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1 UMA PROPOSTA PARA O DIAGNÓSTICO PRELIMINAR DAS POTENCIALIDADES REGIONAIS: ANÁLISE DOS MUNICÍPIOS DE JOAÇABA E CONCÓRDIA NO OESTE CATARINENSE Cláudio Machado Maia. Unochapecó. [email protected] Myrian Aldana Vargas Santin. Unochapecó. [email protected] Taiz Viviane dos Santos. Unochapecó. [email protected] Andréia Casagrande Begnini. Unochapecó. [email protected] Área temática: Desenvolvimento regional e urbano RESUMO O presente artigo visa sugerir uma abordagem para identificar indicadores relevantes para um diagnóstico preliminar das potencialidades regionais. Acredita-se que, esclarecidos os significados dos indicadores aqui, preliminarmente apresentados, o exercício de produção desses diagnósticos preliminares mostrar-se-á muito simples. Também, busca-se apresentar o resultado de um estudo sobre a dinâmica regional dos municípios de Concórdia e Joaçaba, ambos localizados no oeste catarinense, em relação ao estado da Santa Catarina. A metodologia deste estudo foi através da pesquisa exploratória a partir de estatísticas públicas disponíveis. Como resultado observa-se que os municípios apresentam população concentrada na área urbana o que destaca a ocupação no setor de serviços. A expansão da rede de serviços é “externa” e com vistas a atender a uma demanda que é externa – da periferia de outras “regiões”. Neste caso, não há caracterização endógena, pois não são suficientemente potencializadas as economias de escalas internamente, ou sob o controle de agentes internos à região político-administrativa, pois os fluxos de serviços e receitas tributárias e rendas geradas são apropriadas externamente. Sugere-se buscar identificar as fontes internas do desenvolvimento urbano que, nos municípios e nas regiões rurais, se encontra justamente na agropecuária , com vistas à alavancá-lo, o que remete à agricultora familiar como oportunidade de superação de gargalos e alternativa para um processo de desenvolvimento mais endógeno. Palavras-Chaves: Dinâmica Regional. Desenvolvimento. Especialização. Quociente Locacional

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UMA PROPOSTA PARA O DIAGNÓSTICO PRELIMINAR DAS

POTENCIALIDADES REGIONAIS: ANÁLISE DOS MUNICÍPIOS DE JOAÇABA E

CONCÓRDIA NO OESTE CATARINENSE

Cláudio Machado Maia. Unochapecó. [email protected]

Myrian Aldana Vargas Santin. Unochapecó. [email protected]

Taiz Viviane dos Santos. Unochapecó. [email protected]

Andréia Casagrande Begnini. Unochapecó. [email protected]

Área temática: Desenvolvimento regional e urbano

RESUMO

O presente artigo visa sugerir uma abordagem para identificar indicadores relevantes para um

diagnóstico preliminar das potencialidades regionais. Acredita-se que, esclarecidos os

significados dos indicadores aqui, preliminarmente apresentados, o exercício de produção

desses diagnósticos preliminares mostrar-se-á muito simples. Também, busca-se apresentar o

resultado de um estudo sobre a dinâmica regional dos municípios de Concórdia e Joaçaba,

ambos localizados no oeste catarinense, em relação ao estado da Santa Catarina. A

metodologia deste estudo foi através da pesquisa exploratória a partir de estatísticas públicas

disponíveis. Como resultado observa-se que os municípios apresentam população concentrada

na área urbana o que destaca a ocupação no setor de serviços. A expansão da rede de serviços

é “externa” e com vistas a atender a uma demanda que é externa – da periferia de outras

“regiões”. Neste caso, não há caracterização endógena, pois não são suficientemente

potencializadas as economias de escalas internamente, ou sob o controle de agentes internos à

região político-administrativa, pois os fluxos de serviços e receitas tributárias e rendas geradas

são apropriadas externamente. Sugere-se buscar identificar as fontes internas do

desenvolvimento urbano – que, nos municípios e nas regiões rurais, se encontra justamente na

agropecuária –, com vistas à alavancá-lo, o que remete à agricultora familiar como

oportunidade de superação de gargalos e alternativa para um processo de desenvolvimento

mais endógeno.

Palavras-Chaves: Dinâmica Regional. Desenvolvimento. Especialização. Quociente

Locacional

2

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um país marcado por desigualdades regionais, existentes desde sua

formação, associadas principalmente a colonização. Ao longo dos anos se observa que essas

discrepâncias se intensificaram.

