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Valor presente, taxas de desconto e reconhecimento de ativos passivos António Martins 16 Março 2012 1

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Valor presente, taxas de desconto e reconhecimento de ativos passivos

António Martins16 Março 2012

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TÓPICOS A ABORDAR

1. NCRF e valor presente:  alguns exemplos2. Literatura financeira, taxas de desconto e risco3. Vantagens e desvantagens do valor presente4. Exemplos sobre o procedimento de algumas empresas

5.Excertos de “Insights into IFRS” : algumas notas práticas sobre taxas de desconto

6.Custo amortizado e momento dereconhecimento de perda potencial: mais juízosde valor?

7. Reflexão final

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1. NCRF e valor presente:  alguns exemplos

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NCRF 11‐ PROP INV.

48 —Na ausência de preços correntes num mercado activo do génerodescrito no parágrafo 47, uma entidade considera a informação proveniente de uma variedade de fontes, incluindo:

(a) Preços correntes num mercado activo de propriedades de diferente natureza, condição ou localização (ou sujeitas a diferentes locações ou outros contratos), ajustados para reflectir essas diferenças;

(b) Preços recentes de propriedades semelhantes em mercados menos activos, com ajustamentos para reflectir quaisquer alterações nas condições económicas desde a data das transacções que ocorreram aesses preços; e

(c) Projecções de fluxos de caixa descontados com base em estimativas fiáveis de futuros fluxos de caixa, suportadas pelos termos de qualquer locação e de outros contratos existentes e (quando possível) por evidência externa tal como rendas correntes de mercado de propriedades semelhantes no mesmo local e condição, e usando taxas de desconto que reflictam avaliações correntes de mercado quanto à incerteza na quantia e tempestividade dos fluxos de caixa. 4

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NCRF 12 ‐ IMPARIDADE

Valor de uso (parágrafos 16 a 27)

16 —Os seguintes elementos devem ser reflectidos no cálculo dovalor de uso de um activo:

(a) Uma estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade esperaobter do activo;

(b) Expectativas acerca das possíveis variações na quantia ou natempestividade desses fluxos de caixa futuros;

(c) O valor temporal do dinheiro, representado pela taxa corrente dejuro sem risco de mercado;

(d) O preço de suportar a incerteza inerente ao activo; e

(e) Outros factores, tais como a falta de liquidez, que os participantesdo mercado reflectissem no apreçamento dos fluxos de caixa futurosque a entidade espera obter do activo.

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NCRF 12‐ IMPARIDADE

Taxa de desconto (parágrafos 25 a 27)

25 —A(s) taxa(s) de desconto deve(m) ser a(s) taxa(s) antes de impostos que reflicta(m) as avaliações correntes de mercado sobre:(a) O valor temporal do dinheiro; e(b) Os riscos específicos para o activo em relação aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

26 —Uma taxa que reflicta as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos para o activo é o retorno que os investidores exigiriam se fossem eles a escolher um investimento que gerasse fluxos de caixa de quantias, tempestividade e perfil de risco equivalentes às que a entidade espera obter do activo. 

Esta taxa é estimada a partir da taxa implícita nas transacções correntes de mercado para activos semelhantes ou a partir do custo médio ponderado do capital de uma entidade cotada em bolsa que tenha um único activo (ou uma carteira de activos) semelhante em termos de potencial de serviço e de riscos para o activo em causa. 

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Contudo, a(s) taxa(s) de desconto usada(s) para mensurar o valor de uso deum activo não deve(m) reflectir os riscos em relação aos quais asestimativas de fluxos de caixa futuros tenham sido ajustadas. De outromodo, o efeito de alguns pressupostos será tido em consideração duasvezes.

27 —Quando uma taxa de um activo específico não estiver directamentedisponível no mercado, uma entidade usa substitutos para estimar a taxa de desconto.

