versÃo brasileira do instrumento para avaliaÇÃo da …€¦ · aprovada em 14 de março de 2011....

136
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM Raquel Soares de Araujo VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA DOR EM PACIENTES NÃO COMUNICATIVOS (NOPPAIN): ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL GOIÂNIA, 2011

Upload: others

Post on 23-Jul-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Raquel Soares de Araujo

VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA DOR EM PACIENTES NÃO COMUNICATIVOS (NOPPAIN):

ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL

GOIÂNIA, 2011

Page 2: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

TERMO DE CIÊNCIA E DE AUTORIZAÇÃO PARA DISPONIBILIZAR AS TESES E DISSERTAÇÕES ELETRÔNICAS (TEDE) NA BIBLIOTECA DIGITAL DA UFG

Na qualidade de titular dos direitos de autor, autorizo a Universidade Federal de Goiás (UFG) a disponibilizar, gratuitamente, por meio da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD/UFG), sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o documento conforme permissões assinaladas abaixo, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. 1. Identificação do material bibliográfico: [ X ] Dissertação [ ] Tese 2. Identificação da Tese ou Dissertação

Autor (a): RAQUEL SOARES DE ARAUJO

RG: CPF: E-mail: [email protected]

Título:

VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA DOR EM PACIENTES NÃO COMUNICATIVOS (NOPPAIN): ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL

Palavras-chave: ENFERMAGEM; DOR; MEDIÇÃO DA DOR; IDOSO; DEMÊNCIA. Título em outra língua: BRAZILIAN VERSION OF THE NON-COMMUNICATIVE PATIENT’S

PAIN ASSESSMENT INSTRUMENT (NOPPAIN): CROSS-CULTURAL ADAPTATION

Palavras-chave em outra língua: KEYWORDS: NURSING, PAIN, PAIN MEASUREMENT; ELDERLY; DEMENTIA

Área de concentração: A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE HUMANA Número de páginas: 136 Data defesa: 14 DE MARÇO DE 2011 Programa de Pós-Graduação:

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM – MESTRADO E DOUTORADO – FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Orientador (a):

LILIAN VARANDA PEREIRA E-mail: [email protected]

RG: CPF: Co-orientador (a): E-mail: Agência de fomento:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Sigla: CNPQ

País: Brasil UF: GOIÁS CNPJ: 3. Informações de acesso ao documento: Liberação para disponibilização?1 [ X ] total [ ] parcial Em caso de disponibilização parcial, assinale as permissões: [ ] Capítulos. Especifique: __________________________________________________ [ ] Outras restrições: _____________________________________________________ Havendo concordância com a disponibilização eletrônica, torna-se imprescindível o envio do(s) arquivo(s) em formato digital PDF ou DOC da tese ou dissertação. O Sistema da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações garante aos autores, que os arquivos contendo eletronicamente as teses e ou dissertações, antes de sua disponibilização, receberão procedimentos de segurança, criptografia (para não permitir cópia e extração de conteúdo, permitindo apenas impressão fraca) usando o padrão do Acrobat. ________________________________________ Data: ____ / ____ / __ Raquel Soares de Araujo

1 Em caso de restrição, esta poderá ser mantida por até um ano a partir da data de defesa. A extensão deste prazo suscita justificativa junto à coordenação do curso. Todo resumo e metadados ficarão sempre disponibilizados.

Page 3: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RAQUEL SOARES DE ARAUJO

VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA

DOR EM PACIENTES NÃO COMUNICATIVOS (NOPPAIN): ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás para obtenção do título de Mestre em Enfermagem.

Área de Concentração: A Enfermagem no cuidado à saúde humana.

Linha de Pesquisa: Fundamentação teórica e desenvolvimento de tecnologias para

a produção do conhecimento e para o cuidar em Saúde e Enfermagem.

Orientadora: Profª Drª Lilian Varanda Pereira

GOIÂNIA, 2011

Page 4: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio

convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a

fonte.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação na (CIP)

GPT/BC/UFG

De Araujo, Raquel Soares. D285v Versão brasileira do instrumento para avaliação da dor em pacientes não comunicativos (NOPPAIN) [manus- crito] : adaptação transcultural / Raquel Soares de Araujo. - 2011.

xv, 136 f. : il., tabs. Orientadora: Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Enfermagem, 2011.

Bibliografia. Inclui lista de figuras, tabelas e abreviaturas. Anexos e apêndices.

1. Dor – Medição – Idosos. 2. Enfermagem . 3. Dor em idosos. 4. Demência. I. Título. CDU: 616.8-009.7-053.9

Page 5: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

FOLHA DE APROVAÇÃO

RAQUEL SOARES DE ARAUJO

VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA DOR EM PACIENTES NÃO COMUNICATIVOS (NOPPAIN): ADAPTAÇÃO

TRANSCULTURAL Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás, para obtenção do título de Mestre em enfermagem.

Aprovada em 14 de Março de 2011.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente

Escola de Enfermagem - Universidade Federal de Goiás

_________________________________________________ Profª. Drª. Rosemary Ferreira Santana - Membro Externo

Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal Fluminense

_______________________________________________ Profª. Drª. Virginia Visconde Brasil - Membro Interno

Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de Goiás

_________________________________________________ Profª. Drª. Maria Márcia Bachion - Membro Suplente

Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de Goiás

_______________________________________________ Profª. Drª Priscila Hortense - Membro Suplente

Faculdade de Enfermagem - Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Page 6: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

DDEDICATÓRIA

Dedico este estudo a Deus, com intenção de servir aos Seus propósitos. Aos meus pais, Milton e Ilza pelo amor e apoio incondicionais. Aos meus filhos Carlos Junior e Debora por me incentivarem na busca dos meus sonhos. A vocês meu amor e gratidão.

DEDICATÓRIA POSTUMA

Jairo foi o meu primeiro amigo; amizade da infância, que já nasceu pra ser forte, amadureceu à medida que nós também crescíamos e, com ela, até enfrentamos juntos a famosa “dor de crescer” através das fases da adolescência e juventude...foi tão rápido e nos tornamos adultos construímos nossas vidas, paralelas a nossa amizade que já se tornara sólida e brilhante. Nada a conseguiu quebrar e todo mundo a percebia. Não precisávamos nos ver ou falar, tínhamos certeza de possuir o tesouro de uma amizade concedida por Deus, que além de ter sido terrena será eterna. Jairo, meu amigo, foi o meu grande e melhor amigo; presente de Deus que nos momentos corretos me ajudou, apoiou, suportou. Chorou e se alegrou comigo e por mim. Jairo trouxe a minha existência, enquanto existiu, algo raro e incomum que só quem tem um amigo verdadeiro experimenta. Jairo deixou marcadas tantas lembranças, que me dão só alegria... Vejo uma lacuna em minha vida futura ao saber que não vamos envelhecer juntos. Sinto saudades por não tê-lo presente neste momento, o qual também a ele dedico. Mas, quando nos despedimos dizemos que nos veríamos novamente, porque ele descansou com a mesma esperança que compartilho com os que aguardam a ressurreição, no dia em que o Salvador voltar... E então nos veremos novamente e, para nunca mais nos separar, juntos com muitos dos nossos queridos, pode ser que iremos chorar, mas serão as últimas lágrimas que Jesus mesmo enxugará.

Page 7: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

AAGRADECIMENTOS

DEUS: AGRADEÇO-TE POR TUDO. TU ÉS FIEL, CRIADOR E

MANTENEDOR DO MEU SER!

Aos meus pais, Milton e Ilza, que são reflexo de Deus em minha

vida, meu suporte, em anteriores e também, durante toda esta

caminhada.

Aos meus filhos, vocês são presentes de Deus. Carlos Junior, força

de minha juventude, e Debora, frescor para os meus dias.

A minha irmã Rosangela, grande amiga, tem os braços estendidos

para me ajudar como extensão dos de Deus.

Ao meu irmão Ricardo, amigão, sua historia de vida, para mim, é

um eco da voz suave que vem do trono de Deus dizendo: ...tudo vai

dar certo.

À profª. Drª Lilian Varanda Pereira que, além de me orientar

nesta caminhada, foi minha amiga, companheira e irmã em Cristo

Jesus. Agradeço pelos ensinamentos, atenção e cuidado. A você meu

carinho e admiração.

“Ama o amigo e na angústia terás um irmão” Prov. 17-17

À minha amiga Leidiene: você me estendeu suas mãos na minha

angústia e se tornou minha irmã para sempre. Deus a abençoe

continuamente.

Page 8: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Agradeço imensamente aos experts bilingues:

Profª. Drª Camila Caixeta

Profª. Carine Sintra

Profo. Carlos F. Araujo Junior

Profª. Drª Dalete Mota

Profo. Dro Jaime Olavo Marquez

Profo. Moises dos Santos

Profo. Ms. Paulo Kool

Profo. Dro Saul Paiva

Profª. Drª Virginia Brasil

Profo. Ms. Wicley Lima

Cada um de vocês deixou suas tarefas para dedicarem seu precioso

tempo e pericia para avaliar, analisar e acrescentar conhecimento,

peculiar a área de cada um de vocês, contribuindo assim para a

construção deste estudo, tornando-o muito mais precioso e

cientificamente válido. Que Deus vos abençoe e em vós acrescente

sabedoria.

Page 9: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

...e não haverá mais morte, nem tristeza, nem lágrimas e, nem DDOR... Apocalipse 21; 4

Page 10: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES................................................................................ 13

LISTA DE ABREVEATURAS.............................................................................. 15

RESUMO............................................................................................................. 17

ABSTRACT.......................................................................................................... 18

RESUMEN............................................................................................................ 19

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................

1.1 Envelhecimento e dor:...........................................................................

1.2 Demência e o sistema de dor: considerações gerais............................

1.3 Avaliação e Mensuração da Dor em Idosos..........................................

1.4 Avaliação da Dor em Pessoas com Demência Avançada e Déficit de

Comunicação.........................................................................................................

1.5 Processo de Adaptação Transcultural de um Instrumento de Medida....

20

26

28

32

35

42

2. OBJETIVOS ..................................................................................................... 44

3. METODOLOGIA ...............................................................................................

3.1 Descrição do instrumento: non-comunicative pacient’s pain assesment

instrument – NOPPAIN...........................................................................................

3.2 Adaptação transcultural do non-comunicative pacient’s pain instrument

– NOPPAIN.............................................................................................................

3.2.1 Tradução do instrumento NOPPAIN, original do inglês, para o

português brasileiro...............................................................................................

3.2.2 Versão consensual da NOPPAIN para a língua portuguesa brasileira

(NOPPAIN-VCP-Br).................................................................................................

3.2.3 Retrotradução da Versão Consensual na Língua Portuguesa do

instrumento NOPPAIN (NOPPAIN-VCP-Br)............................................................

3.2.4 Avaliação das retro-traduções e versões para a língua portuguesa

brasileira por um comitê de especialistas...............................................................

3.2.5 Pré-teste: Uma Avaliação para Verificação da Versão NOPPAIN-Br-

46

47

49

54

54

55

56

Page 11: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

PF........................................................................................................................

A- Técnica de verificação do NOPPAIN-BR-VPF por membros da equipe

multiprofissional....................................................................................................

B- Técnica de verificação do NOPPAIN-BR-VPF através de sua aplicação

em pacientes com demência.................................................................................

4. ANÁLISE DOS DADOS.....................................................................................

57

58

59

60

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................

Etapa 1 - Tradução e obtenção da síntese das traduções para o português

brasileiro do instrumento NOPPAIN – NOPPAIN-VCP-BR....................................

Etapa 2 - Retrotraduções da versão consensual em português brasileiro do

instrumento NOPPAIN – NOPPAIN-VCP-BRr........................................................

Etapa 3 - Obtenção da versão para a língua portuguesa brasileira pré final

(NOPPAIN-Br-VPF) e da versão retro traduzida consensual final (NOPPAIN-

VRTF).....................................................................................................................

Etapa 4 - Pré-teste da versão final em português – O NOPPAIN-Br-VPF.....

61

62

66

66

70

6. CONCLUSÕES................................................................................................... 74

REFERÊNCIAS .....................................................................................................

ANEXOS.................................................................................................................

76

88

ANEXO 1................................................................................................................ 89

ANEXO 2................................................................................................................ 91

ANEXO 3................................................................................................................

APÊNDICES............................................................................................................

9 2

93

APÊNDICE 1........................................................................................................... 94

APÊNDICE 2........................................................................................................... 99

APÊNDICE 3........................................................................................................... 100

APÊNDICE 4..................................................................................................... 107

APÊNDICE 5..................................................................................................... 112

APÊNDICE 6..................................................................................................... 113

Page 12: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 7..................................................................................................... 114

APÊNDICE 8.....................................................................................................

APÊNDICE 9.......................................................................................................

APÊNDICE 10.....................................................................................................

APÊNDICE11.......................................................................................................

117

118

119

128

Page 13: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURAS

Figura1: Fluxograma do processo de adaptação transcultural do Non-

Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument (NOPPAIN) para o

português brasileiro-NOPPAIN-Br...................................................................

53

Figura 2: Versão de consenso das traduções para o português brasileiro

do instrumento NOPPAIN - NOPPAIN-VCP-Br...............................................

65

Figura 3: Versão de Consenso (pelos especialistas) em Português

Brasileiro do instrumento NOPPAIN, denominado NOPPAIN-Br- Pré final

(NOPPAIN-Br-VPF).........................................................................................

69

Figura 4: NOPPAIN adaptado à língua portuguesa brasileira - Instrumento

de Avaliação da Dor em Pacientes não Comunicativos - NOPPAIN-

BR..................................................................................................................

QUADROS

73

Quadro 1- Concordância entre os especialistas em relação a tradução dos

elementos da NOPPAIN-VCP-Br, de acordo com a média aritmética dos

escores atribuídos. Goiânia, GO, 2009/2011..............................

67

Quadro 2- Índice de concordância entre o subtítulo original da primeira

seção do NOPPAIN e a tradução consensual para o português brasileiro

(NOPPAIN-Br-VPF). Goiânia, GO, 2009-2011............................................

Quadro 3- Concordância entre os profissionais que avaliaram o NOPPAIN-

Br-VPF, verificando a compreensão dos diferentes itens do instrumento,

Goiânia, GO, 2009/2011.................................................................................

Quadro 4 – Distribuição dos pacientes de acordo com a idade, sexo,

estado civil, tipo de demência (D), escore total e de intensidade da dor

mensurados por meio da NOPPAIN-Br-VPF, no pré-teste. Goiânia, GO,

2009/2011. ...................................................................................................

68

70

72

Page 14: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro A- Resultado das duas traduções do NOPPAIN e síntese das

traduções para a Língua Portuguesa (Brasil). Goiânia, GO, 2010. ...........

Quadro B - Resultado das quatro retrotraduções (RT1, RT2, RT3, RT4) da

Versão Consensual para o português (brasileiro). Goiânia, GO, 2010...........

94

100

Page 15: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AGS American Geriatrics Society

AVC Acidente Vascular Cerebral

Br-VPF Versão Brasileira Pré Final

CNA Certified Nursing Assistant (atendente de enfermagem)

CNPI Checklist of Non-verbal Pain Indicators

DA Doença de Alzheimer

DDP Demência na Doença de Parkinson

DFT Demência Frontotemporal

DLB Demência com Lewy Bodies

DP Doença de Parkinson

DV Demência Vascular

EN Escala Numérica

FMRI Ressonância Magnética Funcional

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IASP International Association for the Study of Pain

LB Lewy Bodies

LPN Licensed Pratical Nursing (técnico de enfermagem)

MEEM Mini Exame do Estado Mental

NA Nursing Assistant (atendente de enfermagem)

NOPPAIN-Br Versão brasileira do Instrumento de Avaliação da Dor em Pacientes não Comunicativos

Page 16: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

NOPPAIN Non-communicative Patient’s Pain Assessment Instrument

PACSLAC Pain Assessment Checklist for Seniors with Limited Ability to Communicate

PACSLAC-D Pain Assessment Checklist for Seniors with Limited Ability to

Communicate – Dutch

PADE Pain Assessment for the Dementing Elderly

PAINAD Pain Assessment in Advanced Dementia

PCA Patient Care Assistant (atendente para o cuidado ao paciente)

PNAD Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílio

RN Registered Nurse (Enfermeiro)

RT Retrotradução

SEPIN Superintendência de Estatística, Pesquisa e Informação

SPECT Tomografia Computadorizada por Emissão de Fóton Único

VAS Escala Visual Analógica

VCP Versão Consensual em Português

VDS Escala de Descritores Verbais

VRT Versão Retro traduzida

VRTF Versão Retro traduzida Final

VTPa Versão traduzida para o Português- a

VTPb Versão traduzida para o Português- b

Page 17: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RESUMO

O instrumento de avaliação da dor em pacientes não comunicativos (NOPPAIN), foi desenvolvido por Snow et al. (2004), para a medida dessa experiência em pessoas com demência avançada. As propriedades psicométricas do NOPPAIN foram testadas e validadas por estudiosos da América do Norte e Europa, sendo traduzido, adaptado e validado para o idioma italiano. Este estudo teve como objetivo adaptar o NOPPAIN para o contexto cultural brasileiro. A metodologia seguiu os critérios adotados por Guillemin, Bombardier e Beaton (1993), que propuseram cinco passos: 1-tradução do instrumento para a língua da população alvo, por dois bilíngües; 2-obtenção de uma versão de consenso das traduções para a língua da população alvo, após discussões entre os membros da equipe de pesquisa, incluindo os bilingues; 3- retrotradução da versão de consenso na língua da população alvo por bilíngues, cujo língua nativa seja a mesma da população para a qual o instrumento foi elaborado; 4-avaliação da versão de consenso na língua da população alvo e das retrotraduções, por um Comitê de Especialistas; e 5-realização do pré-teste em duas etapas: avaliação da versão pré-final por membros de uma equipe multiprofissional e aplicação do instrumento em uma pequena amostra da população alvo. A análise da concordância dos especialistas com a tradução do NOPPAIN para o português brasileiro (NOPPAIN-Br-VPF) foi verificada pela média dos escores atribuídos a cada elemento por meio de uma escala de 0 (zero) a 10 (dez), onde 0 (zero)=nenhuma concordância; 1 (um), (2) dois, 3 (três) e 4 (quatro)=concordância baixa; 5 (cinco) e 6 (seis)=concordância média; 7 (sete), 8 (oito) e 9 (nove)=concordância boa e 10 (dez)=muito boa concordância. Na avaliação das retrotraduções considerou-se a concordância simples (%) na escolha da versão retrotraduzida que mais se aproximou da versão original do NOPPAIN; e no pré-teste, a concordância dos profissionais em relação à adequação dos itens do NOPPAIN-Br-VPF, foi analisada pela porcentagem de respostas “adequada”, “parcialmente adequada” e “inadequada”. Os resultados mostraram que no processo de adaptação transcultural do NOPPAIN, para brasileiros, não foram encontradas discrepâncias quanto a equivalência e significado das palavras, havendo concordância “muito boa” entre os especialistas. Dos 64 elementos do instrumento, 56,3% (36) alcançaram concordância “muito boa” e 43,7% (28) alcançaram concordância “boa”. As retrotraduções não diferiram da versão original quanto ao conceito e construto, tendo sido escolhidos os elementos de maior concordância entre os especialistas. Para 84,4% (54) dos elementos avaliados a concordância entre os especialistas, com uma das quatro retrotraduções, foi de 85,9 a 100,0% e para 15,6% (10) o índice de concordância foi de 50,0 a 66,6%. Em relação ao pré-teste, os profissionais participantes relataram que a compreensão do instrumento foi fácil e a tradução atendeu às suas expectativas. A aplicação do instrumento em amostra de conveniência da população alvo (7 idosos com demência avançada) mostrou que o tempo de preenchimento do instrumento foi considerado fácil e variou de 3 a 5 minutos. Ademais, permitiu identificar a ocorrência e intensidade da dor. Ao final deste processo, obteve-se a versão final do instrumento NOPPAIN, para o português brasileiro, nomeado - Instrumento de Avaliação da Dor em Pacientes não Comunicativos - NOPPAIN-Br. Descritores: Enfermagem; Dor; Medição da Dor; Idoso; Demência.

Page 18: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

ABSTRACT

The Non-Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument (NOPPAIN) was developed, by Snow et al., (2004), for the measurement of this experience in people with advanced dementia. The psychometric properties of NOPPAIN were tested and validated by researchers in North America and Europe, being translated, adapted and validated to the Italian language. This study had as an objective the adaption of NOPPAIN to the context of the Brazilian culture. The methodology followed the criteria adopted by Guillemin, Bombardier e Beaton (1993), that proposed five steps: 1-translation of the instrument to the language of the target population, by two independent bilingual; 2- obtain a consensual version of the translations into the language of the target population, after discussions between members of the research team, including the bilingual; 3-back translation of the consensus version in the language of the target population by the bilinguals, with the native language of the population for which the instrument was elaborated; 4-evaluation of the consensus version in the language of the target population and of the back translations, by a Committee of Experts; and 5- realization of the pre-test in two steps; evaluation of the pre-final version by members of a multi-professional team and the application of the instrument in a small sample of the target population. The analysis of the agreement of the experts with the translation of NOPPAIN to brazilian portuguese version(NOPPAIN-Br-VPF) was verified by the average scores attributed to each element by the means of a scale from 0 (zero) to 10 (dez), where 0 (zero)= no agreement; 1 (one), 2 (two), 3(three) and 4 (four)=low agreement; 5 (five) and 6 (six)= medium agreement; 7(seven), 8(eight) e 9 (nine)= good agreement and 10 (ten)= very good agreement. In the evaluations of the back translations, simple agreement (%) was considered in the choice of the back translated version that was most approximate to the original version of NOPPAIN; and in the pre-test, the agreement of the professionals in relation to the adaptation of the items of the NOPPAIN-Br-VPF, were analyzed by the percentage of answers “adequate”, “partially adequate” and “inadequate”. The results showed that in the process of cross cultural adaptation of NOPPAIN, for Brazilians, discrepancies were not found in relation to equivalence and meaning of words, occurring “very good” agreement between the experts. Of the 64 elements of the instruments, 56,3% (36) reached “very good” agreement and 46,7% (28) reached “good” agreement. The back translations did not differ from the original version in relation to the concept and construct, having been chosen those elements of greater agreement between specialists. For 84,4% (54) of the elements evaluated the agreement between the specialist, with one of the four back translation, was 85,9% to 100,0% and for 56,6% (10) the level of agreement was 50,0 to 66,6%. In relation to the pre-test, the participating professionals reported that the comprehension of the instrument was easy and the translation attended their expectations. The application of the instrument in a convenience sample of target population (7 elderly patients with advanced dementia) showed that the time of completion of the instrument was considered easy and ranged from 3 to 5 minutes. In addition, allowed to identify the occurrence and intensity of pain. At the end of this process, was obtained the final version of the instrument NOPPAIN, named Brazilian version of the Non-Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument – NOPPAIN-Br. Key Words: Nursing, Pain, Pain Measurement; Elderly; Dementia.

Page 19: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RESUMEN

El instrumento para evaluar el dolor en pacientes no-comunicativos (NOPPAIN), fue desarrollado por Snow et al., (2004), para medir el dolor en personas con demencia avanzada. Las propiedades psicométricas de la NOPPAIN ha probado y validado por expertos de América del Norte y Europa, siendo traducido, adaptado y validado para la lengua italiana. Este estudio tuvo como objetivo adaptar la NOPPAIN al contexto cultural brasileño. La metodología siguió los criterios adoptados por Guillemin, Bombardier y Beaton (1993), quien propuso cinco pasos: 1-traducción del instrumento al idioma de la población destinataria, por dos bilingües; 2-la obtención de una versión consensuada de las traducciones en la lengua de la población destinataria, después de las discusiones entre los miembros del equipo de investigación, incluyendo bilingües; 3 - retrotraducción de la versión de consenso en el lenguaje de la población destinataria, por bilingües cuya lengua materna es la misma de la población para la cual se desarrolló el instrumento; 4- evaluación de la versión de consenso en el idioma de la población destinataria, e de las retrotraducciónes, por un Comité de Expertos; y 5- la realización de la prueba pre-test en dos pasos: evaluación de la versión pre-final por los miembros de un equipo multidisciplinario y aplicación del instrumento en una muestra pequeña de la población destinataria. El análisis de concordancia de los expertos con la traducción del NOPPAIN al portugués brasileño (NOPPAIN-Br-VPF) fue verificada por un promedio de los puntajes asignados a cada elemento por una escala de 0 (cero) a 10 (diez), donde 0=ningún acuerdo, 1 (uno), dos (2), 3 (tres) y 4 (cuatro) = concordancia baja, 5 (cinco) y seis (6) = concordancia mediana; 7 (siete), 8 (ocho) y 9 (nueve) buena concordancia = 10 (diez) = concordancia muy bueno. En la evaluación de las retrotraducciónes consideró el concordancia simple (%) en la elección de la versión retrotraducida que estaba más cerca de la versión original de NOPPAIN; en el pre-test, el concordancia de los profesionales en relación a la adecuación de los elementos del NOPPAIN-Br-VPF, fue analizada por el porcentaje de respuestas “adecuada”, “parcialmente adecuada” y “inadecuado”. Los resultados mostraron que en el proceso de adaptación cultural de NOPPAIN para brasileños; no fueron encontradas discrepancias en la equivalencia y el significado de las palabras, teniendo concordancia “muy buena” entre los expertos. De los 64 elementos del instrumento,53,3% (36) ha alcanzado concordancia "muy buena" y 43,7% (28) concordancia “buena”. Las retrotraducciones no fue diferente de la versión original en relación con el concepto y la constructo, de haber sido elegidos los elementos de mayor concordancia entre los expertos. Para 84,4% (54) de los elementos evaluados, la concordancia entre los expertos, con una de las cuatro retrotraducciones, fue 85,9 a 100,0% y para 15,6% (10) lo índice de concordancia fue 50,0 a 66,6%. En relación con la pre-test, los profesionales participantes informaron de que la comprensión del instrumento ha sido fácil y la traducción ha cumplido con sus expectativas. La aplicación del instrumento en una muestra de conveniencia de la población destinataria (7 ancianos con demencia avanzada) demostró que el tiempo de llenado del instrumento se considerado fácil y varió de 3 a 5 minutos. Además, permitió identifica la ocurrencia y severidad del dolor. Al final de este proceso, se obtuvo la versión final del instrumento NOPPAIN, para portugués brasileño, de nombre - Instrumento de evaluación del dolor en pacientes no comunicativos – NOPPAIN-Br. Palabras Clave: Enfermería; Dolor; Dimensión del Dolor; Anciano; Demencia.

Page 20: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

1. INTRODUÇÃO

...”Eis que diante de ti pus

uma porta aberta, e ninguém

a pode fechar”...

(Ap. 3:8)

Page 21: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 21 __________________________________________________________________________________

A dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável, que pode ser

modificada pelas características da memória, das expectativas e emoções de cada

indivíduo e quando prolongada e intensa gera sofrimento desnecessário, associa-se

a comorbidades e causa prejuízo na qualidade de vida das pessoas (International

Association for the Study of Pain (IASP), 1986; American Geriatrics Society (AGS),

2002; BUFFUM et al., 2007; COHEN-MANSFIELD; LIPSON, 2008).

Queixa referida por grande parte das pessoas que procuram atendimento

médico, a dor se constitui em relevante sinalizador e motivador de busca por

tratamento para os diferentes males que acometem o ser humano. Em qualquer

população, a experiência dolorosa está freqüentemente associada ao sofrimento ou

desconforto, podendo ser interpretada como um alerta frente ao comprometimento

da integridade física e/ou emocional (BARR, 2002).

Como um problema de saúde pública, a crescente incidência de dor em nossa

sociedade deve-se a novos hábitos de vida, sobrevida prolongada às afecções

crônico-degenerativas, modificações no meio ambiente, condições inadequadas de

trabalho, variáveis psicológicas e maior longevidade (TEIXEIRA et al., 1999; TURK;

MELZACK, 2001; SALVETTI; PIMENTA, 2005).

