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1 Pág. www.jornaldoprodutor.com.br Vargem Grande do Sul e Região - Outubro de 2017 Ano VIII - Nº 98 - Distribuição Gratuita Baixe um leitor de QR Code, use a câmera para acessar o nosso site. PÁG. 2 PÁG. 11 Novidades sobre adubação da batata são apresentadas em Vargem Grande do Sul Dia de Campo Nutri-Batata reuniu agricultores, estudantes e empresas parceiras na Fazenda Água Santa PÁGs. 6 e 7 39ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga reuniu 420 animais Águas da Prata promove 2ª edição do Concurso Qualidade do Café PÁG. 9 Tomate/CEPE: Cotações se elevam com menor oferta

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Page 1: Vargem Grande do Sul e Região - Outubro de 2017 Ano VIII ... · bilhões, 54,4% abaixo do mon-tante negativo de um ano atrás. O número do acumulado do ano é resultado da queda

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Vargem Grande do Sul e Região - Outubro de 2017Ano VIII - Nº 98 - Distribuição Gratuita

Baixe um leitor deQR Code, use a câmera

para acessar o nosso site.

PÁG. 2 PÁG. 11

Novidades sobre adubação da batata são apresentadas em Vargem Grande do Sul

Dia de Campo Nutri-Batata reuniu agricultores, estudantes e empresas parceiras na Fazenda Água SantaPÁGs. 6 e 7

39ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga

reuniu 420 animais

Águas da Prata promove 2ª edição do Concurso

Qualidade do Café

PÁG. 9

Tomate/CEPE: Cotações se elevam

com menor oferta

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EDITORIAL

O Jornal do Produtor é uma publicação mensal, editado à rua Quinzinho Otávio, 64, Centro, Vargem Grande do Sul - [email protected]: (19) 3641-1392

EXPEDIENTEJornalista Responsável

Bruno de Souza - MTb 46.896

Impressão:Editora Stillo Pirassununga ltda - Epp

CNPJ: 68.255.850/0001-74

PublicidadeFernando W. Franco

(19) 99310-5700

DiagramaçãoJuninho Nogues

Circulação: Vargem Grande do Sul, Aguaí, Águas da Prata, Casa Branca, Caconde, Campinas (Ceasa), Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Itobi, Itapetininga, Mococa, Santa Cruz das Palmeiras, Santo Antônio do Jardim, São João da Boa Vista, Mogi Mirim, São Sebastião da Grama, São José do Rio Pardo, Jaú, Tambaú, Tapiratiba, Porto Ferreira, Ribeirão Preto, Bauru e Lençóis Paulista. Em Minas Gerais: Sacramento, Araxá, Poços de Caldas e mais alguns municípios do triângulo mineiro.

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equi-pamentos (Abimaq), entidade que representa a indústria na-cional de máquinas e equipa-mentos, divulgou um balanço que mostra que o faturamento do setor subiu 2,6% no mês de agosto, comparativamente a igual período de 2016. Frente a julho, as vendas do setor, entre entregas domésticas e exporta-ções, cresceram 3,9%.

As fábricas de bens de capi-tal mecânicos fecharam agosto com faturamento de R$ 6,09 bi-lhões, o que leva para R$ 44,15 bilhões o total faturado nos oito primeiros meses do ano, ainda um recuo de 4,1%.

As exportações, que soma-ram US$ 835,5 milhões no mês passado, favoreceram o de-sempenho de agosto, com alta de 19,9% na comparação com o mesmo período de 2016.

Ainda na comparação intera-nual, o consumo de máquinas no país caiu 9,3% no mês pas-sado, quando totalizou R$ 7,39 bilhões. De janeiro a agosto, as compras de bens de capital, um termômetro dos investimen-tos das empresas nas linhas de produção, registraram queda de 23,3%, para R$ 56,41 bilhões.

Comparativamente a agosto de 2016, as importações cariam 8,4% no mês passado, para US$ 1,1 bilhão. O déficit comercial, de US$ 259,6 milhões no mês passado, foi 48% menor do que o de agosto de 2016.

