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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 1 EDITORIAL A publicação Vitrine da Conjuntura, periódico mensal do Curso de Economia da FAE Centro Universitário, lança a edição de abril de 2013, com a apresentação das seções permanentes, formadas pelo Panorama Econômico e os Indicadores, e três artigos essencialmente ligados ao cotidiano econômico estrutural e conjuntural brasileiro. O primeiro texto, preparado pelo professor Murilo Schmitt, descreve as distorções provocadas pelo crescente emprego do expediente conhecido como substituição tributária, especialmente na alocação de recursos e nos preços relativos do sistema econômico. No segundo artigo, o professor Gilmar Lourenço avalia os elementos explicativos do medíocre desempenho da economia brasileira em 2012. Já, na terceira reflexão, Lourenço interpreta os pontos fortes e os inconvenientes derivados da forma e intensidade de utilização dos bancos públicos na multiplicação das operações de crédito no Brasil, principalmente depois da eclosão da crise financeira internacional, no final de 2008. A Vitrine continua à espera das contribuições de professores e alunos da FAE, além daquelas produzidas pelos demais atores econômicos e sociais atuantes no Estado, para o enriquecimento tanto da compreensão dos elementos comuns quanto do debate das questões controversas, contidas no permanente e sistemático exame do complexo mundo dos negócios em escala global, nacional e regional. Boa Leitura. Gilmar Mendes Lourenço Editor.

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Boletim informativo do curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário. V.6, n.º 02, abril de 2013

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 1

EDITORIAL

A publicação Vitrine da Conjuntura, periódico mensal do Curso de Economia da FAE Centro Universitário, lança a

edição de abril de 2013, com a apresentação das seções permanentes, formadas pelo Panorama Econômico e os

Indicadores, e três artigos essencialmente ligados ao cotidiano econômico estrutural e conjuntural brasileiro.

O primeiro texto, preparado pelo professor Murilo Schmitt, descreve as distorções provocadas pelo crescente

emprego do expediente conhecido como substituição tributária, especialmente na alocação de recursos e nos preços

relativos do sistema econômico. No segundo artigo, o professor Gilmar Lourenço avalia os elementos explicativos do

medíocre desempenho da economia brasileira em 2012. Já, na terceira reflexão, Lourenço interpreta os pontos fortes

e os inconvenientes derivados da forma e intensidade de utilização dos bancos públicos na multiplicação das

operações de crédito no Brasil, principalmente depois da eclosão da crise financeira internacional, no final de 2008.

A Vitrine continua à espera das contribuições de professores e alunos da FAE, além daquelas produzidas pelos demais

atores econômicos e sociais atuantes no Estado, para o enriquecimento tanto da compreensão dos elementos comuns

quanto do debate das questões controversas, contidas no permanente e sistemático exame do complexo mundo dos

negócios em escala global, nacional e regional.

Boa Leitura.

Gilmar Mendes Lourenço

Editor.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013

EQUIPE TÉCNICA

Carlos Ilton Cleto

Economista, doutor em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina e Professor da FAE.

Gilmar Mendes Lourenço

Economista, mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor da FAE, colunista do Jornal do Estado, eleito “O Economista Paranaense Acadêmico do Ano de 2011”, pelo Corecon/PR, e vencedor do “Prêmio Imprensa”, em novembro de 2011, e do “Prêmio Imprensa – Especial Brasília 52 anos", em abril de 2012, oferecidos pela Quality TV & Jornais.

Heloísa de Puppi e Silva

Economista, doutoranda em Tecnologia e Desenvolvimento pela Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR) e Mestre em Organizações e Desenvolvimento pela FAE, professora da FAE.

Joanice de Moura Andrade Revisão Textual

Licenciada em Letras-Português e Respectivas Literaturas pela Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar), professora do Colégio Bom Jesus Centro.

Participação Especial

Murilo de Oliveira Schmitt

Economista, Advogado, Mestre em Economia pela McGill University, Montréal, Canadá, professor da FAE.

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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA: EFICIÊNCIA ARRECADATÓRIA, DISTORÇÕES ECONÔMICAS Murilo de Oliveira Schmitt

A estabilização de preços, alcançada em 1994 com o Plano Real, revelou a magnitude do déficit do setor público, que

vinha, até então, sendo mascarado pela transferência forçada de poupança para o governo via inflação. Neste novo

contexto, o ajustamento das contas do setor público tornou-se imperativo, mesmo com a ampla vinculação de

impostos a despesas específicas trazida pela Constituição de 1988.

A redução do gasto público real mediante o atraso administrativo nos pagamentos nominais – conduta de execução

financeira dos orçamentos eficiente quando a inflação é alta – tornou-se bem menos eficaz no ambiente de

estabilização de preços. Igualmente diminuíram as receitas do governo diretamente derivadas do processo

inflacionário, após a queda dos índices de aumento de preços a patamares mais civilizados.

Diante da rigidez constitucional dos gastos públicos e dada a histórica e reduzida apetência para acionar políticas de

austeridade, a alternativa que os governos identificaram foi a de extrair crescentes porções da riqueza produzida, ou

em processo de produção, através do aumento das contribuições sociais (principalmente Pis e Cofins), na órbita do

Governo da União, e da majoração de alíquotas do imposto estadual sobre circulação de mercadorias e serviços

(ICMS) sobre itens de elevada participação relativa na formação das receitas públicas (energia elétrica, comunicações,

bebidas, veículos automotores etc.). Cumulada com tais iniciativas, está progressivamente se generalizando a adoção

do regime de incidência monofásica no Pis e na Cofins e da substituição tributária no ICMS. O resultado é que, mesmo

para padrões de economias avançadas, a carga tributária saiu de 25,8%, em 1993, para 35,3% do PIB, em 2011.

