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Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2014

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Page 1: Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2014

Valeska Lucia Figueira

Língua Portuguesa

UNITAUEscola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi”

TAUBATÉ – SP 2014

Page 2: Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2014

Raul Pompeia (1863 – 1895)Raul Pompeia (1863 – 1895)

Foi marcante para o Realismo. Ele adere as ideias Foi marcante para o Realismo. Ele adere as ideias abolicionistas, positivistas e republicanas. abolicionistas, positivistas e republicanas.

▫ ▫ O AteneuO Ateneu, crônica de saudades, é considerado um , crônica de saudades, é considerado um romance autobiográfico. A obra é narrada em 3ª pessoa, romance autobiográfico. A obra é narrada em 3ª pessoa, publicada em 1888.publicada em 1888.

EmEm O AteneuO Ateneu há reflexões sobre a vida de internato, o há reflexões sobre a vida de internato, o narrador memorialista Sérgio (o próprio autor) que entra narrador memorialista Sérgio (o próprio autor) que entra no colégio aos 11 anos.no colégio aos 11 anos.

Sérgio vê humilhações e constrangimentos na escola, os Sérgio vê humilhações e constrangimentos na escola, os quais o deixa abalado emocionalmente. Para se quais o deixa abalado emocionalmente. Para se estabilizar, apaixonasse por Ema (mulher do diretor), estabilizar, apaixonasse por Ema (mulher do diretor), confundindo amor maternal com erotismo.confundindo amor maternal com erotismo.

Page 3: Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2014

O Ateneu (1888)O Ateneu (1888)▫ ▫ Considerado romance psicológico, memorialista, realista, Considerado romance psicológico, memorialista, realista,

impressionista, naturalista e até simbolista.impressionista, naturalista e até simbolista.

▫ ▫ Os personagens são medíocres, fracassados e vingativos, Os personagens são medíocres, fracassados e vingativos, sendo, assim, uma sendo, assim, uma análiseanálise da sociedade brasileira! da sociedade brasileira!

▫ ▫ O autor se “vinga” do internato ao finalizar a obra com o O autor se “vinga” do internato ao finalizar a obra com o incêndio do colégio, possivelmente, pelo menino estranho incêndio do colégio, possivelmente, pelo menino estranho Américo, o qual foi obrigado pelos pais a estudar nessa Américo, o qual foi obrigado pelos pais a estudar nessa escola.escola.

Há duas leituras da obra: Há duas leituras da obra: ▫ ▫ a crítica da estrutura de um internato;a crítica da estrutura de um internato;

▫ ▫ o colégio ser um símbolo de um mundo maior, cuja o colégio ser um símbolo de um mundo maior, cuja estrutura é injusta e degradante.estrutura é injusta e degradante.

Page 4: Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2014

Aluísio de Azevedo (1859 – 1913)Aluísio de Azevedo (1859 – 1913)

É o grande nome do romance naturalista brasileiro. É o grande nome do romance naturalista brasileiro. Apegado às artes plásticas, as quais auxiliaram na Apegado às artes plásticas, as quais auxiliaram na descrição dos personagens. descrição dos personagens.

Aborda o preconceito racial das elites brancas! Aborda o preconceito racial das elites brancas!

▫ ▫ Seus romances-tese buscam retratar e interpretar a Seus romances-tese buscam retratar e interpretar a realidade brasileira à luz das teorias científico-filosóficas realidade brasileira à luz das teorias científico-filosóficas da época.da época.

EmEm O CortiçoO Cortiço, narrado em 3ª pessoa com objetividade, , narrado em 3ª pessoa com objetividade, descreve um cortiço, onde há vícios, miséria e descreve um cortiço, onde há vícios, miséria e imoralidade.imoralidade.

Essa obra mostra que o meio influencia os personagens Essa obra mostra que o meio influencia os personagens em um nível praticamente fisiológico, e vice-versa.em um nível praticamente fisiológico, e vice-versa.

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O Cortiço (1890)O Cortiço (1890)▫ ▫ Narra a história de um português, João Romão, que Narra a história de um português, João Romão, que

constrói um cortiço com o dinheiro de Bertoleza, uma constrói um cortiço com o dinheiro de Bertoleza, uma escrava fugitiva.escrava fugitiva.

