

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troncos e os galhos voltam a nascer. 'ortar as 5rvores ! algo parecido com a tosagem dop%lo de ovelhas.

; do pinheiro $ue ir5 para a 'asa >ranca< *ai dei&ar o toco<; C claro" 0ara poder mostr5-lo aos meus netos ; brincou ele, rindo. Anna entendeu o $ue ele $ueria dizer. mbora não fosse casado, Sam esperava

casar-se, algum dia, ter filhos e netos. radição e família eram coisas importantes para

ele. Sam mostrou-lhe o pinheiro $ue seria cortado para a 'asa >ranca. le selocalizava no meio de outras cinco 5rvores, tamb!m enormes.

; 0ara mim, todos parecem iguais. Seu segredo est5 bem guardado. C prov5vel$ue, se eu voltar a$ui, sozinha, não consiga identificar nenhuma destas 5rvores.

Sam pegou a cesta de pi$ueni$ue e Anna enfiou um cobertor velho debai&o dobraço.

; *amos comer como se deve" ; comandou ele, estendendo o cobertor perto doenorme pinheiro.

; u estava enganada... ; comentou Anna, admirando a imensa 5rvore. ; Sereicapaz de encontr5-lo de novo, sim. C um pinheiro magnífico, Sam. Hue pena voc% ter de

cort5-lo...; amb!m acho. Bigantes como este não são substituídos com muita rapidez.

alvez ele leve mais de trinta anos para atingir essa mesma altura, de novo. >em, vamosalmoçar"

Sam comportou-se bem, cumprindo a palavra, beijando-a ou acariciando-a de leve,de vez em $uando. S trocaram um beijo demorado antes de entrar na caminhonete, afim de voltar para casa.

@m pouco antes das duas horas seguiram para a casa de stelle, $ue ficava nocentro da cidadezinha, perto da rua principal.

; stelle ! casada< ; perguntou Anna.; *i:va. # marido dela morreu h5 cinco anos. u poderia dizer $ue ela se tornou

intrometida depois $ue ele faleceu, mas não seria verdade. stelle sempre gostou de semeter na vida dos outros.

; la anda espalhando pela cidade $ue somos amantes, sabia< ; disse Anna,com ar divertido.

; Sim, eu sabia. , francamente, ! uma fofoca $ue me dei&a orgulhoso ; disseele, beijando a ponta dos dedos dela.

; vamos escolher um acolchoado para a sua cama... ; comentou ela. ; Al!mdisso, teremos de ir buscar a cama ainda hoje, = tardinha, no marceneiro. I5 deve estar pronta. Sabe< 6ico imaginando $ue esta noite vou me sentir como se a cidade inteiraestivesse nos olhando pelo buraco da fechadura"

Sam riu com gosto.; *ai aprender a ignorar essa sensação. 0rometo $ue vou fazer tudo $ue estiver ao meu alcance para ajud5-la a es$uecer.

; 4um... ntão vai ser muito bom"; ntão ; disse ele, abrindo a porta da caminhonete ;, vamos escolher um

acolchoado bem $uentinho para nos aninharmos embai&o dele. *ou dizer a stelle $ue$ueremos um muito macio, assim ajudamos a fofoca a correr solta.

; Sam"#s olhos azuis dele faiscaram, divertidos, en$uanto a ajudava a descer,

comentando/; las se intrometem por$ue estão morrendo de inveja de voc%, sabia<

; *oc% ! um convencido" ; e&clamou ela, fingindo-se zangada. Sam passou umbraço pela cintura de Anna e pu&ou-a para perto de si.; Sou, madame. Sou mesmo"

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 A casa de stelle parecia um bazar de artesanato, atulhada de enfeites decerGmica, arranjos de flores e tudo o $ue a imaginação pode criar em mat!ria detrabalhos manuais.

; 7inha nossa" ; surpreendeu-se Anna, ao ver tudo a$uilo.; 9ncrível o $ue se pode produzir com um pouco de tempo e criatividade ;

comentou a dona da casa, com orgulho. ; udo nesta sala foi feito = mão, por mim ou

por alguma senhora da iga. A propsito, fi$uei sabendo $ue voc% tece Anna.0ronto, l5 vem um convite para eu entrar para a iga, pensou ela.; Sou uma principiante, stelle.; 8ão seja modesta. A iga recebe pessoas em $ual$uer nível de habilidade. 8s

nos reunimos a$ui =s $uartas-feiras. Sei $ue no momento ! impossível para voc%, mas nofuturo pode ser não< ; stelle lançou um sorriso conspirador na direção de Sam.

; alvez... ; respondeu Anna, sem olhar para ele.; Samm( ; prosseguiu stelle ;, fico contente em poder dizer-lhe $ue os

preparativos para dezembro estão indo de vento em popa. pKs-se a contar tudo o $ue j5 havia organizado como seria o es$uema de

apresentação, as pessoas envolvidas, as roupas, o coral. Seria uma festa memor5vel.

; 7as a$ui estou eu falando sem parar, es$uecida da boa educação" Hueremcomer alguma coisa< Fos$uinhas< 6oram feitas em casa.

; #brigada, mas acabamos de almoçar ; respondeu Anna.; Aposto $ue Samm( comeria algumas. le não costuma recusar as minhas

ros$uinhas" ; e&clamou stelle, fitando-o com ar in$uisitivo.Sam sorriu feito bobo e perguntou/; De aveia, com passas<; 9sso mesmo, as suas favoritas. *ou busc5-las. Anna brincou/; *oc% se desmancha nas mãos dessa mulher, hein<; $ue para ela eu continuo com sete anos de idade.; alvez seja por$ue voc% se comporta perto dela como se tivesse sete anos de

idade.; enho um fraco pelas ros$uinhas de aveia com passas de stelle. 0siu" Aí vem

ela. A senhora surgiu com um prato cheio de ros$uinhas e Anna não pKde dei&ar de rir 

ao ver o prazer com $ue Sam as saboreava. sentiu-se agradecida por$ue, com a bocacheia, ele não podia dar palpites $uanto = maciez dos acolchoados $ue ela se pKs ae&aminar. A escolha final recaiu sobre dois deles, em tons de azul, $ue fora a cor escolhida para a decoração do $uarto de Sam. Anna voltou-se para ele a fim deperguntar-lhe de $ual gostava mais, por!m a e&pressão maliciosa $ue viu no rosto dele apreocupou. ançou-lhe um olhar de advert%ncia, en$uanto ele engolia a :ltima ros$uinha.

; stou ouvindo toda esta conversa sobre cores e desenhos, mas parece $ueningu!m pensou no aspecto mais importante, $ue não pode dei&ar de ser considerado...; repreendeu-as ele.

 Anna cerrou os dentes, sem saber o $ue viria a seguir.; 'omo sou eu a pessoa $ue vai usar esse acolchoado, estou mais interessado

em sua... ; ele parou, piscou para Anna e concluiu ; resist%ncia. Sou uma pessoa muitopr5tica.

; ntão, creio $ue deve escolher este a$ui, confeccionado pela Delores. C bemmais resistente.

Decidida a compra, en$uanto stelle foi buscar uma sacola para acomodar oacolchoado, Anna comentou.

; Sam, voc% comeu o prato inteiro de ros$uinhas"; u precisava fazer alguma coisa com as mãos e com a boca. *endo você andar por aí, de um lado para outro, escolhendo um acolchoado, comecei a imaginar como

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ficaria embai&o de um deles, nua, e isso me dei&ou num estado de...; Sam, por favor" ; interrompeu Anna, olhando ansiosa para o corredor por onde

stelle poderia surgir a $ual$uer momento.; 8s escolhemos bem ; prosseguiu ele, sorrindo. ; A$uele azul vai ficar 

incrível com seus cabelos ruivos espalhados sobre o travesseiro e seu...; Huer parar<" u...

; 0siu, calada, $ue ela j5 vem vindo ; sussurrou Sam, pelo canto da boca.Depois do acolchoado dobrado e colocado na enorme sacola de pl5stico, pagaram,despediram-se de stelle e foram embora.

8o fim da tarde, $uando montavam a cama $ue tinham ido buscar no marceneiro, Anna resolveu $ue chegara o momento de tocar num assunto delicado.

; Sabe, acho $ue não sou do tipo de mulher $ue se dedica a fazer ros$uinhas...; nem poderia se dedicar, com toda sua atividade na cidade grande.; # $ue estou $uerendo dizer ! $ue não $uero fazer ros$uinhas, mesmo $ue

tivesse todo tempo do mundo.; Hue conversa ! essa< Alguma vez eu lhe disse $ue gostaria $ue fizesse

ros$uinhas< ; perguntou Sam, com ar de ofendido.