O que se percebe, de há algum tempo, é que o peso da distorção causada pelo aumento do ônus tributário, e por este

agravado, deriva do fato de ele se constituir e ter como fonte de incidência as receitas de vendas das empresas. E os

efeitos adversos sobre a geração dos produtos são evidentes.

Usados os tributos sobre transações em escala crescente, estão eles a construir uma estrutura industrial deformada,

inocorrente em sistema tributário funcional na alocação de recursos produtivos.

Por um lado, há um universo de pequenas empresas que conseguem preservar um mínimo de viabilidade apenas

utilizando artifícios e contorcionismos para colocar em suas matrizes de custos a menor carga possível de tributos. De

outro, há grandes empresas com poder de oligopólio de produtos diferenciados, que fazem seus próprios preços e neles

compõem margens de lucro suficientes para cumprir quaisquer exigências tributárias, por mais gravosas que sejam.

Como antes conceitualmente se viu, este poder de mercado se amplifica, em detrimento dos que atuam em escala

menor, pela capacidade de adicionarem ao preço quaisquer elevações de custos oriundos de mudanças no gravame

tributário. Concentrando-se deste modo a produção, a concorrência vigente no mercado é minada, observando-se os

efeitos consagrados pela história e pela teoria econômica: elevação do preço do produto ao consumidor final,

diminuição da produtividade e perda de competitividade internacional das empresas.

Em 1776, ao prescrever os princípios de justiça da tributação, Adam Smith já apregoava que “todo tributo deve ser

aplicado ao tempo e à maneira que se mostre mais provável de ser conveniente ao contribuinte pagá-lo” (Riqueza das

Nações, Livro V, Cap. II, parte II).

Ultimamente, em movimento contrário a essa máxima, vem entrando em voga no País a cobrança do ICMS na fonte

por meio do instituto da substituição tributária, mesmo em cadeias produtivas e distributivas nas quais seu uso não se

justifica. Neste regime tributário, a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS recai sobre o contribuinte que não

deu causa direta à hipótese de incidência, mas que possui vínculo com aquele que praticou ou praticará o fato gerador

nas operações anteriores ou posteriores.

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A utilização da sistemática da substituição tributária (ST) apoia-se na notória dificuldade de cobrança encontrada pelo

Fisco quando o bem ou serviço tributado possui produção concentrada e distribuição pulverizada (são exemplos o

cimento, o cigarro e os automóveis). Nos últimos anos, porém, a autoridade arrecadadora, seduzida pela facilidade

operacional que o sistema lhe oferece, tem abusado da sua aplicação. Vai daí que hoje cobra-se ICMS na fonte para

produtos e serviços de produção e distribuição fragmentadas.

A ST corresponde a um adiantamento de paga tributária ao Estado, devida por uma operação que financeiramente

ainda não se realizou para a empresa – ou seja, sem terem sido percebidos os efeitos positivos da transação sobre o

faturamento da companhia. O descasamento provocado entre o recolhimento do tributo e a realização financeira dos

recebíveis impõem ao caixa das empresas um peso que, não raro, pode se verificar como além do suportável. Derivam

daí os contorcionismos organizacionais e operacionais já citados.

Tal regime tem o condão de extrair recursos das empresas sem que a riqueza tenha ainda completado o seu ciclo

econômico; implicando, por isso, recomposição de suas necessidades de capital de giro e interferindo na correta

alocação dos meios de produção, a par de seus deletérios efeitos inflacionários que ocorrerão em decorrência da

desorganização dos preços relativos.

Resta que apenas grupos empresariais maiores, com poder de barganha sobre fornecedores e clientes, têm condições

objetivas de melhor suportar o fardo do adiantamento de saída de caixa que a tributação do ICMS na fonte

representa. Estimula-se, por consequência, a concentração do mercado ao mesmo tempo em que são atribuídos

custos extras às finanças das empresas, corroendo suas capacidades de investimento e inovação, com reflexos, por

igual, sobre seu poder de competição.

Transformar-se em monopólio ou oligopólio de produção e atribuir a certos empreendimentos a decorrente soberania

dos mercados utilizando como ferramenta, como trampolim, um regime tributário distorcivo não pode e nem deve

ser tido como boa e recomendável política pública. O conjunto da economia perde, por esse caminho, a capacidade de

inovar em termos de produto, de processos e de transformar recursos em riqueza real, tão corriqueira em empresas

de menor porte.

De outro lado, escalas diferentes, custos diferentes acabam magicamente transformados em preços homogeneizados

diante da metodologia usada para fins de cálculo do ICMS-ST: “margem de valor agregado”, a MVA, de triste fama

entre os contribuintes obrigados a lidar com ela.

Trata-se de margem artificialmente atribuída ao custo do produto vendido pelo substituído tributário por meio de ato

do governo e supostamente baseada nos preços usuais do mercado. Atiram-se pela janela, assim, séculos de teoria

econômica que demonstram que o modo mais eficiente de se estabelecer quem produz, como produz e para quem

produz é o regime de competição por preços no mercado.

