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Especial MAHI MAHI TUDO O QUE VOCE PRECISA SABER PARA CAPTURAR ESSA BELEZA DE DOURADO DO MAR NO FLY NOTÍCIAS ATADO O PASSO APASSO DO BOB'S BANGER ENTREVISTA "VELT" ROSEVELT PEREIRA BIOLOGIA, ARTESANATO AVENTURAS E FLY RECEITA TRUTAARCO-IRIS NA FOLHADE ALUMINIO Ano 2 A REVISTA ONLINE DA ABPM Dezembro 2016 Volume 25

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Especial

MAHI MAHITUDO O QUE VOCE PRECISA SABER PARA CAPTURAR ESSA BELEZA DE DOURADO DO MARNO FLY

N O T Í C I A SATADO

O PASSO A PASSO DO BOB'SBANGER

ENTREVISTA"VELT" ROSEVELT

PEREIRABIOLOGIA, ARTESANATO

AVENTURAS E FLY

RECEITATRUTA ARCO-IRIS NA FOLHA DE ALUMINIO

Ano 2

A R E V I S T A O N L I N E D A A B P M

Dezembro 2016Volume 25

N O T Í C I A SA R E V I S T A O N L I N E D A A B P M

ABPM agora está de portas abertas e pronta para recebe-lo(a), e sua participação é fundamental para que a pesca com mosca

se torne cada vez mais presente e forte no contexto das pesca esportiva brasileira. A idéia central da Associação é ter o seu trabalho desenvolvido em Regionais, que são unidades a serem criadas nos Estados, a exemplo dos Estados de Goias, Distrito Federal, Rio Grando do Sul, Paraná e Minas Gerais que já estão em operação. Dentro destas Regionais os sócios po-dem propor projetos e criação de grupos de trabalho para os mais varia-dos assuntos ligados a pesca com mosca.

ASSOCIAÇÃOBRASILEIRA DE PESCA COM MOSCA

VISÃO

Ter um país onde a mo-dalidade de Pesca com Mosca seja uma ativida-de recreativa relevante e praticada com um espírito de amizade, integração e respeito pela natureza.

MISSÃO

A ABPM é uma associa-ção a nível nacional, sem fim lucrativos, que promove a modalidade da Pesca com Mosca e a integração e camaradagem entre os pes-cadores esportivos. Através dos seus projetos, a ABPM irá promover o continuo desenvolvimento susten-tável dos seus associados e das comunidades onde o esporte é praticado.

VALORES

Transparência. Trato igualitário para todos seus membros.Difundir a modalidade de pesca com mosca, através da educação e democrati-zação do acesso as infor-mações. Acreditamos na educação como o veículo para o cres-cimento pessoal e a busca permanente pela excelência na pratica do esporte. Promover a camarada-gem entre as pessoas que praticam ou gostariam de praticar esta modalidade de pesca.

FILIE-SEFAÇA PARTE DO MAIOR TIME DE MOSQUEIROS DO BRASILHTTP://ABPM-BRASIL.COM.BR/ASSOCIE-SE

A

-2- -3-

ExpedienteNOTÍCIAS é uma publicação interna da Associação Brasileira de Pesca com Mosca (ABPM).

Todos os direitos reservados.

Direção Geral: Bruno Repiso

Editora: Pamela Wendhausen

Reportagem: André RibeiroLeandro Souza, Leandro Vitorino,João Paulo Schwers, Rogério Batista, Pedro Fleck, Pamela Wendhausen,

Diagramação: Pamela Wendhausen

Arte Final Fotografias:Pamela Wendhausen

Sessão Atados:Sandro Hoff

Entrevistas:Rogério Batista e Felipe Souza

Contato:[email protected]

Compartilhe suas ex-periencias com todo o mundo do Fly, envie para nós ensaios com a parte técnica sobre a Pesca com Mosca, re-ceitas de atados, fotos de insetos e suas pes-carias. A nossa revista é de todos e para todos!

S U A FOTO NA

REVIS-TA

SUMÁRIO EDITORIAL

-5-

12 7 ENTREVISTA VELT

12 CAPA REPORTAGEM

16 ATADO BOB'S BANGER

22 MATÉRIA DO LEITOR

24 FOTODO LEITOR

34 RECEITA

36 ECOLOGIA

40 ESCOLINHAMOSQUEIRO

42 SIMPÓSIO

26 COLUNA TRUTA BRAZUCA

7 16

12 26

Pamela Wendhausen

Não tive o privilegio (ainda) de pescar o belíssimo Dorado do Mar, conhecido como Mahi Mahi,

mas confesso que a matéria da capa mexeu comigo e não consigo pensar em outra coisa desde que iniciei esta edição da NOTICIAS. Aliás, temos no mínimo quatro grandes motivos para comemorar a edição de dezembro, que depois de lon-gos 4 meses sem dar o ar da graça, surge com novidades que com muita dedicação de toda a equipe diretória, se fez possível. Vamos a eles:

1) Nova editora e diagramadora da NO-TICIAS, sim, eu mesmo que vos escrevo, aceitei o desafio/cargo com muita alegria. Para quem ainda não me conhece, bre-vemente posso contar-lhes que sou uma grande entusiasta da pesca com mosca, da arte, da fotografia, da vida fora das quatro paredes e principalmente amante da na-tureza em sua pureza (preservar é preci-so)! Estou preparando algumas novidades que vocês verão ao decorrer das paginas, e dos meses.

2) Outro motivo de orgulho, nosso novo layout da NOTICIAS ABPM, um trabalho de 4 meses de muita troca de ideias para trazer inovações nas matérias, na formatação, no planejamento geral. Fica registrado o nosso muito obrigado pelo grandioso trabalho do nosso amigo, Felipe Souza , que nestes últimos dois anos se dedicou de maneira ímpar e man-teve tudo funcionando perfeitamente na revista como Editor Chefe. Parabéns Felipe, ainda iremos contar muito contigo por aqui.

Um supers i m p o s i o 3) Falaremos sobre tudo o que acon-teceu no IV Simpósio Brasileiro de Pesca co Mosca, cada mês um resumo de cada palestra apresentada, assim quem não pôde comparecer, ficará por dentro do que rolou neste encontro que foi um sucesso.

4) Last But not Least, vamos dar as boas vindas ao nosso novo Presidente Bruno Repiso, e seu vice Rodrigo Zhouri, que vestiram a camiseta ABPM, e fize-ram do IV Simpósio, um grande evento.

Finalmente, com tantas mudanças, sejam bem vindos ao novo, a nova NOTíCIAS a revista online da ABPM.

