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Número 2145 - Dezembro 2017 - Ano 90 Versão digital: www.idefran.com.br Fundação Espírita Allan Kardec eleva seu potencial realizador O médium e orador Divaldo Pe- reira Franco estará novamente em Franca no dia 17 de fevereiro próxi- mo, quando ministrará seminário no Ginásio da Escola Pestalozzi I. O evento deverá atrair grande número de interessados, como tem acontecido por onde o tribuno. Em fevereiro, realizará roteiro que terá Interessante como a visão espírita cristã, desde que bem compreendida e, principalmente, sentida, é capaz de nos trazer a paz que precisamos para viver com alegria, mesmo diante das adversidades. Com Jesus, a doença não se limi- Ao completar 95 anos de atividade, a Fundação Espí- rita Allan Kardec, apresentou aos membros o projeto que visa adequar as atividades da instituição para a nova reali- dade dos tratamentos psiqui- átricos. Em assembleia geral ex- traordinária, realizada no dia 22 de novembro último, seu presidente Mário Arias Mar- Pág. 5 Pág. 3 Suplemento, pág. 3 Divaldo em Franca Natal e mudança de perspectivas Idefran. Dezembro: promoção especial início no dia 10 daquele mês, no Con- gresso Espírita de Goiânia, e incluirá, além de Franca, cidades de Goiás e Minas Gerais, o que atesta a incansá- vel luta desse batalhador da Doutrina Espírita, levando o Evangelho a nú- mero cada vez maior de pessoas. Maiores informações em breve no facebook e site do Idefran. ta a ser mero castigo dos céus, mas oportunidade de resgate, através da forja da dor, das faltas cometidas diante de Deus, a fim de que conti- nuemos nossa jornada rumo à perfei- ção. Abaixo, os livros que circulam neste mês Clube do Livro Espírita do Idefran Agendas 2018 Brindes de Natal! Para que nossos associados possam presentear os amigos, oferecemos, a preços especiais, os seguintes livros. Preço especial R$ 8,00 Preço especial R$ 8,00 tinez e seu vice-presidente, Fernando Américo Palermo Falleiros, propuseram mu- danças no estatuto que tem por objetivo permitir à Fun- dação participar da RAPS – Rede de Atenção Psicosocial, mantendo assim sua vocação de acolhimento aos pacientes com transtorno mental.

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Número 2145 - Dezembro 2017 - Ano 90Versão digital: www.idefran.com.br

Fundação Espírita Allan Kardec eleva seu potencial realizador

O médium e orador Divaldo Pe-reira Franco estará novamente em Franca no dia 17 de fevereiro próxi-mo, quando ministrará seminário no Ginásio da Escola Pestalozzi I.

O evento deverá atrair grande número de interessados, como tem acontecido por onde o tribuno. Em fevereiro, realizará roteiro que terá

Interessante como a visão espírita cristã, desde que bem compreendida e, principalmente, sentida, é capaz de nos trazer a paz que precisamos para viver com alegria, mesmo diante das adversidades.

Com Jesus, a doença não se limi-

Ao completar 95 anos de atividade, a Fundação Espí-rita Allan Kardec, apresentou aos membros o projeto que visa adequar as atividades da instituição para a nova reali-dade dos tratamentos psiqui-átricos.

Em assembleia geral ex-traordinária, realizada no dia 22 de novembro último, seu presidente Mário Arias Mar-

Pág. 5

Pág. 3

Suplemento, pág. 3

Divaldo em Franca

Natal e mudança de perspectivas

Idefran. Dezembro: promoção especial

início no dia 10 daquele mês, no Con-gresso Espírita de Goiânia, e incluirá, além de Franca, cidades de Goiás e Minas Gerais, o que atesta a incansá-vel luta desse batalhador da Doutrina Espírita, levando o Evangelho a nú-mero cada vez maior de pessoas.

Maiores informações em breve no facebook e site do Idefran.

ta a ser mero castigo dos céus, mas oportunidade de resgate, através da forja da dor, das faltas cometidas diante de Deus, a fim de que conti-nuemos nossa jornada rumo à perfei-ção.

Abaixo, os livros que circulam neste mêsClube do Livro Espírita do Idefran

Agendas 2018

Brindesde Natal!Para que nossos associados possam presentear os amigos, oferecemos, a preços especiais, os seguintes livros.

