vale de palavras março 2018 edição...
TRANSCRIPT
Propriedade: Agrupamento de Escolas Vale Aveiras
Rua do Carrasco nº1 2050 – 095 Aveiras de Cima
Telefone: 263 470 170
e-mail: [email protected]
Jornal do Agrupamento de
Escolas Vale Aveiras
Edição 3
Março 2018 VALE de PALAVRAS Ficha técnica
Coordenação M. Graça Santos e Margarida Pires
Redação Mariana António, Matilde Mourato
Colaboradores: Ana Maia, Duarte Lúcio, Joana Pratas, João
Pedroso, , Margarida Luís, Mariana Brissos, Martim Balcão, Rebeca Baião, Rúben Silva, Vasco Mota.
Editorial
Khalil Gibran, autor de origem libanesa,
de forma sábia comparou as árvores a
poemas que a terra escreve para o céu.
Aproveitamos esta ideia no mês em que
se comemora o Dia da Árvore e da Poesia
(21). Na verdade, também a educação de
uma criança se pode compreender nesta
ideia de elevação, do crescimento físico –
claro! – mas sobretudo do seu
crescimento intelectual. A associação de
árvore, homem e poesia faz aqui sentido
se todos, pais, educadores, professores e
sociedade em geral, soubermos valorizar,
não com demagogias que tanto têm de
democráticas quanto de tirânicas, mas se
no dia a dia agirmos no superior interesse
de um futuro auspicioso. Comprometer a
floresta, o sonho (a poesia) ou o
desenvolvimento integral de uma criança
é tão trágico quanto reprovável. E se
todos nós sabemos como fazer, por que
razão nos distraímos com o acessório? A
pergunta contém o lamento de quem
assiste aos “incêndios” devastadores que
excluem os momentos de leitura, de
conversa séria –porque as crianças e os
jovens têm opiniões! – com os mais
velhos e, depois, com os seus pares. Nos
corredores, na Biblioteca, mesmo na sala
de convívio, grande parte das nossas
crianças, sem o saberem, vivem o drama
da solidão, tendo na mão um telemóvel!
A ideia de Khalil Gibran, com que iniciei
este texto, termina do seguinte modo
“Nós as derrubamos [as árvores] e as
transformamos em papel para registrar
todo o nosso vazio”.
M. da Graça Santos
Poesia Clima 3 R’s Aguinaldo Fonseca
sonho floresta
Leitura Entrevista
Dia da Árvore Ovos
Noémia de Sousa ecologia
Alexandre O’neill
Recolha seletiva Família ambiente Desenvolvimento sustentável
Opinião Comunidade
Dia Mundial da Poesia
Responsabilidade Proteger
Entrevista Poluição Atividades Verde Dia Mundial da Água
Cidadania Férias
Eco-Escola Escrita
Poetas lusófonos Solidariedade
Reciclar Poupar Alegria renovação Planeta
Quaresma Ambiente
Inquérito Pilhão Compromisso ambiental Feira do Livro Usado
Poluição Pão-de-ló Ecossistemas Saúde Caetano da Costa Alegre
CONTO Camões Árvore eólica Aveiras
Fernando Pessoa Manuel Bandeira Pegada ecológica Contra-pegada
Semana da leitura
Tradição Poeta
Vida Cultura cristã
Atualidade união histórias Jornalismo
Árvores poéticas no Vale Aveiras
Instalação do 9.º B — Projeto Eco-Escolas
2
O AMBIENTE
A Pegada ecológica
Como se calcula
A Pegada Ecológica é pois um indicador que traduz em hectares (ha) a área em média que um cidadão ou sociedade necessitam
para suportar as suas exigências diárias. O cálculo tem por base diferentes categorias de consumo, como sejam a alimentação, a casa, os transportes, os bens de consumo,
a energia, a água, entre outros. A conversão dos consumos em áreas bioprodutivas recorre a uma tabela específica: Área de energia fóssil – Corresponde a uma área virtualmente
necessária para absorver as emissões de CO2 resultantes da queima de combustíveis fósseis.
Área arável – superfície em que o Homem desenvolve atividades agrícolas, retirando produtos como alimentos, fibras, azeite, entre outras, para suprir as suas necessidade alimentícias.
Área de pastagem - Área dedicada a pastos, de onde se obtêm determinados produtos animais como carne, leite, pele e lã. Área de bosques - superfície ocupada pelos bosques, de onde
advêm principalmente produtos derivados da madeira, utilizados na produção de bens, e também combustíveis como a lenha. Área de mar – A superfície marinha biologicamente produtiva
aproveitada pelo Homem para obter pescado e marisco. No cálculo tradicional da Pegada Ecológica normalmente não são contabilizados os serviços prestados pela biodiversidade, a perda
de biocapacidade resultante da emissão de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, para além do CO2, ou a sobre-exploração ecológica por parte da economia humana e os seus significativos
impactos na biodiversidade.
A quem se destina
Inicialmente associada ao cálculo da Pegada Ecológica do cidadão, ou de determinada sociedade, recentemente passou a ser utilizada também por empresas e outras organizações. Neste
âmbito, o principal objetivo da Pegada Ecológica é determinar a superfície necessária para manter os consumos de recursos e a produção de resíduos por uma dada organização. Desta forma
permite avaliar o impacto da atividade sobre a Natureza, assim como quantificar e prever o êxito e o fracasso de possíveis medidas adotadas que permitam uma melhoria da ecoeficiência produtiva
da mesma.
Como reduzir a tua pegada ecológica
Para reduzir a Pegada Ecológica é fundamental adotares comportamentos mais amigos do ambiente que permitam reduzir a quantidade de recursos necessários às nossas atividades diárias.
Não se trata de adotar um comportamento radical, mas sim de efetuar uma gestão mais eficiente dos recursos. No seu dia-a-dia poderá seguir algumas das seguintes sugestões:
Pondera a necessidade real de adquirir determinados produtos.
Lembra-te da regra dos três R´s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar).
Reduz os consumos energéticos, utilizando aparelhos elétricos e
eletrónicos de baixo consumo. Não deixes os aparelhos ligados, por exemplo, televisão e computador, sem estarem a ser utilizados.
Reduz o consumo de água. Substitui o banho de imersão por um
duche rápido.
Para o transporte das compras opta por reutilizar os sacos.
Sempre que possível, adquire produtos produzidos localmente,
pois consomem menos combustível no seu transporte,
produzindo menos emissões e contribuem para a manutenção do emprego e para o desenvolvimento da economia regional.
Consome produtos frescos em detrimento dos congelados ou
enlatados. Aumenta a proporção de vegetais em relação aos produtos derivados de carne consumidos a cada refeição.
Utiliza mais a bicicleta e os transportes públicos. A utilização do
comboio é um meio de transporte muito recomendado.
Utiliza papel 100% reciclado e livre de cloro. Consome o menor
volume de papel possível e utiliza sempre as duas faces das folhas. Utiliza as folhas que não são necessárias para rascunho. Por fim, coloca todos os resíduos de papel no ecoponto azul.