No Estado de Santa Catarina o processo de ocupação do território resultou em uma

regionalização de setores produtivos. Assim, destaca-se que no Oeste Catarinense há forte

presença do capital agroindustrial em seu processo de formação. Discute-se que no processo

de desenvolvimento das potencialidades o capital agroindustrial ocasionou uma rápida

urbanização que trouxe consequências consideráveis ao desenvolvimento desses municípios,

confirmando a agroindústria como ator exógeno1.

1.1 Entendendo a noção de região

Para Paiva (2005, p.1), “uma região não é uma entidade física, mas uma construção

civil”. O autor também define desenvolvimento endógeno como “o processo de ampliação do

bem-estar da população de um determinado território que se estrutura e se sustenta na

melhoria do padrão de utilização dos recursos controlados (via propriedade e/ou posse) pelos

habitantes do mesmo”.

Sob a perspectiva dos meios inovadores2, o território é a organização que interliga

empresas, instituições e população local, buscando o desenvolvimento. As políticas de

desenvolvimento regional baseadas na inovação devem “aumentar a capacidade de inovação e

adaptação das regiões envolvidas” (BENKO, 1999, p.137), bem como mobilizar esforços e

1 O desenvolvimento exógeno é realizado com recursos externos a região e/ou município, geralmente oriundo de

implantação de indústrias, cuja matriz é de outra região/município. Esse tipo de desenvolvimento contribui para

o crescimento e enriquecimento humano e econômico da região, porém muitas vezes despreza a cultura e

conhecimento local e leva regiões e municípios a dependência deste mercado, o que de certo modo desenha um

desenvolvimento frágil. Por sua vez o desenvolvimento endógeno é realizado com recursos da própria região,

sejam eles recursos matérias, financeiros ou humanos. Esse tipo de desenvolvimento contribui para o

desenvolvimento humano, cultural e financeiro da região aproveitando o máximo de recursos locais, assim a

região/município possui um grau de independência para decisão de investimentos, o que desenha um

desenvolvimento mais concreto. 2 Quanto ao meio inovador, ele é a organização territorial onde nascem os processos de inovação. Podemos,

desde já, definir o meio inovador como um conjunto territorial no qual as interações entre os agentes econômicos

desenvolvem-se não só pela aprendizagem que fazem das transações multilaterais as geradoras de externalidades

específicas à inovação, como pela convergência das aprendizagens para formas cada vez mais aperfeiçoadas de

gestão em comum dos recursos”.

3

recursos (humanos, financeiros, tecnológicos e políticos) locais para organizar e coordenar a

acumulação privada.

Por sua vez, Riedl, Maia e Schuster (2008), citando Becker (2002) ensinam que,

“O processo de desenvolvimento regional deixa de ser pura e simplesmente uma

questão quantitativa e adquire crescentes dimensões qualitativas, através do pleno

reconhecimento e do pleno desabrochar das diversidades regionais”. Isso nos remete

a necessidade de se medir e considerar, perfis e produtividades espaciais diferentes

segundo os lugares diferentes, e chegar a processos de desenvolvimento diferentes

(RIEDL, MAIA E SCHUSTER, 2008, p.66).

Quanto ao desenvolvimento local, os mesmos autores entendem que:

Possuir um diagnóstico adequado das especificidades das dinâmicas produtivas é

indispensável para fundamentar projetos e políticas de desenvolvimento local. Tal

fato é justificado, assim, pelo esforço de identificação do grau de especialização e

concentração das atividades produtivas, para qualificar as aglomerações geográficas

e setoriais que podem ser potencializadas por ações conjuntas, ou no sentido de

incrementar a cooperação entre as unidades produtivas, ou no direcionamento das

políticas públicas (RIEDL, MAIA E SCHUSTER, 2008, p 68).

Paiva (2004) destaca:

A pretensão de que a especialização regional seja o principal indicio das

potencialidades de uma região pode causar estranheza. Em particular, àqueles

leitores que associam algo, apressadamente, alta especialização com: (a) baixa

diversidade produtiva e alta suscetibilidade da economia regional à evolução da

demanda sobre alguns poucos produtos e (b) grande e crescente dependência de

mercados externos, que subordinam a dinâmica da economia interna à dinâmica e às

políticas comerciais dos países compradores e dos países concorrentes,

aprofundando nossa vulnerabilidade externa (PAIVA, 2004, p.20).

Conforme, Riedl, Maia e Schuster (2008, p.67) “os estudos sobre concentração e

especialização estão presentes nas discussões em torno do papel que aglomerações, sistemas

locais de produção e clusters desempenham no desenvolvimento local”.

