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Jornal mensal da Associação dos Magistrados Catarinenses - Ano II, nº16 - Agosto/2007 Vara ara ara ara ara especializada especializada especializada especializada especializada auxilia o auxilia o auxilia o auxilia o auxilia o combate contra a cor combate contra a cor combate contra a cor combate contra a cor combate contra a corrupção upção upção upção upção Aumento de casos de corrupção em todas as esferas do poder fomenta a idéia de que é preciso criar unidades judiciais especializadas Luiza Carreirão Após a Constituição de 1988, o Supremo Tribunal Federal (STF) nunca condenou um réu com foro privilegiado – direito que políticos e agentes públicos têm de só serem julgados nas instâncias superiores – nos 130 processos criminais já instaurados. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), a mesma lógica prevalece, com apenas cinco condenações em 483 processos. Entretanto, em Joinville, os julgamentos contra autoridades levam em média cinco meses e um vereador e Págs. 8 e 9 um ex-deputado estadual foram condenados em um tempo recorde perante os padrões nacionais. Por que o parodoxo? Na comarca sulista há uma vara especializada em crimes contra a administração pública – a única, até o momento, em Santa Catarina. A idéia de criar unidades judiciais especializadas no combate à corrupção começa a virar consenso no meio legal brasileiro. ACIDENTE CIDENTE CIDENTE CIDENTE CIDENTE Super Super Super Super Supermercados não mercados não mercados não mercados não mercados não controlam venda de controlam venda de controlam venda de controlam venda de controlam venda de soda cáustica soda cáustica soda cáustica soda cáustica soda cáustica Pág. 13 Substância é vendida sem restrições Levantamento feito pelo projeto Agente da Paz, da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC), revela que em todos os 21 supermercados de Balneário Camboriú pesquisados não há restrições legais contra a venda da substância para jovens, bem como não há qualquer orientação por parte da Vigilância Sanitária. EXECUTIV EXECUTIV EXECUTIV EXECUTIV EXECUTIVOS FISC OS FISC OS FISC OS FISC OS FISCAIS AIS AIS AIS AIS Tribunal elimina um ribunal elimina um ribunal elimina um ribunal elimina um ribunal elimina um terço dos processos terço dos processos terço dos processos terço dos processos terço dos processos de SC de SC de SC de SC de SC Pág. 5 Pág. 4 Promotor R Promotor R Promotor R Promotor R Promotor Rui ui ui ui ui Schiefler analisa os Schiefler analisa os Schiefler analisa os Schiefler analisa os Schiefler analisa os desafios da A desafios da A desafios da A desafios da A desafios da ACMP CMP CMP CMP CMP EVENT EVENT EVENT EVENT EVENTO Congressul reúne Congressul reúne Congressul reúne Congressul reúne Congressul reúne dois mil conselheiros dois mil conselheiros dois mil conselheiros dois mil conselheiros dois mil conselheiros tutelares na Capital tutelares na Capital tutelares na Capital tutelares na Capital tutelares na Capital JUSTIÇA JUSTIÇA JUSTIÇA JUSTIÇA JUSTIÇA Sancionada lei que Sancionada lei que Sancionada lei que Sancionada lei que Sancionada lei que cria dez cria dez cria dez cria dez cria dez cargos de cargos de cargos de cargos de cargos de desembargador esembargador esembargador esembargador esembargador Pág. 12 Pág. 6 ENTREVIST ENTREVIST ENTREVIST ENTREVIST ENTREVISTA

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Jornal mensal da Associação dos Magistrados Catarinenses - Ano II, nº16 - Agosto/2007

VVVVVaraaraaraaraara especializadaespecializadaespecializadaespecializadaespecializada auxilia oauxilia oauxilia oauxilia oauxilia ocombate contra a corcombate contra a corcombate contra a corcombate contra a corcombate contra a corrrrrrupçãoupçãoupçãoupçãoupção

Aumento de casos de corrupção em todas as esferas do poder fomenta a idéia de que é preciso criar unidades judiciais especializadas

Luiza Carreirão

Após a Constituição de 1988, o Supremo Tribunal Federal(STF) nunca condenou um réu com foro privilegiado – direitoque políticos e agentes públicos têm de só serem julgadosnas instâncias superiores – nos 130 processos criminais jáinstaurados. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), a mesmalógica prevalece, com apenas cinco condenações em 483processos. Entretanto, em Joinville, os julgamentos contraautoridades levam em média cinco meses e um vereador e Págs. 8 e 9

um ex-deputado estadual foram condenados em um temporecorde perante os padrões nacionais. Por que o parodoxo?Na comarca sulista há uma vara especializada em crimescontra a administração pública – a única, até o momento,em Santa Catarina. A idéia de criar unidades judiciaisespecializadas no combate à corrupção começa a virarconsenso no meio legal brasileiro.

AAAAACIDENTECIDENTECIDENTECIDENTECIDENTE

SuperSuperSuperSuperSupermercados nãomercados nãomercados nãomercados nãomercados nãocontrolam venda decontrolam venda decontrolam venda decontrolam venda decontrolam venda de

soda cáusticasoda cáusticasoda cáusticasoda cáusticasoda cáustica

Pág. 13

Substância é vendida sem restrições

Levantamento feito peloprojeto Agente da Paz, daAssociação dos MagistradosCatarinenses (AMC), revela queem todos os 21 supermercados deBalneário Camboriú pesquisadosnão há restrições legais contra avenda da substância para jovens,bem como não há qualquerorientação por parte da VigilânciaSanitária.

EXECUTIVEXECUTIVEXECUTIVEXECUTIVEXECUTIVOS FISCOS FISCOS FISCOS FISCOS FISCAISAISAISAISAIS

TTTTTribunal elimina umribunal elimina umribunal elimina umribunal elimina umribunal elimina umterço dos processosterço dos processosterço dos processosterço dos processosterço dos processos

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JUSTIÇAJUSTIÇAJUSTIÇAJUSTIÇAJUSTIÇA

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O JUDICIÁRIO Agosto de 20072

Anteriormente a lei deimprobidade administrativa(Lei n. 8.249/92), não haviaprevisão de punição efetivanos casos de corrupção ougrave ineficiência funcional.

A nova legislaçãovigorante criou três formas

de condutas que tipificam aimprobidade administrativa: as queimplicam em enriquecimento ilícito,as que causam prejuízos ao erário eas que atentam contra os princípiosda administração pública. Osagentes envolvidos são passíveis depunição por responsabilidade civil,criminal, política e disciplinar.

Recentemente, o deputado federalPaulo Renato de Souza (SP) teve ainiciativa de propor EmendaConstitucional que cria o TribunalSuperior da Probidade Admi-nistrativa, com função de julgar emprimeira e única instância os crimesde corrupção cometidos por

OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião

Jornal “O Judiciário”Publicação mensal da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC)Ano II, nº 16 - Agosto/2007Tiragem: 3 mil exemplares/ Impressão: Diário Catarinense

Jornalista responsável: Fabrício Severino/ SC01061-JPTextos: Fabrício Severino, Bruno Zamora e Paula ReverbelColaboração: assessoria de imprensa do TJ/SC, AMB e ACMPProjeto gráfico: Andrezza MeloDiagramação: Paula ReverbelCoordenação Editorial: Carlos Alberto Silveira Lenzi

Diretoria Executiva:

Juiz José Agenor de Aragão/ PresidenteDes. Solon d’Eça Neves/ 1o Vice-PresidenteJuiz Paulo Marcos de Farias/ 2o Vice-PresidenteJuiz Luís Francisco Delpizzo Miranda/ Secretário-GeralJuiz Marcelo Volpato de Souza/ 1o SecretárioJuiz Rudson Marcos/ 2o SecretárioDes. Solon d’Eça Neves/ TesoureiroJuiz Laudenir Fernando Petroncini/ 1o Tesoureiro

Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) - Rua dos Bambus, 116/ Itacorubi, Florianópolis/SC. CEP: 88034-570 - (48) 3231 3006 - Site: www.amc.org.br - Contato: [email protected]

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autoridades dos três poderes e co-réus, contra o patrimônio publico.

A nova corte, com 11 ministros,indicados pelo STF, sabatinados peloSenado e nomeados pelo presidenteda Republica, não podendo concorrerpessoas que tenham exercido cargopolítico na administração federal,funcionaria em Brasília com umcusto de R$ 100 milhões anuais.

Argumenta o parlamentar, que aatual estrutura julgadora no paísgera impunidade dos denunciados,arrastando-se os processos pordécadas, liberando os infratores,muitas vezes, pela prescrição.

Os privilégios de foro e asimunidades parlamentares vigentesno sistema legal brasileiro sãoresquícios de uma cultura política“coronelista” de dominação, nãoexistente em muitos países europeus.A corrupção e a impunidade nosserviços públicos são práticasinternacionais, mas evidenciam-se

mais nas sociedades subdesen-volvidas, violentando a ética e amoral.

A proposta do deputado paulista,entretanto, vem sofrendo restriçõesde segmentos da sociedade, inclusiveda OAB e da AMB.

O juiz Rodrigo Collaço, presidentenacional da entidade dosmagistrados, argumenta, com apoioda categoria, que o novo tribunal édesnecessário para julgar casos decorrupção de autoridades públicas. AAMB entende que deveriam serintroduzidas estruturas judiciaispara que o STF e o STJ julguem oscasos de improbidade e corrupção,delegando para juízes edesembargadores de tribunaisestaduais e federais do país, os atosde instrução dos processos (ouvida detestemunhas, perícias, vistorias),distribuídos àquelas cortes, deacordo com a origem processual,sendo depois devolvidos.

Esta prática daria maioragilidade e eficiência aos processos,dispensando a criação de um novoTribunal, dispendioso e burocrático.Outra solução lateral foi definida noTJ/RS e está sendo estudada no TJ/SC, sobre a criação de CâmarasCriminais, com competência,inclusive para processar e julgarautoridades estaduais e municipais,por crimes comuns, deresponsabilidade e improbidadeadministrativa. Em nosso Estado jáexiste, na Comarca de Joinville, umavara especializada em julgar crimescontra a administração pública,estando em estudo a criação deoutras varas similares na Justiçacatarinense.

O Estado Democrático de Direitonão admite a impunidade, como vemocorrendo freqüentemente no país. Eum tribunal contra a corrupção talveznão signifique mais do que gastospúblicos e alimentação de vaidades.

MemóriaMemóriaMemóriaMemóriaMemóriaacervo pessoal Silveira Lenzi

O então governador do Estado Colombo Machado Salles é homenageado em cerimônia do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC), em jantar no Lira Tênis Clube no ano de 1980. No primeiro plano, o desembargador Norberto de Miranda Ramos e senhora, e, ao

lado, o desembargador Euclydes Cerqueira Cintra (presidente do TJ) e senhora.

Corrupção e Justiça

Edi

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ErrataErrataErrataErrataErrataNa foto publicada na página 2, seção

Memória, da edição anterior de O Judiciário,as qualificações dos integrantes da imagemsão as seguintes: da esq. p/ dir.,desembargador Luiz Reynaldo RodriguesAlves, representando o TJ/SC; o entãopresidente da OAB/SC, professor TelmoVieira Ribeiro; o secretário geral da OAB/SC, professor Carlos Alberto Silveira Lenzi;o representante do MPE, procurador Moacirde Oliveira; advogado Alexandre Muniz deQueiroz, presidente da subsecção da OABem Joaçaba; e o seu irmão, o professorManoel Lobão de Queiroz, representante daUFSC.

[email protected]

“Muito boa a matéria sobre a ReformaPolítica, publicada na edição passada de OJudiciário. Didática e bem escrita, mostrouo que está em discussão no CongressoNacional. Digna de elogios também é acampanha da Associação dos MagistradosBrasileiros (AMB), que objetiva esclarecerpara o público leigo o que é a ReformaPolítica. Lamentavelmente, os nossosparlamentares não têm dado a devidaatenção ao tema”* Renan Fagundes - Estudante dejornalismo

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O JUDICIÁRIOAgosto de 20073

OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião

Ultrapassagem

se justifica, assim, pelo estudosistemático do conjunto de princípios,regras, procedimentos, técnicas epráticas que não causem "erosão daconsciência constitucional" (KonradHesse).

Tal teorização não devedescaracterizar a identidade e osvalores de um juiz postulante aoreconhecimento de seu mérito. Hoje, háum conflito aparente entre a visão daspromoções do passado (métodossubjetivos) e as do presente (critériosobjetivos), cuja instalação de ummodelo se busca fixar (vontadepluralista, conforme a EC n. 45/04 e aResolução n. 6 do CNJ).

É que o merecimento de um juiz sevincula ao controle do seu trabalho, docaráter e do exemplo privado e socialno exercício de sua função. A escolhade critérios objetivos significa aefetivação de uma meritocraciasubjacente e democrática, portanto.

Não é impossível obter dados,assinala Nalini (in A rebelião da toga.São Paulo: Millennium, 2006. p. 183),sobre a produtividade e a éticaprofissional de um magistrado. Odesafio é premiar o mais talentoso evocacionado. São conceitosperceptíveis, além dos usuais, porexemplo: o histórico particular/profissional na Instituição; a adequaçãoao cargo disputado e aos costumes dacomarca; as dificuldades palpáveis dacomarca para a prática da judicatura;o trabalho em regime de exceção, sem

T omar decisões difíceis é umaatividade básica de umjulgador. A teoria da decisão

Aferição do merecimento na promoção do juiz

* Volnei Carlin é Doutor em Direito e* Volnei Carlin é Doutor em Direito e* Volnei Carlin é Doutor em Direito e* Volnei Carlin é Doutor em Direito e* Volnei Carlin é Doutor em Direito eDesembargador do TJ/SCDesembargador do TJ/SCDesembargador do TJ/SCDesembargador do TJ/SCDesembargador do TJ/SC

ônus; sempre se inscreveu ou escolheua comarca; a assiduidade ao serviço; arepercussão social de sua atuação;quantas remoções/opções efetuou; otempo do candidato na entrância; acolaboração espontânea com atividadesjurisdicionais a que não estejavinculado; o recebimento deelogios escritos consignadospelos tribunais em decorrênciados atos e das qualidades dassentenças praticadas; a

colaboração com os juizados especiaise informes à Ouvidoria (Resolução n.12/06 do TJ e artigo 103-B, § 7º, daCRFB, com a redação dada pelaEmenta n. 45/2004); a participação emcursos reconhecidos; a credibilidade eo relacionamento com os colegas,promotores, advogados e partes

O critério deO critério deO critério deO critério deO critério demerecimentomerecimentomerecimentomerecimentomerecimento

estimulaestimulaestimulaestimulaestimulae impulsionae impulsionae impulsionae impulsionae impulsiona

a vontadea vontadea vontadea vontadea vontadeao trabalho doao trabalho doao trabalho doao trabalho doao trabalho do

magistradomagistradomagistradomagistradomagistrado

(consultas idôneas: na OAB, noMinistério Público, com os servidores ecom as instituições); a capacidade e ométodo na administração da justiça ena pacificação dos conflitos dosjurisdicionados; o valor das aliançasexternas e o fortalecimento

institucional; a consciência e alucidez do resultado social desua sentença; a cooperação comatos concretos para a aquisiçãoda cidadania pelos componentes

da sociedade, entre outros.O sistema de avaliação deveria

merecer, portanto, uma pontuação,organizada por uma Comissão Especial(progression ou avancement dacarreira, na França), da vida pública eprivada do postulante. As notas, semessa comissão, poderiam ser coletadas,

classificadas e formalizadas emcadastro (fonte de dados), organizadopela Corregedoria Geral da Justiça, quedaria aos votantes o máximo deindicações para melhor proferir o voto.

É o espaço que se insere na equipede poder (empowverment) que irátornar as notas motivadas (em graupermitido dentro da cultura e estruturado Judiciário), comprometendo–se osvotantes com os resultados daspromoções. Romper certas teoriasvigentes e acreditar, genuinamente, nacapacidade da Comissão eleita são osdesafios inerentes ao aperfeiçoamentodo novo modelo.

Enfim, como prenuncia MauriceDuverger (in Intitutions Politiques etDroit Constitutionnel, PUF, 1975. p.186), o critério de merecimentoestimula e impulsiona a vontade aotrabalho do magistrado. Ele sente-seincitado a ser mais aplicado, estudiosoe interessado em mostrar seudesempenho e, assim, avançar nacarreira. Esse critério deverá, nofuturo, ser único, pois a antigüidade semostra prejudicial e, por vezes, agridea própria essência de Justiça,fortalecendo a indolência e rechaçandoos conhecimentos jurídicos ao deixar,simplesmente, correr os anos. Apromoção por merecimento se mostramais respeitada, justa, ética emoralizadora, e sua legitimaçãoassenta–se na credibilidade do contextosocial.

A escolha deA escolha deA escolha deA escolha deA escolha decritérioscritérioscritérioscritérioscritériosobjetivosobjetivosobjetivosobjetivosobjetivossignificasignificasignificasignificasignifica

a efetivaçãoa efetivaçãoa efetivaçãoa efetivaçãoa efetivaçãode umade umade umade umade uma

meritocraciameritocraciameritocraciameritocraciameritocraciademocráticademocráticademocráticademocráticademocrática

Estatísticas demonstram quegrande parte dos acidentes detrânsito ocorre na ultrapassagem,

* Maurílio Moreira Leite é* Maurílio Moreira Leite é* Maurílio Moreira Leite é* Maurílio Moreira Leite é* Maurílio Moreira Leite édesembargador do Tribunal dedesembargador do Tribunal dedesembargador do Tribunal dedesembargador do Tribunal dedesembargador do Tribunal deJustiça de Santa CatarinaJustiça de Santa CatarinaJustiça de Santa CatarinaJustiça de Santa CatarinaJustiça de Santa Catarina

não obstante as normas existentesvisando imprimir total segurança àmanobra. O Código atual, comoacontecia no anterior, dá especialatenção ao assunto, determinandonormas para serem cumpridas, asquais, se obedecidas com avarezadiminuirão, sem dúvida, os riscos deacidente.

O primeiro cuidado é não efetuar amanobra nos lugares proibidos para tal,quais sejam: nas curvas, aclives edeclives, sem visibilidade suficiente;nas faixas de pedestre; nas pontes,viadutos ou túneis; quando veículosestiverem parados em fila nos sinaisluminosos, porteiras, cancelas,cruzamentos ou qualquer outroimpedimento à livre circulação; ondehouver marcação viária longitudinal dedivisão de fluxos opostos do tipo delinha dupla contínua ou simplescontínua amarela (cf. arts. 32 e 203, Ia V).

Transitando em local em que amanobra for permitida, essencial éconstatar que nenhum condutor queesteja atrás pretende também efetuara ultrapassagem, bem como no que dizrespeito ao veículo precedente.

Em seguida, é fundamental terabsoluta certeza de que “a faixa detrânsito que vai tomar esteja livre

numa extensão suficiente para que suamanobra não ponha em perigo ouobstrua o trânsito que venha emsentido contrário” (art. 29, X, c).

Constitui obrigação antecedente àmanobra a indicação da pretensão deultrapassar com um breve toque debuzina, se fora do período urbano (art.41, II), ou com o uso da luz baixa e altade forma intermitente, nos demaiscasos (art. 251, II, a), ou acionando aluz indicadora de direção (art. 29, XI,a).

A ultrapassagem deve ser realizadapela esquerda, guardado espaço lateralde segurança em relação ao veículo aser ultrapassado, com retorno à viaoriginária, após sinalização pertinente(art. 29, IX e ss.). O condutor do veículoque está sendo ultrapassado nãopoderá aumentar a velocidade e, seestiver circulando pela faixa da esque-

rda, deverá des-locar-se para ada direita (art.30, I). É possí-vel a ultra-passagem peladireita desdeque o veículoque trafega àfrente sinalizarque vai entrar àesquerda (art.29, IX). Nessahipótese, oveículo a ser

ultrapassado deverá deslocar-se para obordo esquerdo da via, se de um únicosentido, ou “aproximar-se o máximopossível de seu eixo ou da linhadivisória da pista, quando houver, casose trate de uma pista com circulaçãonos dois sentidos” (art. 38, II).

A manobra de passar à frente deoutro veículo em via de sentido único,com mais de uma faixa, é denominada“transposição de faixas”, conceituadacomo “passagem de um veículo de umafaixa demarcada para outra” (Anexo I– Dos Conceitos e Definições). Que talmanobra diz respeito à passagem de umveículo à frente de outro emerge dodisposto no art. 29, § 1º, de seguinteteor: “As normas de ultrapassagemprevistas nas alíneas a e b do inciso Xe a e b do inciso XI aplicam-se àtransposição de faixas, que pode ser

realizada tanto pela faixa da esquerdacomo pela da direita”.

Assim, todas as normas atinentes àultrapassagem são pertinentes àespécie, salvo as previstas no art. 29,X, c, e XI, c, do Código de TrânsitoBrasileiro. A primeira exigindo que “afaixa de trânsito que vai tomar estejalivre numa extensão suficiente paraque sua manobra não ponha em perigoou obstrua o trânsito que venha emsentido contrário”, e a outra referenteà obrigatoriedade de retorno à faixa deorigem.

Quanto à passagem à frente deoutro veículo que transita na faixa aolado, a manobra denomina-se“passagem por outro veículo”, assimdefinida: “movimento de passagem àfrente de outro veículo que se deslocano mesmo sentido, em menorvelocidade, mas em faixas distintas davia” (Anexo I – Dos Conceitos eDefinições).

