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1 Acompanhamento e avaliação da Segurança Alimentar de famílias brasileiras: validação de metodologia e de instrumento de coleta de informação. URBANO/RURAL RELATÓRIO TÉCNICO Financiamento: Ministério da Saúde Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS- Brasil) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) Março de 2004 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL versão preliminar

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1

Acompanhamento e a v a l i a ç ã o d a Segurança Alimentarde famílias brasileiras: v a l i d a ç ã o d e metodologia e de instrumento de coleta d e i n f o r m a ç ã o .URBANO/RURAL

RELATÓRIO TÉCNICO

Financiamento:Ministério da Saúde

Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS- Brasil)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Março de 2004

U N I V E R S I D A D E E S TA D U A L D E C A M P I N A SF A C U L D A D E D E C I Ê N C I A S M É D I C A SDEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL

versão preliminar

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Os coordenadores e pesquisadores deste projeto

agradecem a todas as pessoas que nos seminários e painéis de

especialistas ofereceram o melhor de seu conhecimento e

compromisso social. Agradecem, também, aos dirigentes das

instituições federais, das organizações internacionais e das secretarias

estaduais e municipais de saúde, que colocaram recursos técnicos e

financeiros, além de apoio logístico e de pessoal, fundamentais para o

sucesso deste trabalho.

Agradecimentos especiais são dirigidos aos participantes

dos grupos focais, de todos os Estados, que agregaram experiências e

conhecimentos fundamentais para o bom desempenho das

atividades. Nosso reconhecimento e respeito são ainda maiores por

sabermos que cada reflexno ou palavra colocada nos grupos refletia,

de fato, a experiência de viver o cotidiano com insegurança alimentar

ou fome.

Agradecimentos

2

Os coordenadores e pesquisadores deste projeto

agradecem a todas as pessoas que nos seminários e painéis de

especialistas ofereceram o melhor de seu conhecimento e

compromisso social. Agradecem, também, aos dirigentes das

instituições federais, das organizações internacionais e das secretarias

estaduais e municipais de saúde, que colocaram recursos técnicos e

financeiros, além de apoio logístico e de pessoal, fundamentais para o

sucesso deste trabalho.

Agradecimentos especiais são dirigidos aos participantes

dos grupos focais, de todos os Estados, que agregaram experiências e

conhecimentos fundamentais para o bom desempenho das

atividades. Nosso reconhecimento e respeito são ainda maiores por

sabermos que cada reflexão ou palavra colocada nos grupos refletia,

de fato, a experiência de viver o cotidiano com insegurança alimentar

ou fome.

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PESQUISADORES

PESQUISADORES ASSOCIADOS

3

APOIO TÉCNICO CNPq

CORRESPONDÊNCIA

Profª. Dra. Ana Maria Segall Corrêa

Departamento de Medicina Preventiva e Social (DMPS)Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP

Rafael Pérez Escamilla, Ph.D. *Colégio de Agricultura e Ciências NaturaisUniversidade de ConnecticutStorrs CT. EUA 06269 - 40

Maria de Fátima Archanjo SampaioFEAGRI- Faculdade de Engenharia Agrícola- UNICAMPDepartamento de Planejamento e Desenvolvimento Rural SustentávelLeticia Marin-LeonFCM/UNICAMP- Departamento de Medicina Preventiva e Social (DMPS)Gisele PanigassiFCM/UNICAMP- Departamento de Medicina Preventiva e Social (DMPS)Lucia Kurdian MaranhaFCM/UNICAMP- Departamento de Medicina Preventiva e Social (DMPS)

Profª. Dra. Sonia BergamascoFEAGRI- Faculdade de Engenharia Agrícola- UNICAMPProfª. Dra. Julieta OliveiraFEAGRI- Faculdade de Engenharia Agrícola- UNICAMP

MCT INPA- Instituto Nacional de Pesquisa da AmazôniaDrª. Lucia Yuyama INPADr. Fernando L. Alencar INPAUFPB - Departamento de NutriçãoProf. Dr. Rodrigo Pinheiro de Toledo ViannaProfª.Ana Claudia Freire VieiraUNB Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e NutriçãoProfª. Drª. Denise CoitinhoProfª. Drª. Bethsáida de S. SchmitzMarília Mendonça Leão Ministério da Saúde Pesquisadora Associada

Muriel Gubert Pesquisadora Associada

UFMT- Universidade Federal de Mato Grosso Profa. Drª. Lenir Vaz GuimarãesMárcia Montanari

Drª.Zuleica Portela Albuquerque - OPS BrasilDr. Antonio Escamilla - OPS Brasil

Camila K. GurgelDepartamento de Medicina Preventina e Social - FCM UNICAMP

*FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP- Bolsa de Professor Visitante)