A julgar pelo indiscriminado e quase ubíquo uso da ST, construções clássicas da doutrina econômica, como

elasticidade-preço e elasticidade-renda não possuem aplicação. Ademais, a intensificação de seu uso liquida, por via

indireta, com o tratamento tributário diferençado que deve ser atribuído às microempresas e empresas de pequeno

porte (art. 179, da CF-1988).

Frise-se também que o regime de ST é utilizado na cobrança de tributo sobre consumo, pago pelo adquirente final do

bem ou serviço, mas recolhido pelos produtores-vendedores. Como ressabido, o uso de tributos indiretos (dentre os

quais o ICMS) sobre transações tem atração política.

Os cidadãos dificilmente conseguem perceber quanto de sua renda individual ou familiar é extraída por tributos que

são embutidos nos preços dos bens e serviços. Ademais, como todas as famílias pagam nominalmente o mesmo

imposto sobre os produtos e serviços consumidos, resta que as famílias mais pobres acabam entregando uma

proporção maior de sua renda ao Estado se comparadas com as ricas.

A insistência das autoridades em lançar mão, preferencialmente, de tributos onerosos ao consumo – a maioria

cinicamente chamada de “contribuições sociais” – acaba assim por agravar a desigualdade da distribuição de renda no

País e, ao mesmo tempo, logra fazer com que o processo de gastança pública deixe de ser percebido.

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Isso porque, os cidadãos são seduzidos pelo gasto sistematicamente mais elevado, sem se dar conta que este

acontece por uma tributação prejudicial ao crescimento de médio e longo prazos, pois distorce extremamente os

sinais que permitem que seja avaliada a correta alocação de recursos na economia. Segue-se assim a máxima

atribuída a Colbert, ministro das finanças de Luís XIV, segundo quem a arte de cobrar impostos “consiste em depenar

o ganso arrancando o máximo de penas com o mínimo de grasnidos”.

Tudo, enfim, se proscreve tão só para mitigar a fome insaciável e pantagruélica do setor público; ente que não gera

riqueza, apenas a transfere. O desfecho desse enredo já é conhecido. O que efetivamente se afigura no momento

atual, em que a conjuntura econômica aponta para o baixo crescimento da economia, é uma corrida para a

apropriação da renda que gera traços de conflito distributivo, fenômeno outrora bastante conhecido dos brasileiros.

O mais grave cenário que se delineia, por já estar se encerrando o ciclo de inclusão de mercadorias e serviços no

regime de substituição tributária (não há mais muitos itens a serem a ele submetidos), é que o financiamento do setor

público volte a acontecer pelo mais nefasto, insidioso e desagregador ingrediente das relações sociais e econômicas: o

imposto inflacionário.

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A MEDÍOCRE VARIAÇÃO DO PIB EM 2012 Gilmar Mendes Lourenço

O desempenho econômico medíocre, registrado pelo Brasil em 2012, expresso na variação de 0,9% do Produto

Interno Bruto (PIB), colocou o País perto da rabeira do sistema global, incluindo mercados desenvolvidos e

emergentes, ficando atrás inclusive de nações reconhecidamente em crise como os Estados Unidos (EUA), que evoluiu

2,2% no ano passado, a despeito dos incontáveis embaraços políticos enfrentados pela administração Obama. No

biênio 2011-2012, o crescimento brasileiro foi 1,8% ao ano, contra 4,0% a.a., na gestão Lula, e 2,5% a.a. nos anos de

Fernando Henrique Cardoso (FHC).

Na mesma linha, apurações da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) posicionaram o País com a

segunda pior saúde econômica da Região em 2012, estando à frente apenas da Argentina, que cresceu 0,5%, sendo

que as demais unidades observaram incremento superior a 3,8%. Isso provocou a perda da sexta posição no ranking

mundial de geração de renda para o Reino Unido. Os cinco primeiros na hierarquia de dimensão econômica no mundo

são EUA, China, Japão, Alemanha e França.

Parece fácil perceber que, ao contrário da argumentação predileta no Ministério da Fazenda, não se pode imputar a maior

pena pela ausência de expansão ao segundo tempo da crise internacional de 2008-2009, ora capitaneado pela propagação

do acirramento da recessão na Eurozona. Aliás, como alguns países em desenvolvimento mais articulados e suscetíveis aos

humores da demanda externa exibiram performances satisfatórias – Peru (6,3%), Índia (5,0%), México (3,9%) e Rússia (3,4%)

–, parece prudente denotar motivações estruturais endógenas para explicar o novo fiasco brasileiro.

As anomalias podem ser levantadas a partir do exame minucioso dos resultados das Contas Nacionais,

disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Salta aos olhos o recuo de -4,0%

experimentado pela formação bruta de capital fixo, revelando acentuada retração nas aplicações em máquinas,

equipamentos, construções e empreendimentos infraestruturais.

A taxa de investimento regrediu de 19,3% do PIB, em 2011, para 18,1% em 2012, voltando aos níveis registrados em

2009, ano de maior contágio da turbulência exógena, versus 40% da China, 32,0% do Peru, 30% da Índia, 28,0% do

Chile e Colômbia, 27,0% da Venezuela e 24,0% do Equador e México.

Cálculos correntes revelam necessidades de aportes de investimentos de cerca de 25,0% do PIB para amparar uma

velocidade de ampliação sustentada ao redor de 5,0% ao ano. A poupança também declinou de 17,2% para 14,8%,

no mesmo intervalo, em razão da deterioração das contas do setor público e das exageradas benesses ao consumo

de bens duráveis.

