vale de palavras março 2018 edição...

18
Propriedade: Agrupamento de Escolas Vale Aveiras Rua do Carrasco nº1 2050 – 095 Aveiras de Cima Telefone: 263 470 170 e-mail: [email protected] Jornal do Agrupamento de Escolas Vale Aveiras Edição 3 Março 2018 VALE de PALAVRAS Ficha técnica Coordenação M. Graça Santos e Margarida Pires Redação Mariana António, Matilde Mourato Colaboradores: Ana Maia, Duarte Lúcio, Joana Pratas, João Pedroso, , Margarida Luís, Mariana Brissos, Martim Balcão, Rebeca Baião, Rúben Silva, Vasco Mota. Editorial Khalil Gibran, autor de origem libanesa, de forma sábia comparou as árvores a poemas que a terra escreve para o céu. Aproveitamos esta ideia no mês em que se comemora o Dia da Árvore e da Poesia (21). Na verdade, também a educação de uma criança se pode compreender nesta ideia de elevação, do crescimento físico – claro! mas sobretudo do seu crescimento intelectual. A associação de árvore, homem e poesia faz aqui sentido se todos, pais, educadores, professores e sociedade em geral, soubermos valorizar, não com demagogias que tanto têm de democráticas quanto de tirânicas, mas se no dia a dia agirmos no superior interesse de um futuro auspicioso. Comprometer a floresta, o sonho (a poesia) ou o desenvolvimento integral de uma criança é tão trágico quanto reprovável. E se todos nós sabemos como fazer, por que razão nos distraímos com o acessório? A pergunta contém o lamento de quem assiste aos incêndiosdevastadores que excluem os momentos de leitura, de conversa séria –porque as crianças e os jovens têm opiniões! – com os mais velhos e, depois, com os seus pares. Nos corredores, na Biblioteca, mesmo na sala de convívio, grande parte das nossas crianças, sem o saberem, vivem o drama da solidão, tendo na mão um telemóvel! A ideia de Khalil Gibran, com que iniciei este texto, termina do seguinte modo Nós as derrubamos [as árvores] e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio”. M. da Graça Santos Poesia Clima 3 R’s Aguinaldo Fonseca sonho floresta Leitura Entrevista Dia da Árvore Ovos Noémia de Sousa ecologia Alexandre O’neill Recolha seletiva Família ambiente Desenvolvimento sustentável Opinião Comunidade Dia Mundial da Poesia Responsabilidade Proteger Entrevista Poluição Atividades Verde Dia Mundial da Água Cidadania Férias Eco-Escola Escrita Poetas lusófonos Solidariedade Reciclar Poupar Alegria renovação Planeta Quaresma Ambiente Inquérito Pilhão Compromisso ambiental Feira do Livro Usado Poluição Pão-de-ló Ecossistemas Saúde Caetano da Costa Alegre CONTO Camões Árvore eólica Aveiras Fernando Pessoa Manuel Bandeira Pegada ecológica Contra-pegada Semana da leitura Tradição Poeta Vida Cultura cristã Atualidade união histórias Jornalismo Árvores poéticas no Vale Aveiras Instalação do 9.º B — Projeto Eco-Escolas

Upload: vodien

Post on 08-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Propriedade: Agrupamento de Escolas Vale Aveiras

Rua do Carrasco nº1 2050 – 095 Aveiras de Cima

Telefone: 263 470 170

e-mail: [email protected]

Jornal do Agrupamento de

Escolas Vale Aveiras

Edição 3

Março 2018 VALE de PALAVRAS Ficha técnica

Coordenação M. Graça Santos e Margarida Pires

Redação Mariana António, Matilde Mourato

Colaboradores: Ana Maia, Duarte Lúcio, Joana Pratas, João

Pedroso, , Margarida Luís, Mariana Brissos, Martim Balcão, Rebeca Baião, Rúben Silva, Vasco Mota.

Editorial

Khalil Gibran, autor de origem libanesa,

de forma sábia comparou as árvores a

poemas que a terra escreve para o céu.

Aproveitamos esta ideia no mês em que

se comemora o Dia da Árvore e da Poesia

(21). Na verdade, também a educação de

uma criança se pode compreender nesta

ideia de elevação, do crescimento físico –

claro! – mas sobretudo do seu

crescimento intelectual. A associação de

árvore, homem e poesia faz aqui sentido

se todos, pais, educadores, professores e

sociedade em geral, soubermos valorizar,

não com demagogias que tanto têm de

democráticas quanto de tirânicas, mas se

no dia a dia agirmos no superior interesse

de um futuro auspicioso. Comprometer a

floresta, o sonho (a poesia) ou o

desenvolvimento integral de uma criança

é tão trágico quanto reprovável. E se

todos nós sabemos como fazer, por que

razão nos distraímos com o acessório? A

pergunta contém o lamento de quem

assiste aos “incêndios” devastadores que

excluem os momentos de leitura, de

conversa séria –porque as crianças e os

jovens têm opiniões! – com os mais

velhos e, depois, com os seus pares. Nos

corredores, na Biblioteca, mesmo na sala

de convívio, grande parte das nossas

crianças, sem o saberem, vivem o drama

da solidão, tendo na mão um telemóvel!

A ideia de Khalil Gibran, com que iniciei

este texto, termina do seguinte modo

“Nós as derrubamos [as árvores] e as

transformamos em papel para registrar

todo o nosso vazio”.

M. da Graça Santos

Poesia Clima 3 R’s Aguinaldo Fonseca

sonho floresta

Leitura Entrevista

Dia da Árvore Ovos

Noémia de Sousa ecologia

Alexandre O’neill

Recolha seletiva Família ambiente Desenvolvimento sustentável

Opinião Comunidade

Dia Mundial da Poesia

Responsabilidade Proteger

Entrevista Poluição Atividades Verde Dia Mundial da Água

Cidadania Férias

Eco-Escola Escrita

Poetas lusófonos Solidariedade

Reciclar Poupar Alegria renovação Planeta

Quaresma Ambiente

Inquérito Pilhão Compromisso ambiental Feira do Livro Usado

Poluição Pão-de-ló Ecossistemas Saúde Caetano da Costa Alegre

CONTO Camões Árvore eólica Aveiras

Fernando Pessoa Manuel Bandeira Pegada ecológica Contra-pegada

Semana da leitura

Tradição Poeta

Vida Cultura cristã

Atualidade união histórias Jornalismo

Árvores poéticas no Vale Aveiras

Instalação do 9.º B — Projeto Eco-Escolas

2

O AMBIENTE

A Pegada ecológica

Como se calcula

A Pegada Ecológica é pois um indicador que traduz em hectares (ha) a área em média que um cidadão ou sociedade necessitam

para suportar as suas exigências diárias. O cálculo tem por base diferentes categorias de consumo, como sejam a alimentação, a casa, os transportes, os bens de consumo,

a energia, a água, entre outros. A conversão dos consumos em áreas bioprodutivas recorre a uma tabela específica: Área de energia fóssil – Corresponde a uma área virtualmente

necessária para absorver as emissões de CO2 resultantes da queima de combustíveis fósseis.

Área arável – superfície em que o Homem desenvolve atividades agrícolas, retirando produtos como alimentos, fibras, azeite, entre outras, para suprir as suas necessidade alimentícias.