[email protected]; tel: 19. 3788-8036

coordenadora

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4

Gráfico Consistência interna para os quatro estados

Quadro

Figura 1 IA Severa segundo renda familiar

Figura 2 Consumo de frutas segundo nível de IA

Figura 3 Consumo de carnes segundo nível de IA

Prevalências de segurança e insegurança

alimentar, segundo estado do país e áreas urbanas

e rurais

16

LISTA DE FIGURAS,

GRÁFICO E QUADRO

18

19

20

21

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07 Apresentação

Pressupostos

Métodos e Resultados Qualitativos

Resultados Quantitativos

Conclusões

Referências Bibliográficas

Anexos

Questionário

Lista de Participantes e Colaboradores

1

2

Sumário

5

09

11

15

23

25

27

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Identificou-se a necessidade de termos, à disposição da política

brasileira de combate à fome (INSTITUTO DA CIDADANIA, 2001),

metodologia e questionário de avaliação familiar de segurança alimentar

adequados às características nacionais. Partiu-se, nesta investigação, de

instrumento de coleta de informações sobre segurança alimentar proposto por

pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América

(BICKEL, 2000), adaptado de pesquisa qualitativa da Universidade de Cornell

(RADMER, 1992) e amplamente utilizado em vários países (FROMGILO,1999;

STUDDERT, 2001; COHEN, 2003; PEREZ-ESCAMILLA, 2000).

Nesta oportunidade são apresentadas as principais atividades e

resultados dos processos de validação qualitativa e quantitativa do instrumento

de medida da Segurança/Insegurança Alimentar de famílias brasileiras, residentes

em áreas urbanas e rurais do país.

A investigação foi realizada entre os meses de abril de 2003 e fevereiro

de 2004. Contou com financiamento e apoio técnico do Ministério da Saúde e da

Organização Pan-Americana da Saúde-OPS e da Fundação de Amparo à

Pesquisa do Estado de São Paulo-FAPESP. Seus bons resultados representam o

sucesso da parceria de pesquisadores de cinco instituições de ensino e pesquisa

brasileiras: Universidade Estadual de Campinas (Coordenação), Universidade

Federal da Paraíba, Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Universidade

Nacional de Brasília e Universidade Federal de Mato Grosso. Contou ainda com

a participação e assessoria de pesquisador do Instituto de Pesquisa em Nutrição

do Colégio de Agricultura e Ciências Naturais da Universidade de Connecticut-

USA.

Esta investigação foi objeto de acompanhamento e avaliação externa de

especialistas, em seminários nacionais, durante o transcorrer de suas atividades.

Apresentação

7

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PressupostosSegurança Alimentar (SA) é a garantia de acesso contínuo à quantidade

e qualidade suficientes de alimentos, obtido por meio socialmente aceitável, de

forma a assegurar o bem estar e a saúde dos indivíduos.

O direito à alimentação é parte dos direitos civis básicos da população e

um meio de atingir a cidadania plena (IPEA, 2002).

As políticas públicas de combate à fome no Brasil não dispõem de

indicadores diretos para a medida da insegurança alimentar, necessários ao seu

acompanhamento e avaliação de impacto populacional.

As medidas de insegurança alimentar (IA) adotadas devem ser capazes

de refletir os diferentes níveis e possibilidades de acesso aos alimentos,

vivenciados pelas famílias brasileiras.

O instrumento de medida deve ser simples, de fácil aplicação, de

compreensão o mais universal possível e de baixo custo.

Os recursos técnicos e científicos utilizados para medir insegurança

alimentar em nível familiar, incluindo o questionário e os métodos de análise,

devem produzir uma escala de uso nacional, adequada para capturar os distintos

graus de segurança alimentar, insegurança alimentar na família e fome entre

crianças. Os diferentes níveis de insegurança devem refletir (BICKEL, 2000):

a) situação de SEGURANÇA ALIMENTAR;

b) receio ou medo de sofrer insegurança alimentar no futuro próximo (componente psicológico da insegurançao) e problemas de qualidade da alimentação da família - IA LEVE;

c) restrição na quantidade dos alimentos na famílIa - IA MODERADA;

d) fome entre adultos e/ou crianças da família - IA SEVERA.

9

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Métodos e Resultados Qualitativos

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Os procedimentos de validação qualitativos e quantitativos para

população urbana e rural ocorreram em Campinas-SP, Brasília-DF, João Pessoa-

Pb, Manaus-Am e Cuibá-MT (apenas rural). Estas cidades foram selecionadas

para representar contextos econômicos, sociais e culturais diferentes.