Como se vê, o empuxe do nível de atividade foi comandado velas variáveis priorizadas pelo paradigma de crescimento

adotado no Brasil desde 2004, assentado no consumo das famílias, nos gastos do governo, na bonança mundial e

valorização dos termos de troca das commodities minerais, metálicas e agrícolas, e dos ganhos microeconômicos

derivados da primeira geração de reformas estruturais, plantadas nas gestões de FHC, com ênfase para a liberalização

comercial e financeira, as concessões e privatizações, a desregulamentação e a Lei de Responsabilidade Fiscal e os

programas de inclusão social, integrantes das peças orçamentárias depois da promulgação da Carta Magna de 1988.

Frise-se que esse modelo foi radicalizado no Brasil a partir da quebra do banco norte americano Lehman Brothers, em

setembro de 2008, e não amainado, mesmo com a situação de ressaca doméstica retratada pelo aperto na utilização

dos meios de produção de 2010 em diante.

Os dispêndios dos consumidores acusaram acréscimo de 3,1% em 2012, sendo o nono ano seguido de expansão,

ancorados no salto de 6,7% do volume de rendimentos (emprego e salários reais, acima da produtividade) e na maior

oferta de crédito, vitaminada pelo alargamento da fatia das entidades públicas. A impulsão da disponibilidade de

haveres para empréstimos é comprovada pela subida real de quase 8,0% dos financiamentos com recursos livres

apropriados pelas pessoas físicas.

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Mesmo reforçada pelos incentivos fiscais, baseados na redução do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para

automóveis, eletrodomésticos de linha branca, móveis e materiais de construção, essa trajetória esbarra na provável

escassez e encarecimento do capital de terceiros e no alcance do teto do endividamento primário da população.

Já a evolução de 3,2% das despesas incorridas pela administração pública, no exercício de 2012, foi fortemente

determinada pela continuidade da política de apreciação do salário mínimo, o alargamento das iniciativas oficiais de

transferência de renda e o atendimento à proliferação de pleitos associada ao ciclo eleitoral, fundamental para a

construção de uma densa rede de apoio nas sucessões estaduais e presidencial em 2014. Ressalte-se que os objetivos

macroeconômicos fiscais só foram cumpridos por meio da utilização de uma contabilidade demasiadamente criativa.

Outra distorção flagrante reside no apreciável hiato entre demanda de consumo público e privado e capacidade de

oferta do aparelho produtivo. A indústria de transformação (IT), grande aliada do investimento, mostrou-se incapaz de

rechaçar a elevação de despesas sistêmicas reproduzidas na precariedade infraestrutural, enorme fardo tributário e

sobrevalorização do real.

O PIB da IT decresceu -2,5% em 2012, ensejando, ao mesmo tempo, elevação das compras externas e da inflação,

sendo esta atribuída, pelas autoridades de Brasília, exclusivamente à ascensão das cotações de commodities no

mercado internacional, ignorando a espiral puxada pelos serviços, motivada pela combinação entre o alargamento de

salários – induzido também pela insuficiência de mão de obra, acoplada à fase de transição demográfica – e a

ausência de concorrência dos importados neste segmento. Lembre-se de que o PIB dos serviços cresceu 2,7%.

No fundo, na ausência de uma agenda programática de crescimento, designadora da aliança hegemônica e dos

ganhadores e perdedores diretos de um novo ciclo, o ambiente virtuoso do mercado de commodities e a fartura de

recursos financeiros no exterior, maximizaram a hospedagem da corrente de ingresso de divisas em moeda forte ao

Brasil, no consumo privado, nos gastos do governo e em ativos imobiliários e rurais.

Só a título de exemplo, de acordo com pesquisa da Informa Economics/FNP, o preço médio do hectare de terra

destinado à agricultura, à pecuária e ao reflorestamento subiu 12,6% a.a. no Brasil, entre o primeiro bimestre de 2003

e o último de 2012, quase o dobro da inflação de 6,4% a.a., mensurada pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade

Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Por tudo isso, as estatísticas de 2012 exprimem o malogro das tentativas do governo em estimular saltos encorpados

do consumo, em detrimento da deflagração de providências dirigidas à correção das barreiras estruturais ao

crescimento e à melhoria da eficiência da oferta agregada que, por seu turno, exige a montagem de um cenário

propício à multiplicação da competitividade sistêmica do País.

Nesse sentido, urge a intensificação de inversões em capital social básico – particularmente qualificação de mão de

obra e infraestrutura – e atualização tecnológica, além da continuidade de uma engenharia financeira que assegure

redução estrutural dos juros e depreciação competitiva do câmbio, necessária à diminuição do custo de oportunidade

das aplicações produtivas e ao rearranjo dos portfólios.

É vital também o aprofundamento do processo de resgate da confiança no marco institucional da nação, bastante

combalida pela multiplicação de falhas gerenciais na execução de projetos públicos e por incursões intervencionistas.

Dentre estas últimas, chamam a atenção as desonerações fiscais pouco criteriosas, lançadas em 2011 e 2012 e

ampliadas em 2013 com a troca da cobertura do INSS com 20,0% da folha por imposto entre 1% e 2% sobre o

faturamento de empresas de 40 segmentos; a redução da carga de impostos federais incidentes sobre o consumo de

energia elétrica e de produtos da cesta básica, além da diminuição da alíquota da PIS/Cofins.