; 8ão, e&atamente. 7as hoje, na casa de stelle, en$uanto convers5vamos, senti$ue voc% formou uma opinião a meu respeito $ue não condiz com a realidade. u nãosou uma mulher caseira e, embora a minha profissão seja considerada bem feminina...

; 'aseira" ; Sam encarou-a, com um sorriso iluminando-lhe o rosto. ; C umconceito bem interessante. 8a verdade, penso em voc% como uma mulher caseira cadavez $ue toco em seu corpo, sinto-me como se estivesse em casa...

; Sam, não ! isso $ue...; Ajude-me a$ui, sim< ; pediu ele, parecendo $uerer ignorar a e&plicação.; # $ue estou tentando dizer ! $ue não sou do tipo ?mulher do lar?, apesar da

impressão contr5ria $ue possa ter de mim.; 0ois vou lhe dizer $ual ! a minha impressão a seu respeito, ou melhor ; disse

ele, agarrando-a e caindo com ela sobre o colchão ;, vou fazer uma demonstração.; 8s ainda não arrumamos a cama" ; replicou Anna, rindo, en$uanto Sam a

despia.; daí< ; indagou ele, desabotoando-lhe o sutiã e tirando-lhe o resto da roupa.

; Agora, a respeito da impressão, eu adoro esta a$ui... ; ele massageou o seio delacom a palma da mão, delicadamente, em círculos preguiçosos. ; Huando o bi$uinho ficaendurecido, provoca uma reação incrível em mim ; murmurou ao ouvido dela.

; Aahh... ; Anna esticou os braços acima da cabeça e ar$ueou as costas.; #h, meu amor... ; Sam passou um braço sob o corpo dela e lambeu os seios

erguidos. ; Ainda $uer falar a respeito de impressJes< ; indagou, em voz sussurrante.

# corpo de Anna incendiou-se en$uanto a sucção delicada dos mamilos firmes deseus seios enviava ondas de pai&ão para o centro do desejo. Ainda vestido, Sammovimentava-se entre as co&as dela, tocando o ponto sensível, :mido, para estimular asvibraçJes $ue dentro em pouco se tornariam um terremoto de sensaçJes.

; *oc% bem $ue sabe provocar algumas impressJes... ; murmurou ela, com avoz entrecortada.

; voc% gosta desta impressão< ; indagou ele, roçando o corpo vestido com acalça de brim, delicadamente, para a frente e para tr5s, entre as pernas dela, fitando-anos olhos.

; Bosto... ; respondeu Anna e, tamb!m fitando-o, pKs-se a desabotoar-lhe acamisa, en$uanto ele continuava movimentando-se contra ela. ; u o $uero tanto, Sam"

le sorriu; ssa ! a ideia.; #h, Sam ; gemeu ela, soltando o :ltimo botão. ; u preciso...

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; u tamb!m. ; ele se afastou. ; Acho melhor eu tirar isto, para impression5-la de verdade ; disse, respirando forte e rolando para o lado, a fim de despir a calça.

; goísta" ; $uei&ou-se ela, com voz fraca.; *eremos se sou egoísta, mesmo... ; 8um instante ele estava sobre ela,

tentando-a com leves investidas seguidas de recuos. ; 9mpressionada, agora<; Ainda não ; ela mentiu, ofegante, en$uanto Sam atiçava cada vez mais as

chamas $ue ameaçavam consumir-lhe o corpo.; agora, impressionada< ; ele avançou um pou$uinho mais.; 8ão...; *oc% demora demais a se impressionar ; disse Sam, com voz rouca, entrando

completamente nela, com um gemido.; s... estou im... impressionada... ; confessou ela, no momento em $ue ele a

penetrou impetuosamente.Sam levou-a =s alturas, com arremetidas profundas e firmes, $ue faziam a cama

estalar, en$uanto ela soltava abafados gemidos de prazer.; u te amo... ; murmurou ele, acelerando o ritmo. ; e amo mais do $ue tudo

no mundo... Anna, agora, Anna" ; $uase gritou arfante.

Durante um momento infinito eles rodopiaram no torvelinho das prprias emoçJes.Depois, pouco a pouco, uma sensação de paz e contentamento envolveu-os e elesficaram imveis.

7e&endo-se devagar, com um prazer preguiçoso, Sam ergueu-se, apoiando-se noscotovelos, e sorriu para Anna.

; Acho $ue desta vez impressionamos muito um ao outro.; 'oncordo. criamos um novo conceito de passeio de tren... ; brincou ela.; &perimentar a cama foi muito significativo.; 0ara mim foi, mesmo.; Huer dizer $ue pensou na cama en$uanto fazíamos amor<; $uis saber ele, malicioso.; >em, no e&ato momento, não. S depois.; Aconteceu o mesmo comigo. Acho $ue isso prova $ue, $uando estou amando

voc%, posso ser feliz em $ual$uer superfície plana, relativamente macia. 7as a cama !tima. *amos us5-la muito, no futuro.

; Bostei da ideia.; Seria tão bom se não fic5ssemos limitados aos fins de semana... ; arriscou ele,

hesitante.; 9sso me faz lembrar de uma coisa, Sam. Hue acha de eu tirar umas f!rias e

passar a semana do corte da 5rvore a$ui<; 8esta cama< 6ant5stico"

; m Sumersbur(, seu maluco"; #ra" >em, ter voc% em Sumersbur( uma semana inteira ! um bom começo. Doresto eu trato depois ; conformou-se ele, um tanto desapontado.

; *oc% ! um sonhador" ; e&clamou ela, beijando-o de leve.; *ai estar muito ocupado na$uela semana.; 8em tanto assim... Brande, Anna" *enho esperando com ansiedade essa tal

comemoração, mas agora, sabendo $ue voc% vai passar a semana inteira a$ui, mal voupoder aguentar esperar at! l5.

; ntão, est5 combinado. Assim terei tempo de terminar os arranjos de 8atal e...para descobrir como me sinto ficando a$ui por mais tempo do $ue um fim de semana.

#lhou-o, um tanto aflita, imaginando se ele iria se irritar com essa id!ia do teste.

7as Sam não demonstrou nenhuma reação.; *oc% vai adorar ; disse ele. ; 'aseira ou não, a$ui ! o seu lugar, Anna.; 8esta cama< ; brincou ela, em parte para evitar discordar ou concordar com

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ele.# fato ! $ue ela não se achava preparada para nenhuma das duas alternativas.; amb!m nesta cama... ; respondeu ele, inclinando-se para beij5-la.

Capítulo 11

8o s5bado seguinte ao Dia de Ação de Braças, Anna foi para Sumersbur( passar asemana de f!rias no campo. ncheu o carro de mantimentos para estar bem suprida$uando *ivian e Iimm( chegassem, no fim de semana seguinte. Al!m disso, resolveu na:ltima hora comprar uma porção de coisas para a decoração da casa de Sam/ velas,lGmpadas, fitas e enfeites. ncontrou uma boa oferta de poins!tias e acomodou as floresno banco traseiro do carro, junto com rolos de pap!is para presente, com os $uais preten-dia fazer alguns pacotes para colocar junto da 5rvore de 8atal. 0lanejava passar primeiroem sua casa para descarregar a bagagem, depois iria para a casa de Sam. le estariamuito ocupado na$uela tarde e não poderia ficar com ela. #s fins de semana tran$Riloshaviam sido substituídos pela temporada de corte dos pinheiros de 8atal.

 Ao se apro&imar da fazenda, ela ouviu as serras funcionando, e um caminhãocarregado de pinheiros passou ao lado de seu carro, saindo da estradinha lateral,particular. 8as tr%s semanas seguintes o pessoal estaria trabalhando sem parar, cortandoas 5rvores $ue seriam transportadas para outros lugares. #s clientes locais viriam, entresete da manhã e nove da noite, para desenterrar ou cortar as 5rvores $ue desejavamcomprar.

8o decorrer dos dias, Sam notara o pouco tempo $ue teria para ela e sugeriu $ues tirasse as f!rias na semana $ue antecedia o 8atal. 7as Anna achou melhor dei&ar como havia planejado, pois seria um e&celente teste para provar sua capacidade desuportar a vida no campo. Se tivesse de viver ali, não poderia depender de Sam paramant%-la constantemente entretida. , tamb!m, precisava terminar a decoração da casadele.