A etapa qualitativa de validação foi composta por quatro painéis de

especialistas de várias áreas do conhecimento de interface com o tema

Segurança Alimentar. Os participantes dos painéis, juntamente, com a equipe de

pesquisadores, fizeram revisão geral do instrumento original disponível,

discutiram estratégias de aplicação e adequação de indicadores sociais,

demográficos e de consumo alimentar. Estes indicadores foram escolhidos para a

análise da consistência externa global (validação preditiva) do questionário.

Avaliaram, ainda, cada uma das perguntas, modificando a linguagem e as opções

de freqüências referentes às respostas positivas. Ao final deste processo foi

aprovado um questionário contendo 15 perguntas sobre Insegurança Alimentar

(IA).

Em cada município e, para a validação urbana, os painéis especializados

foram seguidos de oficinas de trabalho, com o uso de técnica de grupo focal,

contando com a participação de representantes das respectivas comunidades

urbanas (quatro oficinas).

No processo de validação qualitativa em população rural foi organizada

uma única reunião de especialistas, com participação ampliada para

pesquisadores de temas pertinentes a esta população, oriundos de várias

instituições acadêmicas e de serviços. Esta reunião teve caráter nacional e foi

preparatória dos sete grupos focais realizados com a participação de

trabalhadores rurais dos municípios escolhidos.

Nos grupos focais buscou-se captar a compreensão habitual da

população a respeito de conceitos contidos no questionário original e traduzidos

para o português, além de outros indicados pelos especialistas, tais como:

qualidade dos alimentos, alimentação saudável, alimentação balanceada,

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alimentação saudável e variada, segurança alimentar, circunstâncias em que o

dinheiro é ou não suficiente e o significado para o grupo da palavra fome.

A partir desta discussão os participantes fizeram revisão do

questionário propondo as adaptações de linguagem julgadas pertinentes,

substituindo os termos como alimentação balanceada por saudável e variada.

Modificou-se, também, a referência do período recordatório, para os eventos

pesquisados, de 12 meses para 3 meses. Houve unanimidade, nestes grupos,

quanto a importância e pertinência da realização deste tipo de pesquisa.

Recomendou-se cuidados no planejamento das entrevistas, para evitar a relação

da pesquisa com os procedimentos institucionais de inclusão nos programas

assistenciais.

Em todas as regiões pesquisadas, o problema da dificuldade para

obtenção dos alimentos, por meios próprios, e a fome apareceram como

situações vivenciadas, freqüentemente, por muitos dos participantes. Em todos

os grupos focais, urbanos e rurais, a questão da segurança alimentar apareceu

ligada à necessidade de alimentos livres de agrotóxicos e higienicamente

seguros.

Os agricultores, presentes nos grupos focais, julgaram o instrumento já

validado para famílias urbanas, como bastante adequado para aquelas do meio

rural. Entretanto, seu conceito a respeito de uma alimentação saudável e variada

reflete o acesso à alimentação de melhor qualidade sanitária e inclusão de

produtos industrializados, diferente daquela experimentada em situação de

carência. Esses trabalhadores sugeriram algumas adaptações de linguagem e

inclusão, em apenas algumas perguntas, da possibilidade de produção agrícola,

como um recurso para a Segurança Alimentar. Argumentaram que, no limite, o

que de fato determina a Segurança Alimentar é ter dinheiro suficiente para

compra de alimentos e insumos agrícolas. Na falta da produção, por qualquer

circunstância, “se tem dinheiro, não tem fome”.

Em suporte ao projeto e visando acompanhar e avaliar todo o

processo foram realizados em Campinas e na Organização Pan-Americana da

Saúde (OPS), em Brasília, cinco seminários que contaram com a participação

ampla de pesquisadores de várias instituições acadêmicas, de representantes do

Ministério da Saúde, Ministério Especial de Segurança Alimentar atual

Desenvolvimento Social, da Promoção e Assistência Social, de Ciência e

Tecnologia, do IBGE e da própria OPS.

12

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Estado da Paraíba - Grupo local

Estado do Amazonas - Rural

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Resultados Quantitativos

Na etapa quantitativa (inquérito rural e urbano) optou-se por amostras

intencionais de domicílios, selecionadas para representar estratos sociais

diferentes. Foram 711 famílias entrevistadas em áreas urbanas e 1086 nas rurais.

As primeiras selecionadas em bairros ou regiões das cidades que pudessem

compor estratos de famílias de classe média, classe média baixa, pobre e muito

pobre. As últimas constituíam famílias de trabalhadores rurais assalariados,

temporários, agricultores familiares tradicionais, agricultores de assentamentos

rurais de reforma agrária, ribeirinhos e remanescentes de quilombos.