Área de pastagem - Área dedicada a pastos, de onde se obtêm determinados produtos animais como carne, leite, pele e lã. Área de bosques - superfície ocupada pelos bosques, de onde

advêm principalmente produtos derivados da madeira, utilizados na produção de bens, e também combustíveis como a lenha. Área de mar – A superfície marinha biologicamente produtiva

aproveitada pelo Homem para obter pescado e marisco. No cálculo tradicional da Pegada Ecológica normalmente não são contabilizados os serviços prestados pela biodiversidade, a perda

de biocapacidade resultante da emissão de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, para além do CO2, ou a sobre-exploração ecológica por parte da economia humana e os seus significativos

impactos na biodiversidade.

A quem se destina

Inicialmente associada ao cálculo da Pegada Ecológica do cidadão, ou de determinada sociedade, recentemente passou a ser utilizada também por empresas e outras organizações. Neste

âmbito, o principal objetivo da Pegada Ecológica é determinar a superfície necessária para manter os consumos de recursos e a produção de resíduos por uma dada organização. Desta forma

permite avaliar o impacto da atividade sobre a Natureza, assim como quantificar e prever o êxito e o fracasso de possíveis medidas adotadas que permitam uma melhoria da ecoeficiência produtiva

da mesma.

Como reduzir a tua pegada ecológica

Para reduzir a Pegada Ecológica é fundamental adotares comportamentos mais amigos do ambiente que permitam reduzir a quantidade de recursos necessários às nossas atividades diárias.

Não se trata de adotar um comportamento radical, mas sim de efetuar uma gestão mais eficiente dos recursos. No seu dia-a-dia poderá seguir algumas das seguintes sugestões:

Pondera a necessidade real de adquirir determinados produtos.

Lembra-te da regra dos três R´s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar).

Reduz os consumos energéticos, utilizando aparelhos elétricos e

eletrónicos de baixo consumo. Não deixes os aparelhos ligados, por exemplo, televisão e computador, sem estarem a ser utilizados.

Reduz o consumo de água. Substitui o banho de imersão por um

duche rápido.

Para o transporte das compras opta por reutilizar os sacos.

Sempre que possível, adquire produtos produzidos localmente,

pois consomem menos combustível no seu transporte,

produzindo menos emissões e contribuem para a manutenção do emprego e para o desenvolvimento da economia regional.

Consome produtos frescos em detrimento dos congelados ou

enlatados. Aumenta a proporção de vegetais em relação aos produtos derivados de carne consumidos a cada refeição.

Utiliza mais a bicicleta e os transportes públicos. A utilização do

comboio é um meio de transporte muito recomendado.

Utiliza papel 100% reciclado e livre de cloro. Consome o menor

volume de papel possível e utiliza sempre as duas faces das folhas. Utiliza as folhas que não são necessárias para rascunho. Por fim, coloca todos os resíduos de papel no ecoponto azul.

Repara os equipamentos avariados antes de comprar um novo.

Não deites para o lixo um equipamento que funciona, procura encaminhá-lo para quem o possa utilizar.

Evita produtos de usar e deitar fora, tais como papel de cozinha,

guardanapos, toalhas de papel, talheres e copos de plástico, etc... Guarda os alimentos fatiados em caixas em vez de utilizar

papel de alumínio ou película de plástico.

Utiliza os contentores de recolha seletiva, evitando colocar no

lixo produtos potencialmente tóxicos, como por exemplo pilhas. Em relação ao óleo usado de cozinha, entrega-o em locais de recolha. Caso a tua localidade não seja abrangida por uma rede

de recolha, coloque o mesmo numa garrafa junto com o seu lixo normal. Nunca despeje o óleo usado no esgoto.

Lembra-te que o desenvolvimento sustentável não é só ambiental: preocupa-te com a sociedade onde te encontras inserido, ao nível

local e nacional. Colabora com Organizações Não Governamentais (ONG) locais. Deixa a indiferença de lado e sê crítico com as injustiças sociais. Se já alcançaste os teus objetivos de bem-estar,

lembra-te que existem muitos milhões de pessoas que lutam para satisfazer os níveis mais básicos de subsistência.

In site da Quercus (com adaptações)

O que é

No conceito de Pegada Ecológica está implícita a ideia de que

dividimos o espaço com outros seres vivos e um compromisso geracional, isto é, capacidade de uma geração transmitir à outra

um planeta com tantos recursos como os que encontrou. A Pegada Ecológica não procura ser uma medida exata mas sim uma estimativa do impacto que o nosso estilo de vida tem sobre o

Planeta, permitindo avaliar até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a sua capacidade de disponibilizar e renovar os seus recursos naturais, assim como absorver os resíduos e os

poluentes que geramos ao longo do anos.

3

Há 9 anos, a VISÃO desafiou uma família portuguesa a contabilizar o lixo acumulado

durante um mês. No final da experiência, Marta Elias e o seu agregado familiar de cinco pessoas haviam deitado fora 72 quilos

de material reciclável e orgânico. Com estes valores, não divergiam quase nada da média nacional. Vejamos outro caso: na

Califórnia, em 2015, a família Johnson constituída por Bea, o marido Scott, e os filhos Max e Léo, de 16 e 15 anos, numa

experiência semelhante, passaram ao desperdício quase zero e só não conseguiram eliminar umas coisinhas que

cabem dentro de um frasco de meio litro. Hoje, Bea Johnson, 42 anos, já não se

apresenta como artista. Esta francesa, emigrada nos EUA, aprendeu a pregar o seu estilo de vida em conferências, com

diversos públicos. “Não se trata de reciclar mais, mas de reciclar menos, prevenindo mais.” E enumera os seus cinco “erres”

que, diz, devem ser conjugados por esta ordem: recusar o que não precisamos

(como catálogos do supermercado ou uma caneta grátis que nos oferecem numa conferência); reduzir as coisas de que

precisamos (o melhor é não estarmos expostos a estímulos ao consumo, avisa); reutilizar, ou seja, substituir o que é

descartável por uma alternativa que não se deite fora (o exemplo mais evidente é a troca de sacos de plástico por outros de

pano); reciclar, mas apenas o que não se conseguir recusar, reduzir ou reutilizar; e por fim compostar (“rot”, em inglês) o

pouco que resta. Com um consumo tão consciente, o

orçamento familiar caiu em 40 por cento. “Antes, se tivesse vindo a Portugal, teria enchido a mala de souvenirs. Este verão,

estive cá com a minha família e preferimos gastar o dinheiro em experiências, como andar num barco de piratas.” Hoje, se

adquirem alguma coisa, é porque essa coisa

precisa mesmo de ser substituída (um buraco no sapato ou uma t-shirt que deixou de servir são exemplos válidos). As

compras, por se fazerem fugindo às embalagens, saem mais baratas – 15% do preço de um produto destina-se à caixa

onde ele vem acondicionado. “Também usamos energia solar e instalámos recentemente um sistema de

aproveitamento de águas dos banhos para regar as plantas.”

In revista VISÃO 1232, de 13 de outubro de 2016 (com adaptações)

Rúben Silva (9A)

Comemorou-se no dia 22 de março o Dia Mundial da Água. Esta data é destinada a

reflexão e discussão sobre a relação homem e água, e abordam temas como a conservação e proteção da água,

desenvolvimento correto dos recursos hídricos e medidas para resolver problemas relacionados com poluição. A

Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) criou este evento no dia 22 de Fevereiro de 1993, devido à

presença de grandes índices de poluição ambiental no planeta. Elaborou medidas

cautelosas a favor da água e impôs a consciência ecológica em relação a este bem natural. Assim, é dever de cada ser

humano conservar a água que é um grande patrimônio mundial e responsável por todo o equilíbrio do planeta Terra.