Cumpridas as determinaçõesinerentes à ultrapassagem etransposição de faixas, sem dúvida, otrânsito tornar-se-á mais seguro.

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EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

O Judiciário – O Judiciário – O Judiciário – O Judiciário – O Judiciário – Quais os seus planos e osQuais os seus planos e osQuais os seus planos e osQuais os seus planos e osQuais os seus planos e osseus objetivos como presidente daseus objetivos como presidente daseus objetivos como presidente daseus objetivos como presidente daseus objetivos como presidente daAssociação Catarinense do MinistérioAssociação Catarinense do MinistérioAssociação Catarinense do MinistérioAssociação Catarinense do MinistérioAssociação Catarinense do MinistérioPúblico (ACMP)?Público (ACMP)?Público (ACMP)?Público (ACMP)?Público (ACMP)?

Promotor Rui Schiefler - Estou há setemeses trabalhando incessantemente nosentido de firmar a nossa entidade declasse no cenário estadual e tambémnacional, como uma entidade do bem eparceira das boas idéias. Mais do que umaentidade classista. Sim, tenho como metapresidir uma entidade séria, com umprojeto bem definido: além de lutar pelamanutenção e respeito às garantias eprerrogativas da classe, na sua funçãoclássica, ela precisa ser ouvida e estarpresente nas discussões políticas e sociaismais importantes. Deve participardiretamente, dando sua opinião sobretemas relevantes, institucionais, paraajudar a melhorar esse país. Ela tem queassumir essa responsabilidade,juntamente com outras entidades.Pretendo agir assim durante todo omandato. Brigar muito pelo respeito que oMinistério Público merece e, claro, que asinstituições constituídas merecem. Emsuma, tenho como objetivo, além de umavanço interno, mostrar o rosto para asociedade e fazê-la ver e crer que ospromotores e procuradores de Justiçacatarinenses são seus aliados e queremtrabalhar e cumprir a Constituição em suaplenitude, tão boa e tão desrespeitada.

OJOJOJOJOJ – O envolvimento de autoridades e – O envolvimento de autoridades e – O envolvimento de autoridades e – O envolvimento de autoridades e – O envolvimento de autoridades efiguras do meio político em esquemas defiguras do meio político em esquemas defiguras do meio político em esquemas defiguras do meio político em esquemas defiguras do meio político em esquemas decorrupção tem ocupado grande espaço nocorrupção tem ocupado grande espaço nocorrupção tem ocupado grande espaço nocorrupção tem ocupado grande espaço nocorrupção tem ocupado grande espaço nonoticiário nacional. De que forma a ACMPnoticiário nacional. De que forma a ACMPnoticiário nacional. De que forma a ACMPnoticiário nacional. De que forma a ACMPnoticiário nacional. De que forma a ACMPe o próprio Ministério Público Estadual tême o próprio Ministério Público Estadual tême o próprio Ministério Público Estadual tême o próprio Ministério Público Estadual tême o próprio Ministério Público Estadual têmcontribuído para combater esse tipo decontribuído para combater esse tipo decontribuído para combater esse tipo decontribuído para combater esse tipo decontribuído para combater esse tipo deproblema?problema?problema?problema?problema?

RS - Infelizmente, quase todos os diassurgem manchetes novas de escândalosainda maiores, envolvendo corrupção. Porsua missão constitucional, o MinistérioPúblico catarinense e a ACMP têmbastante a fazer. E vêm fazendo. Na esferacriminal, junto com os demais órgãos, nãotem receio de investigar e denunciarcorruptos e organizações criminosas, emtodas as esferas. Nas comarcas e noscasos de competência originária. Semaventura jurídica e alheia a quaisquerinteresses políticos partidários, por óbvio.Na esfera cível, são muitas as ações civispúblicas movidas no Estado contraagentes políticos ímprobos, buscandorecuperar bens desviados e aplicarsanções como suspensão de direitospolíticos, multa e seqüestro de bens,dentre outras. E veja, para o êxito de suasações, é fundamental que o PoderJudiciário seja igualmente forte, firme e

parceiro. Use a sua força para punir o malagente. Para ser mais específico, aProcuradoria-Geral de Justiça, agora emjulho, reforçou o apoio de gabinete para aanálise e processamento dos muitos casosque lá chegam, envolvendo a malversaçãodo dinheiro público. Criou um grupo detrabalho próprio para tratar da improbidadeadministrativa. E a ACMP, desde o anopassado, está apostando nanacionalização e no êxito da campanha “Oque você tem a ver com a corrupção?”, nasescolas, nas artes, teatro, esportes (videwww.acmp.org.br), enfim, na difusão daidéia de que cada um de nós tem muito afazer se quisermos um mundo melhor.Como hoje temos, já, por exemplo, umageração com nova consciência ambiental,queremos que as próximas gerações - dosnossos filhos e netos –, veja na corrupçãoum ato de covardia e de maldade.

OJ - OJ - OJ - OJ - OJ - A mídia tem mostradoA mídia tem mostradoA mídia tem mostradoA mídia tem mostradoA mídia tem mostradofreqüentemente escândalos envolvendofreqüentemente escândalos envolvendofreqüentemente escândalos envolvendofreqüentemente escândalos envolvendofreqüentemente escândalos envolvendopolíticos em esquemas de corrupção. Porpolíticos em esquemas de corrupção. Porpolíticos em esquemas de corrupção. Porpolíticos em esquemas de corrupção. Porpolíticos em esquemas de corrupção. Poroutro lado, essas pessoas dificilmente sãooutro lado, essas pessoas dificilmente sãooutro lado, essas pessoas dificilmente sãooutro lado, essas pessoas dificilmente sãooutro lado, essas pessoas dificilmente sãoefetivamente punidas. Esse sentimento deefetivamente punidas. Esse sentimento deefetivamente punidas. Esse sentimento deefetivamente punidas. Esse sentimento deefetivamente punidas. Esse sentimento deimpunidade não seria a principal ou umaimpunidade não seria a principal ou umaimpunidade não seria a principal ou umaimpunidade não seria a principal ou umaimpunidade não seria a principal ou umadas principais causas que acabam pordas principais causas que acabam pordas principais causas que acabam pordas principais causas que acabam pordas principais causas que acabam porcolocar o Brasil no topo do ranking doscolocar o Brasil no topo do ranking doscolocar o Brasil no topo do ranking doscolocar o Brasil no topo do ranking doscolocar o Brasil no topo do ranking dospaíses mais corruptos do mundo?países mais corruptos do mundo?países mais corruptos do mundo?países mais corruptos do mundo?países mais corruptos do mundo?

RS - Sim, a impunidade leva à sensaçãode que a corrupção é um gesto deesperteza, sem conseqüência. Dar-se bema qualquer custo passa a ser o ideal deconduta buscado pelas pessoas, aindamais numa sociedade absolutamenteenfraquecida em seus valores e premissasmorais. Daí até uma certa empatia entre oeleitor malandro e políticos corruptos.Claro que temos que lutar contra essasensação de desonestidade e impunidade.Não somos – todos – tão ingênuos oudescomprometidos. O bem precisaprevalecer – e logo, através dasautoridades responsáveis –, senão, o Brasilcontinuará com essa indesejada medalhade ouro no peito: campeão da corrupçãoe, por conseqüência, das injustiças sociais.O Ministério Público, que possui a missãode promover (promotor) justiça nesse paístão injusto socialmente, tem, sim, umaresponsabilidade redobrada em fazer valera lei e a ordem, em exigir a punição doscorruptos, com o Poder Judiciário,obviamente, na mesma balada.

OJ – OJ – OJ – OJ – OJ – Qual a sua opinião sobre essaQual a sua opinião sobre essaQual a sua opinião sobre essaQual a sua opinião sobre essaQual a sua opinião sobre essaproposta de criação de um Tribunalproposta de criação de um Tribunalproposta de criação de um Tribunalproposta de criação de um Tribunalproposta de criação de um Tribunalespecífico para julgamento de crimesespecífico para julgamento de crimesespecífico para julgamento de crimesespecífico para julgamento de crimesespecífico para julgamento de crimescontra a administração pública?contra a administração pública?contra a administração pública?contra a administração pública?contra a administração pública?

RS - A preocupação em se chamaratenção para o problema, de se priorizaro combate a esse mal social, é excelente.É um grande e primeiro passo. Porém, asações para se obter eficácia nessecombate é que precisam ser bempensadas. E não creio que a criação deum tribunal superior, em Brasília, seja aprimeira ação a ser desencadeada.Certamente a utilização da força dos juízese promotores do primeiro grau, lá na ponta,em todas as comarcas e cidades do país,seria uma ação mais eficaz. Outra seria aespecialização de varas e câmaras nostribunais, com capacitação e estímulo aosagentes responsáveis, dando verdadeiraprioridade aos processos que já existem.

Lutar pela manutenção dasprerrogativas dos promotores eprocuradores de Justiça, bem como inserira classe no debate de questões políticas esociais importantes. Esses têm sidoalguns dos desafios do promotor deJustiça Rui Carlos Kolb Schiefler, que hásete meses preside a AssociaçãoCatarinense do Ministério Público(ACMP). Corrupção, Operação MoedaVerde e outros assuntos também foramabordados nesta entrevista, concedida aoO Judiciário.

ACMP lamenta desentendimento entre MPF e JFPresidente da instituição, promotor Rui Schiefler diz que o combate entre os órgãos no caso Moeda Verde faz o mal rir e agradecer

E não um trabalho de sísifo. Há que se terresultados concretos. Processar umagente político, um prefeito, um vereador,um empresário ímprobo é sempre muitodifícil. Mas não podemos nos contentarcom a mediania. Precisamos ir além,valorizar nossas atribuições e, daí, obtera legitimidade social tão necessária.

OJ – OJ – OJ – OJ – OJ – Em Joinville, o juiz da 2ª VaraEm Joinville, o juiz da 2ª VaraEm Joinville, o juiz da 2ª VaraEm Joinville, o juiz da 2ª VaraEm Joinville, o juiz da 2ª VaraCriminal, João Marcos Buch, tem dadoCriminal, João Marcos Buch, tem dadoCriminal, João Marcos Buch, tem dadoCriminal, João Marcos Buch, tem dadoCriminal, João Marcos Buch, tem dadoprioridade aos julgamentos de pessoasprioridade aos julgamentos de pessoasprioridade aos julgamentos de pessoasprioridade aos julgamentos de pessoasprioridade aos julgamentos de pessoasenvolvidas em crimes contra o poderenvolvidas em crimes contra o poderenvolvidas em crimes contra o poderenvolvidas em crimes contra o poderenvolvidas em crimes contra o poderpúblico. A especialização de varas e atépúblico. A especialização de varas e atépúblico. A especialização de varas e atépúblico. A especialização de varas e atépúblico. A especialização de varas e atémesmo de câmaras nos tribunais demesmo de câmaras nos tribunais demesmo de câmaras nos tribunais demesmo de câmaras nos tribunais demesmo de câmaras nos tribunais deJustiça neste sentido não seria umaJustiça neste sentido não seria umaJustiça neste sentido não seria umaJustiça neste sentido não seria umaJustiça neste sentido não seria umaalternativa mais econômica e mais eficazalternativa mais econômica e mais eficazalternativa mais econômica e mais eficazalternativa mais econômica e mais eficazalternativa mais econômica e mais eficazdo que a criação de um tribunaldo que a criação de um tribunaldo que a criação de um tribunaldo que a criação de um tribunaldo que a criação de um tribunalespecífico?específico?específico?específico?específico?

RS - Acima, afirmativamente assim, járespondi. E conheço o exemplo deJoinville, o qual precisa ser difundido ecopiado. O efeito pedagógico decondenações dessa natureza é fantástico.É o que a sociedade, aliás, espera de nóshoje. Friso: é uma boa idéia e, como tal,precisa ser copiada. E quandoefetivamente se der igual prioridade aoassunto da improbidade, em todo o Estadoe no país, trabalho não faltará, tanto noprimeiro como no segundo grau. Aí aresponsabilidade também dasassociações no sentido de estimular aclasse, ajudar na sua capacitação eprestar muito apoio contra as reações queadvirão. Quando o sistema começar aatingir pessoas que se imaginamintocáveis, a reação virá forte. E aí temosque estar preparados e armados paramostrar a força que temos, notadamente

o apoio social.

OJ – OJ – OJ – OJ – OJ – E sobre crise envolvendo o MinistérioE sobre crise envolvendo o MinistérioE sobre crise envolvendo o MinistérioE sobre crise envolvendo o MinistérioE sobre crise envolvendo o MinistérioPúblico Federal e a Justiça Federal, noPúblico Federal e a Justiça Federal, noPúblico Federal e a Justiça Federal, noPúblico Federal e a Justiça Federal, noPúblico Federal e a Justiça Federal, nocaso da Operação Moeda Verde, quecaso da Operação Moeda Verde, quecaso da Operação Moeda Verde, quecaso da Operação Moeda Verde, quecaso da Operação Moeda Verde, queacabou respingando no próprio Ministérioacabou respingando no próprio Ministérioacabou respingando no próprio Ministérioacabou respingando no próprio Ministérioacabou respingando no próprio MinistérioPúblico Estadual, qual a sua análise?Público Estadual, qual a sua análise?Público Estadual, qual a sua análise?Público Estadual, qual a sua análise?Público Estadual, qual a sua análise?

RS - Lamento que o Estado não consigase entender para o bom combate. Quantaenergia se perde em situações comoessa? Energia que poderia estar sendocanalizada para a atividade fim, que écombater aquele que ataca os valoressociais, no caso, o meio ambiente e amoralidade pública. O mal certamente estárindo e agradecendo. E, de fato,certamente o Ministério Públicocatarinense não ficará de braços cruzados,aguardando a boa vontade de alguém. Nãoprecisamos. Já há uma investigaçãosilenciosa em andamento, há algum tempo,que permitirá a oportuna tomada deprovidências dentro da área de atribuiçõesdo MP catarinense. Não queremos invadira seara de ninguém, mas com certeza nãoseremos omissos naquilo que nos éreservado e de nossa responsabilidade,tanto na área ambiental como na área damoralidade administrativa. Temos que teressa visão maior, de que todas asinstituições estatais precisam estar unidascontra o mau agente. Unidas, respeitadasdiferenças e posicionamentos jurídicos,dentro da democracia. Torço que a crisese dissipe logo e que as forças necessárias– já tão concentradas – não se enfraqueçambrigando entre si, deixando os adversáriosem vantagem. O Estado brasileiro abrangetodos os seus órgãos, que precisam serinteligentes e maduros.

Além das questões classistas, Schiefler quer a Associação atuando no contexto político-social

Arquivo/ ACMP

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O JUDICIÁRIOAgosto de 20075

AdministrativasAdministrativasAdministrativasAdministrativasAdministrativas

Projeto de Lei que suspende 572 mil executivos fiscais deve ser aprovado pela Assembléia Legislativa para entrar em vigor

TJ quer eliminar um terço dos processos de SC

Maria Tereza de Queiroz Piacentini

O CorregedorO CorregedorO CorregedorO CorregedorO Corregedor-Geral da Justiça,-Geral da Justiça,-Geral da Justiça,-Geral da Justiça,-Geral da Justiça,desembargador Newton Tdesembargador Newton Tdesembargador Newton Tdesembargador Newton Tdesembargador Newton Trisotto,risotto,risotto,risotto,risotto,apresentou, no dia 1 de agosto, durante aapresentou, no dia 1 de agosto, durante aapresentou, no dia 1 de agosto, durante aapresentou, no dia 1 de agosto, durante aapresentou, no dia 1 de agosto, durante asessão administrativa do Tsessão administrativa do Tsessão administrativa do Tsessão administrativa do Tsessão administrativa do Tribunal Pleno,ribunal Pleno,ribunal Pleno,ribunal Pleno,ribunal Pleno,o balanço do Projeto Mutirão de Sentençaso balanço do Projeto Mutirão de Sentençaso balanço do Projeto Mutirão de Sentençaso balanço do Projeto Mutirão de Sentençaso balanço do Projeto Mutirão de Sentençasrealizado nas comarcas do Estado. Emrealizado nas comarcas do Estado. Emrealizado nas comarcas do Estado. Emrealizado nas comarcas do Estado. Emrealizado nas comarcas do Estado. Em2006, foram solicitadas informações às2006, foram solicitadas informações às2006, foram solicitadas informações às2006, foram solicitadas informações às2006, foram solicitadas informações àscomarcas sobre os números de processoscomarcas sobre os números de processoscomarcas sobre os números de processoscomarcas sobre os números de processoscomarcas sobre os números de processosque se encontravam com os juízes paraque se encontravam com os juízes paraque se encontravam com os juízes paraque se encontravam com os juízes paraque se encontravam com os juízes paradespacho/decisão/sentença há mais de umdespacho/decisão/sentença há mais de umdespacho/decisão/sentença há mais de umdespacho/decisão/sentença há mais de umdespacho/decisão/sentença há mais de umano e, separadamente, há mais de doisano e, separadamente, há mais de doisano e, separadamente, há mais de doisano e, separadamente, há mais de doisano e, separadamente, há mais de doisanos. O resultado mostrou existiremanos. O resultado mostrou existiremanos. O resultado mostrou existiremanos. O resultado mostrou existiremanos. O resultado mostrou existiremaproximadamente sete mil processos comaproximadamente sete mil processos comaproximadamente sete mil processos comaproximadamente sete mil processos comaproximadamente sete mil processos commais de um ano e quatro mil com mais demais de um ano e quatro mil com mais demais de um ano e quatro mil com mais demais de um ano e quatro mil com mais demais de um ano e quatro mil com mais dedois anos. dois anos. dois anos. dois anos. dois anos. Após tomar ciência dos números,Após tomar ciência dos números,Após tomar ciência dos números,Após tomar ciência dos números,Após tomar ciência dos números,reuniões foram realizadas nas diversasreuniões foram realizadas nas diversasreuniões foram realizadas nas diversasreuniões foram realizadas nas diversasreuniões foram realizadas nas diversasregiões do Estado. regiões do Estado. regiões do Estado. regiões do Estado. regiões do Estado. Assim, foi instituído oAssim, foi instituído oAssim, foi instituído oAssim, foi instituído oAssim, foi instituído oProjeto Mutirão de Sentenças 2007.Projeto Mutirão de Sentenças 2007.Projeto Mutirão de Sentenças 2007.Projeto Mutirão de Sentenças 2007.Projeto Mutirão de Sentenças 2007.

A meta era “gerar políticas queviabilizem o julgamento dos processosconclusos para decisão há mais de 90dias”. Ao todo, envolveram-se no projeto140 juízes de Direito e substitutos, que,participaram diretamente, prolatandosentenças e despachos, e indiretamente,ao acumularem o cargo em duas unidadesjudiciárias, permitindo que o juiz titularse dedicasse exclusivamente à prolação desentenças. Segundo dados daCorregedoria, em 31 de março deste anohavia, independentemente de data,aproximadamente 160.000 processos aespera de decisão nos gabinetes dosmagistrados das unidades participantesdo Mutirão. Desses, no final de julho,restaram apenas 6,5 mil. Segundo ocorregedor, após o balanço positivo dessaprimeira etapa, já começou uma segunda,

Corregedoria divulga balanço dosmutirões do Júri e de Sentenças

prevista para finalizar no último dia domês de outubro deste ano. Nos próximosdias, a CGJ expedirá oficios-circularesaos juízes para que identifiquem osprocessos que se encontram semmovimentação nos cartórios judiciais hámais de um ano e promovam os atosnecessários para que passem a tertramitação regular. A segunda fasetambém consiste na manutenção da metaatingida e atuação em algumas poucascomarcas não incluídas na primeiraetapa, como: Joinville, Blumenau,Jaraguá do Sul.

Paralelamente a essa iniciativa, aCorregedoria implementou também o“Mutirão do Júri”. De abril a junho desteano, foram realizadas 120 sessões dejulgamento nas cinco comarcas commaior incidência de crimes de homicídio(Capital, Joinville, Chapecó, Itajaí eVideira). Além dos magistrados titularesdas varas com competência para essesprocessos, 32 juízes se inscreveramvoluntariamente e participaram doprojeto. Houve 75 condenações, 29absolvições, e 16 decisões de extinção depunibilidade. Juízes de comarcas nãoparticipantes do mutirão tambémpautaram júris em número jamaisverificado. Houve outras 200 sessões. Osmais de 300 júris realizados no primeirosemestre deste ano supera em 100% onúmero de júris presididos no mesmoperíodo do ano passado. Outro projeto –jurado voluntário – também resultou emexpressivo sucesso. Cerca de 3 milcidadãos se habilitaram paraparticiparem das sessões dos Júris.

Estado com maiúsculaEstado com maiúsculaEstado com maiúsculaEstado com maiúsculaEstado com maiúscula

Sobre o emprego da inicial maiúscula na palavra Estado persistem dúvidas,porquanto o Formulário Ortográfico de 1943 é omisso no tocante a território daFederação. Orienta ele, no item 49, 5°, que se empregue a letra inicial maiúscula“nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas:Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Nação, Estado, Pátria, Raça, etc.”,observando que “esses nomes se escrevem com inicial minúscula quando sãoempregados em sentido geral ou indeterminado”.

Ocorre que estado, com minúscula, também é substantivo que significa umasituação, condição, e há casos em que só a inicial maiúscula pode precisar osentido da frase:

- Vive num estado deplorável. [também poderia ser “Vive num Estadodeplorável”]

- A ação de reparação de dano promovida por Almeida contra Seguros serájulgada no estado em que se encontra. [na condição ou no Estado da Federação?]