No questionário aplicado à população urbana, incluiu-se, como

recursos para os procedimentos de validação externa, indicadores de renda e de

consumo diário de alimentos. Naquele aplicado à população rural, além da renda

e consumo de alimentos, foram utilizados indicadores sociais construídos a partir

das características de produção rural, produção para auto-consumo e, também,

pelas diferentes categorias sociais de trabalhadores, estas definidas de acordo

com o seu modo de relação com a terra.

Neste relatório são apresentados os resultados referidos a renda

monetária e ao consumo diário de alimentos. Em São Paulo os dados referem-se

a Campinas (região Sudoeste da Cidade) e áreas rurais de alguns municípios do

interior do estado (Sumaré, Mogi Mirim, Santo Antônio de Posse, Espírito Santo

do Pinhal e Vale do Ribeira). Na Paraíba a cidade de João Pessoa e área rural do

município de Pedras de Fogo; em Brasilia uma ocupação “da Estrutural” e área

rural do município Hidrolândia-Goiás. Pesquisou-se em Manaus uma amostra

urbana distribuída por várias áreas da cidade e, no muncípio de Jandira-

Amazonas, população rural constituída por ribeirinhos. A investigação em Mato

Grosso foi realizada com amostra intencional de população de ribeirinhos,

assentados e agricultores tradicionais de várias áreas do estado. Seus resultados

ainda se encontram em processamento. A consistência interna do questionário,

tanto em população urbana quanto rural, foi alta, mostrando que o questionário

adaptado e validado nos procedimentos qualitativos foi adequado às populações 15

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DF/GOIÁS

100908070605040302010

0 Q15

Q14

Q13

Q12

Q11

Q10

Q9

Q8

Q7

Q6

Q5

Q4

Q3

Q2

Q1

%SI

M

< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA

100908070605040302010

0 Q15

Q14

Q13

Q12

Q11

Q10

Q9

Q8

Q7

Q6

Q5

Q4

Q3

Q2

Q1

%SI

M

< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA

urbano rural

alvo. O teste estatístico que mede a significância desta consistência, Alpha de

Chronbach, variou entre 0,87 e 0,95, para um mínimo aceitável de 0,85.

Observou-se, também, validade preditiva alta (validade externa), em todos os

municípios, mostrada pelo paralelismo das curvas de proporção de respostas

positivas às 15 perguntas, segundo os quatro estratos de renda. O gráfico abaixo

mostra um sumário destes resultados, considerando a validação urbana e rural

em cada município estudado. Paraíba rural, apresenta-se com apenas 2 estratos

de renda, uma vez que poucas famílias possuíam rendimentos totais superiores a

2 SM mensais.

16

SÃO PAULO

100908070605040302010

0 Q15

Q14

Q13

Q12

Q11

Q10

Q9

Q8

Q7

Q6

Q5

Q4

Q3

Q2

Q1

%SI

M

< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA

100908070605040302010

0 Q15

Q14

Q13

Q12

Q11

Q10

Q9

Q8

Q7

Q6

Q5

Q4

Q3

Q2

Q1

%SI

M

< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA

urbano rural

Gráfico Consistência interna para os quatro estados

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PARAÍBA

100908070605040302010

0 Q15

Q14

Q13

Q12

Q11

Q10

Q9

Q8

Q7

Q6

Q5

Q4

Q3

Q2

Q1

%SI

M

< 1SM 1a 2SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA

100908070605040302010

0 Q15

Q14

Q13

Q12

Q11

Q10

Q9

Q8

Q7

Q6

Q5

Q4

Q3

Q2

Q1

%SI

M

< 1SM 1a 2 SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA

urbano rural

AMAZONAS

100908070605040302010

0 Q15

Q14

Q13

Q12

Q11

Q10

Q9

Q8

Q7

Q6

Q5

Q4

Q3

Q2

Q1

%SI

M

< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA

100908070605040302010

0 Q15

Q14

Q13

Q12

Q11

Q10

Q9

Q8

Q7

Q6

Q5

Q4

Q3

Q2

Q1

%SI

M

< 1SM 1a 2 SM >2 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA

urbano rural

17

Gráfico Continuação

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18

Os gradientes de inseguranças alimentar (Quadro abaixo), mostram,

para o total de famílias, em cada uma das regiões, comportamento consistente de

maior prevalência de insegurança alimentar em populações urbanas,

comparativamente às rurais, exceto em São Paulo, onde esta diferença não é

significativa. Observou-se, ainda, maior prevalência de insegurança no

Amazonas, tanto em área urbana quanto rural.