Preço especial

R$ 8,00Preço especialR$ 8,00

tinez e seu vice-presidente, Fernando Américo Palermo Falleiros, propuseram mu-danças no estatuto que tem por objetivo permitir à Fun-dação participar da RAPS – Rede de Atenção Psicosocial, mantendo assim sua vocação de acolhimento aos pacientes com transtorno mental.

Pág. 02 A Nova Era - Dezembro 2017

Editorial

AÓrgão mensal de divulgação espírita

Intermunicipalde Franca- Adolfo Mendonça Jr.Responsabilidade editorial:USE

Conselho Editorial: Mario Arias Martinez, Felipe Salomão, Euripedes B. Carvalho, Fernando A. P.Falleiros, Ademir G. Pinheiro, Marcos A. Faleiros, Maria Consuelo Aylon, Jaime B. Silva e João B. Vaz

Propriedade: Fundação Espírita Allan Kardec

Realização e responsabilidade editorial: Idefran - Instituto de Divulgação Espírita de Franca

Rua Major Claudiano, 2185, Centro, CEP: 14.400-690 - Franca ( ) - Tel.: 16 3721.8282SPwww.idefran.com.br - [email protected]

Fundado por José Marques Garcia e Martiniano Francisco de Andrade, em 15 de novembro de 1927

Transição para a pazO anúncio alvissareiro está no li-

vro mais lido. Nem todos, porém, to-mamos conhecimento de que se nos apressa a transição para um mundo mais feliz. Moisés houvera dado a partida. Jesus deu-lhe o empurrão do Evangelho e permaneceu conosco, garantindo-nos governo seguro. Ad-vertiu-nos, todavia, que a efetivação regenerativa depende de nós, donos do livre-arbítrio.

A movimentação da população do planeta (espíritos e homens) vem, nos últimos tempos, sendo objeto de desde simples comentários a pes-quisas sérias. Espíritos carentes de entendimento, mas conscientes de sua responsabilidade, somaram-se à cota física do rés planetário, muitos dos quais sabendo aproveitar a subli-mada oportunidade de redimir-se do passado obscuro, outros, no entanto, ainda presos às ilusões das formas, mesclam-se aos bons, impondo o tom psicosférico do mal. E que outra coisa repercute nas profundezas do ser humano senão os acontecimentos trágicos e, muitas vezes, coletivos, que abalam a sociedade, quer como repercussão do passado culposo, na condição de pressão implacável da alavanca evolutiva, quer como con-vocação às consciências devedoras?

Preocupado em fazer claridade nas mentes e nos corações de boa vontade, o venerável Bezerra de Me-nezes, Espírito, insiste na advertên-cia de que devamos dar-nos as mãos num momento aflitivo como o que ora nos sacode as emoções. Fenô-menos a que os homens insensíveis atribuem a condição de “naturais” repercutem, na verdade, a violenta ação física e a terrível carga fluídi-ca do nosso pensamento. Em grave mensagem psicografada por Dival-do Pereira Franco, em Los Ange-les, EUA, no dia 13 de novembro de 2010, enuncia: “Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta ter-restre, não apenas como látego, mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do

corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.”

Fiel propagador das luzes do Evangelho ante os “filhos” da Ter-ra, Bezerra de Menezes, já em 19 de abril do mesmo ano, dirigira aos ho-mens não menos preocupada mensa-gem de chamamento à reflexão: “O certo é que a Humanidade chegou a um ponto de sua caminhada evo-lutiva que não mais se lhe permite retrocesso de qualquer natureza.” E profetizava uma data: “Para os próximos cinquenta anos, já se de-lineia um planejamento destinado a ser cumprido por uma coletividade de Espíritos que irão conviver com grandes e penosos desafios.” Escla-rece tratar-se “de uma população heterogênea de almas esclarecidas e de outras em processo de reajuste espiritual.”

É dele mesmo que nos chegaram outras revelações surpreendentes se-gundo as quais a “atual humanidade será pouco a pouco mesclada por esses dois grupos de Espíritos reen-carnantes. Inicialmente, na sua terça parte, abrangendo todo o Planeta, depois, dois e três terços. O trânsito entre os dois planos estará significa-tivamente acelerado.”