No acumulado de janeiro a agosto, o déficit comercial dos bens de capital foi de US$ 2,66 bilhões, 54,4% abaixo do mon-tante negativo de um ano atrás. O número do acumulado do ano é resultado da queda de 25,4% das importações, que chega-ram a US$ 8,31 bilhões, e do aumento de 6,7% das exporta-ções, para US$ 5,65 bilhões nos oito primeiros meses do ano.

O balanço da Abimaq revela ainda que a utilização da capa-cidade instalada nas fábricas de máquinas chegou a 72,1% em agosto, acima dos 68,1% de um ano atrás. A ocupação no setor, no mesmo intervalo de tempo, caiu 5,7%. A indústria de má-quinas terminou o mês passado empregando 288,4 mil pessoas.

Após dez dias de concorridos julgamentos, a 39ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalar-ga viveu seu principal momento na tarde de sábado, 23 de se-tembro, ocasião em que foram eleitos os Grandes Campeões Nacionais de 2017. As disputas proporcionaram momentos de muita emoção e vibração ao pú-blico que lotou as dependências do Recinto de Exposições “José Ruy de Lima Azevedo”, em São João da Boa Vista.

O evento comprovou o eleva-do nível alcançado pelo plantel da raça Mangalarga. Na opinião do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cava-los da Raça Mangalarga (ABC-CRM), Mario Barbosa, a maior conquista dessa Nacional foi ter mostrado para o Brasil a qua-lidade do Mangalarga, atraindo assim novos apaixonados para a raça. O dirigente mangalar-guista destacou ainda que es-pera que o Mangalarga conti-nue avançando e melhorando

cada vez mais, pois é um cava-lo completo e de alta qualidade para ser utilizado nas mais dife-rentes atividades equestres.

O mesmo entusiasmo com a qualidade da tropa também pôde ser observado no comen-tário feito pelo jurado Marcelo Leite de Toledo logo após a de-finição do Grande Campeona-to Cavalo. “Neste páreo, con-seguimos tirar o modelo ideal do cavalo de sela, algo que é muito bem representado pelos três primeiros colocados deste julgamento. Estes são animais que realmente representam o que temos de bom no Brasil”.

Já o jurado José Rodolfo Bran-di, responsável pelo comentário após o julgamento que elegeu o novo Grande Campeão de Mar-cha, ressaltou a qualidade de

andamento apresentada pelos participantes desse páreo. “É um prazer enorme fazer par-te de um julgamento com essa qualidade de andamento. Os três primeiros colocados são realmente excepcionais animais de sela”.

No total, 420 animais, expos-tos por 120 conceituados criató-rios dos mais diversos pontos do país, participaram dos dez dias de julgamentos na pista central do Recinto de Exposições “José Ruy de Lima Azevedo”. A dupla de jurados composta por José Rodolfo Brandi e João Pacheco Filho foi responsável pela ava-liação do quesito marcha. Já a dupla de jurados formada por Eduardo Leite Cintra e Marce-lo Leite Vasco de Toledo ficou a cargo do item morfologia.

Faturamento da indústria de

máquinas cresce 2,6% em agosto

Foto: Norberto Cândido

39ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga reuniu 420 animais

Disputas concorridas e alto nível da tropa marcaram o últimodia da mais importante mostra do Cavalo de Sela Brasileiro

Vibração no pódio do Grande Campeão Cavalo Franco do Morro Agudo

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O título de Grande Campeão Cavalo – um dos mais cobiçados do evento – foi conquistado pelo alazão Franco do Morro Agudo, exposto por Luiz Aparecido de Andrade e proveniente da se-leção da Fazenda Morro Agudo. Já o 1º Reservado Grande Cam-peão Cavalo foi o animal Luar do H.I.C., exposto por Fernando Tardioli e originário da criação da HIC Agropecuária, enquanto o título de 2º Reservado Grande Campeão Cavalo coube a Batis-tuta CASS, exposto e selecionado por Cassiano Terra Simão.