Quadro Prevalências de segurança e insegurança alimentar, segundo estado do país e áreas urbanas e rurais

Segurança AlimentarInsegurança LeveInsegurança ModeradaInsegurança Severa

São PauloU(87) R(160)

19,4 49,439,8 27,528,0 10,012,9 13,1

GoiásU(157) R(139)

9,6 22,6 27,6 38,0 34,6 24,8 28,2 14,6

AmazonasU(174) R(84)

10,9 0,0 24,6 37,0 20,0 27,8 44,6 35,2

ParaíbaU(166) R(158)

15,8 26,3 30,3 29,5 29,1 32,7 24,8 11,5

Seminário Nacional - Validação rural(Campinas, outubro de 2003)

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Nos quatro municípios foram observadas relações inversas entre

insegurança alimentar e o nível de rendimento monetário das famílias (Figura 1).

Esta relação é mais expressiva nas áreas urbanas de todas as regiões e áreas rurais

do norte e nordeste. As tendências confirmam consistência geral do questionário

e a pertinência de seu uso como medida direta de Insegurança Alimentar em

famílias. A elevada proporção de insegurança nos estratos de renda mais baixos,

de famílias urbanas, demonstra a relevância social do estudo e a necessidade de

medidas de intervenção.

80

70

60

50

40

30

20

10

0

< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM

71,4

40

0

13,97,7 4,8 0

%

23,8

SÃO PAULO

urbano rural

70

60

50

40

30

20

10

0

< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM

50

62

21,2

18,85

% 45

DF/GOIÁS

urbano rural

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM

55,6

85,4

47,1

30,6

9,3

44,4

0

%

AMAZONAS

urbano rural0

FIGURA 1 IA Severa segundo renda familiar

70

60

50

40

30

20

10

0

< 1SM 1a 2 SM 3 a 4 SM

25

6,3

54,5

24,1

%

68,8

PARAÍBA

urbano rural

19

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80

70

60

50

40

30

20

10

0

SA IA -L IA-M IA-S

56,8

77,8

27

7,70

37,528,6

%

68,4

SÃO PAULO

urbano rural

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

SA IA -L IA-M IA-S

37,8

88,5

56

14,64,9 11,1

%63,4

PARAÍBA

urbano rural

25,5

20

FIGURA 2 Consumo de frutas segundo nível de IA

80

70

60

50

40

30

20

10

0

SA IA -L IA-M IA-S

36,5

80

41,8

14,88,8

14,7 20

%

73,3

DF/GOIÁS

urbano rural

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

SA IA -L IA-M IA-S

10089,5

65,1

28,6

15,4

95,2 94,7

%

100

AMAZONAS

urbano rural

Observou-se, nos dois grupos populacionais, urbano e rural, a

associação positiva entre os níveis mais severos de IA e menor probabilidade de

consumo diário de frutas (Figura 2) e carnes (Figura 3) (exceto Amazonas rural) e

verduras em todos os municípios. Estas observações reafirmam o poder

preditivo do questionário, bem como a consistência das perguntas que

originaram os escores. Sua aplicação em inquérito populacional, com amostra

representativa da população de Campinas (SEGALL-CORREA, 2003), mostrou

consistência e preditividade semelhante, corroborando, ainda mais, os resultados

da validação.

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100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

SA IA -L IA-M IA-S

57,7

93,3

69,8

40,7

20,5 17,610

%

93,3

DF/GOIÁS

urbano rural

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

SA IA -L IA-M IA-S

22,7

83,6

67,61

42,3

012,5 14,3

% 51,9

SÃO PAULO

urbano rural

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

SA IA -L IA-M IA-S

92,388

56,3

9,8 11,1

51%

87,8

PARAÍBA

urbano rural

71,1

21

FIGURA 3 Consumo de carnes segundo nível de IA

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

SA IA -L IA-M IA-S

100 100

82,9

61,5

10085,7

%

90,9 89,5

AMAZONAS

urbano rural

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22

Seminário Nacional - Apresentação dos resultados para a área urbana(OPAS, julho de 2003)

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23

ConclusõesOs procedimentos de validação no Brasil de escala para medida de

Insegurança Alimentar, em nível familiar, cumpriram todas as etapas previstas nas

recomendações internacionais (BICKEL, 2000). O acompanhamento externo

deste processo, feito por especialistas de diversas instituições brasileiras e

internacionais, acrescentou legitimidade a esse processo, além das relevantes

contribuições científicas e políticas.

As adaptações, tanto qualitativas quanto quantitativas disponibilizaram,

ao final, um questionário com:

alta validade interna de seu conteúdo atestada pela aceitação apósanálise dos participantes dos painéis de especialistas;

alta validade interna, considerando a compreensão de seus conceitos pelos representantes das comunidades locais que participaram dos grupos focais;

alta validade preditiva, medida pela associação entre gradientes de IA e estratos de renda e padrão diário de consumo alimentar;

alta consistência interna medida por valores do coeficiente Alpha deChronbach acima do recomendado.