Repara os equipamentos avariados antes de comprar um novo.
Não deites para o lixo um equipamento que funciona, procura encaminhá-lo para quem o possa utilizar.
Evita produtos de usar e deitar fora, tais como papel de cozinha,
guardanapos, toalhas de papel, talheres e copos de plástico, etc... Guarda os alimentos fatiados em caixas em vez de utilizar
papel de alumínio ou película de plástico.
Utiliza os contentores de recolha seletiva, evitando colocar no
lixo produtos potencialmente tóxicos, como por exemplo pilhas. Em relação ao óleo usado de cozinha, entrega-o em locais de recolha. Caso a tua localidade não seja abrangida por uma rede
de recolha, coloque o mesmo numa garrafa junto com o seu lixo normal. Nunca despeje o óleo usado no esgoto.
Lembra-te que o desenvolvimento sustentável não é só ambiental: preocupa-te com a sociedade onde te encontras inserido, ao nível
local e nacional. Colabora com Organizações Não Governamentais (ONG) locais. Deixa a indiferença de lado e sê crítico com as injustiças sociais. Se já alcançaste os teus objetivos de bem-estar,
lembra-te que existem muitos milhões de pessoas que lutam para satisfazer os níveis mais básicos de subsistência.
In site da Quercus (com adaptações)
O que é
No conceito de Pegada Ecológica está implícita a ideia de que
dividimos o espaço com outros seres vivos e um compromisso geracional, isto é, capacidade de uma geração transmitir à outra
um planeta com tantos recursos como os que encontrou. A Pegada Ecológica não procura ser uma medida exata mas sim uma estimativa do impacto que o nosso estilo de vida tem sobre o
Planeta, permitindo avaliar até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a sua capacidade de disponibilizar e renovar os seus recursos naturais, assim como absorver os resíduos e os
poluentes que geramos ao longo do anos.
3
Há 9 anos, a VISÃO desafiou uma família portuguesa a contabilizar o lixo acumulado
durante um mês. No final da experiência, Marta Elias e o seu agregado familiar de cinco pessoas haviam deitado fora 72 quilos
de material reciclável e orgânico. Com estes valores, não divergiam quase nada da média nacional. Vejamos outro caso: na
Califórnia, em 2015, a família Johnson constituída por Bea, o marido Scott, e os filhos Max e Léo, de 16 e 15 anos, numa
experiência semelhante, passaram ao desperdício quase zero e só não conseguiram eliminar umas coisinhas que
cabem dentro de um frasco de meio litro. Hoje, Bea Johnson, 42 anos, já não se
apresenta como artista. Esta francesa, emigrada nos EUA, aprendeu a pregar o seu estilo de vida em conferências, com
diversos públicos. “Não se trata de reciclar mais, mas de reciclar menos, prevenindo mais.” E enumera os seus cinco “erres”
que, diz, devem ser conjugados por esta ordem: recusar o que não precisamos
(como catálogos do supermercado ou uma caneta grátis que nos oferecem numa conferência); reduzir as coisas de que
precisamos (o melhor é não estarmos expostos a estímulos ao consumo, avisa); reutilizar, ou seja, substituir o que é
descartável por uma alternativa que não se deite fora (o exemplo mais evidente é a troca de sacos de plástico por outros de
pano); reciclar, mas apenas o que não se conseguir recusar, reduzir ou reutilizar; e por fim compostar (“rot”, em inglês) o
pouco que resta. Com um consumo tão consciente, o
orçamento familiar caiu em 40 por cento. “Antes, se tivesse vindo a Portugal, teria enchido a mala de souvenirs. Este verão,
estive cá com a minha família e preferimos gastar o dinheiro em experiências, como andar num barco de piratas.” Hoje, se
adquirem alguma coisa, é porque essa coisa
precisa mesmo de ser substituída (um buraco no sapato ou uma t-shirt que deixou de servir são exemplos válidos). As
compras, por se fazerem fugindo às embalagens, saem mais baratas – 15% do preço de um produto destina-se à caixa
onde ele vem acondicionado. “Também usamos energia solar e instalámos recentemente um sistema de
aproveitamento de águas dos banhos para regar as plantas.”
In revista VISÃO 1232, de 13 de outubro de 2016 (com adaptações)
Rúben Silva (9A)
Comemorou-se no dia 22 de março o Dia Mundial da Água. Esta data é destinada a
reflexão e discussão sobre a relação homem e água, e abordam temas como a conservação e proteção da água,
desenvolvimento correto dos recursos hídricos e medidas para resolver problemas relacionados com poluição. A
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) criou este evento no dia 22 de Fevereiro de 1993, devido à
presença de grandes índices de poluição ambiental no planeta. Elaborou medidas
cautelosas a favor da água e impôs a consciência ecológica em relação a este bem natural. Assim, é dever de cada ser
humano conservar a água que é um grande patrimônio mundial e responsável por todo o equilíbrio do planeta Terra.
A água é essencial para todos os seres vivos e cobre cerca de 70% da superfície da terra. Os oceanos são responsáveis por
97,2% de toda a água do planeta, entretanto não podemos beber água do mar, por isso é necessário que as fontes
de água doce sejam preservadas. A agua é muito importante. Os seres humanos que
poluem através de ações incorretas, esquecem de que essas ações podem atingi-los de forma indireta. Além de ser o
principal constituinte do corpo humano e essencial para o pleno funcionamento do organismo, a água é utilizada de diversas
formas, principalmente para alimentação e sobrevivência dos animais e plantas. Com o Dia Mundial da Água, espera-se que
resíduos, entulhos e produtos tóxicos que são despejadas no meio ambiente sejam
reduzidos e evitar a poluição das águas que aparecem sob diversas formas como através de poluição térmica, poluição
física, poluição biológica e poluição química. https://www.infoescola.com/datas-comemorativas/dia-mundial-da-agua/
Vasco Mota (8B)
Dia Mundial da Água
Os Johnson
Cinco “erres” e ser feliz
4
VERÃO 2017
O que o país está a fazer para prevenir próximos incêndios: A Lei n.º 108/2017, de 23 de novembro,
estabelece um elenco amplo de medidas de apoio às vítimas dos incêndios florestais
ocorridos entre 17 e 24 de junho, assim como medidas urgentes de reforço da prevenção e
combate a incêndios florestais. O ministro das Finanças garantiu que o orçamento para 2018 terá em conta as medidas
aprovadas pelo Governo relativamente aos incêndios, acrescentando que "algumas terão
um impacto adicional", mas que outras "não implicam um aumento do défice”, sendo
financiadas via fundos europeus ou através de dotações extra orçamento do Estado.
Mário Centeno afirmou ainda que "a gestão rigorosa registada nos últimos anos" permite ao Governo implementar "estas medidas sem
colocar em causa nenhum dos compromissos assumidos".
O governante dirigiu uma palavra às populações afetadas pelos incêndios nos últimos meses em
Portugal: "A estes devemos a solidariedade que as comunidades esperam de todos em
momentos como estes", afirmou, garantindo que o OE2018 será "um instrumento de solidariedade nacional para dar resposta a um
flagelo de enorme dimensão em termos humanos, sociais e económicos.