Nesse contexto, busca-se apresentar através desse artigo um estudo que busca uma

perspectiva alternativa para entender a dinâmica regional dos municípios de Joaçaba e

Concórdia na Mesorregião Oeste Catarinense em relação ao Estado de Santa Catarina,

utilizando-se de dados estatísticos secundários referentes a indicadores socioeconômicos, bem

4

como, informações que possibilitem estudos futuros, sobretudo, à utilização das medidas de

especialização quociente locacional (QL)3.

2 ASPECTOS HISTÓRICOS DO OESTE CATARINENSE

A História do Estado de Santa Catarina e da Mesorregião Oeste Catarinense é marcada

por intensos conflitos de interesses. A disputa pelo território do contestado levou camponeses

e sertanejos a lutar contra as tropas do Governo que visavam defender as “colonizadoras” para

efetivar o cumprimento do novo plano de colonização e a ferrovia São Paulo – Rio Grande

(QUEIROZ, 1967).

No Oeste Catarinense, as atividades econômicas foram inicialmente marcadas por um

processo que considerava a região apenas como local de passagem para a comercialização que

ocorria entre e o Rio Grande do Sul e São Paulo, primeiro, através do “caminho das tropas” e

depois pela “estrada de ferro.” Ao longo deste caminho foi se dando a ocupação.

O fato de o Oeste Catarinense ser povoado por caboclos e grupos indígenas incomodava

o Governo, que juntamente com a Igreja e as companhias Colonizadoras, formaram um modo

de ocupação em substituição aos grupos existentes. Essa ocupação ocorreu pelos descendentes

de europeus oriundos do Rio Grande do Sul, “chamados colonizadores”, que chegaram

dividindo as terras em lotes e excluíram os grupos já existentes, ignorando cultura, aspectos

sociais e econômicos, bem como, restringindo esse povo a espaços confinados (RENK, 1999).

Assim, a Guerra do Contestado é o divisor de águas de dois modelos de

desenvolvimento econômico da região, pois até o início do Século XX, o que

acontecia nos sertões catarinenses era uma ocupação cabocla originária da

miscigenação de portugueses, índios e negros, que viviam de uma economia voltada

à atenção das necessidades de subsistência. [...] É a partir deste marco que muda o

perfil socioeconômico e cultural da região Oeste de Santa Catarina, pois os

migrantes passam a produzir excedentes para mercado, e assim, se insere no

processo de desenvolvimento socioeconômico do Estado catarinense (AMADOR,

2010, p.31-32).

Com o final dessa disputa e a vitória do Governo de Santa Catarina, a área contestada

deu origem a quatro municípios: Chapecó, Cruzeiro (atualmente Joaçaba), Mafra e Porto

3 O QL “compara a participação percentual de uma região em um setor particular com a participação percentual

da mesma região no total do emprego da economia” (RIEDL, MAIA e SCHUSTER, 2008, p.69), assim, segundo

os autores quanto maior for o valor do QL, maior peso o setor terá na composição produtiva local, comparado ao

peso do setor na região em estudo, apontando a especialização produtiva local.

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União. A emancipação político-administrativa ocorrida em 1917 de Cruzeiro, considerada

“despovoada” beneficiou as concessões de grandes do capital privado (QUEIROZ, 1967).

Devido a esses aspectos históricos, o Oeste Catarinense foi considerado parte da

“dinâmica econômica” somente a partir do século XX. Esse processo pretendia inserir capital

com apoio do Estado e desenvolver um novo modelo de desenvolvimento (QUEIROZ, 1967).

A presença forte das companhias colonizadoras se apropriava de grandes áreas de terras

comercializando-as, uma vez que o poder público estadual alegava falta de recursos

financeiros para estar à frente dessa etapa, misturavam-se os interesses privados e os

interesses públicos. O modo de vida e a presença de grupos indígenas, caboclos, sertanejos,

não interessavam as elites. A forma com que foram divididas as terras pelas companhias

Colonizadoras indicava um modelo minifundiário de estrutura agrária (RADIN, 2006).

De acordo com Mattei (2014):

A mesorregião Oeste, sendo a última área de colonização do estado, com a ocupação

sendo mais expressiva a partir do início do século XX, apresenta Chapecó,

Concórdia, Caçador, Joaçaba e São Miguel do Oeste como as principais cidades.