A partir deste trabalho dispõe-se agora, no Brasil, de instrumento de

pesquisa cientificamente testado para avaliar e acompanhar, com indicadores

diretos, o impacto nas famílias das políticas sociais voltadas ao combate à fome e a

miséria.

O processo de validação urbano-rural descrito resulta em um

questionário único, de fácil aplicação, adequado para avaliação da Segurança e

Insegurança Alimentar de famílias brasileiras em qualquer destes contextos. Este

instrumento poderá ser incorporado aos inquéritos populacionais nacionais e

em pesquisas locais.

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25

BICKEL, G; NORD, M; PRICE, C; HAMILTON,W, COOK,J. Measuring Food

Security in the United States: Guide to measuring household food security. USDA,

Office of Analysis, Nutrition, and evaluation, USA, 2000.

COHEN, B. Community Food Security Assessment Toolkit. ERS E-FAN No. 02-

013, 2002. p. 166. Disponível em:

http://www.ers.usda.gov/publications/efan02013/. Acesso em: 23 ago. 2003.

FRONGILLO, E.A. Validation of measures of food insecurity and hunger. J Nutr,

129 (Suppl. 2): 506-9, 1999.

INSTITUTO CIDADANIA. Projeto Fome Zero: uma política de segurança

alimentar para o Brasil. São Paulo, 2001.

IPEA-INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA, SECRETARIA DE

ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS SEDH E MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES

EXTERIORES MRE. A Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à

Alimentação no Brasil. Brasília, 2002.

PEREZ-ESCAMILLA, R.; FERRIS, A.M.; DRAKE, L.; HALDEMAN, L.;

PERANICK, J.; CAMPBELL, M. Food stamps are associated with food security

and dietary intake of inner-city preschoolers from Hartford, Connecticut. J

Nutr,130(11): 2711-7, 2000.

RADIMER, K.L. OLSON C.M., GREENE, J.C., CAMPBELL C.C., HABICHT, J.P.

Understanding hunger and developing indicators to assess it in women and

children. J. Nutr. Educ, 24: 36S 45S, 1992.

SEGALL-CORRÊA, A.M., PEREZ-ESCAMILLA, R., MARANHA L.K., SAMPAIO,

M.F, MARIN, L.; PANIGASSI G.; A Insegurança alimentar em Campinas Inquérito

de Base populacional; Relatório de Pesquisa , Campinas SP; Outubro de 2003.

STUDDERT; L.J.; FRONGILLO, E.A.; VALOIS, P. Household food insecurity was

prevalent in Java during Indonesia's economic crisis. J Nutr, 131(10): 2685-

91,2001.

Referências Bibliográficas

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27

Agora vou ler para a(o) senhora(sr) algumas perguntas sobre a alimentação em sua casa. Elas podem ser parecidas umas com as outras, mas é importante que a senhora(sr) responda todas elas.

(AS PERGUNTAS DE 1 A 6 DEVERÃO SER FEITAS EM TODOS OS DOMICÍLIOS. O ENTREVISTADOR DEVE NOMEAR OS ÚLTIMOS 3 MESES PARA SITUAR MELHOR O ENTREVISTADO).

1. Nos últimos 3 meses a(o) senhora (sr) teve preocupação que a comida na sua casa acabasse antes que a(o) senhora(sr) tivesse condição de comprar, receber ou produzir mais comida?

1 Sim (siga 2)

3 Não (passe ao 3)

5 Não sabe (passe ao 3)

2. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

(siga 3)

3. Nos últimos três meses a comida acabou antes que a(o) senhora(sr) tivesse produção

ou dinheiro para comprar mais comida ?

1 Sim (siga 4)

3 Não (passe ao 5)

5 Não sabe (passe ao 5)

4. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe (siga 5)

CARACTERÍSTICAS DE IDADE DOS MORADORES

A. Quantas pessoas vivem nesta casa?ANOTAR | | | NS/NR

B. Destas pessoas quantas são menores de 20 anos ? Nenhuma Se tem menores de 20 anos (ANOTAR NUMERO) | | | NS/NR

C. Quantas destas pessoas são menores de 6 anos? Nenhuma Se tem menores de 6 anos (ANOTAR NUMERO) | | | NS/NR

CARACTERÍSTICAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR/FOME

Anexo 1

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5. Nos últimos 3 meses a(o) senhora(sr) ficou sem dinheiro (ou produção)

para ter uma alimentação saudável e variada?