Mário Centeno disse que a proposta orçamental
já inclui "a constituição de mais 150 equipas de sapadores bombeiros com as despesas
equivalentes de equipamento", bem como "o programa de limpeza das bermas", uma área em que Portugal tem "um défice muito grande",
tendo sido agora incluída "uma previsão para esta despesa no orçamento da Infraestruturas
de Portugal".
25 DE OUTUBRO DE 2017 A Autoridade Nacional de Proteção Civil vai receber 148 milhões de euros no próximo ano, o
valor mais alto desde 2008, para mudar combate aos fogos
Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Florestais: aprovar objetivos estratégicos em
abril de 2018", "Integração da gestão de prevenção e combate",
"ANPC: proteção contra incêndios rurais", "Processos de investigação e aplicação do conhecimento”; "Com mais cooperação entre
atores, investimento em prevenção e mais mecanismos de gestão de informação, bem
como uma gestão mais flexível de meios de combate, iremos estar mais bem preparados em
2018”, diz Tiago Oliveira. "sensibilização das populações para que saibam
o que devem fazer em caso de incêndio” - terá de ser criado o programa Pessoas Seguras, com "ações de sensibilização para a prevenção de
comportamentos de risco, medidas de autoproteção e realização de simulacros de
planos de evacuação", criada uma "rede automática de aviso às populações em dias de
elevado risco de incêndio" e criar um programa de "proteção dos aglomerados populacionais",
designado de Aldeia Segura. Em matéria de meios aéreos, há várias
novidades previstas para 2018, como o aumento do número de aeronaves, passando de 41 para 50, e do número de horas de voo, bem como a
disponibilidade de meios aéreos durante todo o ano para fazer face à imprevisibilidade
meteorológica. (O novo dispositivo será reforçado com meios
pesados, em detrimento dos médios e terá, pela primeira vez, dois aviões de coordenação, para o reconhecimento e avaliação dos
incêndios, para proporcionar melhor informação ao comando. Ainda não será em 2018 que a
Força Aérea fará a anunciada gestão destes meios.)
Outro dado novo que se espera este ano é que, pelo menos nas regiões definidas como de maior
risco, tenha sido limpa toda a vegetação em redor das casas e estradas, de acordo com o definido na lei. Esse trabalho tem de estar
concluído até março. Caso o prazo não seja cumprido serão as autarquias a fazê-lo,
cobrando depois aos privados ou empresas.
http://www.aenfermagemeasleis.pt/2018/01/10/regulamentacao-da-lei-que-estabeleceu-medidas-urgentes-de-reforco-da-prevencao-e-combate-a-incendios-florestais/ http://rr.sapo.pt/noticia/96633/oe-2018-algumas-medidas-sobre-incendios-terao-impacto-adicional-no-defice https://ind.millenniumbcp.pt/pt/geral/fiscalidade/Pages/atualidades_legais/2018/02/OE2018-medidas-de-recuperacao-pos-incendios.aspx https://www.dn.pt/portugal/interior/incendios-prevencao-e-combate-juntos-e-nada-ficara-igual-9013019.html https://www.dn.pt/portugal/interior/oe2018-algumas-medidas-sobre-incendios-terao-impacto-adicional---centeno-8870553.html
Mariana Brissos (9A)
Em 2017 Portugal foi fustigado por inúmeros fogos de grandes dimensões, que destruíram
uma parte significativa do seu espaço rural. Isto repete-se todos os anos, com maior ou
menor dimensão, dependendo de fatores tão imprevisíveis como o vento, a humidade, a
temperatura ou a quantidade de material combustível presente no solo.
Parece ser consensual que a maioria esmagadora das ignições, seja pelo facto da incapacidade do estado de atuar.
O que é certo, é que a madeira queimada continua a vender-se ao desbarato.
Consequências dos incêndios
Os incêndios provocam:
A destruição das árvores e do coberto
vegetal do solo ficando o mesmo mais
suscetível à ação direta da chuva e dos ventos,
As zonas com maior pluviosidade e de maior
pendente existir arrastamento do solo e
empobrecimento por arrastamento dos nutrientes.
E poderá igualmente provocar a
contaminação de linhas de água.
Medidas previstas
. Altice®: A Altice®, dona da Meo/PT, vai instalar/ recolocar uma rede de fibra ótica nas zonas
mais afetadas por incêndios, abrangendo 22 concelhos na região Centro, substituindo assim
a rede de cobre ardida, anunciou o grupo. Mais de 1.000 quilómetros de rede de cobre
serão substituídos, em 22 concelhos dos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda,
Viseu e Leiria. É de salientar que a maioria destes concelhos ficará com cobertura de fibra superior a 50%.
O comité executivo da empresa reuniu, em Pedrógão Grande, tendo o grupo anunciado
“um conjunto de medidas que procuram minimizar os efeitos dos incêndios que
assolaram Portugal em 2017 e que reforçam o compromisso da empresa para com os portugueses”.
Será que finalmente o sistema “SIRESP” (Sistema Integrado das Redes de
Emergência e Segurança de Portugal), com um
custo de 342 M€, funcionará como o previsto
ou será um simples negócio? . Kamov’s:
A frota continua reduzida a metade e envolvida em polémica e está longe de
funcionar em pleno. Idealmente, seria a super aeronave de fabrico
russo capaz de despejar 40 mil litros de água numa hora, fazer dez a doze descargas no mesmo período de tempo e transportar cerca
de dez bombeiros até às zonas a arder. Um dos piores anos incêndios, com 75.264 de
hectares de florestas ardidas – entre 1 de Janeiro e 24 de Julho de 2017, a maior área
destruída por chamas na última década. Os helicópteros Kamov voaram 573 horas até à
data, no ano anterior - 2016, o tempo de atividade destas aeronaves somou 782 horas; e em 2015, 528 horas.
Webgrafia: https://www.dinheirovivo.pt/empresas/altice-vai-cobrir-com-fibra-as-zonas-mais-afetadas-por-fogos/; http://www.sabado.pt/portugal/detalhe/helicopteros-kamov-custam-ao-estado-sete-milhoes-por-ano/
Martim Balcão e João Pedroso (9A)
A NOSSA FLORESTA A PREVENÇÃO CHEGA SEMPRE ATRASADA
Causas dos incêndios florestais
Não determinadas ou nulas
Negligência / Acidentes
Incendiarismo
Naturais / Físicos
5
FORMAS INOVADORAS DE REDUZIR PEGADAS
A LEGO VAI FICAR MAIS DOCE E AMIGA DO AMBIENTE
Peças da Lego com cana-de-açúcar
A Lego, empresa dinamarquesa, anunciou que este será o ano da mudança já que as primeiras peças feitas a
partir desse novo material parecido com o plástico devem ser postas à venda ainda em 2018. A decisão tem
a ver com a intenção de reduzir a de forma gradual, a sua pegada ecológica:. Atualmente, o material usado é um polímero conhecido como ABS, produzido a partir do
petróleo - escolhido exatamente por ser muito resistente e duradouro. A matéria prima para esta anunciada estreia ecológica serão as árvores, folhas e arbustos- e
marcam um primeiro passo nesse objetivo de adotar só matérias primas sustentáveis na produção destas peças históricas, propósito anunciado para 2030. O material
chama-se polietileno verde e será produzido a partir de etanol extraído da cana-de-açúcar. É flexível, macio e durável, tal como o plástico tradicional, mas além disso,
é um bioplástico, o que quer dizer que pode ser reciclado várias vezes. Para já, esta alteração significa apenas 1% a 2% do total da produção da empresa, com sede em Billund, na Dinamarca, e que se estima nos 20 mil milhões de peças por ano. Mas já é um começo.