Registre-se que a madeira foi a principal atividade econômica responsável pelo

povoamento de toda a grande região, processo iniciado pelo Vale do Rio do Peixe

(Joaçaba) e finalizado no Extremo-Oeste (Dionísio Cerqueira), divisa com a

Argentina. Registre-se que essa atividade esteve associada às atividades das

companhias privadas de colonização que operavam na região (MATTEI, 2014, p.11)

Além da madeira, encontrada em abundância, e que atraíra os capitalistas dos Estados

Unidos, nas duas primeiras décadas do século XX o Oeste Catarinense exportou erva-mate, a

qual teve sua queda com a crise do capitalismo em 1929. Por sua vez, a indústria de alimentos

surge com os descendentes de italianos e alemães, a partir dos anos de 1940, em função da

Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande (AMADOR, 2010).

O Estado de Santa Catarina está localizado no sul do país, possui 295 municípios e uma

extensão territorial de 95.736,165 km², ocupando 1,12% do território brasileiro. No ano 2000

a população do estado catarinense representava 3,15% do país. Durante o século 20, o estado

de Santa Catarina passou de um estado basicamente rural para um estado urbano (FILHO,

2006). Embora seja um dos menores territórios, é o 4º maior PIB per capita do país.

O Estado de Santa Catarina é dividido geograficamente em seis mesorregiões, Grande

Florianópolis, Norte Catarinense, Oeste Catarinense, Serrana, Sul Catarinense, Vale do Itajaí.

A região Oeste Catarinense é formada por 118 municípios, correspondendo a 40,27% do

território do Estado. Dentre esses encontram-se Joaçaba e Concórdia que são os municípios

6

em analise do presente estudo. A figura 1 mostra a localização dos municípios de Concórdia e

Joaçaba.

Figura 1 – Localização geográfica dos municípios de Concórdia e Joaçaba, no estado de Santa Catarina

Fonte: elaboração própria, 2014.

Atualmente a denominada Mesorregião do Oeste Catarinense, contempla as

microrregiões: Microrregião de Chapecó; Microrregião de Concórdia; Microrregião de

Joaçaba; Microrregião de São Miguel do Oeste; Microrregião de Xanxerê.

A concentração produtiva demarca a Mesorregião Oeste como um território

eminentemente agrícola. Praticamente todos os municípios têm a participação da agricultura

familiar. A incidência de estabelecimentos agropecuários não-familiares neste território é

muito baixa, o que pode ser explicado pelo processo histórico de ocupação das terras. A

agricultura familiar do território se dedica a uma produção diversificada, com destaque para a

produção de milho, soja e fumo e a criação de bovinos de leite, suínos e frangos. A

mesorregião é considerada o pólo das carnes. As maiores empresas na região são a Sadia S/A

(Brazil Foods) e a Cooperativa Aurora, essas visam incentivar a industrialização (SDT, 2010).

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2.1 A origem dos municípios de Joaçaba e Concórdia

2.1.1 Joaçaba

O município de Cruzeiro, atualmente Joaçaba, tornou-se município em 1917, em 1928,

passou a se chamar Cruzeiro do Sul, e através do Decreto-Lei Estadual nº 238 de 1943,

recebeu o nome de Joaçaba (IBGE CIDADES, 2014a). O município de Joaçaba possuía como

atrativos as terras férteis e a facilidade de escoamento da produção, uma vez que sua

localização era a margem direita do rio do Peixe e da ferrovia São Paulo – Rio Grande.

Inicialmente sua extensão territorial era de 7.680 quilômetros quadrados (RADIN, 2006).

Pode-se considerar que a extensão de terras que deu origem ao município foi marcada

primeiramente pela disputa do Brasil e da Argentina, seguida pela disputa envolvendo São

Paulo, Paraná e Santa Catarina, todas pela busca de mais terras e definição de limites. As

companhias responsáveis pelo recrutamento e povoamento, decidiram quem teria o direito de

povoar, ou seja, os descendentes de italianos e alemães que vinham do Rio Grande do Sul e

assim que se instalavam já iniciavam a extração de madeira e o cultivo da erva-mate. A

produção agropecuária começou com produtos que esses descendentes trouxeram, como o

milho, trigo, bem como a criação de suínos e aves para consumo (SANTOS, 1974).

As atividades econômicas desenvolvidas não consideravam o espaço natural, as

nascentes dos rios, a preservação da fauna e flora. O cultivo de subsistência alimentar deixou

de ser considerado essencial e os processos produtivos passaram a incorporar novas dinâmicas

de produção (SANTOS, 1974).

A fim de acelerar a colonização, o município de Joaçaba passou a ser dividido em

colônias, algumas se desenvolveram de forma rápida e logo passaram a ser vilas,

posteriormente distritos, e assim buscaram a emancipação político administrativa. Os

primeiros distritos a se tornarem municípios, na década de 30, destacaram-se pela produção de

produtos alimentícios na pequena propriedade rural, e por “impor” seu ponto de vista

sociocultural, excluindo e dizimando os caboclos (AMADOR, 2010).