1 Sim (siga 6)

3 Não (passe ao 7)

5 Não sabe (passe ao 7)

6. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

(siga 7)

7. (ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM

MORADORES MENORES DE 20 ANOS (CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES).

Nos últimos 3 meses a(o) senhora(sr) teve que se arranjar com apenas

alguns alimentos para alimentar algum morador com menos de 20 anos

(crianças e adolescentes) porque o dinheiro ou a produção acabou?

1 Sim (siga 8)

3 Não

5 Não sabe

8. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

28

(Se em todas as perguntas 1, 3, 5 e 7 estiver assinalada a

quadrícula correspondente ao código NÃO ou NÃO SABE,

ENCERRE A ENTREVISTA. Caso contrário, siga 9).

}

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9. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM

MORADORES MENORES DE 20 ANOS (CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES).

Nos últimos 3 meses a(o) senhora(sr) não pode oferecer a algum

morador com menos de 20 anos de idade uma alimentação saudável e

variada porque não tinha dinheiro (ou produção)?

1 Sim (siga 10)

3 Não (passe ao 11)

5 Não sabe (passe ao 11)

10. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

(siga 11)

11. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM

MORADORES MENORES DE 20 ANOS (CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES).

Nos últimos 3 meses algum morador com menos de 20 anos de idade

não comeu quantidade suficiente de comida porque não havia produção

ou dinheiro para comprar mais comida?

1 Sim (siga 12)

3 Não (passe ao 13)

5 Não sabe (passe ao 13)

12. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

As perguntas de 9 a 30 devem ser respondidas apenas por moradores que tenham respondido SIM em pelo menos uma das perguntas 1, 3, 5 ou 7.

29

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13. Nos últimos 3 meses a(o) senhora(sr) ou algum adulto em sua casa

diminuiu, alguma vez, a quantidade de alimentos nas refeições ou deixaram

de fazer refeições, porque não havia produção ou dinheiro suficiente para

comprar a comida?

1 Sim (siga 14)

3 Não (passe ao 15)

5 Não sabe (passe ao 15)

14. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

(siga 15)

15. Nos últimos 3 meses, a(o) senhora(sr) alguma vez comeu menos do que

achou que devia porque não havia produção ou dinheiro suficiente para

comprar comida ?

1 Sim (siga 16)

3 Não (passe ao 17)

5 Não sabe (passe ao 17)

16. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

(siga 17)

17. Nos últimos 3 meses, a(o) senhora(sr) alguma vez sentiu fome mas não

comeu porque não havia produção ou dinheiro suficiente para comprar

comida?

1 Sim (siga 18)

3 Não (passe ao 19)

5 Não sabe (passe ao 19)

18. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

(siga 19)

30

AS PERGUNTAS DE 13 A 21 DEVERÃO SER FEITAS EM TODOS OS DOMICÍLIOS

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31

19. Nos últimos 3 meses, a(o) senhora(sr) perdeu peso porque não tinha

produção ou dinheiro suficiente para comprar comida ?

1 Sim (siga 20)

3 Não (passe ao 21)

5 Não sabe (passe ao 21)

20. A quantidade de peso que perdeu foi:

1 Pouca

3 Média

5 Muita

7 Não sabe

(siga 21)

21. Nos últimos 3 meses, a(o) senhora(sr) ou algum adulto em sua casa ficou,

alguma vez, um dia inteiro sem comer ou, teve apenas uma refeição ao dia,

porque não tinha produção ou dinheiro para comprar comida ?

1 Sim (siga 22)

3 Não (passe ao 23)

5 Não sabe (passe ao 23)

22. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

(siga 23)

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23. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM

M O R A D O R E S M E N O R E S D E 2 0 A N O S ( C R I A N Ç A S E / O U

ADOLESCENTES).Nos últimos 3 meses a(o) senhora(sr) alguma vez

diminuiu a quantidade de alimentos das refeições de algum morador com

menos de 20 anos de idade (criança e /ou adolescente), porque não havia

produção ou dinheiro suficiente para comprar comida?

1 Sim (siga 24)

3 Não (passe ao 25)

5 Não sabe (passe ao 25)

24. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

(siga 25)

25. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM

MORADORES MENORES DE 20 ANOS (CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES).

Nos últimos 3 meses, alguma vez a(o) senhora (sr) teve que deixar de fazer

uma refeição para algum morador com menos de 20 anos de idade (criança

ou adolescentes) porque não havia produção ou dinheiro para comprar

comida ?