Sam havia sugerido $ue ela incluísse o Dia de Ação, de Braças e a se&ta-feiraseguinte em seu período de f!rias, mas ela não pudera dei&ar pelo meio os projetos em$ue trabalhava. 0assara a manhã de s5bado organizando algumas coisas e sconseguira sair da cidade = hora do almoço.

8a viagem para Sumersbur(, esperava encontrar a animação $ue, se supJe, deveacompanhar a chegada das f!rias. ntretanto, verificou $ue seus sentimentos eramambivalentes. 0assar as noites com Sam seria maravilhoso, mas o trabalho na cidadevinha se tornando mais interessante a cada dia, e tivera de dei&ar em suspenso asnegociaçJes para a e&ecução de e&celentes projetos. 'omeçar a tecer acrescentara uma

nova dimensão a sua carreira e sentia prazer em incluir as prprias criaçJes nos projetosde decoração.8ão se achava preparada para definir o significado dessa renovação do interesse

pelo trabalho. alvez depois da$uela semana no campo tivesse de fazer uma escolhaentre duas alternativas atraentes uma carreira como tecelã, morando no campo o ano in-teiro, ou continuar como at! então, dividindo seu tempo entre a cidade e o campo.

Dei&ando o carro na entrada, Anna abriu a casa e levou a bagagem para dentro. Andando pela sala, admirou-se com o $ue havia conseguido nas :ltimas semanas.0rocurando em li$uidaçJes, encontrara um e&celente sof5 com estampa floral e umapoltrona estilo Hueen Anne. Sam lhe dera duas mesinhas $ue ele não usava e Annaachara um abajur de latão $ue fazia mais vista do $ue o preço $ue custara.

8o andar de cima criara um $uarto de hspedes para *ivian e Iimm(, com umacama de latão $ue comprara de uma cliente. 'omo mesinhas-de-cabeceira colocara doisbarris velhos $ue Sam lhe dera. 4avia usado tecido estampado de lençol para fazer um

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festão para as janelas altas, estreitas, e coberto a cama com uma colcha de tecidor:stico, espalhando por cima algumas almofadas, inclusive duas $ue haviam sido tecidaspor ela.

 Animava-se muito $uando incluía numa sala uma ou duas peças $ue tecera. Seescolhesse a profissão de tecelã, sabia $ue manteria sua criatividade viva. 9maginou seteria descoberto a tecelagem sem Sam. @m dia, talvez, mas não antes de abandonar a

decoração.Depois de ajeitar as compras na cozinha, fechou a porta e correu para o carro, por causa do frio. # ar cheirava bem, era revigorante, com um leve acento de madeira$ueimada, e a paisagem lhe trazia = lembrança uma tela oriental/ montanhas em begesuave, muros de pedras arredondadas e galhos de 5rvores escuros e nus, sem folhas,erguidos contra o c!u cinzento do inverno. A neve ainda não chegara a 'onnecticutna$uele ano e os moradores de Sumersbur( esperavam, ansiosos, a previsão do temponos notici5rios noturnos. A 8atureza tinha apenas uma semana para preparar o cen5riodo especial para a televisão.

 Anna completou o curto trajeto at! a 6azenda Barrison e estacionou o carro emfrente = casa. A caminhonete de Sam não se encontrava = vista, por!m ela j5 esperava

por isso. ratou de levar as poins!tias para dentro.; #i, Anna" ; Iohn gritou do galpão.le supervisionava o trabalho de tr%s rapazes $ue enrolavam barbantes grossos

em volta das 5rvores, para segurar os galhos e conservar a umidade.; Sam est5, com alguns dos rapazes, enchendo o lago ; disse ele ; e me pediu

para avis5-la de $ue não vai demorar. Huer ajuda<; #brigada, ! pouca coisa, posso me arranjar sozinha ; agradeceu Anna,

entrando na casa com um vaso em cada mão.4avia conhecido Iohn duas semanas atr5s, $uando o trabalho na fazenda

aumentara e ele precisara trabalhar aos s5bados.le parecia mais um fazendeiro do $ue Sam. ra bem mais velho, talvez uns vinte

anos, e o rosto marcado por rugas de e&pressão inspirava confiança, dando-lhe ar dee&peri%ncia. odos logo sabiam $uando Iohn estava por perto dava ordens e brincavacom voz retumbante $ue vibrava no peito largo.

la terminou de levar as coisas para dentro, pendurou o casaco no arm5rio do halle deu um suspiro de satisfação. Sam seguira suas instruçJes e colocara pinheirinhos emtodos os ambientes, dei&ando tamb!m alguns galhos em cima de um pl5stico, ao lado daporta. # aroma de pinho impregnava a casa. um cheiro de pão de gengibre misturava-se ao do pinho.

6oi at! a cozinha e encontrou uma cai&a de camisa sobre a bancadaN ao abri-la,verificou $ue estava cheia de enfeites com formatos diversos/ 5rvores, sinos, estrelas,

todos feitos com massa de pão de gengibre, j5 com ganchinhos para serem penduradosnas 5rvores. Deveriam dei&5-la cantar o Messias inteirinho em troca da$uilo, pensou Anna, maravilhada com a habilidade de stelle.

 A porta dos fundos abriu-se e Sam entrou, erguendo-a num abraço de urso.; 0ensei $ue não fosse chegar nunca" ; disse ele, apertando o rosto gelado

contra o dela.; Sam, vai ser tão divertido" udo cheira tão bem"; 0rincipalmente a minha decoradora" ; e&clamou ele, cheirando a curva do

pescoço dela. Anna estremeceu de prazer com a carícia e sentiu um desejo egoísta de $ue ele

pudesse dei&ar as obrigaçJes para fazer amor com ela na$uele instante. 8ão estava

acostumada a ver Sam por perto sem t%-lo inteirinho para si. A$uela semana seria uma verdadeira aula de paci%ncia.; 'omo vai o lago< ; perguntou, tratando de dominar os impulsos do corpo.

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; Huando abraço voc% assim não $uero saber de mais nada" ; respondeu ele. ;'omo voc% ! macia... adoro toc5-la... ; e deslizou as mãos pelo corpo dela, envolvendo-lhe os seios.

; eu adoro $uando voc% me toca. ; Anna cruzou as mãos atr5s do pescoçodele e fitou-o. ; 7as acho $ue os trabalhadores irão sentir a sua falta se fizermos o $ueestou pensando...

; em razão, droga" 7as vai demorar tanto para chegar a noite"; *amos estar ocupados e o tempo vai passar depressa.; Ah" Antes $ue me es$ueça, essie vem mais tarde trazer o tear e ofereceu-se

para ajud5-la. st5 pensando em enfeitar os pinheirinhos hoje<; alvez comece, sim.; Dei&e o da sala de visitas por :ltimo. Huero pendurar os enfeites junto com

voc%, = noite.; 'ombinado.Sam foi para o galpão, falar com Iohn. Hue mais ela poderia desejar al!m de viver 

com um homem como ele, na$uela casa tão aconchegante< A importGncia de seutrabalho na cidade desvaneceu-se.

@m pouco mais tarde, essie chegou com o tear na carroceria de uma caminhonetee uma braçada de ramos de azevinho.

 Anna alegrou-se e e&clamou, en$uanto os levava para a cozinha.; stes galhos vão dar o to$ue final perfeito" Bostei demais da sua ideia, essie.essie acompanhou-a e ensinou-a como fazer para manter os galhos frescos.Depois de levarem o tear para a sala, a rec!m-chegada lançou um olhar de

aprovação pelo ambiente.; embro-me desta sala no tempo de 4ilar(. alvez ela compartilhasse com voc%

o gosto pela tecelagem, mas não este tipo de trabalho. A sala est5 maravilhosa"; #brigada" ; agradeceu Anna, satisfeita.; Se isso ! e&emplo do $ue voc% ! capaz de fazer, eu... ; essie calou-se de

repente e desviou os olhos.; *oc%, o $u%<; 8ão ! da minha conta. 9sso ! entre voc% e Sam... ; disse, encarou Anna e riu.

; C o $ue acontece $uando se vive muito tempo numa cidade pe$uena. A gente acabase achando no direito de se meter na vida dos outros.

; essie, voc% tem sido minha amiga e não a considero uma intrometida. Bostariade ouvir sua opinião.

 A senhora hesitou, depois se decidiu.; S acho $ue voc% devia pensar bem antes de abandonar sua profissão... se !