- Um traçado encefalográfico reto é hoje, em muitos estados, a definiçãolegal de morte. [em muitas situações ou em muitos Estados americanos?]

Normalmente não existirá ambigüidade, mas para que o redator não se dê aotrabalho de ver caso por caso, é mais cômodo usar maiúsculas não só quandose trata de “poder juridicamente organizado” mas também sempre que se referira uma unidade da Federação:

O governador visitou o Estado todo.Muitos migrantes foram mandados de volta ao seu Estado.Mora no Estado do Paraná.

Neste último caso (quando aparece o nome Paraná, Sergipe, São Paulo etc.),usa as maiúsculas quem considera a palavra Estado como parte do nome próprio.Quanto ao plural, nunca será erro escrever "Estados", porém é mais comum ouso das minúsculas, entendendo-se que aí há o emprego "em sentido geral":

Visitou todos os estados e municípios para colher dados.A doença foi erradicada nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O Poder Judiciário catarinense vaiO Poder Judiciário catarinense vaiO Poder Judiciário catarinense vaiO Poder Judiciário catarinense vaiO Poder Judiciário catarinense vaiel iminareliminareliminareliminareliminar, de uma vez só,, de uma vez só,, de uma vez só,, de uma vez só,, de uma vez só,aproximadamente um terço dosaproximadamente um terço dosaproximadamente um terço dosaproximadamente um terço dosaproximadamente um terço dosprocessos parados na Justiça Estadual.processos parados na Justiça Estadual.processos parados na Justiça Estadual.processos parados na Justiça Estadual.processos parados na Justiça Estadual.O TO TO TO TO Tribunal de Justiça (TJ/SC) aprovouribunal de Justiça (TJ/SC) aprovouribunal de Justiça (TJ/SC) aprovouribunal de Justiça (TJ/SC) aprovouribunal de Justiça (TJ/SC) aprovouum projeto de lei que suspendeum projeto de lei que suspendeum projeto de lei que suspendeum projeto de lei que suspendeum projeto de lei que suspendeautomaticamente 572 mil ações deautomaticamente 572 mil ações deautomaticamente 572 mil ações deautomaticamente 572 mil ações deautomaticamente 572 mil ações deexecutivos f iscais . Texecutivos f iscais . Texecutivos f iscais . Texecutivos f iscais . Texecutivos f iscais . Tratam-se deratam-se deratam-se deratam-se deratam-se decobranças de dívidas por órgãoscobranças de dívidas por órgãoscobranças de dívidas por órgãoscobranças de dívidas por órgãoscobranças de dívidas por órgãosgovernamentais, principalmentegovernamentais, principalmentegovernamentais, principalmentegovernamentais, principalmentegovernamentais, principalmenteprefeituras.prefeituras.prefeituras.prefeituras.prefeituras.

Os valores cobrados nas dívidaspassíveis de suspensão são inferiores aum salário mínimo. Na maioria doscasos, o gasto com a cobrança na Justiçasai mais caro do que o próprio valor dadívida. Além disto, os processos sãodemorados e ajudam a congestionar o

sistema Judiciário. O número deexecutivos fiscais corresponde apraticamente um terço do total deprocessos existentes na Justiçacatarinense.

Quando o projeto entrar em vigor, osprocessos serão suspensos e, a partirdaí, os débitos serão cobradosdiretamente nas prefeituras, através deUnidades Judiciárias Fiscais (UJF´s).Para viabilizar as novas instalações,serão formalizados convênios entre oPoder Judiciário e os municípios,conforme especificação do projeto de lei.No início de abril, o presidente do TJ,desembargador Pedro Manoel Abreu,conversou com o presidente daFederação Catarinense de Municípios(Fecam), José Milton Scheffer, que

Pleno do Tribunal de Justiça aprovou o projeto de lei na sessão do último dia 18 de julho

confirmou o apoio dos municípios aoprojeto.

Algumas exceções poderão serfeitas, como para os casos em que os

Sissa Granada / Assessoria de imprensa TJ/SC

Cinco juízes são promovidos e Tubarão e Concórdia têm novos diretoresO Pleno do TO Pleno do TO Pleno do TO Pleno do TO Pleno do Tribunal de Justiçaribunal de Justiçaribunal de Justiçaribunal de Justiçaribunal de Justiça

catarinense, em sessão administrativacatarinense, em sessão administrativacatarinense, em sessão administrativacatarinense, em sessão administrativacatarinense, em sessão administrativarealizada na manhã do dia quatro derealizada na manhã do dia quatro derealizada na manhã do dia quatro derealizada na manhã do dia quatro derealizada na manhã do dia quatro dejulho, aprovou a indicação dojulho, aprovou a indicação dojulho, aprovou a indicação dojulho, aprovou a indicação dojulho, aprovou a indicação domagistrado Eron Pinter Pizzolattimagistrado Eron Pinter Pizzolattimagistrado Eron Pinter Pizzolattimagistrado Eron Pinter Pizzolattimagistrado Eron Pinter Pizzolattipara a direção do Foro de Tpara a direção do Foro de Tpara a direção do Foro de Tpara a direção do Foro de Tpara a direção do Foro de Tubarão,ubarão,ubarão,ubarão,ubarão,bem como sua opção para a 3ª Vbem como sua opção para a 3ª Vbem como sua opção para a 3ª Vbem como sua opção para a 3ª Vbem como sua opção para a 3ª VaraaraaraaraaraCível daquela comarca. O juiz EdsonCível daquela comarca. O juiz EdsonCível daquela comarca. O juiz EdsonCível daquela comarca. O juiz EdsonCível daquela comarca. O juiz EdsonMarcos de Mendonça teve seu nomeMarcos de Mendonça teve seu nomeMarcos de Mendonça teve seu nomeMarcos de Mendonça teve seu nomeMarcos de Mendonça teve seu nomeaprovado para a direção do Foro deaprovado para a direção do Foro deaprovado para a direção do Foro deaprovado para a direção do Foro deaprovado para a direção do Foro deConcórdia.Concórdia.Concórdia.Concórdia.Concórdia.

Foram promovidos pelo critério demerecimento os magistrados RodrigoCoelho Rodrigues (São Domingos),Jeferson Osvaldo Vieira (São Lourençodo Oeste) e André Alexandre Happke (1ªVara de Canoinhas); pelo critério deantigüidade, Gabriela Sailon de SouzaBenedet (Lauro Müller) e Clayton CésarWandscheer (Cunha Porã).

Os desembargadores aprovaram,também, os pedidos de remoção

formulados pelos juízes Edir JosiasSilveira Beck e Rudson Marcos para,respectivamente, o Juizado EspecialCível de Tubarão e para Araquari. Porúltimo, a corte aprovou o vitaliciamentode 28 novos juízes substitutos de 1ºGrau.

Na sessão do Tribunal Pleno do dia18 de julho, o nome do magistradoAntônio Augusto Baggio e Ubaldo foiconfirmado para ocupar o cargo de juiz

de Direito na 2ª Vara Cível da Comarcade Chapecó. Na Comarca da Capital, osjuizes Júlio César Machado Ferreira deMello e Hélio David Vieira Figueira dosSantos foram promovidos para o cargode 3º e 8º Juiz Especial,respectivamente. Foi aprovada,também, a remoção do magistrado LuizEduardo Ribeiro Freyesleben para ocargo de juiz de Direito da Comarca deQuilombo.

pagamentos forem feitos adiantados.Para entrar em vigor, o projeto precisaantes ser aprovado pela AssembléiaLegislativa.

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O JUDICIÁRIO Agosto de 20076

Cidadania Cidadania Cidadania Cidadania Cidadania

O trabalho em rede e o aperfeiçoamento do ECA foram o foco do Congresso, e uma lista de reivindicações e propostas foi elaborada

VVVVVisando a aperfeiçoar oisando a aperfeiçoar oisando a aperfeiçoar oisando a aperfeiçoar oisando a aperfeiçoar oatendimento das crianças eatendimento das crianças eatendimento das crianças eatendimento das crianças eatendimento das crianças eadolescentes e efetivar o Estatuto daadolescentes e efetivar o Estatuto daadolescentes e efetivar o Estatuto daadolescentes e efetivar o Estatuto daadolescentes e efetivar o Estatuto daCriança e do Criança e do Criança e do Criança e do Criança e do Adolescente (ECA), foiAdolescente (ECA), foiAdolescente (ECA), foiAdolescente (ECA), foiAdolescente (ECA), foirealizado, dos dias 10 a 13 de julho,realizado, dos dias 10 a 13 de julho,realizado, dos dias 10 a 13 de julho,realizado, dos dias 10 a 13 de julho,realizado, dos dias 10 a 13 de julho,o IV Congressul . O convite aoo IV Congressul . O convite aoo IV Congressul . O convite aoo IV Congressul . O convite aoo IV Congressul . O convite aoencontro foi feito para todos osencontro foi feito para todos osencontro foi feito para todos osencontro foi feito para todos osencontro foi feito para todos ossegmentos da sociedade que têmsegmentos da sociedade que têmsegmentos da sociedade que têmsegmentos da sociedade que têmsegmentos da sociedade que têmvínculos com o tema da infância evínculos com o tema da infância evínculos com o tema da infância evínculos com o tema da infância evínculos com o tema da infância ejuventude, sejam ONG’juventude, sejam ONG’juventude, sejam ONG’juventude, sejam ONG’juventude, sejam ONG’s, auto-s , auto-s , auto-s , auto-s , auto-ridades, famílias, educadores e osridades, famílias, educadores e osridades, famílias, educadores e osridades, famílias, educadores e osridades, famílias, educadores e ospróprios adolescentes. próprios adolescentes. próprios adolescentes. próprios adolescentes. próprios adolescentes. Apesar disso,Apesar disso,Apesar disso,Apesar disso,Apesar disso,o extenso nome do evento - IVo extenso nome do evento - IVo extenso nome do evento - IVo extenso nome do evento - IVo extenso nome do evento - IVCongresso Sul-brasileiro dosCongresso Sul-brasileiro dosCongresso Sul-brasileiro dosCongresso Sul-brasileiro dosCongresso Sul-brasileiro dosConselheiros TConselheiros TConselheiros TConselheiros TConselheiros Tutelares e Municipaisutelares e Municipaisutelares e Municipaisutelares e Municipaisutelares e Municipaisdos Direitos da Criança e dodos Direitos da Criança e dodos Direitos da Criança e dodos Direitos da Criança e dodos Direitos da Criança e do

Congressul reúne dois mil conselheiros tutelares

Adolescente - invoca dois t iposAdolescente - invoca dois t iposAdolescente - invoca dois t iposAdolescente - invoca dois t iposAdolescente - invoca dois t iposespecíf icos de participantes: osespecíf icos de participantes: osespecíf icos de participantes: osespecíf icos de participantes: osespecíf icos de participantes: osconselheiros municipais e osconselheiros municipais e osconselheiros municipais e osconselheiros municipais e osconselheiros municipais e osconselheiros tutelares.conselheiros tutelares.conselheiros tutelares.conselheiros tutelares.conselheiros tutelares.

Os conselheiros tutelaresrepresentavam a maioria no Congresso,que contou com mais de dois milinscritos. Os presentes eram, semdúvida, dedicados a sua área deatuação, uma vez que arcaram com asdespesas da viagem e aproveitaram otempo para a discussão e formulaçãode propostas a respeito do atendimentoàs crianças e adolescentes.

O tema do Congresso – considerado

Pedro Clasen

Sem direitos trabalhistas, profissionais zelam os direitos das criançasExiste quase um consenso de queExiste quase um consenso de queExiste quase um consenso de queExiste quase um consenso de queExiste quase um consenso de que

há necessidade de se evoluir emhá necessidade de se evoluir emhá necessidade de se evoluir emhá necessidade de se evoluir emhá necessidade de se evoluir emrelação às questões internas dosrelação às questões internas dosrelação às questões internas dosrelação às questões internas dosrelação às questões internas dosconselheiros tutelares, sobretudo noconselheiros tutelares, sobretudo noconselheiros tutelares, sobretudo noconselheiros tutelares, sobretudo noconselheiros tutelares, sobretudo noque diz respeito à remuneração eque diz respeito à remuneração eque diz respeito à remuneração eque diz respeito à remuneração eque diz respeito à remuneração edireitos trabalhistas.direitos trabalhistas.direitos trabalhistas.direitos trabalhistas.direitos trabalhistas.Freqüentemente, segundo suasFreqüentemente, segundo suasFreqüentemente, segundo suasFreqüentemente, segundo suasFreqüentemente, segundo suaspróprias declarações, os conselheirospróprias declarações, os conselheirospróprias declarações, os conselheirospróprias declarações, os conselheirospróprias declarações, os conselheirosentram em contato com situações deentram em contato com situações deentram em contato com situações deentram em contato com situações deentram em contato com situações deviolação de direito, têm que dar contaviolação de direito, têm que dar contaviolação de direito, têm que dar contaviolação de direito, têm que dar contaviolação de direito, têm que dar contade uma demanda maior do quede uma demanda maior do quede uma demanda maior do quede uma demanda maior do quede uma demanda maior do queconseguem atender e devem lidar comconseguem atender e devem lidar comconseguem atender e devem lidar comconseguem atender e devem lidar comconseguem atender e devem lidar coma precariedade da rede de atendimentoa precariedade da rede de atendimentoa precariedade da rede de atendimentoa precariedade da rede de atendimentoa precariedade da rede de atendimento- através da qual solicitam serviços de- através da qual solicitam serviços de- através da qual solicitam serviços de- através da qual solicitam serviços de- através da qual solicitam serviços desaúde, segurança, etc. - aos jovens.saúde, segurança, etc. - aos jovens.saúde, segurança, etc. - aos jovens.saúde, segurança, etc. - aos jovens.saúde, segurança, etc. - aos jovens.Além disso, alguns, mesmo incumbidosAlém disso, alguns, mesmo incumbidosAlém disso, alguns, mesmo incumbidosAlém disso, alguns, mesmo incumbidosAlém disso, alguns, mesmo incumbidosde zelar pelos direitos da infância ede zelar pelos direitos da infância ede zelar pelos direitos da infância ede zelar pelos direitos da infância ede zelar pelos direitos da infância eadolescência, não dispõe de direitosadolescência, não dispõe de direitosadolescência, não dispõe de direitosadolescência, não dispõe de direitosadolescência, não dispõe de direitostrabalhistas.trabalhistas.trabalhistas.trabalhistas.trabalhistas.

A remuneração, a jornada detrabalho e os direitos trabalhistasconcedidos variam de cidade paracidade. Dependendo do município, otrabalho é voluntário ou remunerado.Itajaí possui o salário mais alto deSanta Catarina, R$ 3,3 mil. Em SãoBernardino, os conselheiros tutelaresrecebem R$ 89 por mês, a remuneraçãomais baixa do Estado. Em Blumenau,um dos municípios que melhor paga osconselheiros, a tarefa de zelar pelocumprimento do Estatuto é

recompensada por cerca de R$ 1,6 mil,já descontados os impostos. Lá, osconselheiros têm direito a fériasremuneradas e as conselheiras têmdireito à licença maternidade, masnão desfrutam do fundo de garantia.Em suma, a municipalização doatendimento traz distorçõesremuneratórias, pois cada municípiopossui fontes de receita e orçamentodiferenciados.

Os membros dos conselhostutelares - cinco em qualquer conselhoregular - são eleitos de três em trêsanos, sendo que a formação do colégioeleitoral e a sistemática de votação sãodiferentes em cada município. Osconselheiros são contratados pelomunicípio, mas possuem um vínculonão hierárquico com a administraçãolocal. A verba dos conselhos éproveniente da peça orçamentária dacidade.

Ao receberem uma denúncia,fazem a averiguação da mesma e, casoseja verdadeira, podem tomar duasações: aplicam medidas de proteção,previstas no ECA, ou requisitamserviços para auxiliar as crianças eadolescentes. "As ações que osconselheiros estão habilitados a tomarsão atribuições transferidas de juízes,para que se possa recorrer a uma

instância administrativa célere ao invésde ir ao Poder Judiciário", aponta opromotor de Justiça do Estado doParaná, Mário Luiz Ramidoff.

No Estado de Santa Catarina há 298conselhos tutelares. As denúncias maiscomuns são falta de serviço público eviolações na convivência familiar - maus

tratos físicos e abusos sexuais. Uma dascríticas dos profissionais que atuamnessa área é justamente o fato de SantaCatarina não possuir uma secretariaespecífica para tratar dos problemasrelacionados à criança e ao adolescente.Tais assuntos são repassados àSecretaria de Segurança

pelos especialistas como ogrande desafio dospresentes - era o trabalhoem rede, ou seja, aatuação conjunta dosprofissionais vinculados àárea da Infância eJuventude, de maneiraque estejam conectadosaos serviços e programasdo município. A finalidadeé tornar mais célere oatendimento dos casos.“Na verdade, estamosainda na fase deconstrução da rede de Conselheiros de todo o estado participaram do evento

atendimento, que, com a tessituracompleta, dará origem a uma rede deproteção”, destaca a juíza da comarcade Tubarão Brigitte Remor de SouzaMay. “O espaço ocupado, tanto peloConselho Tutelar quanto pelosConselhos de Direitos, representamum avanço democrático nas questõesda Infância e Juventude, eis que não ésó um espaço de domínio exclusivo doExecutivo ou do Judiciário”, completaa magistrada.

No IV Congressul, foi aprovadauma moção de repúdio, a serencaminhada ao Congresso Nacional,contra a redução da maioridade penalpara 16 anos. No último dia do evento,os presentes comemoraram oaniversário do ECA e terminaram deelaborar a Carta de São José,documento de reivindicações que seráencaminhado aos Três Poderes.

Os conselhos de di re i toconselhos de di re i toconselhos de di re i toconselhos de di re i toconselhos de di re i to sãoórgãos del iberat ivos que devemformular políticas para atuação na áreada infância e juventude. De caráterbipartite, é formado por pessoas deorganizações governamentais, comomembros da Secretaria de Educação,e não-governamentais. Qualquerprograma, projeto ou plano quepretenda influir no atendimento decrianças e adolescentes precisa doaval do órgão. Políticas que abrangemtodo o país devem ser aprovadas peloConselho Nacional dos Direitos daCriança e do Adolescente (Conanda),da mesma maneira que os Centros deDefesa da Criança e do Adolescente(Cedeca) de cada estado devem

sancionar seus programas, e que osConselhos Municipais dos Direitos daCriança e do Adolescente (Condica)são habilitados para fazer o mesmo emcada cidade.

Os conselhos tutelaresconselhos tutelaresconselhos tutelaresconselhos tutelaresconselhos tutelares, por suavez, só existem na esfera municipal.São órgãos independentes, isto é,possuem administração autônoma queprocede sem interferência do podercentral. Os cinco membros de cadaconselho possuem a função de zelarpela garantia dos direitos da infânciae do adolescente, ou seja, pelocumprimento do ECA. Algunsmunicípios possuem mais de umconselho.

O painel de abertura do IV Congressulfoi proferido por um dos elaboradores doECA, o procurador de Justiça do Estadodo Paraná, Olympio de Sá Sotto MaiorNeto. Nele, o procurador argumentou queo Estatuto ainda não é efetivo no Brasil,"se encontra ainda no terreno baldio daspolíticas públicas". Lembrou do Princípioda Prioridade Absoluta, estabelecido peloArtigo 227 da Constituição, que determinaque as crianças e adolescentes são aprioridade máxima da Nação.

Defendeu a subordinação ao Princípiopor parte dos Poderes Executivo,Legislativo e Judiciário, na hora de

formular as políticas públicas e leisorçamentár ias. As universidades,segundo Sotto Maior Neto, deveriamobedecer ao Princípio e vol tar àsat iv idades de ensino, pesquisa eextensão aos direitos da infância e doadolescente. A mídia, por sua vez,deveria repercutir temas relacionados aoECA. Da sociedade, o procurador exigiuo fim da conivência com a situação atualem que a criança e o adolescente nãotêm seus direitos assegurados. "Se aPrioridade Absoluta do Brasil fosse oagronegócio, os ruralistas estariamacompanhando as leis orçamentárias.Os usineiros fariam o mesmo caso a

produção de energia fosse definidacomo pr ior i tár ia para o país."Acrescentou que a sociedade deveriainsistir pela formulação das políticaspúblicas e destinação privilegiada derecursos em benefício das crianças eadolescentes.

O procurador constatou que osconselheiros tutelares são agentespolíticos de transformação da sociedade e,portanto, essenciais para a coletividade.Por fim, terminou sua exposição insistindoque o lugar da criança, além de ser nafamília e na escola, é também nosorçamentos públicos.