Se se nos impõe entender que os tempos são chegados, elemen-tos convincentes já não nos faltam. Quem leu a obra do Espírito Manuel Philomeno de Miranda, Transição planetária, também psicografia de Divaldo Pereira Franco, não se viu menos surpreso, posto que, ali, o au-tor espiritual, informando haver, ele mesmo, participado de missões de resgates de Espíritos arrebatados da carne em tragédias dolorosas, sen-tencia à Humanidade a inarredável necessidade de qualificação moral, com vistas à transposição da barreira que insiste em nos separar do novo cenário de felicidade que a promo-ção planetária proporcionará aos justos, conforme preconizou Jesus, condicionada, contudo, à prevalên-cia da psicosfera do bem.

Pág. 03A Nova Era - Dezembro 2017

Obediência e resignaçãoO Evangelho segundo o Espiritismo

Eurípedes B. Carvalho

Obediência e resignação, dois ges-tos que o orgulho e a vaidade resistem obstinadamente a acatar, constituem--se, no entanto, de dois essenciais ingredientes para que uma sociedade realize o seu progresso moral e inte-lectual. O mesmo se aplica ao indi-víduo na sua jornada em busca da perfeição. O não cumprimento des-sas virtudes costuma gerar revolta e desagregação nas relações sociais, levando a conflitos incontroláveis de

graves consequências. Consideradas como qualidades inerentes a um ho-mem de bem, se aplicadas, mais fa-cilmente se superariam vicissitudes e atropelos que sempre nos acometem, quer seja na intimidade do nosso lar, quer nos grupos sociais em que vive-mos. Lázaro, em Instruções dos Espí-ritos, com muita propriedade asseve-ra: “A obediência é o consentimento da razão” e “a resignação é o consen-timento do coração.”1.

A verdade é que ainda predomi-nam em nossos atos, o orgulho e o egoísmo. E isto nos impele a julgar, equivocadamente, que obediência é

sinal de fraqueza e, resignar-se dian-te do infortúnio é acovardar-se. Essa avaliação equivocada se assenta no fato de que, neste mundo, a hierarquia ainda se estabelece pela força e o po-der, e não por méritos ou qualidades morais e intelectuais do indivíduo.

O dinheiro e o prestígio angaria-dos sobre falsos conceitos, a compe-tição desonesta, a venda de atrativas ilusões e falsas promessas são fatores que ainda promovem e sustentam aqueles que detêm o poder e o man-do. Obedecer e ser resignado, para o homem hodierno, é dar sinais de fraqueza e subserviência. Entende que agindo assim, raramente atingi-rá posição de relevo nas transitórias e fugazes hierarquias do mundo. No entanto, cego ao que lhe acontece ao lado, não vê que tudo evolui e se apri-

mora em obediência aos imperativos da Lei. Por essa mesma razão, as leis humanas, transitórias e mutáveis, modificam-se num processo dinâmi-co, seguindo os rastros do Espírito na sua caminhada evolutiva. Sendo as-sim, ante a inexorabilidade da Lei do Progresso, nossas instituições, com os homens, sem os homens, ou apesar dos homens, sejam elas de caráter po-lítico, social, econômico ou religioso, vêm passando por inadiáveis mudan-ças que, fatalmente, as encaminharão, em épocas que se avizinham, à consa-gração da verdadeira autoridade, se-não aquela construída sobre as bases sólidas dos princípios morais.

Jesus, nosso exemplo maior, ao

referir-se aos que detinham o poder temporal, dirigindo-se aos seus dis-cípulos, acrescentou: “Não será as-sim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande, seja vosso serviçal; e, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo.”2

Conclui-se, pois, que aquele que pretender ser o maior seja o mais hu-milde. Enfim, obediência requer hu-mildade e a resignação, coragem. O que leva Lázaro a afirmar: “O poltrão não pode ser resignado, assim como o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes.”3. O forte, moralmente, acata e se resigna ante os ditames da Lei; o fraco não oferece resistência, mas se submete com revolta.

Numa dicotomia entre a autorida-de divina e a humana, pode-se afirmar com convicção: a dos poderosos da Terra impõe e humilha; a divina cor-rige, oportuniza e age com misericór-dia. A mundana, imposta pela força é falha, efêmera, constrange e causa revolta. Já, a verdadeira autoridade é eterna, justa, educadora, misericor-diosa e irresistível.

Ainda, segundo Lázaro, obediên-cia e resignação “são duas forças ati-vas, porque levam o fardo das provas que a revolta insensata deixa cair.4

Referências

1, 3, 4 - ESE: IX, 8 2 – Mateus: XX, 26 e 27.