$ue est5 pensando em mudar para c5 e morar com Sam. le ! maravilhoso, ! uma das

pessoas de $ue mais gosto. 7as isto... ; fez um gesto $ue abrangia a sala toda ; ! umdom $ue voc% tem. Desde $ue foi bastante tola para $uerer minha opinião, aconselho-a aencontrar um jeito de segurar o homem e sua carreira.

; 8ão creio $ue Sam pretenda isso em relação a ns.; ntão, trate de alargar os horizontes dele. Anna ficou pensativa por alguns instantes. Disse, por fim/; #u os meus. alvez seja o momento de uma mudança em minha vida, de

pensar em constituir família. stou com trinta anos, essie.; st5 vendo< ; indagou a senhora, sorrindo. ; *oc% pode aceitar meu conselho

e depois ficar furiosa comigo por t%-la convencido a desistir de seu idílio no campo, ondeseria mais feliz do $ue trabalhando como uma escrava, na cidade. s$ueça o $ue eu

disse/ não entendo nada disso.; 7as aposto $ue entende de enfeitar 5rvores de 8atal" 0ensei em suborn5-lacom uma &ícara de caf!, para voc% me ajudar. Hue tal<

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; 0or $ue não< 6echei a loja hoje cedo por$ue, a partir de segunda-feira, não vouparar at! a v!spera do 8atal. *amos ao trabalho"

0or volta das nove horas da noite, depois de atendidos todos os clientes, Samconseguiu encerrar o e&pediente da$uele dia. ntrou pela porta dos fundos, batendo osp!s para espantar o frio.

; Anna" ; le adoraria chegar em casa sempre, no fim de um dia de trabalho, e

poder cham5-la.; stou a$ui ; respondeu ela, da sala de visitas.Sam tirou as luvas e enfiou-as no bolso da ja$ueta antes de despi-la e pendur5-la

no cabide ao lado da porta. Sentia as mãos geladas. sfregou uma na outra en$uanto seencaminhava para a sala.

 Anna e$uilibrava-se no alto de uma escada, pendurando enfeites nas vigas do teto.# fogo crepitava na lareira.

; 'omo a sala est5 bonita" ; comentou ele, $uando Anna se voltou, sorrindo.; I5 estou acabando. # $ue acha de uma sopa e sanduíches de $ueijo $uentes<; 7oça, $ual$uer coisa est5 bem para mim. Huer ajuda< ncontrava-se dividido

entre o desejo de tir5-la da escada para dar-lhe um beijo e a vontade de v%-la decorar a

casa com tanta dedicação. A casa deles, algum dia, esperava.; 6alta pouco ; disse ela, animada.; ntão, vou subir e tomar um banho.; D% uma olhada l5 em cima ; gritou ela, $uando Sam chegou junto = escada. ;

essie e eu trabalhamos um bocado esta tarde. Antes de se despir para o banho, Sam seguiu a sugestão de Anna. Dois dos

$uartos haviam sido decorados como se pertencessem a um menino e uma menina. Aopensar em crianças de verdade ocupando a$ueles $uartos, ele sentiu um n noestKmago, ansiando por uma família. mbora não se sentisse pessoalmente entu-siasmado com a vinda da e$uipe de televisão, tinha muita vontade de e&ibir o trabalhodela. m cada $uarto havia uma 5rvore de 8atal enfeitada com lGmpadas coloridas.9nfelizmente, o especial seria gravado durante o dia e as luzes não teriam o efeito da$uelemomento, $uando proporcionavam a :nica iluminação dos ambientes. 0rovavelmente Anna não havia pensado nisso, se não, teria eliminado as lGmpadas nas 5rvores.

ntrou em seu $uarto e admirou a beleza de um pinheiro todo em azul e dourado,com mais de dois metros. feito sensual, a$uele, pensou. 8o entanto, ela poderia ter eliminado as lGmpadas azuis. #s enfeites, em azul e ouro, combinavam com as cores doacolchoado, do cobertor e da poltrona. 0arecia lgico... 7as por $ue ela teria colocadoa$uelas lGmpadas<

 A :nica e&plicação possível era o desejo de agrad5-lo, indo al!m das e&ig%ncias doespecial de televisão. Sam gostou dessa e&plicação e pKs-se a assobiar, en$uanto

tomava banho.Huando desceu, elogiou o trabalho de Anna nos $uartos, mas s tocou no assuntodas lGmpadas mais tarde, $uando começaram a enfeitar a 5rvore da sala de visitas.

; *oc% sabia $ue a filmagem vai ser realizada durante o dia< ; perguntou,casualmente, l5 do alto da escada.

; Sabia, sim.; u acho $ue para o especial não havia necessidade de pKr lGmpadas nas

5rvores.; em razão, mas achei $ue voc% gostaria $ue elas fossem enfeitadas tamb!m

com lGmpadas... principalmente a do seu $uarto.; Bostei muito e senti como se elas tivessem sido acesas para mim, $uando

subi... #brigado, Anna ; e ele sorriu. Anna ficou corada e procurou e&plicar/; Acho $ue a voz da profissional calou-se $uando resolvi colocar as lGmpadas. u

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 Anna havia superestimado o tempo $ue seria necess5rio para enfeitar a casa deSam e os momentos $ue ele teria disponíveis para passar com ela. # telefone tocava semparar durante o dia. Da 'asa >ranca ligaram para lembrar $ue Sam deveria participar deum ch5 com a primeira-dama, honra concedida por causa da 5rvore de 8atal $ue iafornecer.

Depois de concluída a decoração, Anna ofereceu-se para ajudar Iohn a cortar e

empilhar pinheirinhos.; De jeito nenhum" Sam disse $ue voc% est5 de f!rias, ou deveria estar. I5 $ueacabou de aprontar a casa, descanse garota" D% um passeio, leia um livro, assista atelevisão. , se estiver mesmo procurando o $ue fazer, reze para nevar.

 Anna não gostava muito de programas de tev% e não estava disposta a seconcentrar em leituras. ntão, matava o tempo passeando pelo campo ou sentada namureta de pedra, pensando. Detestava ter de admitir $ue sentia t!dio. 0rincipalmentepara Sam. A cada noite ele parecia tão feliz por t%-la ao seu lado" 8as conversas, ela seesforçava por demonstrar animação, escondendo a grande vontade de trabalhar nosprojetos $ue dei&ara encaminhados.

Huando estava nos braços de Sam, fazendo amor na cama antiga, conseguia

es$uecer a loja e os clientes, mas, $uando não estavam juntos, a casa ficava vazia e$uieta, $uieta demais. 'omeçava a sentir falta do barulho de trGnsito, das buzinas.

stava ficando demente, pensou. Hual$uer pessoa normal agarraria com unhas edentes a oportunidade de morar num lugar saud5vel como Sumersbur(, longe do barulhoe da poluição da cidade grande, por!m essas coisas faziam parte da e&ist%ncia $uealmejava. 8ão $ue não gostasse da vida no campo. Hueria tudo ao mesmo tempo.

'omeçou a nevar na $uinta-feira e a cidade e&ultou. # telefone não parava detocar. Sam teria de enfrentar as cGmaras na se&ta-feira = tarde, $uando o interior da casaseria filmado. #s pais dele e os amigos de Anna chegariam na se&ta = noite. A festaestava prestes a começar.

 Ao subirem para o $uarto, Sam e Anna sentiam-se irritadiçosN ele devido = tensãodo evento $ue se apro&imava, ela, pela percepção de $ue não poderia ser mulher docampo em tempo integral. Ao fazerem amor na$uela noite, perceberam o refle&o de suasapreensJes.

; *ai ser melhor depois $ue tudo estiver terminado ; disse Sam, en$uantoambos tentavam livrar-se das preocupaçJes individuais para se concentrar um no outro.; 0recisamos de um pouco de paz, de tran$Rilidade.

 Anna achou melhor calar as incertezas $ue a angustiavam $uanto ao futuro deles.#s pr&imos dois dias seriam muito cansativos e não $ueria piorar a situação.

 A se&ta-feira passou num clima meio confuso. ogo depois do meio-dia, a e$uipede televisão chegou numa *an e$uipada como estação mvel. Assim $ue a *an parou na

frente da casa, Anna escondeu-se no galpão, onde Iohn guardava o trator.; # $ue h5< 8ão $uer aparecer na tev%< ; perguntou ele.; u não" odos $ue assistirem ao programa devem pensar $ue foi Sam $uem

decorou a casa e, se não ele, uma figura materna, do tipo amoroso, $ue protege ocoitadinho sob as asas.