Boa leitura folks!

por Pamela Wendhausen

DEU ZICA

TRUTA ARCO-IRIS NO ALUMÍNIO

COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

34

os melho-res

pescado-res

estão

AQUIANUNCIE NA NOTICIAS ABPM -7-

ENTREVISTA

DIEGO FLORES

ROSEVELT PEREIRA DE SOUZA MAIS CONHECIDO COMO VELT DE SOUZA. PESCADOR ESPORTIVO, PESCA DESDE OS 07 ANOS E COM FLY A APROXIMADAMENTE 8 ANOS. É ESTUDANTE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, ARTESÃO, MALABARIS E AVENTUREIRO.

ABPM: Inicialmente, gostaria de dizer que é um grande prazer te entre-vistar. Como você começou na pesca com mosca?

VELT: Eu pescava em outras mo-dalidades, e na época estava pesqui-sando sobre a alimentação de carpas e percebi em alguns textos que ela se alimentava bastante de larvas de libélulas. Por falta de textos bons sobre pes-caria estive procurando em vários sites mundo a fora sobre pesca de carpas com insetos, como as palavras chaves eram larva de odonatas sempre caia em um ou outro texto de pesca de trutas na modalidade fly usando ninfas de dragonfly.

Com as procuras no youtube sobre o assunto me deparei com receitas de atado e aquilo era fantástico, por que eu já coletava aleluias de cupins e outros insetos para pesca utra-leve de lambaris. Na época eu e a Karen começamos a nos interessar pelo assunto, e com mais base de vídeos comecei a fabri-car brincos semi realísticos de borbo-letas no estilo atado com as mãos. Com isto a leitura e aprendizado de atado estava sendo semeada e enca-minhada. Porem longe de chegar.

VELT

" ... comecei a fabricar brincos semi realísticos de borboletas no estilo atado com as mãos."

ABPM: VOCÊ VIAJA MUITO, FA-ZENDO MALABARES, VENDENDO ARTESANATO. CONTE COMO É ESTA AVENTURA E COMO A PES-CA COM MOSCA ENTROU NESTAS VIAGENS?

VELT: Eu era artesãos e malabarista trabalhava em festas e bares, também fazia apresentações em eventos de cidadezinhas, um motivo e que sempre preferi viajar em cidades ribeirinhas ou praias.Quando me casei com a Karen ela estava terminando sua graduação na Faculdade de Artes Dulcina de Morais na época eu estava fazendo serviços em uma marcena-ria e viajávamos nos feriados e férias.

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ENTREVISTA

Em uma de nossas viagens encontramos um senhor de idade nascido e criado no sertão de Corumbá de Goiás e ficamos bem amigos dele. Pescávamos juntos com ele e usávamos molinetes e varas ultra leve com iscas como minhoca e ele varinha de bambu. O mais engraçado é que ele sempre pegava mais peixes que a gente. Um dia fomos a um ponto de rio que entrou um bruto de um peixe eu pensei que era um dourado porem as cores eram diferentes. O Zé-da-Cobra falou que era uma pirapitinga. Logo que voltamos para Brasilia fui pesquisar sobre o peixe e o en-graçado foi que as referencias e imagens que tive foi do GO Fly. Como vi que para pescar aquele peixe teria que ter um equipamento entrei no fórum do Fly fishing Brasil em 2010 para aprofundar sobre o assunto, com o tempo comecei a atar e testar minhas iscas.

ENTREVISTA

ABPM: E O ATADO, COMO COMEÇOU, QUAIS FORAM AS DI-FICULDADES, COMO VOCÊ SUPEROU?

VELT: É um caso bem engraçado isto. Quando tinha apenas 8 anos eu e alguns amigos pescávamos escondido dentro do parque da cidade e um dia vi os tucunarezinhos atacarem uma pena em movimento com o vento. Amarrei penas e joguei a linhada e entrou o tucunarezinho e aquilo foi minha primeira mosca, sem nem saber que isso existia. Depois começamos a pescar vários tu-cunarés com papel de balas fregells amar-rado com linha de pipa.

Depois de um período resolvemos esta-cionar em Brasília novamente para voltar a estudar. A Karen começou a trabalhar na secre-taria de educação entrou para um novo curso de Graduação em Psicologia e eu ingressei no meu de licenciatura em Ciên-cias Biológicas e montamos o atelier de arte em nossa casa. Agora viajamos para pescar em peque-nas viagens de um final de semana levando as bicicletas no bagageiro dos ônibus e concluindo os trajetos até os rios de pedal. As grandes viagens agora se dão no meio do ano aqui no Centro Oeste preferen-cialmente nos Rio Tocantins ou Araguaia, e no Verão pescamos em algum estado de litoral.

A única coisa ruim nessa farra era os guardas que já nos conheciam e toda vez que batia de frente tomava nossas latas de linhas e nos dava uns cascudos. Depois quando tivemos a internet e comecei a pesquisar sobre a alimentação de peixes vez ou outra caia em uma cena de pesca com mosca e aquilo me chamava a atenção. Comecei a ver vídeos e entrei para o fórum, tomei coragem e atei as minhas primeiras que de cara foram avaliadas pelo senhor Odimir.

Confesso que eu estava achando que estava abafando e não aceitei bem as cri-ticas. Hoje sei que estavam uma porcaria e como ele falou: Algumas ainda pegam peixes porem tem que melhorar. Depois de um tempo comecei a estu-dar de forma bem dedicada os alternativos e suas formas de emprego em cada isca. As dificuldades que enfrentei no inicio era nas fibras sintéticas e brilhos que de-pois de um tempo foi bem superada com muita leitura e testes e mais testes.

Quando ela terminou o curso saímos “mochilando” pelo Brasil por 2 anos o que bateu com a afinação da pesca com mosca. Era bem interessante, pois pescáva mos peixes para comermos em nossas viagens e acabava conquistando os ribeirinhos com aquela pesca diferente o que nos garantia um ou outro terreno para acampar sem pagar. Levávamos as varas em um tubo e uma morsa com um pequeno estoque de ma-teriais de atado e vez ou outra vendia os streamers para pescadores.

ENTREVISTA ENTREVISTA

ABPM: QUE PEIXES MAIS VOCÊ GOSTA DE PESCAR E PORQUE?

VELT: Eu gosto muito de lamba-ris, pirapitingas e sardelas por ser uma pesca de ambientes de rios de cor-rente e vegetação e pelo aspecto de pescaria no visual.

ABPM: QUAIS LUGARES QUE VOCÊ PREFERE PESCAR E POR-QUE?

VELT: Por incrível que pareça não te-nho, porque cada lugar que pesco vejo todo um contexto de interação ecológica novo e isso me alimenta por ter que entender o que acontece e o que tenho que fazer eu me sinto como cada elemento ali naque-le meio que vejo, como um ser que está ali observando por varias estações e anos, observando e sentindo tudo.

ABPM: QUAIS PEIXES VOCÊ AIN-DA QUER PESCAR E PORQUE?

VELT: Aruanãs e apapas, são peixes que vi varias vezes e nunca fisguei um, eles se tornaram meus desafios atuais.

ABPM: AO SEU VER, QUAIS OS GRANDES DESAFIOS DO MOS-QUEIRO NA ATUALIDADE?