O PrincípioO PrincípioO PrincípioO PrincípioO Princípio d d d d daaaaa PrioridadePrioridadePrioridadePrioridadePrioridade AbsolutaAbsolutaAbsolutaAbsolutaAbsoluta

Saiba diferenciar os conselhosSaiba diferenciar os conselhosSaiba diferenciar os conselhosSaiba diferenciar os conselhosSaiba diferenciar os conselhos

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O JUDICIÁRIOAgosto de 20077

CidadaniaCidadaniaCidadaniaCidadaniaCidadania

Núcleo da Esmesc promove oficina no CongressulNEA da Infância e Juventude organizou uma das 21 oficinas realizadas no Congresso, abordando os aspectos sócio-jurídicos da área

A oficina "Uma nova Justiça para umA oficina "Uma nova Justiça para umA oficina "Uma nova Justiça para umA oficina "Uma nova Justiça para umA oficina "Uma nova Justiça para umnovo Direito" - cujo nome faz alusão aonovo Direito" - cujo nome faz alusão aonovo Direito" - cujo nome faz alusão aonovo Direito" - cujo nome faz alusão aonovo Direito" - cujo nome faz alusão aodinamismo que a Justiça deve ter paradinamismo que a Justiça deve ter paradinamismo que a Justiça deve ter paradinamismo que a Justiça deve ter paradinamismo que a Justiça deve ter paraser mais eficaz -, organizada pelo Núcleoser mais eficaz -, organizada pelo Núcleoser mais eficaz -, organizada pelo Núcleoser mais eficaz -, organizada pelo Núcleoser mais eficaz -, organizada pelo Núcleode Estudos de Estudos de Estudos de Estudos de Estudos AAAAAvançados de Infância evançados de Infância evançados de Infância evançados de Infância evançados de Infância eJuventude da Escola Superior daJuventude da Escola Superior daJuventude da Escola Superior daJuventude da Escola Superior daJuventude da Escola Superior daMagistratura do Estado de SantaMagistratura do Estado de SantaMagistratura do Estado de SantaMagistratura do Estado de SantaMagistratura do Estado de SantaCatarina (Esmesc), foi uma das 21 queCatarina (Esmesc), foi uma das 21 queCatarina (Esmesc), foi uma das 21 queCatarina (Esmesc), foi uma das 21 queCatarina (Esmesc), foi uma das 21 queintegraram a programação do IVintegraram a programação do IVintegraram a programação do IVintegraram a programação do IVintegraram a programação do IVCongresso Sul-brasileiro dos ConselhosCongresso Sul-brasileiro dos ConselhosCongresso Sul-brasileiro dos ConselhosCongresso Sul-brasileiro dos ConselhosCongresso Sul-brasileiro dos ConselhosTTTTTutelares e Municipais dos Direitos dautelares e Municipais dos Direitos dautelares e Municipais dos Direitos dautelares e Municipais dos Direitos dautelares e Municipais dos Direitos daCriança e do Criança e do Criança e do Criança e do Criança e do Adolescente.Adolescente.Adolescente.Adolescente.Adolescente.

No dia 12, penúltimo dia do evento, apsicóloga Maria Tereza Daufenbach, aadvogada Fabiana dos Santos e a juízaBrigitte Remor de Souza May,coordenadora adjunta do núcleo,procuraram fomentar as discussões detemas abrangentes sobre a realidade atuale de assuntos específicos, como garantiasprocessuais e dano moral pelo abandono

paterno. Conselheiros tutelares do RioGrande do Sul e do Paraná eram a maiorparte dos presentes.

A psicóloga Maria Tereza, com 17 anosde experiência junto a Vara da Infância eJuventude da Comarca de Tubarão, tratouda abordagem que o Conselho Tutelar dáàs situações que lhe são postas. Tambémfalou das formas de intervenção e deencaminhamento das questões. Já a juízaBrigitte May discorreu sobre a realidadebrasileira, notadamente dos desafios emtermos de infância e juventude. Amagistrada apresentou informaçõesrelativas ao tema como, por exemplo: oBrasil possui a 5ª maior população jovemdo mundo, sendo que quatro milhões dejovens estão desempregados; 1,2 milhão demães adolescentes; 300 mil crianças (10%dos três milhões de partos no Brasil)nascem tendo como pai um adolescente.

A juíza lembrou aos participantes

sobre a importância de se conhecer arealidade de seus municípios(instituições, serviços, etc.) e solicitar, porexemplo, junto ao Conselho Municipal deAssistência Social (Comas) olevantamento de todas as entidades queatendem no município e a cópia do planoplurianual.

A adoção de medidas preventivas e a

especialização cada vez maior do direitoda infância e do adolescente tambémforam sugeridas pela magistrada.Segundo ela, seria importante que osjuízes que atuam na área tenham cursoespecífico sobre a matéria, a fim de queestejam preparados para a jurisdiçãoespecializada e a atuação preventivaatravés de ações na comunidade.

A juíza Brigitte Remor May ministra a oficina "Uma nova Justiça para um novo Direito"

Paula Reverbel

Paula Reverbel

Tribunal inaugura o edifício anexo “Torre II” após 30 meses de obrasO presidente do TO presidente do TO presidente do TO presidente do TO presidente do Tribunal de Justiçaribunal de Justiçaribunal de Justiçaribunal de Justiçaribunal de Justiça

de Santa Catarina (TJ/SC),de Santa Catarina (TJ/SC),de Santa Catarina (TJ/SC),de Santa Catarina (TJ/SC),de Santa Catarina (TJ/SC),desembargador Pedro Manoel desembargador Pedro Manoel desembargador Pedro Manoel desembargador Pedro Manoel desembargador Pedro Manoel Abreu,Abreu,Abreu,Abreu,Abreu,inaugurou oficialmente, na tarde doinaugurou oficialmente, na tarde doinaugurou oficialmente, na tarde doinaugurou oficialmente, na tarde doinaugurou oficialmente, na tarde dodia 27 de julho, as novas instalaçõesdia 27 de julho, as novas instalaçõesdia 27 de julho, as novas instalaçõesdia 27 de julho, as novas instalaçõesdia 27 de julho, as novas instalaçõesdo do do do do Anexo do TJ, também chamado deAnexo do TJ, também chamado deAnexo do TJ, também chamado deAnexo do TJ, também chamado deAnexo do TJ, também chamado deTTTTTorre II. “Torre II. “Torre II. “Torre II. “Torre II. “Trata-se de um prédiorata-se de um prédiorata-se de um prédiorata-se de um prédiorata-se de um prédiointel igente, dotado de soluçõesintel igente, dotado de soluçõesintel igente, dotado de soluçõesintel igente, dotado de soluçõesintel igente, dotado de soluçõestecnológicas de ponta que serãotecnológicas de ponta que serãotecnológicas de ponta que serãotecnológicas de ponta que serãotecnológicas de ponta que serãoutilizadas em benefício da melhor eutilizadas em benefício da melhor eutilizadas em benefício da melhor eutilizadas em benefício da melhor eutilizadas em benefício da melhor emais ágil prestação jurisdicional",mais ágil prestação jurisdicional",mais ágil prestação jurisdicional",mais ágil prestação jurisdicional",mais ágil prestação jurisdicional",enfatizou o presidente durante aenfatizou o presidente durante aenfatizou o presidente durante aenfatizou o presidente durante aenfatizou o presidente durante asolenidade.solenidade.solenidade.solenidade.solenidade.

Para o desembargador, o prédio tema impressão digital de muitas mãosdesde a sua elaboração até o dia dehoje, quando foi entregue à sociedade.“Esta inauguração, como todas emminha gestão, traz o caráter daimpessoalidade, por isso não há nomesda administração nas placas, mas simdo Poder Judiciário”, disse odesembargador ao finalizar seupronunciamento. A cerimônia,realizada no térreo do novo prédio,contou com as presenças demagistrados, autoridades, advogados eservidores do Judiciário catarinense.

A obra, que custou cerca de R$ 17milhões e consumiu 30 meses detrabalho, tem quase 17 mil metrosquadrados de área construída,

distribuídos em 11 andares. Possui 40gabinetes padronizados - com área de97 m2 - para os desembargadores.Servido por quatro elevadores, o prédioconta com seis salas de sessões e outrasdestinadas à OAB e ao MinistérioPúblico. A diretoria Judiciária e oatendimento ao público externo ficaramno térreo para facilitar o acesso aosadvogados e visitantes. A Torre IIpossui todos os requisitos deacessibilidade para portadores denecessidades especiais e é dotado desistema de segurança, com alarmeantiincêndio e escadas paraescoamento emergencial.

As instalações são servidas com redewirelles, assim como as salas de sessões,que estão aptas para garantirtransmissões on line em tempo real pelaintranet/internet. Além disso, o sistemade ar condicionado central utiliza águada chuva captada no topo do prédio e noestacionamento para refrigeração, comeconomia de custos e valorização do meioambiente. Os recursos para o Anexovieram do Fundo de Reaparelhamento daJustiça. Após um período de paralisaçãoe posterior rescisão do contrato firmadocom a empresa Erevan Engenharia AS,a construção recomeçou em janeiro de2005, sob a responsabilidade da empresaTecon - Tecnologia em Construção Ltda- Cerimônia de inauguração ocorreu no último dia 27 de julho, no térreo do novo prédio

, vencedora da nova licitação. O projetodo anexo do TJ é do arquiteto Aldo Luiz

Sissa Granada / Assessoria de imprensa TJ/SC

Principais eixos trabalhados na oficina:Principais eixos trabalhados na oficina:Principais eixos trabalhados na oficina:Principais eixos trabalhados na oficina:Principais eixos trabalhados na oficina:1. Divulgação do ECA junto à

sociedade, notadamente famílias e escolas2. Fortalecimento das famílias através

de programas municipais, estaduais efederais

3. Vivenciar um trabalho em redeatravés de:

a) Conhecimento da realidade de seumunicípio, tanto das demandas quanto dasinstituições que nele atuam(governamentais ou não)

b) Reuniões periódicas com membrosdas secretarias municipais e das entidades;

4. Fortalecimento do Conselho Tutelarcomo órgão de proteção à criança eadolescente

Necessidades e diagnósticos:Necessidades e diagnósticos:Necessidades e diagnósticos:Necessidades e diagnósticos:Necessidades e diagnósticos:1. Equipar o Conselho Tutelar e o

Conselho Municipal dos Direitos comespaço físico, material e veículo, de modoa possibilitar um bom funcionamento

2. Conscientizar os poderes Executivo

e Legislativo no sentido do reconhecimentoe fortalecimento do Conselho Tutelar

3. Necessidade de um trabalhoconjunto com o das secretarias e demaisconselhos na busca de soluções

Propostas:Propostas:Propostas:Propostas:Propostas:1. Fixação de critérios para designação

de magistrados e promotores que tenhamafinidade e conhecimento da área dainfância e da juventude

2. Solicitar que os gestores divulguemo Plano Plurianual (PPA) a Lei de DiretrizesOrçamentárias (LDO) e a Lei OrçamentáriaAnual (LOA) de forma clara, parapossibilitar o entendimento

3. Projetos para divulgar o ECA emlinguagem acessível usando a mídia ecartilhas

4. Instituir comissão permanente noLegislativo para tratar de assuntos dainfância e da juventude

5. Adotar políticas públicas específicaspara o fortalecimento das famílias

Eickhoff, servidor do Judiciáriocatarinense.

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O JUDICIÁRIO Agosto de 20078

EspecialEspecialEspecialEspecialEspecial

Combate à corrupção ganhaforça com vara especializada

Unidade de Joinville, única de SC voltada à improbidade, reduz duração dos processos e julga políticos influentes em tempo recorde

Máfia dos vampiros, dosMáfia dos vampiros, dosMáfia dos vampiros, dosMáfia dos vampiros, dosMáfia dos vampiros, dossanguessugas e dos mensaleiros. Tsanguessugas e dos mensaleiros. Tsanguessugas e dos mensaleiros. Tsanguessugas e dos mensaleiros. Tsanguessugas e dos mensaleiros. Trêsrêsrêsrêsrêsexemplos ligados pelo fato de nenhumexemplos ligados pelo fato de nenhumexemplos ligados pelo fato de nenhumexemplos ligados pelo fato de nenhumexemplos ligados pelo fato de nenhumdos mais de cem políticos envolvidos nados mais de cem políticos envolvidos nados mais de cem políticos envolvidos nados mais de cem políticos envolvidos nados mais de cem políticos envolvidos natríade de escândalos de corrupção tertríade de escândalos de corrupção tertríade de escândalos de corrupção tertríade de escândalos de corrupção tertríade de escândalos de corrupção tersido condenado pela Justiça. Pontas desido condenado pela Justiça. Pontas desido condenado pela Justiça. Pontas desido condenado pela Justiça. Pontas desido condenado pela Justiça. Pontas deicebergs, os casos são apenas amostrasicebergs, os casos são apenas amostrasicebergs, os casos são apenas amostrasicebergs, os casos são apenas amostrasicebergs, os casos são apenas amostrasda impunidade reinante nada impunidade reinante nada impunidade reinante nada impunidade reinante nada impunidade reinante naadministração pública brasileira. administração pública brasileira. administração pública brasileira. administração pública brasileira. administração pública brasileira. ApósApósApósApósApósa Constituição de 1988, o Supremoa Constituição de 1988, o Supremoa Constituição de 1988, o Supremoa Constituição de 1988, o Supremoa Constituição de 1988, o SupremoTTTTTribunal Federal (STF) nunca condenouribunal Federal (STF) nunca condenouribunal Federal (STF) nunca condenouribunal Federal (STF) nunca condenouribunal Federal (STF) nunca condenouum réu com foro privilegiado – direitoum réu com foro privilegiado – direitoum réu com foro privilegiado – direitoum réu com foro privilegiado – direitoum réu com foro privilegiado – direitoque políticos e agentes públicos de altoque políticos e agentes públicos de altoque políticos e agentes públicos de altoque políticos e agentes públicos de altoque políticos e agentes públicos de altoescalão têm de só serem julgados nasescalão têm de só serem julgados nasescalão têm de só serem julgados nasescalão têm de só serem julgados nasescalão têm de só serem julgados nasinstâncias superiores – nos 130 processosinstâncias superiores – nos 130 processosinstâncias superiores – nos 130 processosinstâncias superiores – nos 130 processosinstâncias superiores – nos 130 processoscriminais instaurados no período. Nocriminais instaurados no período. Nocriminais instaurados no período. Nocriminais instaurados no período. Nocriminais instaurados no período. NoSuperior TSuperior TSuperior TSuperior TSuperior Tribunal deribunal deribunal deribunal deribunal deJustiça (STJ), a mesmaJustiça (STJ), a mesmaJustiça (STJ), a mesmaJustiça (STJ), a mesmaJustiça (STJ), a mesmalógica prevalece, comlógica prevalece, comlógica prevalece, comlógica prevalece, comlógica prevalece, comapenas cinco conde-apenas cinco conde-apenas cinco conde-apenas cinco conde-apenas cinco conde-nações em 483 pro-nações em 483 pro-nações em 483 pro-nações em 483 pro-nações em 483 pro-cessos. Entretanto, emcessos. Entretanto, emcessos. Entretanto, emcessos. Entretanto, emcessos. Entretanto, emJoinville, cidadeJoinville, cidadeJoinville, cidadeJoinville, cidadeJoinville, cidadelocalizada no Nortelocalizada no Nortelocalizada no Nortelocalizada no Nortelocalizada no Nortecatarinense, os jul-catarinense, os jul-catarinense, os jul-catarinense, os jul-catarinense, os jul-gamentos contragamentos contragamentos contragamentos contragamentos contraautoridades levam emautoridades levam emautoridades levam emautoridades levam emautoridades levam emmédia cinco meses emédia cinco meses emédia cinco meses emédia cinco meses emédia cinco meses eum vereador e um ex-um vereador e um ex-um vereador e um ex-um vereador e um ex-um vereador e um ex-deputado estadualdeputado estadualdeputado estadualdeputado estadualdeputado estadualforam condenados emforam condenados emforam condenados emforam condenados emforam condenados emum tempo recordeum tempo recordeum tempo recordeum tempo recordeum tempo recordeperante os padrõesperante os padrõesperante os padrõesperante os padrõesperante os padrõesnacionais. Por que onacionais. Por que onacionais. Por que onacionais. Por que onacionais. Por que oparodoxo? Na comarcaparodoxo? Na comarcaparodoxo? Na comarcaparodoxo? Na comarcaparodoxo? Na comarcasulista há uma varasulista há uma varasulista há uma varasulista há uma varasulista há uma varaespe-cializada emespe-cializada emespe-cializada emespe-cializada emespe-cializada emcrimes contra a admi-crimes contra a admi-crimes contra a admi-crimes contra a admi-crimes contra a admi-nistração pública – anistração pública – anistração pública – anistração pública – anistração pública – aúnica, até o mome-nto,única, até o mome-nto,única, até o mome-nto,única, até o mome-nto,única, até o mome-nto,em Santa Catarina.em Santa Catarina.em Santa Catarina.em Santa Catarina.em Santa Catarina.

A idéia de criarunidades judiciasespecializadas nocombate à corrupçãocomeça a virarconsenso no meio legalbrasileiro. Varas e câmaras de Direitocom função especial agilizariam osjulgamentos de crimes contra opatrimônio público, pois os tribunais deJustiça e os tribunais superiores atuamprioritariamente, e de maneira jásobrecarregada, decidindo recursos daprimeira instância, e acabam não tendocapacidade de levantarem informaçõese requisitarem diligênciasinvestigatórias, por exemplo, duranteo julgamento. “O STF e o STJ não foramcriados para a instrução de processos.Eles não estão preparados para essetipo de julgamento. Os ministrosrecebem milhares de processos por ano.e f ica difícil parar para ouvirtestemunhas e colher provas”,argumenta o presidente da Associaçãodos Magistrados Brasileiros (AMB),juiz Rodrigo Collaço. O deputadofederal Paulo Renato Souza (PSDB-SP)

apresentou, no mês passado, umaproposta de emenda constitucional àCâmara que cria o Tribunal Superiorda Probidade Administrativa (TSPA).“Seria a nossa ‘operação mãos limpas’”,justifica Souza. E, na Justiçacatarinense, há um projeto do Tribunalde Justiça (TJ/SC) que pretende criaruma câmara especializada em crimespolíticos (ver página ao lado).

Até o momento, Santa Catarinaconta com a especialização apenas emJoinville. A 2º Vara Criminal de Direitoda Comarca – existem três no total – éa responsável pelos crimes contra aadministração pública. A competência

específica surgiu em março de 2006,após o levantamento da idéia pelo juizJoão Marcos Buch e a discussão dainiciativa com a Corregedoria do TJ/SC.“Entendo que há uma necessidade porparte da sociedade muito premente emjulgar estes casos, seja para absolverou condenar”, comenta o magistrado,titular da 2º Vara. “Todo cidadão évítima neste tipo de crime, e todosquerem saber o resultado dos casos”,completa.

Após a especialização, 22 processosde improbidade administrativa jáforam julgados e 72 estão emandamento. O tempo médio para afinalização dos casos é cerca de dezvezes mais rápido do que a médianacional. O período máximo de duraçãotambém surpreende, não passando dedez meses. Para o juiz Buch, aagilização e celeridade dos processos

ocorrem porque, com a competênciaespecífica, o “magistrado acaba seespecializando e o processo anda maisrápido, pois o juiz não precisa fazerestudos ou pesquisas estranhos ao seudia a dia e já conhece o tipo de caso queestá em julgamento”, explica. No poucomais de um ano de atuação voltada àprobidade administrativa, dois políticosde destaque em Joinville foramjulgados e condenados pela 2º Vara.

O vereador e ex-delegado de políciaMarco Aurélio Marcucci foi sentenciadoa cinco anos e nove meses de prisão emregime semi-aberto por crimes contraa administração pública e por coação

durante o processo. Os delitosaconteceram quando o réu comandavaa Diretoria de Investigações Criminais(DIC), órgão de elite na estrutura daSegurança Pública estadual. O policialse apropriava de bens e valoresapreendidos durante a execução demandados de prisão que deveriam serlevados à delegacia e posteriormenteenviados à Justiça. O caso foi concluídoem cerca de cinco meses – a decisãofinal foi dada em maio de 2006.

Para o juiz Buch, “as pessoasquerem ver a conclusão destes casosrapidamente, mas acabam acreditandoque só temos isto [processos contrapolíticos] e se esquecem dos outrosmilhares de casos existentes. Tanto queem uma vara comum, semespecialização, o tempo para acondenação ou absolvição seria maior,igual à média geral de todos os

processos”, analisa. O vereador e ex-delegado – perdeu o cargo em funçãodas condenações – tentou recorrer dasentença no Tribunal de Justiça, queconfirmou em outubro de 2006 adecisão de Joinville e manteve o políticopreso. Ainda em 2006, o TJ/SC e o STJnegaram pedido de habeas corpus, quepermitiria que Marcucci recorresse dacondenação em liberdade, e a 2º Varade Joinville e os desembargadores emFlorianópolis também cassaram omandato de vereador – entretanto,falta o trânsito em julgado para a perdadefinitiva do cargo. Em maio deste ano,o ex-delegado foi condenado ainda a

mais quatro anos edois meses de prisãopela 2º Vara deJoinville pelo crimede peculato.

Outro nome influ-ente no meio políticojoinvilense, o ex-deputado estadual,delegado aposentadoe advogado JoãoRosa – foi o defensor,inclusive, de MarcoAurélio Marcucci –também foi julgadoem um tempo recordepela 2º VaraCriminal. Em no-vembro do anopassado, Rosa foicondenado a dez anosde prisão em regimefechado por peculato,e sua esposa, apolicial civil Ivanidos Santos Rosa, foisentenciada a quatroanos e oito meses dereclusão na mesmasentença. “Tanto nocaso do Marcucci e doJoão Rosa os réus

estavam presos durante o andamentodo processo, acentuando rapidez aoscasos, finalizados em cerca de cincomeses”, relembra o juiz Buch.