▫ ▫ No enredo, há Rita Baiana, mulata provocante e sensual, No enredo, há Rita Baiana, mulata provocante e sensual, desejada por um trabalhador denominado Jerônimo. Esse desejada por um trabalhador denominado Jerônimo. Esse desejo enciúma o namorado dela, Firmo, que é morto em desejo enciúma o namorado dela, Firmo, que é morto em uma briga pelo Jerônimo. Tornando-se uma briga entre os uma briga pelo Jerônimo. Tornando-se uma briga entre os cortiços “Cabeça de gato” e “Carapicus”.cortiços “Cabeça de gato” e “Carapicus”.

▫ ▫ Há um incêndio no cortiço, e João Romão reconstrói com a Há um incêndio no cortiço, e João Romão reconstrói com a ajuda de um aristocrático, pai de uma mulher rica, esposa ajuda de um aristocrático, pai de uma mulher rica, esposa ideal para os sonhos de João. Para isso, afasta-se de ideal para os sonhos de João. Para isso, afasta-se de Bertoleza e a denuncia para os escravocratas; antes de ser Bertoleza e a denuncia para os escravocratas; antes de ser presa, ela comete suicídio. presa, ela comete suicídio.

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Page 7: Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2014

O nome Parnasianismo veio de uma revista francesa O nome Parnasianismo veio de uma revista francesa chamada chamada Le Parnase Comteporain.Le Parnase Comteporain.

▫ ▫ Parnaso é o nome de uma montanha grega consagrada a Parnaso é o nome de uma montanha grega consagrada a Apolo, um dos protetores da arte poética, e às musas Apolo, um dos protetores da arte poética, e às musas inspiradoras das artes. inspiradoras das artes.

Essa poesia tinha como tema o fazer poético, opondo-se Essa poesia tinha como tema o fazer poético, opondo-se ao tema cotidiano do Realismo e à análise descritiva do ao tema cotidiano do Realismo e à análise descritiva do Naturalismo.Naturalismo.

Os parnasianos apontavam o isolamento do poeta como Os parnasianos apontavam o isolamento do poeta como necessidade para escrever suas composições. Surgindo, necessidade para escrever suas composições. Surgindo, então, a ideia da então, a ideia da torre de marfimtorre de marfim, espaço para o , espaço para o isolamento.isolamento.

O trabalho do poeta se assemelha ao do ourívides! O trabalho do poeta se assemelha ao do ourívides!

Page 8: Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2014

Características da poesia parnasiana:Características da poesia parnasiana:

▫ ▫ A perfeição está na forma.A perfeição está na forma.

▫ ▫ Linguagem é, antes de tudo, correção e equilíbrio.Linguagem é, antes de tudo, correção e equilíbrio.

▫ ▫ Sobriedade no emprego de figuras.Sobriedade no emprego de figuras.

▫ ▫ Musicalidade dos versos, adquirida na variedade de vogais.Musicalidade dos versos, adquirida na variedade de vogais.

▫▫ Emprego de rimas raras.Emprego de rimas raras.

▫ ▫ A impassibilidade (indiferença, insensibilidade) do poeta A impassibilidade (indiferença, insensibilidade) do poeta

diante da obra.diante da obra.

▫ ▫ Fuga dos sentimentos vagos, para ter uma visão do real.Fuga dos sentimentos vagos, para ter uma visão do real.

Page 9: Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2014

Características da poesia parnasiana:Características da poesia parnasiana:

▫ ▫ Riqueza vocabular, rima rica (diferentes classes Riqueza vocabular, rima rica (diferentes classes

gramaticais) e condenação de hiatos.gramaticais) e condenação de hiatos.

▫ ▫ Ênfase descritiva nos pequenos objetos, vasos, estatuetas, Ênfase descritiva nos pequenos objetos, vasos, estatuetas,

alfaias, flautas, taças, etc.alfaias, flautas, taças, etc.

▫ ▫ Culto da beleza escultural (grega).Culto da beleza escultural (grega).

▫▫ Simplicidade artística.Simplicidade artística.