VELT: O maior é o acesso a rios e loco-moção pelos terrenos onde estes estão.

Estudei bastante para ter um diploma em que eu gosto e estudei um pouco a mais para ter a biologia voltada a pesca. Eu sempre vejo uma interação voltada para a pesca em quase tudo que vejo na biologia desde a bioquímica até em uma semente anemocóricas planando em uma brisa. Outro dia estava conversando com o meu professor de zoologia sobre os sons que os peixes emitem e como eles escu-tam, sei hoje de forma cientifica um fator que sempre me trouxe grandes capturas

em meus vadeios. Um peixe pode não te ver quando esta pescando rio a cima, porém ele vai te escutar e ficar em aler-ta se estiver subindo de forma des-coordenada por dentro d’água.

Tem uma iteração que observo em rios de pirapitingas. Nas primeiras horas da noite, colônias de morcegos usam o cami-nho dos leitos do rio para transitar entram nas matas e voltam com frutos. Nas ob-servações percebi que nos pontos em que tem poleiros de alimentação por cima do rio, a maioria tem cardumes de pirapitingas, que comem os restos de frutos ou insetos abandonados por eles.No caso eu vejo a interação ecológica na pesca o tempo todo.

ABPM: VOCÊ ESTÁ SE FORMANDO EM BIOLOGIA, COMO VOCÊ VÊ A LIGAÇÃO DA PESCA COM MOSCA COM A BIOLOGIA.

VELT: Bem engraçado esta questão. Eu sempre gostei de biologia voltada a ecossistemas aquáticos sem nem mesmo saber que existia estes nomes para algu-ma coisa. Lembro-me de ter 4 anos de idade pegando alevinos de gupy no riacho dos fundos de casa e quando vi um curu-ru aquele bicho era a coisa mais louca da minha vida. Enquanto os outros garo-tos tinham uma metra-lhadora que piscava com sons de tiros, eu queria era ficar olhan-do o poço do riacho. Com um estudo mais elaborado da faculdade tive conhecimentos de entomologia que me mostrou que em noites de lua cheia acontece a maioria dos hacth, e o fato disto acontecer é porque os insetos usam a luz da lua para se guiar e os peixes ficarão mais ativos nesta noites pelo fator das ninfas liberarem hormônios para quebra de seus cases e estas substancias dissolvida nas correntes colocara os peixes em frenesi de alimentação, o que torna não só a noite mas também o dia de lua cheia produtivo para pesca com mosca.

" ... cada lugar que pesco vejo todo um contexto de interação ecológica novo e isso me alimenta."

" Enquanto os outros garotos tinham uma metralhadora que pisca-va com sons de tiros, eu queria era ficar olhando o poço do riacho."

MAHI - MAHI

Coryphaena hippurus

No Brasil e América Latina é conhecido como Dourado do Mar, por causa de sua cor de pele. Os Havaianos o chamam de

"mahi mahi" por sua força. Para os "gringos" ele se chama apenas

Dolphin.

-12- -13-

CAPA

Estão entre os mais belos e mais emocionantes exemplares da pesca esportiva, não importa do que você chamá-lo, é um dos mais colorido e acrobático peixe em águas tropicais

e subtropicais.

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O dourado do mar é um peixe oceânico da família Coryphae-nidae, quecompreende apenas duas espécies, sendo que no

Brasil, ocorre apenas a espécie C. hippurus.

Se encontra distribuído por quase toda a costa brasileira, desde o Amapá até Santa Catarina. Peixe de corpo alongado a acha-tado lateralmente, possui coloração que varia de acordo com a situação, podendo ser desde totalmente prateado, passan-do pelo amarelo, verde e até azul escuro, além de possuir várias pintas distribuídas por todo o corpo. A parte da cabeça é mais alta que a cauda e sua nadadeira dorsal se estende por quase todo o comprimento do corpo.

Espécie migratória, vive em cardumes em mar aberto mas se aproxima da costa para realizar a reprodução, onde os mais jovens são encontrados.Espécie altamente esportiva, pode alcançar 2 metros de comprimento total e pesar até 40kg.

Os machos são maiores que as fê-meas, além de possuírem a cabeça mais “quadrada”. Alimenta-se de lulas e pe-quenos peixes (sardinhas, parati, farnan-gaio) entre outros.

É um peixe extremamente rápido que dá saltos espetaculares, além de brigar muito. Os cardumes costumam acompa-nhar grandes objetos à deriva, às vezes o próprio barco. Entre os meses de outubro e março, os dourados ficam mais próxi-mos da costa brasileira, acompanhando a corrente do Brasil. É muito procurado tanto pelos pescadores esportivos quanto comerciais.

Por ser um peixe muito forte e de porte médio-grande, se aconselha o uso de equipamentos pesados, de numeração #8 a #10, além de carretilhas com freio potente e marinizadas, para que não oxi-dem (enferrujem).

A linha utilizada pode ser tanto sinking, intermediant ou floating, dependendo da isca utilizada e da situação de pes-

ca (peixe comendo na superfície ou cardume encontrado com sonar) e, no mínimo, 100m de backing 30 lbs. Os

leaderes utilizados variam de 5 a 8 pés (1,52m a 2,43m), mas sempre bem

robustos, podendo ser compostos por duas ou três partes de monofilamen-to, com tippet de fluorcarbono nunca inferior a 0,40mm, podendo utilizar,

inclusive, shock tippet de aço na classe de 40lbs.

As iscas mais utilizadas e que possuem maior efetividade são streamers do tipo

clouser minnow, deep clouser (entre outras similares) atadas nas cores bran-

co com verde limão, branco com pink, branco com roxo e branco com azul,

além das cores isoladas também são as que rendem bons resultados.

Além delas, grandes poppers também só ótimas opções quando os dourados

estão atacando na superfície.Em ambos os casos, os anzóis utilizados

devem estar entre os tamanhos 1/0 e 3/0.

Nos meses mais quentes (dezembro, janeiro e fevereiro) os dourados são en-

contrados mais próximos a costa e aos costões rochosos, época em que sua

pesca é mais efetiva e não requer per-correr grandes distâncias mar a dentro.

Referência:- http://crazy4fly.blogspot.com.br/2010/11/fly-em-a-guas-da-costa-brasileira.html-http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/pes-ca_esportiva_em_agua_salgada/dourado-do-mar_-_coryphaena_hippurus.html

- Imagens do google- Imagens acervo Pamela Wendhausen e Pedro Killing

Por André Vegara

CAPA

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ATADOPASSO A PASSO

BOB'S BANGERPor Sandro Hoff

A Bob's Banger é mais uma mosca criada pelo pescador e atador americano Bob Popo-vics, um dos pioneiros do atado moderno para água salgada. É uma mosca durável, relativamente simples de atar e que re-

almente atrai a atenção de grandes predadores do mar como barracudas, anchovas, dourados, atuns e xaréus, entre outros. Também tem sido usada com sucesso na pesca de predadores de água doce, como o tucunaré açú na Amazônia.