O casal Rosa foi acusado de seapossar de recursos públicos através dacriação de duas associações fantasmasque recebiam subvenções do governoestadual. Cerca de R$ 330 mil foramdesviados para compra de umautomóvel, de um computador e de umterreno que teve contrato simulado,passando do patrimônio do ex-parlamentar para uma das associações-fachada. O caso veio à tona em maiode 2006, quando a Justiça decretou aprisão do ex-deputado por possíveisameaças contra a ex-assessora LianeLaffin Souza. O delegado aposentadoainda foi sentenciado, pela 2º VaraCriminal de Joinville, em outras duasações.

Paulo Alexandre Coutinho

Juiz João Marcos Buch explica que especialização faz o magistrado conhecer melhor a área, acelerando os processos

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O JUDICIÁRIOAgosto de 20079

EspecialEspecialEspecialEspecialEspecial

Justiça superior e de SC têm propostasNo últ imo dia dez de julho, oNo últ imo dia dez de julho, oNo últ imo dia dez de julho, oNo últ imo dia dez de julho, oNo últ imo dia dez de julho, o

deputado federal Paulo Renato Souzadeputado federal Paulo Renato Souzadeputado federal Paulo Renato Souzadeputado federal Paulo Renato Souzadeputado federal Paulo Renato Souza(PSDB-SP) apresentou na Câmara(PSDB-SP) apresentou na Câmara(PSDB-SP) apresentou na Câmara(PSDB-SP) apresentou na Câmara(PSDB-SP) apresentou na Câmarauma Proposta de Emendauma Proposta de Emendauma Proposta de Emendauma Proposta de Emendauma Proposta de EmendaConstitucional (PEC) que pretendeConstitucional (PEC) que pretendeConstitucional (PEC) que pretendeConstitucional (PEC) que pretendeConstitucional (PEC) que pretendealterar a forma como os principaisalterar a forma como os principaisalterar a forma como os principaisalterar a forma como os principaisalterar a forma como os principaisagentes públ icos brasi le iros , a íagentes públ icos brasi le iros , a íagentes públ icos brasi le iros , a íagentes públ icos brasi le iros , a íagentes públ icos brasi le iros , a íincluídos os políticos, serão julgadosincluídos os políticos, serão julgadosincluídos os políticos, serão julgadosincluídos os políticos, serão julgadosincluídos os políticos, serão julgadospor cr imes contra o patr imôniopor cr imes contra o patr imôniopor cr imes contra o patr imôniopor cr imes contra o patr imôniopor cr imes contra o patr imôniopúbl ico . O parlamentar paul istapúbl ico . O parlamentar paul istapúbl ico . O parlamentar paul istapúbl ico . O parlamentar paul istapúbl ico . O parlamentar paul istasugere a criação do Tsugere a criação do Tsugere a criação do Tsugere a criação do Tsugere a criação do Tribunal Superiorribunal Superiorribunal Superiorribunal Superiorribunal Superiorda Probidade da Probidade da Probidade da Probidade da Probidade Administrativa (TSPAdministrativa (TSPAdministrativa (TSPAdministrativa (TSPAdministrativa (TSPA),A),A),A),A),órgão que ficaria encarregado única eórgão que ficaria encarregado única eórgão que ficaria encarregado única eórgão que ficaria encarregado única eórgão que ficaria encarregado única eexclusivamente em julgar processosexclusivamente em julgar processosexclusivamente em julgar processosexclusivamente em julgar processosexclusivamente em julgar processoscontra a moralidade administrativa.contra a moralidade administrativa.contra a moralidade administrativa.contra a moralidade administrativa.contra a moralidade administrativa.

Para Souza, o TSPA seria o encontrode um mecanismo “que proporcioneprocesso ágil, bem instruído e comresultados concretos, seja a absolviçãodo inocente, seja a efetiva punição doculpado”, única maneira de combater aimpunidade presente na sociedadebrasileira. O tribunal apreciaria ejulgaria crimes de corrupção cometidospor ministros, governadores,parlamentares, prefeitos de capitais edesem-bargadores. Todos os casos deimprobidade em trâmite no STF e STJpassariam para o TSPA, e o Supremoficaria encarregado apenas dosrecursos contra as decisões. O novoórgão contaria com 11 integrantesindicados pelo Supremo TribunalFederal, sabatinados pelo Senado enomeados pelo presidente daRepública.

A proposta conta com o apoio decerca de 180 dos 513 deputados até omomento – como se trata de uma PEC,é necessária a aprovação de trêsquintos dos parlamentares, ou seja, 308votos a favor. A principal reclamaçãocontra o TSPA é o seu alto custo,estimado em R$ 100 milhões anuais.Como o órgão julgaria até 300 casos porano, cada ação sairia por R$ 333 mil.“Será que é preciso, mesmo, paraliquidar a bandidagem e botar nacadeia os patifes de colarinho branco,

criar um novot r i b u n a l ?Quanto serágasto pelo povopara manter aestrutura e asn a t u r a i smordomias, [já]que ninguém éde ferro, desseórgão?”, colocaem dúvida aeficiência daproposta ojurista ZenoVeloso.

Os defen-sores da idéiaa r g u m e n t a mque, mesmo como custo opera-cional, a novaestrutura con-tribuiria para ofim da impuni-dade no Brasil.Ao impedir oataque de cor-ruptos ao patri-mônio público,as despesas como Tribunalseriam repostas,pois menosdinheiro iria embora pelas mãos depolíticos de colarinho branco. Alegamtambém que não há outro meio deconter a corrupção no país. “É hora deenfrentarmos esse cancro mortal [acorrupção] com o rigor que suagravidade exige. O custo financeiro damanutenção do Tribunal é de somenosimportância frente aos grandesbenefícios que advirão”, argumenta ojuiz mineiro Luiz Guilherme Marques.

Juiz titular da única vara criminalespecializada em crimes contra aadministração pública de SantaCatarina, o magistrado João MarcosBuch tem posicionamento contrário à

criação do TJPA. “Em princípio, eu nãoconcordo com a idéia. Não tem sentidoa criação de um tribunal para isto.Teria que ter, então, um tribunal paracada tipo de caso, de crime”, avalia ojuiz. Para Buch, o ideal seria a criação,dentro dos tribunais já existentes, devaras e câmaras de Direitoespecializadas. O STJ e os tribunais deJustiça, por exemplo, teriam câmarasvoltadas ao combate à corrupção.

Baseado em sua experiência na 2ºVara Criminal de Joinville, omagistrado diz que não são necessáriosrecursos tecnológicos, técnicos, físicosou de servidores para a especialização.“O que precisa são investimentos nopoder de investigação da PolíciaJudiciária. A Justiça não tem aobrigação de investigar, e sim de julgare garantir o cumprimento dosprincípios contitucionais, e então nãosão necessárias novas tecnologias oupessoal para o Judiciário nestecontexto”, explica. “Existeminterceptações telefônicas e escutasambientes, instrumentos quepraticamente só a Polícia Federal tem.Acontece que a atuação da PF érestrita, ela escolhe o que investigar.O ideal seria capacitar a Polícia Civil

Governador sancionou lei sobre o PAE no último dia 25 de julho e, agora, novas câmaras dependem apenas do TJ

Sissa Granada / Assessoria de imprensa TJ/SC

para também fazer este trabalho”,completa.

O Tribunal de Justiça catarinensejá tem pronto um projeto de criação deuma Câmara de Direito especializadaem crimes contra a administraçãopública. O Plano de Ação Estratégico(PAE) da atual gestão do órgão definiacomo uma de suas prioridades, após aampliação de 40 para 50 do número dedesembargadores, a instalação dequatro novas câmaras. A lei que elevoua quantidade de magistrados foisancionada pelo governador LuizHenrique da Silveira no último dia 25de julho, e espera-se que até outubroas novas vagas sejam ocupadas. “Creioque será possível criar de três a quatronovas câmaras”, afirmou o presidentedo TJ/SC, desembargador PedroManoel Abreu, no dia da aprovação dalei na Assembléia Legislativa de SantaCatarina (Alesc).

Uma das quatro câmaras julgariaexclusivamente crimes contra aadministração. Com a lei sancionadapelo governador, o Tribunal deve iniciarem breve o processo para a escolha dosnovos desembargadores, para, daí,partir para a criação das Câmarasespecializadas.

NNNNNovasovasovasovasovas C C C C Câmarasâmarasâmarasâmarasâmaras propostaspropostaspropostaspropostaspropostaspelopelopelopelopelo PAE PAE PAE PAE PAE

- Direito Público- Direito Civil (especializada em Direitoda Família, Infância e Juventude)- Direito Comercial- Direito Criminal (especializada emcrimes contra a administração pública)

Pros e Contras do TSPAPros e Contras do TSPAPros e Contras do TSPAPros e Contras do TSPAPros e Contras do TSPA

Vantagens:- Maior rapidez nos julgamentos- Redução no número de processosparados no STF- Desvantagens:- Envio de recursos pode manter ocongestionamento do SupremoCusto de R$ 100 milhões

No esquema de funcionamento da 2ºVara, o combate à corrupção não é oúnico assunto na rotina de despachos ejulgamentos. Apesar de ter competênciaespecializada, a vara não trataexclusivamente de crimes contra aadministração pública. Processos comunse os que envolvam réus presos tambémentram na lista de casos julgados. Asdecisões e despachos seguem umaordem cronológica, mas existe umapreferência, primeiro, para os casos comréus presos provisoriamente e, emseguida, para os processos que envolvamcrimes contra a administração pública.

De acordo com o juiz João MarcosBuch, há uma “urgência urgentíssima”quando o acusado está encarcerado, coma segunda prioridade sendo os atoscontra a moralidade administrativa.“Entendo que os crimes com réus presos

têm que ter preferência, pois como diz aConstituição, só podem ser presosdefinitivamente os condenados comtrânsito em julgado”, argumenta. “Apreferência [aos casos em que oprocessado está detido] existe por quenão seria razoável uma vara criminalseguir o tempo maior, pois o próprio réunão entenderia o fato de estar presomesmo sem ter sido julgado”, completa ojuiz.

A prevalência dos processos sobreimprobidade administrativa viria logo apósos casos com prisões decretadas,coexistindo também com os crimescomuns, mas tendo preferência sobreestes. Há cerca de quatro mil processosna 2º Vara Criminal de Joinville. Cerca decem casos de corrupção já passaram pelaunidade judicial, e 72 deles estão emandamento atualmente.

Improbidade administrativa não é o único focoImprobidade administrativa não é o único focoImprobidade administrativa não é o único focoImprobidade administrativa não é o único focoImprobidade administrativa não é o único foco

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O JUDICIÁRIO Agosto de 200710

AdministrativasAdministrativasAdministrativasAdministrativasAdministrativas

Concessão de bolsas para a Esmesc é alteradaTJ modifica as regras para a escolha dos servidores do Judiciário que serão beneficiados. Critérios socioeconômicos ganham destaque

Eficiência na gestão do Poder Judiciário será tema do III EnajeCom o tema "Soluções no Âmbito daCom o tema "Soluções no Âmbito daCom o tema "Soluções no Âmbito daCom o tema "Soluções no Âmbito daCom o tema "Soluções no Âmbito da

Administração Judiciária: Gestão,Administração Judiciária: Gestão,Administração Judiciária: Gestão,Administração Judiciária: Gestão,Administração Judiciária: Gestão,Eficiência e Qualidade", a Eficiência e Qualidade", a Eficiência e Qualidade", a Eficiência e Qualidade", a Eficiência e Qualidade", a Associação dosAssociação dosAssociação dosAssociação dosAssociação dosMagistrados Brasileiros realizará, deMagistrados Brasileiros realizará, deMagistrados Brasileiros realizará, deMagistrados Brasileiros realizará, deMagistrados Brasileiros realizará, decinco a sete de setembro, em São Luíscinco a sete de setembro, em São Luíscinco a sete de setembro, em São Luíscinco a sete de setembro, em São Luíscinco a sete de setembro, em São Luís(MA), o III Encontro Nacional de Juízes(MA), o III Encontro Nacional de Juízes(MA), o III Encontro Nacional de Juízes(MA), o III Encontro Nacional de Juízes(MA), o III Encontro Nacional de JuízesEstaduais (Enaje). Durante o evento,Estaduais (Enaje). Durante o evento,Estaduais (Enaje). Durante o evento,Estaduais (Enaje). Durante o evento,Estaduais (Enaje). Durante o evento,juízes do todo o país terão a oportunidadejuízes do todo o país terão a oportunidadejuízes do todo o país terão a oportunidadejuízes do todo o país terão a oportunidadejuízes do todo o país terão a oportunidadede conhecer as práticas bem sucedidasde conhecer as práticas bem sucedidasde conhecer as práticas bem sucedidasde conhecer as práticas bem sucedidasde conhecer as práticas bem sucedidasde gestão judiciária desenvolvidas pelosde gestão judiciária desenvolvidas pelosde gestão judiciária desenvolvidas pelosde gestão judiciária desenvolvidas pelosde gestão judiciária desenvolvidas pelostribunais do país.tribunais do país.tribunais do país.tribunais do país.tribunais do país.

A idéia é dar visibilidade a taisexperiências para que possam serreplicadas. Ou seja, destacar o que debom vem sendo desenvolvido e o que podeservir de exemplo a outros tribunais. Aexpectativa é a de que, a partir dadisseminação dessas experiências, o IIIEnaje funcione como um catalisador demudanças positivas na Justiça nacional.

As iniciativas que já foramapresentadas no III Enaje serãoselecionadas pela Comissão Técnica doevento - formada pela AMB, EscolaNacional da Magistratura (ENM),Conselho Nacional de Justiça (CNJ) eColégio de Presidentes de Tribunais - emum seminário realizado nos dias cinco e

seis de julho, em Brasília. O eventotambém terá intensa programação social,proporcionando agradáveis momentos deconfraternização entre os magistrados detodo o Brasil.

PacotesPacotesPacotesPacotesPacotesA Associação dos Magistrados

Catarinenses (AMC) realizou, no final domês de julho, o sorteio dos 35 pacotes deviagens para o III Encontro Nacional dosJuízes Estaduais (Enaje). Além de definiros contemplados, também foi sorteadauma lista de suplentes, no caso dedesistências. No total, 94 magistradosinscreveram-se para concorrer aos 25pacotes destinados aos associados daativa e aos dez reservados aos inativos epensionistas.

O pacote de hospedagem inclui quatrodiárias no Hotel Pestana durante operíodo do Encontro – entrada no diaquatro, com saída no dia oito. O hotel ficana charmosa Praia do Calhau, a dezminutos do Centro Histórico de São Luíse a 20 minutos do aeroporto da cidade. Ohóspede pode contar com piscina, fitnesscenter, sauna, sala de jogos, quadra detênis e campo de futebol. Como opção

turística, destacam-se os LençóisMaranhenses, paisagem formada peloencontro de dunas e lagoastransparentes que percorre 100 km dolitoral maranhense – a cidade deBarreirinhas, portal de entrada doslençóis, fica a 270 km de São Luís.

As inscrições no Encontro serãobancadas pela AMC para todos os

associados, tanto para quem foicontemplado no sorteio dos pacotes,quanto para aqueles que ficaram de forada premiação – independente de seremativos, inativos ou pensionistas. Maisinformações podem ser obtidas atravésda Assessoria de Eventos da AMC, pelostelefones (48) 3231-3011 ou 9969-3465 oupelo e-mail [email protected].

AtivosAtivosAtivosAtivosAtivosAltamiro de Oliveira, Artur Jeninchen Filho,Cinthia Beatriz Bittencourt, Cláudio BarbosaFontes Filho, Edison Zimmer, EduardoMattos Gallo Jr., Eliza Maria Strapazzon,Fernando Vieira Luiz, Geomir Roland Paul,Geraldo Côrrea Bastos, Henry Petry Junior,João Baptista Vieira Sell, Luiz Felipe SiegertShuch, Maurício Fabiano Mortari, PauloRicardo Bruschi, Paulo Roberto FroesToniazzo, Quitéria Tamanini Vieira Peres,Ricardo Rafael dos Santos, Sérgio RenatoDomingos, Silvio Dagoberto Orsatto, SilvioJosé Franco, Sólon dÉca Neves, SôniaMaria Schmitz, Stephan Klaus Radloff,Tânia Regina Veira Luiz

Confira a lista dos sorteadosAtivos suplentesAtivos suplentesAtivos suplentesAtivos suplentesAtivos suplentes1º Salete Silva Sommariva; 2º Volnei CelsoTomazini; 3º Sérgio Luiz Junkes;4º Sônia Eunice Odwazny; 5º MárciaKrischke Matzenbacher; 6º Eron PinterPizzolatti; 7º Sérgio Izidoro Heil; 8º CláudioValdyr Helfensteins; 9º Rudson Marcos; 10ºLuis Francisco Delpizzo MirandaInativos e pensionistasInativos e pensionistasInativos e pensionistasInativos e pensionistasInativos e pensionistasCarlos Alberto Silveira Lenzi, EcelyUngaretti, Elizabeth Gomes de Mattos,Emery Oscar Valentim, Fernando deCarvalho, Hilda Zocoli, Irene dos Santos,José Frâncio, Neiva PedrosoInativos e pensionistas suplentesInativos e pensionistas suplentesInativos e pensionistas suplentesInativos e pensionistas suplentesInativos e pensionistas suplentes1º Eni Ralpp Pereira

O Gabinete da Presidência doO Gabinete da Presidência doO Gabinete da Presidência doO Gabinete da Presidência doO Gabinete da Presidência doTTTTTribunal de Justiça (TJ/SC) alterou asribunal de Justiça (TJ/SC) alterou asribunal de Justiça (TJ/SC) alterou asribunal de Justiça (TJ/SC) alterou asribunal de Justiça (TJ/SC) alterou asregras e critérios para a concessão deregras e critérios para a concessão deregras e critérios para a concessão deregras e critérios para a concessão deregras e critérios para a concessão debolsas de estudos aos servidores dobolsas de estudos aos servidores dobolsas de estudos aos servidores dobolsas de estudos aos servidores dobolsas de estudos aos servidores doPoder Judiciário com a publicação, noPoder Judiciário com a publicação, noPoder Judiciário com a publicação, noPoder Judiciário com a publicação, noPoder Judiciário com a publicação, noúltimo dia 29 de junho, da Resolução 20/último dia 29 de junho, da Resolução 20/último dia 29 de junho, da Resolução 20/último dia 29 de junho, da Resolução 20/último dia 29 de junho, da Resolução 20/07.07.07.07.07.

Os funcionários que quiserem cursara preparação para o ingresso à carreirade juiz oferecida pela Escola Superiorda Magistratura do Estado de SantaCatarina (Esmesc) continuarão com odireito ao benefício de 50% a 70% dovalor do curso, mas a seleção doscandidatos terá agora fortepreponderância do critério sócio-econômico e não haverá mais a distinçãode vagas entre servidores da Justiça deprimeiro e de segundo grau. Asmudanças já valem para a seleção dosegundo semestre deste ano, que estásendo realizada entre o final de julho eo início de agosto.

Antes da divulgação da novaresolução, a condição sócio-econômicaservia apenas como critério dedesempate na seleção dos beneficiados.Agora, 50% das vagas oferecidas

semestralmente serão preenchidas combase no quesito. A definição dosclassificados será feita pela Seção deBenefícios da Diretoria de RecursoHumanos do TJ, baseada em uma sériede dados sobre a família do funcionário –como a renda bruta, o número deintegrantes e os gastos com tratamentode saúde, moradia e educação. O critériopara a concessão do restante das bolsaspermanecerá fundamentado nodesempenho funcional. Promoções etempo de serviço são os itens com maiorpeso.

O número de bolsas para a Esmescmanteve-se em 55. A diferença é que,anteriormente, 50 eram reservadas aosservidores de primeiro grau e cinco paraos de segundo grau. Agora, as vagas foramagrupadas e todos os funcionários doJudiciário catarinense concorrerão àsvagas em igualdade. “A unificação foi feitaporque há um quadro único [deservidores] no TJ e para adequar a ofertade bolsas à demanda, já que algumasvezes ocorria o fato da seleção dosservidores do Tribunal [Justiça de 2º grau]ter poucos inscritos e muita gente doprimeiro grau ficar de fora”, explica a

chefe da Seção de Benefícios do TJ,Maria Isabel Leepkaln.Seleção para o 2º semestreSeleção para o 2º semestreSeleção para o 2º semestreSeleção para o 2º semestreSeleção para o 2º semestre

A seleção dos candidatosbeneficiados com as bolsas para osegundo semestre deste ano começou aser feita com a abertura do Edital 140/07. As inscrições estão abertas até o diaoito de agosto, e a classificação deveráser divulgada no final do mês. Paraconcorrerem aos benefícios, osservidores devem estar previamenteaprovados no teste de seleção da Esmesce já matriculados no curso preparatórioà magistratura – o que indiretamentecria a exigência da graduação em Direitoao funcionário, já que o curso da Escolaé voltado para bacharéis da área.

Novas seleções de beneficiários serãofeitas semestralmente, sempre nosmeses de fevereiro e julho. Oscandidatos precisam se inscrever nassecretarias de Foro de qualquer uma dascomarcas catarinenses ou na seção deprotocolo do TJ/SC. Servidores queainda não cumpriram mais da metadedo estágio probatório ou foram punidoscom suspensão ou destituição de cargonos últimos dois anos não podemconcorrer às vagas. O número de bolsaspode variar de semestre para semestre,mas a tendência é que o total debenefícios mantenha-se estável nospróximos anos.