O ser humano carrega consigo, ao longo de sua existência, o desejo de viver

eternamente jovem e saudável, no entanto, envelhecer pode significar conviver com

doenças que comprometem a capacidade cognitiva e a capacidade funcional, como

as demências. Nestes casos, o adequado alívio da dor é obstaculizado pela

dificuldade de se identificar e/ou medir acuradamente tal experiência, dada a

incapacidade dos indivíduos de expressarem verbalmente o que estão sentindo

(FERRELL et al., 1990; AGS, 1998; COHEN-MANSFIELD, 2002; WEINER, 2004).

Frente a uma população de pessoas incapacitadas de se expressar

verbalmente, devido deficiência na linguajem, memória e pensamento abstrato, que

são inerentes ao comprometimento cognitivo, o manejo dessa experiência torna-se

complexo, resultando em fracasso e sofrimento para o indivíduo, a família e os

profissionais da equipe de saúde (REISBERG 2006; HOLSINGER, 2007;

APOSTOLOVA; CUMMINGS, 2008; ALZHEIMER’S RESEARCH FOUNDATION,

2009)

Page 22: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 22 __________________________________________________________________________________

Ademais e infelizmente, um círculo vicioso se instala, ou seja, o

comprometimento da capacidade de auto-relatar a dor leva os estudiosos a

excluírem estas pessoas de pesquisas que abordam o tema, retardando os avanços

do conhecimento nesta área (WEINER, 2004; STOLEE et al., 2005; PAUTEX, 2006;

PERSONEN et al., 2009).

No entanto, embora a freqüência e intensidade de dor sejam

substancialmente modificadas nas pessoas com diferentes níveis de demência,

sabe-se que há sensibilização em nível das respostas sensitivas e de percepção em

dementes graves ou em estágio final. E quando expressa ou identificada, sofre

influência do contexto e da natureza das interações durante a realização de

cuidados envolvidos (GAGLIESE; MELZACK, 1997; HELME; GIBSON, 2001;

MAGAI; COHEN; GOMBERG, 2002; KUSKE, 2007; CLARE, 2010).

Vinte e quatro milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de algum tipo de

demência e, a cada ano, 4,6 milhões de novos casos são diagnosticados. Estima-se

que esse número dobre a cada 20 anos, chegando a 81 milhões em 2040 (FERRI et

al., 2005).

No Brasil, Bottino et al (2008) conduziram pesquisa na cidade de São Paulo,

Estado de São Paulo, com 1.563 idosos (idade média de 71,5 anos) e mostraram

prevalência de demência de 6,8%, sendo 59,8% de casos de doença de Alzheimer,

seguida de demência vascular com 15,9% dos casos.

A dor atinge as pessoas com demência, tornando-se ainda mais angustiante

do que em indivíduos cognitivamente intactos pela redução da capacidade de avaliar

e comunicar com precisão a desagradável sensação que estão sentindo e de prever

as repercussões que tal sensação pode lhes trazer (COLE et al., 2006).

Embora a qualidade de vida dos idosos seja intensamente impactada pela

presença da dor (DELLAROZA et al., 2007; 2008; REIS; TORRES; REIS. 2008),

observamos reduzido número de estudos em nosso país que priorizaram a avaliação

da dor nesta população e tal fato pode estar relacionado à crença e mitos de que

estes indivíduos não sentem dor ou sentem-na em menor intensidade, sendo,

portanto, uma ocorrência esperada do processo de envelhecimento (FERRELL;

FERRELL; OSTERWEIL, 1990; HERR, 2002; WEINER, 2004;

HADJISTAVROPOULOS; FINE, 2006; BUFFUM et al., 2007).

Page 23: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 23 __________________________________________________________________________________

Médicos, enfermeiros e outros membros da equipe de saúde podem ter falta

de conhecimento sobre a avaliação da dor em pessoas idosas, bem como em

relação ao uso de medicamentos e seus efeitos adversos, alterações na

farmacocinética e farmacodinâmica dessas drogas. Ademais, a falta de

comunicação entre os membros da equipe de saúde, também tem sido mencionada

como uma barreira para o tratamento eficaz da dor (LETIZIA et al., 2004;

HOLLENACK et al., 2006; LOVHEIM et al., 2006 O'RORKE et al., 2007).

Buscando proporcionar melhoria no processo de avaliação da dor, desde

1960 o fenômeno doloroso tem levado pesquisadores e clínicos a elaborarem

instrumentos que possibilitem maior acesso à dor do outro. Grandes desafios são

impostos aos que tomam para si esta tarefa, no entanto, muitos avanços foram

alcançados nos últimos 20 anos e, atualmente, muitos instrumentos estão

disponíveis para a medida da dor clínica e experimental, em sua maioria, de auto-

relato e unidimensionais, o que não atende as pessoas dementes, pois elas não

conseguem comunicar o que estão sentindo (SCHERDER et al. 2005; HERR et al.,

2006).

Frente a essa preocupante realidade, estudiosos têm buscado soluções para

o melhor manejo da dor nesta fragilizada população e encontram na elaboração de

instrumentos que permitam identificar e medir dor em pacientes não comunicativos,

uma forma de contribuir com a redução do sofrimento, já tão intenso, pelos efeitos

deletérios da doença no organismo humano (HADJISTAVROPOULOS; FINE, 2006;

MCAULIFFE et al., 2009).

Despontam os instrumentos que permitem mensuração da dor por meio de

indicadores comportamentais de dor, observados e registrados sistematicamente.

Tais instrumentos têm sido validados, mostrando-se, também, fidedignos e úteis

para a identificação da dor em pessoas com demência grave e não comunicativas,

no meio clínico (AGS, 2002; HADJISTAVROPOULOS, 2006; 2007; HORGAS et al.,

2009; MCAULIFFE et al., 2009; FERRARI et al., 2009).

Em relação aos indicadores comportamentais de dor, a Sociedade Americana

de Geriatria (AGS, 2002) divulgou recentemente, apresentados em guidelines, e

elencou os comportamentos que podem ser observados quando se busca identificar

e medir dor, a saber:

Page 24: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 24 __________________________________________________________________________________

1) expressão facial: face ligeiramente franzida, triste, face amedrontada, testa

franzida, olhos fechados ou apertados, rápido piscar de olhos, caretas e ou qualquer

expressão facial fora dos padrões normais.

2) verbalizações e vocalizações: murmúrios, gemidos, ganidos, choramingos

constantes e insistentes, chamadas repetitivas e barulhentas, respiração ofegante

ou arfante e ruidosa, grito por socorro e choro.

3) movimentos corporais: postura corporal tensa, rigidez, postura de proteção,

andar nervoso acelerado, balanço do corpo, movimentos restritos, engatinhamento

ou mudança brusca na mobilidade.

4) mudanças nas interações interpessoais: agressividade, combatividade,

resistência ao cuidado; redução na interação social, socialmente inapropriado,

agitador e verbalmente abusivo, com tendência ao isolamento.

5) mudança nas atividades e rotinas: recusa aos alimentos, mudança no

apetite, aumento dos períodos de descanso, mudança nos padrões de descanso e

sono, interrupção inesperada das rotinas comuns e aumento da desconexão mental;

6) mudança de estado mental: choroso, presença de lágrimas, confusão

aumentada, irritabilidade, perturbação intensa.

Na última década, instrumentos de observação direta do comportamento

indicador de dor proliferaram em muitos países e, os pesquisadores são unânimes

em recomendar que novas pesquisas devam ser conduzidas para que sejam

testados, validados, aperfeiçoados e traduzidos para novos idiomas, com o propósito

de adequá-los à língua e cultura de cada povo (MCAULIFFE et al, 2009; WEINER,

2004; HERR et al., 2006; LEONG et al., 2006; PAUTEX, 2006;

HADJISTAVROPOULOS, 2006; 2007; ZWAKHALEN, 2006; 2007; BUFFUM, 2007;

COSTARDI et al., 2007; SCHULER et al., 2007; NOVELLO et al., 2009; PICKERING

et al.,2010).

Em recente revisão da literatura, De Araújo e Pereira (2010) mostraram sete

instrumentos propostos para a medida da dor entre pessoas não comunicativas

sendo eles; Abbey (ABBEY et al., 2004), CNPI (Checklist of Non-verbal Pain

Indicators) (FELDT et al., 2002), DOLOPLUS-2 (LEFEBVRE-CHAPIRO, 2001)

Page 25: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 25 __________________________________________________________________________________

PACSLAC (Pain Assessment Checklist for Seniors with Limited Ability to

Communicate) (FUCHS-LACELLE; HADJISTAVROPOULOS, 2004), PAINAD (Pain

Assessment for dementing Elderly) elaborado por Snow et al. (2004). Todos os

instrumentos incluíram pelo menos 3 (três) parâmetros comportamentais, e a

expressão facial, as verbalizações e vocalizações e os movimentos corporais, foram

comuns a todos eles, apontando a ampla aceitação no meio científico desses

parâmetros como indicativos de presença de dor.

Ressaltando a escala NOPPAIN, aponta-se a possibilidade de se identificar a

experiência dolorosa por meio da observação de comportamentos que a expressam

e medir o grau de intensidade desse comportamento. Tal tarefa deve ser realizada

durante os cuidados básicos (mudança de decúbito, banho no leito, alimentação,

transferência) e as anotações feitas imediatamente após o término dos cuidados

(HORGAS et al., 2007). Embora todos os instrumentos baseados na observação de

indicadores comportamentais de dor fossem selecionados de estudos que

demonstraram sua validade, fidedignidade e utilidade clínica, alguns desafios ainda

necessitam ser superados, a saber: entender como os danos cerebrais decorrentes

da demência podem influenciar a resposta dor e também capacitar profissionais de

saúde, familiares e cuidadores para a identificação de comportamentos que

expressam dor.

Ainda, neste processo, a natureza complexa da dor deve ser sempre

considerada e a avaliação feita multidimensionalmente, lembrando que tanto a

equipe multiprofissional como os familiares e cuidadores devem estar envolvidos,

pois cada um tem papel singular e essencial na identificação de inter-relações entre

dor e outras causas de sofrimento, que interferem no diagnóstico e tratamento dessa

experiência.

Nos últimos 15 anos, a medida da dor em dementes graves, não

comunicativos, tem sido uma realidade em países da Europa e Estados Unidos da

América, onde vários instrumentos estão sendo elaborados e testados; no entanto,

não foram encontrados instrumentos desse tipo no Brasil.

Diante desta necessidade e concordando com Mcauliffe et al. (2009);

Hadjistavropoulos e Fine (2007) quando apontam os instrumentos de medida como

elemento chave para refinar a comunicação entre quem sente e quem trata a dor, a

Page 26: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 26 __________________________________________________________________________________

realização deste estudo tem como sua maior contribuição a avaliação e medida da

experiência dolorosa em pessoas com demência grave, disponibilizando um

instrumento que permita a identificação e medida dessa experiência em dementes

na fase avançada, no Brasil.

Associado a isso, estímulo maior é o fato de um instrumento de medida

adaptado a determinada cultura constituir-se em meio para obter e comparar dados

referentes ao fenômeno doloroso intra e interculturalmente, possibilitando conhecer

e comparar a dor entre pessoas de diferentes nações, avançando nesta área de

conhecimento (GUILLEMIN; BOMBARDIER; BEATON, 1993).

1.1 Envelhecimento e dor O envelhecimento é o processo pós-maturacional que leva à diminuição da

homeostase e ao aumento da vulnerabilidade do ser humano às doenças e

agressões externas (TROEN, 2003).

No Brasil, desde o primeiro censo demográfico realizado em 1872 observa-se

considerada alteração nas taxas de idosos. Na última amostra estudada, em uma

população de 190,7 milhões de brasileiros, verificou-se que existem 18 milhões de

pessoas acima de 60 anos de idade, o que representa 12% da população brasileira.

Estima-se que, para os próximos 20 anos, a população idosa crescerá de tal forma

que, no ano de 2025 o Brasil estará em 6º lugar na posição mundial em população

de idosos em dados absolutos (IBGE, 2010).

O envelhecimento da população é fenômeno importante, pois repercute na

vida social, influencia a composição e organização das famílias, o consumo de bens

em geral, a transferência de capital e de propriedades, o mercado de trabalho, os

impostos, a previdência social e também a saúde e a assistência médica

(CAMARANO, 2006; KARASEK, 2007).

Em relação à saúde, há número crescente de idosos com doenças

arterioscleróticas, musculoesqueléticas, neoplásicas e neurodegenerativas. Tais

condições implicam em perda funcional, habilidade cognitiva e de comunicação com

Page 27: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 27 __________________________________________________________________________________

aumento da ocorrência e exacerbação de dor (CAMARANO, 2006; KARASEK,

2007).

A ocorrência de dor persistente em idosos, segundo estimativas norte-

americanas, varia de 25 a 50% (FERREL et al., 1990). Entre os idosos

institucionalizados, os índices atingem 45 a 80% da população e 34% dos idosos

referem pelo menos um tipo de dor, qualificada como contínua, com prevalência de

uso de analgésicos em torno de 40 a 50% (STEIN, FERRELL, 1986; HERR,

GARAND, 2001; BARR, 2002; BRUMMEL-SMITH, 2002).

Estudo populacional desenvolvido na Austrália, envolvendo 17.543 entrevistas

realizadas por telefone, mostrou prevalência de dor crônica de 17% entre os homens

e de 20% entre as mulheres, atingindo particularmente as pessoas mais velhas, as

mulheres e as pessoas com nível socioeconômico mais baixo (BLYTH et al., 2001).

No Brasil, estudo epidemiológico, conduzido no Estado do Rio Grande do Sul,

mostrou que a dor crônica teve prevalência de 51,4% e comprometeu a qualidade de

vida dos indivíduos com idade superior a 60 anos (DELLAROZA et. al., 2007). Em

outra amostra de idosos (n=172) Dellaroza et al. (2008) estimaram em 58% a

prevalência de dor crônica entre idosos mais jovens (60 a 69 anos) e entre os idosos

com idade mais avançada (80 anos ou mais) esse diagnóstico chegou a 100%.

Entre idosos institucionalizados em Jequié, Bahia, a prevalência de dor foi de

73,3%; sendo que 40,9% dos indivíduos conviviam com a dor de 1 a 5 anos e 36,4%

há mais de 5 anos. Ademais, 60% dos idosos possuíam algum tipo de alteração

cognitiva (REIS; TORRES; REIS, 2008).

Na cidade de Goiânia, Goiás, estudo de base populacional (Pessoa et al.,

2010), estimou prevalência de dor crônica em idosos não institucionalizados de

51,1%. Quanto à localização da dor crônica, 35,1% dos idosos de Goiânia referiram

dor nos MMII e 31,1% na região lombar. Sendo que 92,8% desses idosos referiram

dor em mais de um local do corpo. Hart; Deyo; Cherkin (1995) por sua vez,

afirmaram que a dor na região lombar afetou 20% dos indivíduos com idade acima

de 65 anos.

Ademais, idosos com dor crônica apresentam incapacidade funcional e

dependem da ajuda de terceiros para vestir-se, fazer higiene e alimentar-se; e

Page 28: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 28 __________________________________________________________________________________

também para os cuidados com o domicílio e administração do ambiente como:

limpar a casa, cuidar da roupa, da comida, usar equipamentos domésticos, fazer

compras, usar transporte pessoal ou público, controlar a própria medicação e as

finanças e maior gasto com os serviços de saúde (BARR, 2002).

Vale ressaltar que o déficit no condicionamento físico, as alterações da

marcha, as quedas, o processo de reabilitação lento, a polifarmácia, a disfunção

cognitiva e a desnutrição, condições geriátricas comuns, podem ser agravadas pela

presença de dor (KOVACH et al., 2002).

1.2 A demência e o sistema de dor: considerações gerais A demência consiste em diagnóstico mais freqüente em idosos com doenças

neurodegenerativas (SCHUBERT et al., 2006) e a probabilidade de manifestação

dessa doença aumenta à medida que a idade avança, alcançando incidência de 1%

aos 65 anos de idade e de 25% aos 85 anos (JORM et al, 1993).

Segundo a American Psychiatric Association (2000) demência é um estado

clínico caracterizado por perda de função em vários domínios cognitivos.

Caracteriza-se por perda de memória e pelo menos uma das seguintes

manifestações: afasia, apraxia, agnosia e perturbações no funcionamento executivo.

Além disso, os prejuízos cognitivos devem ser suficientemente graves para causar

prejuízos sociais e ocupacionais.

Pessoas com demência são incapazes de pensar bem o suficiente para

realizar atividades normais, como vestir-se ou comer. Podem perder a capacidade

para resolver problemas ou controlar suas emoções, havendo mudança na

personalidade, evidenciada agitação e visão de coisas que não existem. Essas

pessoas apresentam sérios problemas com duas ou mais funções cerebrais,

especialmente a memória e a linguagem. A característica degenerativa, progressiva

e fatal, é comum a quase todos os tipos de demência, exceto na demência por

hidrocefalia (APOSTOLOVA; CUMMINGS, 2008; SAVVA; BRAYNE, 2009;

ALZHEIMER’S RESEARCH FOUNDATION, 2009).

Page 29: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 29 __________________________________________________________________________________

A demência advém de diferentes condições e doenças tais como: injúrias

cerebrais (vasculares ou traumáticas), nutrição desequilibrada, infecções, reações

medicamentosas, envenenamento e tumores ou lesões cerebrais, sendo que a

herança genética também exerce papel no desenvolvimento desse agravo. As

demências podem ser do tipo:

1) Doença de Alzheimer (DA): forma mais comum e crescente de demência

na população mundial, perfazendo 50 a 70% dos casos. Decorre da agregação de

proteína beta-amilóide e de emaranhados neurofibrilares resultantes de mutações e

consequente hiperfosforilação da proteína tau, no interior dos microtúbulos do

citoesqueleto dos neurónios, trazendo com isso prejuizo ao funcionamento da rede

neural. (BLENNOW; De LEON; ZETTERBERG, 2006; ALZHEIMER’S RESEARCH

FOUNDATION, 2009).

2) Demência com Lewy Bodies (DLB): os sintomas decorrem do acúmulo de

corpos de Lewy no núcleo dos neurônios. Os corpos de Lewy podem ser

encontrados no cérebro de pessoas com Doença de Parkinson (DP) e DA. Na DP,

causada pela perda de células cerebrais produtoras da dopamina, aproximadamente

20% das pessoas desenvolvem a Demência na Doença de Parkinson, após os 70

anos de idade (AARSLAND; BEYER; KURZ, 2008).

3) Doença de Huntington: hereditária, causada por um gene que leva à

destruição dos neurônios, causando, além de problemas motores e psicológicos,

inabilidade cognitiva. É degenerativa, progressiva e fatal apresentando uma

prevalência de 4 a 10 casos por 100.000 habitantes (PFISTER; ZAMORE, 2009).

4) Hidrocefalia de Pressão Normal (DHPN): situação em que há pressão

intracraniana aumentada decorrente de alguma condição que impede a absorção

normal do fluido cérebro-espinhal, que acumula nos ventrículos e gera compressão

de estruturas cerebrais, resultando em manifestações clínicas de demência(BYRD,

2006). A DHPN geralmente acomete indivíduos acima de 50 anos de idade, sendo

que nos Estados Unidos da America do Norte estudiosos indicam que 6% dos

residentes apresentam DHPN (BEJJANI; HAMMER, 2005).

5) Síndrome de Wernicke e Encefalopatia de Korsakoff: são duas diferentes

condições provocadas pela deficiência de tiamina e má nutrição, com destruição de

Page 30: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 30 __________________________________________________________________________________

neurônios, representa de 1 a 3% dos casos de demência sendo incidente em

grupos populacionais que apresentam sérios problemas nutricionais como

alcoólatras, moradores de rua, idosos fragilizados e pacientes psiquiátricos

institucionalizados (KOPELMAN et al, 2009; ZUCCOLI; PIPITONE, 2009).

6) Doença de Creutzfeldt-Jacob (DCJ): possui incidência de 1 a 2 casos novos em

1.000.000 de habitantes. A DCJ envolve a destruição dos neurônios por uma

proteína altamente infectante chamada príon, que pode se apresentar na forma

esporádica, genética e adquirida por infecção exógena (canibalismo, instrumentos

cirúrgicos ou tecidos transplantados contaminados e carnes contaminadas pela

encefalite espongiforme bovina) (MASTERS; RICHARDSON, 1978; ZOU;

GAMBETTI, 2009; CDJ FOUNDATION, 2009; ALZHEIMER’S RESEARCH

FOUNDATION, 2009)

O idoso com demência pode ter associadas outras doenças que geram custos

e prejuízos diretos e indiretos à família, comunidade e serviços de saúde,

especialmente nas situações de sobrevida prolongada, onde frequentemente há

sofrimento devido à dor (WERNER et al., 1998; HELME et al., 2001; AMERICAN

GERIATRICS SOCIETY, 2002).

Em relação ao impacto da demência nos sistemas responsáveis pela

condução e interpretação do estímulo nociceptivo, estudos conduzidos com

portadores de diferentes tipos de demência, comparando os resultados aos

controles saudáveis, demonstraram que a demência parece afetar os sistemas

lateral e medial da dor. O sistema medial está ligado a diferentes aspectos dolorosos

da dimensão afetiva-motivacional e o sistema lateral à dimensão sensitiva-

discriminativa da experiência dolorosa, o que pode afetar a resposta dor

(BENEDETTI et al., 1999; SCHERDER et al., 1999; 2003; 2003a).

Em estudo mais recente, Carlino et al. (2010) mediram o limiar e tolerância à

dor em 23 pacientes com diagnóstico clínico de demência frontotemporal ( DFT) e

com hipoperfusão cerebral, por meio de tomografia computadorizada por emissão de

fóton único (SPECT). Os dois grupos de pacientes diagnosticados com demência

incluíram: o grupo 1: pessoas com diagnóstico clínico isolado e testes

neuropsicológicos; e o grupo 2: que além de diagnóstico clínico foram submetidos ao

Page 31: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 31 __________________________________________________________________________________

SPECT, sendo localizadas áreas de hipoperfusão nos lóbulos frontal e/ou temporal.

Observaram que no grupo 1 houve aumento do limiar de dor e no grupo 2, aumento

do limiar e tolerância à dor. Tais resultados sugerem que há diferenças nas

alterações do processamento da dor nos diferentes tipos de demência.

Na demência, há alterações no limiar de dor, aspecto sensitivo-discriminativo

da experiência dolorosa, mediado pelo sistema lateral da dor. Por outro lado, a

tolerância à dor representa um aspecto afetivo, mediado pelo sistema medial. Atrofia

e lesões na substancia branca são características neuropatológicas comuns nos

subtipos de demência e os variados estágios nos quais elas ocorrem e afetam as

diferentes áreas dos sistemas de dor medial e lateral, determinam as alterações no

processamento da dor (BENEDETTI et al. 1999; 2006; SCHERDER et al. 2003;

2005).

Lesões no cérebro de indivíduos com DA, por exemplo, afetam os aspectos

cognitivo-avaliativo e afetivo-motivacional, a memória e as respostas autonômicas.

Pessoas com DA grave podem não conseguir esperar, refletir ou lembrar as

experiências de dor, reagindo de maneira diferente ao estímulo doloroso quando

comparadas às pessoas cognitivamente intactas (SCHERDER et al., 2003a).

Estudo que comparou os efeitos neurológicos da doença de Alzheimer,

demência vascular (DV) e demência frontotemporal (DFT), no sistema de dor medial

e lateral de dor, mostrou que a experiência dolorosa pode ser influenciada pela

origem da síndrome demencial (SCHERDER et al., 2005).

Cole et al. (2006) mostraram que, quando comparado a indivíduos

cognitivamente intactos, pacientes com demência apresentavam maior amplitude e

duração da dor, relacionada a regiões de processamento de atividades sensitivas,

afetivas e cognitivas, de acordo com atenção sustentada para o estímulo

nociceptivo.

A falta de habilidade discriminativa torna a pessoa incapaz de interpretar e

definir a dor, a forma como ela surge e que situações podem provocá-la. A

experiência dolorosa pode ser mais angustiante para estes pacientes, dada a

redução da capacidade de avaliar com precisão a sensação desagradável que estão

vivenciando e os prejuízos que dela podem advir (COLE et al., 2006).

Page 32: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 32 __________________________________________________________________________________

A demência incapacita a pessoa a relatar e verbalizar a dor sentida devido

inabilidade de relembrar experiências anteriores de dor e relacioná-la à dor atual e

incapacidade de informar seu surgimento, intensidade, localização e duração

(KEEFE; BLOCK, 1982).

No entanto, acredita-se que pessoas com demência moderada-grave,

incapazes de comunicarem de forma verbal, clara e consistente a dor e outras

necessidades não atendidas, podem expressá-las por meio de comportamentos, tipo

agitação, vocalizações, tensão muscular ou retirada/ afastamento do membro

(BECK; VOGELPOHL 1999; MAHONEY et al., 1999; WEINER et al., 1999; FELDT,

2000; KOVACH et al., 2002).

Logo, estudos dessa natureza são fundamentais. A inclusão de pessoas com

demência em novas pesquisas, com o objetivo de explorar o que estão sentindo,

contribuirá em ultrapassar as barreiras da comunicação, impedindo que profissionais

cuidadores e familiares façam julgamentos da dor do outro baseando-se apenas em

seus próprios pressupostos.

1.3 Avaliação e mensuração da dor em idosos

Diante da maior epidemia que assola o mundo, e da necessidade de se

manejar adequadamente o fenômeno doloroso, a medida é tratada como ponto

fundamental no refinamento da comunicação entre quem sente e quem trata a dor,

permitindo determinar quando um tratamento é necessário, se o prescrito é eficaz ou

mesmo quando deve ser interrompido (FINLEY; McGRATH, 1998).

Dor é um fenômeno multidimensional que encampa a dimensão sensorial,

incluindo a intensidade e a natureza da dor (queimação, esmagadora, pontiaguda

entre outras); e a dimensão afetiva, que descreve o componente emocional da dor,

como a ela é percebida (perigosa, cansativa, frustrante, assustadora, entre outras) e

ainda, o impacto sobre dessa experiência na vida da pessoa, incluindo os aspectos

físicos, funcionais e psicossociais (PARMELEE, 1993; CHIBNALL; TAIT, 2001).

Page 33: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 33 __________________________________________________________________________________

Portanto, a mensuração da dor é dificultada pela complexidade e

subjetividade dessa experiência, que interferem diretamente na sua avaliação,

retardando o diagnóstico e impossibilitando tratamento eficiente (KIM et al., 2005;

VON KORFF; DUNN, 2008).

Por tratar-se de uma experiência multidimensional e subjetiva, a medida da

intensidade ou das qualidades hedônicas da dor ainda não pode ser obtida por meio

de instrumentos físicos – os algiômetros - que permitiriam mensurá-la tal como a

balança identifica o peso de um corpo, ou o termômetro, a temperatura de uma

pessoa.

No entanto, diante do desafio de tornar a dor “visível” nos serviços de

atendimento à saúde, vários instrumentos têm sido propostos nas últimas décadas.

Alguns são unidimensionais e outros multidimensionais, dependendo do número de

dimensões que permitem medir (CHAPMAN et al., 1985; HADJISTAVROPOULOS et

al., 2007).

As escalas unidimensionais são muito utilizadas para a medida da intensidade

da dor e fornecem informações rápidas, não invasivas e válidas sobre a quantidade

de dor sentida e o alívio obtido por meio da terapêutica analgésica instituída

(GRACELY, 1985). Entre elas destacam-se as escalas: Visual Analógica (VAS),

Numérica (EN), de Faces, de Copos, de Cores entre outras (ANDRADE et. al., 2006;

GOMES et. al., 2006). Elas são simples de serem aplicadas, permitem julgamentos

rápidos, requerem baixos custos e possuem uma linguagem universal.