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NCRF 13‐ INV EM ASSOCIADAS

51 — Tendo aplicado o método da equivalência patrimonial e reconhecido as perdas daassociada de acordo com o parágrafo 49, o investidor deve determinar se é necessárioreconhecer qualquer perda por imparidade adicional com respeito ao conjunto de interesses naassociada.52 — Dado que o goodwill incluído na quantia escriturada de um investimento numa associadanão é reconhecido separadamente, a totalidade da quantia escriturada do investimento étestada quanto a imparidade segundo a NCRF 12 — Imparidade de Activos, comparando asua quantia recuperável (o mais elevado entre valor de uso e justo valor, menos os custos devender) com a sua quantia escriturada. Ao determinar o valor de uso do investimento, umaentidade estima:

(a) A sua parte no valor presente dos futuros fluxos de caixa estimados que se espera quevenham a ser gerados pela associada, incluindo os fluxos de caixa das operações daassociada e os proventos da alienação final do investimento; ou

(b) O valor presente dos futuros fluxos de caixa estimados que se espera que surjam dedividendos a serem recebidos do investimento e da sua alienação final.

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NCRF 21‐ PROVISÕES

Acontecimentos futuros (parágrafos 48 a 50feita de acordo com o parágrafo 82(b).Valor presente (parágrafos 45 a 47)

45— Quando o efeito do valor temporal do dinheiro for material, a quantia de uma provisãodeve ser o valor presente dos dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar aobrigação.

47 — A taxa (ou taxas) de desconto deve(m) ser uma taxa (ou taxas) antes dos pré impostosque reflicta(m) as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dosriscos específicos do passivo. A(s) taxa(s) de desconto não devem reflectir riscosrelativamente aos quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros tenham sido ajustados.

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2. Literatura financeira e taxas de desconto, e risco

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Assim:

1‐ Ajustamento relativo ao risco nos fluxos de caixa estimados.

2‐ Ajustamento relativo ao risco na taxa de desconto

....)1(2

)1(1

2

kFC

kFCVP

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VP‐ valor presente ou descontadoFC‐ Fluxo de caixa estimadoK‐ Taxa de desconto

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1‐Ajustamento nos fluxos de caixa:

A designada “abordagem pelo fluxo de caixa esperado”, constante da Norma Interpretativa 2, do Aviso 15653/2009

§ 7‐Ao desenvolver uma mensuração, a abordagem pelo fluxo de caixa esperado usatodas as expectativas possíveis acerca dos fluxos de caixa em vez do fluxo de caixasingular mais provável.

Por exemplo, um fluxo de caixa pode corresponder a 100 UM, 200 UM ou 300 UM comprobabilidades de 10 %, 60 % e 30 %, respectivamente.

O fluxo de caixa esperado é de 220 UM.

A abordagem pelo fluxo de caixa esperado difere assim da abordagem tradicional aofocar a análise directa dos fluxos de caixa em questão e em demonstrações maisexplícitas dos pressupostos usados na mensuração.

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2‐ Ajustamento pela taxa de desconto:

Modelos ou modos de quantificação: 

‐ CAPM (Capital asset pricing model, modelo de valorização de activos financeiros) – teoria financeira

‐ Surveys (inquéritos a executivos sobre que taxas utilizam)

‐ Rules of thumb (regras práticas que a experiência mostra serem seguidas habitualmente)

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A – TEORIA FINANCEIRA

ALFA SA, cotada PSI 20

EXPANSÃO 3% 2,5%DEPRESSÃO - 2% - 1%

)()cov(

2,

RmRmRi

-15-10

-50

510

1520

25

-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50Rend. PSI 20 (%)

Rend. ALFA (%)

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> 1 Risco do investimento > risco do mercado

Se “beta”= 1,4 , significa que quando o mercado varia 1%, o título varia 1,4%,

(para mais ou para menos).