EsmescEsmescEsmescEsmescEsmescO curso de preparação para o concurso

à magistratura da Esmesc é dividido emtrês módulos, cada um com a duração deum ano. Na primeira fase do curso, oconteúdo é exclusivamente teórico, com oaprofundamento dos conhecimentosjurídicos adquiridos na graduação. Nasegunda etapa, prevalece o ensino práticocom, por exemplo, o estudo de casos e aredação dos mais diversos textos legais,como sentenças e decisões. Já o terceiro

módulo é um curso lato sensu comresidência judicial. Os alunos ficam 1,8mil h/a trabalhando nos fóruns junto a umjuiz orientador devidamente cadastrado.Este sistema de ensino é inédito no Brasil,sendo implantado pioneiramente emSanta Catarina. “Queremos preparar ocandidato para não só passar no concurso,mas para sair qualificado a trabalharcomo juiz”, analisa o diretor pedagógicoda Esmesc, juiz Paulo Ricardo Bruschi.

Cada candidato beneficiado com asbolsas do TJ receberá o auxílio duranteos três anos de curso. As renovações sãoexigidas a cada ano. Reprovações porfaltas injustificadas – a chamadafreqüência insuficiente –, desistência,punições administrativas, aposen-tadoriaou exoneração, licença para tratamentode interesses particulares e a não-comprovação do pagamento dasmensalidades acarretam a perda da bolsa.De acordo com as normas do Tribunal, oservidor deve permanecer no PoderJudiciário, após a conclusão do curso, porum período idêntico à duração dobenefício.

I – Para 50% das vagas:a) 3 pontos para cada promoção pordesempenho funcionalb) 1 ponto para cada ano completo detempo de serviçoc) 1 ponto para cada fase curricularconcluída no curso em que estámatriculadod) avaliação socioeconômica, em casode empate

II – Para 50% das vagas:a) Critérios socioeconômicos

Critério de seleção

Curso preparatório ao ingresso à carreira da magistratura é dividido em três módulos

Fabrício Severino

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O JUDICIÁRIOAgosto de 200711

AssociativismoAssociativismoAssociativismoAssociativismoAssociativismo

Setor elétrico perde R$ 5 bilhões com fraudesPara procurador-geral da ANEEL, os juízes brasileiros não acatam a resolução da agência que determina a cobrança da energia fraudada

Faleceu, no dia 23 de julho, emFaleceu, no dia 23 de julho, emFaleceu, no dia 23 de julho, emFaleceu, no dia 23 de julho, emFaleceu, no dia 23 de julho, emFlorianópolis, vítima de câncerFlorianópolis, vítima de câncerFlorianópolis, vítima de câncerFlorianópolis, vítima de câncerFlorianópolis, vítima de câncer, a juíza, a juíza, a juíza, a juíza, a juízade Direito Daniela Ertel, da comarca dede Direito Daniela Ertel, da comarca dede Direito Daniela Ertel, da comarca dede Direito Daniela Ertel, da comarca dede Direito Daniela Ertel, da comarca deJaguaruna. O velório e sepultamentoJaguaruna. O velório e sepultamentoJaguaruna. O velório e sepultamentoJaguaruna. O velório e sepultamentoJaguaruna. O velório e sepultamentoforam realizados no cemitério Jardim daforam realizados no cemitério Jardim daforam realizados no cemitério Jardim daforam realizados no cemitério Jardim daforam realizados no cemitério Jardim daPaz, bairro Saco Grande, emPaz, bairro Saco Grande, emPaz, bairro Saco Grande, emPaz, bairro Saco Grande, emPaz, bairro Saco Grande, emFlorianópolis.Florianópolis.Florianópolis.Florianópolis.Florianópolis.

Natural de São José do Cedro, noextremo Oeste do Estado, a magistrada

Magistratura catarinense perde a jovem juíza Daniela Ertel

- Nascida em 23 de agosto de 1975,em São José do Cedro (SC)- Filha de Lori José Ertel e Isolde Ertel.Ele exerceu o cargo de secretário deEstado da Educação de SC, nogoverno Wilson Kleinübing- Neta de José Helmuth Körbes,serventuário da Justiça por quase 40anos e grande incentivador da carreirade Daniela- Sua formação escolar começou emSão Miguel do Oeste, tendo cursado oensino fundamental e médio nos

colégios São José, Peperi e São Miguel(1982 a 1992)- Iniciou o curso de Direito naUniversidade Regional de Blumenau(1993), transferindo-se para aUniversidade do Vale do Itajaí –campus Biguaçu – em 1994, formando-se em 1997- Em 1998 cursou a Escola Superiorda Magistratura do Estado de SantaCatarina (Esmesc), destacando-secomo melhor aluna do curso- Em 2001 prestou o concurso de

TrajetóriaTrajetóriaTrajetóriaTrajetóriaTrajetória

Furtos e fraudes representam umFurtos e fraudes representam umFurtos e fraudes representam umFurtos e fraudes representam umFurtos e fraudes representam umrombo de R$ 5 bilhões por ano para asrombo de R$ 5 bilhões por ano para asrombo de R$ 5 bilhões por ano para asrombo de R$ 5 bilhões por ano para asrombo de R$ 5 bilhões por ano para asdistribuidoras de energia elétrica. distribuidoras de energia elétrica. distribuidoras de energia elétrica. distribuidoras de energia elétrica. distribuidoras de energia elétrica. AAAAArevelação foi feita pelo procuradorrevelação foi feita pelo procuradorrevelação foi feita pelo procuradorrevelação foi feita pelo procuradorrevelação foi feita pelo procurador-----geral da geral da geral da geral da geral da Agência Nacional de EnergiaAgência Nacional de EnergiaAgência Nacional de EnergiaAgência Nacional de EnergiaAgência Nacional de EnergiaElétrica (ANEEL), Cláudio Girardi,Elétrica (ANEEL), Cláudio Girardi,Elétrica (ANEEL), Cláudio Girardi,Elétrica (ANEEL), Cláudio Girardi,Elétrica (ANEEL), Cláudio Girardi,durante a realização da Jornadadurante a realização da Jornadadurante a realização da Jornadadurante a realização da Jornadadurante a realização da JornadaJurídica de Direito de Energia, noJurídica de Direito de Energia, noJurídica de Direito de Energia, noJurídica de Direito de Energia, noJurídica de Direito de Energia, noJurerê Beach VJurerê Beach VJurerê Beach VJurerê Beach VJurerê Beach Village, em Florianópolis,illage, em Florianópolis,illage, em Florianópolis,illage, em Florianópolis,illage, em Florianópolis,nos dias 27 e 28 de julho.nos dias 27 e 28 de julho.nos dias 27 e 28 de julho.nos dias 27 e 28 de julho.nos dias 27 e 28 de julho.

Para o procurador, é preciso que oJudiciário tenha uma percepção darelevância dessa questão. “Muitasvezes, os juízes não acatam a resoluçãoda ANEEL, que permite a cobrança daenergia fraudada por clientes. Issoacaba beneficiando o fraudador eprejudicando a arrecadação dasempresas e dos demais usuários”ressaltou. Girardi lembra que o furtode energia é crime, e quem acabapagando essa conta é a própriacoletividade, já que parte dessas perdasé incorporada à tarifa. O diretorjurídico-institucional da CelescDistribuição, Marcelo Gasparino daSilva, estima as perdas da empresa emtorno de 6%, envolvendo o furto(também conhecido como “gato”) e as

fraudes.A Jornada Jurídica de Direito de

Energia foi promovida pela CelescDistribuição e pelo Instituto Abradee,com o apoio da Associação dosMagistrados Catarinenses (AMC), ediscutiu pontos importantes dalegislação, das resoluções e das decisõesjudiciais referentes ao setor elétrico,com a presença de trêsdesembargadores, dois ministros doSuperior Tribunal de Justiça (STJ) -Paulo Gallotti e João Otávio deNoronha -, advogados e investidores,contando com mais de 160participantes de diversas regiões dopaís. Os presidentes da Associação dosMagistrados Catarinenses (AMC) e daAssociação dos Magistrados Brasileiros(AMB), respectivamente os juízes JoséAgenor de Aragão e Rodrigo Collaço,também participaram do evento.

IncidênciaIncidênciaIncidênciaIncidênciaIncidênciaO desembargador Francisco José

Rodrigues de Oliveira Filho, doTribunal de Justiça de Santa Catarina(TJ/SC), surpreendeu ao expor a suainterpretação em relação à incidênciade ICMS na demanda reservada de

potência, levandoem conta aResolução 456/00da AgênciaNacional de Ener-gia de Elétrica(ANEEL). Ojurista participouda Jor-nada comop a - l e s t r a n t e ,ocasião em quedefendeu posiçãodiferente daadotada peloSuperior Tribunal de Justiça (STJ), quenão considera a incidência do ICMS nademanda reservada e não utilizada pelocliente.

O magistrado entende que a reservade demanda de potência, por parte dadistribuidora, representa um serviçoadicional além da entrega da energia.Para ele, a distribuidora prepara todauma estrutura para atender asolicitação da empresa, normalmente,de grandes clientes. Esse serviço,cobrado pela distribuidora, deve sofrera incidência do ICMS, mesmo que aenergia não seja entregue.

O diretor jurídico da Associação

Fabrício de Almeida

Ministro do STJ Paulo Gallotti participou da Jornada de Direito

Brasileira de Distribuidoras de EnergiaElétrica (Abradee), Braz Pesce Russo,observou que essa postura de levar emconta as resoluções da ANEEL por umdesembargador é bastante inovadora,já que os tribunais e as mais altascortes do país não costumam consideraras resoluções da agência em suasdecisões.

Alertou ainda que as distribuidoraspodem enfrentar problemas no futurocom o não recolhimento desse tributo,caso a decisão seja revertida eminstâncias superiores. “A visão dodesembargador Oliveira Filho ébastante consistente”, observou Russo.

Congresso da AMC debate o papel do Judiciário em SC e no BrasilOs magistrados catarinenses terãoOs magistrados catarinenses terãoOs magistrados catarinenses terãoOs magistrados catarinenses terãoOs magistrados catarinenses terão

uma ótima oportunidade para discutiruma ótima oportunidade para discutiruma ótima oportunidade para discutiruma ótima oportunidade para discutiruma ótima oportunidade para discutiros rumos do Poder Judiciário brasileiroos rumos do Poder Judiciário brasileiroos rumos do Poder Judiciário brasileiroos rumos do Poder Judiciário brasileiroos rumos do Poder Judiciário brasileiroe de Santa Catarina no próximo mês dee de Santa Catarina no próximo mês dee de Santa Catarina no próximo mês dee de Santa Catarina no próximo mês dee de Santa Catarina no próximo mês deoutubro, durante o Congresso Estadualoutubro, durante o Congresso Estadualoutubro, durante o Congresso Estadualoutubro, durante o Congresso Estadualoutubro, durante o Congresso Estadualda da da da da Associação dos MagistradosAssociação dos MagistradosAssociação dos MagistradosAssociação dos MagistradosAssociação dos MagistradosCatarinenses (AMC). Os associadosCatarinenses (AMC). Os associadosCatarinenses (AMC). Os associadosCatarinenses (AMC). Os associadosCatarinenses (AMC). Os associadospoderão debater o papel das instituiçõespoderão debater o papel das instituiçõespoderão debater o papel das instituiçõespoderão debater o papel das instituiçõespoderão debater o papel das instituiçõese membros da Justiça no atual contextoe membros da Justiça no atual contextoe membros da Justiça no atual contextoe membros da Justiça no atual contextoe membros da Justiça no atual contextonacional em uma série de seminários,nacional em uma série de seminários,nacional em uma série de seminários,nacional em uma série de seminários,nacional em uma série de seminários,conferências e palestras.conferências e palestras.conferências e palestras.conferências e palestras.conferências e palestras.

Com o tema “Perspectivas para oPoder Judiciário no Século XXI”, oevento terá como sede o Recanto dasÁguas Hotel, em Balneário Camboriú.O Congresso está agendado para os dias26 e 27 de outubro deste ano. Entre osassuntos que serão postos emdiscussão, destacam-se o papel doSupremo Tribunal Federal (STF) noatual momento nacional e a atuação dojuiz na sociedade contemporânea.

Inscrições e hospedagensInscrições e hospedagensInscrições e hospedagensInscrições e hospedagensInscrições e hospedagensA AMC vai custear duas diárias no

Recanto das Águas Hotel, emapartamento duplo, para cadaassociado da ativa durante a realizaçãodo Congresso. A diária inclui café damanhã, almoço e jantar. O magistradocom preferência por apartamento singleterá de quitar a diferença de valores –R$ 140. Já o associado participante quenão se hospedar no hotel terá as

despesas com alimentação custeadaspela Associação.

As fichas de inscrições do eventoserão disponibilizadas aos asso-ciadosem breve, e deverão ser enviadas comos dados dos magis-trados até o dia dezde outubro para o [email protected], ou para o fax (48)3231-3001. Dúvidas e informaçõespodem ser solucionadas e obtidas pelotelefone (48) 3231-3011.

ingressou na carreira em 31 de janeirode 2002. Como juíza substituta passoupelas comarcas de Brusque, Blumenau eGaspar. Após ser promovida à juíza deDireito, trabalhou nas comarcas de SãoDomingos e Jaguaruna. Para facilitar otratamento da doença, a qual lutavahavia dois anos e meio, Daniela judicouna comarca da Capital, onde atuou nasVaras da Fazenda, Família e Precatórias.

Vários magistrados, mesmo os quenão a conheciam pessoalmente,impossibilitados de comparecer ao últimoadeus à colega, manifestaram através demensagens via e-mail suas condolências.“Eu não conhecia a Daniela. Mas quandoa substitui em Gaspar, todos, semexceção, diziam que ela eracompetentíssima, ágil ao extremo e cheiade vida. Os que a conheceram certamente

poderão atestar isto. Que Deus dê forçase fé para os pais, familiares e amigosdela. Que eles entendam que, se ela foitirada tão precocemente do convíviodeles, é porque este mundo não acomportava mais; há algo muito maisgrandioso esperando por ela. Minhashomenagens a este ser de luz que sedespede”, sublinhou o juiz FernandoSpeck de Souza.

ingresso na magistratura de SC,classificando-se em 3º lugar - Tomouposse em 31 de janeiro de 2002.Participou da Academia Judicial defevereiro a abril de 2002- Assumiu como juíza substituta dacomarca de Brusque em maio de2003. Transferiu-se para Blumenauem 2003 e, logo após, para Gaspar- Em setembro de 2004 assumiucomo juíza de Direito na comarca deSão Domingos e, em 2006, emJaguaruna.

Acervo da família

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O JUDICIÁRIO Agosto de 200712

AssociativismoAssociativismoAssociativismoAssociativismoAssociativismo

A estimativa é de que com os novos magistrados seja possível julgar mais 10 mil processos por ano, além do volume registrado atualmente

TJ catarinense terá mais dez desembargadores

Comissão define data e local do6º Jogos da Magistratura estadual

A Comissão Central OrganizadoraA Comissão Central OrganizadoraA Comissão Central OrganizadoraA Comissão Central OrganizadoraA Comissão Central Organizadorados VI Jogos da Magistraturados VI Jogos da Magistraturados VI Jogos da Magistraturados VI Jogos da Magistraturados VI Jogos da MagistraturaCatarinense definiu a agenda e o localCatarinense definiu a agenda e o localCatarinense definiu a agenda e o localCatarinense definiu a agenda e o localCatarinense definiu a agenda e o localde realização da competição em reuniãode realização da competição em reuniãode realização da competição em reuniãode realização da competição em reuniãode realização da competição em reuniãofeita no último dia 18 de julho. feita no último dia 18 de julho. feita no último dia 18 de julho. feita no último dia 18 de julho. feita no último dia 18 de julho. AsAsAsAsAsdisputas estão marcadas para ocorrerdisputas estão marcadas para ocorrerdisputas estão marcadas para ocorrerdisputas estão marcadas para ocorrerdisputas estão marcadas para ocorrerentre 15 e 17 de novembro deste ano,entre 15 e 17 de novembro deste ano,entre 15 e 17 de novembro deste ano,entre 15 e 17 de novembro deste ano,entre 15 e 17 de novembro deste ano,na sede balneária da na sede balneária da na sede balneária da na sede balneária da na sede balneária da Associação dosAssociação dosAssociação dosAssociação dosAssociação dosMagistrados Catarinenses (AMC), emMagistrados Catarinenses (AMC), emMagistrados Catarinenses (AMC), emMagistrados Catarinenses (AMC), emMagistrados Catarinenses (AMC), emFlorianópolis.Florianópolis.Florianópolis.Florianópolis.Florianópolis.

A organização e a coordenação dos

AAAAA Associação dos MagistradosAssociação dos MagistradosAssociação dos MagistradosAssociação dos MagistradosAssociação dos MagistradosCatarinenses (AMC) firmou convênioCatarinenses (AMC) firmou convênioCatarinenses (AMC) firmou convênioCatarinenses (AMC) firmou convênioCatarinenses (AMC) firmou convêniocom a "Amedeo – made in Italy",com a "Amedeo – made in Italy",com a "Amedeo – made in Italy",com a "Amedeo – made in Italy",com a "Amedeo – made in Italy",especializada em vinhos e roupasespecializada em vinhos e roupasespecializada em vinhos e roupasespecializada em vinhos e roupasespecializada em vinhos e roupasmasculinas de alta qualidade. Depois demasculinas de alta qualidade. Depois demasculinas de alta qualidade. Depois demasculinas de alta qualidade. Depois demasculinas de alta qualidade. Depois dese estabilizar com uma loja em Paris (ase estabilizar com uma loja em Paris (ase estabilizar com uma loja em Paris (ase estabilizar com uma loja em Paris (ase estabilizar com uma loja em Paris (aMaison Zardo) e com o Emporio FrancêsMaison Zardo) e com o Emporio FrancêsMaison Zardo) e com o Emporio FrancêsMaison Zardo) e com o Emporio FrancêsMaison Zardo) e com o Emporio Francês(importadora de vinhos franceses,(importadora de vinhos franceses,(importadora de vinhos franceses,(importadora de vinhos franceses,(importadora de vinhos franceses,situada em Florianópolis, há dez anos),situada em Florianópolis, há dez anos),situada em Florianópolis, há dez anos),situada em Florianópolis, há dez anos),situada em Florianópolis, há dez anos),o empresário Vo empresário Vo empresário Vo empresário Vo empresário Vitor Zardo inaugurou emitor Zardo inaugurou emitor Zardo inaugurou emitor Zardo inaugurou emitor Zardo inaugurou emsetembro de 2006 a setembro de 2006 a setembro de 2006 a setembro de 2006 a setembro de 2006 a Amedeo – made inAmedeo – made inAmedeo – made inAmedeo – made inAmedeo – made inItalyItalyItalyItalyItaly.....

Localizada no interior do MajesticPalace Hotel, na Beira Mar Norte, emFlorianópolis, a Amedeo possui uma linhade ternos italianos importados feitos comos tecidos mais conceituados e tradicionaisda Itália: Loro Piana, Cerutti, Zegna –cortados em fio Super 110, Super 120 esuper 150. Além disso, possui camisasGregory italianas, gravatas napolitanasP.R.A.G.A, abotoaduras, blazers de veludo,lã fria e pullovers. Juntamente à modamasculina, no interior da loja encontra-seuma adega com rótulos de procedência ereferência internacionais de Bordeaux eBorgonha.

Para trajes - ternos, camisas, gravatas,calças, blazers avulsos de veludo, lã fria,pullovers e gabardines – a Amedeoconcederá aos associados da AMCdescontos variam de 5% a 15%. A Amedeopratica nos vinhos preços bem inferioresaos do mercado, pois seu foco é a vendaem grande quantidade para vários estados

AMC firma convênio com hotel eloja Amedeo de vinhos e ternos

do Brasil. Os descontos variam de 5% a15%.

Hotel Refúgio do EstaleiroHotel Refúgio do EstaleiroHotel Refúgio do EstaleiroHotel Refúgio do EstaleiroHotel Refúgio do EstaleiroA AMC também fechou convênio com

o hotel Refúgio do Estaleiro, localizado emmeio à Mata Atlântica, no município dePorto Belo. Além do desconto de 10% sobrea tarifa vigente, o hotel oferece umaestrutura de lazer composta por trilhasecológicas, quadra de tênis, fitness center,sauna, piscina e piscina comhidromassagem, restaurante e pizzariaforno a lenha. Também conta com serviçosde massagens estéticas e/ou relaxantes,pilates, além de cavalgadas, pedaladas,mergulho, visita à Ilha de Porto Belo, aoalambique do Alemão e ao Instituto Boide Mamão, passeios off road e de barco,pescaria e trilhas.