Pode ser pescada como outros poppers, com puxa-das alternadas com paradas, ou com recolhimento contí-nuo e acelerado. Esta última forma é bastante eficiente

Ficha da Mosca

Dificuldade do Atado: Médio

Tipo: Popper para água salgada

Espécies: Barracuda, acnhova, dourado do mar, atum, xaréu e outros

Material

Anzol: Para água salgada, de haste longa, nos tamanhos de 1/0 a 4/0

Fio de Atado: 6/0 ou 140 denierCauda: Bucktail

Meio-Corpo: Estaz ou Cactus Chenille

Cabeça: Cilindros de EVA com 1/2" ou 5/8"

Cobertura da Cabeça: Plástico auto-a-desivo ("papel contact") brilhante

Cola: Cianoacrilato (Super Bonder) e head cement

ATADO

Começamos com a cabeça. À esquerda temos um cilindro de espuma EVA de 1/2" da Wapsy, comprada em uma fly shop. À direita um cilindro de EVA de 5/8" feito em casa, cortado de um bloco de EVA com uma serra copo. Este último não tem um acabamento tão bom, mas como será coberto com o plástico adesivo, serve ao propósito.

PASSO 1 PASSO 2

Com uma lâmina afiada, corte os cilindros ao meio. A cabeça do Banger é curta, um pouco menos da metade do tamanho da haste do anzol.

Com um lápis ou caneta, faço uma marca no centro do cilindro que foi cortado em ambos os lados. Esta marca vai servir de guia para furarmos o cilindro com a agulha de atado, para passarmos o anzol.

PASSO 3 PASSO 4

Com uma lâmina afiada, corte os cilindros ao meio. A cabeça do Banger é curta, um pouco menos da metade do tamanho da haste do anzol.

Vire o cilindro e fure do outro lado, com cuidado, agora sim atravessandro-o. O fato de ter furado um pouco de cada lado aju-da a fazer um furo reto, bem no meio do cilindro.

PASSO 5 PASSO 6

Com um isqueiro ou uma vela, aqueça a ponta da agulha para que ao puxá-la para fora da cabeça, o furo no centro do cilindro fique um pouco mais largo, facilitando a colocação da cabeça no anzol.

Corte uma tira de plástico auto-adesivo brilhante da largura da cabeça, comprida o suficiente para cobrir toda a sua circunfe-rência.

PASSO 7 PASSO 8

Cubra a cabeça com o plástico auto ade-sivo e cole os olhos adesivos (um de cada lado) fixando-os com uma gotinha de super cola. Para melhorar a resistência e o acaba-mento, cubra a cabeça com duas demãos de head cement.

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Prenda o anzol na morsa e coloque a cabeça do Banger no anzol passando o olho através do orifício que fizemos. Inicie com o fio de atado logo após a cabeça.

PASSO 9 PASSO 10

Retire a cabeça do anzol, faça uma camada com o fio de atado do ponto inicial até um pouco antes do início da curvatura. Corte um tufo de bucktail e limpe-o, re-movendo os pelos muito curtos e os muito longos.

Amarre o tufo de bucktail com algumas voltas de fio de atado até que fique bem firme, passe um pouco de super cola com a ponta da agulha para melhorar a durabili-dade da cauda. Prenda um pedaço de estaz ou cactus chenille e vá enrolando sobre a haste, de trás para frente, até chegar no ponto onde iniciamos com o fio no passo 9. Amarre e corte o excesso.

PASSO 11 PASSO 12

Faça uma cama com o fio de atado sobre a haste anzol até o olho do anzol, vá e volte algumas vezes. Esta cama deverá preencher o orifício interno da cabeça do nosso Banger, mas sem ficar muito aperta-do. Passe super cola com a agulha de atado sobre esta cama, passe o olho do anzol pelo orifício da cabeça de deslize-a até aparecer o olho do anzol. Corrija a posição enquan-to a cola estiver úmida, deixe secar e está pronto nosso Bob's Banger.

SUA MAR-

CAAQUI

ANUNCIE NA NOTICIAS ABPM-20-

O Zika vírus foi descoberto pela primeira vez em 1947, na floresta de Zika, em Uganda, África. Daí vem o seu nome. A primeira epidemia causada por este vírus no

mundo foi em 2013 e ele entrou no Brasil em 2015.

O contágio do vírus se dá pelo mosquito Aedes aegypt que, após picar alguém contaminado, pode transportar o Zika duran-te toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.

O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma se-

Por Matheus Rodenbusch

Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial.Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez. O achado reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito trans-missor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação de doenças.

O mosquito Aedes aegypti é o trans-missor do vírus e suas larvas nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de se prevenir contra o Zika vírus:

* Evite o acúmulo de água * Coloque areia nos vasos de plantas * Limpe as calhas * Use repelentes

Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velo-cidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de 3 a 12 dias para o Zika vírus causar sintomas.

Os sinais de infecção pelo Zika vírus são parecidos com os sintomas da dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. Os sintomas de Zika Vírus são febre baixa (entre 37,8 e 38,5 graus), dor nas articulações, mais frequentemente nas mãos e pés, com possível inchaço, geral de 3 a 12 dias para o Zika vírus causar sinto-mas.

Recentemente o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e a microcefalia, sendo identificada a presença do vírus Zika nos exames em recém-nasci-dos com microcefalia.

NÃO ESQUEÇA: DURANTE A PESCA, REFORÇE O USO DO REPELENTE

DEU ZICAAedes aegypti

MATÉRIA DO LEITOR

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FotoDoLeitorQuer nos enviar suas fotos?

Então participe pelo e-mail da Noticias! É válido ressaltar que filtramos as imagens com base em diversos tópicos. Não se esqueça de mandar seu nome, local onde a imagem foi capturada.

Ficou com vontade de arriscar? Envie sua participação para o e-mail abaixo com todas as informações requiridas:

[email protected]

FOTO 1

Adriano e Matheus Rodenbush (Pai e fi-lho) em uma pescaria de dourados no Rio Paraná em Goya, Argentina.

FOTO 2

Adriano Rodenbush e seu black bass no lago da ARPIA, em Tainhas - RS

FOTO 3

André Vergara mos-trando uma stonefly adulta (pós eclosão) em Painel - SC

FOTO 4

Marcel Picolli em sua primeira pesca-ria de trutas no Rio Caveiras - SC

FOTO 5

Matheus Rodenbush e seu black bass no lago da ARPIA, em Tainhas - RS

-24-

COLUNA TRUTABRAZUCA

T R U T ABRAZUCA

Foto: Pedro Fleck KillingRio Silveira - São José dos Ausentes - RS

Por Rogério ‘Jamanta’ Batista

O Brasil é um país rico em águas, quentes e geladas. Justamente nas geladas, nas serras do RS, SC, PR,

SP, RJ e MG muitos mosqueiros se dedicam a uma verdadeira paixão:

A TRUTA

Pois ela será a estrela desta coluna. Vamos falar sobre as aventuras de nossos mos-queiros, as moscas prediletas, entomo-logia e tudo mais que estiver relacionado a este peixe que desperta a parte mais clássi-ca, ou até mesmo chamada de PURISTA de nossos pes-cadores.