O Quadro 1, evidencia os vários municípios que foram desmembrados de Joaçaba ao

longo dos anos.

Década de 1930 Concórdia, Porto União, Seara

Década de 1940 Caçador, Videira, Tangará, Piratuba

Década de 1950 Herval d´Oeste, Itá, Água Doce, Ponte Serrada

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Década de 1960 Arroio Trinta, Salto Veloso, Ibicaré, Pinheiro Preto, Catanduvas, Ipira, Ipumirim, Irani,

Jaborá, Lacerdópolis, Ouro, Peritiba, Presidente Castelo Branco, Treze Tílias, Xavantina

Década de 1990 Luzerna

Quadro 1 - Municípios que foram desmembrados de Joaçaba ao longo de tempo

Fonte: Queiroz (1967).

As propriedades rurais lançavam, em mercados locais e mercados próximos, seus

excedentes de produtos, entre eles, suínos e aves. Com o passar do tempo, os meios de

transportes eram melhorados e o município de Joaçaba intensificava a exportação de produtos

principalmente suínos, banha e salame (QUEIROZ, 1967).

2.1.1 Concórdia

Após a emancipação de Concórdia os migrantes italianos e alemães incentivados pelas

companhias colonizadoras iniciaram a indústria familiar e o excedente se tornou grande

potencial nas mãos de comerciantes capitalistas (AMADOR, 2010).

Conforme Amador (2010)

“É a partir dessas estruturas econômicas, principalmente baseadas na atividade

comercial, que teve origem o modelo de desenvolvimento agroindustrial. Em

Concórdia, desenvolveu-se a indústria Sadia, fruto da associação de capitais locais,

forjados no intercâmbio comercial com São Paulo” (AMADOR, 2010, p.85).

O Quadro 2, identifica os principais frigoríficos que foram estruturados em cada

município.

Ano Cidade Frigorífico

1942 Joaçaba Saulle Pagnocelli

1944 Concórdia Sadia

Quadro 2 - Principais frigoríficos nos municípios de Concórdia e Joaçaba

Fonte: Amador (2010).

Diante desta realidade se desencadeou, não somente para Concórdia e Joaçaba, mas para

todo Oeste Catarinense, um dos maiores parques agroindustriais de suínos e aves da América

Latina, bem como, uma agricultura integrada à agroindústria e uma economia essencialmente

agropecuária (TESTA et al, 1996).

9

3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.1 Área e População

Conforme a Tabela 1, nos anos de 2000 e 2010, observa-se que a população total do

Estado de Santa Catarina e dos municípios de Joaçaba e Concórdia aumentou.

Observa-se ainda que no ano 2000 Joaçaba possuía um percentual de 0,44% da

população do Estado, e no ano 2010 de 0,43%. O município de Concórdia apresentou em

2000 um percentual de 1,18% em relação à ao Estado, sendo que no ano de 2010, esse

percentual passou a ser de 1,10%. Embora seja possível perceber que o município de Joaçaba

aumentou 3.395 habitantes e o de Concórdia, 5.563 habitantes, a participação de ambos em

relação à população estadual reduziu.

Aspecto Ano Joaçaba Concórdia Santa Catarina

Área (Km²)

2000 233,07 799,879 95.736,17

2010 233,07 799,879 95.736,17

População Total

2000 23.625 63.058 5.356.360

2010 27.020 68.621 6.248.436

População Urbana

2000 21.688 54.865 4.217.931

2010 24.924 45.254 5.247.913

População Rural

2000 1.937 13.756 1.138.429

2010 2.096 17.804 1.000.523

Densidade Demográfica

(hab/Km²)

2000 101,36 112,44 55,94

2010 115,97 85,79 65,27

Tabela 1 - População e densidade demográfica dos municípios de Concórdia e Joaçaba e do estado de

Santa Catarina

Fonte: IBGE, 2014b.

Observa-se que à população urbana do estado de Santa Catarina e dos municípios em

análise é expressivamente superior à população rural tanto no ano 2000 quanto no ano de

2010.

Apenas no município de Joaçaba a população rural obteve um pequeno crescimento de

159 habitantes, passando de uma representação de 0,17% no ano 2000, para 0,21% no ano de

2010 em relação ao estado. Em Concórdia ocorreu uma redução de 7.399 pessoas na

população rural de 2000 para 2010, que representava em 2000 um percentual 2,85% passando

a representar 2,50% em 2010.

