vale refeição dos servidores estaduais deve ser reajustado

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Vale Refeição dos Servidores Estaduais deve ser reajustado Decisão do STF ordenando a correção, pacifica entendimento O Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do poder judiciário brasileiro, julgou procedente o pedido de reajuste do vale refeição pago aos Servidores Estaduais do Rio Grande do Sul. O Estado gaúcho não reajusta o benefício desde 2004. A decisão é válida para os Funcionários Públicos Estaduais Ativos ligados ao Poder Executivo, como membros do Magistério e da Brigada Militar. Entenda o caso: Após ver seu vale refeição perder o poder de compra com a falta de reajustes desde o ano de 2004, Servidor Público Estadual, ingressou com ação buscando o aumento do mesmo. Após inúmeras decisões o processo aguardou a palavra final do STF, o qual condenou o Estado gaúcho ao pagamento das majorações não concedidas, assim como os valores atrasados dos últimos anos. A decisão do STF acaba por estabelecer entendimento aos demais julgamentos das instâncias inferiores, possibilitando assim que os Servidores possam buscar os valores que lhes são devidos. Fato Positivo: A Lei exige que haja decreto prevendo o aumento do vale refeição. Ocorre que desde 2004 o Governo gaúcho não edita novo decreto, deixando há mais de 4 anos os Funcionários sem receber o reajuste devido. De acordo com a decisão da Suprema Instância, os valores devidos são de natureza alimentar, ou seja, são o meio de

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Page 1: Vale Refeição dos Servidores Estaduais deve ser reajustado

Vale Refeição dos Servidores Estaduais deve ser reajustado

Decisão do STF ordenando a correção, pacifica entendimento 

O Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do poder judiciário brasileiro,

julgou procedente o pedido de reajuste do vale refeição pago aos Servidores Estaduais do

Rio Grande do Sul. O Estado gaúcho não reajusta o benefício desde 2004. A decisão é

válida para os Funcionários Públicos Estaduais Ativos ligados ao Poder Executivo, como

membros do Magistério e da Brigada Militar. 

Entenda o caso:

Após ver seu vale refeição perder o poder de compra com a falta de reajustes desde

o ano de 2004, Servidor Público Estadual, ingressou com ação buscando o aumento do

mesmo. Após inúmeras decisões o processo aguardou a palavra final do STF, o qual

condenou o Estado gaúcho ao pagamento das majorações não concedidas, assim como os

valores atrasados dos últimos anos.

A decisão do STF acaba por estabelecer entendimento aos demais julgamentos das

instâncias inferiores, possibilitando assim que os Servidores possam buscar os valores que

lhes são devidos.

Fato Positivo:

 A Lei exige que haja decreto prevendo o aumento do vale refeição. Ocorre que

desde 2004 o Governo gaúcho não edita novo decreto, deixando há mais de 4 anos os

Funcionários sem receber o reajuste devido. De acordo com a decisão da Suprema

Instância, os valores devidos são de natureza alimentar, ou seja, são o meio de subsistência

dos Servidores. Além disso, a decisão afirmou que os Funcionários não podem ficar

aguardando uma atitude do Governo, enquanto a inflação sobe cada vez mais. 

O que Fazer? O Servidor Público Estadual Ativo, na busca dos reajustes do vale refeição

não concedidos, deverá ingressar com ação requerendo a concessão da vantagem, assim

como o pagamento dos valores relativos aos últimos anos.

Após longo trâmite no Judiciário, que até agora vinha entendendo que o percentual e a

periodicidade do reajuste do vale-refeição dos servidores públicos estaduais deveriam ser

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definidos pelo próprio Governo, em 26 de agosto de 2008, a mais alta corte do País, o

Supremo Tribunal Federal, reformou as decisões do Tribunal de Justiça de nosso Estado,

definindo que o valor deve ser reajustado mensalmente e de acordo com os índices oficiais

que indicam a desvalorização da moeda.

A decisão foi tomada durante reunião da Primeira Turma do STF. O Tribunal de Justiça do

RS havia negado o pedido dos servidores. O relator do recurso, Marco Aurélio Mello, rejeitou

o argumento do governo estadual para deixar de reajustar o benefício (necessidade de

cortar despesas). Ele observou que o artigo 169 da Constituição, ao prever o

enquadramento das despesas com pessoal, no limite previsto em lei, indica como chegar a

esse limite. “Mas não consta a possibilidade de a administração pública descumprir a lei”,

destacou.

Para os Ministros do STF, ao decidir manter o congelamento do valor do vale-refeição, o

Tribunal de Justiça gaúcho deixou de considerar a natureza alimentar do benefício e, mais

do que isso, a norma que respaldou a reposição do poder aquisitivo. Trata-se de um direito

do servidor “que não pode ser esvaziado pela inércia do Estado ante os nefastos efeitos da

inflação”, avaliaram.

Assim, como a lei que instituiu o vale-refeição para os servidores estaduais gaúchos (Lei

10.002/93-RS) está em plena vigência, os ministros acolheram o recurso dos servidores,

decidindo que o governo gaúcho deve repor o poder aquisitivo do vale-refeição.

Entretanto, mesmo com a decisão do STF, a qual o Tribunal de Justiça de nosso Estado

deverá seguir, tem-se que dificilmente o Estado irá reajustar espontaneamente o valor do

vale-refeição e pagar o reajuste retroativo aos servidores. A solução, portanto, é ingressar

com demanda no Judiciário, a fim de obter decisão obrigando-o (Estado) a implementar o

reajuste mensal, desde 1993, pelos índices oficiais de inflação e, também, buscar, as

diferenças dos últimos 5 anos.

O índice previsto em lei é o IEPE/UFRGS. Desta forma, todos os servidores estaduais,

sejam civis ou militares (Ex.: Professores, Susepe, Brigada Militar, Polícia Civil, etc), em fim,

todos os que recebem Vale-Refeição têm direito a correção pelos índices do IEPE/UFRGS

como pagamento da diferença entre o que recebeu e o que deveria receber coma correção,

nos últimos cinco anos, além de corrigir o valor do Vale Refeição de agora em diante. Esta

ação é possível de ser ajuizada, inclusive para servidores que já se aposentaram a tempo

inferior a cinco anos.