A água é essencial para todos os seres vivos e cobre cerca de 70% da superfície da terra. Os oceanos são responsáveis por

97,2% de toda a água do planeta, entretanto não podemos beber água do mar, por isso é necessário que as fontes

de água doce sejam preservadas. A agua é muito importante. Os seres humanos que

poluem através de ações incorretas, esquecem de que essas ações podem atingi-los de forma indireta. Além de ser o

principal constituinte do corpo humano e essencial para o pleno funcionamento do organismo, a água é utilizada de diversas

formas, principalmente para alimentação e sobrevivência dos animais e plantas. Com o Dia Mundial da Água, espera-se que

resíduos, entulhos e produtos tóxicos que são despejadas no meio ambiente sejam

reduzidos e evitar a poluição das águas que aparecem sob diversas formas como através de poluição térmica, poluição

física, poluição biológica e poluição química. https://www.infoescola.com/datas-comemorativas/dia-mundial-da-agua/

Vasco Mota (8B)

Dia Mundial da Água

Os Johnson

Cinco “erres” e ser feliz

4

VERÃO 2017

O que o país está a fazer para prevenir próximos incêndios: A Lei n.º 108/2017, de 23 de novembro,

estabelece um elenco amplo de medidas de apoio às vítimas dos incêndios florestais

ocorridos entre 17 e 24 de junho, assim como medidas urgentes de reforço da prevenção e

combate a incêndios florestais. O ministro das Finanças garantiu que o orçamento para 2018 terá em conta as medidas

aprovadas pelo Governo relativamente aos incêndios, acrescentando que "algumas terão

um impacto adicional", mas que outras "não implicam um aumento do défice”, sendo

financiadas via fundos europeus ou através de dotações extra orçamento do Estado.

Mário Centeno afirmou ainda que "a gestão rigorosa registada nos últimos anos" permite ao Governo implementar "estas medidas sem

colocar em causa nenhum dos compromissos assumidos".

O governante dirigiu uma palavra às populações afetadas pelos incêndios nos últimos meses em

Portugal: "A estes devemos a solidariedade que as comunidades esperam de todos em

momentos como estes", afirmou, garantindo que o OE2018 será "um instrumento de solidariedade nacional para dar resposta a um

flagelo de enorme dimensão em termos humanos, sociais e económicos.

Mário Centeno disse que a proposta orçamental

já inclui "a constituição de mais 150 equipas de sapadores bombeiros com as despesas

equivalentes de equipamento", bem como "o programa de limpeza das bermas", uma área em que Portugal tem "um défice muito grande",

tendo sido agora incluída "uma previsão para esta despesa no orçamento da Infraestruturas

de Portugal".

25 DE OUTUBRO DE 2017 A Autoridade Nacional de Proteção Civil vai receber 148 milhões de euros no próximo ano, o

valor mais alto desde 2008, para mudar combate aos fogos

Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Florestais: aprovar objetivos estratégicos em

abril de 2018", "Integração da gestão de prevenção e combate",

"ANPC: proteção contra incêndios rurais", "Processos de investigação e aplicação do conhecimento”; "Com mais cooperação entre

atores, investimento em prevenção e mais mecanismos de gestão de informação, bem

como uma gestão mais flexível de meios de combate, iremos estar mais bem preparados em

2018”, diz Tiago Oliveira. "sensibilização das populações para que saibam

o que devem fazer em caso de incêndio” - terá de ser criado o programa Pessoas Seguras, com "ações de sensibilização para a prevenção de

comportamentos de risco, medidas de autoproteção e realização de simulacros de

planos de evacuação", criada uma "rede automática de aviso às populações em dias de

elevado risco de incêndio" e criar um programa de "proteção dos aglomerados populacionais",

designado de Aldeia Segura. Em matéria de meios aéreos, há várias

novidades previstas para 2018, como o aumento do número de aeronaves, passando de 41 para 50, e do número de horas de voo, bem como a

disponibilidade de meios aéreos durante todo o ano para fazer face à imprevisibilidade

meteorológica. (O novo dispositivo será reforçado com meios

pesados, em detrimento dos médios e terá, pela primeira vez, dois aviões de coordenação, para o reconhecimento e avaliação dos

incêndios, para proporcionar melhor informação ao comando. Ainda não será em 2018 que a

Força Aérea fará a anunciada gestão destes meios.)

Outro dado novo que se espera este ano é que, pelo menos nas regiões definidas como de maior

risco, tenha sido limpa toda a vegetação em redor das casas e estradas, de acordo com o definido na lei. Esse trabalho tem de estar

concluído até março. Caso o prazo não seja cumprido serão as autarquias a fazê-lo,

cobrando depois aos privados ou empresas.

http://www.aenfermagemeasleis.pt/2018/01/10/regulamentacao-da-lei-que-estabeleceu-medidas-urgentes-de-reforco-da-prevencao-e-combate-a-incendios-florestais/ http://rr.sapo.pt/noticia/96633/oe-2018-algumas-medidas-sobre-incendios-terao-impacto-adicional-no-defice https://ind.millenniumbcp.pt/pt/geral/fiscalidade/Pages/atualidades_legais/2018/02/OE2018-medidas-de-recuperacao-pos-incendios.aspx https://www.dn.pt/portugal/interior/incendios-prevencao-e-combate-juntos-e-nada-ficara-igual-9013019.html https://www.dn.pt/portugal/interior/oe2018-algumas-medidas-sobre-incendios-terao-impacto-adicional---centeno-8870553.html

Mariana Brissos (9A)

Em 2017 Portugal foi fustigado por inúmeros fogos de grandes dimensões, que destruíram

uma parte significativa do seu espaço rural. Isto repete-se todos os anos, com maior ou

menor dimensão, dependendo de fatores tão imprevisíveis como o vento, a humidade, a

temperatura ou a quantidade de material combustível presente no solo.

Parece ser consensual que a maioria esmagadora das ignições, seja pelo facto da incapacidade do estado de atuar.

O que é certo, é que a madeira queimada continua a vender-se ao desbarato.

Consequências dos incêndios

Os incêndios provocam:

A destruição das árvores e do coberto

vegetal do solo ficando o mesmo mais

suscetível à ação direta da chuva e dos ventos,

As zonas com maior pluviosidade e de maior

pendente existir arrastamento do solo e

empobrecimento por arrastamento dos nutrientes.

E poderá igualmente provocar a

contaminação de linhas de água.

Medidas previstas

. Altice®: A Altice®, dona da Meo/PT, vai instalar/ recolocar uma rede de fibra ótica nas zonas

mais afetadas por incêndios, abrangendo 22 concelhos na região Centro, substituindo assim

a rede de cobre ardida, anunciou o grupo. Mais de 1.000 quilómetros de rede de cobre

serão substituídos, em 22 concelhos dos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda,

Viseu e Leiria. É de salientar que a maioria destes concelhos ficará com cobertura de fibra superior a 50%.

O comité executivo da empresa reuniu, em Pedrógão Grande, tendo o grupo anunciado

“um conjunto de medidas que procuram minimizar os efeitos dos incêndios que

assolaram Portugal em 2017 e que reforçam o compromisso da empresa para com os portugueses”.