A energia eólica
O vento tem origem nas diferenças de pressão causadas pelo aquecimento diferencial da superfície terrestre. Há muitos anos que a humanidade tenta utilizar a energia do vento, onde pequenos moinhos têm servido para tarefas tão diversas como moer cereais,
bombear água e, mais recentemente, acionar turbinas para produzir eletricidade. A energia eólica significa o processo pelo qual o vento é utilizado para produzir energia mecânica ou energia elétrica, onde as turbinas eólicas convertem a energia cinética do vento em energia mecânica. Esta energia mecânica pode ser utilizada para alimentar um
gerador que a transforma em energia elétrica que pode ser injetada na rede elétrica e distribuída ao consumidor. A energia eólica também pode ter uma aplicação descentralizada, ou seja, utilizada apenas para fornecer eletricidade num determinado local situado longe da rede elétrica de distribuição aos consumidores.
Portugal, apesar de não ser um dos países mais ventosos da Europa, tem condições bastante favoráveis para o aproveitamento da energia eólica. Os locais com regime de vento favorável encontram-se em montanhas e em zonas remotas, daí que normalmente coincidam com zonas servidas por redes elétricas antigas e com fraca capacidade, dificultando o escoamento da energia produzida.
A árvore dos ventos
Uma equipa de engenheiros franceses desenvolveu uma solução inovadora para gerar eletricidade: uma árvore artificial que utiliza o vento para trabalhar e é tão silenciosa como... uma árvore de
verdade. A ideia ocorreu a Jérôme Michaud-Larivière, o fundador da start-up New Wind, quando, numa praça, reparou que as folhas das
árvores tremiam mesmo quando não havia qualquer brisa. A árvore artificial contem lâminas minúsculas nas “folhas” que se transformam em vento independentemente da força ou direção
que ele tomar. E sabes que uma árvore eólica é capaz de abastecer uma residência?
http://p3.publico.pt/actualidade/ambiente/15197/start-cria-turbinas-eolicas (adaptado)
Rúben Silva (9A)
6
ENTREVISTA
A professora Eunice Peralta,
responsável pelo projeto Eco-Escolas no Agrupamento, aceitou de
forma muito gentil responder a algumas questões no âmbito de
um dos temas centrais do Vale de Palavras de março: o ambiente
e as questões que sobre ele se colocam na atualidade.
Agradecemos mais uma vez a sua disponibilidade, e em nome do
jornal desejamos boa sorte para o projeto. Entrevista de Matilde Mourato e Mariana António
VdP — Sendo professora de Geografia, deve estar mais dentro do assunto do que outros
adultos. Acha que a população está realmente preocupada com o ambiente? Prof. Eunice — Eu acho que não, porque se
estivesse os comportamentos eram outros. Começando pela reciclagem do lixo que se faz em casa, que é ensinada na escola, nem
sempre é cumprida devido ao “trabalho” que dá ir até aos ecopontos e as pessoas optam por despejar todo o lixo que
produzem no contentor do lixo visto que este é mais perto de casa. Felizmente, a
escola ensina as crianças a fazer a reciclagem, no entanto, os encarregados de educação nem sempre apoiam.
VdP — Na sua opinião quais serão as maiores consequências deste aquecimento global?
Prof. Eunice — As maiores consequências são as situações extremas. Vejam o caso dos tornados, verificou-se que são uma
consequência extrema destas alterações. O problema são os períodos de seca mais
longos, ou os períodos de precipitação mais intensa, ou as vagas de frio e de calor que ocorrem com maior frequência, e muitas
vezes fora da época em que é previsto acontecer.
VdP — Que influências estas consequências têm na vida das pessoas?
Prof. Eunice — Podemos pensar no exemplo de Pedrogão, causado por uma vaga de calor. Não falando na perda de vidas
humanas e animais, mas sim dos bens matérias, das culturas, do trabalho de uma vida inteira, em termos económicos, sociais
e psicológicos.
VdP — Haverá alguma maneira de
sensibilizar a população para que esta tome medidas de modo a prevenir mais danos no
ambiente? Prof. Eunice — Sim. Começa mesmo pela educação ambiental logo na pré, como
muitas escolas estão a tentar fazer, com ou sem o ECO-escolas. Embora o programa chame a atenção e apele à comunidade
escolar para a proteção do ambiente, há escolas que não estão envolvidas nesse programa, mas fazem-no na mesma.
VdP — Sabemos que está à frente do
programa ECO-escolas. Quer dizer em que consiste este projeto?
Prof. Eunice — O objetivo do programa eco-escolas é na promoção de valores, na
mudança de atitudes e de comportamentos face ao ambiente, de forma a preparar as crianças e jovens para o exercício de uma
cidadania consciente, dinâmica e informada face às problemáticas ambientais atuais. Para o efeito, pretende-se que os alunos
aprendam a utilizar o conhecimento para interpretar e avaliar a realidade envolvente, para formular e debater
argumentos, para sustentar posições e opções, capacidades fundamentais para a
participação ativa na tomada de decisões, numa sociedade democrática, face aos efeitos das atividades humanas sobre o
ambiente. VdP — Acha que o ensino prepara os alunos
para que estes tenham a devida preocupação com o ensino? Prof. Eunice — Acho que sim. Logo no 1º
ciclo parte do programa do 1º e 2º ano de Estudo do Meio está voltado para questões ambientais, e é também um pouco falado
no 3º e 4º. As escolas do 1º ciclo estão a
trabalhar nesse sentido, na educação ambiental. O programa de geografia ao
longo do 3º ciclo chama também à atenção e apela à prevenção e aos cuidados a ter com o nosso ambiente.
VdP — Há alguma mensagem que queira passar para os nossos leitores sobre este
assunto? Prof. Eunice — Todos devemos ter em mente a politica dos quatro R’r: porque a
primeira é Recusar! Temos de ter em atenção todos os cuidados necessários para
pelo menos não prejudicar mais, temos de nos lembrar que por mais que deitemos fora da nossa terra, não vai nada embora, fica
tudo dentro, tudo contribui para a poluição. Apesar de deitarmos fora o lixo, não nos livramos dele, pois está na rua, no
ar, nas águas, está em todo o lado. Deixamos os nossos sinceros
agradecimentos pela disponibilidade manifestada e, em nome do jornal, desejamos boa sorte para o projeto.