Nesse caso, a retomada das reformas, com ênfase para a revisão do arcabouço tributário, a diminuição estrutural e a

melhoria da eficiência dos dispêndios públicos e a formulação e aplicação de regras transparentes e estáveis no

cardápio de oportunidades e empreitadas de privatizações representaria um bom começo.

Por fim, considerando que o repique inflacionário atual está mais associado à crônica insuficiência de oferta e menos

às pressões de demanda, o atendimento dos pleitos dos arautos da especulação financeira, capitaneados pela

elevação dos juros reais, serviria para atrapalhar ainda mais a recuperação da economia, encurtando a disposição de

investimento do setor privado e alargando o dispêndio público com a rolagem da dívida mobiliária.

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A FUNÇÃO CONTRA CÍCLICA DOS BANCOS OFICIAIS Gilmar Mendes Lourenço

Reconhecidamente, as instituições financeiras integrantes do núcleo oficial realizaram enorme esforço de

compensação do declínio da oferta de crédito privado no País, desde a eclosão da crise internacional, no último

quadrimestre de 2008. O peso dos bancos federais na massa de crédito passou de 34,0%, em setembro de 2008, para

43,0%, em janeiro de 2012, e 48,0% em janeiro de 2013.

Além disso, as estratégicas agressivas de redução das taxas de juros, levadas a cabo por essas entidades, entre o final

de 2011 e no transcorrer do ano de 2012, especialmente a partir da cruzada nacional defendida pela Presidente da

República, despertaram salutar ampliação da competição entre os bancos. Não por acaso, os spreads bancários, ou a

diferença entre o juro final e os custos de captação dos recursos, desceram de 26,8% para 21,1%, entre 2011 e 2012,

segundo o Banco Central.

As financeiras estatais representaram 75,0% da expansão do crédito no mercado doméstico brasileiro em 2012.

Enquanto a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil expandiram o valor de empréstimos concedidos em

42,0% e 25,0%, respectivamente, em 2012 – com elevação nos lucros, preservação da inadimplência em patamares

historicamente reduzidos e respondendo por 47,6% das cifras transacionadas, versus 43,5% em 2011 –, as entidades

privadas nacionais e de controle estrangeiro aumentaram 7,0% e 1,0%, respectivamente, as suas carteiras de

operações de empréstimos. No caso das agências de capital externo, a performance representou menos de 19,0% do

montante contratado em 2011.

Porém, essa postura de alargamento da participação pública no mercado de crédito bancário esbarra nos limites

impostos pela necessidade de equilíbrio, segurança, agilidade e eficiência alocativa, diversificação de riscos, maior

concorrência e permanente introdução de inovações no mercado de financiamentos.

Emergem também os custos fiscais embutidos na tendência de aprofundamento da contribuição pública,

especialmente em razão de que parcela expressiva do alargamento da presença dos organismos financeiros

governamentais carrega apreciável componente de aportes subsidiados, por parte do Tesouro Nacional, incluindo as

incursões de capitalização, que exigem a emissão de passivo, contraído a juros maiores do que aqueles cobrados nos

negócios das entidades financeiras do governo.

O caso mais gritante é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No exercício de 2012, a

agência oficial de fomento acusou recuo real dos lucros e desembolsos, em comparação com 2009 e 2010. Mais

precisamente, o resultado líquido de R$ 8,2 bilhões situou-se 9,5% abaixo do contabilizado em 2011. Os números

seriam ainda mais desfavoráveis (R$ 6,8 bilhões e -35,9%), não fosse a dispensa, pelo Conselho Monetário Nacional

(CMN), em decisão tomada em 27 de dezembro de 2012, de inclusão de R$ 2,4 bilhões referente à depreciação das

ações recebidas da União, disponibilizadas em caixa como ativos de longo prazo.

As maiores perdas derivaram do BNDESPar. Os lucros da subsidiária encarregada das participações em companhias

diminuíram 93,1%, despencando de R$ 4,3 bilhões, em 2011, para R$ 298 milhões, em 2012, e o valor do portfólio de

ações caiu de R$ 89,7 bilhões para R$ 78,2 bilhões, afetado pelo enfraquecimento financeiro da Vale, Eletrobras e

Petrobras, fruto da aventureira e desastrada intervenção do Palácio do Planalto na gestão destas organizações.

Essa performance frustrante pode ser explicada pelo flagrante e arbitrário deslocamento do eixo de atuação do

BNDES. De fato, foi negligenciado o papel chave de financiador dos projetos voltados à desobstrução dos gargalos e

incremento da infraestrutura econômica e social e à ampliação e modernização do perfil produtivo do País, com

repasses de recursos capturados de maneira pulverizada.

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Em paralelo, o banco preferiu privilegiar o aporte de vultosas cifras provenientes do Tesouro – cujo peso no passivo da

agência saltou de 15,0% em 2007 para 55,0% em 2012 –, a grupos empresariais de maior envergadura, com controle

acionário brasileiro, batizados de campeões nacionais, na aquisição de outras firmas concorrentes. Estes abocanharam

mais de 2/3 dos haveres alocados para crédito pela instituição em 2012.