Será que finalmente o sistema “SIRESP” (Sistema Integrado das Redes de

Emergência e Segurança de Portugal), com um

custo de 342 M€, funcionará como o previsto

ou será um simples negócio? . Kamov’s:

A frota continua reduzida a metade e envolvida em polémica e está longe de

funcionar em pleno. Idealmente, seria a super aeronave de fabrico

russo capaz de despejar 40 mil litros de água numa hora, fazer dez a doze descargas no mesmo período de tempo e transportar cerca

de dez bombeiros até às zonas a arder. Um dos piores anos incêndios, com 75.264 de

hectares de florestas ardidas – entre 1 de Janeiro e 24 de Julho de 2017, a maior área

destruída por chamas na última década. Os helicópteros Kamov voaram 573 horas até à

data, no ano anterior - 2016, o tempo de atividade destas aeronaves somou 782 horas; e em 2015, 528 horas.

Webgrafia: https://www.dinheirovivo.pt/empresas/altice-vai-cobrir-com-fibra-as-zonas-mais-afetadas-por-fogos/; http://www.sabado.pt/portugal/detalhe/helicopteros-kamov-custam-ao-estado-sete-milhoes-por-ano/

Martim Balcão e João Pedroso (9A)

A NOSSA FLORESTA A PREVENÇÃO CHEGA SEMPRE ATRASADA

Causas dos incêndios florestais

Não determinadas ou nulas

Negligência / Acidentes

Incendiarismo

Naturais / Físicos

5

FORMAS INOVADORAS DE REDUZIR PEGADAS

A LEGO VAI FICAR MAIS DOCE E AMIGA DO AMBIENTE

Peças da Lego com cana-de-açúcar

A Lego, empresa dinamarquesa, anunciou que este será o ano da mudança já que as primeiras peças feitas a

partir desse novo material parecido com o plástico devem ser postas à venda ainda em 2018. A decisão tem

a ver com a intenção de reduzir a de forma gradual, a sua pegada ecológica:. Atualmente, o material usado é um polímero conhecido como ABS, produzido a partir do

petróleo - escolhido exatamente por ser muito resistente e duradouro. A matéria prima para esta anunciada estreia ecológica serão as árvores, folhas e arbustos- e

marcam um primeiro passo nesse objetivo de adotar só matérias primas sustentáveis na produção destas peças históricas, propósito anunciado para 2030. O material

chama-se polietileno verde e será produzido a partir de etanol extraído da cana-de-açúcar. É flexível, macio e durável, tal como o plástico tradicional, mas além disso,

é um bioplástico, o que quer dizer que pode ser reciclado várias vezes. Para já, esta alteração significa apenas 1% a 2% do total da produção da empresa, com sede em Billund, na Dinamarca, e que se estima nos 20 mil milhões de peças por ano. Mas já é um começo.

A energia eólica

O vento tem origem nas diferenças de pressão causadas pelo aquecimento diferencial da superfície terrestre. Há muitos anos que a humanidade tenta utilizar a energia do vento, onde pequenos moinhos têm servido para tarefas tão diversas como moer cereais,

bombear água e, mais recentemente, acionar turbinas para produzir eletricidade. A energia eólica significa o processo pelo qual o vento é utilizado para produzir energia mecânica ou energia elétrica, onde as turbinas eólicas convertem a energia cinética do vento em energia mecânica. Esta energia mecânica pode ser utilizada para alimentar um

gerador que a transforma em energia elétrica que pode ser injetada na rede elétrica e distribuída ao consumidor. A energia eólica também pode ter uma aplicação descentralizada, ou seja, utilizada apenas para fornecer eletricidade num determinado local situado longe da rede elétrica de distribuição aos consumidores.

Portugal, apesar de não ser um dos países mais ventosos da Europa, tem condições bastante favoráveis para o aproveitamento da energia eólica. Os locais com regime de vento favorável encontram-se em montanhas e em zonas remotas, daí que normalmente coincidam com zonas servidas por redes elétricas antigas e com fraca capacidade, dificultando o escoamento da energia produzida.

A árvore dos ventos

Uma equipa de engenheiros franceses desenvolveu uma solução inovadora para gerar eletricidade: uma árvore artificial que utiliza o vento para trabalhar e é tão silenciosa como... uma árvore de

verdade. A ideia ocorreu a Jérôme Michaud-Larivière, o fundador da start-up New Wind, quando, numa praça, reparou que as folhas das

árvores tremiam mesmo quando não havia qualquer brisa. A árvore artificial contem lâminas minúsculas nas “folhas” que se transformam em vento independentemente da força ou direção

que ele tomar. E sabes que uma árvore eólica é capaz de abastecer uma residência?

http://p3.publico.pt/actualidade/ambiente/15197/start-cria-turbinas-eolicas (adaptado)

Rúben Silva (9A)

6

ENTREVISTA

A professora Eunice Peralta,

responsável pelo projeto Eco-Escolas no Agrupamento, aceitou de

forma muito gentil responder a algumas questões no âmbito de

um dos temas centrais do Vale de Palavras de março: o ambiente

e as questões que sobre ele se colocam na atualidade.

Agradecemos mais uma vez a sua disponibilidade, e em nome do

jornal desejamos boa sorte para o projeto. Entrevista de Matilde Mourato e Mariana António

VdP — Sendo professora de Geografia, deve estar mais dentro do assunto do que outros

adultos. Acha que a população está realmente preocupada com o ambiente? Prof. Eunice — Eu acho que não, porque se

estivesse os comportamentos eram outros. Começando pela reciclagem do lixo que se faz em casa, que é ensinada na escola, nem

sempre é cumprida devido ao “trabalho” que dá ir até aos ecopontos e as pessoas optam por despejar todo o lixo que

produzem no contentor do lixo visto que este é mais perto de casa. Felizmente, a

escola ensina as crianças a fazer a reciclagem, no entanto, os encarregados de educação nem sempre apoiam.

VdP — Na sua opinião quais serão as maiores consequências deste aquecimento global?

Prof. Eunice — As maiores consequências são as situações extremas. Vejam o caso dos tornados, verificou-se que são uma

consequência extrema destas alterações. O problema são os períodos de seca mais

longos, ou os períodos de precipitação mais intensa, ou as vagas de frio e de calor que ocorrem com maior frequência, e muitas

vezes fora da época em que é previsto acontecer.

VdP — Que influências estas consequências têm na vida das pessoas?

Prof. Eunice — Podemos pensar no exemplo de Pedrogão, causado por uma vaga de calor. Não falando na perda de vidas

humanas e animais, mas sim dos bens matérias, das culturas, do trabalho de uma vida inteira, em termos económicos, sociais

e psicológicos.

VdP — Haverá alguma maneira de

sensibilizar a população para que esta tome medidas de modo a prevenir mais danos no

ambiente? Prof. Eunice — Sim. Começa mesmo pela educação ambiental logo na pré, como

muitas escolas estão a tentar fazer, com ou sem o ECO-escolas. Embora o programa chame a atenção e apele à comunidade

escolar para a proteção do ambiente, há escolas que não estão envolvidas nesse programa, mas fazem-no na mesma.

VdP — Sabemos que está à frente do

programa ECO-escolas. Quer dizer em que consiste este projeto?