Cego ao que lhe acontece ao lado, (o homem) não vê que tudo evolui e se aprimora em obediência aos

imperativos da Lei

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livro, à sua escolha, dentre os disponíveis para brinde.

Participação somente nas aquisições em nossa Livraria, estando excluídas as do Clube do Livro.

Pág. 04 A Nova Era - Dezembro 2017

Que nos lembremos de Santo Agostinho, que observava, ao fim de

cada dia, se só havia feito o bem. Se não havia prejudicado a ninguém, e se hou-vera agido de forma a ajudar, sem nada requerer em proveito próprio.

O item 906 do citado O Livro dos Espíritos vem ao apelo de tais con-siderações, quando pergunta: Aquele que faz o bem é repreensível por ter

Sementeira sem cuidadoJoão Batista Vaz

O homem, impelido pelos pró-prios anseios, muitas vezes, movi-menta-se na busca da autorrealização vaidosa, ou cedendo à força do pró-prio orgulho. Outras vezes, orienta--se na aptidão, como fator de herança das anteriores experiências. Ocorre, todavia, que o que muitos produzem, ainda que de patente caráter moral, não se lhes presta como instrumento de evolução. É quando sua produção parece atender-lhes apenas à facilida-de que os assiste, ou ao imperativo da vaidade. Exemplos estão em obras admiráveis, especialmente pela sua proposta de esclarecerem e morali-zarem, mas estranhas à conduta do próprio autor, que não se mostra nada disposto a pautar-se nos princípios que proclama.

A editoria de livros, a publicação de textos pela imprensa, o uso dos meios de comunicação oral e visual, altamente moralizadores, nos acodem a condição de ouvintes e leitores ca-rentes de progresso, tentando alinhar--nos ao Evangelho, sem, contudo, nada significar em favor dos próprios autores, que nos acendem o farol, mas permanecem do lado escuro.

Há mesmo na questão 905 de O Livro dos Espíritos demonstrada pre-ocupação de Kardec com tal reali-dade, quando indaga aos Instrutores espirituais: Certos autores publicam obras muito bonitas e de grande moralidade que ajudam o progresso da Humanidade, mas das quais eles mesmos não se aproveitam; como Espíritos, lhes será levado em conta o bem que fizeram através de suas obras? A resposta vem esclarecedora:

“A moral sem a ação é semente sem o trabalho. De que serve a semente, se não a fazeis frutificar para vos nutrir? Esses homens são mais cul-páveis, porque tinham inteligência para com-preender; não prati-cando as máximas que deram aos outros, re-nunciaram a colher os frutos.”

Tais considerações nos abrangem a todos. Somos declarados carecen-tes do conhecimento de nós mesmos, ignorantes da recomendação contida no frontispício do Templo de Delfos, cuja sabedoria nos requer: “conhece--te a ti mesmo”. Tivéssemos vontade bastante e estaríamos nos aprontando intimamente para harmonizarmo-nos com os desígnios das soberanas leis, pelos facilitados caminhos do Evan-gelho.

dele consciência e de reconhecê-lo a si mesmo? E os Mentores de Kardec respondem: “Visto que pode ter cons-ciência do mal que faz, ele deve ter também a do bem, a fim de saber se age bem ou mal. É pesando todos os seus atos na balança da lei de Deus, sobretudo, na da lei de justiça, de amor e de caridade, que ele poderá dizer a si mesmo se elas são boas ou más, aprová-las ou desaprová-las. Ele não pode, pois, ser repreensível por reconhecer que triunfou das más ten-dências e disso estar satisfeito, con-tanto que não se envaideça, porque então, cairia em outra falta.”

Para angariarmos condições de corrigir a nossa própria conduta, atentemos para o que diz a questão 919 da mesma obra, contida no mes-mo capítulo “Da perfeição moral”. Ali compreenderemos toda a sabe-doria da máxima “conheça-te a ti mesmo”, segundo a interpreta San-to Agostinho, para solicitar-nos que também nós nos perguntemos, ao fim de cada dia, o que fizemos, o bem ou o mal, e rogarmos a Deus e ao nosso anjo guardião a nos darem a fortaleza necessária à resistência às nossas fra-quezas, aperfeiçoando-nos o caráter, substituindo-nos valores falsos por valores perenes.

“De que serve a semente, se não a fazeis

frutificar para vos nutrir?”