-26- -27-

Na abertura da temporadade pesca de Au-sentes de 2016 tivemos o prazer de acom-

-panhar o nosso Presidente Bruno Repiso em sua primeira aventura com Trutas.

O Resultado foi uma pescaria super legal:

Enquanto isto, no Rio Pelotas (SC) um dos rios mais bonitos do Brasil, alguém que vamos chamar por enquanto de MOS-QUEIRO SEM CABEÇA pescou esta linda truta, e seu companheiro de pes-caria, ao fotografar, achou por bem valorizar só o peixe. Acho que tem sua razão.

Aqueles que acham quem é o MOSQUEIRO SEM CABEÇA mandem um e-mail pa-ra [email protected] , na próxima edição trazemos os vence-dores.

Importane destacar nesta foto que o pescador esta de parabens pela forma como esta segurando o peixe. Perto da agua, sem apertar, peixe pronto para sair já.

O Debate esta lá no blog

http://trutabrazuca.wixsite.com/trutabrazuca/blog

Que é uma Ephemeroptera todos sabemos, mas qual?

Saber identificar estes padrões, e consequente-mente depois imitar isto na pesca pode ser a chave para o sucesso em episódios de seletividade.

Recebi num dos grupos de Watsup esta linda foto e

imediatamente iniciei a pensar o que esta truta esta comen-do.

Aproveitei para pegar uma foto do nosso Amigo Faus-to, forum mosqueiros do Rio com um belíssimo atado deste padrão.

COLUNA TRUTABRAZUCA

-28- -29-

MAS O QUE SERIA EPISÓDIO DE SELETIVIDADE?

Todo mundo ja deve ter visto, ou ouviu falar de um caso em que o mosqueiro passou to-das as moscas na frente da truta e ela seguia comendo algo mas nao tomava a mosca. Neste caso, dizemos que a truta estava SELETIVA.

Isso é bastante comum na Patagonia, nos EUA, Europa. Com populações mais antigas de salmonídeo e com maior pressão de pesca.

Muitas vezes, ela não toma por que vê o DRAG ou o tipet. Isso é uma coisa. Mas outras vezes, ela não pega a isca por que esta esta comendo apenas o HAT-CH, ou seja, esta comendo apenas aquele inseto que esta eclodindo, ou em nu-vem, ou morrendo naquele momento.

Existe livros sobre isso, vou indicar dois:

ATANDO UMA WET

COLUNA TRUTABRAZUCA Mes passado participei de uma atividade do fórum mosqueiros do rio (www.mosquei-rosdorio.com.br) chamado intercâmbio WE-TFLY, onde os participantes trocam moscas entre si.

Eu já espiei e vi que alguns participantes, como Claudio Brandileone, enveredou para

um lado mais clássico, olha que belezura:

As wets são moscas molhadas e existe um montão de padrões. Eu acabei optando por uma mosca que uso muito, que por brincadeira apelidamos de “Jamantas Assassin” que mistura soft hackle, march brown, pheasent tail. O resultado é uma mosca muito efetiva:

1 - FORME A CAUDA COM ALGU-MAS CERDAS DE UMA PENA DE PARTRIGE. ENROLE FIO DE CHUM-BO E POSICIONE.

2 - COM ALGUMAS CERDAS DE PHEASANT TAIL FORME O CORPO, SEMPRE DAS PONTAS PARA A PAR-TE MAIS GROSSA. ENROLE O FIO

3 - FORME O TORAX COM PEACKOK.

4 - FAÇA O HACKLE COM UMA PENA DE HEN NECK (PESCOÇO DE GALINHA) E ENCERRE.

-30- -31-

Seu negócio

de pesca

AQUIANUNCIE NA NOTICIAS ABPM

COLUNA TRUTABRAZUCA

COMO USAR?

As wets são moscas clássicas, usadas inicialmente exclusivamente em deriva morta, principalmente na inglaterra. Atualmente, com as soft hackles, e toda a evolução que houve, levando destaque atadores como Sylvester Nemes, talvez o pai da soft hackle e criador de padrões como SPYDER por exemplo,

esta classe de isca se tornou mais versátil.

Existem técnicas para pescar com iscas deste utilizando elas com angulo de 45 graus em relação a corrente, com toques de ponta, com vara alta ou não.

O que é inegável é o fato de no final da deriva, quando se pesca em 45 graus, quan-do inicia o Drag e se dá alguns toques, neste momento, ocorrem a maior parte das cap-turas, provavelmente por simular emergencia. Exemplo disto é a pesca com Timberline, mosca que caberia um capítulo aqui na nossa coluna.

Nas próximas edições voltamos com mais aventuras de nossos mosqueiros pelo Brasil. Se você quiser contar como foi seu encontro com as trutas, envie email com seu relato

e fotos para [email protected]

Até mês que vem.-32-

SessãoGourmet

Por Ludwig Buckup

TRUTA ARCO-IRIS NA FOLHA DE ALUMÍNIO

Porções: 04Tempo de preparação: 50 minutos INGREDIENTES04 trutas evisceradas com cerca de 300 g cada umaUma cenoura média cortada em tiras finasUm ramo de Salsão (Aipo) aberto em tiras finasUm ramo de Erva-doceUm ramo de Estragão01 colher de chá de sal marinhoPimenta branca moída na hora02 colheres de sopa de manteiga sem salUm ramo de chalota ou na falta destas, de cebolinha200 ml de vinho branco200 ml de fundo de peixe300 g de creme de leite fresco01 colher de sopa de Pernod (Aguardente de Anis) PREPARAÇÃO

Lavar as trutas e secá-las. Não remover as escamas e deixar o muco carac-terístico da superfície externa. O Estragão, caso fresco, deve ser lavado e secado, colocando a metade no interior dos peixes. Temperar com sal mari-nho e a pimenta branca. Pré-aquecer o forno em 200oC. Abrir uma folha

de alumínio de 80 cm sobre uma forma e passar manteiga na parte central. Gotejar metade do vinho branco sobre os peixes. Colocar as quatro trutas sobre o alumínio, face brilhante da folha em contato com os peixes, juntando a erva-doce, as tiras de cenoura e do salsão. Dobrar as folhas de alumínio por sobre os peixes, cuidando para que os lados fiquem bem fechados. Assar os peixes no forno durante cerca de 20 minutos. Para o molho, picar o bulbo da chalota ou da cebolinha adulta, refogar na manteiga. Acrescentar o resto do vinho branco, o caldo de peixe e o creme de leite, cozinhando não mais do que 03 minutos. Completar a preparação do molho com Estragão restante finamente picado e gole de Pernod. Temperar com sal e pimenta. Ao final, cortar a folha de alumínio, retirando e servindo os peixes com as verduras. Como acompanhamento sugere-se batatas inglesas novas com salsa picada e tudo harmonizado com vinho branco.