Iohn olhou-a com atenção, intrigado.; aposto $ue voc% não se encai&a nessa descrição. Anna encontrou o olhar 

avaliador dele e imaginou se Iohn teria percebido o $ue estava acontecendo norelacionamento entre ela e Sam.

; em razão, Iohn. 8ão me encai&o nessa descrição, nem nesse $uadro ;concordou, en$uanto caminhavam juntos para fora do galpão. ; Acho $ue sou o $ue

chamam ?mulher de carreira?.; 8ão vejo nada de errado nisso.; 7as h5, se eu $uiser me estabelecer em Sumersbur(. Sam não gostaria $ue eu

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ficasse viajando para l5 e para c5.; alvez não, mas ! o seu trabalho.; spero $ue Sam pense como voc%...; Se ele não pensar, ! por$ue se trata de um refinado idiota e vou dizer-lhe isso

na cara.; enho certeza de $ue sim" obrigada pelo apoio" ; Anna começou a afastar-

se, mas parou ao ver um carro enorme parar ao lado da *an. ; Huem ser5 $ue veionessa limusine<; 0rovavelmente o cara $ue vai narrar o especial. le faz o papel de pai na$uele

programa de televisão, o $ue tem $uatro filhos e a esposa ! corretora da >olsa de*alores. Sabe $ual !< *ai ao ar =s terças-feiras.

; 8ão vejo muito televisão.; >em, ! ele. 0ode acreditar. Amanhã, todo mundo vai estar maluco a$ui,

$uerendo um autgrafo do homem...; Iohn, acha $ue vamos chegar at! amanhã sem $ue aconteça algum desastre<# capataz cocou a ponta da orelha e respondeu/; 0ara mim, o desastre j5 aconteceu. S nos resta esperar para ver se vai piorar 

ou não. Ls dez horas da manhã seguinte, Anna postou-se com *ivian e Iimm( atr5s do

muro de pedra $ue separava a propriedade de Sam da estrada, a fim de ver o desfile $uestelle organizara. Huinze minutos depois da hora marcada, o grupo surgiu a distGncia,liderado pela estação mvel de televisão e seguido pelo tren do 0apai 8oel. 4avia umoperador de cGmara no teto da *an e outro $ue vinha a p!. ogo de início surgiramimprevistos. stelle encontrava-se sentada em uma cadeira, $ue Anna desconfiava ser dop:lpito de alguma igreja, colocada na carroceria de uma caminhonete. ra de l5 $ue,s!ria, compenetrada, dirigia o coro, oscilando bastante, em parte pelas irregularidades daestradinha de terra, em parte pela energia $ue colocava na reg%ncia.

 A cena era cKmica e *ivian não conseguiu se conter. ntão, escondeu o rosto nopeito de Iimm(, para rir.

; 8ada vai me fazer perder esse programa de televisão" ; dizia a vozentrecortada pelo riso. ; Anna, voc% não disse $ue ia ser engraçado"

De repente, o tren $ue vinha com o 0apai 8oel dese$uilibrou-se ao passar sobreuma pedra e tombou. Egil, o operador de cGmara desviou o foco, concentrando-o nopessoal = frente do desfile. stelle, então, vendo-se filmada, agitou-se mais, regendo commaior energia e gritando/

; 7ais alto" 'antem com mais alegria"ntão, como num filme em cGmara lenta, ela se dese$uilibrou e foi caindo, devagar,

at! ficar de $uatro no soalho da carroceria da caminhonete. # motorista continuou por 

mais um pe$ueno trecho at! perceber $ue algo estava errado, en$uanto o operador decGmara, r5pido, mudava a direção, focalizando as crianças $ue engasgaram ao se veremsem regente. F5pida, ajudada por algumas pessoas, stelle aprumou-se e a caminhonetevoltou a movimentar-se, o coral a cantar.

0r&imo do lago, $uando j5 se podia ouvir a or$uestra tocando a Valsa dosPatinadores, a regente encerrou a apresentação do coral com um amplo, por!mcauteloso, movimento de braços.

#s patinadores encontravam-se a postos no lago $ue Sam construíra. odo opessoal da cidade $ue não participava do espet5culo $ueria assistir = filmagem e seagrupara num trecho da estradinha, cada $ual fazendo o possível para en&ergar melhor.*ivian pediu a Iimm( $ue a erguesse nos ombros e, da posição privilegiada, transmitia

aos dois o $ue via.; #s patinadores estão lindos" As garotas de vestidos compridos, gorros de pele eas mãos enfiadas em regalos $ue combinam com o gorro. A roupa dos rapazes ! mais

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@ma serra começou a funcionar e todos fizeram profundo sil%ncio. A copa da5rvore $ue ia ser cortada começou a se agitar.

; Hue emocionante" ; e&clamou *ivian, num murm:rio, apertando o braço deIimm(. ; # pinheiro da 'asa >ranca sendo cortado e ns a$ui, assistindo.

; #brigado, Anna, por nos proporcionar esse fim de semana maravilhoso ;sussurrou Iimm(, abraçando-a.

; stou contente por t%-los a$ui ; respondeu ela, com sinceridade, pois gostavademais dos dois.8esse momento, um garotinho chegou correndo, avisando/; Huando a 5rvore começar a cair, todos vão gritar ?madeira?" Avisem o coral.; stelle sabe disso< ; indagou Anna, em voz bai&a.; 8ão, mas não ! assim $ue os lenhadores fazem< *ivian deu um tapinha no

ombro do menino.; C, tem toda razão. #brigada por nos avisar.le voltou para seu lugar, en$uanto o aviso passava de boca em boca. 0ouco

depois, a 5rvore vergou e, en$uanto os galhos começavam a desaparecer na imponente$ueda, todo mundo ergueu os braços e gritou a plenos pulmJes ?madeira"?.

stelle deu um pulo diante do inesperado, por!m não teve tempo de raciocinar,por$ue a or$uestra atacou imediatamente os primeiros acordes da Ave Maria.

Fespirando fundo, stelle eriliger começou a cantar.

Capítulo 13

Sam iria para ashington na$uela mesma tarde, a fim de $ue a 5rvore chegasse l5o mais fresca possível. A e$uipe de televisão permaneceria na cidade para uma :ltimatomada/ o famoso pinheiro saindo de Sumersbur(. Sam prometera aos comerciantes $uepassaria pela rua principal, e todos os moradores das vizinhanças iriam ficar nas cal-çadas, acenando $uando ele passasse no caminhão vermelho.

0ediu a Anna $ue ficasse ao lado dele, para conversarem, en$uanto se preparavapara a viagem, e ela aproveitou a oportunidade de estarem um pouco a ss.

; Hue dia, hein< ; comentou ele, subindo rapidamente para o $uarto.Desde o dia anterior Sam se movia e falava mais depressa do $ue de costume,

mas Anna achava $ue era naturalN $ual$uer pessoa tamb!m ficaria agitada, se estivesseno lugar dele.

; Ainda tenho umas coisas para enfiar na mala ; disse Sam por cima do ombro; e $uero $ue me ajude a escolher o terno para eu usar no ch5 de $uarta-feira, na 'asa

>ranca.la ficou espantada ao descobrir $ue a notoriedade de Sam a dei&ava inseguradiante dele, mesmo ali, na$uele $uarto onde havia compartilhado tanta intimidade.

; Acho $ue a filmagem transcorreu muito bem, apesar de tudo ; comentou.; em razão... ; ele riu. ; Apesar de tudo" Huando ouvi stelle cantando a

 Ave Maria, $uase morri. *oc% precisava ter visto a cara do Dev.; Dev<; # artista do seriado de tev%, Devlin 7a&ell.; Ah, sei.; Hual deles devo levar< ; perguntou Sam, tirando dois ternos do guarda-roupa. Anna olhou com atenção o terno azul-marinho e o cinza, ambos muito elegantes,

caros. ; Sabe $ue eu nunca o vi de terno<; não vai me pegar usando isso com muita fre$R%ncia. ssa ! uma ocasião

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muito especial, mas não vejo a hora de as coisas voltarem ao normal, por a$ui.; u levaria o azul-marinho ; sugeriu ela.; amb!m acho. Sabe, Anna, ser apanhado neste ritmo fren!tico me fez lembrar o

$uanto detesto estas coisas.la não soube o $ue responder. Sentia $ue ele desejava $ue concordasse $ue a

agitação era ruim e a tran$Rilidade boa, por!m não podia.