Entre as fêmeas, a alazã Gra-ziela do Corumbau, exposta por Almiro Esteves Junior e selecio-nada pela Corumbau Participa-ções, foi o principal destaque, superando 118 concorrentes e sagrando-se a Grande Campeã Égua. A categoria também teve como destaques as fêmeas Ba-vária CASS e Bilara CASS, am-bas provenientes da seleção de Cassiano Terra Simão e eleitas respectivamente 1ª Reservada Grande Campeã Égua e 2ª Reser-vada Grande Campeã Égua.

Em uma disputa marcada pela qualidade de andamento dos concorrentes e muito aplaudi-da pelo público após o seu en-cerramento, o alazão Balé ACF, exposto por Roberto Diniz Jun-queira Filho e originário da cria-ção de Antonio Carlos Ferrei-ra, sagrou-se Grande Campeão Cavalo de Marcha. A categoria contou ainda com o brilho do 1º Reservado Grande Campeão de Marcha Faisão ACF, exposto pelo Haras Precioso e também pro-veniente da seleção de Antonio Carlos Ferreira, e do 2º Reserva-do Grande Campeão de Marcha Luar do H.I.C., exposto por Fer-nando Tardioli e selecionado pela HIC Agropecuária.

No julgamento de marcha envolvendo as fêmeas, Grazie-la do Corumbau deu mais uma mostra de sua qualidade, conse-guindo uma rara façanha. Afinal, a alazã exposta por Almiro Es-teves Junior e selecionada pela Corumbau Participações, que já havia conquistado o título de Grande Campeã Égua, também

sagrou-se Grande Campeã Égua de Marcha da Nacional 2017. A categoria consagrou ainda a 1ª Reservada Grande Campeã de Marcha Glamur RB, exposta por Fernando Tardioli e criada por Reginaldo Bertholino, e a 2ª Reservada Grande Campeã de Marcha Bilara CASS, provenien-te da seleção de Cassiano Terra Simão.

A disputa entre os machos mais jovens consagrou os ani-mais Barreto do Espinhaço (Grande Campeão Potro), expos-to pela Corumbau Participações e proveniente da seleção de Emi-liano Novais, Diamante do Gadu (1º Reservado Grande Campeão Potro), exposto por Almiro Este-ves Junior e criado por Guilherme Saad, e Indiano G.Z., exposto e criado por Geraldo Zinato.

Já o título de Grande Campeã Potranca foi conquistado por Ipa-nema do Morro Agudo, exposta pelo Haras Precioso e originária da criação da Fazenda Morro Agudo. O pódio da categoria, além disso, contou com a presença da 1ª Re-servada Grande Campeã Potranca Carabina CASS, selecionada por Cassiano Terra Simão, e da 2ª Re-servada Grande Campeã Potranca

Europa da Sabaúna, exposta pela Agropecuária Sinhá Maria e pro-veniente da criação de Joaquim Bento de Souza Neto.

Somando um total de 2.639 pontos ao longo do evento, Cas-siano Terra Simão conquistou a primeira colocação do Ranking de Expositores da 39ª Nacional, sendo seguido por Almiro Este-ves Junior, que obteve a segun-

da colocação com 2.050 pontos, e pelo Haras Precioso, o tercei-ro colocado com 1.518 pontos. Cassiano Terra Simão também obteve a primeira colocação do Ranking de Criadores ao somar 2.284 pontos, sendo seguido por Antonio Carlos Ferreira (segundo colocado com 2.250,50 pontos) e Almiro Esteves Junior (terceiro colocado com 1.491 pontos).