Em estudo de revisão, Andrade et al. (2006) encontraram que as escalas

mais utilizadas para a medida da intensidade da dor entre idosos são as

unidimensionais incluindo a escala numérica, de faces e a escala analógica visual.

Herr (2002) e Heer e Mobily (1993) demonstraram que a Escala Numérica e a

Escala de Descritores Verbais foram preferidas pelos idosos. Entre aqueles com

demência, as escalas de Faces são as mais recomendadas (HORGAS; ELLIOT,

2004). No entanto, estudiosos alertam para o fato de pessoas com demência leve-

moderada apresentarem compreensão limitada desta forma de mensuração

(SCHERDER; BOUMA, 2000).

Page 34: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 34 __________________________________________________________________________________

Dellaroza et al. (2007) mensuraram a intensidade da dor entre idosos por

meio de uma Escala de Copos; o primeiro copo vazio representava nenhuma dor e o

sexto copo cheio representava a pior dor possível. Os idosos conseguiram fazer os

julgamentos e a intensidade da dor foi classificada como moderada. Becker et al.

(1997) observaram dor severa ou insuportável em 73% da amostra e moderada em

27%, utilizando a Escala Visual Analógica (VAS).

Por outro lado, as escalas multidimensionais podem ser usadas para capturar

informações para uma avaliação mais global com características adicionais em

relação a experiência dolorosa tais como, qualidade, localização e outros domínios

relacionados a dor ou seu impacto em aspectos da qualidade da vida (Da SILVA;

RIBEIRO-FILHO, 2006).

Alguns instrumentos multidimensionais de avaliação de dor têm sido usados

com sucesso entre idosos cognitivamente intactos, destacando-se o Questionário de

Dor de McGill, que avalia os aspectos sensorial, afetivo e avaliativo da experiência

dolorosa (MELZACK, 1975; GAGLIESE; MELZACK, 2003); e o Geriatric Pain

Measure desenvolvido especificamente para avaliação da dor em idosos (FERREL;

STEIN; BECK, 2000).

Quanto à natureza dos instrumentos de medida da dor destacam-se os de

auto-relato, de medida de parâmetros fisiológicos e os de observação do

comportamento. As escalas de auto-relato que requerem capacidade para entender

a tarefa e comunicar a sensação dolorosa, são tidas como “padrão ouro” na

avaliação da dor (HADJISTAVROPOULOS; FINE, 2006; MCAULIFFE et al., 2009).

Vale lembrar que alterações nos parâmetros fisiológicos como a freqüência

cardíaca ou pressão arterial são marcadores típicos de dor aguda e podem prover

informação em combinação com outros indicadores, por exemplo, os

comportamentos que expressam dor ou o próprio auto-relato. Instrumentos que se

valem de parâmetros fisiológicos possuem grandes limitações práticas, reduzindo a

amplitude de utilização no meio clínico (HADJISTAVROPOULOS et al., 2007).

Os instrumentos que permitem mensurar a experiência dolorosa por meio de

observação de comportamentos indicativos de dor focalizam-se nos sinais

observáveis, que estão no domínio involuntário e não intencional e dependem mais

Page 35: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 35 __________________________________________________________________________________

de formas automáticas de expressão da dor. No entanto, observações

comportamentais são mais difíceis de serem interpretadas do que as informações

auto-relatadas. Por outro lado, devido automoticidade reflexiva, comportamentos não

verbais são passíveis de serem preservados em situações onde os processos

mentais superiores estão comprometidos (HADJISTAVROPOULOS; CRAIG, 2002).

Vale ressaltar que em meio a tantos instrumentos de mensuração da dor, a

escolha de um deles deve considerar a situação do cliente, sua idade cronológica e

mental, a facilidade de aplicação e a preferência do cliente, o que aponta a

necessidade de se conhecer qual deles é o mais adequado para avaliar a dor entre

as diferentes populações.

1.4 Avaliação da dor em pessoas com demência avançada e déficit de

comunicação

O desafio de avaliar a dor em pessoas com perda da capacidade de definir

sensações, e comunicá-las verbalmente, posiciona o observador como detentor de

uma tarefa de grande importância e responsabilidade: avaliar os comportamentos

que podem estar comunicando dor e julgá-los de forma a expressar o que o outro

está sentindo. Nessa situação, as medidas objetivas são de grande valia, pois

contribuirão na redução do risco de erros no julgamento daquilo que o outro está

sentindo (SNOW et al., 2004; ZWAKHALEN,2007).

Os indicadores comportamentais propostos pela AGS (2002) são úteis na

elaboração de instrumentos objetivos, no entanto, ainda pouco utilizados para a

medida da dor na população cognitivamente comprometida e incapacitada de se

expressar verbalmente. Em recente revisão da literatura, De Araújo e Pereira (2010)

mostraram que alguns estudiosos buscam respostas aos desafios impostos pelas

lacunas de conhecimento neste campo do conhecimento, apontando que a maioria

dos estudos buscou monitorar os pacientes com demência por períodos de 5 a 10

minutos e outros prolongaram as observações por duas semanas, buscando

identificar comportamentos de dor, uma vez que, ampliar e corroborar as

Page 36: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 36 __________________________________________________________________________________

possibilidades já existentes diminui a chance de se cometer erros (SMITH, 2005;

ZWAKHALEN et al., 2006; HERR et al., 2006; BJORO; HERR, 2008;

HADJISTAVROPOULOS, 2007; HORGAS et al., 2009).

Embora vários instrumentos mostrassem validade, fidedignidade e utilidade

clínica, todos devem ser submetidos a novas validações. Entre os instrumentos mais

utilizados De Araújo e Pereira (2010) citaram:

- Abbey Pain Scale (ABBEY et al., 2004), elaborada na língua inglesa por

pesquisadores australianos, já foi traduzida para o italiano (STORTI, 2009) e

japonês (TAKAI et al., 2010).

A escala Abbey permite medir a intensidade dolorosa e é descrita como uma

escala eficiente e de fácil utilização. Possui 6 itens e cada um deles é julgado por

meio de escores de 0(zero) a 3(três). A intensidade da dor é obtida pelo somatório

dos escores, que varia de 0 (zero) a 18, sendo que o escore total é interpretado da

seguinte forma: de 0(zero) a 2(dois)=nenhuma dor; de 3(três) a 7(sete)= dor leve; de

8(oito) a 13= dor moderada e acima de 14=dor intensa. Os autores garantem que

basta 1 (um) minuto para completar a tarefa. A validade concorrente da escala foi

testada comparando-se os escores obtidos com a avaliação holística da dor feita por

enfermeiros (ABBEY et al., 2004).

Embora algumas qualidades psicométricas tenham sido reforçadas, estudos

apontaram que é necessário esclarecimento conceitual para a versão atual da

escala Abbey, a fim de suportar a validade e confiabilidade do instrumento, devendo

ser reavaliada em novas pesquisas (HERR, BJORO; DECKER, 2006; ZWAKHALEN,

2006; AUBIN et al.,2007; SMITH, 2005).

- Outro instrumento encontrado foi o Checklist of Non-verbal Pain Indicators

(CNPI), desenvolvido nos Estados Unidos da América em 2002 (FELDT et al., 2002)

e testado em instituições para idosos na Noruega em 2006. O instrumento CNPI

propõe mensurar a dor de forma rápida e fácil, em indivíduos com déficit cognitivo e

incapazes de verbalizar. Compõe-se de 6 comportamentos de dor, sendo que cada

item é avaliado por uma escala dicotômica onde o escore 0 (zero)=presente e

1(um)=ausente, tanto para a dor ao repouso com para a dor dinâmica. A presença

de qualquer comportamento doloroso será indicativo de dor. A validade convergente

Page 37: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 37 __________________________________________________________________________________

foi testada com a Escala de Descritores Verbais (VDS), em pessoas com e sem

déficit cognitivo. Na população como um todo, o total obtido ao repouso (Spearman

rs=0,38; p=0,001 e α=0,54) e ao movimento (rs= 0,43; p=0,001 e α=0,64), foi

considerado psicometricamente fraco, com baixa sensibilidade para detectar dor ao

repouso, particularmente em pessoas incapazes de verbalizar, necessitando,

portanto de validação adicional (HERR, 2006; ZWAKHALEN, 2006).

- O instrumento Doloplus-2 (LEFEBVRE-CHAPIRO, 2001) foi desenvolvido na

França, se constitui em instrumento multidimensional de avaliação da dor em adultos

com incapacidade de verbalização e propõe que sejam realizadas observações

comportamentais do indivíduo em diferentes situações, que poderiam

potencialmente envolver dor. O instrumento consiste em 3 subescalas com um total

de 10 itens, cada item contém 4 parâmetros comportamentais que representam

intensidades crescentes de dor, mensurada em escala de 0 (zero) a 3 (três). O

somatório dos escores de cada item dá origem ao índice total do instrumento, que

varia de 0 (zero) a 30 pontos. Índices totais iguais ou superiores a 5 pontos indicam

dor. O tempo estimado para completar o instrumento é de aproximadamente 5

minutos. Vários estudos foram conduzidos em centros geriátricos e de cuidados

paliativos, para tradução, teste e validação da escala. Constatou-se validade

convergente entre a Doloplus-2 e a Escala Visual Analógica (p<0,001) (α=0,820).

Embora evidências suportem sua validade e a apontem como um dos 4 melhores

instrumentos há indicações de novas revisões (HOLEN et al.,2006; PAUTEX et al.,

2006; CUNNINGHAM, 2006; HERR 2006; ZWAKHALEN, 2006).

Em estudo realizado na Noruega, com 73 pessoas dementes, de ambos os

sexos, com idade de 68 a 90 anos, a validade da versão atual do instrumento

Doloplus-2 não foi reforçada, uma vez que a aplicação e as interpretações dos

resultados obtidos por meio dele demandam, dos profissionais, conhecimento e

treinamento especializados em geriatria, com foco no idoso com déficit cognitivo. Na

opinião de enfermeiros há dificuldade na interpretação do instrumento e na

atribuição dos escores (HOLEN et al., 2007).

Page 38: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 38 __________________________________________________________________________________

O instrumento Doloplus-2 foi traduzido para o inglês, italiano, espanhol e

versão em holandês, sendo que, recentemente, foi publicado um estudo em

português, adaptado a cultura de Portugal (PICKERING et al., 2010).

- O Pain Assessment Checklist for Seniors with Limited Ability to

Communicate (PACSLAC) (FUCHS-LACELLE; HADJISTAVROPOULOS, 2004) foi

elaborado com 60 itens em 4 subescalas. Válido no idioma original (α=0,82-0,92) foi

traduzido e validado também para o Francês e Holandês. Na Holanda, o instrumento

é o mais usado por enfermeiros e considerado como o mais promissor entre os

instrumentos propostos para a medida de dor em pessoas com demência

(ZWAKHALEN; HAMERS; BERGER, 2006; AUBIM et al., 2008).

Uma nova versão, o PACSLAC-D Holandês (ZWAKHALEN; HAMERS;

BERGER, 2007), teve um corte de 36 itens e foi proposto com melhoria no quesito

“aplicabilidade” clínica. Esta segunda versão contém 24 itens e 3 subescalas

correlacionadas significativamente com o PACSLAC e com forte consistência interna

(α=0,82-0,86). Instrumento válido, fidedigno e de rápida aplicação requer 5 minutos

para ser preenchido e 30 minutos para treinamento do observador. Foram sugeridos

novos estudos em diferentes centros de atendimento e em populações com

diferentes tipos de dor crônica, para ampliar as possibilidades de se ter revelados

outros comportamentos freqüentemente adotados por aqueles que sentem dor

(HERR; BJORO; DECKER, 2006; SCHERDER; VAN MANEN, 2006; ZWAKHALEN,

et al., 2006; AUBIN et al., 2008)

Ao investigar a prevalência de dor em pessoas com demência, Zwakhalen et

al. (2009) avaliaram 117 idosos, utilizando a escala PACSLAC-D, proposta por

Fuchs-Lacelle; Hadjistavropoulos (2004) e mostraram que 47% dos participantes

alcançaram escores indicativos de dor, 40% deles não receberam nenhum tipo de

analgésico, e 67% tinham demência em fase avançada e deficiência cognitiva grave.

- O Pain Assessment in Advanced Dementia (PAINAD) (WARDEN et al.,

2003), original da língua inglesa, foi desenvolvido para ser um instrumento de

medida da experiência dolorosa em idosos com demência avançada, por meio de

observação do comportamento expressivo de dor. É rápido e de fácil aplicação.

Constitui-se de 5 itens e o somatório dos escores varia de 0 (zero) a 10 (dez), sendo

Page 39: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 39 __________________________________________________________________________________

requeridos 5 (cinco) minutos para serem preenchidos. O treinamento dos

observadores pode ser feito em uma seção de 2 horas.

A validade concorrente da PAINAD foi reforçada em estudo comparando-a à

escala de desconforto (DS-DAT) (coeficiente de Pearson r=0,76; p<0.016) e com a

Escala Visual Analógica (VAS) (r=0,75- 0,76 p<0,0001), demonstrando fidedignidade

(r=0,82-0,97). A PAINAD foi também traduzida e validada para o idioma germânico

(SCHULER et al. 2007), italiano (COSTARDI et al., 2007) e holandês (ZWAKHALEN

et al., 2006).

Além de comprovada validade e fidedignidade do instrumento, enfermeiros

concordaram que a PAINAD é um instrumento com boa utilidade clínica. Novas

pesquisas são requeridas para aperfeiçoamento da escala, que tem sido vista como

uma das mais promissoras para a medida da dor em pessoas com demência,

avançada (SMITH, 2005; HERR; BJORO; DECKER, 2006; ZWAKHALEN, 2006;

AUBIN et al., 2007; SCHOFIELD, 2008).

- O Pain Assessment for the Dementing Elderly (PADE) é um instrumento que

consiste de 24 itens divididos em 4 sessões, sendo usados diferentes formas de

julgamento (VILLANUEVA et al., 2003), o que o torna complexo, podendo tornar-se

confuso e de difícil interpretação. A validade concorrente foi testada com a escala

verbal de agitação (r=0,296; p<0,01), apresentando confiabilidade (α=0.77 a 0.88).

Estudos que buscaram analisar a escala PADE apontaram deficiências

relacionadas à sua construção, apresentação e clareza, bem como à interpretação

dos escores, sugerindo novas pesquisas para revisão do instrumento (HERR;

BJORO; DECKER, 2006; ZWAKHALEN, 2006). No entanto, em estudos posteriores,

o PADE foi considerado um dos instrumentos mais fortes em detectar diferentes

efeitos de tratamento, sendo também aquele de maior utilidade na detecção de dor,

contudo, novos estudos e validações são recomendados (COHEN-MANSFIELD;

LIPSON, 2008; COHEN-MANSFIELD, 2008),

- O Pain Assessment for the Dementing Elderly (PADE) é um instrumento

que consiste de 24 itens divididos em 4 sessões, sendo usados diferentes formas de

Page 40: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 40 __________________________________________________________________________________

julgamento (VILLANUEVA et al., 2003), o que o torna complexo, podendo tornar-se

confuso e de difícil interpretação. A validade concorrente foi testada com a escala

verbal de agitação (r=0,296; p<0,01), apresentando confiabilidade (α=0.77 a 0.88).

Estudos que buscaram analisar a escala PADE apontaram deficiências

relacionadas à sua construção, apresentação e clareza, bem como à interpretação

dos escores, sugerindo novas pesquisas para revisão do instrumento (HERR;

BJORO; DECKER, 2006; ZWAKHALEN, 2006). No entanto, em estudos posteriores,

o PADE foi considerado um dos instrumentos mais fortes em detectar diferentes

efeitos de tratamento, sendo também aquele de maior utilidade na detecção de dor,

contudo, novos estudos e validações são recomendados (COHEN-MANSFIELD;

LIPSON, 2008; COHEN-MANSFIELD, 2008),

- O Non-communicative Patient’s Pain Assessment Instrument (NOPPAIN),

instrumento construído na língua inglesa por Snow et al. (2004), já traduzido para o

italiano (FERRARI et al., 2009) e validado por Novello et al. (2009), foi elaborado e

estudado para avaliar a dor em indivíduos com demência em fase avançada e com

déficit de comunicação, de forma rápida e simples, sendo de fácil entendimento.

Consiste de 4 seções que associam seis indicadores comportamentais de dor e

condições do cuidado, onde deve ser julgada a intensidade do comportamento

utilizando-se uma escala numérica de 6 (seis) pontos (0 a 5) onde 0 (zero) equivale

à menor intensidade e 5 (cinco), à maior intensidade. A quarta seção apresenta um

termômetro com 6 (seis) descritores de dor onde o avaliador julga a intensidade da

dor percebida no paciente. Estudo comprova a validade concorrente do instrumento

comparando os resultados a observações filmadas revelando alta concordância:

Kappa=0,87 (SE: 0,295% CI: 0,82-0.91) (SNOW et al., 2004).

Já no estudo de Horgas et al. (2007), conduzido com graduandos de

enfermagem, os achados reforçaram a validade convergente e a confiabilidade da

escala (correlação entre NOPPAIN e Escala Numérica (r=0,66 p<.001); e entre

NOPPAIN e Escala de Descritores Verbais (r=0,66; p<0,001 e Kappa=0,72-1,00).

Concluíram tratar-se de um instrumento de fácil utilização, adequado para mensurar

a dor por meio da observação de comportamentos que expressam dor em idosos

não comunicantes.

Page 41: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 41 __________________________________________________________________________________

Em estudo posterior, o instrumento NOPPAIN foi traduzido e validado para o

idioma italiano (FERRARI et al., 2009). Utilizou-se a versão do NOPPAIN, fornecida

por sua proponente Dra Lynn Snow, com um sistema de pontuação por meio da

atribuição de escores a cada item do instrumento. Reforçaram a confiabilidade,

validade e utilidade clínica da escala para medir dor em pessoas com demência

avançada. No estudo de Novello et al. (2009), realizado em um cenário hospitalar,

com 142 membros da equipe de saúde, por meio de observação de fitas de vídeo

que retratavam diferentes níveis de intensidade de dor. Mostraram que o NOPPAIN

permite pontuação correta e discrimina as diferentes intensidades de dor,

reforçando, também, confiabilidade interobservadores e validade de construto.

O NOPPAIN foi apontado como instrumento clinicamente útil para medir a

dor a partir da observação de comportamentos que expressam dor, podendo ser

utilizado por profissionais de diferentes níveis de formação. Apesar disso, sugerem

que novos testes e validações sejam realizadas, com foco no gênero e nas

diferenças raciais, uma vez que tais variáveis podem influenciar o comportamento de

dor (HERR et al., 2006; HERR; BJORO; DECKER, 2006; HUTT et al., 2006;

ZWAKHALEN, 2006; AUBIN et al., 2007; SCHOFIELD, 2008; FERRARI et al., 2009;

NOVELLO et al., 2009).

A medida da dor em pessoas com déficit cognitivo e impossibilidade de

comunicar verbalmente o que estão sentindo, por meio de instrumentos baseados

na observação do comportamento indicativo de dor, e a superação de grandes

desafios, como a inclusão de amostras representativas e desenvolvimento de

pesquisas onde a avaliação da dor possa ser feita sem prejuízos, em ambientes

adequados e por profissionais capacitados para a tarefa. Por outro lado, há

necessidade de instrumentos que contenham um número adequado de indicadores

comportamentais, pois quando o número desses indicadores é muito pequeno pode

haver falhas na detecção da dor em indivíduos com comportamentos de dor menos

comuns. No entanto, instrumentos muito longos e abrangentes podem ser mais

cansativos, podendo levar à identificação de dor em situações em que não existe

(HERR et al., 2006a; HORGAS et al., 2007; HADJISTAVROPOULOS et al., 2007).

Ressaltamos aqui o papel relevante do enfermeiro, profissional capaz de

manter o processo de avaliação da dor de forma continuada e sistematizada,

Page 42: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 42 __________________________________________________________________________________

durante todo o período em que o paciente estiver sob tratamento, seja no ambiente

hospitalar ou não, e também na pós-alta. Pacientes que têm a intensidade de sua

dor avaliada, monitorada e registrada sistematicamente apresentam considerável

redução nos níveis de dor e expressam menor angústia emocional, desajustes

sociais e comportamentos de dor (DAVIS; WALSH, 2004).

1.5 Processo de adaptação transcultural de um instrumento de medida Adaptação transcultural é o processo de tradução e adaptação linguística de

um instrumento já existente e válido, para que possa ser utilizado, sem prejuízos, em

uma população com cultura e idioma diferentes da original. Em outras palavras, um

instrumento adaptado culturalmente deve poder medir um fenômeno similar em

culturas diferentes (GUILLEMIN; BOMBARDIER; BEATON, 1993). O objetivo da adaptação transcultural é manter a equivalência entre o

instrumento original e a versão adaptada, bem como assegurar a melhor

compreensão do instrumento para a população alvo, porém, mantendo sua validade

semântica, de conceito, cultural e de conteúdo (BEATON et al., 2000).

Muitas são as abordagens encontradas na literatura contemplando o processo

de adaptação transcultural, no entanto não há ainda um consenso quanto às

diretrizes utilizadas para sua operação (GUILLEMIN; BOMBARDIER; BEATON,

1993; CARVALHO et al., 1993; STREINER; NORMAN, 1995; HERDMAN; FOX-

RUSHBY; BADIA, 1998; MANEESRIWONGUL; DIXON, 2004, SPERBER, 2004;

EREMENCO; CELLA; ARNOLD, 2005)

De acordo com Herdman et al (1997), no processo de adaptação

transcultural, um instrumento deve ser submetido à uma avaliação que abrange seis

tipos de equivalências a saber: conceitual, de itens, semântica, operacional, de

mensuração e funcional.

A equivalência conceitual é alcançada quando os instrumentos possuem a

mesma relação com o conceito subjacente em ambas as culturas.

Page 43: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

II N T R O D U Ç Ã O | 43 __________________________________________________________________________________

A equivalência de item ocorre quando os itens estimam os mesmos

parâmetros das características latentes que estão sendo medidas e quando tais

parâmetros são igualmente relevantes e aceitáveis em ambas as culturas.

A equivalência semântica, preocupa-se com a transferência de significado

entre as duas línguas, e com a realização de um efeito semelhante sobre os

respondentes em diferentes idiomas.

A equivalência operacional refere-se à possibilidade de utilizar um formato de

questionário, bem como instruções, modo de administração e métodos de

mensuração semelhantes.

Equivalência de mensuração tem como alvo, garantir que diferentes versões

linguísticas do mesmo instrumento, alcançe níveis aceitáveis em termos de suas

propriedades psicométricas.

Equivalência funcional destina-se a destacar o fato de que todas as partes do

processo descrito é importante na obtencão de um instrumento transculturalmente

equivalente. Portanto, em que grau um instrumento faz o que é suposto fazer,

igualmente bem, em duas ou mais culturas. Herdman et al (1998) sugeriram que estes seis tipos de equivalência são

suficientes para examinar não só a forma de alcançar a equivalência, mas também a

ocorrencia da adaptação trancultural.

No entanto Guillemin; Bombardier e Beaton (1993) também propuseram,

entre os vários passos para alcançar a adaptação transcultural de um instrumento,

diretrizes atendendo à equivalência de seus conceitos e significados, quanto aos

aspectos semântico, idiomático, cultural e conceitual.

Esta técnica de verificação de equivalências assegura que, na versão final,

cada item seja adequadamente compreendido e mantenha equivalência semântica

com o instrumento original. Avalia-se, também, a facilidade de compreensão,

clareza, objetividade, pertinência e relevância cultural do instrumento, garantindo a

adaptação adequada ao idioma da população alvo (SCHUMAN, 1966).

Page 44: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

2. OBJETIVOS

Mas Tu, Senhor me proteges

como um escudo. Tu me dás a

vitória e renovas a minha

coragem. Eu chamo o Senhor

para me ajudar, e lá do Seu

monte santo Ele me responde.

(Salmos 3: 3 e 4)

Page 45: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

OO B J E T I V O S | 45 __________________________________________________________________________________

Objetivo:

Realizar a adaptação transcultural brasileira do instrumento NOPPAIN (Non-

communicative Patient’s Pain Assessment Instrument), proposto por Snow et al.

(2004).

Page 46: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

4. METODOLOGIA

“Feliz é a pessoa que acha sabedoria e que consegue compreender as coisas, pois isto é melhor do que a prata e tem mais valor do que o ouro. A sabedoria é mais preciosa do que as jóias; tudo o que a gente deseja não se pode comparar com ela. A sabedoria oferece uma vida longa e também riquezas e honras. Ela torna a vida agradável guia a pessoa com segurança em tudo o que faz. Os que se tornam sábios são felizes, e a sabedoria lhes dará vida”. (Salmos 3:13-8)

Page 47: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 47 __________________________________________________________________________________

Trata-se de estudo metodológico, de adaptação transcultural de um

instrumento de avaliação de dor em pacientes com demência avançada e

incapacidade de comunicação verbal, cujo desenvolvimento teve início após análise

e parecer ético favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal

de Goiás, Protocolo Nº 0122010 (Anexo 1), e consentimento dos elaboradores do

instrumento NOPPAIN, na pessoa da Dra Lynn Snow (Anexo 2).

3.1 Descrição do instrumento: non-comunicative pacient’s pain assesment instrument – NOPPAIN.

O instrumento NOPPAIN foi desenvolvido por Snow et al. (2004), para a

medida da dor em pessoas com demência avançada e com déficit de comunicação.

Alguns anos após a publicação do instrumento, a autora o redesenhou, sem

alterações conceituais ou de construto, dando-lhe um formato mais adequado e

introduzindo um sistema de pontuação (atribuição de escores) de forma a produzir

maior efetividade e utilidade clínica (Anexo 3).

Assim, em estudos posteriores, o NOPPAIN foi estudado por Ferrari et al.

(2009) e Novello et al. (2009) e as suas propriedades psicométricas reforçadas.

O NOPPAIN é um instrumento que permite a avaliação da experiência

dolorosa por meio da observação de comportamentos que podem expressar dor,

manifestados no momento em que as atividades de cuidado diário (banho,

colocação de vestimentas, transferência de locais e mudança de decúbito) estiverem

sendo realizadas.

As instruções aos profissionais deixam claro que o NOPPAIN deve ser

preenchido por um membro da equipe de enfermagem, ou outro profissional

responsável pela avaliação da dor no momento, após cinco minutos de observação

de atividades de cuidado. Os cuidados básicos incluem a realização da higiene,

mudança de decúbito, alimentação ou transferência para a cadeira ou cama, entre

outros.

O Instrumento é composto por quatro seções:

Page 48: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 48 __________________________________________________________________________________

Primeira seção: denominada “Verificação de Atividades”, contém uma lista

de nove (9) atividades de cuidados ilustradas com nove (9) figuras. À frente das

figuras estão dispostas duas colunas com o desenho de caixas duplas, uma

correspondendo à letra “S” (SIM) e a outra correspondendo à letra “N” (NÃO). O

avaliador deve marcar com um “X” nas caixas da coluna A, considerando as

atividades que realizou; e na coluna B, as marcações devem ser feitas segundo os

comportamentos de dor observados durante os cuidados realizados. Ao final, o

somatório de todas as respostas “S” (SIM) para as atividades que geraram

comportamentos de dor resultará no “Total 1” da escala.

Segunda seção: denominada “Comportamentos de Dor”, contém seis (6)

figuras ilustrativas de comportamentos de dor (expressões verbais (linguísticas) de

dor, expressões paralinguísticas (grunhidos, choro, gemidos), expressões faciais de

dor, esfregação de determinados locais do corpo, inquietação, posições antálgica ou

de suporte e proteção de zonas dolorosas). O observador deve marcar com um “X”,

nas caselas de “S” ou “N” a presença ou não do comportamento de dor

representado. A pontuação deste item corresponde ao somatório do número de

comportamentos de dor observados, correspondendo ao “Total 2a”.