1 Sim (siga 26)

3 Não (passe ao 27)

5 Não sabe (passe ao 27)

26. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

(siga 27)

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27. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM

M O R A D O R E S M E N O R E S D E 2 0 A N O S ( C R I A N Ç A S E / O U

ADOLESCENTES).Nos últimos 3 meses, algum morador com menos de 20

anos de idade (criança ou adolescentes) teve fome mas a(o) senhora(sr)

simplesmente não podia comprar mais comida?

1 Sim (siga 28)

3 Não (passe ao 29)

5 Não sabe (passe ao 29)

28. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

(siga 29)

29. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM

M O R A D O R E S M E N O R E S D E 2 0 A N O S ( C R I A N Ç A S E / O U

ADOLESCENTES).Nos últimos 3 meses, algum morador com menos de 20

anos de idade (criança ou adolescentes) ficou sem comer por um dia

inteiro porque não havia dinheiro para comprar a comida?

1 Sim (siga 30)

3 Não

5 Não sabe

30. Com que freqüência isto ocorreu?

1 Em quase todos os dias

3 Em alguns dias

5 Em apenas 1 ou 2 dias

7 Não sabe

33

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Anexo 2

Participantes: Seminários Nacionais e Painéis de Especialistas

Ana Cláudia Figueiró Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar

Ana Claudia Freire UFPB / PB

Ana Lúcia Pereira CONSEA

Ana Maria Segall Corrêa DMPS / FCM/UNICAMP

Anne Kepple Comitê de Segurança Alimentar e Nutrição de Rio Claro

Antonio Escamilla OPAS / OMS

Bénédicte de la Briere DFID / MAPS Secretaria de Avaliação de Políticas Sociais

Bethsáida de A. S. Schmitz Departamento de Nutrição UNB

Camila Kreft Gurgel DMPS / FCM / UNICAMP

Carolina G. Pinheiro Ministério da Assistência e Promoção Social Secretaria de Avaliação de Políticas Sociais

Dayse Miranda CEPIA - RJ

Delson Fonseca MPF

Denise Coitinho OPSAN / UNB

Denise O. Silva FIOCRUZ Brasília

Dionara B. A. Barbosa MESA / Departamento de Monitoramento e Avaliação

Eduardo A. F. Nilson CGPAN - MS

Giseli Panigassi DMPS / FCM / UNICAMP

Gracy Heijsdom CGPAN / MS

Helen Altoé Duar CGPAN - MS

Isabel Amaral Imprensa - UNICAMP

Janini Coutinho OPSAN - UNB

João B. Risi Júnior OPAS / OMS

João Baptista de Lima Filho ANVISA / MS

Julieta Oliveira FEAGRI / UNICAMP

Kelva Aquino CGPAN / MS

Lavínia Pessanha IBGE

Lucia Kurdian Maranha DMPS / FCM / UNICAMP

Lucia Yuyama INPA / CPCS AM

Luciana Sardinha Alimentação e Nutrição Ministério da Saúde

Luis Octávio Ramos Filho EMBRAPA / Meio Ambiente

Márcia Montanari ISC / UFMT

34

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Maria Cristina Boog UNICAMP

Maria de Fátima Carvalho CGPAN / Ministério da Saúde

Maria de Fátima Sampaio UNICAMP

Maria Inês Barbosa GTPIR / CONSEA

Mariana Martins ABRANDH UNB

CGPAN / MS

Marília M. Leão Alimentação e Nutrição Ministério da Saúde

Marlene Dedoneb ASBRAN

Mauro Eduardo Del Grossi MESA

Muriel Gubert OPSAN/UNB

Nathalia Beghin IPEA / MPOG

Osmar de Araújo Filho LEIA/UNICAMP

Otavio Balsadi MESA

Rafael Escamilla University of Connecticut

Rosana de Divitiis Rede IBFAN

Rosana R. lemes Ota FNDE / MEC

Steven Ault OPAS / OMS

Terezinha Batista Coutinho IBGE / DPE / RJ

Valéria R. Tolentino UNICAMP / DCPAN

Zuleica Albuquerque OPAS/OMS

Colaboradores:

Bethsáida de A. S. Schmitz Departamento de Nutrição - UNB

Dionara B. A. Barbosa MESA / DMA

Eliane A. Campos da Silva Secretaria Municipal da Saúde Campinas

Elizabeth Pereira Lelo CETS Secretaria Municipal da Saúde Campinas

Esther Mourão Universidade Newton Lins - AM

Lavínia Pessanha IBGE

Leonor M. Pacheco Santos Ministério da Saúde

Luiz Antonio Dombek FEAGRI / UNICAMP

Terezinha Batista Coutinho IBGE/DPE/RJ

Tiburcio Barbosa da Silva Secretaria Municipal da Saúde Campinas

35