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RECEITA

Por Menandro Cintra

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COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

Dentre as mais diversas visões, são formas ou mecanismos que visam contrabalançar os impactos ambientais decorrentes de ações an-tropicas, ou seja, causada por você, por mim, por cada empreendi-mento, ida ou volta de pescarias, passeios, enfim é uma espécie de

indenização pela degradação causada ou ao meio ambiente ou a parte social na qual esta inserida, assim atenuar os custos ambientais e sociais decorrentes destas ações.

Ou seja, tecnicamente é um instrumento de política pública que, inter-vindo junto aos agentes econômicos, proporciona a incorporação dos custos sociais e ambientais da degradação gerada por determinados empreendimen-tos, em seus custos globais.

Assim sendo vemos notadamente ao redor de nosso mundo, aquilo que esta, que é palpável e que temos gestão sobre ele, que podemos evitar a degradação ambiental e aproveitar todas as oportunidades para compensar

Sim, fazer a diferença, ser o protagonista de um EU melhor e com mais entendimento ambiental. Hoje não sou mais o que uso, sou o que deixo, já que uso muito mais, devo com toda a certeza deixar muito mais, e refletir sobre o que deixo e como deixo, esta é a oportunidade da com-pensação ambiental.

Todas nossas ações promovem de certa forma danos ambientais e alguns têm elevado potencial de im-pactos negativos sobre a natureza, ou por degradação social associada, o importante acima de tudo é sair da expressão; ”é nossa obrigação...”, para, “é minha obrigação...”, como ser humano e captador das nuances que conseguimos ver na natureza, dos pescador de fly e sua elevada capaci-dade de discernimento, mas falar do pescador de fly é muito diferente.

Acredito que o pescador de fly é um ser humano a parte, tem uma imagem fotográfica do mundo repleta de alegria, um poder de sabedoria da natureza diferenciado, sabe reconhe-cer pequenas tendências, do vento, da chuva, da vida ao entorno, percebe com melhor naturalidade as mudan-ças do rio, suas nascentes e manan-ciais, levanta pedras, pesquisa insetos e a vida aquática, estuda pressão atmosférica, altura e clima, e cada vez mais continua se embrenhando rumo ao desconhecido na busca de sonhos. Nas busca da Mosca certa, da Mosca perfeita, só lendo a natureza mesmo.

Assim sendo, sem ao menos perceber, se embrenha mato aden-tro, e em locais que pouco sofrem com danos ambientais, caminham por trilhas não feitas, navegam por rios repletos de vidas e repletos de cenas.

ECOLOGIA

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São as cenas ruins que nos compelem a agir no presente, não repetir o passado, não vendo ou pas-sando como se não fosse comigo ou como se eu nada tivesse a ver com isso. Mas agir no presente é para o verdadeiro líder de si próprio e enten-dedor de sua participação no conjun-to da obra, quanto seu comprome-timento e atitude no meio que atua é eficiente e sabedor que sempre a tempo para mudar e fazer a diferença.

Agora tente imaginar a parte pró ativa de suas ações positivas no meio que você atua, que você con-segue contribuir para o crescimento e educação do povo ribeirinho, fa-zendeiros, caiçaras, ou simplesmente pessoas simples e que vivem deste entorno que usufruímos. Essa “Aten-ção” que você socialmente faz é a forma mais eficaz de gerar a energia contínua daevolução e do desenvolvimento, este é um dos modelos mais adequados de comportamento.

Ambientalmente falando, sua atuação pode ser crucial na perfor-mance ambiental, sua atuação com sementes, mudas, formação de nú-cleos ambientais, poleiros, anelamen-tos, recomposição vegetal adequada ao meio que esta inserida ajudam a construir raízes profundas de vida.

Querer entender passa pelo discernimento mais uma vez do que eu sou ou do que faço aqui no pre-sente, mas que irei deixar para o futu-ro.

Não deixo de afirmar, de pedir, orientar, instruir, plante uma arvore, adote uma postura ambientalmente favorável, os colhedores do futuro vão precisar muito de cada ação nossa.

Se vivemos da água como pes-cadores, antes do anzol na mesma, a compensação e melhoria por estar ali, afinal alguém deixou emprestado para mim, por isso posso pescar e usufruir, mas como todos sabemos que já foi muito melhor, compete a nós mais uma vez a mudança e atitude de fazer e agir no presente, para podermos devolver melhor do que foi tomado emprestado e melhor do que quando encontramos.

Para um entendimento técnico sobre metodologia de calculo o MMA através do site: http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/camara-fe-deral-de-compensacao-ambiental/metodologia-de-calculo-da-com-pensacao-ambiental, apresenta de formas perita os cálculos que podem melhorar a visão holística do todo.

Obrigado.

GI = ISB CAP IUC, onde:ISB = Impacto sobre a Biodiversida-de;CAP = Comprometimento de Área Prioritária; eIUC = Influência em Unidades de Conservação.Para o ISB: Impacto sobre a Biodiver-sidade: ISB = IM x IB (IA IT)/140, onde:IM = Índice Magnitude;IB = Índice Biodiversidade;IA = Índice Abrangência; eIT = Índice Temporalidade.O ISB terá seu valor variando entre 0 e 0,25%.

METODOLOGIA DE CÁLCULO DO

GRAU DE IMPACTO AMBIENTAL

O grau de Impacto (GI) tecnicamente es-criturado conforme estabelece as normas ambientais vigentes é dado pela seguinte fórmula:

O ISB tem como objetivo con-tabilizar os impactos do empreendi-mento diretamente sobre a biodiver-sidade na sua área de influência direta e indireta. Os impactos diretos sobre a biodiversidade que não se propaga-rem para além da área de influência direta e indireta não serão contabili-zados para as áreas prioritárias.

ECOLOGIA

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Por Adriano Rodenbusch

ESCOLINHA MOSQUEIROS

O inverno é estação esperada por muitos mosqueiros da região sul, especial para a pesca de trutas. Mas este ano a temporada iniciou muito antes, o outono chegou com massa de ar polar tornando nossos dias congelantes e trazendo ansiedade aos pescadores.