O Livro dos Espíritos

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Associação Jurídico-Espírita do Brasil

O ponto central é que dividimos nossas cidades em tantas camadas sociais que as compõem. Dividimo-

-nos conforme nos julgamos melhores do que os outros. E daí legitimamos o conflito, as diferen-ças – criadas por nós mesmos – e a guerra. Não há outro nome a ser dado para uma realidade que con-

templa a morte, por agente estatal, de um jovem por semana na capital de São Paulo.

Vê-se pouco esforço em minimi-zar as desigualdades sociais. Não se

Nossos jovens estão morrendoMaria A. Santos Essado e Tiago Cintra Essado

A Folha de S. Paulo revelou que a polícia paulista mata cerca de um adolescente por semana em situações de confronto na periferia da cidade de São Paulo (Cotidiano, 16/10/2017).

De julho de 2016 a junho de 2017, a Folha apurou que 391 óbitos atingi-ram adolescentes, e com participação de policiais.

Os pontos de vista se dividem para os dados acima. Se de um lado há quem diga que os jovens estão mais audaciosos, o que justificaria a mor-tandade policial, de outro há quem afirma que a violência policial é mais corriqueira nas áreas marginais, e atinge predominantemente jovens pobres.

Recentemente, o novo comandan-te da Rota (tropa do Comando Geral da Polícia Militar de São Paulo), te-nente-coronel Ricardo Augusto Nas-cimento de Mello Araújo, defendeu a existência de abordagens policiais diferentes na periferia e nos Jardins (área nobre de São Paulo).

Do cenário em questão, fundado em números, extrai-se a existência de seletividade na atuação policial. Não se vê preocupação com o respeito à dignidade humana e à lei, em geral,

quando o foco da atuação são regiões periféricas, sobretudo à noite, e cujo público alvo são adolescentes.

Não se nota o mesmo aparato po-licial, com rondas ostensivas, em regi-ões nobres, permea-das por barzinhos e outras casas de di-versões, o que ainda recebe justificativa por parte de coman-dante de tropa dita de elite da PM de São Paulo. Se o fundamento da inter-venção policial, por vezes, é comba-ter o tráfico de drogas, ele há numa e noutra região.

Não se vê preocupação com o respeito à

dignidade humana e à lei, em geral, quando o foco da atuação (policial) são

regiões periféricas

encontram áreas de lazer e de práticas esportivas em áreas periféricas, como se vê em regiões nobres. Se para o bairro distante um campinho sem gra-ma já é muito, para áreas nobres que-remos praças iluminadas, com jardins bem cuidados e com playgrounds.

Sob a ótica espírita, temos o dever de trabalhar para proteger o vulnerá-vel, o desassistido, o fraco, em diver-sas acepções. Não é razoável acei-tarmos passivamente que a realidade descrita permaneça como adequada, justa e equilibrada.

É preciso que superemos esse es-tado de coisas, envidando todo os es-forços para reduzir o número de mor-tes e para aplacar a violência.

Educar nossos jovens; educar nossos agentes públicos; educar a sociedade em geral, eis um caminho inevitável para a revolução social que se faz necessária nesta quadra da his-tória.

Maria Auxiliadora Santos Essado é defen-sora pública/SP, membro da AJE-SP (Asso-ciação Jurídico-Espírita de São Paulo).

Tiago Cintra Essado é promotor de justiça/SP e presidente da AJE-BRASIL (Associa-ção Jurídico-Espírita do Brasil)

29ª

Interessante como a visão espírita cristã, desde que bem compreendida e, principalmente, sentida, é capaz de nos trazer a paz que precisamos para viver com alegria, mesmo diante das adversidades.

Com Jesus, a doença não se limi-ta a ser mero castigo dos céus, mas oportunidade de resgate, através da forja da dor, das faltas cometidas diante de Deus, a fim de que conti-nuemos nossa jornada rumo à perfei-ção.

Com Jesus, a doença deixa de ser vista como tempo perdido e passa a ser encarada como oportunidade de se parar e pensar, buscando, em suas origens, o autoconhecimento neces-sário para a renovação das ideias.

Com o Cristo, a doença deixa de ser motivo para afastamento, e pas-sa a ser vista como oportunidade de trabalho e caridade para com o irmão doente, movendo os recursos que Deus nos concedeu para contribuir-mos com sua obra, exercitando nosso próprio amor.