Competição elegeu os Grandes Campeões de 2017

Graziela do Corumbau obteve um feito raro ao sagrar-se Grande Campeã Égua e Grande Campeã Égua de Marcha

Foto: Norberto Cândido

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Boas notícias e resultados ex-pressivos alcançados no primei-ro semestre deste ano foram os destaques da reunião de presta-ção de contas aos associados re-alizadas pela Sicredi União PR/SP na noite de quinta-feira, dia 14 d setembro, em Casa Branca. Participaram os coordenadores de núcleo desta agência da co-operativa de crédito.

O encontro foi conduzido pelo diretor executivo da instituição financeira cooperativa, Rogério Machado, que iniciou ressal-tando o crescimento de 700% do cooperativismo de crédito no Brasil nos últimos dez anos (2006 a 2016). Segundo Ma-chado, a linha de crescimento é muito expressiva - somando hoje cerca de nove milhões de associados - embora haja ain-da o muito que expandir, já que esse número representa uma fatia de apenas 4,29% da popu-lação do país. “Se olharmos para outros países como Alemanha, Holanda, França e Canadá – onde o cooperativismo é muito forte – são 65%, 70%, até 75% da população que participam de cooperativas de crédito. Por isso que eu friso que nós temos que olhar para o futuro. Apesar desse crescimento fantástico até agora, temos muita coisa a fazer e muito crescimento pela frente, num desenvolvimento constante”, afirmou.

Mais de 150 mil associadosE neste cenário de desen-

volvimento, a Sicredi União en-cerrou o primeiro semestre de 2017 com mais de 150 mil as-sociados. Nos dados gerais, o crescimento da cooperativa em relação ao mesmo período ano passado foi de 23%.

Entre os destaques, alcança 2,87 bilhões em ativos totais e um resultado líquido que che-gou a R$ 21 milhões, número

este 68% acima da meta pla-nejada. A captação em pou-pança está em mais de R$ 446 milhões, bem perto de alcan-çar os R$ 500 milhões, o que segundo o diretor executivo é um “sonho antigo”. “Essa é uma meta e vamos chegar muito rápido. Então vamos correr atrás de outros núme-ros”, garantiu. A poupança é importante porque financia o crédito rural e a Sicredi quer ser autossuficiente para aten-der os produtores.

Ranking

Segundo o último ranking do Banco Central, a Sicredi União é hoje a quarta maior cooperativa do crédito do Brasil. Neste ano de 2017, saltou duas posições na lista das 10 maiores, pas-sando da sexta para a quarta colocação, com R$ 2,2 bilhões em ativos contábeis.

Crescendo na crise

Rogério Machado lembrou que as cooperativas crescem muito mais nas crises. “Normal-mente as cooperativas já vêm crescendo mais que os bancos, mas na crise isso é mais acen-tuado. Muitos perguntam por

que isso acontece? E a resposta é que a cooperativa não muda o jeito de atuar só porque é crise. Continuamos mantendo o relacionamento com o asso-ciado. Não nos afastamos das pessoas”, assegurou.

O ciclo de reuniões foi aber-to em Americana, no dia 10 de agosto, e a programação seguiu por todas as 18 cidades, onde estão instaladas agências, até

Sicredi União PR/SP cresceu 23% no primeiro semestreNúmeros da cooperativa de crédito foram apresentados em Casa Branca

o dia 15 de setembro, em Pira-cicaba, quando se encerram os encontros.

Além de Casa Branca, as reu-niões já passaram por Aguaí, Araras, Caconde, Casa Branca, Espírito Santo do Pinhal, Irace-mápolis, Itapira, Limeira, Mo-coca, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Leme, Rio Claro, São João da Boa Vista, São José do Rio Par-do e Vargem Grande do Sul.

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O que era apenas um projeto do curso de Engenharia Agronô-mica da Unifeob transformou-se em um grande evento: o Dia de Campo Nutri-Batata. Realiza-da na Fazenda Água Santa, em Vargem Grande do Sul, a pro-gramação atraiu estudantes, produtores, empresas parceiras e profissionais da área.