Enquanto muitos mos-queiros corriam para a serra, as famílias que

ficaram na cidade trataram de colocar lenha no fogão, na lareira, mudar o progra-ma para dentro de casa, assistir um filme com pipoca e chocolate quente. Mas para as famílias dos alunos da Escolinha Mos-queiro Júnior foi diferente, mostraram-se tão corajo-sos como os mosqueiros que foram para a água, encararam o vento, o frio e levaram seus filhotes para o parque Germânia, em Porto Alegre, para mais algumas aulas de arremesso, afinal além dos alunos do nível II neste semestre temos novos alunos no nível I da escolinha, com idade a par-tir de 7 anos. Eu e Rogério “Jamanta” Batista aguar-dávamos, ansiosos, nossos pupilos com o objetivo de

fazer uma aula diferente: arremessos em situações adversas de temperatura e vento, justamente o que muitos de nós enfrentamos em situações reais de pesca em Ausentes ou na Patagô-nia.Enquanto as crianças eram orientadas pelo profes-sor Jamanta eu procurava ajudar repetindo as orien-tações passadas. Já os pais conversavam com o chi-marrão passando de mão em mão para esquentar o corpo e a alma.Foram momentos de muita atenção, repetição e tam-bém momentos divertidos quando, após a aula, algu-mas crianças foram até o lago do Parque para tentar alguns arremessos e logo surgiu o guarda-parques. Até explicar que não es-tavam pescando e só tinha plumas na ponta das linhas

sem anzol foi uma confusão só, depois muitas risadas de todos, inclusive dos guardas. Nossos mosqueiros júniores são assim, sempre trazendo surpresas, alegrias e muita vontade de pescar. Quando termina um dia de pescaria já estão perguntando quan-do será a próxima. Inclusive alguns alunos do nível II já debutaram na serra captu-rando boas trutas, mostran-do que além de corajosos para enfrentar o frio das aulas também sabem colo-car em prática os ensina-mentos.

Pesca na Serra -Lucas Bressani

Pesca na Serra -Matheus Rodenbusch

Aulas no Parque

Praticando arremesso

Pesca na Serra -Matheus Rodenbusch, Lucas Bressani e Pedro Bohs

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IVSIMPÓSIO

O maior evento de pesca com mosca do ano, IV Simposio Brasileiro de Pesca Mosca, é aquele que todo mosqueiro merece e deveria ir. Este ano, o simpósio foi um grande desafio para nova diretoria. Um evento em um formato diferente, contando com mais palestras e com direito a pesca. Super bem organizado pelo atual presidente da ABPM Bruno Repiso e pelo Rodrigo Zohuri, o IV Simpósio ocorreu nas dependências do Hotel Mar Doce em Três Marias, Minas Gerais. Contou com a presença de mosqueiros vindos de vários estados do país, gente de longe que viajou para prestigiar, e gente de perto que não perdeu a oportunidade. Além dos mosqueiros, comerciantes de produtos de fly brasi-leiros estiveram presentes para divulgar seus negócios. Foram 3 dias de muita parceria, novas amizades e muita informação. Uma oportunidade única de aprender e se divertir. Em cada roda de conversa o papo era um só: PESCA COM MOSCAConfira as fotos!

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Fotos: Rodrigo Zhouri e Acervo ABPM

SIMPÓSIO SIMPÓSIO

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No IV Simpósio Brasileiro de Pesca com Mosca, ro-lou também a minha palestra sobre fotografia, ética e manuseio dos peixes, sou fotógrafa de moda há 12 anos,

e faz 3 que fotografo ao lado do meu parceiro Pedro Fleck Killing, nossas expedições de pesca.

A palestra foi num clima descontraído, e com bastante conteúdo, reuni aqui alguns pontos interessantes para quem não pode participar, ou quer relembrar sobre este assunto in-crível que é a arte da fotografia.

Por Pamela Wendhausen

Dividi em 5 passos, que considero essenciais, al-gumas dicas para uma boa foto.

PASSO 1ENXERGAR

Olho fotográfico: Mais do que ver, é enxergar o todo!

Objetivo: perceber a cena como um todo, prestando atenção em cada detalhe independente de quão mi-núsculo for. Nada é menos-prezado!

Decidir o tipo de fotografia que vai capturar, seu propó-sito.

Exemplos: um momento congelado no tempo, uma emoção específica, uma sensação de movimento, etc.

SIMPÓSIO ENXERGAR: o elemento foi escolhido, a bandeira tremulante, mas o resultado está longe do esperado, tem muita informação.

Troca-se o ângulo, a composição de cor me grada. Algumas tan-tativas, mas o vento ainda não esticou o tecido o suficiente.

O Resultado de todos os fatores combinados.

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PASSO 2

Talvez o passo mais impor-tante dos cinco:

COMPOR.

É principalmente através da composição que um

fotógrafo se diferencia dos demais.

Coloque sua identidade e estilo na fotografia.

Por milênios a arte vem sendo expressada através de algumas “regras” e pa-

drões. Isso pode ser notado em pinturas, arquitetura,

monumentos e construções históricas também.

A própria natureza e o universo funcionam so-

bre alguns destes mesmos princípios, como por exem-plo, a famosa Golden Ratio (ou Proporções Áureas em

português).

A Golden Ratio aplicada na fotografia é uma das “re-

gras” mais exploradas pelos melhores fotógrafos do

mundo.

Ela é também uma das minhas preferidas.

Incrivelmente simples e poderosa!

REGRA DOS TERÇOS

é uma teoria utilizada na hora de compor uma imagem. Se ca-racteriza em dividir uma imagem em duas linhas horizontais e duas linhas verticais, em que os 4 pontos de interseção dessas 4 linhas são os pontos onde os nossos olhos têm maior atenção. Em alguns casos, manter o assunto principal da foto em algum desses pontos chamará mais a atenção, ou seja, um assunto cen-tralizado não significa uma foto mais equilibrada.

1/3

1/31/3

1/3

2/3

Aqui podemos começar a brincar com as proporções e elemen-tos.

GOLDEN RATIO

O rácio de Fibonacci foi des-coberto por Leonardo Fibo-nacci por volta do ano 1200, sendo também conhecido como a proporção divina ou número de ouro. Fibonacci apercebeu-se que existia um rácio matemático absoluto que surgia muitas vezes na natureza, uma espécie de or-dem universal que desenha a natureza e que a faz ao olho humano, natural e bela.

Curiosamente, a sequência de Fibonacci está direta-mente relacionada com a proporção áurea, já que a razão entre qualquer par de números sucessivos é bem próxima à proporção áurea. E, conforme os números vão ficando mais altos, a razão se torna cada vez mais pró-xima de 1,6180. Assim, por exemplo, a razão entre 3 e 5 é 1,666, entre 13 e 21 igual a 1,625, e a razão entre 144 e 233 é 1,618.

Esse retângulo ficou conhecido como uma das formas geométricas mais visualmente agradáveis que exis-tem; por conta disso, ela teria sido largamente aplicada nas artes e na arquitetura, juntamente com o “es-piral áureo” — que é obtido quando desenhamos uma espiral seguindo o fluxo dos quadrados formados no retângulo de ouro.

Você pode notar que na regra dos terços o quadrado (foto) é dividido em 9 partes iguais por 2 linhas horizontais e 2 verticais.