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3.2 Aspectos Sociais

Para entender a dinâmica de desenvolvimento desses dois municípios é relevante

analisar os aspectos sociais. Com relação ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

(IDH-M), no ano 2000 Joaçaba apresentava 0,741 e em 2010 passou para 0,827, ou seja, uma

taxa de crescimento de 11,61%. Concórdia apresentava 0,710 em 2000 e passou para 0,800

em 2010, um taxa de crescimento de 12,68%.

Observa-se que os dois municípios estão situados na faixa de desenvolvimento humano

muito alto (IDHM entre 0,8 e 1,00), sendo a educação a dimensão que mais cresceu ao longo

de 10 anos, seguida da renda e da longevidade. Em relação à Santa Catarina os dois

municípios possuem taxa superior, uma vez que o estado está situado na faixa de

desenvolvimento humano alto (IDHM entre 0,7 e 0,799) (ATLAS BRASIL, 2013).

Considerando os 08 objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM)4 para 2015,

considerado o IDHM, o município de Joaçaba é 3º no ranking estadual (293 municípios) e 8º

no ranking nacional (5.565 municípios). Por sua vez, o município de Concórdia é 11º ranking

estadual (293 municípios) e 40º no ranking nacional (5.565 municípios) (PNUD, 2010).

3.3 Renda

Quanto à renda é possível observar que a renda per capita dos municípios em análise

está acima da renda per capita do estado de Santa Catarina. Joaçaba em 2000 apresentava uma

renda per capita de R$ 891,50 passou em 2010 para R$ 1.338,50. Concórdia em 2000

apresentava uma renda per capita de R$ 746,42 e passou em 2010 para R$ 1.009,49. Enquanto

o estado que em 2000 apresentava uma renda de R$ 693,82 passou para R$ 983,90 em 2010.

Com relação à concentração de renda, o instrumento usado para medir o grau de

concentração, chamado índice de Gini, aponta a diferença entre os rendimentos dos mais

pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de

total igualdade, e 1 desigualdade (ATLAS BRASIL, 2013).

4 O Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (PNUD) possui 08 objetivos de desenvolvimento

do milênio para 2015, quais sejam: 1) redução da pobreza, 2) atingir o ensino básico universal, 3) igualdade entre

os sexos e a autonomia das mulheres, 4) reduzir a mortalidade na infância, 5) melhorar a saúde materna, 6)

combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças, 7) garantir a sustentabilidade ambiental e 8) estabelecer

parceria mundial para o desenvolvimento.

11

Nesse indicador tanto os municípios em análise quanto o estado de Santa Catarina

encontram-se numa situação intermediária, ou seja, a renda não está próxima da total

igualdade, mas também não está próxima da completa desigualdade. Joaçaba em 2000 possuía

o índice de 0,57 passando para 0,55 em 2010. Concórdia em 2000 estava com o índice de 0,54

passando para 0,46 em 2010. E Santa Catarina passou de 0,56 em 2000 para 0,49 em 2010.

Assim, tanto os municípios em análise quanto o estado de Santa Catarina encontram-se

numa situação intermediária, ou seja, a renda não está próxima da total igualdade, mas

também não está próxima da completa desigualdade.

Outrossim, considerando os 08 objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM) para

2015, considerado o Gini, o município de Joaçaba é 273º no ranking estadual (293

municípios) e 4.059º no ranking nacional (5.565 municípios). Por sua vez, o município de

Concórdia é 191º ranking estadual (293 municípios) e 1637º no ranking nacional (5.565

municípios) (PNUD, 2010).

3.4 Ocupação da População

Com relação a ocupação da população, em 2010, no município de Joaçaba, das pessoas

ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais, 8,99% trabalhavam no setor agropecuário,

0,07% na indústria extrativa, 16,10% na indústria de transformação, 5,84% no setor de

construção, 1,12% nos setores de utilidade pública, 16,06% no comércio e 46,37% no setor de

serviços (ATLAS BRASIL, 2013).

Em 2010, em Concórdia, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais,

18,55% trabalhavam no setor agropecuário, 0,11% na indústria extrativa, 19,31% na indústria

de transformação, 6,96% no setor de construção, 0,66% nos setores de utilidade pública,

13,10% no comércio e 35,85% no setor de serviços (ATLAS BRASIL, 2013).

Assim, observa-se que tanto no município de Joaçaba quanto no município de

Concórdia, destaca-se o trabalho no setor de serviços.