Paulo Lazzarini, professor de Fertilidade do Solo e responsável pelo Grupo de Estudos em Siste-mas de Produção (GESP), explica que tudo começou apenas como um projeto de pesquisa sobre a adubação da batata. “Como os resultados foram tão interessan-tes que nós resolvemos abrir um Dia de Campo para mostrar o que desenvolvemos”, relata.

De acordo com ele, a grande descoberta desse trabalho é a possibilidade da redução de uso de fertilizantes na produção do tubérculo. “O produtor de batata usa uma receita de bolo, descon-siderando os teores dos elemen-tos disponíveis no solo. E nós co-meçamos a olhar para a análise do solo para fazer a recomen-dação de fertilizante, para ver a resposta que cada solo tem”, co-menta o professor.

E os resultados alcançados fo-ram importantes, pois professo-res e estudantes perceberam que em solos de alta fertilidade não há necessidade de usar tanto fer-tilizante. “Isso tem um viés tan-to econômico como ambiental. O fertilizante colocado além do que a planta necessita é perdido no ambiente e pode contaminar o lençol freático e até comprometer a atmosfera com a emissão de CO2”, explica Paulo. “Vale ressal-tar que todo este trabalho somen-te foi possível graças às parcerias que foram realizadas”, completa.

Cássio Monteiro, represen-tante da Bayer no Sudeste do país, esteve presente e ficou impressionado com o que viu. “Considerando as instituições que estão envolvidas, sabia que seria um evento de grande monta. Mas, confesso que me surpreendi com a organização, com os temas que estão sendo tratados e a participação”.

Para ele, o Dia de Campo crescerá em importância e va-lor. “Têm muitos estudantes, mas têm produtores aqui e eu vejo isso como uma ação de extremo valor. É importantíssi-mo que tenhamos mais eventos

Novidades sobre adubação da batata são apresentadas em Vargem Grande do Sul

Dia de Campo Nutri-Batata reuniu agricultores, estudantes e empresas parceiras na Fazenda Água Santa

desse nível para alinhar conhe-cimento, discutir, para falar so-bre tecnologia, que na verdade é o que faz toda a diferença”.

Carlos Eduardo Francischet-te, da empresa Terraverde – concessionária da John Deere –, disse que o Dia de Campo difunde tecnologia, cria alterna-tivas e é imprescindível para o futuro do negócio. “Estamos in-

vestindo em conhecimento para os agricultores do futuro. A Uni-feob é uma empresa que está realmente inovando e está ten-tando fazer com que a pesqui-sa chegue não só ao agricultor, mas também aos formandos. Hoje em dia o nosso país está tão carente de pesquisa que isso é muito importante para o futuro da agricultura”, ressalta.

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O Dia de Campo Nutri-Bata-ta foi acompanhado pelo reitor João Otávio Bastos Junqueira. Na ocasião, ele conversou com todos os presentes e destacou que a Unifeob tem buscado con-tribuir com o agronegócio do país, que é a grande mola pro-pulsora da economia brasileira. “A nota máxima que o curso de Engenharia Agronômica obteve do MEC não foi um ato isolado, não foi um ato de sorte. Foi um trabalho que nós começamos lá atrás”, afirma.

Além disso, ele fez questão de destacar as parcerias com empresas, produtores e pro-fissionais. “São extremamente importantes, não fazemos nada sozinhos. Nós não estamos for-mando profissionais somente técnicos. Então, essa interação que temos, a quantidade de empresas parceiras, faz a dife-rença. Queremos ser a conexão entre as várias cadeias do agro-negócio”.

Uma grande experiênciaAluno do 6º Módulo do cur-

so de Engenharia Agronômica da Unifeob, Emanuel Felipe Se-bastião, de Espírito Santo do Pi-nhal, comemora a oportunidade de ter participado dessa pes-quisa. “Foi muito interessante. Isso aqui abre muito as portas das empresas e nós aprende-mos mais na prática. Quando estamos em sala de aula, não temos a ideia do que se passa no campo”.