Prof. Eunice — O objetivo do programa eco-escolas é na promoção de valores, na

mudança de atitudes e de comportamentos face ao ambiente, de forma a preparar as crianças e jovens para o exercício de uma

cidadania consciente, dinâmica e informada face às problemáticas ambientais atuais. Para o efeito, pretende-se que os alunos

aprendam a utilizar o conhecimento para interpretar e avaliar a realidade envolvente, para formular e debater

argumentos, para sustentar posições e opções, capacidades fundamentais para a

participação ativa na tomada de decisões, numa sociedade democrática, face aos efeitos das atividades humanas sobre o

ambiente. VdP — Acha que o ensino prepara os alunos

para que estes tenham a devida preocupação com o ensino? Prof. Eunice — Acho que sim. Logo no 1º

ciclo parte do programa do 1º e 2º ano de Estudo do Meio está voltado para questões ambientais, e é também um pouco falado

no 3º e 4º. As escolas do 1º ciclo estão a

trabalhar nesse sentido, na educação ambiental. O programa de geografia ao

longo do 3º ciclo chama também à atenção e apela à prevenção e aos cuidados a ter com o nosso ambiente.

VdP — Há alguma mensagem que queira passar para os nossos leitores sobre este

assunto? Prof. Eunice — Todos devemos ter em mente a politica dos quatro R’r: porque a

primeira é Recusar! Temos de ter em atenção todos os cuidados necessários para

pelo menos não prejudicar mais, temos de nos lembrar que por mais que deitemos fora da nossa terra, não vai nada embora, fica

tudo dentro, tudo contribui para a poluição. Apesar de deitarmos fora o lixo, não nos livramos dele, pois está na rua, no

ar, nas águas, está em todo o lado. Deixamos os nossos sinceros

agradecimentos pela disponibilidade manifestada e, em nome do jornal, desejamos boa sorte para o projeto.

Gustav Klimt, Macieira em flor (1912)

7

Assistentes Operacionais

Pergunta 1 - Todas as assistentes responderam que é importante ajudar o ambiente.

Pergunta 2 - Para ajudar o ambiente fecham as torneiras, o que faz poupar água; não

deitam lixo no chão e tentam reciclar o máximo possível. - Uma das assistentes respondeu que não

fazia reciclagem, mas tenta poupar o máximo de água possível. Pergunta 3

- Todas sabem separar o lixo. - Por existirem poucos ecopontos na zona residente de uma auxiliar, a mesma não

faz reciclagem. Pergunta 4 - Para uma melhoria do ambiente,

deviam colocar mais ecopontos; ter mais em conta a separação do lixo, lavar os ecopontos existentes e colocar mais

oleões.

Professores

Pergunta 1 - Todos os professores responderam afirmativamente.

Pergunta 2 - Para ajudar o ambiente poupam água e reciclam.

Pergunta 3 - Apesar de todos dizerem que sabem separar corretamente o lixo, nem todos o

fazem. Pergunta 4 - Os professores acham que devia haver

mais ecopontos pelas ruas, porque, muitas vezes, a população, por ter de se deslocar, acaba por não separar o lixo. Porém,

pensam também que devia ser feita a reciclagem e que deviam ser colocados mais oleões e outros recipientes de

separação. Também houve quem achasse que plantar árvores seria uma medida a tomar e evitar o uso de herbicidas e

pesticidas; deveriam, também, ser realizadas campanhas de sensibilização

junto da população mais idosa com a colaboração dos jovens.

Alunos

Pergunta 1 - De 20 alunos todos eles responderam que é importante ajudar o ambiente, pois

vivemos nele e dele precisamos. Pergunta 2 - Os alunos poupam água e luz, evitam

deitar lixo no chão, reciclam e tentam não gastar muita energia. Pergunta 3

- Todos os alunos sabem separar o lixo, mas só alguns o reciclam. Pergunta 4

- A maior parte dos alunos responderam que deveriam existir mais ecopontos e mais espaços verdes, por exemplo jardins

e mais árvores. Deveriam também existir campanhas de reciclagem. - 3 de 20 alunos disseram que as pessoas

que mandarem o lixo para o chão deveriam ser castigadas. - 4 dos alunos responderam que não

sabiam o que fazer para melhorar o ambiente.

Quisemos também ter uma ideia do que é que os adultos, jovens e crianças do

nosso Agrupamento fazem para bem do ambiente. Fizemos quatro perguntas a

vinte adultos (assistentes operacionais e professores) e a vinte colegas:

1. “Acha importante ajudar o ambien?te?”

2. “O que faz para ajudar o ambiente?”

3. “O que faz com o lixo que produz e se o sabe separar?”

4. “O que acha que a Junta de Freguesia poderia fazer para melhorar o

ambiente?”

INQUÉRITO

Concluímos que apesar de existirem muitas campanhas de sensibilização dentro e fora do nosso Agrupamento, ainda te-

mos de nos esforçar mais para deixar este nosso planeta menos doente do que o seu atual estado.

Ana Maia,

8

O LIVRO

Os livros têm grande importância para a realização de registos históricos, a

divulgação de leis e também de ideias. O papiro foi substituído pelo pergaminho por se desfazer rapidamente devido à

humidade e, também, por facilmente arder, ou seja, era muito frágil.

Por volta do século X a. C., a organização

dos documentos escritos ganharam maior funcionalidade com a invenção dos

pergaminhos. O pergaminho foi de grande importância para a preservação de importantes textos da Antiguidade, como a

Bíblia Sagrada e os escritos de alguns pensadores da época clássico. Nessa época juntavam-se os pergaminhos

disponíveis e realizava-se a organização de cada uma das supostas páginas. Conhecidas como codex as primeiras edições

facilitaram a locomoção e manuseio dos textos.

No período medieval, o acesso ao mundo letrado era praticamente restrito aos

clérigos, ficando grande parte dos livros enclausurada sob a proteção dos mosteiros e que aí tinham a sua sabedoria

conservada pelo demorado trabalho de monges copistas. Nesta época eram comuns as iluminuras.

Em 1454, o processo de fabricação e divulgação dos livros sofreu uma grande inovação com a invenção da prensa

desenvolvida por Johannes Gutenberg. Essa máquina permitiu que o processo de fabricação dos livros fosse impulsionado. No

início, a impressão era feita da seguinte forma: o conteúdo de cada página era

gravado em blocos de madeira, que após serem mergulhados na tinta, eram colocados sobre o papel, produzindo várias

cópias.

Em 1442, o primeiro livro foi impresso numa prensa e, em 1448, Johann Fust, juntamente com Gutenberg, funda a Werk

der Buchei (Fábrica de Livros), onde foi publicada a Bíblia de Gutenberg, livro com 1282 páginas. Com o aumento da oferta de

papel para impressão de jornais e livros, e com as inovações da tecnologia, o papel começou a tornar-se popular e acessível.

Em 1971 surgem os e-books. O seu criador é Michael Stern Hart, cuja primeira digitalização foi a Declaração de

Independência dos Estados Unidos da América. Os e-books são livros digitais que tanto

podem ser lidos em vários aparelhos eletrónicos, como também podem ser lidos através de sistemas de narração. Há muitas

vantagens em aderir os e-books, tais como o preço, a portabilidade, a sua fácil passagem para outros aparelhos e, mais

importante do que tudo, podermos poupar papel! Webgrafia: https://www.infoescola.com/curiosidades/historia-do-livro; https://historia do mundo.uol.com.br/curiosidades/origem-dos-livros.htm

Margarida Cerqueira Luís (8B)

O Dia Internacional do Livro Infantil celebra-se anualmente em 2 de abril.