Em seguida, ainda na segunda seção, o observador deve marcar a

intensidade do comportamento de dor, por meio de uma escala numérica de seis (6)

pontos (0 a 5), onde 0 (zero) equivale à menor intensidade e 5 (cinco) à maior

intensidade. Os valores 1 (um), 2 (dois), 3 (três) e 4 (quatro) equivalem a

quantidades intermediárias de intensidade para o comportamento observado. O

somatório dos escores de intensidade de cada comportamento corresponde ao

“Total 2b”.

Terceira seção: denominada “Intensidade da dor”, consiste de uma escala

ordinal, numérica, que possibilita a medida da intensidade global da dor durante os

procedimentos. A escala contém os números de 0 (zero) a 10 (dez) associados a 6

(seis) descritores de dor: “nenhuma dor”, “dor leve”, “dor moderada”, “dor forte”, “dor

muito forte” e “dor quase insuportável”. A avaliação global da dor pelo avaliador,

marcada nesta escala, será a pontuação designada “Total 3”.

Page 49: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 49 __________________________________________________________________________________

Quarta seção: denominada “Pontuação do NOPPAIN”, contém quatro

caixas, onde devem ser anotados os escores correspondentes às três seções do

instrumento. O somatório do Total 1 + Total 2a + Total 2b + Total 3 corresponde à

Pontuação Total do NOPPAIN. A pontuação TOTAL pode variar de 0 (zero) a 55

pontos. Pontuação maior que três (3) é indicativa de dor. Pacientes com pontuação

> que 3, deve ser encaminhado ao enfermeiro para uma avaliação mais completa.

3.2 Adaptação Transcultural do Non-Comunicative Pacient’s Pain Instrument - NOPPAIN

O processo de adaptação transcultural do instrumento NOPPAIN foi

realizado de forma a manter a equivalência entre a versão original (inglês) e a

versão adaptada ao idioma português (brasileiro), seguindo os passos propostos por

Guillemin, Bombardier e Beaton (1993), que incluem:

1) Tradução do instrumento original para a língua da população a qual se

destina: esta tradução será de qualidade se for efetuada, pelo menos, por dois

tradutores bilíngües, independentes e qualificados, os quais devem possuir

conhecimento da língua e tenham vivido pelo menos um ano no país do instrumento

original.

Garyfallos et al. (1991) consideram bilíngue a pessoa fluente em duas

línguas e que morou pelo menos um ano em cada país, o que é necessário para se

compreender o significado das palavras em ambas as línguas.

Concluídas as traduções, deve ser realizada uma reunião para analisá-las à

luz da versão original, com o objetivo de desenvolver um consenso entre elas, de

onde é extraída somente uma versão traduzida de consenso, que é encaminhada

para retrotradução.

Page 50: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 50 __________________________________________________________________________________

2) Retrotradução: nesse momento, a versão de consenso na língua da

população alvo será novamente traduzida para o idioma original (inglês). A

retrotradução terá mais qualidade quando produzida, de forma independente, por

maior número de tradutores bilíngües, conhecedores da língua nativa do instrumento

original e também o idioma da população alvo, com vivência nas duas culturas e que

não tenham conhecimento do documento original.

3) Comitê de Revisão: formado preferencialmente por uma equipe

multidisciplinar de experts, conhecedores dos conceitos a serem explorados

(profissionais, graduandos, tradutores, linguistas etc.). A tarefa é a de comparar a

versão original com as versões produzidas nas traduções para o português e as

retrotraduções, para obtenção da versão pré-final do instrumento.

Ao comitê de revisão compete modificar e eliminar itens que sejam

irrelevantes, inadequados e ambíguos, podendo ainda, gerar substitutos que se

aplicam a situação da cultura alvo, mas, sempre mantendo o mesmo conceito geral

do item que foi substituído.

Ainda nesta fase, deve-se verificar equivalência transcultural na fonte

(instrumento original) e versões traduzidas e retrotraduzidas, atendendo à

equivalência de seus conceitos e significados, quanto aos aspectos semântico,

idiomático, cultural e conceitual.

Equivalência semântica: equivale à avaliação do significado das palavras,

preservando a equivalência do significado e a formulação dos itens. Esse tipo de

equivalência nos remete ao significado das palavras, sendo necessário, em alguns

casos, fazer alterações no vocabulário e na gramática.

Equivalência idiomática: a verificação da equivalência idiomática implica em

observar se as expressões coloquiais ou expressões idiomáticas de difícil tradução

dizem respeito a expressões próprias de determinada região, que caracterizam a

situação nas dimensões emocional e social, muito particulares de uma região,

população ou cultura. Elas podem ser difíceis de serem traduzidas e por isso

podem-se formular expressões equivalentes.

Equivalência cultural: avalia a existência de itens que reflitam experiências

do contexto vivido pela cultura alvo, seja este social, sentimental ou relacionado a

Page 51: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 51 __________________________________________________________________________________

qualquer outra experiência vivenciada, buscando equivalência ao instrumento

original.

Equivalência conceitual: avalia palavras que frequentemente capturam

significados das duas culturas. Ou seja, o construto passa a ser reconhecido como

conceitualmente equivalente em ambas as culturas. A atenção se volta à validade do

conceito explorado e os eventos vividos pela população na cultura alvo, uma vez

que, alguns itens possam ter significados semanticamente equivalentes, podem não

ter equivalência conceitual.

4) O pré-teste: é a etapa que busca verificar a equivalência na fonte e na

versão final. No pré-teste uma amostra da população alvo responde as questões do

instrumento, para que possam ser detectados erros e desvios que possam ter sido

cometidos no processo de tradução. Esta fase permite que também seja verificada a

validade de face (confirmação de que questões são aceitáveis sem levantar

relutância ou hesitação). Duas técnicas são propostas para aplicação do pré-teste

da versão pré-final do instrumento, podendo ser usada uma ou a outra: (1) a técnica

de verificação ou a (2) técnica de avaliação por indivíduos bilíngües.

4.1 Técnica de verificação

Na técnica de verificação, a versão pré-final do instrumento é apresentada a

um pequeno grupo da população alvo, buscando verificar se os itens da versão para

a língua da população alvo são compreensíveis, pertinentes e relevantes para sua

cultura. Os participantes devem ser encorajados a responder perguntas abertas

como “O que você entende?” “Qual é o significado disso para você?” (SCHUMAN,

1966).

4.2 Técnica de avaliação por indivíduos bilíngues

Conforme as diretrizes de Guillemin; Bombardier e Beaton (1993) na técnica

por detecção com a participação de indivíduos bilíngues, tanto a versão original

quanto a versão traduzida são analisadas. O avaliador deverá responder sobre a

equivalência de cada item da versão original e aquela proposta na língua da

população alvo. No caso de haver discrepâncias, ou qualquer inadequação ao

contexto cultural na versão final, estas serão apontadas.

Esta técnica assegura que, na versão final, cada item seja adequadamente

compreendido e mantenha equivalência semântica com o instrumento original.

Page 52: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 52 __________________________________________________________________________________

Avalia-se, também, a facilidade de compreensão, clareza, objetividade, pertinência e

relevância cultural do instrumento, garantindo a adaptação adequada ao idioma da

população alvo (SCHUMAN, 1966).

Na Figura 1, a seguir, pode ser observado o fluxograma da adaptação

transcultural do NOPPAIN para o português brasileiro.

Page 53: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 53 __________________________________________________________________________________

Figura 1. Fluxograma do processo de adaptação transcultural do Non-

Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument (NOPPAIN) para o Português

Brasileiro-NOPPAIN-Br.

Versão Brasileira do NOPPAIN Adaptado Transculturalmente NOPPAIN-Br

PRÉ-TESTE com NOPPAIN-Br-VPF (em duas etapas)

1- Técnica de Verificação 2- Aplicação na população alvo

Retro-Tradução RT2

Retro-tardução 4 RT4

Retro-Tradução 1 RT1

Retro-tradução 3 RT3.

Avaliação do Comitê de Especialistas Bilíngues Comparação entre NOPPAIN original em inglês e o NOPPAIN-VCP-Br

e as retro traduções RT1, RT2, RT3 e RT4

Versão Retro traduzida Final NOPPAIN-VRTF

+ Versão em português brasileira pré-final

NOPPAIN-Br-VPF

NOPPAIN Versão original em Inglês

Versão Consensual do NOPPAIN na Língua Portuguesa

NOPPAIN-VCP-Br

VERSÃO EM PORTUGUÊS Tradutor a

NOPPAIN-VTPa VERSÃO EM PORTUGUÊS

Tradutor b NOPPAIN- VTPb

Page 54: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 54 __________________________________________________________________________________

3.2.1 Tradução do instrumento NOPPAIN, original do inglês, para o português brasileiro

Conforme o referencial teórico adotado, o instrumento NOPPAIN foi

submetido à tradução para a língua portuguesa brasileira, por duas bilíngues, que

realizaram a tarefa de forma independente.

A primeira tradução, denominada: Versão Traduzida para a Língua

Portuguesa Brasileira (a) – VTPa (Apêndice 1) foi feita por uma brasileira,

educadora, bacharel em letras, que leciona línguas (português e inglês) e residiu nos

Estados Unidos por mais de um ano,seguido por constantes idas e vindas a aquele

país, ali permanecendo longos períodos de tempo. Para esta tradutora, o objetivo e

conceitos concernentes à tradução não foram elucidados antes da tradução. O

instrumento original foi enviado por e-mail, como também o seu retorno já traduzido

para o português.

A segunda tradução, denominada Versão Traduzida para a Língua

Portuguesa Brasileira (b) – VTPb (Apêndice 1), foi feita por uma enfermeira,

brasileira e pesquisadora principal deste estudo, que residiu nos Estados Unidos por

dezenove anos, onde fez cursos diversos e trabalhou na assistência a pacientes

idosos por 19 anos. Conhecedora de termos técnicos específicos da área, essa

tradutora tem estudado a mensuração da dor em pessoas com demência, o que

facilitou o entendimento da proposta de se medir a experiência dolorosa por meio de

comportamentos que expressam dor.

3.2.2 Versão Consensual da NOPPAIN para a Língua Portuguesa Brasileira (NOPPAIN-VCP-Br)

A versão de consenso entre as duas traduções do instrumento NOPPAIN

para a língua portuguesa (VTPa e VTPb) foi obtida em reunião realizada entre as

tradutoras bilíngües e as pesquisadoras do estudo.

O processo teve início após distribuição das cópias das traduções do

instrumento NOPPAIN em português brasileiro (VTPa e VTPb) e o instrumento na

língua original (inglês). Foram dados esclarecimentos verbais sobre os objetivos da

Page 55: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 55 __________________________________________________________________________________

reunião. Primeiramente, comparou-se as duas versões. Depois, foi feita a leitura

compassada de cada item traduzido e a anotação das informações, opiniões,

alterações e consenso do grupo. Por meio de análise, discussão e síntese, buscou-

se encontrar o melhor significado para as palavras, originais da língua inglesa, em

português brasileiro bem como a identificação das dificuldades na compreensão das

instruções escritas para o preenchimento do instrumento.

Foram realizadas algumas modificações nas traduções propostas para o

português brasileiro e ao final do processo, obteve-se a primeira Versão Consensual

na Língua Portuguesa Brasileira do Instrumento NOPPAIN, denominado NOPPAIN-

VCP-Br (Apêndice 2).

3.2.3 Retrotradução da Versão Consensual na Língua Portuguesa do instrumento NOPPAIN (NOPPAIN-VCP-Br)

A versão consensual em português brasileiro NOPPAIN-VCP-Br, foi

retrotraduzida para o inglês, por quatro pessoas fluentes e conhecedoras de

expressões coloquiais da língua inglesa, e da língua da população da cultura alvo

(BEATON et al., 2000).

Os quatro retrotradutores bilíngues, que tinham como língua nativa o

inglês, eram ingênuos em relação ao instrumento original e desconheciam sua

finalidade, bem como os objetivos do estudo.

O primeiro retrotradutor nasceu nos Estados Unidos da América, é filho

de mãe brasileira e pai americano, viveu em períodos alternados nos dois países,

completou o ensino fundamental no Brasil. Nos EUA onde vive atualmente, cursou

ensino médio, bacharel em Ciências da Engenharia Mecânica na University of

Central Florida e atualmente é aluno da pós-graduação.

O segundo retrotradutor é filho de pais brasileiros, nascido no Brasil

imigrou com a família para os EUA aos 2 anos de idade, onde viveu e estudou por

17 anos. Regressou ao Brasil onde fez curso preparatório para o vestibular, lecionou

em escolas de inglês e atualmente cursa a Faculdade de Ciências da Computação

na UFG e leciona inglês particular para brasileiros.

Page 56: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 56 __________________________________________________________________________________

O terceiro retrotradutor é filho de pais brasileiros, nasceu no Brasil, porém,

vive no EUA desde o primeiro ano de vida, fez o ensino fundamental nos EUA, parte

do ensino médio no Brasil e parte nos EUA. Graduou-se nos EUA em literatura

inglesa, atuando também na área de comércio internacional onde está incluído o

Brasil.

O quarto retrotradutor viveu desde a infância na África do Sul, cuja língua

nativa é o inglês, migrou para o Brasil na adolescência, onde vive até hoje.

Completou a graduação em liguística e, nesta área, fez pós-graduações na América

do Norte. Atualmente vive em Brasília, onde atua como professor de inglês, tradutor

e consultor.

Todos os retrotradutores possuíam conhecimento das duas culturas e

línguas e o trabalho resultou em 4 (quatro) retrotraduções (Apêndice 3) da

NOPPAIN-VCPBr: as Versões RT1, RT2, RT3, e RT4.

3.2.4 Avaliação das retro-traduções e versões para a língua portuguesa brasileira por um comitê de especialistas.

Nesta etapa do processo de adaptação transcultural do NOPPAIN para a

língua portuguesa brasileira, as pesquisadoras organizaram um Comitê de

Especialistas, formado por profissionais da área da saúde, linguístas e tradutores

bilíngues. Todos eram conhecedores dos conceitos a serem analisados e

possuidores de conhecimento sobre o tema em questão (medida de dor, idoso,

comportamento de dor); da língua portuguesa e da metodologia de adaptação

transcultural de instrumentos para a língua portuguesa brasileira.

Para a tarefa, foi feito contato por telefone e por carta eletrônica,

buscando aceite em participar da Comissão de Especialistas. Havendo

concordância, enviou-se carta (Apêndice 4) contendo orientações para a tarefa,

explicações sobre o objetivo da pesquisa e 2 quadros com seis colunas, contendo,

em cada uma de suas linhas os elementos que compuseram os itens do

instrumento, na forma original NOPPAIN em inglês, em português (versão

consensual traduzida para o português brasileiro - NOPPAIN-VCP-Br), e as quatro

retrotraduções (RT1, RT2, RT3 e RT4). Essa disposição permitiu boa visualização

Page 57: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 57 __________________________________________________________________________________

de todas as versões e facilitou a comparação entre os itens, facilitando o trabalho

dos especialistas.

A primeira tarefa dos especialistas foi indicar em uma escala de 0(zero) a

10(dez), o grau de concordância que julgavam haver entre a NOPPAIN-VCP-Br e a

NOPPAIN original. Havendo necessidade de mudar termos ou palavras deveriam

fazê-lo, anotando suas sugestões no espaço em branco apropriado para este fim. A

segunda tarefa foi comparar e averiguar equivalência do instrumento NOPPAIN

original em inglês com as quatro versões retrotraduzidas (RT1, RT2, RT3 e RT4),

com o objetivo de obter ao final uma única Versão de Consenso Retrotraduzida

para o inglês (NOPPAIN-VRTF).

Aos especialistas foi delegado o poder de julgar, modificar e eliminar itens

que fossem irrelevantes, inadequados e ambíguos, podendo ainda, gerar substitutos

que se aplicassem à cultura alvo, sempre mantendo o mesmo conceito geral do item

que foi substituído, considerando a equivalência idiomática, cultural, semântica e

conceitual do instrumento, conforme as diretrizes de Guillemin; Bombardier e Beaton

(1993).

Os juízes comparando com a NOPPAIN original deveriam ler, analisar e

apontar a melhor retrotradução (por item), anotando sugestões que poderiam torná-

la ainda mais adequada. Sempre que necessário poderiam falar com a pesquisadora

principal da pesquisa, também bilíngue, colocando suas sugestões.

Este processo resultou na Versão Retrotraduzida Final do instrumento

NOPPAIN nomeado NOPPAIN-VRTF (Apêndice 5 ) e da Versão Pré-final do

instrumento NOPPAIN na língua portuguesa adaptada à cultura brasileira –

NOPPAIN-Br-VPF (Apêndice 6).

3.2.5 PRÉ-TESTE: Uma Avaliação para Verificação da Versão NOPPAIN-Br-PF.

O pré-teste foi realizado mediante a Técnica de Verificação, onde o

instrumento na versão pré-final NOPPAIN-Br-VPF foi avaliado quanto à

compreensão dos itens, clareza, objetividade, equivalência semântica, pertinência e

relevância cultural, garantindo a adaptação cultural e adequação, para avaliar o que

Page 58: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 58 __________________________________________________________________________________

se propõe na população alvo (GUILLEMIN; BOMBARDIER; BEATON, 1993;

BEATON et al., 2000).

Vale lembrar que em estudos onde a avaliação de um fenômeno subjetivo

é feita por meio de instrumentos de auto-relato, os próprios pacientes fazem o

julgamento daquilo que estão sentindo. No entanto, neste estudo, o instrumento de

medida vale-se da observação do comportamento dos pacientes durante o cuidado,

logo, o preenchimento foi feito por profissionais de saúde de uma instituição de

longa permanência, com comprovada experiência na assistência à saúde de

pessoas com demência avançada.

A técnica de verificação do NOPPAIN-Br em sua versão pré-final foi feita

em dois momentos: primeiro foi feito pelos profissionais a avaliação da comprenção

do instrumento; e segundo, aplicação do instrumento avaliando (durante pelo menos

cinco minutos) pacientes com demência enquanto recebiam cuidados de atividades

diárias, observando comportamentos de dor.

A- Técnica de verificação do NOPPAIN-BR-VPF por membros da equipe multiprofissional

Inicialmente, a pesquisadora comunicou-se por telefone com a Instituição

de Longa Permanência (Complexo Gerontológico de Goiânia, GO). Posteriormente,

pessoalmente, em dois encontros previamente agendados, convidou alguns

profissionais da equipe de saúde, que ali prestavam serviços, para participarem da

pesquisa, como membros da equipe de avaliação do NOPPAIN-Br-VPF. Nestas

reuniões os profissionais foram orientados a avaliarem a facilidade de compreensão,

a clareza, objetividade, equivalência semântica, pertinência e relevância cultural,

garantindo a adaptação do instrumento traduzido e sua adequação para avaliar a

dor clínica na população brasileira. Nesta avaliação os profissionais poderiam

também fazer sugestões.

A equipe incluiu duas enfermeiras, um fisioterapeuta, uma instrutora de

educação física, uma terapeuta ocupacional.

Page 59: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 59 __________________________________________________________________________________

Na presença do pesquisador, todos receberam cópias do instrumento

NOPPAIN-Br-VPF, com espaços em branco para anotação das sugestões. Também

receberam orientações escritas e verbais para a tarefa, sendo incentivados a

exporem suas dúvidas e fazerem seus comentários junto com os demais membros

da equipe.

B- Técnica de verificação do NOPPAIN-BR-VPF através de sua aplicação em pacientes com demência.

Esta etapa teve como objetivo continuar o refinamento do instrumento

NOPPAIN.

Nesta etapa do pré-teste, participaram como avaliadores alguns dos

profissionais da equipe de saúde, funcionários da Instituição de longa Permanência,

conhecedores do instrumento e das formas como uma pessoa pode expressar a dor

sentida, incluindo três enfermeiras e um fisioterapeuta.

Após verificação do atendimento aos critérios de inclusão e assinado o

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 7), pelo curador

responsável (funcionário da instituição co-participante, representante legal

responsável pelo paciente), uma amostra de conveniência com sete (7) idosos, foi

constituída. Foram também coletados seus dados socioeconômicos e demográficos

(Apêndice 8)

Os critérios de inclusão resumiram-se em: (1) ser idoso (idoso foi

considerado como aquele com idade igual ou superior a 60 anos, confirmada em

folha de identificação do paciente); (2) ter diagnóstico médico de demência

avançada (anotado no prontuário médico) e ser dependente (necessitar de cuidados

básicos no leito).

O pesquisador distribuiu cópias do NOPPAIN-Br-VPF e procedeu à leitura

compassada de cada item do instrumento em voz alta, e durante a coleta de dados

foram anotadas opiniões sobre a compreensão e adequação das palavras e termos

adaptados ao português brasileiro.

A aplicação do NOPPAIN-Br-VPF foi iniciada no momento em que

estavam sendo realizados os cuidados básicos diários, como mudança de decúbito,

Page 60: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

MM E T O D O L O G I A | 60 __________________________________________________________________________________

banho no chuveiro, alimentação e transferência para a cadeira ou para o leito. Os

avaliadores observaram os pacientes durante pelo menos cinco (5) minutos,

enquanto recebiam cuidados nas atividades diárias e, imediatamente, preencheram

o NOPPAIN-Br-VPF.

Mais uma vez os profissionais puderam emitir sua opinião sobre os itens e

as instruções fornecidas para o preenchimento do instrumento. Verificaram a

adequação da versão disponibilizada em português brasileiro, fizeram

questionamentos e, receberam esclarecimentos, e finalmente, puderam avaliar

através da observação da presença de comportamentos dolorosos, a presença ou

não de dor nesta fragilizada população.

Este processo resultou na Versão Final do instrumento NOPPAIN

adaptado à cultura brasileira: o NOPPAIN-Br (Apêndice 9).

4. Análise dos dados

A análise da concordância entre os especialistas com a tradução do

NOPPAIN para o português brasileiro (NOPPAIN-Br-VPF) foi verificada pela média

dos escores atribuídos a cada elemento por meio de uma escala de 0 (zero) a 10

(dez), onde 0 (zero)=nenhuma concordância; 1 (um), (2) dois, 3 (três) e 4

(quatro)=concordância baixa; 5 (cinco) e 6 (seis)=concordância média; 7 (sete), 8

(oito) e 9 (nove)=concordância boa e 10 (dez)=muito boa concordância. Na

avaliação das retrotraduções considerou-se a concordância simples (%) na escolha

da versão retrotraduzida que mais se aproximou da versão original do NOPPAIN; e

no pré-teste, a concordância dos profissionais em relação à adequação dos itens do

NOPPAIN-Br-VPF, foi analisada pela porcentagem de respostas “adequada”,

“parcialmente adequada” e “inadequada”:

% concordância = número de Juízes que concordaram x 100

Número total de Juízes

Page 61: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

“As pessoas aprendem umas

com as outras, assim como o

ferro afia o próprio ferro”.

(Provérbios: 27;17)

Page 62: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 62 __________________________________________________________________________________

Os resultados do processo de adaptação transcultural do NOPPAIN serão

apresentados de acordo com os cinco (5) etapas preconizadas por Guillemin,

Bombardier e Beaton (1993).

Etapa 1 - Tradução e obtenção da síntese das traduções para o português brasileiro do instrumento NOPPAIN – NOPPAIN-VCP-BR

As duas traduções do NOPPAIN para o português brasileiro, feitas

independentemente por duas bilíngües, foram apresentadas na íntegra no Quadro A

(Apêndice 1), local em que o leitor pode visualizar cada item do instrumento na

língua original, colocado na primeira coluna. Em seguida esta disposta a segunda

coluna, dividida em duas partes onde respectivamente contem as duas traduções

para o português (TPa e TPb). Na terceira coluna se encontra a composição,

correspondente a síntese das traduções, obtida por consenso após discussão entre

os pesquisadores e tradutores bilíngues.

Observa-se, no Apêndice 1, que as duas traduções do NOPPAIN são

muito semelhantes, no entanto, nos casos em que houve discordância

permaneceram as traduções de consenso, ou seja, aquelas que pesquisadores e

tradutores compreenderam ser a que melhor expressava o sentido original do termo,

permitindo que o instrumento mantivesse as características necessárias para avaliar

comportamentos que expressam dor (AGS, 2002).

A expressão “Did you see pain?”, por exemplo, traduzida ao pé da letra

como “Você viu dor?” o que não representa um termo adequado na cultura

brasileira, então, optou-se pela expressão “Você notou dor?”

Outra expressão, “sponge bath”, traduzida ao pé da letra, como “banho de

esponja”, na cultura brasileira significa dar banho no indivíduo em sua própria cama,

sendo usada a expressão “banho de leito”.

A palavra “bracing”, traduzida ao pé da letra como “suportando”,

“apoiando”, “segurando” não se mostrou equivalente ao significado da palavra,

traduzida então como “posição antálgica”.

Page 63: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 63 __________________________________________________________________________________

O emprego da palavra “bracing”, de acordo com o estudo de Keefe e

Block (1982) conduzido com pacientes que referiam dor crônica na coluna na

coluna, indicou “uma posição estacionária”. Essa posição refere-se a um membro

totalmente estendido suportando e mantendo uma distribuição anormal do peso

(mantido por, pelo menos, três (3) segundos), com o propósito de aliviar a dor na

região. Outros autores colocaram como “posição de rigidez”, “apoiando ou

protegendo”, especialmente durante os movimentos (HADJISTAVROPOULOS et al.,

2007; SHEGA, 2008).

Em estudos brasileiros, este comportamento de assumir uma posição

corporal de apoio, para suportar e aliviar a dor, é comumente nomeado por “posição

antálgica”, expressão muito usada na literatura e linguagem multidisciplinar em

saúde. Estudo de caso de paciente com dor abdominal por 6 (seis) dias mostrou que

a pessoa assumia posição de flexão do quadril para aliviar a dor, sendo referida

como “posição antálgica” (CAPORALE et al., 1988)

No estudo de Marcolino et al (2008), um paciente com lesão do plexo

braquial, assumia “posição antálgica” de elevação do ombro, como medida para

aliviar a dor crônica que se exacerbava ao movimento.

Isto posto, foi consenso, neste momento, que a expressão “posição

antálgica” seria a tradução mais adequada para este item na versão para o

português brasileiro.

Ainda, a expressão “non communicative”, traduzida como “não

comunicativo”, em nossa cultura pode ser entendida como pessoa “não expansiva”,

“pouco dada a relacionar-se com outros”, e também pode significar aquele que “não

transmite”, “não se propaga” e “não se comunica” (FERREIRA, 1999). Assim, julgou-

se adequado manter a tradução “não comunicativo”.

A palavra “sat” foi traduzida como “sentou” e “assentou”, sendo utilizada

como sinônimas, no entanto, a expressão popularmente utilizada em nossa cultura é

“sentou”, sendo então, a de escolha.

O enunciado em inglês “Rate the resident’s pain at the highest level you

saw it today” foi traduzido como “Avalie a dor do paciente, no nível mais alto que

você a notou hoje”, no entanto, consenso que fosse adaptado o termo ”...você a

Page 64: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 64 __________________________________________________________________________________

notou hoje” para, “...você a notou durante o cuidado” porque este é o período

condizente com a avaliação que está sendo executada.

O resultado obtido nesta etapa foi a Versão de Consenso em Português

Brasileiro do instrumento NOPPAIN, o NOPPAIN-VCP-Br (Figura 2)

Page 65: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 65 __________________________________________________________________________________

FIGURA 2. Versão de Consenso em Português Brasileiro do instrumento NOPPAIN,

denominado NOPPAIN-VCP-Br.