Com Jesus, por fim, a doença e a dor mudam de patamar. Não mais a

O Natal e a mudança de perspectivaAME-Franca - Associação Médico-Espírita de Franca

Rodolfo Moraes Silva

causa em si, de nossos males e pade-cimentos, mas sim os efeitos, colhei-tas de semeaduras negativas que nós mesmos lançamos, inadvertidamen-te, no solo da vida. Efeitos esses cuja compreensão nos levará ao encontro de nós mesmos, identificando onde devemos atuar, guiados pelo Evan-gelho de nosso Senhor, para retificar nossas consciências e dar novo rumo aos nossos destinos.

A presença de Jesus em nossas vidas é, portanto, transformadora, em diversos sentidos. A proximidade do Natal nos traz, com mais força, à memória, sua figura sublime e o con-junto dessas recordações, em nível

comunitário, faz surgir nessa época do ano um gostoso espírito de frater-nidade e esperança entre os homens.

É oportunidade única de refor-çarmos nossa visão espírita cristã do mundo.

E a proximidade do Natal, relem-brando o nascimento humilde e ao mesmo tempo grandioso do Salva-dor, à virada de ano, não é simples coincidência.

Toda virada de ano traz consigo planos e esperanças de renovação. Bilhões de pessoas no mundo par-ticipam desse momento de balanço, como um fechamento de contas, com vistas a planejamentos futuros,

cheios de boas expectativas. O Natal, celebrado na semana an-

terior, vem para dar a base de amor a todo esse processo, propiciando nos-sa mudança de visão do mundo.

A rigor, nada muda após cada Natal e ano novo. Nossos problemas continuam, nossas dores e dificulda-des persistem. O que tem que mudar, de fato, é a nossa forma de encarar a vida e seus desafios.

A visão cristã proporciona essa mudança e, lembrada no Natal, ante-cipando a virada de ano, deve encher nossos corações de esperanças no-vas, votos de renovação e propostas de trabalho para o ano vindouro.

Sem novas semeaduras, sem no-vas colheitas, sem mudanças.

Com mudança de visão, aliado ao trabalho com Cristo nosso Senhor, novos plantios e novas colheitas, num mundo, a começar por nós, mais fraterno e feliz.

Dr. Rodolfo Moares Silva é médico, con-ferencista espírita e presidente da AME--Franca (Associação Médico-Espírita de Franca).

Pág. 06 A Nova Era - Dezembro 2017

Energia Sexual e inadaptação do psiquismo ao sexo reencarnatórioA energia sexual em nós, seres hu-

manos, pode ser dinamizada de mui-tas formas: sublimada e direcionada a campos do intelecto ou expressa no relacionamento entre seres a nível etérico, astral, mental e ou espiritual com possibilidade de intensa troca de energias.

Os relacionamentos sexuais, por-tanto, ocorrem tanto nas dimensões dos corpos energéticos como na di-mensão biológica, embora dali de-corra repercussões posteriores no psiquismo. Em muitos casos, tipica-mente compatíveis com o nível evo-lutivo do homem terreno, a energia sexual é canalizada quase que ex-clusivamente para dimensão biológi-ca, neste caso a exteriorização desta energia dar-se-ia através do relacio-namento sexual físico.

Analisemos a questão específica do intercurso sexual nos moldes da homossexualidade, lembrando que essas relações podem dar-se tanto na dimensão da periferia biológica como na extrafísica.

Sexualismo e as implicações do inconsciente

A filosofia espírita não condena atos ou posturas. Estuda e compreen-de a origem das questões e esclarece aos indivíduos. As tendências sexuais não são decorrentes apenas de nossa vida atual. Nossa História é muito mais antiga e complexa. Embora a gestação seja extremamente impor-tante na transmissão de energias men-tais da mãe para o filho e nosso psi-quismo se consolide por meio das experiências infantis e juvenis, tam-bém é verdade que há o fator palin-genésico, isto é, das vidas anteriores.

Dos mais profundos arquivos do inconsciente, trazemos um somató-

rio de vivências tanto felizes quanto desagradáveis. Assim, construímos energias sexuais, em nós mesmos, que poderão permanecer conosco du-rante séculos.

Reencarnamos há muitos milha-res de anos. Qualquer peculiaridade comportamental nossa, inclusive na esfera sexual, necessita ser entendida pela cosmovisão reencarnacionista. A homossexualidade, portanto, não fará exceção. Torna-se importante frisar que a homossexualidade não ocorre, simplesmente, pela mudança de sexo biológico de uma encarnação para a seguinte, são diversos os fatores.