Gustav Klimt, Macieira em flor (1912)
7
Assistentes Operacionais
Pergunta 1 - Todas as assistentes responderam que é importante ajudar o ambiente.
Pergunta 2 - Para ajudar o ambiente fecham as torneiras, o que faz poupar água; não
deitam lixo no chão e tentam reciclar o máximo possível. - Uma das assistentes respondeu que não
fazia reciclagem, mas tenta poupar o máximo de água possível. Pergunta 3
- Todas sabem separar o lixo. - Por existirem poucos ecopontos na zona residente de uma auxiliar, a mesma não
faz reciclagem. Pergunta 4 - Para uma melhoria do ambiente,
deviam colocar mais ecopontos; ter mais em conta a separação do lixo, lavar os ecopontos existentes e colocar mais
oleões.
Professores
Pergunta 1 - Todos os professores responderam afirmativamente.
Pergunta 2 - Para ajudar o ambiente poupam água e reciclam.
Pergunta 3 - Apesar de todos dizerem que sabem separar corretamente o lixo, nem todos o
fazem. Pergunta 4 - Os professores acham que devia haver
mais ecopontos pelas ruas, porque, muitas vezes, a população, por ter de se deslocar, acaba por não separar o lixo. Porém,
pensam também que devia ser feita a reciclagem e que deviam ser colocados mais oleões e outros recipientes de
separação. Também houve quem achasse que plantar árvores seria uma medida a tomar e evitar o uso de herbicidas e
pesticidas; deveriam, também, ser realizadas campanhas de sensibilização
junto da população mais idosa com a colaboração dos jovens.
Alunos
Pergunta 1 - De 20 alunos todos eles responderam que é importante ajudar o ambiente, pois
vivemos nele e dele precisamos. Pergunta 2 - Os alunos poupam água e luz, evitam
deitar lixo no chão, reciclam e tentam não gastar muita energia. Pergunta 3
- Todos os alunos sabem separar o lixo, mas só alguns o reciclam. Pergunta 4
- A maior parte dos alunos responderam que deveriam existir mais ecopontos e mais espaços verdes, por exemplo jardins
e mais árvores. Deveriam também existir campanhas de reciclagem. - 3 de 20 alunos disseram que as pessoas
que mandarem o lixo para o chão deveriam ser castigadas. - 4 dos alunos responderam que não
sabiam o que fazer para melhorar o ambiente.
Quisemos também ter uma ideia do que é que os adultos, jovens e crianças do
nosso Agrupamento fazem para bem do ambiente. Fizemos quatro perguntas a
vinte adultos (assistentes operacionais e professores) e a vinte colegas:
1. “Acha importante ajudar o ambien?te?”
2. “O que faz para ajudar o ambiente?”
3. “O que faz com o lixo que produz e se o sabe separar?”
4. “O que acha que a Junta de Freguesia poderia fazer para melhorar o
ambiente?”
INQUÉRITO
Concluímos que apesar de existirem muitas campanhas de sensibilização dentro e fora do nosso Agrupamento, ainda te-
mos de nos esforçar mais para deixar este nosso planeta menos doente do que o seu atual estado.
Ana Maia,
8
O LIVRO
Os livros têm grande importância para a realização de registos históricos, a
divulgação de leis e também de ideias. O papiro foi substituído pelo pergaminho por se desfazer rapidamente devido à
humidade e, também, por facilmente arder, ou seja, era muito frágil.
Por volta do século X a. C., a organização
dos documentos escritos ganharam maior funcionalidade com a invenção dos
pergaminhos. O pergaminho foi de grande importância para a preservação de importantes textos da Antiguidade, como a
Bíblia Sagrada e os escritos de alguns pensadores da época clássico. Nessa época juntavam-se os pergaminhos
disponíveis e realizava-se a organização de cada uma das supostas páginas. Conhecidas como codex as primeiras edições
facilitaram a locomoção e manuseio dos textos.
No período medieval, o acesso ao mundo letrado era praticamente restrito aos
clérigos, ficando grande parte dos livros enclausurada sob a proteção dos mosteiros e que aí tinham a sua sabedoria
conservada pelo demorado trabalho de monges copistas. Nesta época eram comuns as iluminuras.
Em 1454, o processo de fabricação e divulgação dos livros sofreu uma grande inovação com a invenção da prensa
desenvolvida por Johannes Gutenberg. Essa máquina permitiu que o processo de fabricação dos livros fosse impulsionado. No
início, a impressão era feita da seguinte forma: o conteúdo de cada página era
gravado em blocos de madeira, que após serem mergulhados na tinta, eram colocados sobre o papel, produzindo várias
cópias.
Em 1442, o primeiro livro foi impresso numa prensa e, em 1448, Johann Fust, juntamente com Gutenberg, funda a Werk
der Buchei (Fábrica de Livros), onde foi publicada a Bíblia de Gutenberg, livro com 1282 páginas. Com o aumento da oferta de
papel para impressão de jornais e livros, e com as inovações da tecnologia, o papel começou a tornar-se popular e acessível.
Em 1971 surgem os e-books. O seu criador é Michael Stern Hart, cuja primeira digitalização foi a Declaração de
Independência dos Estados Unidos da América. Os e-books são livros digitais que tanto
podem ser lidos em vários aparelhos eletrónicos, como também podem ser lidos através de sistemas de narração. Há muitas
vantagens em aderir os e-books, tais como o preço, a portabilidade, a sua fácil passagem para outros aparelhos e, mais
importante do que tudo, podermos poupar papel! Webgrafia: https://www.infoescola.com/curiosidades/historia-do-livro; https://historia do mundo.uol.com.br/curiosidades/origem-dos-livros.htm
Margarida Cerqueira Luís (8B)
O Dia Internacional do Livro Infantil celebra-se anualmente em 2 de abril.
Como este ano coincide com as férias escolares, o VdP deixa alguma
informação para os seus leitores. Esta data é celebrada por iniciativa do Conselho Internacional sobre
Literatura para os Jovens, que em Portugal é representada pela Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil (APPLIJ).
O Dia Internacional do Livro Infantil foi criado em 1967, para homenagear o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, (autor de algumas das
histórias para crianças mais lidas em todo o mundo), cujo aniversário do nascimento é assinalado a 2 de abril.
Dia do Livro Infantil em Portugal
Todos os anos é divulgada pelo Conselho Internacional sobre Literatura para os Jovens, uma mensagem de incentivo à leitura, da autoria de um
escritor de nacionalidade diferente. O cartaz português é sempre da
autoria do ilustrador vencedor do Prémio Nacional de Ilustração.
Atividades para o Dia do Livro Infantil
Existem inúmeros livros infantis de escritores nacionais e estrangeiros. Destacam-se alguns escritores de livros infantis mais adorados: Sophia de
Mello Breyner Andresen, Hans Christian Andersen, Miguel Torga, José Saramago, Alice Vieira, Luis Sepúlveda, etc.