Como este ano coincide com as férias escolares, o VdP deixa alguma

informação para os seus leitores. Esta data é celebrada por iniciativa do Conselho Internacional sobre

Literatura para os Jovens, que em Portugal é representada pela Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil (APPLIJ).

O Dia Internacional do Livro Infantil foi criado em 1967, para homenagear o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, (autor de algumas das

histórias para crianças mais lidas em todo o mundo), cujo aniversário do nascimento é assinalado a 2 de abril.

Dia do Livro Infantil em Portugal

Todos os anos é divulgada pelo Conselho Internacional sobre Literatura para os Jovens, uma mensagem de incentivo à leitura, da autoria de um

escritor de nacionalidade diferente. O cartaz português é sempre da

autoria do ilustrador vencedor do Prémio Nacional de Ilustração.

Atividades para o Dia do Livro Infantil

Existem inúmeros livros infantis de escritores nacionais e estrangeiros. Destacam-se alguns escritores de livros infantis mais adorados: Sophia de

Mello Breyner Andresen, Hans Christian Andersen, Miguel Torga, José Saramago, Alice Vieira, Luis Sepúlveda, etc.

Livros para o Dia Internacional do Livro Infantil

• O Soldadinho de Chumbo, de Hans Christian Andersen

• Histórias e Contos Completos, de Hans Christian Andersen

• Úrsula, a Maior, de Alice Vieira

• Livro com cheiro a morango, de Alice Vieira

• A Maior Flor do Mundo, de José Saramago

• O Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia de Mello Breyner Andresen

• Bichos, de Miguel Torga

• O Gato das Botas, Charles Perrault

• O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry

Webgrafia: https://www.calendarr.com/portugal/dia-internacional-do-livro -infantil (adaptado)

Matilde Mourato e Mariana António

A BIOGRAFIA DO LIVRO

Papiro

Pergaminho bíblico

Iluminura de códex medieval

9

LEITURAS - ATIVIDADES

Concurso Nacional de Leitura

Uma vez mais, os alunos do Agrupamento participaram no CNL. Uma das novidades desta 12.ª edição foi o seu alargamento aos alunos do 1.º ciclo (3.º e 4.ºs anos) e do 2.º ciclo; também foi incluída uma Prova Municipal que não terá lugar já que, no Concelho de Azambuja, o nosso Agrupamento foi o único a participar. Assim, os alunos vencedores passaram automaticamente a estar aptos para integrar a 3.ª fase, as Provas nas Comunidades Intermunicipais/ Áreas Metropolitanas que decorrerá entre 1 e 31 de maio.

ALUNOS VENCEDORES

2.º Ciclo - Afonso Tomás Oliveira (n.º 4 do 6.º B) 3.º Ciclo - Joana Filipa Maurício (n.º 8 do 9.º B)

1.ª FASE - PROVA DE ESCOLA

Alunos do 9.º A declamam para os colegas da Escola Básica do

Vale do Brejo

“Lágrima de preta” de António Gedeão

Alunas do 9.º A numa sessão de leitura para os meninos do Pré-escolar e 1.º Ciclo de Vale do Paraíso

10

MANUELA RIBEIRO

Literatura infanto-juvenil

A escritora Manuela Ribeiro

esteve na Escola Básica de

Aveiras de Cima numa diver-

tida conversa com os alunos

do 2.º e 3.ºs anos. Os alunos

participaram, mostrando o

seu interesse pela autora e

pela sua escrita, estabele-

cendo-se um diálogo muito

frutuoso entre escritora, alu-

nos e professores.

No final todos ganharam!

ALGUNS LIVROS DE MANUELA RIBEIRO

LEITURAS - ATIVIDADES

11

DIA DA POESIA

A convite gentilmente feito pela Dra Ana Luísa Ferreira,

Coordenadora do Centro Cultural Grandella, os alunos do

9.º A e a professora de Português comemoraram o Dia

Mundial da Poesia com a declamação de poemas na Galeria

do Centro

Mais um encontro de avós e netos já que o público se

constituiu por utentes dos Centros de Dia de Aveiras de

Cima, Vale do Paraíso e de Aveiras de Baixo, bem como do

Lar Nossa Senhora da Purificação.

Foram assim homenageados, com o entusiasmo dos que

leram e dos que ouviram, muitos poetas desde Camões ao

poeta popular António Aleixo.

Também o público fez questão de cantar e recitar cantigas

e quadras para encanto e divertimento de todos.

MOMENTOS DE POESIA/ MOMENTOS DE ALEGRIA

12

No final da sessão, Simone Colaço Martins fez a apresentação do seu livro de poesia Toque da

Alma. A autora dirigiu-se sobretudo aos mais jovens, apelando ao afeto e compreensão em

Cuidar do ambiente Devemos tratar

bem o ambiente,

para não ficar

tudo poluído e descontente.

Andar de bicicleta,

patins ou skate.

Estes não poluem

o nosso ambiente.

Pôr o lixo no caixote,

Separar no ecoponto:

o vidro no vidrão,

as embalagens no embalão…

As águas não poluir,

para o ambiente

ficar limpinho

e a natureza sorrir.

Duarte Paulo Lúcio (4º A EB Vale Brejo)

O Universo O universo onde

vivemos,

pode ficar es-

tragado.

Temos de o

poupar

para ser acari-

nhado.

As fábricas, os

carros

e muito mais,

só poluem o

ambiente.

Se andássemos

de bicicleta

A natureza Estou no jardim a brincar,

para o ar puro respirar,

ver os pássaros a voar

e o meu cão a ladrar.

Na floresta gosto de passear,

flores e plantas apanhar

e mil aromas cheirar.

Os incêndios são uma maldição

em qualquer estação.

Só causam poluição

e muita demolição,

na natureza e no coração.

Joana Rodrigues Pratas (4A EB Vale Brejo)

POESIA E AMBIENTE

LEITURAS - ATIVIDADES

13

ENGLISH POETRY

BEAUTY OF NATURE

Just at dawn,

When everyone's asleep, And you can hear the wind,

That the trees cast at you,

And when the seagulls are flying

Above the sea,

And whispering words of cheer,

Peacefully flying about,

Enjoying the nature,

When the sun rises,

And the flowers wake up

From their sweet sleep,

Dancing and singing,

Enjoying their shower,

And the cool springs,

Gushing down the mountains,

And the people are gazing peacefully,

With a smile on their faces,

Enjoying the beautiful scenery,

And when the birds and doves

Zoom up to the sky and land back down,

Enjoying the cool air and calmness.

And when the trees have grown fresh fruits,

For us to nibble on,

And when the sun sets, and the moon rises, Leaving beautif ul colours in the sky,

Is what we call nature.

Anonymous

MY LOVE OF NATURE

I love the sound of birds

so early in the morn,

I like the sound of puppies soon after they are born.

I love the smell of flowers

and the taste of honey from bees.

I love the sound the wind makes when it’s blowing through the trees.

I love the way the sky looks on a bright and sunny day,

and even when it’s rainy, I love the shades of gray.

I love the smell of the ocean, the sound of waves upon the sand,

I love the feel of seashells and how they look in my hand.

And when the sun is gone, I love the moon that shines so bright,

I love the sounds of crickets and other creatures of the night.

So when I lay me down to sleep, I thank the Lord above,

For all the things of nature and more, all the things I love.