Se uma mulher necessita renascer como homem, ou vice-versa, esse fato, por si só, não determinará qual-quer comportamento homossexual. Homem e mulher que estão harmoni-zados e em sintonia com sua sexuali-dade, ao reencarnarem no sexo opos-to continuarão a emitir sua energia sexual de forma a buscar comunhão física com a polaridade complemen-tar, ou seja, heterossexual.

O Chakra Genésico, em equilí-brio, expressará essa justa adaptação ao novo veículo corporal, aceitando e ajustando-se à nova fisiologia e ana-

tomia pelas quais se expressa na nova existência física. A adaptação faz-se automaticamente, quando não há pro-blemas anteriores. A própria lógica nos leva a essa conclusão, pois a Lei Universal do renascimento visa har-monizar as criaturas e não gerar con-flitos íntimos desnecessários.

As experiências passadas e a po-larização energética

Apesar de, em sua natureza ínti-ma, o espírito não ter sexo, as experi-ências das vidas passadas determinam uma nítida polarização energética do espírito reencarnante, isto é, Espíri-tos em nossa fase evolutiva, possuem energias sexuais inclinadas para a po-laridade masculina ou feminina.

Quem visualiza a respeitável fi-gura de Bezerra de Menezes sempre o vê como uma figura masculina, da mesma forma, os Espíritos da falange de Maria são tipicamente femininos. Em nível mais periférico e pessoal, diria: não há como confundir a figura do meu pai desencarnado com minha tia.

As peculiaridades psicossexu-ais de um espírito determinam dessa forma a sua expressão física, no que

tange ao corpo astral. Portanto, o cor-po espiritual é reflexo de sua mente. Ao reencarnar, o espírito transmite suas vibrações e sua polaridade sexu-al ao óvulo, essa polaridade irá atrair o espermatozoide X (feminino) ou Y (masculino) que determinará o sexo biológico adequado às características e necessidades psicossexuais do espí-rito.

A homossexualidade, em alguns casos, decorre da dificuldade de adap-tação do espírito à sua nova condição biológica, diversa da anterior, quando traz questões ainda não resolvidas na área sexual.

Indivíduos que procuram exercer a fisiologia sexual com parceiros do mesmo sexo estão fugindo da progra-mação que lhes foi oferecida antes de renascerem. Trata-se de uma dificul-dade adaptativa, algo a ser compre-endido, amparado e não perseguido ou discriminado, mas, não tido, ape-nas, uma “opção sexual”.

Existem, em nosso planeta, só dois sexos e de polaridades opostas e complementares. A não discrimi-nação do homossexual e o respeito que se deve ter para com esses irmãos são indiscutíveis. Não aceitar com-portamentos homofóbicos é nossa obrigação, como pessoas que respei-tam a todos, sejam quais forem suas manifestações sexuais, mas amparar e compreender não significa que de-vamos desconhecer ou deixar de es-tudar os recônditos do psiquismo, as origens e a dinamização das energias psicossexuais.

Dr. Ricardo Di Bernardi é médico pedia-tra e homeopata, escritor e conferencista espírita e fundador da AME SC (Associa-ção Médico-Espírita de Santa Catarina).

Continua na próxima edição

Dr. Ricardo Di Bernardi

Noite Feliz!

Pág. 07A Nova Era - Dezembro 2017

Oberndorf, na primeira metade do século XIX, era uma cidade-zinha localizada na Alemanha. Ali vivia um sacerdote do Cristia-nismo chamado Joseph Mohr. Desde criança, revelou um grande talento para o canto. Sabia tocar órgão e violão.

Joseph era o bom pastor do rebanho da igrejinha de Oberndorf e o conduzia com verdadeiro espírito de fraternidade.

Era véspera de Natal do ano de 1818. Os camponeses estavam acostumados a participar da celebração natalina, cuja tradição era ouvir o órgão. Joseph, naquela tarde, constatou que o órgão estava com defeito. Mas, o que fazer?

Muito preocupado, começou a pensar na mensagem que ia ofe-recer àquelas pessoas simples. E decidiu: Sem o órgão, ia tocar violão.

Eram 18 horas e lhe vieram à mente os pensamentos: “Me pare-ce pouco. Esses cristãos valorosos merecem mais e Jesus também.