; Anna... ; le rodeou a cama e tomou-a nos braços. ; Sei $ue estes dois:ltimos dias foram de bagunça e mal tivemos tempo para estar juntos. Bostaria $ue fossepara ashington comigo. 8ão d5 um jeito< 0oderíamos comprar roupas para voc%, l5mesmo, e...

 Anna fez $ue não com a cabeça.; I5 tirei uma semana de f!rias, Sam. *5rios clientes $uerem suas casas prontas

at! o 8atal e tenho mil coisas a fazer. Adoraria ir com voc%, mas não posso ficar semtrabalhar mais uma semana.

le acariciou-lhe as costas e suspirou.; Ls vezes eu fico pensando por $ue não a conheci logo $ue começou a vir para

c5. Se tiv!ssemos nos encontrado no início do verão, aposto $ue voc% j5 não estaria

nesse emprego.la o encarou, o estKmago começando a se contrair dolorosamente.; Sam, eu...; u sei, eu sei. ; Segurou-lhe o rosto com uma das mãos. ; 8ão pode chegar 

l5 e pedir demissão no meio dessa confusão de 8atal, por!m isso vai acontecer, maiscedo ou mais tarde. 8s dois sabemos" Seu lugar ! a$ui, comigo, não se matandona$uela gaiola de loucos $ue chamam de 8ova or+. *eja como est5 deprimida por$ue asemana de f!rias acabou e tem de voltar para l5 amanhã.

 Anna tremeu ao sentir $ue a tempestade se apro&imava. Deveria ter percebido o$ue ia acontecer e desviado a conversa, mas mergulhara nos prprios pensamentos arespeito do assunto e Sam interpretara mal seu sil%ncio. A ocasião não era propícia, masnão podia dei&ar $ue o mal-entendido continuasse. 6itou profundamente os olhos azuis.

; Sam, eu o amo e $uero estar com voc%.; # mesmo acontece comigo. C por isso $ue...; 7as não me sinto deprimida por$ue volto para 8ova or+ amanhã. spero com

ansiedade pelo trabalho $ue planejei fazer esta semana. A e&pressão aturdida dele demonstrou-lhe como era forte a ilusão $ue Sam

alimentava. ntão, ele pareceu agarrar-se a uma e&plicação, para não destruir o sonho/; D5 para entender $ue voc% goste de estar em 8ova or+ nesta semana. C

!poca de 8atal e, tendo como amostra o $ue fez a$ui, sei o $uanto gosta de tudo $ueesteja ligado =s festas de fim de ano. Huando, por!m, voltar ao ritmo normal, depois do

 Ano-8ovo, vai ver $ue...; 8ão ! por causa do 8atal, Sam. ; la detestava a$uilo, mas dei&5-lo com umailusão $ue talvez não se tornasse realidade seria muito mais cruel. ; u redescobri oprazer do trabalho. 0retendo continuar como decoradora de interiores por muito tempo.

; 7as voc% disse $ue se sentia esgotada ; murmurou ele, confuso.; alvez estivesse, mas tive muito tempo, nos :ltimos dias, para pensar, e cheguei

= conclusão de $ue esse esgotamento tinha mais a ver com a minha autoimagem do $uecom meu trabalho. ric havia me convencido de $ue meu talento era prosaico, especial-mente se comparado ao dele. ntão, foi embora, me acertando outra pancada. 7as eusarei... ; la acariciou o rosto de Sam e fitou-o, com o coração leve. ; # isolamento docampo, a tecelagem e, mais do $ue tudo, o seu amor proporcionaram-me nova confiança.

com essa confiança, todo meu antigo entusiasmo pela vida, pelo meu trabalho, voltou.; 7as, Anna, e ns<"la encolheu-se diante da agonia $ue transparecia na voz de Sam.

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; 8ão se incomode. u havia decidido d5-lo a voc% no 8atal. 'onsidere-o umpresente antecipado.

; 8ão.; Anna, não $uero o tear de volta. S serviria para me lembrar o $ue perdi.; *oc% não perdeu, jogou fora"le a encarou, s!rio, pigarreou e então disse/

; 8ão sou eu $uem tem uma carreira na cidade grande. 'om um soluço, elavoltou-se, saiu do $uarto e desceu a escada correndo. Amava tudo a$uilo, o patamar $uehaviam decorado juntos, a sala de visitas, o aroma do pinho, e amava Sam, mas não obastante para sacrificar sua liberdade.

 Anna mergulhou no trabalho. Se sua vida ia ser a$uela, ia torn5-la a melhor possível, e para isso havia planejado v5rios trabalhos de tecelagem para coorden5-los.com os projetos criados para v5rios clientes. Huando não estava na loja ou visitandoclientes, trabalhava no tear, tamb!m, at! tarde da noite.

Decidira terminar o $ue começara e depois parar at! encontrar um tear usado, embom estado, $ue pudesse comprar. Bostaria de devolver o de Sam imediatamente, mastrocar de tear =$uela altura poderia estragar as peças $ue estava fazendo.

rabalhou durante o fim de semana, procurando es$uecer $ue ele j5 devia estar devolta a Sumersbur(. n$uanto lidava com os fios, pKs de lado algumas bobinas em tonsde verde. 0retendia fazer um cobertor para Sam, como presente de 8atal, igual ao azul,tecido pela av dele, s $ue em verde, para simbolizar o amor deles sempre verde comoas 5rvores das $uais ele cuidava com tanta devoção.

odas as noites, antes de cair num sono agitado, imaginava se o dia seguinte trariaalguma mudança na decisão de Sam. igava a secret5ria eletrKnica de manhã, $uando iapara o trabalho, e = noite s encontrava recados de clientes $ue não tinham conseguidofalar com ela na loja. Sam mantinha sil%ncio.

 Antes de terminar com ele, pretendia passar o 8atal em Sumersbur(. Agora, issoestava fora de cogitação, e ela não ia conseguir passagem de avião para ir = casa dospais tão em cima da hora. 'omo sempre, Iimm( e *ivian a tinham convidado para passar as festas de fim de ano com eles.

la prometera estar na casa de *ivian ali pelo meio-dia de domingo, v!spera de8atal. A amiga $ueria $ue ela fosse no s5bado = noite, a fim de assistirem juntas UmNatal em Connecticut, mas Anna não concordara, pois não $ueria assistir ao especial. Al!m do mais, havia decidido devolver o tear de Sam no s5bado.

0erto do meio-dia de s5bado, foi alugar uma caminhonete. De volta para oapartamento, ofereceu dez dlares a um rapazinho, para ajud5-lo a carregar o tear eacomod5-lo no veículo. Depois $ue o fizeram, amarrou-o o melhor possível, por!m eleainda balançava um pou$uinho. 8ão tinha importGncia. Dirigiria com cuidado.

 Ao sair da cidade e entrar na estrada para Sumersbur(, tão conhecida, sentia amesma ousadia de $uando fora = casa de Sam pela trilha. A velha Anna teria ficadopreocupada e com medo de transportar o tearN a nova alugara uma caminhonete e iaentreg5-lo.

eria de enfrentar Sam no fim da$uela viagem a devolução do tear tinha um grandesignificado. ra outra maneira de dizer a ele $ue controlava a prpria vida e $ue nãopretendia passar esse controle para ningu!m, nem mesmo para o homem $ue amava.8ão se permitiria comentar como poderia ser a vida deles, caso Sam compreendesse asnecessidades dela. le dei&ara sua posição bem clara e, agora, ia determinar a sua.

6locos de neve batiam contra o p5ra-brisa e ela procurou o botão do limpador.Depois de acender os faris e espirrar 5gua no vidro, encontrou o botão certo. A neve, em

vez de assust5-la, dava mais sabor = aventura. 'onhecia a estrada e, depois de devolver o tear, iria para sua casa, onde ficaria at! a manhã seguinte. Seu fim de semana não seriacomo gostaria $ue fosse, mas pelo menos era uma mulher independente.

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Iohn era capataz da fazenda dos Barrison havia anos, desde $uando os avs deSam ainda eram vivos. Durante a$uele tempo tinham sido bons amigos. As diferençasentre ambos haviam surgido depois $ue ele voltara de ashington.

8o primeiro dia aps a volta, Iohn pediu a Sam uma e&plicação para tanto mauhumor, e ele contou-lhe em poucas palavras a cena $ue tivera com Anna, esperando $ueo amigo o apoiasse, pois dava importGncia aos laços de família e amizade.