Adoni Marcano

Seleção de Sofia Marques (9A)

14

PÁSCOA DIVERTIDA

OVOS BRINCALHÕES

Sabias que antes da Páscoa cristã , muitos séculos antes do

nascimento de Cristo, no Equinócio da Primavera, a 21 de

Março, já se trocavam ovos para celebrar o fim do Inverno

e a chegada das colheitas? Pois é, para obterem os

benefícios dos “Deuses das Colheitas” , os agricultores

enterravam ovos nas suas terras.

Na Páscoa cristã, o ovo passou a ser o símbolo do

renascimento de Cristo. Os ovos da Páscoa começaram a

ser pintados e coloridos sobretudo na Europa do leste. Os

tão apreciados ovos de chocolate começam a apare-

cer depois que o cacau chegou à Europa, a partir do século

XVII.

Para ajudares a decorar a mesa no domingo de Páscoa,

para pendurares numa árvore, ou apenas para depois de

almoço te divertires com a família a fazer uma “Caça ao

ovo”, coloca a tua imaginação à prova e surpreende os

mais velhos. O pior mesmo é retirar o ovo cru de dentro da

casca sem que o orifício fique muito grande como o que se

encontra em primeiro lugar no canto inferior da imagem 1.

Os ovos emoji da imagem 2 são bem mais simples de

executar, basta cozê-los e pintá-los com marcadores. Se os

quiseres mais amarelinhos, então terás de comprar um

spray e só depois desenhar as emoções da tua Páscoa.

Imagem 1

Imagem 2

À mesa

Ingredientes

18 gemas e 5 claras de ovo

250 g de açúcar

125 g de farinha

NINHO DE PÃO-DE-LÓ

Preparação

Batem-se as gemas e as claras com o açúcar

durante aproximadamente 15 minutos, ou

até a massa ficar esbranquiçada. Mistura-se

a farinha, mexendo de baixo para cima.

Deita-se em forma redonda forrada com

papel vegetal. Leva-se a cozer em forno

médio (180 graus C).

Deve ficar húmido.

Para a decoração usar pasta americana

colorida.

15

PARA PENSAR...

16

AS SUGESTÕES da Matilde

Wook 9.30€

Informação: São tempos difíceis para os heróis do Futebol. Rafael e Rodrigo têm dificuldades na sua primeira época no Atlético’69. O seu ídolo, Berto Torres, está tão em baixo de forma que se coloca a questão de não ser selecionado para o decisivo jogo de qualificação para o Campeonato Mundial. A equipa de futebol escolar sofre uma onda de lesões. Na moradia, junto ao campo de treino, acontecem coisas estranhas e, para agravar tudo, Filipa, a namorada de Rafael, mostra-se muito distante. Será que Rafael e Rodrigo conseguem vencer todos os obstáculos?

Wook 17.90€

Informação: Tudo começa por acaso: Leo recebe por engano alguns e-mails de uma desconhecida chamada Emmi. Educadamente, responde-lhe e Emmi retribui. Esta troca de e-mails desperta uma curiosidade intensa entre os dois e, quase de imediato, Emmi e Leo começam a partilhar confidências e desejos íntimos. A tensão entre ambos aumenta, e o encontro parece iminente. Mas Emmi e Leo adiam o momento. Porque, afinal de contas, Emmi é casada e feliz. Serão os sentimentos que nutrem um pelo outro suficientemente profundos para sobreviver a um encontro real? E, depois desse momento, o que os espera?

Wook 9.90€

Informação: Quem disse que ser rebelde é fácil? Elizabeth é uma miúda bonita, mas muito mimada e egoísta. Quando é obrigada a ir para um colégio interno, decide que vai ser a aluna mais problemática que já alguma vez por lá passou. Só assim poderá ser expulsa e voltar para casa. Mas Elizabeth cedo percebe que ser rebelde não é tão simples como pensava. Aventuras na escola que, afinal, revelam uma rapariga com um grande coração.

Wook 16,99€

Informação: Lina foi passar o verão na Toscânia para cumprir o desejo da mãe - conhecer o seu pai, que desapareceu à 16 anos. Mas a descoberta do diário da vida da sua mãe em Itália vai mudar tudo. Vai conhecer um mundo mágico de amores proibidos e um segredo que vai transformar tudo o que ela julgava saber sobre a sua mãe, o seu pai, e até ela própria.

Wook 17,90

Informação: Moita Flores criou um bacharel detective que, na Régua, persegue um serial killer, confrontando-se com o medo, com as superstições, com as crenças do Portugal Antigo que, temente a Deus e ao Demónio, estremecia perante o flagelo da praga e dos crimes. É uma ficção, é certo, mas também um retalho de vida feita de muitos caminhos que a memória vai aconchegando conforme pode.

Informação: Depois de lutar ao lado dos Vingadores, chegou a hora do pequeno Peter Parker voltar para casa e para a sua vida.. Lutando diariamente contra pequenos crimes nas redondezas, ele pensa ter encontrado a missão de sua vida quando o terrível vilão Abutre surge amedrontando a cidade. O problema é que a tarefa não será tão fácil como ele imaginava.

Informação: Um grupo de quatro mágicos norte-americanos, liderados pelo carismático Michael Atlas, apresenta um espectáculo de magia nunca antes visto: primeiro surpreendem a audiência ao roubar, em tempo real, um banco em França e, em seguida, dividem os lucros pelas contas bancarias de cada um dos espectadores. Dylan Hobbs, agente do FBI, está determinado a puni-los pelos crimes e a detê-los antes que realizem o que promete ser um assalto de proporções absolutamente inesperadas. Com a agente Alma Vargas na sua equipa, Hobbs recorre a Thaddeus Bradley, célebre pela sua habilidade em desvendar os mais complexos truques de magia. Assim, enquanto a pressão aumenta e o mundo aguarda o grande e espectacular truque final, Dylan e Alma apressam-se para os deter. Porém, ambos estão conscientes que será difícil antecipar as suas jogadas e que, para os deter, apenas poderão confiar nos conselhos de Bradley e nos seus próprios instintos.

Matilde Mourato

FILMES

17

PUBLICIDADE

A Biblioteca Escolar agradece a generosidade de todos os que queiram participar doando um livro.

18

Conto

No caminho passaram pelo Convento de São

Francisco das Virtudes onde o Rei estava

hospedado, mas prosseguiram para Vale do

Paraíso, onde D. João II o aguardava.

Vale do Paraíso exultava pela presença régia.

E enquanto isso o rei despachava Colombo e

agradecia a notícia da descoberta das Américas.

Meteu-se a caminho o navegador até ao

esteiro das Virtudes onde estava a sua

embarcação rodeada por outros barcos

carregados de madeiras, telha, vinho e mais

umas quantas coisas, e foi num ápice que de

novo Colombo se encontrou em Lisboa. Ao fim

de quatro dias, quando a sua principal

embarcação ficou arranjada, seguiu para

Espanha, contornando o Algarve.

Nessa altura já o Rei despachava de Vale do

Paraíso documentos para o Papa Alexandre,

dirigindo-se nos dias seguintes para Lisboa.

Passados sete anos, em 1500, um pastor, que

guardava um rebanho de ovelhas, em Vale do

Paraíso, veio a correr e a gritar em direção à

Igreja de Aveiras:

- Nossa Senhora! Nossa Senhora apareceu-me

num sobreiro onde descansava!

Instalou-se assim um alvoroço na Igreja e o

padre perguntou-lhe que história era aquela. O

pastor lá se acalmou e contou que no sobreiro

onde descansava apareceu uma luz muito

intensa em direção cujos raios iam em direção a

uma imagem de Nossa Senhora.