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Do CAPM resulta que:

K = rf + (rm – rf)

K‐ taxa de desconto

‐Rf – taxa de remuneração dos activos sem risco

‐ beta‐ risco relativo de um activo financeiro face ao risco do mercado

‐(rm‐rf) – remuneração adicional ( prémio de risco) que um investidor que adquiriu uma carteira representativa do mercado( S&P, DAX, etc) prevê obter (rm) face a um investidor que adquiriu um activo financeiro sem risco (rf)

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Questões:

1‐ Aplicável a activos com cotações

2‐ Estimação de BETA: dados históricos semanais, diários, mensais, e que horizonte temporal histórico a usar (1 ano, 2 anos, 10 anos…)

3‐ BETA previsional igual ao BETA histórico?

4‐ O que representa Rf ( taxa de retorno das aplicações sem risco)?

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18Fonte A. Damodaran, 2008, p.24

Prémios de risco nos EUA

Arithmetic Average Geometric Average

Stocks - T. Bills Stocks - T. Bonds Stocks - T. Bills Stocks - T. Bonds

1928-2011 7,55% 5,79% 5,62% 4,10%

1962-2011 5,38% 3,36% 4,02% 2,35%

2002-2011 3,12% -1,92% 1,08% -3,61%

(rm‐rf) nos EUA, 

segundo cálculos de A. Damodaran, observados em damodaram.com , em 2012

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Uma outra abordagem: o prémio de risco implícito

Lógica inerente: observada a cotação em N, e supondo uma taxa de crescimento dos fluxos  de caixa igual à prevista para o  PIB, que taxa de desconto faz equivaler a cotação atual aos valor presente dos fluxos de caixa?

Ou seja, temos VP, e FC, e queremos calcular K. Vejam‐se as estimativas, para os EUA, de Damodaran.

2001 3,62%2002 4,10%2003 3,69%2004 3,65%2005 4,08%2006 4,16%2007 4,37%2008 6,43%2009 4,36%2010 5,20%2011 6,04%

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Usando uma taxa de desconto em que o prémio de risco seja apurado a partir de dados históricos ( BETA) ou implícitos (prémio implícito), que problemas práticos se deparam no cálculo do valor presente?

Exos:

‐no cálculo do valor de uso de um ativo, ao quantificar uma imparidade 

‐ ou no cálculo de valor de uso de um ativo biológico

‐ ou no cálculo do valor actual dos dividendos esperados de uma participada ao apurar uma imparidade num investimento reconhecido pelo MEP

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V = v1+ v2

Valor durante o período explícito de previsão de cash flows (V1)

Valor de perpetuidade após o primeiro período (V2)

=

+

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n

ttk

CFtV1

1 )1(

n

n

kgk

CF

V)1(

1

2

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Exemplo: para um ativo ou conjunto de ativos estima‐se: 

FC1= 10 000 000 FC2= 10 000 000 FC 3: 10 000 000

De t3 em diante: 

K= 3,5% + 5%G= 1,5%

VP= 139 061 900

Se : K= 4% +6,5%G= 2,5%

VP=  119 612 262

Caso a quantia escriturada seja 130 000 000, haverá imparidade ou não consoante as hipótese assumidas. A teoria financeira tem forma de negar validade a um cenário (K e G) e suportar outro? 23

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BETA capta todo o risco? Não.

Risco de mercado versus risco específico…

K= rf + pr1+ pr2(?)

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“Não existe prova empírica concludente e consensual de que avariabilidade das taxas de retorno de ativos financeiros seja explicável porvariáveis como : beta, ratio valor de mercado/valor contabilístico (marketto book ratio).

Mais de 95% de todas as empresas das América Latina são micro,pequenas ou médias. Assim, é muito improvável encontrar investidoresdiversificados entre os seus proprietários. Eles estão expostos ao risco demercado, mas também a riscos específicos.”

