vagabundo na esplanada

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VAGABUNDO NA ESPLANADA Conto de Manuel da Fonseca Trabalho Realizado por: Ana Jéssica Telma Valério

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Page 1: Vagabundo Na Esplanada

VAGABUNDO NA ESPLANADA

Conto de Manuel da Fonseca

Trabalho Realizado por: Ana

Jéssica Telma Valério

Page 2: Vagabundo Na Esplanada

Personagens Vagabundo (protagonista) Empregado (personagem secundária)

“Um rapaz aproximou-se. Casaco branco, bandeja sob o braço, muito senhor do seu dever. Mas, ao reparar no rosto do homem, tartamudeou:- Não pode...E calou-se. O homem olhava-o com atenta benevolência.- Disse?- É reservado o direito de admissão – tornou o rapaz hesitando.”

Pessoas que se encontravam na esplanada e que desprezam o vagabundo (figurantes)“O facto, de si tão discreto, pareceu constituir a máxima ofensa para os presentes... Nas caras, descompostas pelo desorbitado melindre, havia o que quer que fosse de recalcada, hedionda raiva contra o homem mal vestido e tranquilo, que lia o jornal na esplanada.”

Page 3: Vagabundo Na Esplanada

Evolução Psicológica do Protagonista

Ao longo do conto, o vagabundo é desprezado e discriminado pelas pessoas, mas perante isso ele não se mostra intimidado.

Na parte final da história, quando o empregado o manda embora, o protagonista faz-se de desentendido, ignorando-o até, de certa forma. Ele não se interessa minimamente por aquilo que os outros dizem e pensam de si.

Page 4: Vagabundo Na Esplanada

Espaço Físico - Cidade, esplanada.

“Era assim, ao que se via, o seu natural comportamento de caminhar pela cidade.”“Sem dar por tal, o homem seguia adiante. Junto dos Restauradores, a esplanada atraiu-lhe a atenção. ““A meio da esplanada havia uma mesa livre. Com o à-vontade de um frequentador habitual, o homem sentou-se. “

Page 5: Vagabundo Na Esplanada

Espaço Social/Cultural - O vagabundo pertencia à classe baixa.

“Cerca de cinquenta anos, atarracado, magro, tudo nele era limpo, mas velho e cheio de remendos. Sobre a esburacada camisola interior, o casaco, puído nos cotovelos e demasiado grande, caía-lhe dos ombros em largas pregas, que ondulavam atrás das costas ao ritmo lento da passada. “

O empregado e os figurantes pertencem à classe média-alta. Devido à sua diferença de classes, o vagabundo era rebaixado e desprezado pelas outras pessoas da classe média.

“Num instante, embora se desconhecessem, aliava-os a unânime má vontade contra quem tão vincadamente os afrontava em plena rua. Pronta, a vingança surgia. Falavam dos sapatos cambados, do fato de remendos, do ridículo chapéu. “

Page 6: Vagabundo Na Esplanada

Relação com a Realidade do País

No nosso país existem frequentes discriminações deste género.

As pessoas sentem-se incomodadas apenas pelo aspecto considerando, alguém que tenha uma maneira de estar/ vestir diferente, um “coitadinho” ou uma pessoa distinta das outras.

Sentem-se incomodadas com a presença dessas pessoas, chegando por vezes a tratá-las mal e esquecendo-se de que um dia podem vir a estar na mesma situação e que estas pessoas têm sentimentos tal e qual como qualquer outro ser vivo.

Page 7: Vagabundo Na Esplanada

Recursos Estilísticos e sua Intencionalidade Ironia: “E diga a gerência que os deixe ficar. Por mim não

me importo.”

O vagabundo sabia que o empregado estava a falar dele, mas fez-se desentendido como se se tratasse de outra pessoa.

Comparação: “Franzidos, empertigaram-se, circunvando os olhos, como se gritassem: «Pois não há um empregado que venha expulsar daqui este tipo!» ”

O olhar das pessoas para o vagabundo transmitia um clima de mau estar perante a sua presença na esplanada.

Page 8: Vagabundo Na Esplanada

Auto-Retrato

Uma das senhoras da esplanada…