Muito entusiasmado, o padre convocou a

população de Aveiras para irmos em conjunto

com ele e com o pastor, em procissão, buscar a

imagem de Nossa Senhora.

Quando chagámos ao sobreiro, todos nós

começámos a chorar e a fazer vénias, para a

lindíssima imagem.

Com as suas mãos abençoadas, o Padre lá

retirou a imagem do tronco. Levámo-la para a

Igreja da Nossa Senhora da Purificação e

colocámo-la no altar-mor, um dos mais

importantes altares da Igreja.

Chegando a noite, todos nós satisfeitos com o

achado, fomos dormir e, na manhã seguinte, fui

à Igreja para venerar e olhar a belíssima

imagem, mas ainda nem tinha chagado à porta

já ouvia pessoas a chorarem e a gritarem:

- ROUBARAM! ROUBARAM!

Apercebi-me logo de que algo se passava e, ao

entrar, deparei-me realmente com o altar vazio.

Dirigi-me ao padre e perguntei onde estava a

Nossa Senhora, e foi quando ele me disse que

misteriosamente tinha desaparecido.

Horas depois, o padre acalmou toda a

população e foi quando organizou uma

expedição por toda a vila, à procura da Nossa

Senhora, passaram várias horas, e todos nós

estávamos empenhados para encontrar a

imagem, e foi quando a descobrimos cravada, de

novo, no mesmo sobreiro e rodeada de luz.

Voltamos a colocá-la no altar e, no dia seguinte,

a imagem voltou a desapareceu e de novo foi

para o sobreiro.

Chegamos à conclusão que a Nossa Senhora

queria estar no sobreiro e não sair de lá.

E foi com essa convicção que eu e a

população de Aveiras ajudámos a contruir uma

pequena ermida que em coisa de trinta dias

ficou contruída.

Alguns meses depois, o povo ainda vivia com a

imagem da milagrosa Nossa Senhora, que foi

cada vez mais ganhando cada vez mais fama até

se espalhar pelo Reino de Portugal.

Por essa altura chegou uma enorme comitiva

do Reino. Dela saiu de uma charrete, com

detalhes em oiro, uma senhora, em direção à

comenda de Aveiras.

- Eu, D. Ana de Lencastre, Comendadeira de

Santos, venho aqui a este milagroso local, pois

ouvi nas cortes de Lisboa que aqui se dá a

aparição de Nossa Senhora e que já concedeu

vários milagres. Acredito, por isso, que me

salvará da peste que assombra Lisboa — disse

para que todos ouvissem.

- Depois de me saber a salvo, mandarei que se

façam obras na ermida! - acrescentou para

encanto e todos.

Toda a população continuou a sua vida normal

na presença desta senhora do Reino, e as

pessoas ofereciam bolos e doçarias aquando das

festividades.

Os dias foram passando, e a peste que

assolara Lisboa passou, escapando a senhora D.

Ana de Lencastre a essa terrível doença. Como

havia prometido, alargou a ermida de Vale do

Paraíso ganhando assim ainda mais fama.

Sessenta anos depois, o povo do Paraíso e de

Aveiras ainda vivia na felicidade de ter uma das

mais famosas e importantes milagreiras de

Portugal. Foi quando em 1562 foi fundada a

Confraria da Nossa Senhora do Paraíso que

cumpria com os princípios das irmandades do

Reino, e servia para dirigir e tomar conta da

ermida aí construída.

Os anos foram passando e nasceu um menino

nobre chamado de D. João Tello e Meneses em

1600. Todo o povo de Aveiras fez uma festa e

deu graças pelo seu nascimento. D. João Tello

era o filho de Diogo da Silva e de D. Margarida

de Meneses, dois importantes condes de Vagos

cujos pais já tinham cargos relevantes no reino

de Portugal.

O menino foi ao longo da infância dando sinais

de ser um ótimo senhor.

O tempo voou e toda a população gostava do

garoto que, a certa altura cresceu e saiu desta

zona para ir para Lisboa, pois o dever de servir o

reino chamava-o. Com apenas 23 anos, João

Tello foi eleito Governador de Mazagão, um alto

cargo para alguém tão novo. Combateu em

vários conflitos, passando o seu poder no Reino a

ser tão elevado que foi eleito Vice-Rei da India,

ficando nas Ásias alguns anos.

Todos receavam a sua morte, visto que ficou

quase 20 anos sem dar noticias à pequena vila.

Foi por essa altura que chegou um homem, com

uma grande comitiva, a Aveiras. Ainda mal se via

os cavalos e as charruas, já os camponeses,

patrões, padres, todos gritaram e pararam os

seus trabalhos para receberem o senhor, logo

percebendo que era o nobre que ali tinha

nascido. Foi uma verdadeira festa, de um lado

pessoas a cantarem, de outro a chorarem de tão

alegres que estavam ao ver o seu “menino”.

E foi nessa vinda a Portugal, depois de estar à

frente do enorme comércio das Índias, que o Rei

Filipe III condecorou D. João da Silva Tello e

Meneses pelos seus feitos, passando, então, a

Conde de Aveiras e atribuindo, desde aí, um

senhorio à famosa vila.

E não demorou muito tempo quando ergueu o

enorme palácio com esculturas, ouro e pedras

preciosas no lugar de Aveiras de Baixo. Pouco

depois, foi eleito novamente Vice-Rei da India,

saindo uma vez mais, de Portugal.

Os habitantes de Aveiras viviam contentes e

vaidosos por terem um dos mais importantes

Senhores e um sumptuoso Palácio. Mas, nem

sempre a felicidade dura muito e, certo dia, veio

por carta até ao Palácio que o Conde mais

adorado da vila morrera a caminho de

Moçambique ainda no barco. Uma tragédia!

Viveram-se meses de luto, mas logo a seguir o

seu filho, Luís da Silva Tello e Meneses, veio

alegrar a vila também com muitos feitos.

Anos depois, a sucessão ao trono estava

próxima novamente e foi mesmo isso que

aconteceu. Todas as pessoas temiam a sua

morte e, para a infelicidade de todos, foi o que

aconteceu. Então sucedeu-se outro Conde,

também ele muito importante e elogiado no

reino por muitos e pelas obras que mandou

contruir em Lisboa.

Não conformado com a importância dos

Condes, o senhor das obras, João da Silva Tello

e Meneses tinha a posse do Palácio de Belém.

Nessa altura mandou remodelar as casas com o

objetivo de ser a habitação Real dos Condes e

foi isso que aconteceu. O Palácio tinha na

fachada dos grandes muros o brasão dos condes,

feito de prata, com um vistoso leão púrpura

sombreado de verde escuro. A partir daquele

momento, os Condes de Aveiras tiveram uma

importância, nunca antes vista, em Lisboa e no

Reino de Portugal, sendo

considerados os senhores

daquelas terras.

Passado um século, alguns

condes já tinham sucedido,

mas foi D. Duarte António

da Câmara, casado com

uma senhora princesa da

Hungria, que veio a vender

o belíssimo Palácio de

Belém a D. João V.

Conto baseado em factos

históricos.

Fachada atual da entrada do

Palácio em Aveiras de Baixo

onde se pode ver o brasão do

Conde de Aveiras

Capítulo II De Colombo ao Conde de Aveiras (continuação) Por Martim Balcão (9A)