Page 66: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 66 __________________________________________________________________________________

Etapa 2 - Retrotraduções da versão consensual em português brasileiro do instrumento NOPPAIN – NOPPAIN-VCP-Br

A NOPPAIN-VCP-Br foi (re) traduzida para o inglês, por quatro pessoas

bilíngues, resultando em quatro (4) versões retro traduzidas de forma independente

(RT1, RT2, RT3 e RT4).

As quatro retro traduções apresentaram grande semelhança entre si e

também com o NOPPAIN original em Inglês. O resultado pode ser visualizado no

Quadro B, Retro-traduções (Apêndice 3). Cada retrotradução foi disposta em uma

coluna, seguindo a primeira coluna, onde pode ser visualizados os itens do

NOPPAIN original, em inglês.

O resultado do trabalho dos quatro (4) retro tradutores, juntamente com a

versão de consenso para a língua portuguesa, NOPPAIN-VCP-Br, foram

encaminhados para a Comissão de Especialistas, com o objetivo de se obter a

Versão Retro traduzida de consenso final (NOPPAIN-VRTF) e a Versão para a

Língua Portuguesa Brasileira Pré Final (NOPPAIN-Br-VPF).

Etapa 3 - Obtenção da versão para a língua portuguesa brasileira pré-final (NOPPAIN-BR-VPF) e da versão retro traduzida consensual final (NOPPAIN-VRTF).

A versão de consenso para a Língua Portuguesa Brasileira NOPPAIN-VCP-

Br e as quatro retrotraduções foram analisadas minuciosamente pelos experts que

compuseram o Comitê de Especialistas.

Os juízes avaliaram cada item da NOPPAIN-VCP-Br e atribuíram escores a

cada elemento por meio de uma escala de 0 (zero) a 10 (dez). A média dos escores

indicou a concordância entre os especialistas, como pode ser observado no

Apêndice 10.

No Quadro 1 observa-se a concordância entre os especialistas considerando

o total de elementos do NOPPAIN que foram avaliados. Cinqüenta e seis, virgula

três por cento dos termos, palavras e frases avaliadas alcançaram média=10

equivalente a uma concordância muito boa entre os especialistas e 43,7% (28)

Page 67: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 67 __________________________________________________________________________________

alcançaram média entre 7,0 e 9,9, considerada como uma concordância boa. Assim,

a concordância entre os especialistas variou de “boa” a “muito boa” (Apêndice 10).

Quadro 1. Concordância entre os especialistas em relação a tradução dos

elementos da NOPPAIN-VCP-Br, de acordo com a média aritmética dos escores

atribuídos. Goiânia, GO, 2009/2011.

Não houve discrepâncias quanto ao significado das palavras entre as

duas versões. Algumas palavras foram substituídas pelo seu sinônimo e alguns itens

corrigidos gramaticalmente, com o propósito de conseguir uma composição mais

adequada e compreensível no idioma português brasileiro.

Quanto ao item “instruções” do NOPPAIN, todos os especialistas

concordaram que a palavra “resident” fosse traduzida como “paciente”.

Para a tradução do subtítulo da primeira seção do instrumento - “Activity

chart check list” -, três especialistas (50%) sugeriram, para a tradução de “check list”,

a palavra “verificação”. Mesmo sendo comum o uso do termo “check list” em nossa

cultura, considerou-se a palavra “verificação”. No julgamento das quatro versões retrotraduzidas para o Inglês

(Apêndice11), os especialistas escolheram, independentemente, aquela que em sua

opinião manteve maior semelhança de conceito e construto com a versão original.

Para tanto, foram avaliados separadamente cada elemento e escolhidos os de maior

semelhança.

Concordância entre os especialistas

Elementos traduzidos (NOPPAIN-VCP-BR) frequência

n (%)

Muito boa (M=10,0) 36 56,3

Boa (M=7,0 a 9,9) 28 43,7

Média (M=5,0 a 6,9) 0 0,0

Baixa (M=1-4,9) 0 0,0

Nenhuma (M=0) 0 0,0

Page 68: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 68 __________________________________________________________________________________

Apenas um elemento que não obteve concordância acima de 50%. Três

juízes (50%) escolheram diferentes retrotraduções do elemento “Transferred

resident (bed to chair, chair to bed, standing or wheelchair to toilet)” para o qual se

obteve como versão final, “Transferred the patient from the bed to the chair, from the

chair to the bed, picked the patient up, or took the patient in a wheelchair to the

bathroom”

Dos 64 elementos retrotraduzidos 38 (59,4,5%) obtiveram 100% de

concordância entre os juízes, 16 (25,0%) obtiveram 83,3%, 9 (14,1%) obtiveram

66,6% e apenas 1 (um) elemento obteve 50%, conforme mostrado no Quadro 2.

Quadro 2. Freqüência de elementos retrotraduzidos (n=64) e ta.xa de

concordância dos especialistas com as retrotraduções apresentadas. Goiânia, GO,

2010-2011.

A realização de quatro retrotraduções independentes, possibilitou a escolha

do elemento retrotraduzido mais adequado para realizar a versão retrotraduzida,

final.

A avaliação dos especialistas foi muito importante para se refinar a

tradução da NOPPAIN para a língua portuguesa brasileira e obtenção do consenso

entre as quatro (4) retrotraduções. Esse processo resultou na versão do NOPPAIN

para o português brasileiro, em formato pré final, que demonstra conceito, construto

e semântica, equivalentes a versão original denominado NOPPAIN-Br-VPF

(Figura 3).

Elementos retro traduzidos do NOPPAIN

Concordância entre os especialistas

(%) n(64) (%)

38 59,4 100,0

16 25,0 83,3

9 14,1 66,6

1 1,5 50,0

Page 69: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 69 __________________________________________________________________________________

FIGURA 3. Versão de Consenso (pelos especialistas) em Português Brasileiro do

instrumento NOPPAIN, denominado NOPPAIN-Br- Pré final (NOPPAIN-Br-VPF).

Page 70: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 70 __________________________________________________________________________________

Etapa 4- Pré-teste da versão pré final em português – NOPPAIN-BR-VPF

O pré-teste foi realizado em duas etapas. Na primeira verificação da

NOPPAIN-Br-VPF participaram membros de uma equipe multiprofissional de saúde

(um fisioterapeuta, uma terapeuta ocupacional, uma educadora física e duas

enfermeiras) e na segunda etapa, os membros da mesma equipe aplicaram a

NOPPAIN-Br-VPF em uma amostra de conveniência da população alvo.

Na primeira etapa o NOPPAIN-Br-VPF foi averiguado pelos profissionais e

não foram encontradas dificuldades na compreensão dos itens. Houve concordância

de 100% entre eles, isto é, foram unânimes em responder que a compreensão do

instrumento para a língua portuguesa brasileira é correta, como exposto no Quadro

3.

Quadro 3. Concordância entre os profissionais que avaliaram o NOPPAIN-

Br-VPF, verificando a compreensão dos diferentes itens do instrumento, Goiânia,

GO, 2009/2011.

Profissional da equipe de

saúde

Avaliação da compreensão dos elementos do NOPPAIN-Br-VPF

Concordância (%) quanto à compreensão dos elementos do

NOPPAIN-Br-VPF Correta Parcial Incorreta

A x 100%

B x 100%

C x 100%

D x 100%

E x 100%

Após esta etapa, a pesquisadora marcou dia e local com os profissionais

e em reunião foram distribuída cópias do NOPPAIN-Br-VPF , que em seguida foi

aplicada em uma pequena amostra da população alvo, a fim de verificarem,

novamente, a adequação da tradução que estava sendo utilizada.

Page 71: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 71 __________________________________________________________________________________

Segundo os critérios de inclusão, sete (7) pacientes foram selecionados,

dos quais cinco (5) eram mulheres com idade entre 66 a 109 anos e dois (2) eram

homens, com a idade de 71 e 78 anos. Todos os pacientes tinham diagnóstico

médico de demência, mas, somente três (3) tinham esclarecido o tipo de demência;

uma mulher com demência Vascular (DV) e dois (2) homens também com DV.

Nenhum destes pacientes foram capazes de comunicação verbal coerente, ou

sequer auto relatar sua experiência dolorosa.

Além da demência, outros problemas de saúde existiam, dos quais

hipertensão arterial, sequelas de AVC, enfisema pulmonar, esquizofrenia, doença de

Parkinson, processos infecciosos crônicos, insuficiência arterial de MMII, DPOC,

fratura de colo de fêmur e artrite.

Os sete pacientes foram observados no momento em que os cuidados

diários estavam sendo prestados, tais como: levantar do leito, colocar de pé, sentar,

transferir do leito para cadeira de rodas, tomar banho de chuveiro, vestir, mudar de

decúbito e outros.

Durante esta avaliação os observadores participaram também da

prestação de cuidados ao paciente observado. Imediatamente após os cuidados os

avaliadores preencheram o NOPPAIN-Br-VPF.

Entre as mulheres avaliadas (n=5), quatro tiveram sua dor identificada

através da pontuação do NOPPAIN (escores entre 21 a 27), indicando ocorrência

de dor. Para todas elas, a intensidade da dor foi moderada. Em uma (1) mulher a

pontuação obtida foi zero (0) para a qual a dor foi considerada ausente. Os

pacientes masculinos (n=2), um obteve pontuação zero (0) indicando ausência de

dor, e o outro alcançou pontuação igual a 34, o que indicou presença de dor. A

medida da intensidade revelou dor moderada. Os dados estão expostos no Quadro

4 a seguir.

Page 72: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 72 __________________________________________________________________________________

Quadro 4. Distribuição dos pacientes de acordo com a idade, sexo, estado civil, tipo

de demência (D), escore total e de intensidade da dor mensurados por meio da

NOPPAIN-Br-VPF, no pré-teste. Goiânia, GO, 2009/2011.

O tempo de preenchimento do instrumento variou de 3 a 5 minutos, sendo

que o tempo mais longo foi observado ao preencherem o instrumento pela primeira

vez.

Fato interessante também foram as observações feitas pelos avaliadores

sobre a experiência vivida. Um deles relatou que, além de avaliar a dor e sua

intensidade, foi capaz de avaliar o grau de dependência do paciente. Outro concluiu

que através desta avaliação, percebeu a necessidade de medicar o paciente para

dor antes de iniciar os cuidados diários, proporcionando-lhe assim movimentação

livre de dor, e alcançando um dos objetivos de se avaliar a dor adequadamente –

identificação e alívio precoce.

Como resultado desta etapa, obteve-se a versão final do Instrumento

NOPPAIN adaptado à língua portuguesa brasileira, que foi nomeado Instrumento de

Avaliação da Dor em Pacientes não Comunicativos - NOPPAIN-Br, mostrado a

seguir na Figura 4.

Pacientes

n=7

Idade Estado civil

Tipo de demência

Pontuação do NOPPAIN-Br-VPF

Mulheres Escore total

Intensidade de dor

1 66 Viúva Demência vascular 20 Moderada

2 78 Viúva D. não identificada 27 Moderada

3 86 Solteira D. não identificada 21 Moderada

4 105 Solteira D. não identificada 26 Moderada

5 109 Solteira D. não identificada 0 Nenhuma

Homens

1 71 Viúvo Demência vascular 0 Nenhuma

2 78 Casado Demência vascular 34 Moderada

Page 73: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O | 73 __________________________________________________________________________________

FIGURA 4: NOPPAIN adaptado à língua portuguesa brasileira,

Instrumento de Avaliação da Dor em Pacientes não Comunicativos - NOPPAIN-Br.

Page 74: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

5. CONCLUSÕES

“Os olhos são como uma luz

para o corpo; quando os olhos

são bons, todo seu corpo fica

cheio de luz”...

(Mateus 6:22-3)

Page 75: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

CC O N C L U S Õ E S | 75 __________________________________________________________________________________

Este é um estudo pioneiro na elaboração de uma proposta de adaptação

transcultural de um instrumento para avaliação da dor em pessoas com demência

avançada para o idioma português brasileiro.

A adaptação transcultural do NOPPAIN-Br, realizada segundo o

referencial teórico adotado, atendeu aos critérios de equivalência semântica,

idiomática, cultural e conceitual, resultado fundamental para que uma proposta de

instrumento de medida, original de outro idioma, seja introduzida no meio científico e

clínico de uma nova população.

A elaboração e adaptação de instrumentos de medida da dor são

importantes, pois tais instrumentos possibilitam o refinamento da comunicação entre

quem sente e quem trata a dor, contribuindo com a identificação e tratamento

precoce dessa complexa experiência. Entretanto, aponta-se a necessidade de se

testar as propriedades de medida do NOPPAIN-Br, em amostras representativas e

significativas da população brasileira, em diferentes centros de pesquisa.

Ressalta-se que o potencial do instrumento NOPPAIN-Br só será

realmente aproveitado se os profissionais forem treinados para a identificação de

comportamentos que possam expressar a experiência dolorosa. Ademais, devem

reconhecer a importância dos registros sistematizados e contínuos dos resultados

das avaliações diárias da dor dos pacientes, o que resultará na construção de

conhecimento e identificação de pontos de entrada que viabilizem a implementação

de estratégias que imprimam qualidade à assistência prestada às pessoas dementes

com dor, contribuam no aperfeiçoamento das equipes e conseqüentemente,

impactem positivamente a qualidade de vida dessa população.

Page 76: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

REFERÊNCIAS

“Seja sobre nós a graça do

Senhor nosso Deus; confirma

sobre nós as obras das nossas

mãos, sim, confirma a obra

das nossas mãos.”

(Salmo 90:17)

Page 77: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 77 __________________________________________________________________________________

Aarsland D, Beyer MK, Kurz MW. Dementia in Parkinson's disease. Curr Opin Neurol. 2008;21(6):676-82. Abbey J, Piller N, Bellis A, Esterman A, Parker D, Giles L. The Abbey Pain Scale. A 1-minute numerical indicator for people with late-stage dementia. Int J Palliat Nurs. 2004;10(1):6-13. American Geriatrics Society. Panel on Chronic Pain in Older Persons. The management of chronic pain in older persons. J Am Geriatr Soc. 1998;46(5):635-51. American Geriatrics Society. Panel on Persistent Pain in Older Persons. The management of persistent pain in older persons. J Am Geriatr Soc. [Internet]. 2002;6(Suppl):S205-24. American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders, 4th ed., text revision. Washington, DC: American Psychiatric Association; 2000. Andrade FA, Pereira LV, Sousa FAEF. Mensuração da dor no idoso: uma revisão. Rev Lat Am Enf. [Internet]. 2006 [cited 2011 Fev 15];14(2):271-176. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n2/v14n2a18.pdf. Apostolova LG, Cummings JL. Neuropsychiatric aspects of Alzheimer’s disease and other dementing illnesses. In: Hale, Re, Yudofsky, Sc, editors. The American Psychiatric Press Textbook of Neuropsychiatry. Arlington: VA; 2008. p. 935-65. Aubin M, Giguère A, Hadjistavropoulos T, Verreault R. [Evaluation systématique des instruments pour mesurer la douleur chez les personnes âgées ayant des capacités réduites à communiqué]. Pain Res Manage. 2007;12(3):195-203. French. Aubin M, Verreault R, Savoie M, Lemay S, Hadjistavropoulos T, Fillion L, Beaulieu M, Viens C, Bergeron R, Vézina L, Misson L, Fuchs-Lacelle S. [Validité et utilité clinique d'une grille d'observation (PACSLAC-F) pour évaluer la douleur chez des aînés atteints de démence vivant en milieu de soins de longue durée]. Can J Aging. 2008;27(1):45-55. French. Barr JO. Controle conservador da dor no paciente idoso. In: Guccione, Aa, editor. Fisioterapia Geriátrica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. Baron R. Complex regional pain syndromes. In: McMahon SB, Koltzenburg M, editors.Textbook of Pain. Elsevier Churchill Livingstone: Philadelphia, 2006;1011-27. Beaton DE, Bombardier C, Guillemim F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine. 2000;25(24):3186-91. Beck CK, Vogelpohl TS.Problematic vocalizations in institutionalized individuals with dementia. J Gerontol Nurs. 1999;25(9):17-26. Becker N, Thomsen AB, Olsen AK, Sjogren P, Bech P, Eriksen J. Pain epidemiology and health related quality of life in chronic non-malignant pain patients referred to a Danish multidisciplinary pain center. Pain. 1997;73(3):393-400. Bejjani GK, Hammer MD. Normal-pressure hydrocephalus: another treatable dementia, part I. Contemporary Neurosurgery. 2005;27(16):1-4.

Page 78: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 78 __________________________________________________________________________________

Benedetti F, Arduino C, Costa S, Vighetti S, Tarenzi L, Rainero I et al. Loss of expectation-related mechanisms in Alzheimer's disease makes analgesic therapies less effective. Pain.2006;121(1-2):133-44. Benedetti F, Vighetti S, Ricco C, Lagna E, Bergamasco B, Pinessi L et al. Pain threshold and tolerance in Alzheimer's disease. Pain. 1999;80(1-2):377-82. Bennett DA, Wilson RS, Schneider JA, Evans DA, Beckett LA, Aggarwal NT et al. Natural history of mild cognitive impairment in older persons. Neurology. Neurology. 2002;59(2):198-205. Blennow K, Leon MJ, Zetterberg H. Alzheimer’s disease. Lancet. 2006;368(9533):387-403. Blyth FM, March LM, Brnabic AJ, Jorm LR, Williamson M, Cousins MJ. Chronic pain in Australia: a prevalence study. Pain. 2001;89(2-3):127-34. Byrd C. Normal Pressure Hydrocephalus: Dementia's Hidden Cause. The Nurse Practitioner: The American Journal of Primary Health Care. 2006;31(7):28-35 Bosley BN, Weiner DK, Rudy TE, Granieri E. Is chronic nonmalignant pain associated with decreased appetite in older adults? J Am Geriatr Soc. 2004;52(2):247-51. Bottino CM, Azevedo DJ, Tatsch M, Hototian SR, Moscoso MA, Folquito J et al. Estimate of dementia prevalence in a community sample from São Paulo, Brazil. Dement Geriatr Cogn Disord. 2008;26(4). Brummel-Smith K, London MR, Drew N, Krulewitch H, Singer C, Hanson L. Outcomes of pain in frail older adults with dementia. J Am Geriatr Soc. 2004;50(11):1847-51. Buffum MD, Hutt E, Chang VT, Craine MH, Snow AL. Cognitive impairment and pain management: Review of issues and challenges. J Rehabil Dev. [Internet]. 2007 [cited 2010 Fev 15];44(2):315-30. Available from: http://www.rehab.research.va.gov/jour/07/44/2/pdf/page315.pdf. Camarano AA. Mecanismos de proteção social para a população idosa brasileira. IPEA. [Internet]. 2006. Available from: http://www.ipea.gov.br/pub/td/2006/td_1179.pdf Carlino E, Benedetti F, Rainero I, Asteggiano G, Cappa G, Tarenzi L, Vighetti S, Pollo A. Pain perception and tolerance in patients with frontotemporal dementia. Pain. 2010;151(3): 783-9. Carvalho FR, Lima MG, Azevedo RCS, Caetano D. Tradução do inglês para o português do questionário de auto-avaliação da escala de Hamilton para a depressão. J Bras Psiq. 1993;42(5):255-60. Chapman CR, Casey KL, Dubner R, Foley KM, Gracely RH, Reading AE. Pain measurement: an overview. Pain. 1985;22(1):1-31. Chibnall JT, Tait RC. Pain assessment in cognitively impaired and unimpaired older adults: a comparison of four scales. Pain. 2001;92(1-2):173-86.

Page 79: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 79 __________________________________________________________________________________

Clare R King VG, Wirenfeldt M, Vinters HV Synapse loss in dementias Journal of Neuroscience Research. 2010;88(10):2083-90 Cohen-Mansfield J, Lipson S. Pain in cognitively impaired nursing home residents: how well are physicians diagnosing it? J Am Geriatr Soc 2002;50:1039-44. Cohen-Mansfield J. The Relationship Between Different Pain Assessments in Dementia. Alzheimer Dis Assoc Disor. 2008;22(1):86-93. Cohen-Mansfield J, Lipson S. The utility of pain assessment for analgesic use in persons with dementia. Pain. Pain. 2008;134(1-2):16-23. Cole LJ, Farrell MJ, Duff EP, Barber JB, Egan GF, Gibson SJ. Pain sensitivity and fMRI pain-related brain activity in Alzheimer's disease. Brain. 2006;129(11):2957-65. Coluci MZO, Alexandre NMC. Adaptação cultural de instrumento que avalia atividades do trabalho e sua relação com sintomas osteomusculares. Acta paul. enferm. 2009; 22(2): 149-54. Ministerio da Saúde; Conselho Nacional De Saúde. Resolução Nº 196/96 – Normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília (Brasil): Ministério da Saúde; 1996. Costardi D, Rozzini L, Constanzi C, Ghianda D, Frazoni S, Padovani A et al. The Italian version of the Pain Assessment Advanced Dementia (PAINAD) scale. Arch Gerontol Geriatr. 2007;44(2):175-80. Creutzfeldt-Jakob Disease Foundation. About CJD: Creutzfeldt-Jakob Disease Foundation; 2009. Cunningham C. Managing Pain In Patients With Dementia In Hospital. Nursing Standard. 2006, 20(46);54-8. Davis MP, Walsh D. Cancer pain: how to measure the fifth vital sign. Cleve Clin J Med. 2004 71(8):625-32. Da Silva JA, Ribeiro-Filho NP. Avaliação e mensuração de dor: pesquisa, teoria e prática. Ribeirão Preto: FUNPEC - Editora; 2006. De Araujo RS, Pereira LV. Instrumentos para mensuração da dor em pessoas com demência em fase severamente avançada: revisão integrativa de literatura. 9º Congresso Brasileiro de Dor [CD-ROM]; 2010, Oct 6-9; Fortaleza-CE, Brasil. TL064. Dellaroza MSG, Pimenta CAM, Matsuo T. Prevalência E Caracterização Da Dor Crônica Em Idosos Não Institucionalizados. Caderno de Saúde Pública. 2007;23(5):1151-60. Dellaroza MSG, Furuya RK, Cabrera MAS, Matsu T, Trelha C, Yamada KN et al. Caracterização da dor crônica e métodos analgésicos utilizados por idosos na comunidade. Rev Assoc Med Bras. [Internet]. 2008 [cited 2010 Fev 15];54(1):36-41. Available from: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v54n1/18.pdf. Duong BD, Kerns RD, Towle V, Reid MC. Identifying the activities affected by chronic nonmalignant pain in older veterans receiving primary care. J Am Geriatr Soc. 2005;53(4):687-94.

Page 80: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 80 __________________________________________________________________________________

Eremenco SL, Cella D, Arnold BJ. A comprehensive method for the translation and cross-cultural validation of health status questionnaires. Eval Health Prof. 2005;28(2):212-32. Feldt KS, Warne MA, Ryden MB. Examining pain in aggressive cognitively impaired older adults. J Gerontol Nurs. 1998;24(11):14-22. Feldt KS. The checklist of nonverbal pain indicators (CNPI). Pain Manag Nurs. 2000 Mar;1(1):13-21 Ferrari R, Martini M, Mondini S, Novello C, Palomba D, Scacco C et al. Pain assessment in non-communicative patients: the Italian version of the Non-Communicative Patient's Pain Assessment Instrument (NOPPAIN). Aging Clin Exp Res. 2009;21(4-5):298-306. Ferreira ABH. Novo Aurélio seculo XXI: O dicionário da lingual portuguesa. 3a. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira;1999. Ferrell BA, Ferrell BR, Osterweil D. Pain in the nursing home. J Am Geriatr Soc. 1990;38(4):409-14. Ferrell BA, Stein WM, Beck JC. The Geriatric Pain Measure: validity, reliability and factor analysis. J Am Geriatr Soc. 2000;48(12):1669-73. Ferri CP, Prince M, Brayne C, Brodaty H, Fratiglioni L, Ganguli M et al. Global prevalence of dementia: a Delphi consensus study. Lancet. 2005;366(9503):2112-7. Ferrucci L, Giallauria F, Guralnik JM. Measurement of pain in infants and children. In: Finley, Ga, Mcgrath, Pj, editors. Progress in pain research and management. Seattle: IASP Press; 1998. Finley GA, Mcgrath PJ. The roles of measurement in pain management and research. Measurement of Pain in Infants and Children 1998; Seattle:IASP Press. Finset A, Wigers SH, Gotestam KG. Depressed mood impedes pain treatment response in patients with fibromyalgia. J Rheumatol. 2004;31(5):976-80. Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. “Mini-mental state”. A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. Journal of psychiatric research. J Psychiatr Res. 1975;12(3):189-98. Fuchs-Lacelle S, Hadjistavropoulos T. Development and preliminary validation of the Pain Assessment Checklist for Seniors with Limited Ability to Communicate (PACSLAC). Pain Manag Nurs. 2004;5(1):37-49. Gagliese L, Melzack R. Chronic pain in elderly people. Pain. 1997;70(1):3-14. Gagliese L, Melzack R. Age-related differences in the qualities but not the intensity of chronic pain. Pain. 2003;104(3):597-608. Garyfallos G, Karastergiou A, Adamopoulou A, Moutzoukis C, Alagiozidou E, Mala D et al. Greek version of the health questionnaire: accuracy of translation and validity. Acta Psychiatric Scand. 1991;84(4):371-8. Gomes JCP, Teixeira MJ. Como Diagnosticar e Tratar Dor No Idoso. Rev Bras Med. 2006:554-63.