Livros para o Dia Internacional do Livro Infantil
• O Soldadinho de Chumbo, de Hans Christian Andersen
• Histórias e Contos Completos, de Hans Christian Andersen
• Úrsula, a Maior, de Alice Vieira
• Livro com cheiro a morango, de Alice Vieira
• A Maior Flor do Mundo, de José Saramago
• O Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia de Mello Breyner Andresen
• Bichos, de Miguel Torga
• O Gato das Botas, Charles Perrault
• O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry
Webgrafia: https://www.calendarr.com/portugal/dia-internacional-do-livro -infantil (adaptado)
Matilde Mourato e Mariana António
A BIOGRAFIA DO LIVRO
Papiro
Pergaminho bíblico
Iluminura de códex medieval
9
LEITURAS - ATIVIDADES
Concurso Nacional de Leitura
Uma vez mais, os alunos do Agrupamento participaram no CNL. Uma das novidades desta 12.ª edição foi o seu alargamento aos alunos do 1.º ciclo (3.º e 4.ºs anos) e do 2.º ciclo; também foi incluída uma Prova Municipal que não terá lugar já que, no Concelho de Azambuja, o nosso Agrupamento foi o único a participar. Assim, os alunos vencedores passaram automaticamente a estar aptos para integrar a 3.ª fase, as Provas nas Comunidades Intermunicipais/ Áreas Metropolitanas que decorrerá entre 1 e 31 de maio.
ALUNOS VENCEDORES
2.º Ciclo - Afonso Tomás Oliveira (n.º 4 do 6.º B) 3.º Ciclo - Joana Filipa Maurício (n.º 8 do 9.º B)
1.ª FASE - PROVA DE ESCOLA
Alunos do 9.º A declamam para os colegas da Escola Básica do
Vale do Brejo
“Lágrima de preta” de António Gedeão
Alunas do 9.º A numa sessão de leitura para os meninos do Pré-escolar e 1.º Ciclo de Vale do Paraíso
10
MANUELA RIBEIRO
Literatura infanto-juvenil
A escritora Manuela Ribeiro
esteve na Escola Básica de
Aveiras de Cima numa diver-
tida conversa com os alunos
do 2.º e 3.ºs anos. Os alunos
participaram, mostrando o
seu interesse pela autora e
pela sua escrita, estabele-
cendo-se um diálogo muito
frutuoso entre escritora, alu-
nos e professores.
No final todos ganharam!
ALGUNS LIVROS DE MANUELA RIBEIRO
LEITURAS - ATIVIDADES
11
DIA DA POESIA
A convite gentilmente feito pela Dra Ana Luísa Ferreira,
Coordenadora do Centro Cultural Grandella, os alunos do
9.º A e a professora de Português comemoraram o Dia
Mundial da Poesia com a declamação de poemas na Galeria
do Centro
Mais um encontro de avós e netos já que o público se
constituiu por utentes dos Centros de Dia de Aveiras de
Cima, Vale do Paraíso e de Aveiras de Baixo, bem como do
Lar Nossa Senhora da Purificação.
Foram assim homenageados, com o entusiasmo dos que
leram e dos que ouviram, muitos poetas desde Camões ao
poeta popular António Aleixo.
Também o público fez questão de cantar e recitar cantigas
e quadras para encanto e divertimento de todos.
MOMENTOS DE POESIA/ MOMENTOS DE ALEGRIA
12
No final da sessão, Simone Colaço Martins fez a apresentação do seu livro de poesia Toque da
Alma. A autora dirigiu-se sobretudo aos mais jovens, apelando ao afeto e compreensão em
Cuidar do ambiente Devemos tratar
bem o ambiente,
para não ficar
tudo poluído e descontente.
Andar de bicicleta,
patins ou skate.
Estes não poluem
o nosso ambiente.
Pôr o lixo no caixote,
Separar no ecoponto:
o vidro no vidrão,
as embalagens no embalão…
As águas não poluir,
para o ambiente
ficar limpinho
e a natureza sorrir.
Duarte Paulo Lúcio (4º A EB Vale Brejo)
O Universo O universo onde
vivemos,
pode ficar es-
tragado.
Temos de o
poupar
para ser acari-
nhado.
As fábricas, os
carros
e muito mais,
só poluem o
ambiente.
Se andássemos
de bicicleta
A natureza Estou no jardim a brincar,
para o ar puro respirar,
ver os pássaros a voar
e o meu cão a ladrar.
Na floresta gosto de passear,
flores e plantas apanhar
e mil aromas cheirar.
Os incêndios são uma maldição
em qualquer estação.
Só causam poluição
e muita demolição,
na natureza e no coração.
Joana Rodrigues Pratas (4A EB Vale Brejo)
POESIA E AMBIENTE
LEITURAS - ATIVIDADES
13
ENGLISH POETRY
BEAUTY OF NATURE
Just at dawn,
When everyone's asleep, And you can hear the wind,
That the trees cast at you,
And when the seagulls are flying
Above the sea,
And whispering words of cheer,
Peacefully flying about,
Enjoying the nature,
When the sun rises,
And the flowers wake up
From their sweet sleep,
Dancing and singing,
Enjoying their shower,
And the cool springs,
Gushing down the mountains,
And the people are gazing peacefully,
With a smile on their faces,
Enjoying the beautiful scenery,
And when the birds and doves
Zoom up to the sky and land back down,
Enjoying the cool air and calmness.
And when the trees have grown fresh fruits,
For us to nibble on,
And when the sun sets, and the moon rises, Leaving beautif ul colours in the sky,
Is what we call nature.
Anonymous
MY LOVE OF NATURE
I love the sound of birds
so early in the morn,
I like the sound of puppies soon after they are born.
I love the smell of flowers
and the taste of honey from bees.
I love the sound the wind makes when it’s blowing through the trees.
I love the way the sky looks on a bright and sunny day,
and even when it’s rainy, I love the shades of gray.
I love the smell of the ocean, the sound of waves upon the sand,
I love the feel of seashells and how they look in my hand.
And when the sun is gone, I love the moon that shines so bright,
I love the sounds of crickets and other creatures of the night.
So when I lay me down to sleep, I thank the Lord above,
For all the things of nature and more, all the things I love.
Adoni Marcano
Seleção de Sofia Marques (9A)
14
PÁSCOA DIVERTIDA
OVOS BRINCALHÕES
Sabias que antes da Páscoa cristã , muitos séculos antes do
nascimento de Cristo, no Equinócio da Primavera, a 21 de
Março, já se trocavam ovos para celebrar o fim do Inverno
e a chegada das colheitas? Pois é, para obterem os
benefícios dos “Deuses das Colheitas” , os agricultores
enterravam ovos nas suas terras.
Na Páscoa cristã, o ovo passou a ser o símbolo do
renascimento de Cristo. Os ovos da Páscoa começaram a
ser pintados e coloridos sobretudo na Europa do leste. Os
tão apreciados ovos de chocolate começam a apare-
cer depois que o cacau chegou à Europa, a partir do século
XVII.