O estudante diz que a parti-cipação nesse projeto o ajudará na carreira em razão da impor-tância da bataticultura nesta região. “Nosso projeto não é parar nesse Dia de Campo, é continuar fazendo experimen-tos para trazer mais informação para o produtor”, destaca.

“Agronegócio é a grande mola propulsora da economia brasileira”, destaca reitor

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A Abengoa Bioenergia Brasil (ABBR) – braço sucroenergéti-co do conglomerado espanhol Abengoa – entrou com pedido de recuperação judicial na se-gunda-feira, 25 de setembro, segundo nota divulgada à im-prensa. O pedido, que se soma outros do gênero de companhias do setor no Brasil, foi protoco-lado no Foro de Santa Cruz das Palmeiras.

Em operação no Brasil desde 2007, a ABBR opera três usinas no interior paulista, uma em Pirassununga e outra em São João da Boa Vista e uma tercei-ra em Santo Antônio de Posse. “Durante os últimos 19 meses a ABBR tentou de forma ativa, e com a ajuda dos nossos mais importantes credores e asses-sores financeiros, atrair investi-dores que aportassem recursos ao negócio fora da RJ (Recupe-ração Judicial)”, afirmou a com-panhia, em nota.

Segundo a empresa, a “crise política e econômica” do Brasil, a queda dos preços do açúcar no mercado internacional e a falta de crédito ao setor con-tribuíram para essa situação. “Nesse cenário apenas restou à entrada na RJ, para proteger os interesses de todos os nossos

Abengoa Bioenergia Brasil entra compedido de recuperação judicial

ABBR opera usinas em Pirassununga, São João da Boa Vista e Santo Antônio de Posse

Entre os dias 25 a 29 de setembro, o preço da batata padrão Ágata Especial subiu 28,3% nos atacados paulistanos, fechando a R$ 47,50/sc de 50 kg. Desde segunda-feira, 25, o mercado vem mostrando sinais de melhora frente à menor entrada do produto, principalmente os provenientes de Vargem Grande do Sul, que diminuiu o ritmo de colheita nos últimos dias.

A variação na qualidade dos tubérculos, por sua vez, é o que li-mita um maior aumento dos valores: estão oscilando de R$ 30,00/sc a R$ 70,00/sc.

Preços da batata sobem com proximidade do fim da safra

de Vargem Grande do Sul

credores... A RJ permitirá es-tabelecer um plano de reestru-turação para pagamentos das dívidas de acordo com as possi-bilidades do negócio”, destacou a companhia.

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A qualidade do grão do café faz toda a diferença não momento de sua classificação no mercado. Em Águas da Prata, a 2ª edição do Concurso Qualidade do Café ele-geu no sábado, 9 de setembro, os melhores grãos da região.

Amostras de 50 produtores foram avaliadas. O trabalho que exige técnica apurada para per-ceber em um único gole cada sabor. Este concurso de cafés es-peciais avaliou os grãos em três categorias diferentes, sendo elas cereja descascado, natural e mi-crolotes, cultivados por grandes, médios e pequenos produtores.

O degustador Carlos Eduar-do Delbiachi explicou que o café cultivado nas montanhas, como boa parte do café produzido na região, possui um sabor melhor, por exemplo, sabores de frutas como ameixa, damasco, pêsse-go, além de um lado floral, como jasmim. “A região é privilegiada, café de altitude acima de mil me-tros possui uma característica. A maturação é mais lenta. Então o açúcar fica mais no grão. Ele de-

mora mais para chegar ao ponto exato da colheita. Foi surpreen-dente assim, a gente descobre algumas perolas”, disse ele.

O produtor rural Francisco Sassaron é cafeicultor de Águas da Prata e levou dois lotes para serem avaliados. Ele disse estar de olho no mercado que valoriza o café especial. “O mercado está exigindo qualidade, quem conse-guir produzir café especial, café

de qualidade, vai ter um lucro um pouco maior. Estamos no ca-minho, vamos ver se o mercado retorna no que a gente está tra-balhando”.