▫ ▫ Culto da arte pela arteCulto da arte pela arte..

▫ ▫ Preferência pelo soneto.Preferência pelo soneto.

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Longe do estéril turbilhão da rua, ABeneditino, escreve! No aconchego; B DecassílaboDo claustro, na paciência e no sossego,B Torre de marfimTrabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!. A Fazer poético

Mas que na forma se disfarce o emprego, BDo esforço; e a trama viva se construa ADe tal modo, que a imagem fique nua, A (nua = simples) Rica mas sóbria, como um templo grego. B

Não se mostre na fábrica o suplício CDo mestre. E, natural, o efeito agrade, DSem lembrar os andaimes do edifício C

Porque a Beleza, gêmea da Verdade; D (nomes próprios)Arte pura, inimiga do artifício, C Arte pela arteÉ a força e a graça na simplicidade. D

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Poetas parnasianos:Poetas parnasianos:

Olavo Bilac:Olavo Bilac:

▫ ▫ compara seu trabalho com o de um ourives, que quer a compara seu trabalho com o de um ourives, que quer a

perfeição de uma joia (ou um poema); perfeição de uma joia (ou um poema);

▫ ▫ faz uso da metalinguagem;faz uso da metalinguagem;

▫ ▫ dentre vários poemas, um é o “A um poeta”, apresentado dentre vários poemas, um é o “A um poeta”, apresentado

no slide anterior.no slide anterior.

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Poetas parnasianos:Poetas parnasianos:

Alberto de Oliveira:Alberto de Oliveira:

▫ ▫ o mais rigoroso dos parnasianos;o mais rigoroso dos parnasianos;

▫ ▫ sua temática incluía elementos da mitologia greco-romana;sua temática incluía elementos da mitologia greco-romana;

▫ ▫ usava inversões de palavras por seu estilo rebuscado;usava inversões de palavras por seu estilo rebuscado;▫ ▫ na descrição, segue o na descrição, segue o preciosismopreciosismo que consiste não só na que consiste não só na

escolha da palavra perfeita, mas também na riqueza de escolha da palavra perfeita, mas também na riqueza de detalhes abordados pelo poeta (impressões visuais ou detalhes abordados pelo poeta (impressões visuais ou sensações); sensações);

Page 13: Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2014

Poetas parnasianos:Poetas parnasianos:

Raimundo Correia:Raimundo Correia:

▫ ▫ o último da “trindade parnasiana”;o último da “trindade parnasiana”;

▫ ▫ sua poesia retrata a vertente pessimista, já que a sua poesia retrata a vertente pessimista, já que a preocupação com os valores universais e eternos, com a preocupação com os valores universais e eternos, com a problemática existência humana, traduz em termos de problemática existência humana, traduz em termos de amargo desencanto e pungente lirismo ;amargo desencanto e pungente lirismo ;

▫ ▫ Alguns de seus sonetos representam a efemeridade da Alguns de seus sonetos representam a efemeridade da vida, ou a exploração da alma humana.vida, ou a exploração da alma humana.

Page 14: Valeska Lucia Figueira Língua Portuguesa UNITAU Escola de Aplicação “Dr. Alfredo José Balbi” TAUBATÉ – SP 2014

▫ ▫ BBOSI, Alfredo. OSI, Alfredo. História Concisa da Literatura BrasileiraHistória Concisa da Literatura Brasileira. São . São Paulo: Cultrix, SD.Paulo: Cultrix, SD.

▫ ▫ CANDIDO, Antonio. CANDIDO, Antonio. Introdução à Literatura BrasileiraIntrodução à Literatura Brasileira. São . São Paulo: Humanitas, 1999;Paulo: Humanitas, 1999;

▫▫ CADORE, Luís Agostinha. CADORE, Luís Agostinha. Curso prático de PortuguêsCurso prático de Português. São Paulo:. São Paulo:

Ática, 1994;Ática, 1994;

▫ ▫ DIASDIAS, Nathalia Saliba. Literatura Brasileira: ensino médio, 1ª série / Nathalia Saliba Dias, Sergio Augusto Kalil – Curitiba: Positivo, 2011. v.1: il.