Para ajudares a decorar a mesa no domingo de Páscoa,
para pendurares numa árvore, ou apenas para depois de
almoço te divertires com a família a fazer uma “Caça ao
ovo”, coloca a tua imaginação à prova e surpreende os
mais velhos. O pior mesmo é retirar o ovo cru de dentro da
casca sem que o orifício fique muito grande como o que se
encontra em primeiro lugar no canto inferior da imagem 1.
Os ovos emoji da imagem 2 são bem mais simples de
executar, basta cozê-los e pintá-los com marcadores. Se os
quiseres mais amarelinhos, então terás de comprar um
spray e só depois desenhar as emoções da tua Páscoa.
Imagem 1
Imagem 2
À mesa
Ingredientes
18 gemas e 5 claras de ovo
250 g de açúcar
125 g de farinha
NINHO DE PÃO-DE-LÓ
Preparação
Batem-se as gemas e as claras com o açúcar
durante aproximadamente 15 minutos, ou
até a massa ficar esbranquiçada. Mistura-se
a farinha, mexendo de baixo para cima.
Deita-se em forma redonda forrada com
papel vegetal. Leva-se a cozer em forno
médio (180 graus C).
Deve ficar húmido.
Para a decoração usar pasta americana
colorida.
16
AS SUGESTÕES da Matilde
Wook 9.30€
Informação: São tempos difíceis para os heróis do Futebol. Rafael e Rodrigo têm dificuldades na sua primeira época no Atlético’69. O seu ídolo, Berto Torres, está tão em baixo de forma que se coloca a questão de não ser selecionado para o decisivo jogo de qualificação para o Campeonato Mundial. A equipa de futebol escolar sofre uma onda de lesões. Na moradia, junto ao campo de treino, acontecem coisas estranhas e, para agravar tudo, Filipa, a namorada de Rafael, mostra-se muito distante. Será que Rafael e Rodrigo conseguem vencer todos os obstáculos?
Wook 17.90€
Informação: Tudo começa por acaso: Leo recebe por engano alguns e-mails de uma desconhecida chamada Emmi. Educadamente, responde-lhe e Emmi retribui. Esta troca de e-mails desperta uma curiosidade intensa entre os dois e, quase de imediato, Emmi e Leo começam a partilhar confidências e desejos íntimos. A tensão entre ambos aumenta, e o encontro parece iminente. Mas Emmi e Leo adiam o momento. Porque, afinal de contas, Emmi é casada e feliz. Serão os sentimentos que nutrem um pelo outro suficientemente profundos para sobreviver a um encontro real? E, depois desse momento, o que os espera?
Wook 9.90€
Informação: Quem disse que ser rebelde é fácil? Elizabeth é uma miúda bonita, mas muito mimada e egoísta. Quando é obrigada a ir para um colégio interno, decide que vai ser a aluna mais problemática que já alguma vez por lá passou. Só assim poderá ser expulsa e voltar para casa. Mas Elizabeth cedo percebe que ser rebelde não é tão simples como pensava. Aventuras na escola que, afinal, revelam uma rapariga com um grande coração.
Wook 16,99€
Informação: Lina foi passar o verão na Toscânia para cumprir o desejo da mãe - conhecer o seu pai, que desapareceu à 16 anos. Mas a descoberta do diário da vida da sua mãe em Itália vai mudar tudo. Vai conhecer um mundo mágico de amores proibidos e um segredo que vai transformar tudo o que ela julgava saber sobre a sua mãe, o seu pai, e até ela própria.
Wook 17,90
Informação: Moita Flores criou um bacharel detective que, na Régua, persegue um serial killer, confrontando-se com o medo, com as superstições, com as crenças do Portugal Antigo que, temente a Deus e ao Demónio, estremecia perante o flagelo da praga e dos crimes. É uma ficção, é certo, mas também um retalho de vida feita de muitos caminhos que a memória vai aconchegando conforme pode.
Informação: Depois de lutar ao lado dos Vingadores, chegou a hora do pequeno Peter Parker voltar para casa e para a sua vida.. Lutando diariamente contra pequenos crimes nas redondezas, ele pensa ter encontrado a missão de sua vida quando o terrível vilão Abutre surge amedrontando a cidade. O problema é que a tarefa não será tão fácil como ele imaginava.
Informação: Um grupo de quatro mágicos norte-americanos, liderados pelo carismático Michael Atlas, apresenta um espectáculo de magia nunca antes visto: primeiro surpreendem a audiência ao roubar, em tempo real, um banco em França e, em seguida, dividem os lucros pelas contas bancarias de cada um dos espectadores. Dylan Hobbs, agente do FBI, está determinado a puni-los pelos crimes e a detê-los antes que realizem o que promete ser um assalto de proporções absolutamente inesperadas. Com a agente Alma Vargas na sua equipa, Hobbs recorre a Thaddeus Bradley, célebre pela sua habilidade em desvendar os mais complexos truques de magia. Assim, enquanto a pressão aumenta e o mundo aguarda o grande e espectacular truque final, Dylan e Alma apressam-se para os deter. Porém, ambos estão conscientes que será difícil antecipar as suas jogadas e que, para os deter, apenas poderão confiar nos conselhos de Bradley e nos seus próprios instintos.
Matilde Mourato
FILMES
17
PUBLICIDADE
A Biblioteca Escolar agradece a generosidade de todos os que queiram participar doando um livro.
18
Conto
No caminho passaram pelo Convento de São
Francisco das Virtudes onde o Rei estava
hospedado, mas prosseguiram para Vale do
Paraíso, onde D. João II o aguardava.
Vale do Paraíso exultava pela presença régia.
E enquanto isso o rei despachava Colombo e
agradecia a notícia da descoberta das Américas.
Meteu-se a caminho o navegador até ao
esteiro das Virtudes onde estava a sua
embarcação rodeada por outros barcos
carregados de madeiras, telha, vinho e mais
umas quantas coisas, e foi num ápice que de
novo Colombo se encontrou em Lisboa. Ao fim
de quatro dias, quando a sua principal
embarcação ficou arranjada, seguiu para
Espanha, contornando o Algarve.
Nessa altura já o Rei despachava de Vale do
Paraíso documentos para o Papa Alexandre,
dirigindo-se nos dias seguintes para Lisboa.
Passados sete anos, em 1500, um pastor, que
guardava um rebanho de ovelhas, em Vale do
Paraíso, veio a correr e a gritar em direção à
Igreja de Aveiras:
- Nossa Senhora! Nossa Senhora apareceu-me
num sobreiro onde descansava!
Instalou-se assim um alvoroço na Igreja e o
padre perguntou-lhe que história era aquela. O
pastor lá se acalmou e contou que no sobreiro
onde descansava apareceu uma luz muito
intensa em direção cujos raios iam em direção a
uma imagem de Nossa Senhora.
Muito entusiasmado, o padre convocou a
população de Aveiras para irmos em conjunto
com ele e com o pastor, em procissão, buscar a
imagem de Nossa Senhora.
Quando chagámos ao sobreiro, todos nós
começámos a chorar e a fazer vénias, para a
lindíssima imagem.