O degustador André Cunha explicou que um café de qualida-de possui um grão bonito, livre de pragas e doenças, além de ser do tipo Arábica. “Quando a gente trabalha com café especial, ele é separado em peneiras. A gente

Fotos: Eder Ribeiro/EPTV

Águas da Prata promove 2ª edição doConcurso Qualidade do Café

Objetivo é eleger os melhores grãos da região. Amostras de 50 produtores foram avaliadas

Cafés passam por uma rigorosa seleção com especialistas

tem umas peneiras que são por numerações. Normalmente, café especial você coloca 16 a cima. Que são maiores, até mesmo para representar um café mais bonito, mais vistoso”, explica.

Os três primeiros colocados de cada categoria serão premiados e terão o café valorizado, poden-do dobrar o preço da saca, de acordo com o degustado Cláudio D’Angeri. “Obviamente isso agre-ga valor ao produto, porque re-almente já estaremos falando de uma bebida com nível de raridade, excepcional, uma coisa bastante diferenciada do que a gente tem em termos de café comodato. En-tão você chega a ter uma valoriza-ção em torno de 50%, 70%, 80% até 100% no valor da saca”, disse.

O comprador de café Rodrigo Polachini Pereira disse que procu-ra os melhores lotes para reven-der e garante que cada vez mais pessoas estão dispostas a pagar mais caro. “Café especial cresce 15% ao ano. Então sempre vai ter gente interessada em com-prar café especial”. (Fonte: G1)

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O Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE) ini-ciou os trabalhos de coleta do Censo Agropecuário 2017, a principal e mais completa inves-tigação estatística e territorial sobre a produção agropecuária do país. Em todo o Brasil serão

IBGE inicia Censo Agropecuário 2017Cerca de 2.500 estabelecimentos agropecuários serão visitados na região abrangida

pelos municípios de Aguaí, Águas da Prata, Espírito Santo do Pinhal, Santo Antônio do Jardim, São João da Boa Vista e Vargem Grande do Sul

mais de 5 milhões de estabele-cimentos agropecuários visita-dos no período de 2 de outubro de 2017 a 28 de fevereiro de 2018. Serão investigados dados sobre a área, a produção, as características do pessoal ocu-pado, o emprego de irrigação,

As informações prestadas ao IBGE são estritamente confidenciais e utilizadasúnica e exclusivamente para fins estatísticos

o uso de agrotóxicos, entre ou-tros temas.

As informações coletadas permitirão a avaliação e imple-mentação de políticas públicas voltadas para o setor agrope-cuário e possibilitarão, ainda, estudos a respeito da expan-são das fronteiras agrícolas, da dinamização produtiva ditada pelas inovações tecnológicas, e enriquecerão a produção de indicadores ambientais. Propi-ciam também análises sobre transformações decorrentes do processo de reestruturação e de ajustes na economia e de seus reflexos sobre o setor.

Na área de abrangência da agência do IBGE de São João da Boa Vista a coleta do Censo Agropecuário 2017 envolverá seis municípios: Aguaí, Águas da Prata, Espírito Santo do Pi-nhal, Santo Antônio do Jardim, São João da Boa Vista e Vargem Grande do Sul. Serão 1.840 km² de área a percorrer, totalizando cerca de 2.500 estabelecimen-

tos agropecuários a serem vi-sitados. Para desenvolver este trabalho 19 servidores contra-tados, entre agentes censitários e recenseadores. Ao todo são 130 setores censitários.

Cabe ressaltar que as in-formações prestadas ao IBGE são estritamente confidenciais e utilizadas única e exclusiva-mente para fins estatísticos, jamais sendo compartilhadas com qualquer outra instituição pública ou privada. A privacida-de do informante será sempre preservada e garantida.

O IBGE conta, mais uma vez com a confiança e colabo-ração da sociedade brasileira para cumprir sua nobre missão de “retratar o Brasil com infor-mações necessárias ao conhe-cimento de sua realidade e ao exercício da cidadania”.