Page 81: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 81 __________________________________________________________________________________

Gracely R: Pain psychophysics. In Manuck S, Katkin E, eds., Advances in Behavioral Medicine, Palo Alto, JAI press, 1985, pp 199-231. Guillemim F, Bombardier C, Beaton D. Cross-cultural adaptation of health-realted quality of life measures: literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiil. 1993;46(12):1417-32. Hadjistavropoulos T, Craig KD. A theoretical framework for understanding selfreport and observational measures of pain: a communications model. Behav Res Ther. 2002;40(5):551-70. Hadjistavropoulos T, Fine PG. Chronic pain in older persons: prevalence, assessment and management. Reviews in Clinical Gerontology. 2006;16(1):231-41. Hadjistavropoulos T, Herr k, Turk DC, Fine PG, Dworkin RH, Helme R et al. An interdisciplinary expert consensus statement on assessment of pain in older persons. Clin J Pain. 2007;23(Suppl 1):S1-43. Hart LG, Deyo RA, Chekin DC. Physician office visits for low back pain. Spine. 1995;20(1):11-9. Hartmann, D. Considerations in the choice of interobserver reliability estimates. Journal of Applied Behavior Analysis. 1977;10: 103-16. Hasselmann MH, ReichenheimME. Adaptação transcultural da versão em português da Conflict Tactics Scales Form R (CTS-1), usada para aferir violência no casal: equivalências semântica e de mensuração. Saúde Pública. 2003;19(4):1083-93. Helme RD, Gibson SJ. The epidemiology of pain in elderly people. Clin Geriatr Med. 2001;17(3):417-31. Herdman M, Fox-Rushby J, Badia X: 'Equivalence' and the translation and adaptation of health-related quality of life questionnaires. Qual Life Res 1997, 6(3):237-247. Herdman M, Fox-Rushby J, Badia X. A model of equivalence in the cultural adaptation of HRQoL instruments: the universalist approach. Qual Life Res. 1998;7(4):323-35. Herr K. Chronic pain: challenges and assessment strategies. J Gerontol Nurs. 2002;28(1):54-5. Herr K, Bjoro K, Decker S. Tools for Assessment of Pain in Nonverbal Older Adults with Dementia: A State-of-the-Science Review. J Pain Symptom Manage. 2006;31(2):170-92. Herr K, Garand L. Assessment and measurement of pain in older adults. Clin Geriatr Med. 2001;17(3):457-78. Herr K, Mobily PR. Comparison of select pain assessment tools for use whit the elderly. Appl Nurs Res. 1993;6(1):39-46. Holen JC, Hjermstad MJ, Loge JH, Fayers PM, Caraceni A, De Conno F, Forbes K, Fürst CJ, Radbruch L, Kaasa S. Pain assessment tools: is the content appropriate for use in palliative care? J Pain Symptom Manage. 2006;32(6):567-80. Holen JC, Saltvedt I, Fayers PM, Hjermstad MJ, Loge JH, Kaasa S. Doloplus-2, a valid tool for behavioural pain assessment? BMC Geriatr.[Internet]. 2007 [cited 2010

Page 82: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 82 __________________________________________________________________________________

Fev 15];7:29. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2234400/pdf/1471-2318-7-29.pdf Hollenack KA, Cranmer KW, Zarowitz BJ, O'Shea T. The application of evidence-based principles of care in older persons: pain management. J Am Med Dir Assoc. 2007;8(3 Suppl 2):Se77-85. Holsinger T, Deveau J, Boustani M, Williams JW. Does this patient have dementia? JAMA. 2007;297(21):2391-404. Horgas AL. Pain Assessment in Persons with Dementia: Relationship Between Self-Report and Behavioral Observation. J Am Geriatr Soc. 2009;57(1):126-32. Horgas AL, Elliott AF. Pain assessment and management in persons whith dementia. Nurs Clin North Am. 2004;39(3):593-606. Horgas AL, Nichols AL, Schapson CA, Vietes K. Assessing Pain in Persons with Dementia: Relationships Among the Non-communicative Patient’s Pain Assessment Instrument, Self-report, and Behavioral Observations. Pain Manag Nurs. 2007;8(2):77-85. House, A., House, B., & Campbell, M. Measures of interobserver agreement: Calculation formulas and distribution effects. Journal of Behavioral Assessment. 1981;3: 37-57. Hurley AC, Volicer BJ, Hanrahan PA, Houde S, Volicer L.. Assessment of discomfort in advanced Alzheimer patients. Research in Nursing & Health. 1992; 15(5): 369-77. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Internet]. Brasília: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (BR) [cited 2010 Dez 3]. Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Síntese de Indicadores 2010. Available from: http://www.ibge.gov.br/censo2010/ International Association for the Study of Pain (IASP) - Classification of chronic pain. Descriptions of chronic pain syndromes and definitions of pain terms. Prepared by the International Association for the Study of Pain, Subcommittee on Taxonomy. Pain Suppl. 1986;3(S1):226. Jorm AF, Henderson S, Scott R, Macknnom AJ, Korten AE, Christensen H. The disabled elderly living in the community: care received from family and formal services. Med J Aust. 1993;158(6):383-8. Karasek M. Does melatonin play a role in aging processes? J Physiol Pharmacol. [Internet]. 2007 [cited 2010 Fev 15];58(Suppl 6):S105-13. Available from: http://www.jpp.krakow.pl/journal/archive/12_07_s6/pdf/105_12_07_s6_article.pdf. Keefe FJ, Block AR. Development of an observation method for assessing pain behavior in chronic low-back-pain patients. Behav Ther 1982;13:363-75. Kim KY, Yeman PA, Keene RL. Pratical Geriatrics: End-of-Life for Persons With Alzheimer’s Disease. Psychiatric Services. 2005;56(2):139-41. Kopelman MD,Thomson AD, GuerriniI, Marshall JE. The Korsakoff Syndrome: Clinical Aspects, Psychology and Treatment. Alcohol & Alcoholism. 2009;44(2):148-54.

Page 83: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 83 __________________________________________________________________________________

Kovach CR, Cashin JR, Sauer L. Deconstruction of a complex tailored intervention to assess and treat discomfort of people with advanced dementia. J Adv Nurs. 2006;55(6):678-88. Kovach CR, Noonan PE, Griffi J, Muchka S, Weissman DE. The assessment of discomfort in dementia protocol. Pain. 2002;3(3):16-27. Kuske B, Hanns S, Luck T, Angermeyer MC, Behrens J, Riedel-Heller SG. Nursing home staff training in dementia care: a systematic review of evaluated programs. Int Psychogeriatr. 2007;19(5):818-41. Lefebvre-Chapiro S. The Doloplus-2 scale - evaluating pain in the elderly. Eur J Palliat Care. 2001;8(5):191-4. Leong IY, Chong MS, Gibson SJ. The use of a self-reported pain measure, a nurse-reported pain measure and the PAINAD in nursing home residents with moderate and severe dementia:a validation study. Age Ageing. 2006;35(3):252-6. Letizia M, Creech S, Norton E, Shanahan M, Hedges L. Barriers to caregiver administration of pain medication in hospice care. J Pain Symptom Manage. 2004;27(2):114-24. Loeser JD. Perspectives on Pain. In: Turner, P, editor. Proceedingsof First World Conference in Clinical Pharmacology and Therapeutics. London: MacMillanPublishers; 1980. Lovheim H, Sandman P-O, Kallin K, Karlsson S, Gustafson Y. Poor staff awareness of analgesic treatment jeopardises adequate pain control in the care of older people. Age Ageing. 2006;35(3):257-61. Magai C, Cohen CI, Gomberg D. Impact of training dementia caregivers in sensitivity to nonverbal emotion signals. Int Psychogeriatr. 2002;14(1):25-38. Mahoney F, Barthel DW. Functional evaluation: The Barthel Index. Md State Med J.1965; 14: 61-65. Maneesriwongul W, Dixon JK. Instrument translation process: a methods review. J. Adv Nurs.2004;48(2):175-86. Masters CL, Richardson EP Jr. Subacute spongiform encephalopathy - Creutzfeldt-Jakob disease - the nature and progression of spongiform change. Brain. 1978;101:333-344. Mcauliffe L, Nay R, O'Donnell M, Fetherstonhaugh D. Pain assessment in older people with dementia: literature review. J Adv Nurs. 2009;65(1):2-10. Melzack R. The McGill Pain Questionnaire: major properties and scoring methods. Pain. 1975;1(3):277-99. Novello C, Ferrari R, Scacco C, Visentin M. The Italian version of NOPPAIN Scale: validation during education. Assist Inferm Ric. 2009;28(4):198-205. Nygaard, H. A.,Jarland, M. (2006). The checklist of nonverbal pain indicators (CNPI): Testing of reliability and validity in Norwegian nursing homes. Age and Ageing. 2006; 35 (1):79-81.

Page 84: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 84 __________________________________________________________________________________

O'Rorke JE, Chen I, Genao I, Panda M, Cykert S. Physicians' comfort in caring for patients with chronic non malignant pain. Am J Med Sci. 2007;333(2):93-100. Parmelee PA, Smith B, Katz IR. Pain complaints and cognitive status among elderly institution residents. J Am Geriatr Soc. 1993;41(5):517-22. Pautex S, Michon A, Guedira M, Emond H, Lous PL, Samara D et al. Pain in Severe Dementia: Self-Assessment or Observational Scales? J Am Geriatr Soc. 2006;54(7):1040-5. Pessoa APC, Duarte LVSC, Souza LAF, Pereira LV. Mensuração da intensidade da dor em idosos não institucionalizados da região Centro-Oeste do Brasil: Correlação entre a escala numérica e a escala de faces. Revista Dor. 2010;Suppl,11(4):34-35. Personen A, Kauppila T, Tarkkila P, Sutela A, Niinisto L, Rosenberg PH. Evaluation of easily applicable pain measurement tools for the assessment of pain in demented patients. Acta Anaesthesiol. Scand. 2009;53(6):657-64. Peyron R, Laurent B, Garcia-Larrea L. Functional imaging of brain responses to pain. A review and meta-analysis . Clin Neurophysiol 2000;30:263-88. Pfister EL, Zamore PD. Huntington’s Disease: silencing a brutal killer. Exp Neurol. 2009;220(2):226-9. Pickering G, Gibson SJ, Serbouti S, Odetti P, Gonçalves JF, Gambassi G et al. Reliability study in five languages of the translation of the pain behavioural scale Doloplus. Eur J Pain. 2010;14(5):545.e1-10. Pimenta CAM. Dor crônica, terapia cognitiva comportamental e o enfermeiro. Rev Psiq Clin. [Internet]. 2001 [cited 2011 Fev 15];28(6):288-94. Available from: http://sitecognitivo.vilabol.uol.com.br/cibele_pimenta_dor_cronica.htm. Power JD, Perruccio AV, Badley EM. Pain as a mediator of sleep problems in arthritis and other chronic conditions. Arthritis Care & Research. [Internet]. 2005 [cited 2011 Fev 15];53(6):911-9. Available from: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.21584/pdf. Reis LA, Torres GV, Reis LA. Pain characterization in institutionalized elderly patients. Arq Neuropsiquiatr. [Internet]. 2008 [cited 2011 Fev 15];66(2b):331-5. Available from: http://www.scielo.br/pdf/anp/v66n2b/v66n2ba09.pdf. Reisberg B. Diagnostic criteria in dementia: A comparison of current criteria, research challenges, and implications for DSM-V. J Geriatr Psychiatry Neurol. 2006;19(1):137-46. Rosen BR, Buckner RL, Dale AM. Event-related functional MRI: Past, present, and future. Proc Nat Ac Sci.1998;95:773-80. Saletu B, Prause W, Anderer P, Mandi M, Aigner M, Mikova O et al. Insomnia in somatoform pain disorder: sleep laboratory studies on differences to controls and acute effects of trazodone, evaluated by the Somnolyzer 24 x 7 and the Siesta database. Neuropsychobiology. 2005;51(3):148-63. Salvetti MG, Pimenta CAM. Validação da Chronic Pain Self-efficacy Scale para língua portuguesa. Rev Psiq Clin. [Internet]. 2005 [cited 2010 Fev 15];32(4):202-10. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rpc/v32n4/26054.pdf.

Page 85: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 85 __________________________________________________________________________________

Savva GM, Brayne C. Epdemiology and Impacto of Dementia. In: Weiner, Mf, Lipton, Am, editors. The Textbook of Alzheimer disease and other dementias. Arlington: The American Psychiatric Publishing; 2009. p. 17-21. Scherder EJ, Bouma A. Visual analogue scales for pain assessment in Alzheimer’s disease. Gerontology. 2000;46(1):47-53. Scherder E, Van Manen F. Pain in Alzheimer's disease: nursing assistants' and patients' evaluations. J Adv Nurs. 2005;52(2):151-8 Scherder EJ, Oosteman J, Swaab D, Herr K, Oosm M, Ribbe M et al. Recent developments in pain in dementia. BMJ. 2005;330(7489):461-4. Scherder EJ, Sergeant JA, Swaab DF. Pain processing in dementia and its relation to neuropathology. Lancet Neurol. 2003;2(11):677-86. Scherder EJ, Slaets J, Deijen JB, Gorter Y, Ooms ME, Ribbe M, Vuijk PJ, Feldt K, van de Valk M, Bouma A, Sergeant JA. Pain assessment in patients with possible vascular dementia.Psychiatry. 2003;66(2):133-45. Schofield P. Assessment and management of pain in older adults with dementia: a review of current practice and future directions. Supportive and Paliattive Care. 2008;2(2):128-32. Schubert CC, Boustani M, Callahan CM, Perkins AJ, Carney CP, Fox C et al. Comorbidity profile of dementia patients in primary care: are they sicker? . J Am Geriatr Soc. 2006;54(1):104-9. Schuler MS, Becker S, Kaspar R, Nikolaus T, Kruse A, Basler HD. Psychometric properties of the German "Pain Assessment in Advanced Dementia Scale" (PAINAD-G) in nursing home residents. J Am Med Dir Assoc 2007;8(6):388-95. Schuman H. The random probe: A technique for evaluating the quality of closed questions. Am Sociol Rev. 1966;31:218-22. Silva JA, Ribeiro-Filho NP. Avaliação e medida da dor: pesquisa, teoria, prática. Ribeirão Preto: Fundec; 2006. Simons W, Malabar R. Assessing pain in elderly patients who cannot respond verbally. Journal of Advanced Nursing.1995;22:663-69. Smith M. Assessment in Nonverbal Adults with Advanced Dementia. Psychiatric Care. 2005;41(3):99-113. Snow AL, Weber JB, O'Malley KJ, Cody M, Beck C, Bruera E et al. NOPPAIN: a nursing assistant-administered pain assessment Instrument for use in dementia. Dement Geriatr Cogn Disord. 2004;17(3):240-6. Sperber AD. Translation and validation of study instruments for cross-cultural research. Gastroenterology. 2004;126( 1Supl 1):S124-8. Stein WM, Ferrell BA. Pain in Nursing Home. Clinics in Geriatric Medicine. 1996;12:601-12. Stolee P, Hillier LM, Esbaugh J, Bol N, McKellar L, Gauthier N. Instruments for the assessment of pain in older persons with cognitive impairment. J Am Geriatr Soc. 2005;53(2):319-26.

Page 86: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 86 __________________________________________________________________________________

Storti M. [The validation of a pain assessment scale for patients with cognitive impairment: the Italian version of Abbey's scale]. Recenti Prog Med. 2009;100(9):405-9. Streiner DL, norman GR. Health Measurement Scales: A Preactical Guide to Their Development and Use. USA:Oxford University Press 2nd ed,1995. Takai Y, Yamamoto-Mitan N, Chiba Y, Nishikawa Y, Hayashi K and Sugai Y. Abbey Pain Scale: Development and validation of the Japanese Version. Geriatr Gerontol Int. 2010;10(2):145–53. Teixeira MJ, Filho JLB, Marquez JO, Yeng LT. Dor - contexto interdisciplinar. Curitiba: Maio; 2003. Teixeira MJ, Marcon RM, Rocha RO, Figueiró JB. Epidemiologia clínica da dor. Rev Medicina. 1999;78(2):36-52. The Fisher Center For Alzheimer’s Research Foundation Understanding Dementia [Serial on internet] 2009. Disponivel em: http://www.alz.org. Acesso em: 18 de ago de 2009. Thomson AD, Marshall EJ. The natural history and pathophysiology of Wernicke's Encephalopathy and Korsakoff's Psychosis. Alcohol Alcohol. 2006;41(2):151-8. Troen BR. The biology of ageing. Mt Sinai J Med. 2003;70(1):3-22. Turk DC, Melzac R(Eds). Handbook of Pain Assesment, 2nd Ed. New York: Guuilford Press, 2001, PP 295 - 314 Vendtig AA, Lousberg R. Within-person relationships among pain intensity, mood and physical activity in chronic pain: a naturalistic approach. Pain. 1997;73(1):71-6. Veras, R. The quest for adequate health care for the elderly: literature review and the application of an instrument for early detection and prediction of diseases. Cad. Saúde Pública. 2003;19(3):705-15. Villanueva MR, smith TL, Erickson JS, Lee AC, Singer CM. Pain Assessment For The Dementing Elderly Pade): Reliability And Validity Of A New Measure. J Am Med Dir Assoc. 2003; 1-8. Von Korff M, Dunn KM. Chronic pain reconsidered.Pain. 2008;138(2):267-76. Warden V, Hurley AC, Volicer L. Development and psychometric evaluation of the PAINAD (Pain Assessment in Advanced Dementia) scale. JAMDA. 2003;4(1):9-15. Weiner DK, Peterson B, Ladd K, McConnell E, Keefe F. Pain in nursing home residents: An exploration of prevalence, staff perspectives, and practical aspects of measurement. Clin J Pain. 1999;15:92-101. Weiner DK. Pain in nursing home residents: What does it really mean, and how can we help? J Am Geriatr Soc. 2004;52(6):1020-2. Werner P, Cohen-Mansfield J, Watson V, Pasis S. Pain in participants of adult day care centers: assessment by different raters. J Pain Symptom Manage. 1998;15(1):8-17.

Page 87: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

RR E F E R Ê N C I A S | 87 __________________________________________________________________________________

Wynd CA, Schmidt B, Schaefer MA. Two quantitative approaches for estimating content validity. West J Nurs Res. 2003;25(5):508-18. Zou WQ, Gambetti P. Variant Creutzfeldt-Jakob disease: French versus British. Ann Neurol. 2009;65:233-5. Zuccoli G, Pipitone N. Neuroimaging Findings in Acute Wernicke’s Encephalopathy Am. J. Roentgenol. 2009;192 (2): 501-8. Zwakhalen SM. The prevalence of pain in nursing home residents with dementia measured using an observational pain scale. Eur J Pain. [Internet]. 2009 [cited 2010 Mar 17];13(1):89-93. Available from:http://www.unimaas.nl/hcns/websitevw/publications/ Zwakhalen SM, Hamers JP, Abu-Saad HH, Berger MP. Pain in elderly people with severe dementia: A systematic review of behavioural pain assessment tool. BCM Geriatr. 2006;27:6-3. Zwakhalen SM, Hamers JP, Berger MP. Improving the clinical usefulness of a behavioral pain scale for older people with dementia. J Adv Nurs. 2007;58(5):493-502. Zwakhalen SM, Hamers JP, Peijnenburg RH, Berger MP. Nursing staff knowledge and beliefs about pain in elderly nursing home residents with dementia. Pain Res Maneg. 2007;12(3):177-84.

Page 88: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

ANEXOS

Page 89: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

ANEXO 1

Page 90: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Anexo 1 (continuação)

Page 91: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

ANEXO 2

Page 92: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

ANEXO 3

Page 93: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICES

Page 94: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 1

Quadro A-. Resultado das duas traduções do NOPPAIN e síntese das traduções para a Língua Portuguesa (Brasil). Goiânia, GO, 2010.

Itens do Instrumento Original em Inglês NOPPAIN

Traduções para o português Versão resultante da síntese das traduções

Comissão Consensual Tradutores

TPa TPb TPa + TPb + pesquisadora

Non Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument

Instrumento de acesso a dor em paciente não comunicativo

Instrumento de Avaliação Da Dor Em Paciente Não Comunicativo

Instrumento De Avaliação Da Dor Em Paciente Não Comunicativo

OBS: A palavra “avaliação”na TP2 tem maior pertinência.

Activity chart check list

Prontuário para chek list de atividades

Prontuário para Chek List de Atividades

Prontuário para Chek List de Atividades

OBS: TPa e TPb compatíveis com a original

DIRECTIONS: Nursing staff member should complete at least 5 minutes of daily care activities for the resident while observing for pain behaviors. This form should be completed immediately following care activities.

Instruções: O membro da equipe de enfermagem deve completar pelo menos 5 minutos de atividades de cuidado diário com o residente enquanto observa os comportamentos de dor. Este formulário deve ser completado imediatamente seguindo as atividades de cuidado

Instruções: O membro da equipe de enfermagem devera completar pelo menos 5 minutos de atividades dos cuidados diários para o residente (paciente) enquanto estiver observando por comportamentos de dor. Este formulário deve ser preenchido imediatamente seguindo as atividades de cuidado.

Instruções: O membro da equipe de enfermagem devera completar pelo menos 5 minutos de atividades dos cuidados diários para o residente (paciente) enquanto observa por comportamentos de dor. Este formulário deve ser preenchido imediatamente seguindo as atividades de cuidado.

OBS: “Auxiliar de enfermagem” é a expressão pertinente a cultura brasileira.

No restante do texto, TPa e TPb estão semelhantes, e equivalentes ao original.

Did you do this? Você fez isso?

Você fez isso?

Você fez isso?

OK

Page 95: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

continuação Quadro 1

Itens do Instrumento NOPPAIN Original do Inglês

Traduções para o português Versão resultante da síntese das traduções

Comissão Consensual Tradutores bilíngües

TPa TPb TPa + TPb + pesquisadora

(f) Dressed resident (f )Vestiu o residente (f)Vestiu o residente (paciente)

(f) Vestiu o residente (paciente)

(g) Fed resident (g) alimentou o residente

(g) Alimentou o residente (paciente).

(g) Alimentou o residente

(paciente)

(h)Helped resident walk OR saw resident walk

(h) Ajudou o residente a caminhar ou viu o residente caminhar

(h) Ajudou o residente (paciente) caminhar OU viu o residente caminhar.

(h) Ajudou o residente (paciente) caminhar OU viu o residente caminhar

(i)Bathed resident OR gave resident sponge bath

(i) deu banho no residente ou deu banho de esponja

(i) Banhou o residente (paciente) OU deu banho de leito no residente (paciente).

(i) Deu banho de chuveiro no residente (paciente) OU deu banho de leito no residente (paciente).

OBS: “banho de chuveiro” e “banho de leito”, mais adequados.

Scoring: Add up the number of “yes” boxes you checked in column B

Pontuando: Some o numero de caselas que você marcou na coluna B, que contenham a palavra “sim”.

Pontuando: Some o numero de caselas que você marcou na coluna B, que contenham a palavra “sim”.

Pontuando: Some o numero de caselas que você marcou na coluna B, que contenham a palavra “sim”.

Pain Behavior Comportamento de dor Comportamento de dor Comportamento de dor

What did you see and hear during care?

O que você viu ou ouviu durante o cuidado?

O que você viu ou ouviu durante o cuidado?

O que você viu ou ouviu durante o cuidado?

Pain words? Palavras de dor? Palavras de dor? Palavras de dor?

That hurts! Isto dói! Isto dói! Isto dói!

Ouch! Ai! Aiaiai! Aiaiai!

Stop that! Pare com isto! Pare com isto! Pare com isto!

Page 96: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

...Continuação Quadro 1

Itens do Instrumento NOPPAIN Original do Inglês

Traduções para o português Versão resultante da síntese das traduções

Comissão Consensual Tradutores bilíngües

TPa TPa TPa + TPb + pesquisadora

Did you see this? Você notou isto? Você viu isto? Você notou isto?

How intense were the pain words?

Quão intensas foram as palavras de dor?

Quão intensas foram as palavras de dor?

Quão intensas foram as palavras de dor? OK

Lowest possible intensity

Menor intensidade possível

Menor intensidade possível

Menor intensidade possível OK

Highest possible intensity

Maior intensidade possível

Maior intensidade possível

Maior intensidade possível OK

Pain faces Faces de dor?

Fácies de dor?

Faces de dor?

OBS: TPb mais adequado

grimaces Caretas Caretas Caretas OK

winces Contrações Contrações Contrações (contorções)

Furrowed Brow

Testa franzida Franzimento da testa Testa franzida

How intense were the pain faces?

Quão intensa foi as faces de dor?

Quão intensa foi a fácies de dor?

Quão intensa foi a face de dor?

Pain noises? Barulhos de dor?

Ruídos de dor?

Ruídos de dor? OK

moans Gemidos Gemidos Gemidos OK

groans Murmúrio Murmúrio Murmúrio OK

grunts Grunhidos Grunhidos Grunhidos OK

Cries Choro Choro Choro OK

gasps Ofegante Ofegar Ofegar (respiração ofegante). OBS: TPb mais adequado

Page 97: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

...Continuação Quadro 1

Itens do Instrumento Original em Inglês NOPPAIN

Traduções para o português Versão resultante da síntese das traduções

Comissão Consensual Tradutores

TPa TPb TPa + TPb + pesquisadora sighs Suspiros Suspiros Suspiros

OK How intense were the pain noises

Quão intensos foram os barulhos de dor?

Quão intensos foram os ruídos de dor?

Quão intensos foram os ruídos de dor? OK

Bracing?

Suporte?

Segurando? Apoiando? OBS: Posição estacionária, posição antálgica.

Segurando? Apoiando? Suportando? OBS: Posição estacionária, posição antálgica. OBS: TPb mais adequado

Holding Segurar Segurando Segurando OK Guarding Proteção Protegendo Protegendo OBS: TPb mais

adequado How intense was the bracing?

Quão intensos foram os movimentos buscando suporte?

Quão intensa foi a posição antálgica?

Quão intensos foram os movimentos antálgicos?

Rubbing? Massageando?

Friccionando?

Friccionando? OBS: TPb mais adequado

Massaging affected área?

Massageando área afetada

Massageando área afetada

Massageando área afetada OK

How intense was the rubbing?

Quão intensa foi a fricção?

Quão intensa foi a fricção?

Quão intensa foi a fricção? OK

Restlessness? Sem descanso?

Inquietação?

Inquietação? OBS: TPb mais adequado

Frequent shifting Frequente inconstância

Mudança de posições frequente

Posicionamento frequente OBS: colocação mais adequado de TP

rocking Bamboleando Balançando Balançando OBS: TPb mais adequado

Page 98: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

...Continuação Quadro 1

Itens do Instrumento Original em Inglês NOPPAIN

Traduções para o português Versão resultante da síntese das traduções

Comissão Consensual Tradutores

TPa TPb TPa + TPb + pesquisadora Inability to stay still Inabilidade de

ficar parado Incapacidade de se manter parado

Inabilidade de se manter parado

How intense was the restlessness?

Quão intenso foi o desassossego?

Quão intensa foi a inquietação?

Quão intensa foi a inquietação? OBS: TPb mais adequado

Add up the number of “yes” boxes you checked

Some o numero de caselas que você marcou que contenham a palavra “sim”.

Some o numero de caselas que você marcou que contenham a palavra “sim”.

Some o numero de caselas que você marcou que contenham a palavra “sim”.

Add up the numbers you circled on the intensity scales

Some os números que você circulou nas escalas de intensidade

Some os números que você circulou nas escalas de intensidade

Some os números que você circulou nas escalas de intensidade

Pain Intensity Intensidade da dor

Intensidade da dor Intensidade da dor

level you saw it today mais alto que você a notou hoje

você a notou hoje notou durante o cuidado. Obs: deve ser durante o cuidado, pois é o momento em que o paciente foi observado.

No pain Sem dor Nenhuma dor Nenhuma dor Mild Leve Leve Leve Moderate Moderada Moderada Moderada Severe severa forte forte Worst pain possible Pior dor possível Pior dor possível Pior dor possível If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

Se o paciente relatou dor, ou pontuação dele no NOPPAIN foi 3 ou mais, relate para o enfermeiro, para um exame mais completo

Se o paciente relatou dor, ou o escore do seu NOPPAIN, for 3ou maior, comunique as condições do paciente ao enfermeiro para um exame de maior abrangência.

Se o paciente relatou dor, ou a pontuação no NOPPAIN dele for igual ou maior que 3, refira o paciente ao enfermeiro para um exame de maior abrangência.

NOPPAIN SCCORING

Pontuando NOPPAIN

Pontuando NOPPAIN Pontuando NOPPAIN

Total Total Total Total

Page 99: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 2

De Araujo R.S. e Pereira V.L.: Versão Brasileira do Instrumento de Avaliação da Dor em Pacientes Não Comunicativos – NOPPAIN-Br. Goiania, Go, 2011.

Page 100: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 3

Quadro B - Resultado das quatro retrotraduções (RT1, RT2, RT3, RT4) da Versão

Consensual para o português (brasileiro). Goiânia, GO, 2010.

Versões Retro traduzidas

NOPPAIN Versão Original

RT1 RT2 RT3 RT4

Non Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument

Uncommunicative Patient Pain Evaluation

Pain Evaluation Tool for Nonverbal Patient

Pain Evaluation Tool for Nonverbal Patient

Non-Communicative Patient’s Pain Assessment

Instrument

Activity chart check list

Chart with activity Check List

Medical records checklist activity

Medical records checklist activity

Activity Form

Check List

Directions: Nursing staff member should complete at least 5 minutes of daily care activities for the resident while observing for pain behaviors. This form should be completed immediately following care activities.

Instructions: The nursing staff member must complete at least five minutes of daily care activities for the resident (patient) while observing for pain behaviors. This form must be completed immediately following the care activities.

Instructions: The nursing staff member must complete at least five minutes of daily care activities for the resident (patient) while observing for pain behaviors. This form must be completed immediately following the care activities.

Instructions: The nursing staff member must complete at least five minutes of daily care activities for the resident (patient) while observing for pain behaviors. This form must be completed immediately following the care activities.

Directions: Nursing staff member should complete at least 5 minutes of daily care activities for the resident (patient) while observing for pain behaviors. This form should be completed immediately following care activities.