3.5 Estrutura Produtiva

Identificar o “potencial” de uma região é identificar aqueles setores que, uma vez

mobilizados e/ou fomentados, geram o maior benefício por unidade de custo. Isso significa

dizer, em primeiro lugar, que o “potencial de uma região” deve ser pensado como a

12

capacidade da mesma em dar início e sustentação a processos de autonomia material e bem-

estar crescentes dos agentes produtivos locais e de seus dependentes com base na mobilização

do maior volume possível de recursos produtivos disponíveis internamente.

Conforme a Tabela 2, a estrutura produtiva dos municípios de Joaçaba e Concórdia,

comparativamente, com o estado de Santa Catarina, apresenta predomínio do setor de serviços

(61,93% em Joaçaba, 59,81% em Concórdia e 59,21% em Santa Catarina), seguido pela

indústria (34,08% em Joaçaba, 34,37% em Concórdia e 34,09%,21 em Santa Catarina) e por

último, pelo de agropecuária com (3,99% em Joaçaba, 5,82% em Concórdia e 6,70 em Santa

Catarina). Quanto à comparação entre municípios, a participação do setor agropecuária

municipal no Valor Adicionado Bruto (VAB) dos respectivos municípios é relativamente

baixa, sobretudo de Joaçaba.

Municípios

População

Urbana (nº

habitantes)

População

Rural (nº

habitantes

)

Pop

urbana/

Pop

Total

(%)

Pop

rural/Po

p Total

(%)

Valor

adicionado

na

Agropecuaria

(R$1000)

Valor

adicionado

na

Industria

(R$1000)

Valor

adicionado

no Serviço

(R$1000)

VAB

Agrop./

VAB Total

- Dados do

Municipal

(%)

VAB

Ind./VAB

Total -

Dados do

Municipal

(%)

VAB

Serv./VAB

Total -

Dados do

Municipal

(%)

Joaçaba 24 924 2 096 92,24 7,76 30 360 259 503 471 564 3,99 34,08 61,93Concórdia 54 865 13 756 79,95 20,05 67 937 400 907 697 702 5,82 34,37 59,81

Santa

Catarina5 247 913 1 000 523

83,99 16,018 753 836 44 527 914 77 336 160 6,70 34,09 59,21

Tabela 2 - Indicadores de população e Macrossetores produtivos de Joaçaba, Concordia e Santa Catarina

Fonte: IBGE (2010).

Tanto na comparação entre os municípios, quanto na sua comparação com o estado de

Santa Catarina, é evidente a elevada participação relativa do setor de serviços no VAB, o que

pode induzir a supor a estruturalidade da crise produtiva da economia regional.

O setor de serviços pode ser considerado um gargalo, pois, além de ter um indicador de

participação relativa um tanto elevada do setor serviços, ocorre que justamente estes

municípios são considerados “mais” urbanizados, e que possuem esse indicador em alto nível,

13

sua polarização tem sido por outros municípios5 o que contradiz alguns princípios para que

ocorra um processo de desenvolvimento regional endógeno6.

Municípios

População

Total (nº

habitantes)

VAB Total PIB (R$)PIB Per

Capita (R$)

VAB

Agrop./

VAB

Total -

Dados

do

Municipal

(%)

VAB

Ind./VAB

Total -

Dados do

Municipal

(%)

VAB

Serv./VAB

Total -

Dados do

Municipal

(%)

Rendime

nto

Domiciliar

Anual per

capita

(R$)

Rend.Domiciliar

Anual per capita

/ PIB per Capita

(R$)

Joaçaba 27.020 761 427,00 852 954,68 31 567,53 3,99 34,08 61,93 1 519,26 4,81Concórdia 68.621 1 166 546,00 1 361 277,28 19 837,62 5,82 34,37 59,81 1 099,56 5,54

Santa Catarina 6.248.436 130 617 910,00 152 482 338,11 24 403,28 6,70 34,09 59,21 1 421,84 5,83

Tabela 3 - Indicadores de população e Macrossetores produtivos de Joaçaba, Concordia e Santa Catarina

Fonte: IBGE (2010).

Obs.: Rendimento domiciliar per capita: Valor do rendimento nominal médio mensal per capita dos domicílios particulares permanentes - total.

PIB a preços correntes.

Lembra-se que, como os municípios pesquisados são polarizados por outros

municípios, verifica-se que a relação Rend./PIB pode ser considerado um indicador de

potencialidades. Isso na medida em que em um levado Rend./PIB revela uma elevada

apropriação regional de apropriação do excedente, que pode ser mobilizado para a

reconversão produtiva da região. Por outro lado, uma relação Rend./PIB muito baixa (como as

que se manifestam nos municípios de Joaçaba (4,81) e Concórdia (5,54) pode revelar a

existência de um gap entre produção e apropriação que pode e deve ser objeto de

enfrentamento a partir de políticas públicas voltadas à endogeneização do controle do

excedente econômico gerado na região.