Igualmente expressivas foram as perdas associadas às escolhas equivocadas, feitas como acionista, na constituição de

empreendimentos de grande porte, especialmente na área do agronegócio, como JBS (R$ 8,1 bilhões), Marfrig (R$ 3,6

bilhões) e a iniciativa de participação no capital da Lácteos Brasil –LBR– (30,3% ou R$ 865 milhões), fusão da laticínios Bom

Gosto e a Leitbom, que presentemente está enfrentando um processo de recuperação judicial. Só os frigoríficos receberam

65,0% dos montantes aplicados nos campeões e a lista de fracassos poderia ser maior se a fusão do grupo Pão de Açúcar

com o braço brasileiro do Carrefour tivesse se concretizado, com a benção financeira de R$ 4,0 bilhões do banco.

A avalanche de somas carimbadas federais promoveu uma espécie de ressurreição da “conta movimento”, suprida

pelo Banco Central, extinta nos anos 1980, e, nos dias de hoje, irrigada por meio de emissão de dívida. As

transferências do Tesouro às entidades financeiras governamentais passaram de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB),

em 2007, para 9,2% do PIB em 2012.

É curioso notar que essa conduta não logrou êxito em estancar a marcha ladeira abaixo do investimento, e por

extensão, da eficiência e da competitividade sistêmica do Brasil, não compensada por ganhos de produtividade dos

meios de produção e da mão de obra. Depois de chegar a 19,5% e 19,3% do PIB em 2010 e 2011, respectivamente, a

formação bruta de capital fixo, retrocedeu a 18,1% do PIB em 2012, praticamente o mesmo nível de 2009, quando

houve o contágio doméstico do default exógeno.

Não por acaso, em fins de março de 2013, a agência de classificação Moody’s rebaixou em dois degraus as notas da

CEF, do BNDES e da subsidiária BNDESPar. A classificação de emissor de bônus de longo prazo do BNDES e do

BNDESPar caiu de A3 para Baa2, com viés positivo, e o perfil de risco de crédito individual declinou de baa2 para ba1.

Já os conceitos de depósitos de longo prazo, em moeda local, da CEF recuaram de A3 para Baa2. As classificações de

passivo sênior, em moeda estrangeira do BNDES, BNDESPar e Caixa diminuíram de Baa1 para Baa2, com perspectiva

positiva, nota idêntica à da dívida soberana brasileira.

Por certo, a retração dos bancos privados está, em grande proporção, atrelada ao estágio cadente do crédito e

ascendente de aversão ao risco, ditado pela persistência do panorama de turbulência no ambiente global, liderado

pela Europa, e pelas sucessivas mensagens de incongruências manifestadas pela orientação macroeconômica

brasileira – como a frenética indução à comercialização de bens de consumo duráveis, sobretudo veículos –, que

culminaram no encolhimento do patamar de crescimento econômico da nação, atestado pela variação de 1,8% ao ano

do PIB no biênio 2011-2012, contra 4,0% a.a. no intervalo 2003-2010.

Contudo, há a inquestionável influência do desejo oficial de fortalecimento dos esquemas especiais de financiamentos

públicos, providos pelo Tesouro, extrapolando as funções clássicas centradas no complemento da atuação das

instituições comerciais, ou mesmo do garimpo via mercado de capitais. Pior que isso, além de provocar falhas

alocativas e impulsão do endividamento do governo, a intensificação das condutas intervencionistas, inclusive nas

etapas virtuosas do ciclo de transações, condiciona o exercício de tomada de decisões de investimentos, do segmento

corporativo do País, à gestão de crédito pouco criteriosa conduzida pelas autoridades econômicas.

Logo, a gradativa redução da participação das operações de tesouraria das instâncias privadas de crédito e o seu

maior envolvimento na cobertura dos esquemas de financiamento de longa maturação no Brasil, requer mais que

estabilidade macroeconômica, trajetória cadente da inflação e alinhamento dos preços relativos, especialmente juros,

câmbio e ativos financeiros. Urge a revisão das potencialmente arriscadas ações de repasse de montantes do Tesouro

aos bancos oficiais.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 1

INDICADORES

EXPECTATIVA MÉDIA ANUAL DO MERCADO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: PIB, JUROS, CÂMBIO E INFLAÇÃO - 2013-2017

ANO TAXA DE CRESCIMENTO

DO PIB

TAXA DE JUROS

SELIC

TAXA DE CÂMBIO

R$/US$

TAXA DE INFLAÇÃO

IPCA

2013 3,10 7,75 2,00 5,75

2014 3,55 8,44 2,03 5,65

2015 3,71 8,81 2,07 5,32

2016 3,72 8,74 2,11 5,19

2017 3,86 8,30 2,16 5,14

FONTE: Banco Central do Brasil, GERIN. Com base nas expectativas de 28/03/2013.

INDICADORES CONJUNTURAIS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA, SEGUNDO REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO – JAN/2013

GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO SELECIONADAS

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

FOLHA DE NÚMERO DE

PAGAMENTO REAL HORAS PAGAS

Mensal Acumulado

Últimos

Mensal Acumulado

Últimos

Mensal Acumulado

Últimos

12 meses 12 meses 12 meses

Brasil 98,90 98,90 98,58 100,85 100,85 104,08 98,60 98,60 98,12

Região Norte e Centro-Oeste 99,99 99,99 99,66 104,16 104,16 106,94 96,84 96,84 98,77