7as, para surpresa de Sam, Iohn dera razão a Anna e dissera $ue as ideias deleestavam ultrapassadas. # rapaz retrucara, mandando $ue ele guardasse suas opiniJespara si mesmo e depois da discussão os dois não se haviam falado mais, a não ser oestritamente necess5rio para o andamento do serviço.

 A lembrança dos coment5rios de Iohn atormentavam Sam o tempo todo em $ueele era obrigado a viver no ambiente $ue Anna criara em sua casa. Huestionava oproblema, sem descanso, e seu estado de Gnimo era p!ssimo.

0ensou em ficar em casa e não comparecer = festa $ue stelle ia oferecer nos5bado, durante o especial, para o $ual at! alugara um telão. ntretanto, se não fosse iriamago5-la, e não podia fazer isso.

0or volta do meio-dia de s5bado, a neve começou a cair e ali pelas duas horas

havia aumentado de intensidade, desencorajando os fregueses de :ltima hora a comprar pinheiros de 8atal. Sam, então, passou o resto da tarde e&aminando os livros de uma em-presa de advocacia e, as cinco, saiu pela estrada escorregadia, coberta de neve, indopara a casa de stelle.

 Anna diminuiu mais ainda a velocidade. A neve grudava no p5ra-brisa e seu campode visão limitava-se ao perímetro em forma de le$ue, mantido limpo pela palheta dolimpador. 4avia acendido os faris h5 muito tempo e se esforçava para distinguir osfaroletes vermelhos dos carros $ue iam = frente. A procissão de veículos seguia um?limpa-neve?, como patinhos acompanhando a pata-mãe.

la sabia $ue en$uanto fosse pela autoestrada não teria problemas, emborativesse sentido algumas vezes os pneus derraparem na camada de gelo sobre o asfalto. As m5$uinas limpadoras não eram suficientes para atender a todas as saídas e estradassecund5riasN teria de pegar uma delas para chegar a Sumersbur(.

# 8atal, l5, seria como um cartão-postal, pois j5 haviam caído duas nevascasna$uele ano, uma bem a tempo para a filmagem do especial e agora a$uela tempestade,na antev!spera do 8atal. 0oderia passar as festas de fim de ano mais romGnticas de suavida ali, se as coisas tivessem corrido de outra maneira entre dois. entou afastar essespensamentos, mas o ritmo lento da viagem lhe dava muito tempo para cismas.

Huando viu os primeiros sinais de Sumersbur(, suspirou aliviada. #s ombros doíampela força com $ue segurava o volante. # relgio do painel marcava cinco e vinte. 8ãoera = toa $ue estava cansada. A viagem levara muito mais tempo do $ue o normal. la e

Sam iam descarregar o tear no escuro...ntrou na estrada para a cidade com cuidado. A direção da caminhonete, pesada,era indicação de $ue as rodas estavam cheias de gelo. inha correntes para pneus, oatendente da locadora mostrara onde estavam, mas não se animava a sair do carrona$uela tempestade, para coloc5-las. 9ria bem devagar.

6oi passando pelas ruas $uase desertas. # tempo havia criado um ambiente deconto de fadas. uzes multicores nas 5rvores e nas casas faziam pensar em balas degoma enfeitando um mundo congelado, de pão de gengibre sob um lençol de neve. Aschamin!s e&peliam fumaça e as janelas emitiam um brilho amarelado de boas-vindas. lasentiu um aperto no coração. amb!m $ueria fazer parte da$uela paisagem. stariaerrada em $uerer tudo<

0or fim, chegou = estradinha $ue levava = 6azenda Barrison e tamb!m a sua casa.Deu sinal de seta, por segurança, embora não houvesse nenhum veículo = vista. A muretade pedra $ue bordejava a estrada estava coberta por uma camada de neve com uns trin ta

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centímetros e a estrada não fora limpa. #s rastros de um carro $ue entrara na estradinhaestavam $uase apagados pela neve $ue caía. 0ela primeira vez ela pensou no $ue fariase Sam não estivesse em casa.

I5 passava das seis, notou, olhando o relgio do painel antes de entrar naestradinha. Se ele não estivesse, dei&aria um bilhete. 0oderia entregar o tear na manhãseguinte.

8ão havia virado = es$uerda nem uma vez, desde $ue saíra da estrada principal e,no meio da pista, $uando tentou girar a direção, percebeu $ue o carro não obedecia. #gelo incrustado nos ei&os prendera as rodas, provocando um rangido terrível, e o carroderrapou de lado. # medo a envolveu, por!m ela tirou o p! do freio, instintivamente,procurando virar o volante na direção da derrapagem, para firmar as rodas. 8ão deu.

 Anna viu a mureta de pedra agigantando-se a sua frente e virou a direção, masnada aconteceu. 9a bater.

 Capítulo 14

 A caminhonete acertou o muro em cheio, com um ba$ue surdo. 7esmo presa como cinto, Anna foi jogada para frente. entou manter-se ereta, embora o carro pendessepara a direita. 6locos de neve dançavam nos fachos de luz dos faris, mas o motor parar5de funcionar no momento da batida.

6orçando os dedos entorpecidos a se movimentarem, soltou uma das mãos dadireção e girou a chave de ignição, fazendo o motor de arran$ue girar, mas o carro nãopegou. #s faris começaram a piscar e ela desligou-os. Desistiu de dar partida. 7esmo$ue o motor pegasse, não ia conseguir tirar a caminhonete da valeta sem correntes $ueprotegessem as rodas da neve.

'om o limpador de p5ra-brisas desligado, a neve acumulou-se rapidamente novidro e envolveu-a num casulo branco. 8o sil%ncio, Anna sentiu uma vontade louca de seenrodilhar no assento e dormir. Se dormisse, talvez $uando acordasse descobrisse $uea$uilo não passava de um pesadelo.

7as não era pesadelo. 0ouco a pouco, sem o a$uecimento $ue parar5 defuncionar, o frio começou a entrar pelas frestas e ela se lembrou do barulho $uando acaminhonete batera no muro/ havia sido de metal, mas tamb!m de madeira. 'om um maupressentimento, soltou o cinto de segurança e virou-se para tr5s, olhando o tear de Sam.

# estalido das correntes dos pneus contra o gelo $ue cobria a estrada fez Sampensar em sinos de trens e ele desejou ainda poder acreditar em 0apai 8oel. Seria tãobom um milagre"

0erto da curva $ue levava = estrada para a fazenda, notou uma caminhoneteamassada contra o muro e praguejou. omara $ue ningu!m tivesse se ferido, pois shavia a casa dele ali perto e ningu!m poderia entrar, a menos $ue adivinhassem ondeescondia a chave.

0ela neve acumulada sobre o veículo, calculou $ue o acidente havia ocorridoalgumas horas atr5s. 6reou com cuidado para não derrapar. Sem desligar o motor e comos faris acesos, enfrentou a neve, apro&imou-se do carro acidentado e limpou o p5ra-brisa a fim de olhar para dentro. 8ão havia ningu!m. entou abrir a porta e estavatrancada.

*oltou para a sua caminhonete, pensando em telefonar para a polícia rodovi5riaassim $ue chegasse em casa. Dirigia devagar, olhando para os acostamentos na

esperança de ver algu!m caminhando. alvez j5 tivessem chegado em sua casa e seabrigado l5... @ma varanda era melhor do $ue nada. Assim $ue estacionou na entrada de carros, viu $ue haviam encontrado a chave,

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la desviou o olhar.; C, acho $ue estive.; 0or causa do tear<la mordeu o l5bio inferior e não respondeu.; Anna<; 8ão. 8ão s por causa do tear. ; la ergueu os olhos rasos dT5gua para ele. ;

u não $ueria estar a$ui $uando voc% chegasse. 9a para minha casa, não importava ofrio, para fugir das lembranças $ue tenho da$ui. 7as e&plicar num bilhete o acidente como tear poderia parecer covardia, então a$ui estou... ; la apertou os l5bios para impedi-los de tremer.

; *oc% não ! covarde, Anna ilford.la fungou e bai&ou a cabeça. 0referia raiva, zanga = e&pressão suave $ue via no

rosto de Sam. Se ele se zangasse, conseguiria mostrar-se forte. 8o entanto, a compai&ãobrilhava nos olhos azuis e a$uilo era difícil de aceitar.

; >em, agora $ue j5 contei o $ue aconteceu, vou para casa ; disse, tirando ocobertor dos ombros e dobrando-o.