Loja Amedeo: requinte é a tônica do ambienteComissão fará reuniões periódicas para preparar e garantir o sucesso do evento

Rachel Ramos

Presidente da AMC, juiz José Agenor de Aragão (à direita) acompanhou a tramitação do projeto

O governador do Estado, LuizO governador do Estado, LuizO governador do Estado, LuizO governador do Estado, LuizO governador do Estado, LuizHenrique da Silveira (PMDB),Henrique da Silveira (PMDB),Henrique da Silveira (PMDB),Henrique da Silveira (PMDB),Henrique da Silveira (PMDB),sancionou, no dia 25 de agosto, osancionou, no dia 25 de agosto, osancionou, no dia 25 de agosto, osancionou, no dia 25 de agosto, osancionou, no dia 25 de agosto, oprojeto que cria dez novos cargos deprojeto que cria dez novos cargos deprojeto que cria dez novos cargos deprojeto que cria dez novos cargos deprojeto que cria dez novos cargos dedesembargador do Tdesembargador do Tdesembargador do Tdesembargador do Tdesembargador do Tribunal de Justiçaribunal de Justiçaribunal de Justiçaribunal de Justiçaribunal de Justiçade Santa Catarina (TJ/SC), ampliandode Santa Catarina (TJ/SC), ampliandode Santa Catarina (TJ/SC), ampliandode Santa Catarina (TJ/SC), ampliandode Santa Catarina (TJ/SC), ampliandopara 50 o número de magistrados napara 50 o número de magistrados napara 50 o número de magistrados napara 50 o número de magistrados napara 50 o número de magistrados nareferida corte. referida corte. referida corte. referida corte. referida corte. AAAAA AssembléiaAssembléiaAssembléiaAssembléiaAssembléiaLegislativa de Santa Catarina já oLegislativa de Santa Catarina já oLegislativa de Santa Catarina já oLegislativa de Santa Catarina já oLegislativa de Santa Catarina já ohavia aprovado no dia 1havia aprovado no dia 1havia aprovado no dia 1havia aprovado no dia 1havia aprovado no dia 11 de julho, em1 de julho, em1 de julho, em1 de julho, em1 de julho, emvotação unânime.votação unânime.votação unânime.votação unânime.votação unânime.

A matéria, apreciada em dois turnosde votação, recebeu voto favorável dos35 deputados presentes à sessão. Opresidente da Associação dosMagistrados Catarinenses (AMC), juizJosé Agenor de Aragão, integrou acomitiva liderada pelo presidente doTJ, desembargador Pedro Abreu - daqual também fizeram partedesembargadores, juízes, assessores eservidores do Judiciário – queacompanhou os trabalhos no auditóriodo plenário da Alesc. Como já se anteviapelos contatos mantidos nas últimassemanas com os parlamentares,esclarecidos da importância do projeto,a matéria obteve aprovação consensual,em votação que não durou mais de dezminutos. A expectativa do TJ é que osnovos desembargadores, após o devidoprocesso de escolha, possam tomarposse entre os meses de setembro eoutubro.

O presidente do Tribunal de Justiça,comemorou o resultado da votação e aconseqüente aprovação do projeto quevai ampliar o número dedesembargadores do TJ em 25%.Segundo a Constituição, oito deles virãoda carreira da magistratura e doisserão escolhidos a partir de processoseletivo comandado pelo MinistérioPúblico e pela Ordem dos Advogados doBrasil (OAB), nas chamadas vagas doQuinto Constitucional. O impacto

financeiro da implantação dos novoscargos – cerca de R$ 2,5 milhões nesteano – foi minimizado pelo presidentefrente ao incremento que o 2º Grau dejurisdição vai receber com os novosdesembargadores. A estimativa é quepossam ser julgados mais dez milprocessos/ano com a implantação doscargos. Uma boa notícia quando se sabeque a taxa de congestionamento no TJregistrou crescimento em 2006. Só noprimeiro semestre deste ano

ingressaram mais de 30 mil processosno Tribunal, número que pode chegaraos 60 mil até o final de 2007.

O aumento no número dedesembargadores do Tribunal deJustiça, anunciou o desembargadorPedro Manoel Abreu, terá reflexoimediato no projeto que prevê a criaçãoe especialização de novas câmarasjulgadoras. “Creio que será possívelcriar de três a quatro novas câmaras”,adiantou o presidente do TJ. A primeiradelas, na área penal, teria competênciaexclusiva para julgar casos de crimescontra a administração pública. Asegunda analisaria ações da área defamília, juventude e idosos. Outra, naárea de direito público, trabalharia commatéria tributária e acidentes detrabalho. “Temos que dar atenção àdemanda social, no sentido de honrar olema de nossa administração, que évoltada à Justiça cidadã”, completou. Opresidente frisou também que, entre osplanos de sua gestão até 2008, estãocontempladas ações voltadas para o 1ºgrau de jurisdição, como a implantaçãode 14 novas varas e o ingresso de novosjuízes. “Como já dissemosanteriormente, nosso projeto não serestringe ao TJ e aos novos cargos dedesembargador, temos compromissocom toda a instituição e para isso iremosexecutar os demais pontos do PlanoEstratégico de Ação”, complementou.

Fabrício Severino

Jogos são de competência da ComissãoCentral Organizadora, convocada einstalada para organizar o evento. AComissão, formada pelos juízes GeraldoCorrêa Bastos, Augusto César AlletAguiar e Paulo Tzelikis, fará uma novareunião em agosto, já com a participaçãoda coordenação de arbitragem, paradefinir os últimos detalhes do evento. Oobjetivo é fazer com que os Jogos sejamum elo de integração social e esportivaentre as comarcas catarinenses.

Fabrício Severino

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O JUDICIÁRIOAgosto de 200713

AssociativismoAssociativismoAssociativismoAssociativismoAssociativismo

Levantamento feito pelo projeto Agente da Paz mostra que em 100% dos casos não há restrições legais contra a venda do produto a jovens

Venda de soda cáustica não tem controle em SC

Em outubro de 2006, a garotaEm outubro de 2006, a garotaEm outubro de 2006, a garotaEm outubro de 2006, a garotaEm outubro de 2006, a garotaFernanda Noronha – de três anos –Fernanda Noronha – de três anos –Fernanda Noronha – de três anos –Fernanda Noronha – de três anos –Fernanda Noronha – de três anos –faleceu após tomar água em uma canecafaleceu após tomar água em uma canecafaleceu após tomar água em uma canecafaleceu após tomar água em uma canecafaleceu após tomar água em uma canecacom restos de soda cáustica esquecidacom restos de soda cáustica esquecidacom restos de soda cáustica esquecidacom restos de soda cáustica esquecidacom restos de soda cáustica esquecidapor uma funcionária no chão de um dospor uma funcionária no chão de um dospor uma funcionária no chão de um dospor uma funcionária no chão de um dospor uma funcionária no chão de um dosbanheiros da creche municipalbanheiros da creche municipalbanheiros da creche municipalbanheiros da creche municipalbanheiros da creche municipalSementes do Sementes do Sementes do Sementes do Sementes do Amanhã, de BalneárioAmanhã, de BalneárioAmanhã, de BalneárioAmanhã, de BalneárioAmanhã, de BalneárioCamboriú.Camboriú.Camboriú.Camboriú.Camboriú.

Apesar do acidente ter deixado asociedade da cidade litorânea perplexa,levantamento realizado pelo projeto“Agente da Paz” da Associação dosMagistrados Catarinenses (AMC)mostra que a substância tóxica continuacom sua venda liberada a crianças nossupermercados do município.Comissários da Infância e da Juventudee conselheiros tutelares da comarca

Paula Reverbelentrevistaram gerentes de 21supermercados e constataram que em100% dos casos não há restrições legaiscontra a venda do produto a jovens e quenão há nenhuma orientação daVigilância Sanitária quanto à exposição,venda ou compra do material.

Todos os estabelecimentos deBalneário Camboriú consultadosvendem a soda cáustica, e em 70% delesa substância fica exposta em prateleirasde fácil acesso – na parte baixa dasestantes ou no chão –, ao alcance dasmãos de qualquer criança. Olevantamento comprovou a facilidade deum jovem adquirir o material aoverificar que em 45% dos supermercadosos gerentes assumiram que vendem oproduto a menores sem qualquerrestrição.

A constatação da ausência deregulamentação fez a coordenadora do“Agente da Paz”, juíza Sônia Moroso,encaminhar um ofício à direçãoestadual da Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa) pedindoprovidências contra o problema. “Nãoé certo que produto tão maléfico possaser vendido em todos ossupermercados, sem qualquerorientação legal preventiva, estandoem lugares de fácil acesso a qualquercriança”, anotou a magistrada. Para ajuíza, trata-se de um caso de saúdepública e não apenas de “uma situaçãopontual e fatídica, já que inúmeros sãoos casos de seqüelas irreversíveis oumesmo óbito por ingestão do produto[soda cáustica]”.

O problema repercutiu também no

Embalagens com substância ficam expostas em prateleiras de fácil acesso nos supermercados

Dia da Saúde do Magistrado contará com palestras sobre previdênciaAAAAA Associação dos MagistradosAssociação dos MagistradosAssociação dos MagistradosAssociação dos MagistradosAssociação dos Magistrados

Catarinenses (AMC) promove, no finalCatarinenses (AMC) promove, no finalCatarinenses (AMC) promove, no finalCatarinenses (AMC) promove, no finalCatarinenses (AMC) promove, no finalde semana de 22 a 23 de setembro, ode semana de 22 a 23 de setembro, ode semana de 22 a 23 de setembro, ode semana de 22 a 23 de setembro, ode semana de 22 a 23 de setembro, oIV Dia da Saúde do Magistrado noIV Dia da Saúde do Magistrado noIV Dia da Saúde do Magistrado noIV Dia da Saúde do Magistrado noIV Dia da Saúde do Magistrado noHotel Blue THotel Blue THotel Blue THotel Blue THotel Blue Tree Premium – Colinaree Premium – Colinaree Premium – Colinaree Premium – Colinaree Premium – ColinaMonthez em Brusque (RodoviaMonthez em Brusque (RodoviaMonthez em Brusque (RodoviaMonthez em Brusque (RodoviaMonthez em Brusque (RodoviaAntônio Heil, km 29, telefone (47)Antônio Heil, km 29, telefone (47)Antônio Heil, km 29, telefone (47)Antônio Heil, km 29, telefone (47)Antônio Heil, km 29, telefone (47)3251-3700).3251-3700).3251-3700).3251-3700).3251-3700).

Os magistrados e familiares terão

à disposição uma ampla área de lazer,com piscina térmica interna, sauna,piscina externa, sala de jogos, quadra detênis e quadra poliesportiva, cancha debocha, pista de cooper, um belíssimobosque, playground e churrasqueira àbeira da piscina. Estão programadastambém duas palestras sobreprevidência privada.

Além disso, estará a postos uma

equipe de profissionais da área da saúdee da educação física qualificados paraacompanhá-los durante as atividades.

O associado que quiser participar doevento deve preencher ficha de inscrição(que pode ser solicitada pelo [email protected]) e enviá-la,impreterivelmente, até 20 de agostopara o fax (48) 3231-3001 aos cuidadosde Andréa ou Priscila.

círculo político catarinense, com acriação do Projeto de Lei 265.2/07 pelodeputado estadual Edson Piriquito(PMDB). A iniciativa, apelidada de “LeiFernanda”, pretende regulamentar avenda da substância em SantaCatarina. Para Piriquito, além dagarota de três anos, “muitas outrascrianças e adolescentes são vítimas deatos descuidados ou propositais poringestão de produtos corrosivos ácidosou alcalinos”, e a “utilização dessesprodutos em estabelecimentos deensino, ou mesmo dentro dasresidências, sem qualquer critériotécnico, é responsável por inúmerasocorrências de perigo de morte”. OProjeto de Lei está tramitando naAssembléia, mas ainda não tem datadefinida para ir a votação em plenário.

Descuido de servidoras da creche provocou morte da menina FernandaO acidente com a garota FernandaO acidente com a garota FernandaO acidente com a garota FernandaO acidente com a garota FernandaO acidente com a garota Fernanda

Noronha na creche Sementes do Noronha na creche Sementes do Noronha na creche Sementes do Noronha na creche Sementes do Noronha na creche Sementes do AmanhãAmanhãAmanhãAmanhãAmanhãocorreu no dia 17 de outubro do anoocorreu no dia 17 de outubro do anoocorreu no dia 17 de outubro do anoocorreu no dia 17 de outubro do anoocorreu no dia 17 de outubro do anopassado. passado. passado. passado. passado. AAAAA caneca com soda cáustica caneca com soda cáustica caneca com soda cáustica caneca com soda cáustica caneca com soda cáusticaencontrada pela menina foi deixada noencontrada pela menina foi deixada noencontrada pela menina foi deixada noencontrada pela menina foi deixada noencontrada pela menina foi deixada nochão de um dos banheiros da instituiçãochão de um dos banheiros da instituiçãochão de um dos banheiros da instituiçãochão de um dos banheiros da instituiçãochão de um dos banheiros da instituiçãopor uma funcionária responsável pelapor uma funcionária responsável pelapor uma funcionária responsável pelapor uma funcionária responsável pelapor uma funcionária responsável pelalimpeza do local. Fernanda ingeriu olimpeza do local. Fernanda ingeriu olimpeza do local. Fernanda ingeriu olimpeza do local. Fernanda ingeriu olimpeza do local. Fernanda ingeriu oproduto e faleceu após passar 15 diasproduto e faleceu após passar 15 diasproduto e faleceu após passar 15 diasproduto e faleceu após passar 15 diasproduto e faleceu após passar 15 diasinternada no Hospital Universitáriointernada no Hospital Universitáriointernada no Hospital Universitáriointernada no Hospital Universitáriointernada no Hospital UniversitárioPequeno Pequeno Pequeno Pequeno Pequeno Anjo, em Itajaí – cidade vizinhaAnjo, em Itajaí – cidade vizinhaAnjo, em Itajaí – cidade vizinhaAnjo, em Itajaí – cidade vizinhaAnjo, em Itajaí – cidade vizinhaa Balneário Camboriú.a Balneário Camboriú.a Balneário Camboriú.a Balneário Camboriú.a Balneário Camboriú.

Após a fatalidade, sete funcionáriosforam afastados temporariamente e aresponsabilidade pela tragédia foiinvestigada através de sindicância. A

secretária municipal de Educação, Silviade Mello, disse na época que tratou-se de“um caso isolado, um acidente, [que] omunicípio não compra esse tipo de produto[soda cáustica], nem similares com estasubstância, e o que estava lá foi compradopela coordenação da creche, que foiafastada”.

Uma nova coordenadora foi entãocontratada para a Sementes do Amanhãe a Secretaria de Educação reiterou queas 40 unidades de ensino do municípiodeveriam solicitar o serviço deprofissionais para resolver problemas demanutenção e limpeza – recomendaçãonão seguida no caso da garota Fernanda.Na época, a Secretaria disponibilizava

para as creches uma empresa demanutenção, através de contrato, paracasos como o de entupimentos de canos.A unidade em questão já tinha sidoatendida outras vezes pela empresa,antes deste episódio.

Na Justiça, a Prefeitura da cidade foicondenada a indenizar em R$ 800 mil ospais da vítima. A juíza Adriana Lisboa,da Vara da Fazenda Pública da comarcade Balneário Camboriú, condenou omunicípio ao pagamento do montantecomo forma de reparação por danosmorais ao casal Fernando Noronha eLindamara Cruz. A Prefeitura foisentenciada ainda ao pagamento de R$1,9 mil por danos materiais e mais R$

85,3 mil equivalente à pensão mensalvariável que os pais teriam direito entreos 14 e os 65 anos de idade da menina.

De acordo com a magistrada, ficoucomprovado que houve o descuido dasservidoras da instituição. “A funcionáriada creche aplicou o produto sem ascautelas devidas, usando para medir oproduto uma caneca idêntica àquelasusadas pelas crianças da creche nasrefeições, deixando-a no banheiro dascrianças que fica na própria sala deaula”, afirmou.

A sentença foi proferida em maiodeste ano. Por se tratar de condenaçãocontra órgão governamental, a matériaserá revista pelo Tribunal de Justiça.

A AMC custeará uma diária porassociado (a), incluindo café da manhã,almoço e jantar. Os participantes quenão utilizarem hospedagem deverãopreencher a ficha de inscrição,garantindo assim as refeições por contada AMC.

Mais informações com a Assessoriade Eventos da AMC, no telefone (48)3231-3011.

Conhecida popularmente como sodacáustica, a substância tem o nomecientífico de Hidróxido de Sódio. O produtoé usado na indústria química na fabricaçãode papel, tecidos e detergentes. Devido aoseu poder corrosivo, o material passou aser amplamente utilizado na limpeza decanos e tubulações de residências.

A soda cáustica possui ação corrosivasobre os tecidos da pele, olhos e mucosas.O contato com a pele ou os olhos causaqueimaduras graves, podendo resultar emcegueira permanente no segundo caso. Ainalação causa irritação nas vias aéreassuperiores, ocasionando tosse, sensaçãode engasgo, queima da garganta e edemapulmonar. Já a ingestão da substância traz

O que é a soda cáustica?O que é a soda cáustica?O que é a soda cáustica?O que é a soda cáustica?O que é a soda cáustica?

graves danos ao sistema gastrointestinal,como queimaduras de alto grau no esôfagoe estômago.

Ao contrário do senso comum querecomenda a indução do vômito em casosde ingestão do produto, as medidas deprimeiros socorros necessárias para aredução dos danos desqualifica a prática.Ao vomitar, a soda cáustica percorrenovamente parte do sistema digestivo,duplicando os danos na traquéia e garganta,por exemplo. O procedimento correto éfazer a vítima beber uma grande quantidadede água para haver a diluição da sodacáustica – além de manter a pessoa em localventilado e providenciar socorro médicoimediatamente.

Page 14: Vara especializada auxilia o ACIDENTE combate contra a ... · em Joaçaba; e o seu irmão, o professor Manoel Lobão de Queiroz, representante da UFSC. Cartas imprensa@amc.org.br

O JUDICIÁRIO Agosto de 200714

Decisões JudiciaisDecisões JudiciaisDecisões JudiciaisDecisões JudiciaisDecisões Judiciais

Zona Azul não garante a segurança dos veículosO poder público ou a concessionáriaO poder público ou a concessionáriaO poder público ou a concessionáriaO poder público ou a concessionáriaO poder público ou a concessionária

que gerencia o estacionamento nasque gerencia o estacionamento nasque gerencia o estacionamento nasque gerencia o estacionamento nasque gerencia o estacionamento nasáreas denominadas “Zona áreas denominadas “Zona áreas denominadas “Zona áreas denominadas “Zona áreas denominadas “Zona Azul” nãoAzul” nãoAzul” nãoAzul” nãoAzul” nãoprecisam se responsabil izar pelaprecisam se responsabil izar pelaprecisam se responsabil izar pelaprecisam se responsabil izar pelaprecisam se responsabil izar pelaguarda e vigi lância dos veículosguarda e vigi lância dos veículosguarda e vigi lância dos veículosguarda e vigi lância dos veículosguarda e vigi lância dos veículosestacionados nas vias públicas deestacionados nas vias públicas deestacionados nas vias públicas deestacionados nas vias públicas deestacionados nas vias públicas deFlorianópolis, apesar do sistema cobrarFlorianópolis, apesar do sistema cobrarFlorianópolis, apesar do sistema cobrarFlorianópolis, apesar do sistema cobrarFlorianópolis, apesar do sistema cobraruma taxa por cada hora de uso dasuma taxa por cada hora de uso dasuma taxa por cada hora de uso dasuma taxa por cada hora de uso dasuma taxa por cada hora de uso dasvagas.vagas.vagas.vagas.vagas.

Trata-se apenas de uma locação deespaço público para controlar osestacionamentos do centro da cidade,gerando uma maior rotatividade dasvagas e, por conseqüência, oatendimento de interesse públicoespecífico.

Foi com base neste entendimentoque a 3ª Câmara de Direito Público doTJ, em matéria sob relatoria dodesembargador Luiz Cézar Medeiros,manteve decisão da Comarca daCapital que negou indenização parauma motorista cujo carro foi furtado emárea identificada como “Zona Azul”, narua Durval Melquiades de Souza, nocentro de Florianópolis. Ao entenderque não existe uma relação de consumoentre o motorista e a administradorado sistema Zona Azul, o magistradonegou a aplicação do Código de Defesado Consumidor.

“Ao contrário do alegado pelainsurgente, não há o ‘consumo’ da vaga,

mas simplesmente a sua utilização pormeio de contrato estabelecido com aAdministração”, anotou odesembargador. Para o relator, nestasituação, aplica-se o princípio daresponsabilidade subjetiva do PoderPúblico. “Exigir a garantia contrafurtos ou outros incidentes (...)seria ilógico e irrazoável ante adesproporcionalidade entre o preçocobrado e o benefício esperado”,constatou.

A própria lei que instituiu a ZonaAzul na Capital regulamentaria acobrança nas áreas de estacionamentosem a obrigação de guarda e vigilânciados veículos. O município não seria

responsabilizado poracidentes, danos, furtos ou quaisqueroutros prejuízos. O relator da matériacitou jurisprudência do TJ gaúcho quereforça seu entendimento. A decisão da3º Câmara foi unânime – três votos afavor e nenhum contrário.

Justiça obriga Unimed a atenderservidores municipais de Tubarão

A seguradora de saúde Unimed foiA seguradora de saúde Unimed foiA seguradora de saúde Unimed foiA seguradora de saúde Unimed foiA seguradora de saúde Unimed foiobrigada pela Justiça a garantirobrigada pela Justiça a garantirobrigada pela Justiça a garantirobrigada pela Justiça a garantirobrigada pela Justiça a garantiratendimento aos membros da atendimento aos membros da atendimento aos membros da atendimento aos membros da atendimento aos membros da AssociaçãoAssociaçãoAssociaçãoAssociaçãoAssociaçãodos Servidores Pdos Servidores Pdos Servidores Pdos Servidores Pdos Servidores Públicos da Prefeitura deTubarão, entidade filiada à empresade seguros, mas com uma dívida deR$ 221.719,59. A decisão foi expedidaem caráter liminar pelo juiz LuizFernando Boller, da 2ª Vara Cível deTubarão, no último dia 13 de julho.