SIMPÓSIO

LINHAS E PONTOS DE INTERSECÇÃO

QUADRANTES

ESPIRAL

LINHAS E PONTOS DE INTERSECÇÃO

QUADRANTES

ESPIRAL

Além disso, você pode perceber que tem mais coisa acontecendo alí dentro do quadrado, certo? 

Isso acontece porque existem 3 principais formas de aplicar essa regra na fotografia:

SIMPÓSIO

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PASSO 3

Até este momento, a arte da fotografia aconteceu so-mente na nossa percepção, longe do equipamento.

Depois de enxergar e compor a cena apropria-damente, é preciso ago-ra configurar os 3 pilares da fotografia.

É somente através da con-figuração do que considero serem os 3 pilares da foto-grafia que se torna possível a exposição correta nas suas fotos.

Eles são os seguintes: - Abertura do Diafragma -Velocidade do Obturador - Sensibilidade do ISO

ABERTURA DO DIAFRAGMA

Imagine que o diafragma da sua câmera seja igual ao seu olho.

— Quanto mais aberto, mais luz atingirá o sensor da câmera.— Quanto mais fechado, menos luz atingirá o sensor da câmera.

Outra importante características deste pilar, é o que chamamos de “distribuição de foco”.

— Quanto mais aberto, menor a distribuição de foco na sua foto.—Quanto mais fechado, maior a distribuição de foco na sua foto.

f/4.0 f/1.2    f/1.4  

f/1.8    f/2.8    f/3.5 –  diafragma mais

“aberto”

  f/11   f/13   f/16    f/22    f/26

– diafragma mais “fechado”

 f/7.1  f/8   f/9  – diafragma “in-

termediario”.

VELOCIDADE DO OBTURADOR

O segundo pilar da fotografia tem a ver com o que chamamos de “fatia do tempo“.

Usando a analogia do olho de novo, imagine que agora com a velocidade do obturador você controle por quanto tempo ele ficará aberto.

Se você abrir os olhos e fechar logo na sequencia, verá pouca coisa. A imagem que ficará na sua cabeça será apenas uma pequena porção do que estava acontecendo.Se você abrir os olhos e demorar alguns segundos para fechar, conseguirá ver mais do que está acontecendo. A imagem na sua cabeça agora será mais completa, inclusive com o movimento das coisas.

— Quanto mais aberto, menor a distribuição de foco na sua foto.— Quanto mais fechado, maior a distribuição de foco na sua foto.

Perceba então que no primeiro exemplo é como se tivéssemos aberto e fechado os olhos (obturador) rapidamente por 500 centézimos de segundo. É muito rápido, não deu tempo nem de notarmos o movi-mento das onda.

Já na segunda deixamos nossos olhos abertos por 4 segundos, então podemos perceber todo o movimento que aconte-ceu naquela fatia de tempo.

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PASSO 4CAPTURAR

Mais que apertar o botão de captura, esse é o momento onde você regula quaisquer

outras configurações da sua câmera e usa acessórios

extras.

Nós gostamos bastante de usar dois acessórios  princi-

palmente:

Tripé -pela estabilidade e praticidade de manter uma

mesma composição por bastante tempo.

Filtros de densidade neutra (ND Filter) - para fazer

fotos de longa-exposição (velocidade do obturador

lenta) durante o dia.

SENSIBILIDADE DO ISO

O terceiro e último pilar da fotografia que precisamos configurar antes de fotografar, é a sensibilidade do ISO.

Aqui é onde você controla a qualidade de imagem da sua foto.

— Quanto menor o ISO, maior a qualidade de imagem da sua foto.— Quanto maior o ISO, menor a qualidade de imagem da sua foto.

É importante saber que o aumento do ISO compromete a qualidade da foto, causando o chamado “efeito granulado” ou ruído, por isso, em boas condições de iluminação, o melhor é não aumentar o ISO para se obter uma foto mais “limpa”.

O ruído deixa a foto menos nítida, apresentando pontinhos de cores especialmente nas partes escuras.

Utilize com moderação!

Se você não tem a possibilidade de chegar à captação de luz desejada alterando a velocidade, a abertura ou utilizando o flash, então o ISO deve ser aumentado para que mais luz seja captada pelo sensor. Se for possível conseguir aumentar a luz de outra forma, priorize deixar o valor da sensibilidade ISO mais baixo possível.

ESTEJA PREPARADO

Encontros com animais selvagens geralmente são rá-pidos, mas podem valer o seu dia. Portanto pratique enquadrando aves, cães e outros animais no parque de sua cidade. Quanto mais você estiver familiarizado com a câmera, sabendo usar a lente e outros recursos, menos risco você corre de perder uma boa chance em sua pró-xima grande viagem. Mantenha a câmera acessível, seja no bolso para smartphones ou em algum suporte próxi-mo ao peito.

ISO100 |   ISO160 |  ISO200  –  MAIOR QUALIDADE -

ISO800 |   ISO1600 |  ISO3200  –  MENOR QUALIDADE -

Utilizando o filtro ND e com o auxílio do tripé para que durante a longa expsição a sua foto não fique tremida, é possível criar o efei-

to de véu de noiva em cachoeiras, por exemplo.S

SIMPÓSIO

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PASSO 5PROCESSAR

No passo 5 é onde você coloca sua pitada artística, valoriza a cena fotografada, corrige erros feitos pela câmera e aproxima a foto da realidade.

De nada adianta enxergar a cena, compor, configurar, capturar e não pós-processar.

É o seu papel como fotógrafo pós-processar toda e qualquer foto que pretende compartilhar com o mundo.

Somente assim fará jus ao momento capturado!

Fontes:http://pt.wikipedia.org/wiki/Sensibilidade_fotogr%C3%A-1ficahttp://www.fotografia-dg.com/sensibilidade-iso/http://focaessafoca.blogspot.com.br/2010/09/http://www.cameraversuscame-ra.com.br/dic/iso.htmhttp://finealbuns.com.br/mo-dulo-basico/http://www.tecmundo.com.br/7978-fotografia-para-que--serve-o-iso-.htm

CORES SURREAIS

Este é um exemplo de pós-processamento artístico.

Optei por injetar cores surreais resultando num clima dramático, o que gera curiosi-dade e também interpretações variadas na cabeça de quem olha.

ORIGINAL PÓS - PROCESSADA ARTíSTICA

ORIGINAL

ARTíSTICA

CRIANDO UMACOLEÇÃO

Outro exemplo de pós--processamento artísti-co.

Optei por aplicar o mes-mo filtro de cor em uma coleção de fotos, assim quando for publicar nas redes sociais por exem-plo, ou criar um álbum, passaráa sensação de organização na timeli-ne, assim como pode ser sua marca registrada, criando sua identidade e estilo.

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Seu negócio

de pescav(R)ende

AQUIA N U N C I E N A N O T I C I A S A B P M