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

*(R4a) - Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

Page 101: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

…continuação Quadro B

Versões Retro traduzidas

NOPPAIN Versão Original

RT1 RT2 RT3 RT4

Did you do this?

Did you do this? Did you do this? Did you do this? Did you do this?

Did you see pain when you did this?

Did you notice pain when you did this?

Did you notice pain when you did this?

Did you notice pain when you did this?

Did you notice pain when you did this?

(a) Put resident in bed Or saw resident lying down

(a) Did you put the resident (patient) on bed or did you see him lay down

(a) Placed the resident (patient) in bed OR watched him lay down

(a)Placed the resident (patient) on the bed OR watched the resident (patient) lay down.

(a) Put resident (patient) in bed OR saw resident (patient) lying down

(b)Turned resident in bed

(b) Did you turn the resident (patient) over in bed

(b) Turned the resident (patient) in bed

(b)Turned the resident (patient) on the bed.

Put resident (patient) in bed OR saw resident (patient) lying down

(c)Transferred resident (bed to chair, chair to bed, standing or Whelchair to toilet

(c) Did you move the resident (patient), from bed to chair, chair to bed, or take him by wheelchair to the toilet

(c) Transferred the resident (patient), (from bed to chair, from chair to bed, picked him up or took him to the bathroom in a wheelchair)

(c) Transferred the resident (patient) from the bed to the chair, from the chair to the bed, picked the patient up, or took the patient in a wheelchair to the bathroom.

(c) Transferred resident (patient) (from bed to chair, chair to bed, raised resident or wheel chaired resident to toilet)

Page 102: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

…continuação Quadro B

Versões Retro traduzidas

NOPPAIN Versão Original

RT1 RT2 RT3 RT4

(d) Sat the resident up (bed or chair) OR saw resident sitting

d) Did you sit the resident (patient) down (chair or bed) OR did you see the resident sit down him\herself.

(d) Sat up the resident (patient), (chair or bed) OR watched the resident (patient) sitting down

(d) Sat the resident (patient), (Chair or bed) OR saw the resident (patient) seat himself/herself.

d) Sat up the resident (patient), (chair or bed) OR saw the resident (patient) sitting down

(e)Helped resident stand OR saw resident stand

(e) Did you help the resident (patient) stand up OR did you see the resident (patient) stand up

(e) Helped the resident (patient) stand up OR watched the resident (patient) stand up.

(e) Helped the resident (patient) stand OR watched the resident (patient) stand.

(e) Helped resident (patient) stand or saw resident (patient) stand

(f) Dressed resident

(e) Did you dress the resident (patient)

(e) Dressed the resident (patient)

(e) cloted the resident (patient)

(e) Dressed resident (patient).

(g) Fed resident

(f) Did you fed the resident (patient)

(f) Fed the resident (patient)

(f) Fed the resident (patient)

(f) Fed resident (patient).

(h)Helped resident walk OR saw resident walk

(h) Did you help the resident (patient) walk OR did you see the resident (patient) walking

(h) Helped the resident (patient) walk OR watched the resident (patient) walk.

(h) Helped the resident (patient) walk OR watched the resident (patient) walk

(h) Helped resident (patient) walk or saw resident (patient) walk.

(i)Bathed resident OR gave resident sponge bath

(i) Did you shower the resident (patient) OR did you give the resident (patient) a sponge bath.

(i) Helped the resident (patient) to shower OR gave the resident (patient) a bed bath.

(i) Gave the resident (patient) shower OR gave the resident (patient) a sponge bath.

(i) Showered resident (patient) or gave resident (patient) sponge bath.

Page 103: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

…continuação Quadro B

VERSÕES RETRO TRADUZIDAS

NOPPAIN Versão Original

RT1 RT2 RT3 RT4

Scoring Scoring Scoring Scoring *(R4a) - Scoring

Add up the number of “yes” boxes you

checked in column B

Add up the number of “yes” boxes you

checked in column B

Add up the number of “yes” boxes you

checked in column B

Add up the number of “yes” boxes you

checked in column B

*(R4a) - Add up the number of “yes” boxes you

checked in column B

Pain Behavior Pain Behavior Pain Behavior Pain Behavior *(R4a)- Pain Behavior

What did you see or hear during care?

What did you see or hear during care?

What did you see or hear during care?

What did you see or hear during care?

What did you see or hear during care activities?

Pain words? Pain words?

Pain words?

Words describing pain

Pain words?

That hurts! This hurts! This hurts! That hurts!” That hurts!”

Ouch! Ouch! Ouch! “ow owow” Ouch!

Stop that! Stop this! Stop it! Stop that! Stop that!

Did you see this?

Did you see this? Did you see this? Did you see this? Did you see this?

How intense were the pain words?

How intense were the pain words?

How intense were the pain words?

How intense were the pain words describing pain?

How intense were the pain words?

Lowest possible intensity

Lowest possible intensity

Least intensity possible

Least intensity possible

Lowest possible intensity

Highest possible intensity

Highest possible intensity

Greatest intensity possible

Mosst intensity possible

Highest possible intensity

Pain faces? Pain faces? Pain faces? Pain faces? Pain faces?

grimaces grimaces Making faces Making faces Grimaces

Page 104: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

…continuação Quadro B

VERSÕES RETRO TRADUZIDAS

NOPPAIN VERSÃO ORIGINAL

RT1 RT2 RT3 RT4

winces contractions contractions contractions Winces (contortions)

Furrowed brow

Frowning brow Frowning Wrinkling the forehead

Furrowed brow

How intense were the pain faces?

How intense were the pain faces?

How intense were the pain faces?

How intense were the faces of pain?

How intense were the pain

faces?

Pain noises? Pain noises? Pain sounds? Sounds of pain? Pain noises?

moans moans whimpering moans moans

groans murmurs murmurs murmurs Groans

grunts grunts grumble grunts Grunts

Cries Cries Cries Cries Cries

gasps gasps panting Losing breath Gasps

sighs sighs sighs yelps Sighs

How intense were the pain noises?

How intense were the pain noises?

How intense were the pain sounds?

How intense were the Sounds of pain?

How intense were the pain noises?

Bracing? Bracing? supporting?

Bracing? Supporting?

Holding? Supoting? Support? (Stationary position)

Rigidity Hardness Stiffness Rigidness Rigidity Holding holding holding Holding Holding Guarding Protecting Guarding Protecting Protecting How intense was the bracing?

How intense was the bacing?

How intense was the bracing?

How intense was the holding?

How intense were the support movements?

Rubbing? Rubbing? Rubbing? Rubbing? Rubbing?

Massaging affected area

Massaging affected area

Massaging affected area

Massaging affected area

Massaging affected area

Page 105: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

…continuação Quadro B

Versões Retro traduzidas

NOPPAIN Versão Original

RT1 RT2 RT3 RT4

How intense was the rubbing?

How intense was the rubbing?

How intense was the rubbing?

How intense was the rubbing?

How intense was the rubbing?

Restlessness? Restlessness? Fidgeting? Fidgeting? Restlessness?

Frequent shifting

frequently moving

Frequent shifting Changing positions frequently

Frequent shifting

Rocking swaying Rocking Rocking Rocking

Inability to stay still

Unable to keep still.

Inability to stay still Incapable of being still

Inability to stay still

How intense was the restlessness?

How intense was the restlessness?

How intense was the fidgeting?

How intense was the fidgeting?

How intense were the restlessness?

Add up the number of “yes” boxes you checked

Add up the number of “yes” boxes you checked

Add up the number of “yes” boxes you checked

Add up the number of “yes” boxes you checked

*(R4a) - Add up the number of “yes” boxes you checked

add up the numbers you circled on the intensity scales

add up the numbers you circled on the intensity scales

add up the numbers you circled on the intensity scales

add up the numbers you circled on the intensity scales

*(R4a) - Add up the numbers you circled on the intensity scales

Pain Intensity Pain Intensity Pain Intensity Pain Intensity Pain Intensity Rate the resident’s pain at the highest level you saw it at during care.

Evaluate the patient's pain, according to the highest level that you notice during the care

Evaluate the patient's pain, according to the highest level that you notice during the care

Evaluate the pain of the patient, on the highest level that you have noticed during your care.

Evaluate patient’s pain at the highest level you saw during care activities

Page 106: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

…continuação Quadro B

O resultado da avaliação das retrotraduções resultará na Versão Retro traduzida Final do instrumento NOPPAIN-VRTF.

VERSÕES RETRO TRADUZIDAS

NOPPAIN Versão Original

RT1 RT2 RT3 RT4

No Pain No pain No pain No pain. No pain.

Mild Light Mild Slight Mild

Moderate Moderate Moderate Moderate Moderate

Severe Strong Strong Strong Strong

worst possible pain

worst possible pain

worst possible pain worst possible pain worst possible pain

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

NOPPAIN Scoring

NOPPAIN Scoring

NOPPAIN Scoring NOPPAIN Scoring NOPPAIN Scoring

Total Total Total Total Total

Page 107: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 4

CARTA CONVITE PARA O COMITÊ DE REVISÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM - NÍVEL MESTRADO

Projeto de pesquisa: Versão Brasileira do instrumento para avaliação da dor em pacientes não comunicativos (NOPPAIN): Tradução e Adaptação Transcultural

MESTRANDA: Raquel Soares de Araújo

ORIENTADORA: Profa. Dra. Lílian Varanda Pereira

CARTA CONVITE PARA O COMITÊ DE REVISÃO

Prezado senhor(a),

Estamos convidando-o(a) a participar, como juiz, do COMITÊ DE REVISÃO, para avaliação

da :

1) Tradução consensual do NON-COMMUNICATIVE PATIENT’S PAIN ASSESSMENT INSTRUMENT (NOPPAIN), para a língua portuguesa (Brasil) e das

2) Retro traduções (4) da NOPPAIN

TAREFA 1

Avaliação da tradução consensual do NON-COMMUNICATIVE PATIENT’S PAIN ASSESSMENT INSTRUMENT (NOPPAIN), para a língua portuguesa

Page 108: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Para esta tarefa enviamos um quadro (apêndice 1) contendo a escala NOPPAIN

original em inglês e a Versão Consensual da tradução para o português (resultado

da tradução feita por dois bilíngües, discutida e analisada juntamente com o

orientador e a mestranda envolvidos na Adaptação Transcultural da NOPPAIN).

Os membros do COMITÊ DE REVISÃO deverão modificar e eliminar itens que julgarem

irrelevantes, inadequados e ambíguos, podendo ainda, propor substitutos que se apliquem à

situação da cultura alvo (brasileira), mas, sempre mantendo o mesmo conceito geral do item

que foi substituído. Para tanto, cada juiz deve verificar se a versão traduzida é inteiramente

compreensível, levando em consideração os seus conceitos e significados dentro da cultura

brasileira, avaliando as equivalências entre o instrumento original e o traduzido,

considerando os diferentes tipos de equivalência: semântica, idiomática, de experiência

(cultural) e conceitual. O julgamento da adequação da tradução será feito por meio de uma

escala de 0(zero) a 10 (dez).

Equivalência semântica: avalia o significado das palavras, preservando a

equivalência do significado e a formulação dos itens.

Equivalência idiomática: observa-se as expressões coloquiais ou expressões

idiomáticas de difícil tradução, são expressões muito particulares de uma região, de uma

população ou cultura. Tais expressões sejam elas idiomáticas ou coloquiais são raramente

passíveis de tradução. Deve-se formular expressões equivalentes.

Equivalência cultural: avalia a existência de itens que reflitam experiências do

contexto vivido pela cultura alvo, seja este social, sentimental ou relacionado a qualquer

outra experiência vivenciada.

Equivalência conceitual: avalia palavras que frequentemente capturam significados

das duas culturas. Ou seja, o construto passa a ser reconhecido como conceitualmente

equivalente em ambas as culturas.

Page 109: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

ANEXO I (DA CARTA PARA ESPECIALISTAS)

TAREFA 1: Revisar a tradução da NOPPAIN para o português, emitindo parecer sobre a adequação da tradução. A concordância com a tradução será julgada em em escala de 0(zero) a 10 (dez), onde zero (0) significa “não concordo com a tradução”, 1 (um), 2 (dois), 3 (três), 4 (quatro), 5 (cinco), 6 (seis), 7 (sete), 8 (oito), e 9 (nove) significam “níveis crescentes de concordância” e 10 (dez) significa que concorda totalmente com a tradução”. Além disso, escreva no mesmo espaço, suas sugestões para melhorar a tradução.

(Apenas parte do anexo, com três itens para amostra da carta)

ITENS DO INSTRUMENTO ORIGINAL EM INGLÊS NOPPAIN

Versão resultante da analise em

COMISSÃO CONSENSUAL

ANÁLISE

(escala de 0-10) TPa + TPb + Pesquisadores

Non Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument

Instrumento De Avaliação Da Dor Em Paciente Não Comunicativo

(0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10)

Activity chart check list

Prontuário para Chek List de Atividades

(0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10)

Directions: Nursing assistant should complete at least 5 minutes of daily care activities for the resident while observing for pain behaviors. Both pages of this form should be completed immediately following care activities

Instruções: O auxiliar de enfermagem devera completar pelo menos 5 minutos de atividades dos cuidados diários para o residente (paciente) enquanto observa por comportamentos de dor. Ambas as paginas deste formulário devem ser preenchidas imediatamente seguindo as atividades de cuidado.

(0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10)

Page 110: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

TAREFA 2

Avaliação das Retro Traduções da NOPPAIN: a tradução para o português da escala, foi

retro traduzida por bilíngües, que tinham como língua nativa o inglês. Aqui, os juízes devem

analisar os itens das 4 (quatro) versões retro traduzidas, contribuindo na obtenção da

melhor versão, ou seja, a que mais se assemelhe ao instrumento original.

Para tal, enviamos um quadro (anexo 2) contendo a escala NOPPAIN original

(inglês) e as quatro (4) retro traduções, com um espaço em branco para serem

colocados os resultados das análises.

Orientações para a tarefa (veja o exemplo no inicio do anexo 2) :

a) Analise cada retro tradução e compare-a à NOPPAIN original, observando:

a equivalência entre o significado das palavras em cada versão

a equivalência de conceito entre os itens das diversas traduções e a

original, ou seja, o item da versão retro traduzida que melhor retrate,

conceitualmente, o construto do instrumento original.

b) Após a análise e comparação, escreva sua opinião na última coluna como indicado no modelo.

Observação: Após o julgamento dos juizes que compõem este COMITÊ DE REVISÃO,

estaremos chegando à versão pré final, traduzida para o português (do Brasil): a

(NOPPAIN-Br pré final).

Tarefa 2: Comparar as versões retro traduzidas com a NOPPAIN original (anexo 2) e escolher a melhor versão. Escrever o que achar importante em cada item.

Page 111: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

EXEMPLO: (para a análise das retro traduções no anexo II abaixo)

CONSENSO DAS RETROTRADUÇÕES E SUA EQUIVALÊNCIA COM A ORIGINAL

VERSÕES RETROTRADUZIDAS

NOPPAIN VERSÃO ORIGINAL

RT1 RT2 RT3 RT4 Resultado da análise

Non Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument

Uncommunicative Patient Pain Evaluation

Pain Evaluation Tool for Nonverbal Patient

Pain Evaluation Tool for Nonverbal Patient

Non-Communicative Patient’s Pain Assessment

Instrument

Escolho a RT4

OBS: Apesar das 4 versões

serem equivalentes à original, a RT4

mostrou-se exatamente

igual a original.

Activity chart check list

Chart with activity Check List

Medical records checklist activity

Medical records checklist activity

Activity Form

Check List

Escolho RT1

OBS: aproximou-se mais do original.

Page 112: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 5

De Araujo R.S. e Pereira V.L.: Versão Brasileira do Instrumento de Avaliação da Dor em Pacientes Não Comunicativos – NOPPAIN-Br. Goiania, Go, 2011.

Page 113: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 6

De Araujo R.S. e Pereira V.L.: Versão Brasileira do Instrumento de Avaliação da Dor em Pacientes Não Comunicativos – NOPPAIN-Br. Goiania, Go, 2011.

Page 114: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 7

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado sr(a), responsável legal pelo sr(a) __________________________________

(nome do idoso com demência avançada)

O sr(a) ______________________________________ (nome do paciente) está

sendo convidado(a) a participar, como voluntário(a), em uma pesquisa intitulada “ Versão Brasileira do Instrumento de Avaliação de Dor em Pacientes Não Comunicativos (NOPPAIN): Adaptação Transcultural”. Meu nome é ___________________________ e

sou a entrevistadora. Este estudo corresponde a uma dissertação de Mestrado do Curso de

Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG),

sob responsabilidade da pesquisadora Raquel Soares de Araújo e orientação da Profa. Dra.

Lílian Varanda Pereira.

O objetivo geral do estudo é traduzir e fazer a adaptação linguística da escala

NOPPAIN. Isso significa traduzí-lo do inglês para o português, tomando todos os cuidados

para que cada palavra ou frase traduzida mantenha o mesmo significado que possuía para

as pessoas da cultura original.

Traduzir um instrumento da língua inglesa para a portuguesa é importante, pois,

assim, nós, brasileiros, poderemos ler e entender bem cada palavra e assim, identificar e

medir a dor dos idosos que não podem comunicar-se verbalmente. Para isso vamos precisar

de alguns dados de identificação do paciente, que serão retirados do prontuário médico, e

de outros dados que serão obtidos por meio de observação dos comportamentos indicativos

de dor, que poderão surgir durante a realização de alguns cuidados (alimentação,

transferência, mudança de decúbito e outros). Se o paciente demonstrar algum

comportamento indicativo de dor (caretas de dor, nervosismo, colocação das mãos sobre o

local, choro, ou emissão de algum gemido), durante os cinco minutos de cuidados, as

informações serão anotadas em instrumento apropriado, anexado a este termo.

Caso o(a) senhor(a), como responsável legal pelo paciente, autorize sua participação

nesta pesquisa, ele será observado por um profissional, durante a realização dos cuidados

básicos (troca de vestimentas, alimentação, transferência, mudança de posição, entre

outros), por um tempo mínimo de cinco minutos. Garantimos que ele não sofrerá nenhum

dano e nem qualquer alteração no tratamento que está recebendo. Ainda estará

contribuindo com o avanço dos conhecimentos sobre a medida da dor em pessoas com

Page 115: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

demência avançada que não conseguem se comunicar verbalmente, permitindo que tenham

sua dor precocemente identificada e tratada. Havendo algum comportamento de dor, o

paciente será imediatamente medicado com os medicamentos prescritos pelo médico

responsável.

Informamos que o seu nome e o nome do paciente não aparecerão em qualquer

momento, sendo garantido o sigilo quanto à identidade de vocês. Garantimos que os(as)

senhores(as) não sofrerão constrangimentos, danos, prejuízos ou despesas financeiras.

Também não receberão nenhum pagamento ou gratificação por participar, havendo total

liberdade de se recusarem ou retirarem o consentimento a qualquer momento. Os

resultados deste estudo serão posteriormente divulgados em eventos científicos e

publicados em revistas científicas.

Como já informado, a responsável por esta pesquisa é a enfermeira Raquel Soares

De Araujo e sua orientadora é a Profa Dra Lilian Varanda Pereira da Faculdade de

Enfermagem da UFG e ambas poderão esclarecê-lo em caso de dúvidas pelos telefones

(62)32057563 e (62)32121717 ou 81060746.

Após os esclarecimentos e informações, pedimos que assine abaixo, em duas vias

de igual conteúdo. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável.

Para outros esclarecimentos, o (a) senhor (a) poderá entrar em contato com o

Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás pelo telefone (62) 3521-

1075 ou 3521-1076.

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO

Eu, __________________________________________________________, RG

nº___________________, SSP ____________, responsável legal pelo sr(a)

______________________________________________________________ (nome do

idoso com demência), RG nº _____________________________ autorizo que ele participe

do estudo “Versão Brasileira da escala NOPPAIN – Instrumento de Avaliação de Dor em Pacientes sem Comunicação: Adaptação Transcultural”. Fui devidamente

informado(a) e esclarecido(a) pela pesquisadora ________________________________

sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e

benefícios decorrentes da participação dele na pesquisa. Foi-me garantido que posso retirar

o consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou

interrupção do tratamento e/ou cuidados que ele necessita.

Page 116: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Local e data: _______________________________________________ data __/__/__

Nome do responsável legal pelo sr(a) _____________________________ (nome idoso

com demência): __________________________________________________

Assinatura do responsável legal pelo sr(a) ______________________________(idoso com

demência): ________________________________________________________

Identificação datiloscópica

Testemunha 1 ___________________________________________________

Testemunha 2 ___________________________________________________

polegar

Page 117: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 8

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ENFERMAGEM Programa de Pós-Graduação

Dados socioeconômicos e demográficos

IDENTIFICAÇÃO

1.Nome completo: _______________________________________________________________

2.Número da pessoa: 3.Data da coleta: .

3. Entrevistador:_________________________________________________________________

4. Endereço completo: ____________________________________________________________

5. Telefone para contato: __________________________________________________________

6. Sexo: 1[ ] Masculino 2 [ ] Feminino 9. Data de nascimento 6.1 Idade: __ anos

7. Estado civil 7.1 [ ] Casado 7.2 [ ] Solteiro 7.3 [ ] Viúvo 7.4[ ] Divorciado

PERFIL SOCIAL

8. Escolaridade:

8.1[ ] analfabeto 8.2[ ] sabe ler e escrever e nunca foi à escola 8.3[ ] primário completo/in

8.4 [ ] ensino médio completo/incompleto

8.5[ ] superior completo

9. Recebe algum dinheiro? 9.1[ ] sim quanto? $ ____________ 9.2[ ] não

10. Esse dinheiro provém de 10.1[ ] Aposentadoria 10.2[ ] Pensão 10.3[ ] outro ____________

11. Problema de saúde

11.1[ ]cardiovascular 11.2[ ] respiratório 11.3[ ] músculo esquelético

11.4[ ] psiquiátrico 11.5[ ] demência tipo _________________________________

11.6[ ] outro Especificar: _____________

Observações: Assinatura do pesquisador:

Page 118: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 9

Fonte: De Araujo R.S. e Pereira L.V.: Versão Brasileira do Instrumento de Avaliação da Dor em Pacientes Não Comunicativos – NOPPAIN-Br. Goiania, Go, 2011.

Page 119: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 10 Quadro A1 - concordância entre juízes na análise da versão traduzida consensual. (8 A 9= BOA (B), 10= MUITO BOM (MB).

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS DA TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS: escore dado em uma escala de 0 a 10 (0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10). FAÇA OBSERVAÇÕES E SUGESTÕES

NOPPAIN ORIGINAL INGLÊS

TRADUÇÃO CONSENSUAL PORTUGUÊS

ESPECIALISTAS (A,B,C,D,E,F) / SCORES E OBSERVAÇÕES CORRESPONDENTES Concordância Média

aritmética

CONSENSO NOPPAIN-Br-VPF

A B C D E F

Non Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument

Instrumento de Avaliação da Dor Em Paciente Não Comunicativo

10 10 10 9 10 9 Não comunicante

9,7= B

Instrumento de Avaliação da Dor Em Paciente Não Comunicativo

Directions: Nursing staff member should complete at least 5 minutes of daily care activities for the resident while observing for pain behaviors. This form should be completed immediately following care activities.

Instruções: O membro da equipe de enfermagem deverá fazer a avaliação, durante pelo menos em 5 minutos de atividades dos cuidados diários prestados ao residente (paciente), enquanto observa por comportamentos de dor. Este formulário deve ser preenchido imediatamente seguindo as atividades de cuidado.

8. ....de atividades relacionadas com os cuidados diários junto ao paciente enquanto observa os ....de reação a dor. após a realização das atividades de cuidado

8

deverá completar pelo menos 5 minutos de atendimento ao residente (paciente) enquanto procura por ...indicativos de dor. Ambas as paginas deste formulário devem ser preenchidas imediatamente após o atendimento ao paciente

7 O membro da equipe de enfermagem devera realizar pelo menos 5 minutos diários de atividades relacionadas a cuidados com o paciente, observando... ...ser preenchido imediatamente após a realização das atividades de cuidado.

9

Sugestão: substituir “seguindo” por “após”

8 atividades de cuidados ..com o paciente ..... imediata-mente após as atividades

9

5 minutos das atividades

8,2= B Instruções: O membro da equipe de enfermagem deverá fazer a avaliação, durante, pelo menos, 5 minutos, enquanto atividades dos cuidados diários estejam sendo prestadas ao paciente, observando comportamentos de dor. Este formulário deve ser preenchido imediatamente após as atividades de cuidado.

Page 120: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro A1 (Continuação)

ANÁLISE DOS EXPERTS DA TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS: escore dado em uma escala de 0 a 10 (0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10). FAÇA OBSERVAÇÕES E SUGESTÕES

NOPPAIN ORIGINAL INGLÊS

TRADUÇÃO CONSENSUAL PORTUGUÊS

ESPECIALISTAS (A,B,C,D,E,F) / SCORES E OBSERVAÇÕES CORRESPONDENTES Concordância Média

Aritmética

CONSENSO NOPPAIN-Br-VPF

A B C D E F

Activity chart check list

Prontuário para Check List de

9 Check List de Atividades

8 Lista de Verificação de

9 Verificação

8 Check list de

8 Check List Atividades

9 Check list: verificação

8,5=B Lista de Verificação de Atividades

Did you do this?

Você fez isso?

10

10

10

10

10

10

10,0= MB

Você fez isso?

Did you see pain when you did this?

Você notou dor quando fez isso?

10 10 10 9“ observou

10 10

9,8= B Você observou dor quando fez isso?

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

Marque sim ou não para cada item nas colunas A e B

10 10 10 10 10 10

10,0= MB Marque sim ou não para cada item nas colunas A e B

(a) Put resident in bed Or saw resident lying down

Colocou o residente (paciente) na cama OU viu o residente (paciente) se deitar

10 10 10 paciente

10 9 deitar-se 10 paciente

9,8= B A. Colocou o paciente na cama OU viu o paciente deitar-se

(b)Turned resident in bed

Virou o residente (paciente) no leito.

10 10 10 paciente 10 10 10 paciente

10,0= MB B. Virou o paciente no leito.

(c)Transferred resident (bed to chair, chair to bed, standing or Wheelchair to toilet)

(c) Transferiu o residente (paciente), (do leito para cadeira, da cadeira para leito, levantou ou levou-o de cadeira de rodas para o banheiro)

10 8 O levou

10 paciente

10 10 9 Paciente.... de

pé ou de cadeiras de

rodas

9,5= B C. Transferiu o paciente (do leito para cadeira, da cadeira para leito, de pé ou de cadeira de rodas para o banheiro)

(d) Sat the resident up (bed or chair) OR saw resident sitting

(d) sentou o residente (paciente), (cadeira ou leito) OU viu o residente (paciente) sentando-se.

9

auxiliou o paciente

10 Sentou o paciente

10 paciente

10 10 10 9,8= B D. Sentou o paciente, (cadeira ou leito) OU viu o paciente sentando-se.

Page 121: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro A1 (Continuação)

ANÁLISE DOS EXPERTS DA TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS: escore dado em uma escala de 0 a 10 (0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10). FAÇA OBSERVAÇÕES E SUGESTÕES

NOPPAIN ORIGINAL INGLÊS

TRADUÇÃO PORTUGUÊS

ESPECIALISTAS (A,B,C,D,E,F) / SCORES E OBSERVAÇÕES CORRESPONDENTES

Concordância Média

Aritmética

CONSENSO NOPPAIN-Br-VPF

A B C D E F

(e)Helped resident stand OR saw resident stand

(e) Ajudou o residente (paciente) a ficar de pé OU viu o residente (paciente) ficar de pé.

9 a ficar em pé

10 10 Paciente

10 10 10 9,8= B G. Ajudou o paciente a ficar de pé OU viu o paciente ficar de pé.

(f) Dressed resident (f) Vestiu o residente (paciente).