Região Nordeste 95,25 95,25 96,91 101,66 101,66 104,69 96,00 96,00 96,75

Ceará 99,01 99,01 97,65 103,37 103,37 107,16 99,35 99,35 98,09

Pernambuco 91,04 91,04 96,20 102,05 102,05 103,80 92,39 92,39 95,60

Bahia 95,80 95,80 97,10 100,22 100,22 103,86 96,64 96,64 95,96

Região Sudeste 99,24 99,24 98,34 100,05 100,05 103,05 99,46 99,46 98,10

Minas Gerais 100,22 100,22 100,61 98,45 98,45 105,65 100,38 100,38 100,68

Espírito Santo 97,02 97,02 98,47 102,84 102,84 104,05 96,83 96,83 97,10

Rio de Janeiro 99,43 99,43 99,18 107,34 107,34 105,59 100,08 100,08 98,81

São Paulo 99,01 99,01 97,53 99,11 99,11 101,97 99,21 99,21 97,26

Região Sul 99,73 99,73 99,55 101,91 101,91 105,97 98,87 98,87 98,64

Paraná 102,08 102,08 102,04 99,71 99,71 108,34 101,72 101,72 100,99

Santa Catarina 100,59 100,59 99,11 101,14 101,14 105,31 99,41 99,41 98,56

Rio Grande do Sul 96,88 96,88 97,75 104,63 104,63 104,34 95,83 95,83 96,63

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (www.ibge.gov.br)

NOTAS: Número índice base = 100

Índice Mensal: compara os dados do mês de referência do índice com os de igual mês do ano anterior;

Índice Acumulado 12 Meses: compara os dados acumulados nos últimos 12 meses de referência do índice, com os dos 12 meses imediatamente anteriores.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 2

EVOLUÇÃO DIÁRIA DO ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA) – MAR/2012– FEV/2013

DIA JAN/13 FEV/13 MAR/12 ABR/12 MAI/12 JUN/12 JUL/12 AGO/12 SET/12 OUT/12 NOV/12 DEZ/12

1

60.351,16 66.809,80 53.402,90 56.291,93

59.570,80 58.382,68

2

62.550,10

67.781,60

65.216,25

62.423,56

54.692,79

55.520,40

59.222,08

3

63.312,46

64.284,26

62.104,15

55.780,32

57.255,22

57.281,45

58.627,33

58.202,35

4

62.523,06 5

9.575,66

63.528,65

60.820,93 53.416,75

56.076,82

56.233,90

58.458,00

57.563,23

5

59.444,97

66.964,03

63.691,18

52.481,44

56.379,06

56.863,91

58.571,59

58.209,76

57.678,62

6

58.951,07

65.114,15

54.156,04

55.394,05

58.344,61

58.321,24

59.458,59

57.656,42

7

61.932,54 5

8.372,46

66.016,76

61.220,43

57.725,66

58.517,35

58.487,32

8

61.127,84 5

8.497,83

66.908,39

60.365,48 54.429,85

58.950,98

59.317,15

57.524,45

9

61.578,58

66.703,96

62.923,21

59.786,12

58.797,13

58.939,46

57.357,71

10

61.678,31

61.738,28

59.702,05

53.705,82

59.280,93

58.404,10

58.456,28

59.248,23

11

61.497,43

61.293,14

59.445,21 54.001,45

53.569,14

59.422,55

59.161,72

59.623,34

12

66.384,76

63.058,00

55.049,03

53.420,87

59.921,80

57.064,31

59.474,18

13

58.405,74

68.394,33

62.105,60

55.650,51

54.330,51

59.122,74

61.958,12

57.486,07

59.316,75

14

62.080,79 5

8.077,31

68.257,22

57.539,61 55.351,67

58.082,92

62.105,47

56.279,36

59.604,92

15

61.727,61 5

7.903,30

67.749,49

56.237,97 56.104,69

58.189,28

59.601,71

16

61.787,35

67.684,13

61.954,55

55.887,57

53.401,80

59.445,79

59.743,87

55.402,33

17

62.194,06

62.698,87

54.038,20

53.909,47

59.082,37

61.805,98

60.087,29

59.566,52

18

61.956,14 5

7.613,90

63.010,48

54.513,16 56.195,21

54.583,13

61.804,33

59.733,90

60.460,73

19

57.314,40

67.730,31

62.618,41

57.195,49

55.346,65

61.651,83

58.922,04

56.450,86

60.998,34

20

56.177,60

67.295,56

62.494,08

57.166,55

54.194,79

59.283,09

61.687,97

61.276,12

21

61.899,71 5

6.154,68

66.860,05

56.590,24 55.505,17

58.917,73

61.320,07

56.242,12

61.007,03

22

61.692,29 5

6.697,06

65.828,19

55.038,75 55.439,50

59.380,76

58.700,30

56.436,97

23

61.966,26

65.812,95

61.539,38

54.619,48

53.033,96

58.511,55

57.690,24

57.574,03

24

61.169,83

61.971,14

54.063,00

52.638,63

58.425,76

61.909,99

57.160,74

25

56.617,56

61.750,38

54.463,16

53.805,38

52.607,54

60.501,10

57.836,78

26

56.948,87

66.684,59

62.198,06

53.836,57

54.002,72

60.478,05

57.276,81

56.737,10

60.959,79

27

57.273,88

66.037,35

61.691,21

53.108,93

56.553,12

58.111,46

60.239,79

56.248,09

60.415,95

28

60.027,07 5

7.424,29

65.079,34

55.212,69 52.652,25

58.406,40

59.175,86

56.539,40

60.952,08

29

60.406,33

64.871,99

54.633,06 54.354,63

57.369,19

57.176,58

57.852,53

30

59.336,70

64.510,97

61.820,26

53.797,91

57.240,92

57.256,43

57.683,76

57.474,57

31

59.761,49

54.490,41

56.097,05

57.061,45

57.068,18

Mínimo

59.336,70 5

6.154,68

64.510,97

61.293,14

53.797,91 52.481,44

52.607,54

55.520,40

56.233,90

57.068,18

55.402,33

57.563,23

Máximo

63.312,46 6

0.351,16

68.394,33

65.216,25

62.423,56 57.195,49

57.240,92

59.445,79

62.105,47

60.087,29

59.458,59

61.276,12

FONTE: Bovespa

NOTA: Índice Ibovespa é o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 2/1/1968 (valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes (IBOVESPA).