Para mais informações, o Pos-to de Coleta de São João da Boa Vista fica na rua Riachuelo, nº 444, Sala 6, no Centro. O telefo-ne de contato é (19) 3631-1221.

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Entre os dias 2 a 6 de outu-bro, o tomate salada longa vida se valorizou significativamente na Ceagesp, onde o 2A e o 3A fo-ram comercializados a R$ 36,05/cx (+52,42%) e a R$ 59,80/cx de 20 kg (+46,18%), respectiva-mente. O motivo da alta se deve à menor intensidade de colheita da primeira parte da safra de inverno e pouca oferta da segunda parte. Ainda não foram observados pro-blemas na qualidade decorrentes das chuvas ocorridas entre o final de setembro e o início de outu-bro. Pelo contrário, foram benéfi-cas ao desenvolvimento do fruto. Para os próximos dias, a matura-ção deve acelerar frente ao clima mais quente e, assim, o volume de tomates pode ser maior.

Líder nacionalDo campo diretamente à mesa,

ou como matéria-prima, o toma-te é fonte de emprego e renda. Apenas a indústria movimenta R$ 3,2 bilhões anuais. Goiás é o principal produtor do país, com 12,3 mil hectares de área plan-tada com a variedade específica para processamento. É uma ati-vidade que gera sete empregos diretos por hectare.

Somente uma fazenda, cujos donos preferem que não seja identificada, a 100km do Dis-trito Federal, colhe 1.200 tone-ladas de tomates diariamente. Isso equivale a 60 caminhões do produto, entregues para a indús-tria no prazo de uma hora, ainda frescos. É um nível de eficiência

Tomate/CEPEA: Cotações se elevam com menor oferta

difícil de encontrar até mesmo em países desenvolvidos.

No Distrito Federal, o cultivo de tomate envolve 383 produto-res, a maioria deles de pequeno porte, responsáveis por uma pro-dução de 26.750 toneladas em 2016. Neste ano, entre janeiro e agosto, já são 25.295 toneladas produzidas na capital, de acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Dis-trito Federal (Emater-DF).

No Brasil, existem nove tipos de tomates comestíveis. Outras 50 variedades são desenvolvi-das no país, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu-ária (Embrapa). O tipo rasteiro é a principal matéria-prima para a indústria de molhos e derivados. O cultivo desse tipo de tomate, que é utilizado para a produção de extrato, catchup e molhos, ocupa uma área de 17,3 mil hec-tares, com um volume de 1,4 milhão de tonelada de tomates processados. Goiás, o maior pro-dutor, tem 12.300 hectares de área plantada apenas para o cul-tivo da fruta. São Paulo e Minas Gerais concentram o restante da produção nacional, em uma área de três mil e de dois mil hectares, respectivamente.

PotencialO mercado de tomate indus-

trial ainda tem espaço para cres-cer. Dados da Associação Brasilei-ra da Cadeia Produtiva do Tomate para Processamento (Abratop) indicam que o consumo do brasi-

leiro para produtos processados, a partir de tomate, gira em torno de 3 kg per capita. Na Tunísia, o consumo anual, por habitante, é de 75 kg. Estados Unidos, Suíça e Bélgica também são grandes consumidores, com uma média de 30 kg por habitante. O hábito de consumir tomate nesses paí-ses está diretamente relacionado à oferta do produto aliado à pre-ocupação com a saúde, já que o produto possui licopeno, antioxi-dante considerado eficaz no com-bate ao câncer.

No Brasil, a importação e a ex-portação de polpa de tomate são pontuais, feitas, principalmente, por algumas indústrias do nor-deste e sul do Brasil. “Nosso de-safio é melhorar a infraestrutura de energia para instalação de no-vas áreas irrigadas, diminuir os custos fiscal e de transporte para exportação, além de desenvolver uma cultura focada no mercado interno e externo, ampliando os horizontes do comércio de toma-te processado”, disse o presiden-te da Abratop, Rafael Santana.

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