In, Fuenzalida e Mongrut, “Estimation of discount rates in Latin America: empirical evidence and challenges”, Journal of Economics, Finance andAdministrative Science, 15, 2010

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O universo empresarial português e a dimensão das empresas

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3. Vantagens e desvantagens do valor presente: uma visão pessoal

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VANTAGENS:

‐ Informação mais completa‐ Possibilidade de analisar pressupostos e avaliar da sua razoabilidade‐ Maior aderência das demonstrações financeiras à racionalidade subjacente à 

teoria financeira tradicional‐ Tem subjacente o modelo do justo valor: se se entender que esse é o objetivo 

e paradigma da informação contabilística…

‐ DESVANTAGENS

‐ Maior possibilidade de manipulação ( cláusulas em contratos de dívida, remuneração, dividendos, reestruturações)

‐ Possível ausência de informação, em especial nas PME‐ Complexidade técnica‐ Aumenta a separação entre resultado contabilístico e fiscal

• relevância versus fiabilidade28

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4. Exemplos de procedimentos de algumas empresas

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Nos testes realizados, o valor recuperável de cada grupo deunidades geradoras de caixa e comparado com o respetivo valorcontabilístico.

Uma perda por imparidade apenas e reconhecida no caso dovalor contabilístico exceder o maior valor de entre o valor de usoe o valor realizável liquido. No valor de uso os fluxos de caixa,apos impacto fiscal, são descontados com base no custo medioponderado do capital depois de impostos (“WACC”), ajustadopelos riscos específicos de cada mercado.

As projeções de fluxos de caixa baseiam‐se nos planos de negocioa medio e longo prazo, aprovados pelo Conselho deAdministração, prolongadas de uma perpetuidade.

RC 2010;  CIMPOR

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País Taxa de desconto(K = WACC)

Taxa de crescimento de longo prazo (g)

Portugal 7,1% 1,4%

Turquia 10,0% 4%

Moçambique 11,1% 2,5%

Índia 8,9% 3,0%

RC Cimpor 2010‐ Imparidades em goodwill

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Foram efetuados testes de imparidade para a generalidade das empresas que justificam o valor do goodwill, com base nas projeções dos cash-flows futuros descontados, não tendo daí decorrido qualquer perda de valor. Nos referidos testes foram utilizados os seguintes pressupostos:� � � � � � � � � � �

WACC 9,30%

OT 10 anos 4,39%

prémio de risco 5,00%

Nos testes a empresas situadas em países considerados de risco, o prémio de risco foi acrescido, em média, em 3%.

RC EFACEC; 2008

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Uma caso hipotético sobre risco e valor presente:

Uma média empresa (ALFA SA) não cotada vende aparelhos de segurança doméstica. Um seu cliente, alegando quebra de um contrato de fornecimento  por parte de ALFA, move um processo judicial, e pede indemnização de 20 milhões de euro.

Supondo cumpridos os requisitos da NCRF 21 para o reconhecimento de uma provisão, e admitindo o desfecho judicial em 2017, como mensurar  a provisão?

Hipótese 1: Introduzindo nos fluxos de caixa o fator risco. 

Ou seja, probabilizando os desfechos, e usando uma taxa de desconto na qual o risco já não entraria (rf).

Ex:  4%, como eventual taxa das obrigações a 5 anos de um  país  com rating AAA. Ou a taxa de juro de um empréstimo a médio prazo cobrada por um banco a empresa com muito baixo risco.

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A) Taxa que representa o custo de oportunidade do capital próprio?

A.1 Sem risco específico:

Ex: 4%+ 5% = 9%

A.2 Incluindo risco específico (da empresa ou do passivo)? A norma refere o do passivo… O que é um risco específico de uma provisão?

A taxa (ou taxas) de desconto deve(m) ser uma taxa (ou taxas) antes dos pré impostos que reflicta(m) as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos do passivo

Ex: 4%+ ? =  ?% 

(O risco específico representa a variabilidade ( volatilidade, desvio padrão) dos dos valores da obrigação a suportar futuramente. Como se mede? Prospectivamente ou pela extrapolação de uma média histórica. Teoricamente parece e fazer sentido. Na prática, em 99% casos o juízo de valor será muito incerto. )

Hipótese 2. Admitindo o risco na taxa de desconto, que taxa usar?