Com as suas mãos abençoadas, o Padre lá
retirou a imagem do tronco. Levámo-la para a
Igreja da Nossa Senhora da Purificação e
colocámo-la no altar-mor, um dos mais
importantes altares da Igreja.
Chegando a noite, todos nós satisfeitos com o
achado, fomos dormir e, na manhã seguinte, fui
à Igreja para venerar e olhar a belíssima
imagem, mas ainda nem tinha chagado à porta
já ouvia pessoas a chorarem e a gritarem:
- ROUBARAM! ROUBARAM!
Apercebi-me logo de que algo se passava e, ao
entrar, deparei-me realmente com o altar vazio.
Dirigi-me ao padre e perguntei onde estava a
Nossa Senhora, e foi quando ele me disse que
misteriosamente tinha desaparecido.
Horas depois, o padre acalmou toda a
população e foi quando organizou uma
expedição por toda a vila, à procura da Nossa
Senhora, passaram várias horas, e todos nós
estávamos empenhados para encontrar a
imagem, e foi quando a descobrimos cravada, de
novo, no mesmo sobreiro e rodeada de luz.
Voltamos a colocá-la no altar e, no dia seguinte,
a imagem voltou a desapareceu e de novo foi
para o sobreiro.
Chegamos à conclusão que a Nossa Senhora
queria estar no sobreiro e não sair de lá.
E foi com essa convicção que eu e a
população de Aveiras ajudámos a contruir uma
pequena ermida que em coisa de trinta dias
ficou contruída.
Alguns meses depois, o povo ainda vivia com a
imagem da milagrosa Nossa Senhora, que foi
cada vez mais ganhando cada vez mais fama até
se espalhar pelo Reino de Portugal.
Por essa altura chegou uma enorme comitiva
do Reino. Dela saiu de uma charrete, com
detalhes em oiro, uma senhora, em direção à
comenda de Aveiras.
- Eu, D. Ana de Lencastre, Comendadeira de
Santos, venho aqui a este milagroso local, pois
ouvi nas cortes de Lisboa que aqui se dá a
aparição de Nossa Senhora e que já concedeu
vários milagres. Acredito, por isso, que me
salvará da peste que assombra Lisboa — disse
para que todos ouvissem.
- Depois de me saber a salvo, mandarei que se
façam obras na ermida! - acrescentou para
encanto e todos.
Toda a população continuou a sua vida normal
na presença desta senhora do Reino, e as
pessoas ofereciam bolos e doçarias aquando das
festividades.
Os dias foram passando, e a peste que
assolara Lisboa passou, escapando a senhora D.
Ana de Lencastre a essa terrível doença. Como
havia prometido, alargou a ermida de Vale do
Paraíso ganhando assim ainda mais fama.
Sessenta anos depois, o povo do Paraíso e de
Aveiras ainda vivia na felicidade de ter uma das
mais famosas e importantes milagreiras de
Portugal. Foi quando em 1562 foi fundada a
Confraria da Nossa Senhora do Paraíso que
cumpria com os princípios das irmandades do
Reino, e servia para dirigir e tomar conta da
ermida aí construída.
Os anos foram passando e nasceu um menino
nobre chamado de D. João Tello e Meneses em
1600. Todo o povo de Aveiras fez uma festa e
deu graças pelo seu nascimento. D. João Tello
era o filho de Diogo da Silva e de D. Margarida
de Meneses, dois importantes condes de Vagos
cujos pais já tinham cargos relevantes no reino
de Portugal.
O menino foi ao longo da infância dando sinais
de ser um ótimo senhor.
O tempo voou e toda a população gostava do
garoto que, a certa altura cresceu e saiu desta
zona para ir para Lisboa, pois o dever de servir o
reino chamava-o. Com apenas 23 anos, João
Tello foi eleito Governador de Mazagão, um alto
cargo para alguém tão novo. Combateu em
vários conflitos, passando o seu poder no Reino a
ser tão elevado que foi eleito Vice-Rei da India,
ficando nas Ásias alguns anos.
Todos receavam a sua morte, visto que ficou
quase 20 anos sem dar noticias à pequena vila.
Foi por essa altura que chegou um homem, com
uma grande comitiva, a Aveiras. Ainda mal se via
os cavalos e as charruas, já os camponeses,
patrões, padres, todos gritaram e pararam os
seus trabalhos para receberem o senhor, logo
percebendo que era o nobre que ali tinha
nascido. Foi uma verdadeira festa, de um lado
pessoas a cantarem, de outro a chorarem de tão
alegres que estavam ao ver o seu “menino”.
E foi nessa vinda a Portugal, depois de estar à
frente do enorme comércio das Índias, que o Rei
Filipe III condecorou D. João da Silva Tello e
Meneses pelos seus feitos, passando, então, a
Conde de Aveiras e atribuindo, desde aí, um
senhorio à famosa vila.
E não demorou muito tempo quando ergueu o
enorme palácio com esculturas, ouro e pedras
preciosas no lugar de Aveiras de Baixo. Pouco
depois, foi eleito novamente Vice-Rei da India,
saindo uma vez mais, de Portugal.
Os habitantes de Aveiras viviam contentes e
vaidosos por terem um dos mais importantes
Senhores e um sumptuoso Palácio. Mas, nem
sempre a felicidade dura muito e, certo dia, veio
por carta até ao Palácio que o Conde mais
adorado da vila morrera a caminho de
Moçambique ainda no barco. Uma tragédia!
Viveram-se meses de luto, mas logo a seguir o
seu filho, Luís da Silva Tello e Meneses, veio
alegrar a vila também com muitos feitos.
Anos depois, a sucessão ao trono estava
próxima novamente e foi mesmo isso que
aconteceu. Todas as pessoas temiam a sua
morte e, para a infelicidade de todos, foi o que
aconteceu. Então sucedeu-se outro Conde,
também ele muito importante e elogiado no
reino por muitos e pelas obras que mandou
contruir em Lisboa.
Não conformado com a importância dos
Condes, o senhor das obras, João da Silva Tello
e Meneses tinha a posse do Palácio de Belém.
Nessa altura mandou remodelar as casas com o
objetivo de ser a habitação Real dos Condes e
foi isso que aconteceu. O Palácio tinha na
fachada dos grandes muros o brasão dos condes,
feito de prata, com um vistoso leão púrpura
sombreado de verde escuro. A partir daquele
momento, os Condes de Aveiras tiveram uma
importância, nunca antes vista, em Lisboa e no
Reino de Portugal, sendo
considerados os senhores
daquelas terras.
Passado um século, alguns
condes já tinham sucedido,
mas foi D. Duarte António
da Câmara, casado com
uma senhora princesa da
Hungria, que veio a vender
o belíssimo Palácio de
Belém a D. João V.
Conto baseado em factos
históricos.
Fachada atual da entrada do
Palácio em Aveiras de Baixo
onde se pode ver o brasão do
Conde de Aveiras
Capítulo II De Colombo ao Conde de Aveiras (continuação) Por Martim Balcão (9A)