Os débitos da Associação foramcontraídos pelo ex-presidente daentidade, o vereador José Luiz Tancredo.A Associação alegou que Tancredo não

estava mais no cargo quando assumiuas dívidas, e, portanto, o ato seria nulo ea cobrança inadequada. Durante oprocesso prevaleceu a versão dosservidores e a seguradora perdeu acausa.

De acordo com a liminar, “o mal-estarentre os mais de 900 usuários do planode saúde, que, privados do convênio,estariam suportando injustocancelamento de cirurgias previamenteagendadas, interrupção de tratamentosde moléstias graves, etc.” foi a principalrazão para restabelecimento doatendimento através da decisão liminar.

Florianópolis terá que indenizarestudante que caiu em um buraco

A prefeitura de Florianópolis foiA prefeitura de Florianópolis foiA prefeitura de Florianópolis foiA prefeitura de Florianópolis foiA prefeitura de Florianópolis foicondenada a indenizar um pedestre quecondenada a indenizar um pedestre quecondenada a indenizar um pedestre quecondenada a indenizar um pedestre quecondenada a indenizar um pedestre quecaiu em um buraco da caiu em um buraco da caiu em um buraco da caiu em um buraco da caiu em um buraco da AAAAAvenida Maurovenida Maurovenida Maurovenida Maurovenida MauroRamos, via pública localizada na áreaRamos, via pública localizada na áreaRamos, via pública localizada na áreaRamos, via pública localizada na áreaRamos, via pública localizada na áreacentral da cidade.central da cidade.central da cidade.central da cidade.central da cidade.

O município terá de arcar com osdanos materiais e morais sofridos peloestudante Flávio Cardozo, num total deR$ 2 mil. A decisão foi da 3ª Câmara deDireito Público do Tribunal de Justiça.

Conforme consta nos autos, oestudante caminhava por uma calçadada avenida quando caiu no buraco. Acena, assistida por diversas pessoas,causou-lhe constran-gimentos eincômodos, além de lesões no cotoveloe joelho direitos. O jovem precisou serencaminhado para tratamento médicoespecializado e ficou 15 diasimobilizado, sem poder trabalhar eestudar.

claro que a discussão não era sobre areabertura do estabelecimento com umnovo alvará. A questão referia-se àspossibilidade de Nair manter no local aatividade de prostituição.

Segundo os autos, Nair Ottiquir jáfora condenada pelo crimede manutenção de casa deprostituição e nadaimpediria que ela voltassea realizar o negócio com areabertura da boate. “Sefosse concedida a ordempara a reabertura para asatividades de lanchonete,pousada e boate, nadaimpediria que a

prostituição voltasse a ser promovida, jáque a própria Nair não escondeu quehavia shows noturnos de streap-tease”,anotou o relator da matéria.

TJ/SC nega reabertura de casade prostituição em Bal. Camboriú

AAAAA comerciante Nair Ottiquir comerciante Nair Ottiquir comerciante Nair Ottiquir comerciante Nair Ottiquir comerciante Nair Ottiquir, de, de, de, de, deBalneário Camboriú, teve negada naBalneário Camboriú, teve negada naBalneário Camboriú, teve negada naBalneário Camboriú, teve negada naBalneário Camboriú, teve negada naJustiça a reabertura de umJustiça a reabertura de umJustiça a reabertura de umJustiça a reabertura de umJustiça a reabertura de umestabelecimento comercial de suaestabelecimento comercial de suaestabelecimento comercial de suaestabelecimento comercial de suaestabelecimento comercial de suapropriedade que foi fechado pelapropriedade que foi fechado pelapropriedade que foi fechado pelapropriedade que foi fechado pelapropriedade que foi fechado pelaacusação de prática de prostituição. acusação de prática de prostituição. acusação de prática de prostituição. acusação de prática de prostituição. acusação de prática de prostituição. AAAAA 1ª 1ª 1ª 1ª 1ªCâmara Criminal do TJCâmara Criminal do TJCâmara Criminal do TJCâmara Criminal do TJCâmara Criminal do TJnegou mandado denegou mandado denegou mandado denegou mandado denegou mandado desegurança impetrado porsegurança impetrado porsegurança impetrado porsegurança impetrado porsegurança impetrado porNair contra a sentença daNair contra a sentença daNair contra a sentença daNair contra a sentença daNair contra a sentença daComarca da cidadeComarca da cidadeComarca da cidadeComarca da cidadeComarca da cidadelitorânea responsável pelolitorânea responsável pelolitorânea responsável pelolitorânea responsável pelolitorânea responsável pelocancelamento do fun-cancelamento do fun-cancelamento do fun-cancelamento do fun-cancelamento do fun-cionamento da boate.cionamento da boate.cionamento da boate.cionamento da boate.cionamento da boate.

A comerciante pre-tendia alterar a razão socialdo negócio para passar a explorar,teoricamente, atividades de lanchonete,pousada e bar. O relator da matéria,desembargador Solon Neves, deixou

ProprietáriaProprietáriaProprietáriaProprietáriaProprietáriaadmitiu que haviaadmitiu que haviaadmitiu que haviaadmitiu que haviaadmitiu que haviashows noturnosshows noturnosshows noturnosshows noturnosshows noturnosde streap-teasede streap-teasede streap-teasede streap-teasede streap-tease

no seuno seuno seuno seuno seuestabelecimentoestabelecimentoestabelecimentoestabelecimentoestabelecimento

Dono de bar em Araranguá difamado por jornal local será indenizadoA 1ª Câmara de Direito Civil do TJA 1ª Câmara de Direito Civil do TJA 1ª Câmara de Direito Civil do TJA 1ª Câmara de Direito Civil do TJA 1ª Câmara de Direito Civil do TJ

deu provimento ao apelo de Diviodeu provimento ao apelo de Diviodeu provimento ao apelo de Diviodeu provimento ao apelo de Diviodeu provimento ao apelo de DivioTTTTTomaz França e determinou que aomaz França e determinou que aomaz França e determinou que aomaz França e determinou que aomaz França e determinou que aGráfica Editora Gráfica Editora Gráfica Editora Gráfica Editora Gráfica Editora Associados Associados Associados Associados Associados AliançaAliançaAliançaAliançaAliançaindenise por danos morais o valor deindenise por danos morais o valor deindenise por danos morais o valor deindenise por danos morais o valor deindenise por danos morais o valor deR$ 3 mil.R$ 3 mil.R$ 3 mil.R$ 3 mil.R$ 3 mil.

A ação foi movida na comarca deAraranguá, localizada no extremo sulde Santa Catarina. Conforme consta

nos autos, Divio sentiu-se ofendido aover o nome do seu estabelecimentocomercial – Bar do Divio – envolvidoem matéria policial no “Jornal daManhã”.

A publicação declarava a prisão deAntônio Marcos Pereira, preso emflagrante com nove pacotes de maconhae um revolver calibre 38, no “Bar doDivio”, que foi citado como ponto de

Agredido mal Agredido mal Agredido mal Agredido mal Agredido malconseguiuconseguiuconseguiuconseguiuconseguiu

levantar-se apóslevantar-se apóslevantar-se apóslevantar-se apóslevantar-se apósa surra ea surra ea surra ea surra ea surra e

precisou auxílioprecisou auxílioprecisou auxílioprecisou auxílioprecisou auxíliode popularesde popularesde popularesde popularesde populares

TJ confirma pena para lutadorde jiu-jitsu acusado de agressão

O lutador de jiu-jitsu Leonardo daO lutador de jiu-jitsu Leonardo daO lutador de jiu-jitsu Leonardo daO lutador de jiu-jitsu Leonardo daO lutador de jiu-jitsu Leonardo daVVVVVeiga foi condenado em última instânciaeiga foi condenado em última instânciaeiga foi condenado em última instânciaeiga foi condenado em última instânciaeiga foi condenado em última instânciaà pena de um ano e quatro meses deà pena de um ano e quatro meses deà pena de um ano e quatro meses deà pena de um ano e quatro meses deà pena de um ano e quatro meses dereclusão, em regimereclusão, em regimereclusão, em regimereclusão, em regimereclusão, em regimeaberto, por agrediraberto, por agrediraberto, por agrediraberto, por agrediraberto, por agredirAltemir Altemir Altemir Altemir Altemir Amorim emAmorim emAmorim emAmorim emAmorim emBalneário Cam-boriú.Balneário Cam-boriú.Balneário Cam-boriú.Balneário Cam-boriú.Balneário Cam-boriú.

A decisão foi da 1ªCâmara Criminal doTribunal de Justiça. A pena,entretanto, foi substituídapelo paga-mento de dezsalários mínimos embenefício da vítima.

Segundo os autos, Veiga e Amorimparticipavam de um encontro de amigos– conhecido como Stammtisch – pelas ruas

centrais do balneário, quando tiveramuma ligeira discussão. O réu, com oauxílio de outro lutador, agrediu a vítima

com vários golpes de jiu-jitsu.Enquanto o outro rapazimobilizava Amorim com umachave de braço, Veiga aplicavavários golpes de jiu-jitsu navítima.

O agredido sequerconseguiu levantar-se após osgolpes e precisou do auxílio depopulares para serencaminhado ao prontosocorro. As agressões

provocaram ferimentos que deixaramAmorim sem condições de manter suasatividades rotineiras por mais de um mês.

venda de tóxicos na reportagem. Diviogarante que seu estabelecimento não éponto de tráfico. A Gráfica, em suadefesa, alegou que narrou os fatosconforme foram extraídos do Boletim deOcorrência feito pela Polícia Militar epassou a responsabilidade para oEstado de Santa Catarina. “Ora,consabido que o BO é documentopúblico ao alcance de qualquer pessoa

interessada. Assim, cabia à ré trazê-lo,por cópia, juntamente com acontestação. Todavia, não o fazendo, nãose desincumbiu do ônus que lhecompetia, restando configurado o atoilícito e exsurgindo imediatamente parao responsável o dever de indenizar osdanos morais dele decorrentes”, afirmoua relatora do processo, desembargadoraMaria do Rocio Luz Santa Ritta.

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O JUDICIÁRIOAgosto de 200715

R. URTIGÃOR. URTIGÃOR. URTIGÃOR. URTIGÃOR. URTIGÃO

NovosdesembargadoresSancionada no último dia 25 e já

publicada, a nova Lei Complementarque criou os dez novos cargos dedesembargador no TJ/SC já está sendoimplementada. O edital para asinscrições dos magistrados de carreiraque disputarão as vagas de antigüidadee merecimento já está sendoconfeccionado, bem como ascomunicações ao Ministério Públicoestadual e a OAB/SC, das duas vagasdo quinto constitucional que serãoformalizadas nas listas sêxtuplas, quedepois serão reduzidas a tríplices, paraa nomeação de um nome em cada uma.

A primeira vaga de magistrado seráde merecimento - já que a últimapreenchida (do des. Hylton Cunha Jr.)foi de antigüidade – a ser votada peloTribunal Pleno em fins de agosto ouinício de setembro. Posteriormente aopreenchimento das vagas, o Plenodeverá apreciar e deliberar sobre aproposta de criação de quatro novasCâmaras para o TJ, de Direito Público,Civil, Comercial e Criminal - está comcompetência, inclusive, para processare julgar, nos crimes comuns e deresponsabilidades, autoridades públicasestaduais.

A cerimônia acima registrada foiprestigiada por grande número demagistrados, desembargadores,deputados, secretários de Estado,presidente da Assembléia Legislativa epelo próprio governador. Algumaslideranças da “oposição” integrantes doTribunal Pleno não compareceram. Estefato não terá qualquer conseqüênciapara a implementação e votação dosnovos desembargadores. Terá é noprocesso sucessório dos novosdirigentes, com o pleito de cinco dedezembro próximo.

RejeiçãoA OAB/SP levou a sua briga com o

Tribunal de Justiça daquele estadopara o STF. Em setembro de 2006, oTribunal paulista rejeitou a listasêxtupla de candidatos advogados àvaga de desembargador pelo QuintoConstitucional. Alegaram oscomponentes do Órgão Especial que ospretendentes não dispunham de saberjurídico e de reputação ilibada.

O STF, em liminar, considerou o atodo TJ/SP ilegal, não tendo a decisão atéhoje sido cumprida pela Corte paulista.O impasse está causando grandes egraves repercussões negativas entremagistrados e advogados paulistas. AOAB/SP ingressou com reclamação noSTF.

Fundo de PensãoDeu na coluna de Mônica Bergamo

(FSP,17/07): “Os servidores da Justiçadevem lançar, em outubro, seu própriofundo de pensão, o Jusprev. Seráformado por 19 entidades, entreassociações de magistrados e doMinistério Público. O Fundo nãoreceberá recursos públicos e serámantido com a contribuição dosassociados. Em São Paulo, a Apamagis(dos magistrados) e a AssociaçãoPaulista do Ministério Público aderiramao Jusprev. Em dez anos, diz aidealizadora do Fundo, a promotora doParaná Maria Tereza Gomes, “será umdos maiores fundos de pensão do Brasil”.

MegalomaniaO projeto da nova sede do Tribunal

de Justiça de Minas Gerais, umconjunto de oito blocos de quatro e 18andares, está orçado em R$ 400milhões.

Enquanto isto, o Anexo do TJ/SC foiconcluído, como um prédio funcional einteligente (captação de energia solare aproveitamento da água das chuvas,entre outras novidades), com o custo deR$ 17 milhões, feitos os reajusteslegais.

SucessãoEm acórdão de 54 laudas, a Adi

3566, julgada em fevereiro deste anopelo STF (publicada recentemente),examinando dispositivo do RegimentoInterno do TRF da 3ª Região, quedisciplinava as eleições dos seusdirigentes, foram declaradasinconstitucionais, já que liberavamentre os integrantes do Órgão Especialdo Tribunal as candidaturas àPresidência, Vice e Corregedoria. Pelovoto majoritário do ministro Pelusoficou estabelecido que nos processossucessórios eleitorais dos Tribunaisestaduais e federais prevalece odisposto no art. 102 da Loman, que foirecepcionado pela Carta de 1988,orientando que estes colegiados “pelamaioria de seus membros, por votaçãosecreta, elegerão dentre seus juízesmais antigos...” os dirigentes, “salvorecusa manifestada e aceita antes daeleição”.

Saliente-se que para observar-se odispositivo sobre a antigüidade doscandidatos e suas possibilidadeseleitorais, estes devem ter a maioriados votos no colegiado. Não tendo,seguem-se os menos antigos.

Vista da Praça de São José, em 1912, retratada de forma belíssima pelo artista Eduardo Dias

Vôo/SegurançaPilotando a crise aérea, as

autoridades competentes – inclusive oministro Jobim - não falam de umagrave denúncia de técnicosinternacionais sobre a aviação no Brasil.

Dizem que em vários paíseseuropeus os aviões Airbus-A200 e osBoings 737-400/800 não pousam emaeroportos com pistas nas condições deCongonhas. As aeronaves lá sãoequipadas com até 160 poltronas parapassageiros e não com as 180/190, comoos aviões similares da TAM e da GOLno Brasil.

“Cansei”A OAB/SP lançou, no útimo dia 27,

a campanha nacional “MovimentoCívico pelo Direito dos Brasileiros”.

Entre os motes constantes doscartazes estão: “cansei do caos aéreo,cansei de bala perdida, cansei de pagartantos impostos, cansei de empresárioscorruptos...”, expressando a indignaçãocontra os desmando que vêm ocorrendono país.

OAB/QuintoO presidente da OAB/SC, advogado

Paulo Roberto de Borba, recebeu noúltimo dia 22 de julho, em sua residênciaem Jurerê, inúmeros convidados paraum almoço em torno do presidente doConselho Federal da corporação,advogado Cezar Brito, que recentementelançou em nível nacional a campanhadenominada de “Movimento Contra aImpunidade e a Corrupção”.

O assunto predominante no ágape foia disputa pela vaga do QuintoConstitucional que caberá ao ConselhoEstadual escolher, em lista sêxtupla,proximamente para o TJ/SC.Circularam os nomes dos advogadosJoão Henrique Blasi, Oswaldo Horn,Domingos Kriger, Humberto Pradi,entre outros que deverão se inscreverapós a publicação do edital.

CrematórioO novo Crematório inaugurado em

Balneário Camburiú é um dos melhoresdo Brasil – afiançava um juiz do segundograu na cerimônia de inauguração daTorre II – oferecendo a melhor segurançae tecnologia. É de propriedade de um grupode empresários judeus, sendo os potentesfornos crematórios de tecnologia alemã!!!

EngodoO deputado federal Mendes Ribeiro

Filho (PMDB/RS) apresentou projeto delei na Câmara Federal prevendo comoferiado para o Judiciário nacional asdatas de 20 de dezembro a 6 de janeiro,quando nestes períodos, como de praxe,todos os poderes estão em recesso,principalmente o Judiciário. NoSenado, Pedro Simon apresentousubstitutivo ao aludido projeto,alterando o feriado para a suspensãodos prazos forense naquelas datas, oque vem a atender a pretensão dosadvogados.

As férias dos magistrados estãoreguladas no art. 96 da CF, comdisposições da EC/45, que veda fériascoletivas nos juízos e tribunais. Puroengodo a proposição, pois sempre noJudiciário existe plantão para oatendimento dos jurisdicionados, emqualquer circunstância.

LobbyNo último exame unificado da OAB,

realizado simultaneamente em 17estados, a média de aprovação doscandidatos recém-formados nasuniversidades foi de 19%. Entretanto, jáexiste forte “lobby”, na Câmara e noSenado Federal, para acabar com o Examede Ordem, deixando os mais de mil e cemcursos de Direito no país liberados para areprodução de despreparados.

De PlacaAtravés de pequenos gestos e

atitudes, algumas pessoas praticamgrandes cometimentos. Na inauguraçãodo Anexo II do Tribunal de Justiça, opresidente Pedro Manoel Abreudestacou a participação de ex-presidentes que estiveram ligados naconstrução da obra.

Na placa comemorativa, que ficará“ad perpetuam memoriam”, constasomente: “Tribunal de Justiça de SantaCatarina – Torre II – Inauguração, 27de julho de 2007” sem os nomes dequaisquer dirigentes.

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O JUDICIÁRIO Agosto de 200716

vereador, prefeito e, hoje, deputadofederal.

Agora sou homem chique. Todoengravatado. Uniforme oficial da Casa.O maior problema é digerir o malditoesquema do poder. Os conchavos, opropinato, a mentira, as ameaças, apressão...

Na época era inseguro, hoje piorou.Não sou dono da minha consciência.Vivo na corda bamba. Não tenhoidentidade. Meu voto é sempre comcarta marcada. Me corrompi. Não porprincípios, mas pela máquina pesada doesquema.

Vez ou outra meu voto combina coma verdade, mas a maioria vemencharcada com a lama da propina.Estou entupido de grana. Minha conta-corrente é soberana no banco. Não está

ContracapaContracapaContracapaContracapaContracapa

Com

entá

rioC

omen

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entá

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Confissão do PConfissão do PConfissão do PConfissão do PConfissão do Político Novatoolítico Novatoolítico Novatoolítico Novatoolítico NovatoDe minha cadeira

giratória contemplo ohorizonte. O céu está limpoe seco. Próximo se ergue oimponente prédio do STF.Pessoal da toga. Souinterrompido pelo bater naporta. É meu assessor:“Deputado, está na hora dasessão!”

Preciso votar. Voto coma bancada. Já prometi. Não posso falhar.Lá vai mais um voto de cabresto. Meuvoto seria outro não fosse o “acordão” daturma.

Por isso volto à imagem do horizontedistante. Lembro meus tempos de lídercomunitário. Minha luta pela cidade.Quanto discurso, quantas vitórias. Foinesse engajamento que o povo me elegeu

***** Carlos Alberto da Rocha é Juiz Carlos Alberto da Rocha é Juiz Carlos Alberto da Rocha é Juiz Carlos Alberto da Rocha é Juiz Carlos Alberto da Rocha é JuizAposentado e AdvogadoAposentado e AdvogadoAposentado e AdvogadoAposentado e AdvogadoAposentado e Advogado

Supremo Tribunal Federal

em meu nome. É a regra.Sabia que a roubalheira era grande,

mas não com tanta ganância. Na minhaterra me diziam homem honrado, hoje,velhote, sou um rato, a espreita doqueijo escondido. Gato Federal. Umagalinha falante, cacarejando quandoganha um punhado de milho.

General Rommell na última guerramundial era chamado “Raposa doDeserto” por sua habilidade bélica. Eu,um rato do Planalto. Um pobretãoalinhado. Não sou digno daquelescoitados que me elegeram.

Sou infeliz. Não tenho autonomia depensamento. Nem decisão própria.Impossível recuar. É a máfia. Me vendi.Nunca discursei em plenário. Nemposso.

Não sou como os antigos que têm

astúcia. Sabem administrar agatunagem. São ágeis na mídia. Tenhomedo. Minha insegurança sempre trai.Aí, deixo rabo. Um dia eles puxam...

Vergonha para meus amigos leais daterra. Nem sabem da minha agonia.Neste devaneio imagino a morte. Novelório dirão: “Olha ele, porcão, mamoutanto que se explodiu”. Outro dirá:“Coitado! era “gato”, mas homem bom”.

Estou exagerando. Mas é assim quepensam do morto. Coisa de velório. Oassessor me assusta e insiste.“Deputado, está na hora!”. E lá vou eumais uma vez para o plenário. Mevender.