variabilidade genética na medicina forense

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A VARIABILIDADE GENÉTICA Biologia Molecular da Célula Trabalho elaborado por: Carolina Correia Cátia Barão Francisco Santos Vânia Caldeira NA MEDICINA FORENSE

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Apresentação sobre a Variabilidade Genética na Medicina Forense.

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Page 1: Variabilidade Genética na Medicina Forense

A VARIABILIDADE GENÉTICA

Biologia Molecular da Célula

Trabalho elaborado por:Carolina Correia

Cátia BarãoFrancisco Santos

Vânia Caldeira

NA MEDICINA FORENSE

Page 2: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Variabilidade Genética

Meiose > Crossing-over (profase I) > Colocação de cada cromossomas

de cada par de homólogos, de um lado ou outro do plano equatorial do fuso acromático é feita ao acaso (metafase I)

■ Resulta de: mutações e recombinação génica durante a meiose e a fecundação:

■ Fecundação

Page 3: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Medicina Legal e Forense Especialidade médica e jurídica

Usa conhecimentos técnico-científicos de Medicina para o esclarecimento de factos de interesse da Justiça

Reúne o estudo da Medicina, do Direito, da Biologia, da Química, da Balística, da Física, da Sociologia...

Divide-se em várias áreas:

> Antropologia forense

> Traumatologia forense

> Sexologia forense

> Tanatologia…

Page 4: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Variabilidade e Polimorfismos na Medicina Legal e Forense O objectivo da análise de DNA é diferenciar um

indivíduo de outro pelo maior nº de características possível.

Na espécie humana 10% do genoma codifica proteínas através do RNA, o restante são sequências repetitivas.

É a variabilidade deste restante, ou seja, das regiões polimórficas, de função estrutural que se utiliza nos exames forenses de DNA.

Page 5: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Variabilidade e Polimorfismos na Medicina Legal e Forense

Alelo - cada uma das variantes possíveis de um locus polimórfico.

Locus – posição de um gene ou de um marcador genético num cromossoma.

Tipos de polimorfismos:

> SNPs

> VNTRs

> Polimorfismos de repetição de transposões

• Polimorfismos: verificados em mais de 1% da polulação, sendo transmissíveis à descendência. Geralmente sem ou com consequências fenótipicas não negativas.

• Mutações: geralmente associadas a patologias, daí não se “alastrararem” muito (menos de 1% da população).

Variações

genéticas

Page 6: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Caso de Estudo – a Medicina Forense e a Violação Sexual

Nos casos de violação e noutros cenários criminais, as recolhas de amostras biológicas (sangue, cabelo, sémen, etc…) permitem o isolamento do DNA de um eventual suspeito.

Após a recolha e amplificação da amostra de DNA

pela técnica de PCR bem como a sequenciação destes é possível ainda a descoberta de polimorfismos particulares e consequente identificação do criminoso.

Page 7: Variabilidade Genética na Medicina Forense

A Investigação de uma Violação A vítima de violação foi uma rapariga de 14 anos,

portadora de Síndroma de Down, no Rio de Janeiro em 1998.

O crime foi notificado apenas alguns meses mais tarde, quando a gravidez resultante da violação se tornou evidente.

Assim, a análise forense do sémen do violador estava fora de questão.

A vítima obteve autorização judicial para uma interrupção da gravidez.

O feto abortado foi então analisado para identificar o pai biológico, tal como a mãe e 4 suspeitos deste caso de violação.

Page 8: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Técnicas Utilizadas: Extracção do DNA Material biológico:

Recolha de sangue da vítima e suspeitos Tecido da pele do feto

Incubação (15-18 horas, 56ºC) Uso de fenol e clorofórmio para extracção de

DNA Suspensão das preparações de DNA em solução

(10 mM Tris-Cl, 1 mM EDTA) Verificação da integridade do DNA: amostras

colocadas num gel de agarose 0,8% com brometo de etídio electroforese, 100V, 15 minutos medição da densidade do DNA

Page 9: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Técnicas Utilizadas: PCRAnálise de 6 loci STRs DNA template + dNTP’s de STR +

primers sintéticos (CTT ou FFv) + U Taq polimerase

PCR: Desnaturação inicial, 2 min, 96ºC 10 ciclos de: 1 min a 94ºC, 1 min a

60ºC, 1,5 min a 70ºC 20 ciclos de 1 min a 90ºC, 1 min a

60ºC e 1,5 min a 70ºC Os produtos da amplificação por PCR

foram analisados num gel de agarose, 2%.

Page 10: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Técnicas Utilizadas Análise dos Alelos STRs:

Desnaturação a 95ºC, 2 min O material amplificado foi introduzido num gel de poliacrilamida

(4%) com “corante de prata” e submetido a electroforese

Análise de 3 loci VNTRs Digestão do DNA com enzimas de restrição:

Amostras de DNA genómico foram digeridas com HaeIII, a 37ºC Os fragmentos resultantes foram precipitados pela

adição de acetato de amónio e etanol Incubação a -20ºC, 2 horas Centrifugação, velocidade máxima, 10 min Suspensão em solução tampão

Page 11: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Técnicas Utilizadas

Electroforese: Os fragmentos foram separados num gel de

agarose, 0.8%, 24 horas, 20V Transferência e sequenciação por hibridação:

Tratamento e transferência de gel para membrana de nylon

Hibridação desta com sequências de DNA quimioluminescentes (sondas)

Análise Estatística Recorrência a uma base de dados da

população do Rio de Janeiro

Southern blot

Page 12: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Resultados Os resultados da electroforese mostram que três

dos suspeitos podem ser excluídos e apenas o suspeito nº3 é um potencial pai biológico do feto, depois da sequenciação dos vários loci (VNTR e STR).

Os alelos sequenciados nos 6 loci STR em cada suspeito encontram-se esquematizados na tabela seguinte.

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Resultados Loci de STRs que se revelaram motivo de exclusão dos

suspeitos: Suspeito nº1 – TPOX, F13A01 e vWA Suspeito nº2 – CSF1PO, TPOX, THO1, FESFPS, vWA Suspeito nº4 – TPOX, F13A01, FESFPS, vWA

Loci de VNTRs que se revelarem mais um motivo de inclusão do suspeito nº3, em comparação com a vítima e o feto: D7S467, D8S358 e D10S28

Conclusão O Índice de Paternidade Combinado é de 412.860, pelo que a

probabilidade de ser o pai biológico do feto abortado é de 99,9997%.

Assim, conclui-se que o violador é o Suspeito nº3.

Page 15: Variabilidade Genética na Medicina Forense

Referências Bibliográficas

http://www2.ufp.pt/~jcabeda/pdf/sebenta-sequenciacao.pdf

GOES, Andréa Carla de Souza, SILVA, Dayse Aparecida da, DOMINGUES, Cristiane Santana et al. Identification of a criminal by DNA typing in a rape case in Rio de Janeiro, Brazil. Sao Paulo Med. J., May 2002, vol.120, no.3, p.77-79. ISSN 1516-3180

COOPER, Geoffrey M.; HAUSMAN, Robert E., “The Cell – A Molecular Approach”, ASM Press e Sinauer Associates, 4ª edição, 2007