Cantinho Infantil “Scheilla”Vera Márcia SilvaScheilla

Feliz Natal, amiguinhos!

Noite Feliz

Noite feliz! Noite feliz!Ó, Senhor, Deus de amorPobrezinho nasceu em BelémEis na lapa, Jesus nosso bemDorme em paz, ó, Jesus!Dorme em paz, ó, Jesus!

Noite feliz! Noite feliz!Eis que no ar vem cantarAos pastores os anjos dos céusAnunciando a chegada de DeusDe Jesus, Salvador!De Jesus, Salvador!Letra: Joseph Mohr / Música: Franz Gruber

Talvez uma mensagem de Natal...”E, com sentimento elevado, desejou registrar para sempre a

noite do nascimento do Menino Jesus. Orou. Momentos depois, Joseph começou a escrever. Estava inspirado. Palavras simples lhe brotavam ora de sua mente ora de seu coração.

Quando terminou de escrever os versos, os leu em voz alta. E agora?

Lembrou-se de Franz Gruber, um admirável cantor e compo-sitor que vivia em uma aldeia vizinha. Joseph atravessou a neve e dirigiu-se à casa de Gruber.

- Tu podes colocar melodia nestas palavras? Pretendemos ho-menagear a Jesus nesta noite de Natal.

Gruber leu os versos e, no mesmo instante, também inspirado, colocou notas musicais naquelas palavras. Os dois ensaiaram. Às 22 horas estavam prontas a letra e a música.

Conta-se que, pouco antes da meia-noite, Joseph Mohr e Franz Gruber entraram na igrejinha de Oberndorf cantando em alemão “Noite Feliz” ao som do violão. Os pastores, os camponeses e as crianças já estavam esperando.

A melodia suave e elevada penetrava a alma daquelas pessoas simples, que se comoviam até as lágrimas.

A partir de 1818, todo o ano, todo Natal, muitas vozes passaram a can-tar “Noite Feliz”

O médium e orador espírita Divaldo Franco, na palestra sobre o assun-to, relata que essa linda canção já é cantada em mais de 500 idiomas e dialetos.

“Noite feliz” se tornou universal!

Jesus nasceu em uma manjedoura.

Vamos colorir a cena dessa Noite Feliz?

Pág. 08 A Nova Era - Dezembro 2017

O SILÊNCIO DOS DOMINGOS – Lygia Barbiéri, neste empolgante roman-ce, aborda temas como síndrome do pânico, obsessão, gravidez na adolescência, mal de Alzheimer e outros com visão doutrinária e cientifica. Uma história ao mesmo tempo mágica e real, tão real que poderia acontecer a qualquer um de nós.

CARTAS AO ACASO – Neste livro encontramos um manual de conhecimento sobre os vícios e virtudes. O autor espiritual nos leva a confrontar vícios que não reco-nhecemos e mostra soluções para vencer-mos essas fraquezas. Quanto às virtudes, são abordados ângulos especiais, fugindo da comum definição de compêndios de ética.

PARA NÃO PERDER A VONTA-DE DE VIVER – O amor pela vida é a mola mestra para uma existência saudável e o autor Jamiro Filho, avalia as diversas ex-periências que enfrentamos e como muitas vezes nos deixamos levar pelo desânimo. Nestes momentos, a nossa convicção é aba-lada e necessitamos da fé e esperança para vencer estas obras.

JOÃO E O IPÊ / O DIA MAIS FELIZ DO MUNDO – Nes-te mês são dois livros infantis; em “João e o Ipê, nosso amigo adora fazer perguntas e a partir dos ques-tionamentos muita coisa boa vai acontecer. Hannah, uma linda me-nina, que é portadora de deficiência auditiva, no livro “O dia mais feliz do mundo”, encanta a todos com sua radiante alegria.

Opções para o próximo mêsClube do Livro Espírita do Idefran

Caso prefira, no lugar das opções aqui indicadas, ou cumulativamente, o associado poderá optar por dois exemplares das obras básicas do Espiritismo, editadas pelo IDE.

Atendemos solicitações para sobras de meses anteriores

As ótimas espitirinhas aqui publicadas estão em www.espitirinhas.blogspot.com.br e são de autoria de Wilton Pontes a quem apresentamos nosso reconhe-cimento tanto por seu trabalho como pelo desprendimento em liberar sua publicação gratuita.

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