5 ... as divisões político-administrativas e de regionalização, bem como das condições produtivas e de

infraestrutura contribuíram para a formação, no estado, de uma rede urbana composta por cidades de pequeno e

médio porte (SIEBERT, 2001), de caráter multipolarizado (ANJOS, 2007), agrupadas em regiões que se

organizam, dentre esses e outros fatores, sob a lógica de ramos dinamizadores da economia no estado. Conforme

Maia e Rolim (2014, p.6), A evolução do papel de Chapecó, mais especificamente, na rede urbana regional e

nacional pode ser apreendida a partir dos estudos do IBGE sobre as relações de rede, hierarquia e região de

influência que as cidades exercem umas sobre outras. Uma breve análise da inserção de Chapecó nos estudos

realizados (1966, 1978, 1993 e 2008) aponta para a crescente influência da cidade no oeste catarinense,

configurando como a mais influente capital regional (nível B), desde o meio oeste do estado até a fronteira,

ligando-se à rede urbana de Curitiba e Porto Alegre (IBGE, 2007). 6 Dada a elevada produtividade em serviços, a medida é captada para municípios que são (ou estão se

constituindo como) pólos regionais, porém pólos regionais em outra localidade/região e/ou outro Estado da

Federação. A possibilidade de expansão da rede de serviços é “externa” e com vistas a atender a uma demanda

que é da periferia de outras “regiões”. Neste caso, não há caracterização endógena, não são suficientemente

potencializadas as economias de escalas internamente, ou sob o controle de agentes internos à região político-

administrativa, pois os fluxos de serviços e receitas tributárias e rendas geradas são apropriadas externamente.

14

4 CONSIDERAÇÕS FINAIS

Neste estudo, identificou-se que a população urbana dos municípios em análise bem

como do estado de Santa Catarina é superior à população rural, o que explica o destaque no

macro setor de serviços e como consequência as maiores taxas de ocupação neste setor.

Para que ocorra o desenvolvimento endógeno de uma região ou município é preciso

verificar suas potencialidades e superar seus gargalos, com o aproveitamento dos processos e

dos conhecimentos já existentes.

Como possível inserção no mercado supõe-se que, de acordo com o histórico dos

municípios em análise, a produção agropecuária nas propriedades familiares pode ser a

alternativa para o desenvolvimento endógeno, vindo a potencializar e aproveitar do

conhecimento acumulado existente. Então, conforme Paiva (2004, p.29), sugere-se buscar

“identificar as fontes internas do desenvolvimento urbano (que, nos municípios e nas regiões

rurais, se encontra justamente na agropecuária), com vistas à alavancá-lo e, ao fim e ao cabo,

deprimir a participação da agropecuária no VAB e na população PO7”.

Este reflexão busca, fundamentalmente, identificar indicadores relevantes para um

diagnóstico preliminar das potencialidades regionais. Acredita-se que, esclarecidos os

significados dos indicadores aqui, preliminarmente apresentados, o exercício de produção

desses diagnósticos preliminares mostrar-se-á muito simples. Sendo assim, as observações e

as exemplificações introduzidas nesta produção textual visam, estimular os interessados na

análise regional à realização pratica de um exercício aplicado.

REFERÊNCIAS

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SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. (Org.). Cidades Médias: espaços em transição. 1ed.

São Paulo: Expressão Popular, 2007. v.1. p.413-437.

7 Como alerta Watkins, “(...) há o sério perigo de que a economia caia na ‘armadilha do produto primário’. O

crescimento sustentado exige a capacidade de desviar a atenção para novos mercados internos e externos”

(Watkins, 1977, p.269). Do nosso ponto de vista, porém, a chave para essa diversificação encontra-se no controle

interno do excedente gerado pela produção e pela exportação de produtos primários. Generalizando a tese de

João Manuel (Mello, 1982) sobre a industrialização de São Paulo, diríamos que a exportação de produtos

agropecuários para o resto do País e/ou do mundo, desde que articulada e planejada por agentes internos, é a base

necessária de industrialização endógena de regiões americanas inseridas, na ordem mercantil, na condição de

“fronteira agrícola” (PAIVA, 2004, p.29).

WATKINS, M. Teoria primária do crescimento. In: SCHWARTZMAN, Jacques. (Org.). Economia regional:

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