10 10 10 paciente

10 10 10 10,0= MB E. Vestiu o paciente.

(g) Fed resident (g) Alimentou o residente (paciente).

10 10 10 paciente

10 10 10 10,0= MB F. Alimentou o paciente.

(h)Helped resident walk OR saw resident walk

(h) Ajudou o residente (paciente) caminhar OU viu o residente caminhar.

9 a

caminhar

9 a caminhar

10 Paciente

10 10 10 9,5= B H. Ajudou o paciente a caminhar OU viu o paciente caminhar.

(i)Bathed resident OR gave resident sponge bath

(i) Deu banho de chuveiro no residente (paciente) OU deu banho de leito no residente (paciente).

10 9

...ao residente (paciente)

10 Paciente

10 10 10 9,8= B I. Deu banho de chuveiro ao paciente OU deu banho de leito ao paciente.

SCORING: Add up the number of “yes” boxes you checked in column B

Pontuando: Some o numero de caselas que você marcou na coluna B, que contenham a palavra “sim”.

10 10 10 10 10 10 10,0= MB Pontuando: Some o numero de caselas que você marcou na coluna B, que contenham a palavra “sim”.

Page 122: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro A1 (Continuação)

ANÁLISE DOS EXPERTS DA TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS: escore dado em uma escala de 0 a 10 (0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10). FAÇA OBSERVAÇÕES E SUGESTÕES

NOPPAIN ORIGINAL INGLÊS

TRADUÇÃO PORTUGUÊS

ESPECIALISTAS (A,B,C,D,E,F) / SCORES E OBSERVAÇÕES CORRESPONDENTES Concordância Média

Aritmética

CONSENSO NOPPAIN-Br-VPF

A B C D E F

Pain Behavior Comportamento de dor

10 10 10 10 10 10 10,0= MB Comportamento de dor

What did you see and hear during care?

O que você viu e ouviu durante o cuidado?

10 8 O que você viu e ouviu durante o atendimento?

10 10 10 10 9,7= B O que você viu e ouviu durante o atendimento?

Pain words? Palavras de dor? 9 Verbalização

10 10 10 10 10 9,8= B Palavras de dor?

That hurts! Isto dói! 10 10 10 9 isto machuca!

10 10 9,8= MB Isto dói!

Ouch! Aiaiai! 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Aiaiai!

Stop that! Pare com Isso! 10 10 10

10 10 10

10,0= MB Pare com Isso!

Did you see this?

Você observou isso? 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Você observou isso?

How intense were the pain words?

Quão intensas foram as palavras de dor?

9 verbalizações

9 Qual foi a intensidade ...

10 10 10 10 9,5= B Qual foi a intensidade das palavras de dor?

Lowest possible intensity

Menor intensidade possível

10

10

10 10 10 10 10,0= MB Menor intensidade possível

Highest possible intensity

Maior intensidade possível

10 10 10 10 10 10 10,0=MB Maior intensidade possível

Pain faces Fácies de dor? 10 10 10 7 Expressões faciais de dor

9 Faces de dor OBS: fácil entendimento

10 9,3= B Faces de dor?

Page 123: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro A1 (Continuação)

ANÁLISE DOS EXPERTS DA TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS: escore dado em uma escala de 0 a 10 (0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10). FAÇA OBSERVAÇÕES E SUGESTÕES

NOPPAIN ORIGINAL INGLÊS

TRADUÇÃO PORTUGUÊS

ESPECIALISTAS (A,B,C,D,E,F) / SCORES E OBSERVAÇÕES CORRESPONDENTES Concordância Média

Aritmética

CONSENSO NOPPAIN-Br-VPF

A B C D E F

grimaces Caretas 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Caretas Winces Contrações

(contorções) 10 10 10 10 6

Retrações 10 9,5- B Contrações

Furrowed brow

Testa franzida 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Testa franzida

How intense were the pain faces?

Quão intensa foi a face de dor?

10 9 Qual foi a intensidade.

10 9 foram

9 foram as faces de dor

10 9,5= B Qual foi a intensidade das faces de dor?

Pain noises? Ruídos de dor? 10 10 10 10 10 10 10,O= MB Ruídos de dor?

Moans Gemidos 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Gemidos

Groans Murmúrios 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Murmúrios

Grunts Grunhidos 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Grunhidos

Cries Choro 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Choro

Gasps Ofegar (respiração ofegante)

10 10 10 10 10 respiração ofegante

10 10,0=MB Respiração ofegante

Sighs Suspiros 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Suspiros

How intense were the pain noises?

Quão intensos foram os ruídos de dor?

10 9 Qual foi a intensidade.

10 10 10 10 9,8= B Qual foi a intensidade dos ruídos de dor?

Page 124: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro A1 (Continuação)

ANÁLISE DOS EXPERTS DA TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS: escore dado em uma escala de 0 a 10 (0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10). FAÇA OBSERVAÇÕES E SUGESTÕES

NOPPAIN ORIGINAL INGLÊS

TRADUÇÃO PORTUGUÊS

ESPECIALISTAS (A,B,C,D,E,F) / SCORES E OBSERVAÇÕES CORRESPONDENTES Concordância Média

Aritmética

CONSENSO NOPPAIN-Br-VPF

A B C D E F

Bracing? Segurando? Apoiando? Suportando? OBS: posição antálgica (posição para aliviar dor)

9 Sugestão: Adquire posição antálgica?

10 Apoiando?

10 9 Alteração postural?

6 apoio firmando-se (posição de proteção a dor)

10 9,0= B Segurando? Apoiando? Suportando? OBS: posição antálgica (posição para aliviar dor)

rigidity Rigidez 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Rigidez Holding Segurando 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Segurando

Guarding Protegendo 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Protegendo

How intense was the bracing?

Quão intensos foram os movimentos antálgicos?

10 7 Qual foi a intensidade do apoiar-se?

10 8 Quão alterada estava a postura/ posicionamento?

10 10 9,2= B10 Qual foi a intensidade das posições antálgicas (para alivio da dor)?

Rubbing? Friccionando? 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Friccionando? Massaging affected área?

Massageando área afetada

10 10 10 10 10 10 10,0= MB Massageando área afetada

How intense was the rubbing?

Quão intensa foi a fricção?

7 Qual foi a intensidade do esfregar?

8 Qual foi a intensidade...

10 10 10 10 9,2= B10 Qual foi a intensidade da fricção?

Restlessness? Inquietação? 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Inquietação?

Page 125: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro A1 (Continuação)

ANÁLISE DOS EXPERTS DA TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS: escore dado em uma escala de 0 a 10 (0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10). FAÇA OBSERVAÇÕES E SUGESTÕES

NOPPAIN ORIGINAL INGLÊS

TRADUÇÃO PORTUGUÊS

ESPECIALISTAS (A,B,C,D,E,F) / SCORES E OBSERVAÇÕES CORRESPONDENTES Concordância Média

Aritmética

CONSENSO NOPPAIN-Br-VPF

A B C D E F

Frequent shifting Posicionamento frequente

7 Mudança de posição frequente?

10 10 9 Reposicionamento ou mudança de posicionamento

9 Movimento freqüente deslocamento

10 9,2= B10 Posicionamento frequente

rocking Balançando 10 10 10 10 9 Balanço

10 9,8= B Balançando

Inability to stay still Inabilidade de se manter parado

10 10 10 10 9 de ficar parado

10 9,8= B Inabilidade de se manter parado

How intense was the restlessness?

Quão intensa foi a inquietação?

9 Qual foi a intensidade...

9 Qual foi a intensidade...

10 10 10 10 9,7= B Qual foi a intensidade da inquietação?

Add up the number of “yes” boxes you checked

Some o numero de caselas que você marcou que contenham a palavra “sim”.

10 10 10 10 10 10 10,0= MB Some o numero de caselas que você marcou que contenham a palavra “sim” (S).

Add up the numbers you circled on the intensity scales

Some os números que você circulou nas escalas de intensidade

10 10 10 10 10 10 10,0= MB Some os números que você circulou nas escalas de intensidade

Page 126: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro A1 (Continuação)

ANÁLISE DOS EXPERTS DA TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS: escore dado em uma escala de 0 a 10 (0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10). FAÇA OBSERVAÇÕES E SUGESTÕES

NOPPAIN ORIGINAL INGLÊS

TRADUÇÃO PORTUGUÊS

ESPECIALISTAS (A,B,C,D,E,F) / SCORES E OBSERVAÇÕES CORRESPONDENTES Concordância Média

Aritmética

CONSENSO NOPPAIN-Br-VPF

A B C D E F

Add up the number of “yes” boxes you checked

Some o numero de caselas que você marcou que contenham a palavra “sim”.

10 10 10 10 10 10 10,0= MB Some o numero de caselas que você marcou que contenham a palavra “sim” (S).

Add up the numbers you circled on the intensity scales

Some os números que você circulou nas escalas de intensidade

10 10 10 10 10 10 10,0= MB Some os números que você circulou nas escalas de intensidade

Pain Intensity Intensidade da dor

10 10 10 10 10 10 10,0= MB Intensidade da dor

Rate the resident’s pain at the highest level you saw it today

Avalie a dor do paciente, no nível mais alto que você a notou durante o cuidado.

10 9 ...pelo nível ...durante o atendimento

10 9 durante o período que prestou cuidado.

10 10 9,7= B Avalie a dor do paciente, no nível mais alto que você a observou durante o cuidado.

No pain Nenhuma dor 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Nenhuma dor

Mild Leve 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Leve

Moderate Moderada 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Moderada

Page 127: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro A1 (Continuação)

Fonte-: 1- Snow A.L, Weber, J.B., O”Malley, Cody, M., Beck, C., Bruera, E., Ashton, C., Kunik, M.E. (2004). NOPPAIN: A Nursing assistant-administered pain assessment instrument for use in dementia. Dementia and Geriatric Cognitive Disorders, 921, 1-8. 2- De Araujo R.S. e Pereira V.L.: Versão Brasileira do Instrumento de Avaliação da Dor em Pacientes Não Comunicativos – NOPPAIN-Br. Goiania, Go, 2011.

ANÁLISE DOS EXPERTS DA TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS: escore dado em uma escala de 0 a 10 (0)_(1)_(2)_(3)_(4)_(5)_(6)_(7)_(8)_(9)_(10). FAÇA OBSERVAÇÕES E SUGESTÕES

NOPPAIN ORIGINAL INGLÊS

TRADUÇÃO PORTUGUÊS

ESPECIALISTAS (A,B,C,D,E,F) / SCORES E OBSERVAÇÕES CORRESPONDENTES Concordância Média

Aritmética

CONSENSO NOPPAIN-Br-VPF

A B C D E F

Severe Forte 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Forte

Worst pain possible

Pior dor possível 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Pior dor possível

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

Se o paciente relatou dor, ou a pontuação no NOPPAIN dele for igual ou maior que 3, refira o paciente ao enfermeiro para um exame de maior abrangência.

8

Se o paciente relatou dor, ou a pontuação do NOPPAIN, dele, for maior ou igual a 3, comunique as condições do paciente ao enfermeiro para um exame de maior abrangência.

10 10 9

Se o paciente relatou dor ou sua pontuação no NOPPAIN foi maior ou igual a 3, encaminhe-o ao enfermeiro para uma avaliação mais completa

8

Se o paciente relatou dor, ou a sua pontuação do NOPPAIN foi 3 ou mais, relate para o enfermeiro, para um exame mais completo

10 9,2= B Se o paciente relatou dor, ou a sua pontuação no NOPPAIN for igual ou maior que 3, comunique a condição do paciente ao enfermeiro para um exame de maior abrangência.

NOPPAIN SCCORING

Pontuando NOPPAIN

10 10 10 10 9 Pontuação NOPPAIN

10 9,8= B Pontuação NOPPAIN

Total Total 10 10 10 10 10 10 10,0= MB Total

Page 128: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

APÊNDICE 11

Quadro B1 - concordância entre juízes na análise das versões retrotraduzidas.

VERSÕES RETROTRADUZIDAS (RT)

NOPPAIN VERSÃO ORIGINAL

1 2 3 4 ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS (A,B,C,D,E e F) A B C D E F CONC

% Versão Retro traduzida Final - NOPPAIN-VRTF

Non Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument

uncommunicative Patient Pain Evaluation

Pain Evaluation Tool for Nonverbal Patient

Pain Evaluation Tool for Nonverbal Patient

Non-Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument

4 4 4 4 4 4 100% RT4

Non-Communicative Patient’s Pain Assessment Instrument

Directions: Nursing staff member should complete at least 5 minutes of daily care activities for the resident while observing for pain behaviors. This form should be completed immediately following care activities.

Instructions: The nursing staff member must complete at least five minutes of daily care activities for the resident (patient) while observing for pain behaviors. This form must be completed immediately following the care activities.

Instructions: The nursing staff member must complete at least five minutes of daily care activities for the resident (patient) while observing for pain behaviors. This form must be completed immediately following the care activities.

Instructions: The nursing staff member must complete at least five minutes of daily care activities for the resident (patient) while observing for pain behaviors. This form must be completed immediately following the care activities.

Directions: Nursing staff member should complete at least 5 minutes of daily care activities for the resident (patient) while observing for pain behaviors. This form should be completed immediately following care activities.

4 4 4 4 4 4 100% RT4

Directions: Nursing staff member should complete at least 5 minutes of daily care activities for the resident (patient) while observing for pain behaviors. This form should be completed immediately following care activities.

Activity chart check list Chart with activity Check List

Medical records checklist activity

Medical records checklist activity

Activity Form Check List

1 4 4 4 4 4 83,3% Activity Form Check List

Page 129: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro B1 (Continuação)

OBS: (T) corresponde à escolha de todas as versões retrotrduzidas (RT1, 2, 3 e 4)

VERSÕES RETROTRADUZIDAS (RT)

NOPPAIN VERSÃO ORIGINAL

1 2 3 4 ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS (A,B,C,D, e F) A B C D E F CONC

% Versão Retro

traduzida Final - NOPPAIN-VRTF

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

4 1234

4 1234

1234

1234

100% RT4

Check “yes” or “no” for each item in columns A and B

Did you do this? Did you do this?

Did you do this?

Did you do this? Did you do this? T T T T T 4 100% Did you do this?

Did you see pain when you did this?

Did you notice pain when you did this?

Did you notice pain when you did this?

Did you notice pain when you did this?

Did you notice pain when you did this?

T T T T T 4 100% Did you notice pain when you did this?

A. Put resident in bed Or saw resident lying down

A. Did you put the resident (patient) on bed or did you see him lay down

A. Placed the resident (patient) in bed OR watched him lay down

A. Placed the resident (patient) on the bed OR watched the resident (patient) lay down.

A. Put resident (patient) in bed OR saw resident (patient) lying down

4 4 4 1, 2 3

4 2 A.Put patient in bed OR saw patient lying down

B. Turned resident in bed

B. Did you turn the resident (patient) over in bed

B. Turned the resident (patient) in bed

B. Turned the resident (patient) on the bed.

B. Put resident (patient) in bed OR saw resident (patient) lying down

2 2 2 4 2 4 B.Turned the patient in bed

C. Transferred resident (bed to chair, chair to bed, standing or Whelchair to toilet

C. Did you move the resident (patient), from bed to chair, chair to bed, or take him by wheelchair to the toilet

C. Transfered the resident (patient), (from bed to chair, from chair to bed, picked him up or took him to the bathroom in a wheelchair)

C. Transferred the resident (patient) from the bed to the chair, from the chair to the bed, picked the patient up, or took the patient in a wheelchair to the bathroom.

C. Transferred resident (patient) (from bed to chair, chair to bed, raised resident or wheel chaired resident to toilet)

2 4 3 3 3 1 C. Transferred the patient from the bed to the chair, from the chair to the bed, picked the patient up, or took the patient in a wheelchair to the bathroom.

Page 130: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro B1 (Continuação)

VERSÕES RETROTRADUZIDAS (RT)

NOPPAIN VERSÃO ORIGINAL

1 2 3 4 ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS (A,B,C,D, e F) A B C D E F CONC

% Versão Retro traduzida Final - NOPPAIN-VRTF

D. Sat the resident up (bed or chair) OR saw resident sitting

D. Did you sit the resident (patient) down (chair or bed) OR did you see the resident sit down him\herself.

D. Sat up the resident (patient), (chair or bed) OR watched the resident (patient) sitting down

D. Sat the resident (patient), (Chair or bed) OR saw the resident (patient) seat himself/herself.

D. Sat up the resident (patient), (chair or bed) OR saw the resident (patient) sitting down

4 24

3 4 4 2 83% D.Sat up the patient, (chair or bed) OR saw the patient sitting down

E. Helped resident stand OR saw resident stand

E. Did you help the resident (patient) stand up OR did you see the resident (patient) stand up

E. Helped the resident (patient) stand up OR watched the resident (patient) stand up.

E. Helped the resident (patient) stand OR watched the resident (patient) stand.

E. Helped resident (patient) stand or saw resident (patient) stand

4 34

4 2 4 2 70% E.Helped patient stand or saw patient stand

F. Dressed resident

F. Did you dress the resident (patient)

F. Dressed the resident (patient)

F. clotted the resident (patient)

F. Dressed resident (patient).

24

24

4 2 4 4 83% F.Dressed patient.

G. Fed resident G. Did you feed the resident (patient)

G. Fed the resident (patient)

G. Fed the resident (patient)

G. Fed resident (patient).

2 3 4

234

234

2 3

4 4 83% G. Fed patient.

H. Helped resident walk OR saw resident walk

H. Did you help the resident (patient) walk OR did you see the resident (patient) walking

H. Helped the resident (patient) walk OR watched the resident (patient) walk.

H. Helped the resident (patient) walk OR watched the resident (patient) walk

H. Helped resident (patient) walk or saw resident (patient) walk.

4 234

4 4 4 2 83% H. Helped patient walk or saw patient walk.

Page 131: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro B1 (Continuação)

VERSÕES RETROTRADUZIDAS (RT) NOPPAIN VERSÃO ORIGINAL

1 2 3 4 ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS (A,B,C,D, e F) A B C D E F CONC

% Versão Retro

traduzida Final NOPPAIN-VRTF

I. Bathed resident OR gave resident sponge bath

I. Did you shower the resident (patient) OR did you give the resident (patient) a sponge bath.

I. Helped the resident (patient) to shower OR gave the resident (patient) a bed bath.

I. Gave the resident (patient) shower OR gave the resident (patient) a sponge bath.

I. Showered resident (patient) or gave resident (patient) sponge bath.

4 4 4 2 4 2

70% I. Showered patient or gave patient sponge bath.

Scoring Scoring Scoring Scoring Scoring T T T T T 100% Scoring Add up the number of “yes” boxes you checked in column B

Add up the number of “yes” boxes you checked in column B

Add up the number of “yes” boxes you checked in column B

Add up the number of “yes” boxes you checked in column B

Add up the number of “yes” boxes you checked in column B

4 4 4 4 4 T 100% Add up the number of “yes” boxes you checked in column B

Pain Behavior Pain Behavior Pain Behavior Pain Behavior *(R4a)- Pain Behavior T T T T T T 100% Pain Behavior What did you see or hear during care?

What did you see or hear during care?

What did you see or hear during care?

What did you see or hear during care?

What did you see or hear during care activities?

123 123

T 2 3

4 3 83% What did you see or hear during care?

Pain words? Pain words?

Pain words?

Words describing pain

Pain words?

124 124

124

12 4

4 3 83% Pain words?

"That hurts! This hurts! This hurts! That hurts! That hurts!” T 34 34 34 4 4 100% That hurts!”

Ouch! Ouch! Ouch! “ow owow” Ouch! 124 124

124

12 4

4 4 100% Ouch!

Stop that! Stop this! Stop it! Stop that! Stop that! T 3,4

3,4

3,4

4 2 83% Stop that!

OBS: (T) corresponde à escolha de todas as versões retrotrduzidas (RT1, 2, 3 e 4)

Page 132: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro B1 (Continuação)

OBS: (T) corresponde à escolha de todas as versões retrotrduzidas (RT1, 2, 3 e 4).

VERSÕES RETROTRADUZIDAS (RT) NOPPAIN VERSÃO ORIGINAL

1 2 3 4 ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS (A,B,C,D, e F) A B C D E F CONC

% Versão Retro traduzida Final NOPPAIN-VRTF

Did you see this? Did you see this?

Did you see this? Did you see this? Did you see this?

T T T T T T 100% Did you see this?

How intense were the pain words?

How intense were the pain words?

How intense were the pain words?

How intense were the pain words describing pain?

How intense were the pain words?

4 1 2 4

1 2 4

3 4 3 70% How intense were the pain words?

Lowest possible intensity

Lowest possible intensity

Least intensity possible

Least intensity possible

Lowest possible intensity

4 4 1 4

1 4

4 2 83% Lowest possible intensity

Highest possible intensity

Highest possible intensity

Greatest intensity possible

Mosst intensity possible

Highest possible intensity

4 4 1 4

1 4

4 3 83% Highest possible intensity

Pain faces? Pain faces? Pain faces? Pain faces? Pain faces? T T T T T 4 100% Pain faces? grimaces grimaces Making faces Making faces Grimaces 4 4 1

4 1 4

4 4 100% Grimaces

winces contractions contractions contractions Winces (contortions)

4 4 4 1 2 3

4 4 83% Winces

Furrowed brow Frowning brow Frowning Wrinkling the forehead

Furrowed brow 4 4 4 1 4

4 4 100% Furrowed brow

How intense were the pain faces?

How intense were the pain faces?

How intense were the pain faces?

How intense were the faces of pain?

How intense were the pain faces?

1 2 4

1 2 4

1 2 4

4 4 3 83% How intense were the pain faces?

Page 133: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro B1 (Continuação)

OBS: (T) corresponde à escolha de todas as versões retrotrduzidas (RT1, 2, 3 e 4)

VERSÕES RETROTRADUZIDAS (RT) NOPPAIN VERSÃO ORIGINAL

1 2 3 4 ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS (A,B,C,D, e F) A B C D E F CONC

% Versão Retro

traduzida Final NOPPAIN-VRTF

Pain noises? Pain noises? Pain sounds? Sounds of pain? Pain noises? 1 4

1,2 3,4

1, 4 1,4 1,4

3 83% Pain noises?

moans moans whimpering moans moans 1, 3, 4

1,3,4

1, 3 4 1, 3 ,4

4 4 100% moans

groans murmurs murmurs murmurs Groans 4 4 4 1,2,3

4 3 70% groans

grunts grunts grumble grunts Grunts 1, 3, 4

1, 3, 4

1, 3 ,4

1,3,4

4 4 100% grunts

Cries Cries Cries Cries Cries T T T T 4 4 100% Cries gasps gasps panting Losing breath Gasps 1,4 1,4 1,4 1,4 4 4 100% Gasps sighs sighs sighs yelps Sighs T 1,2,

4 1,2,4 1,2,

4 4 4 100% Sighs

How intense were the pain noises?

How intense were the pain noises?

How intense were the pain sounds?

How intense were the Sounds of pain?

How intense were the pain noises?

1, 4 1,4 1,2,4 1,4 4 3 83% How intense were the pain noises?

Bracing? Bracing? Supporting?

Bracing? Supporting?

Holding? Supoting?

Support? (Stationary position)

1, 2 1 2

1 2

1 2

1 1 100% Bracing? Supporting?

rigidity hardness stiffness Rigidness Rigidity 4 4 4 3 4 2 70% Rigidity Holding holding holding holding Holding T T T T 4 4 100% Holding Guarding Protecting Guarding Protecting Protecting 2 2 2 2 2 100% Guarding

Page 134: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro B1 (Continuação)

OBS: (T) corresponde à escolha de todas as versões retrotrduzidas (RT1, 2, 3 e 4)

VERSÕES RETROTRADUZIDAS (RT) NOPPAIN VERSÃO ORIGINAL

1

2

3

4

ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS (A,B,C,D, e F)

A B C D E F CONC %

Versão Retro traduzida Final - NOPPAIN-VRTF

How intense was the bracing?

How intense was the bracing?

How intense was the bracing?

How intense was the holding?

How intense were the support movements?

1, 2

1 2

1 2

4 1 2 83% How intense was the bracing?

Rubbing? Rubbing? Rubbing? Rubbing? Rubbing? T T T T 4 4 100% Rubbing? Massaging affected area

Massaging affected area

Massaging affected area

Massaging affected area

Massaging affected area

T T T T 4 4 100% Massaging affected area

How intense was the rubbing?

How intense was the rubbing?

How intense was the rubbing?

How intense was the rubbing?

How intense was the rubbing?

T T T T 4 4 100% How intense was the rubbing?

Restlessness? Restlessness? Fidgeting? Fidgeting? Restlessness? T 14

1, 4

1,4

4 4 100% Restlessness?

Frequent shifting

frequently moving

Frequent shifting Changing positions frequently

Frequent shifting 2,4

24

2,4

2,4

4 3 83% Frequent shifting

Rocking swaying Rocking Rocking Rocking 2,34

234

2,3 4

2,3 4

4 4 100% Rocking

Inability to stay still

Unable to keep still.

Inability to stay still

Incapable of being still

Inability to stay still 2,4

24

2,4

2,4

4 4 100% Inability to stay still

Page 135: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

Quadro B1 (Continuação)

OBS: (T) corresponde à escolha de todas as versões retrotrduzidas (RT1, 2, 3 e 4)

Fonte-: 1- Snow A.L, Weber, J.B., O”Malley, Cody, M., Beck, C., Bruera, E., Ashton, C., Kunik, M.E. (2004). NOPPAIN: A Nursing assistant-administered pain assessment instrument for use in dementia. Dementia and Geriatric Cognitive Disorders, 921, 1-8. 2- De Araujo R.S. e Pereira V.L.: Versão Brasileira do Instrumento de Avaliação da Dor em Pacientes Não Comunicativos – NOPPAIN-Br. Goiania, Go, 2011.

VERSÕES RETROTRADUZIDAS (RT) NOPPAIN VERSÃO ORIGINAL

1 2 3 4 ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS (A,B,C,D, e F)

A B C D E F CONC %

Versão Retro traduzida Final- NOPPAIN-VRTF

No Pain No pain No pain No pain. No pain. T T T T 4 4 100% No pain. Mild Light Mild Slight Mild 4 4 2 4 4 4 83% Mild Moderate Moderate Moderate Moderate Moderate 4 4 4 T 4 4 100% Moderate Severe Strong Strong Strong Strong 4 4 4 T 4 4 100% Strong worst possible pain

worst possible pain

worst possible pain

worst possible pain worst possible pain

4 4 4 T 4 4 100% worst possible pain

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

4 4 4 4 4 4 100% If a resident reported they have pain, or their NOPPAIN score is 3 or more, report the resident to the nurse for a comprehensive exam

NOPPAIN Scoring

NOPPAIN Scoring

NOPPAIN Scoring

NOPPAIN Scoring NOPPAIN Scoring

T T T T 4 4 100% NOPPAIN Scoring

Total Total Total Total Total T T T T 4 4 100% Total

Page 136: VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA …€¦ · Aprovada em 14 de Março de 2011. BANCA EXAMINADORA _____ Profª. Drª. Lilian Varanda Pereira - Presidente Escola

“Felizes as pessoas que:

...sabem que são espiritualmente pobres, pois o reino

do céu é delas,

...choram, Deus as consolará,

...são humildes, pois receberão o que Deus prometeu,

...tem fome sede de fazer a vontade de Deus, Ele as

deixará completamente satisfeitas,

...tem misericórdia dos outros, Deus terá

misericórdia delas,

...tem o coração puro, pois verão a Deus,

...trabalham pela paz, Deus as tratará como filhos,

...sofrem perseguições por fazerem a vontade de

Deus, o reino do céu é delas,

...são insultados, perseguidos e caluniados por serem

seguidores de Jesus, tem uma grande recompensa no

guardada no céu.

Mateus 5:19-20