; st5 pensando em ir pela trilha< la encarou-o, com olhar frio, cortante.

; st5 $uerendo ser engraçado<; 8ão, mas voc% est5 ; respondeu ele, desabotoando o casaco. ; # $ue espera

$ue eu faça< Hue a dei&e caminhar pela estrada cheia de neve, escura, =s dez horas danoite<

 Anna pegou seu casaco do chão, e enfiou o braço numa das mangas.; 'omo vou chegar l5 não ! problema seu.; Anna ; começou Sam, com calma ;, eu entendo $ue $ueira ser voc% mesma,

mas não precisa levar as coisas a e&tremos.la enfiou o braço na outra manga, então disse/; Acho $ue tem razão... 0ode me levar at! minha casa<; 'laro.Sam jogou o casaco nas costas de uma poltrona de couro branco, sentou-se nela e

tirou as botas.; ntão, por $ue est5 tirando as botas<; 0or$ue, primeiro, gostaria de lhe dizer uma coisa, caso esteja disposta a ouvir.

; rgueu-se, foi at! o sof5 e sentou-se. ; *oc% assistiu ao especial na televisão<; 8ão...4avia es$uecido $ue o programa j5 fora transmitido. 0oderia ter visto, por$ue

pegara a chave e entrara na casa de Sam bem antes das sete horas. # acidente e a$uebra do tear haviam feito com $ue es$uecesse de tudo o mais.

; 0or $u%< ; perguntou curiosa.

Sam bateu no assento do sof5, ao lado dele.; Bostaria $ue tirasse o casaco e sentasse a$ui. A sala j5 est5 bem a$uecida, nãoacha<

 Anna viu $ue ele tinha razão. A sala se tornara mais $uente no momento em $ueSam cruzara a porta. #u, talvez o frio a tivesse dei&ado no momento em $ue confessara o?crime?. Al!m do mais, não conseguia pensar num motivo para não ouvi-lo. Assim, tirou ocasaco, se apro&imou do sof5 e sentou-se na e&tremidade oposta a Sam.

; # $ue houve com o especial< *oc% assistiu< ; indagou.; stelle preparou um jantar e convidou um punhado de gente para assistir num

telão $ue ela alugou. Acho $ue tamb!m o gravou em fita-cassete. Assim, se voc% $uiser,poder5 v%-lo.

 Anna fez $ue não com a cabeça.; 8ão... obrigada.; Devia assistir. *oc% desempenhou papel de estrela.

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; u<"; C. Iogando neve na cGmara.; #h" ; la olhou para a lareira. ; 0ensei $ue eles fossem cortar a$uilo.; >em, não cortaram. 8a verdade, mostraram $uase todo o desfile e eliminaram

parte da filmagem da casa e do corte da 5rvore/ as duas coisas $ue mais $ueriam $uandoplanejaram o especial. Sabe por $ue fizeram isso<

; 8ão tenho a mínima id!ia ; respondeu ela, surpreendida. ; 0ensei $ue tinhamem mente um 8atal = antiga, no campo, para transmitir nostalgia e não a$uela atmosferadivertida de circo, criada por stelle.

Sam colocou um braço no encosto do sof5 e seus dedos ficaram a poucoscentímetros do ombro dela.

; ra o $ue eles pensavam $ue $ueriam, mas Dev, o ator $ue fez a narração doespecial, e&plicou, diante da cGmara, $ue a$uele 8atal antigo, de sonho, não mais e&istia,apesar dos valentes esforços de todo mundo para fingir $ue sim... m algum lugar, dealgum jeito, ele descobriu $ue minha casa havia sido decorada por mãos profissionais.

; #h, não" 0ode ter certeza de $ue não fui eu $uem contou"; C claro $ue não foi voc%, mas Sumersbur( ! uma cidade pe$uena, lembra-se<

0or $ue fomos pensar $ue Dev não iria ficar sabendo a respeito de seu trabalho, uma vez$ue permaneceu a$ui por $uarenta e oito horas<

la não pKde evitar um sorrisinho.; C... Acho $ue tem razão.; De $ual$uer maneira, Dev tamb!m ficou sabendo $ue ns nunca tivemos um

0apai 8oel percorrendo as ruas num tren, $ue o lago foi construído especialmente paraa ocasião e at! $ue o coral da cidade ! um mito...

 Anna gemeu, desanimada.; Deve ter ficado um clima horrível na casa de stelle esta noite. # $ue ela disse<; 6icou encantada" 0or$ue Dev, $ue agora ! seu ator preferido, elogiou os

habitantes da cidade em geral e stelle em particular por tentar, com boa vontade, recriar o clima de nostalgia $ue o pessoal da tev% $ueria. #s habitantes de Sumersbur(tornaram-se heris e o pessoal admitiu, envergonhado, $ue o $ue $ueriam passar para op:blico j5 não e&iste h5 muitos anos.

; 9ncrível"; amb!m achei.la notou um tom diferente, mais suave, na voz dele. #lhou-o com atenção.; 9sso não ! tudo, !< ; indagou temerosa.le balançou a cabeça e suspirou/; Iohn não anda muito amistoso comigo, ultimamente.; Iohn<

; Sabe... le acha $ue sou muito parecido com o pessoal da televisão,procurando por algo $ue não e&iste mais.la ficou $uieta, mas seu coração começou a bater mais depressa.; u respondi $ue ele fosse se catar com suas teorias, mas não consegui

es$uecer o $ue ele disse, principalmente depois de assistir ao especial, esta noite... Anna tinha at! medo de piscar, temendo $ue o $ue estava acontecendo não fosse

verdade. ela desejava, desesperadamente, $ue fosse verdade.; 8s todos rimos e resmungamos críticos, $uando as patinadoras tropeçaram

nas saias e depois começaram a cair, a dar trombadas uns nos outros ; continuou ele.; Aí, de repente, l5 estava voc%, maior do $ue a vida, na$uela tela grandona, atirandoneve na cGmara. u a amei tanto na$uele momento $ue chegou a doer. ainda est5

doendo.; #h, Sam, eu tamb!m te amo" ; disse ela, num impulso, os olhos :midos del5grimas contidas.

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; u estava errado, Anna ; murmurou ele, com voz rouca.; 8o início pensava em voc% como uma versão moderna da minha av, mas hoje,

na$uele telão, vi apenas voc%/ a mulher $ue amo. Se me perdoar, gostaria de fazer denovo a$uela proposta. Bostaria de conversar um pouco sobre as v5rias alternativas $uevoc% mencionou.

la soergueu o corpo e voou para Sam, abraçando-o com tanto ímpeto $ue $uase

o impediu de respirar.; 9sto significa ?sim?< ; perguntou ele, tossindo e rindo ao mesmo tempo.; 0ode ter certeza definitivo" ; Anna aconchegou-se nos braços dele e sorriu.

; alvez este 8atal, apesar de tudo, ainda possa ser salvo.Sam abraçou-a apertado e encheu-lhe o rosto de beijos.; 0ensei $ue teria de dizer-lhe isto tudo por telefone, ou ir a 8ova or+ e colocar 

um bilhete sob a sua porta. 0ode ficar a$ui< Huer passar o 8atal comigo<; 0reciso telefonar para *ivian... Sim, claro $ue posso ficar. Al!m do mais, não

tenho como voltar, por causa do carro. ; A alegria dela diminuiu. ; Sam, estou tão tristepor causa do tear"

; Acho $ue at! foi bom o $ue aconteceu. u tratava a$uele tear com muita

rever%ncia. Ali5s, era assim $ue tratava tudo $ue se relaciona com meus avs. 9sso tudoserviu para me lembrar de $ue voc% e o nosso relacionamento ! $ue importam. # resto !tolice fora de moda.

; amb!m não vamos e&agerar" ; protestou ela, diante da veem%ncia dele. ; Alguns h5bitos e conceitos antigos são maravilhosos. u ainda $uero tecer e adorariaacrescentar alguns to$ues mais r:sticos a esta casa, usar os enfeites da sua família na5rvore de 8atal a$ui da sala" ; , lembrando-se de outra coisa/ ; Sam, não trou&epresente para voc%" le pegou-a no colo e pKs-se de p!.

; 9sso ! o $ue voc% pensa" 45 um costume antigo $ue nunca pretendo abandonar.; Hual !< ; perguntou ela, adivinhando pela direção $ue ele seguia.; 0asseios de tren, tarde da noite... ; sussurrou Sam, encostando o rosto no

dela, en$uanto a levava para cima.

FIM