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B) Taxa que representa o custo médio ponderado do capital?

Ex: ( Ke* peso do CP) + ( Kd * peso da dívida)

Ex: 9%*40%  + 5,5% * 60% =

3,6%+ 3,3% =  6,9%

Por mim, optaria certamente pela hipótese 1, ouseja, procuraria incluir uma estimativa de risconos fluxos de caixa, pela inclusão da suavariabilidade; probabilizando tal cenário.

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5.Excertos de “Insights into IFRS” : algumas notas práticasAutor: KPMG, 2010

p.46 O valor presente é inerente a muitas Normas, mas  a taxa de desconto varia .  No desconto de pensões de contribuição definida, a taxa a usar será a de uma obrigação do Estado ou de uma empresa. Já no valor presente de vendas com pagamento diferido será uma taxa de juro de mercado.

p. 467‐ Instrumentos financeiros” “ A IAS 39 não prescreve se o risco deve ser incluído nos fluxos de caixa esperados ou na taxa de desconto. Em nosso entender, o ajustamento na taxa de desconto é mais apropriado. Todavia, em certos casos, o risco pode ser totalmente e incorporado nos fluxos de caixa. 

Na determinação dos elementos a usar na avaliação, uma taxa de desconto isente de risco pode ser obtida através de uma obrigação do tesouro. Porém, em certos casos, as obrigações de um Estado podem incorporar um risco de incumprimento significativo, e não são um benchmark adequado. Taxas pagas por empresas consideradas sólidas serão um melhor indicador de rf.Um spread apropriado pode ser obtido de obrigações emitidas pro entidade com risco idêntico ao instrumento que se pretende avaliar.

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p.727  Provisões

“ O risco é refletido por ajustamento nos fluxos de caixa ou na taxa de desconto. A nosso ver, é mais fácil ajustar os fluxos de  caixa e descontá‐los à taxa rf. Ajustar a taxa de desconto é muito complexo e envolve um alto grau de juízo de valor.

A nosso ver, a taxa de desconto não deve incluir ajustamentos para o risco de crédito da entidade. A Norma especifica que a taxa de desconto deve refletir o risco específico do passivo a mensurar . Assim, o uso de taxa média de juro que a entidade paga reflete o risco médio da entidade e não o risco específico do passivo.! 

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0 ‐503000

1 40000

2 40000

3 40000

4 550000

6.Nota sobre o método do custo amortizado e taxa de juro efetiva: juízo de valor sobre quando reconhecer  imparidade?ALFA SA empresta  500  000  sua subsidiária BETA Lda.Despesas iniciais com a concretização do empréstimo : 3000Taxa de juro anual: 8%Valor de reembolso acordado: 510 000 

Taxa efetiva ou TIR: 

503   = 432 )1(

550)1(

40)1(

40)1(

40iiii

TIR= 8,26%

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Momento 0: 

Débito 41: 503 000 ; Crédito 12: 503 000

Momento 1: 503 000 * 0,0826 = 41548

Momento 1: 

Débito 12: 40 000Débito: 41: 1548               Crédito : 7X: 41548

Questão: A estimativa de possíveis perdas nos juros e capital a receber  (imparidade) deve reconhecer‐se quando existem evidências de perda de valor do ativo financeiro ( por ex. no período 3) , ou, por ex, logo  no momento 0, pela inclusão de um risco de não recebimento de juros, o que afeta de imediato a taxa efetiva? Parece–me que se vem caminhando para a segunda hipótese…

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7. Reflexão final

•Estimativas: de onde vem para onde vai a contabilidade e a informação financeira

•Divulgações

•Auditores

•Analistas

•Justo valor: impacto empresarial e social da contabilidade

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