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 3

INDICADORES CONJUNTURAIS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA, SEGUNDO TIPO DE INDÚSTRIA – PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO – JAN/2013

INDÚSTRIA MENSAL ACUMULADO ÚLTIMOS

12 MESES

Indústria Geral 98,90 98,90 98,58

Indústrias Extrativas 102,47 102,47 103,59

Indústria de Transformação 98,80 98,80 98,45

Alimentos e Bebidas 101,61 101,61 103,55

Fumo 96,86 96,86 93,14

Têxtil 94,90 94,90 94,05

Vestuário 92,80 92,80 90,95

Calçados e Couro 96,57 96,57 94,25

Madeira 94,41 94,41 92,44

Papel e Gráfica 98,58 98,58 96,68

Coque, Refino de Petróleo, Comb. Nucleares e Álcool 95,82 95,82 97,90

Produtos Químicos 100,13 100,13 100,89

Borracha e Plástico 102,68 102,68 98,99

Minerais Não-Metálicos 100,06 100,06 100,07

Metalurgia Básica 100,06 100,06 96,67

Produtos de Metal - exclusive máquinas e equipamentos 99,33 99,33 97,18

Máquinas e Equips - excl. elétr., eletrôn., de precisão e de comun. 99,26 99,26 100,81

Máquinas e Aparelhos Elétr., Eletrôn. de Precisão e de Comunicações 99,89 99,89 99,11

Fabricação de Meios de Transporte 97,97 97,97 98,15

Fabricação de Outros Produtos da Indústria de Transformação 95,81 95,81 96,67

FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (www.ibge.gov.br) NOTAS: Número índice base = 100 Índice Mensal: compara os dados do mês de referência do índice com os de igual mês do ano anterior; Índice Acumulado: compara os dados acumulados no ano, de janeiro até o mês de referência do índice, com os de igual período do ano anterior; Índice Acumulado 12 Meses: compara os dados acumulados nos últimos 12 meses de referência do índice, com os dos 12 meses imediatamente

anteriores.

BRASIL - DESEMBOLSOS DO SISTEMA BNDES, SEGUNDO OS GÊNEROS INDUSTRIAIS - 2008-2012 (Em US$ milhões)

GÊNERO INDUSTRIAL 2008 2009 2010 2011 2012 VAR. (%)

2012/2011

Indústria de Transformação 19.017 31.615 44.419 23.842 23.056 -3,3

Produtos Alimentícios 5.151 4.314 6.967 3.135 2.381 -24,0

Bebidas 283 396 677 912 711 -22,0

Produtos do Fumo 0 0 3 7 3 -59,0

Produtos Têxtil 541 204 890 931 623 -33,1

Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 221 143 335 596 746 25,1

Couros, Calçados e Artefatos 380 137 412 374 417 11,5

Produtos de Madeira 271 186 302 312 387 24,0

Celulose, Papel e Produtos de Papel 477 1.675 925 853 2.157 152,8

Impressão, Reprodução de Gravações 28 35 63 76 91 19,6

Refino Petróleo, Coque e Biocombustíves 1.638 12.157 16.736 2.657 3.114 17,2

Produtos Químicos 1.164 1.170 2.187 1.438 1.009 -29,8

Produtos Farmaquímicos e Farmacêuticos 165 114 759 133 125 -6,2

Produtos de Borracha e Material Plástico 489 545 1.065 906 1.124 24,0

Produtos Minerais Não-Metálicos 321 660 945 1.156 1.110 -4,0

Metalúrgica 1.701 2.318 2.183 1.491 1.270 -14,8

Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos 271 436 635 727 672 -7,5

Equipamentos de Informática, Produtos de Eletrônica e Ópticos 419 220 537 177 478 170,7

Máq. Aparelhos e Mat. Elétricos 488 637 659 835 614 -26,5

Máquinas e Equipamentos 912 1.417 1.846 1.647 1.714 4,1

Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias 2.491 3.166 3.284 2.799 2.317 -17,2

Outros Equipamentos de Transporte, exceto Veículos Automotores 1.391 1.502 2.527 2.072 1.196 -42,3

Móveis 163 109 260 391 518 32,5

Produtos Diversos 36 57 182 173 197 13,6

Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos 15 14 37 44 82 86,6

FONTE: BNDES

Page 13: v.6, n.º 02, abril de 2013

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 4

NÍVEL MÉDIO DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA POR GÊNEROS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

DISCRIMINAÇÃO

Nível Médio de Utilização da Cap. Instalada (%) *

Média 2010

Média 2011

Média 2012

2012 2013

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev

Indústria de Transformação

84,8 84,1 83,9 82,1 82,9 83,0 83,5 83,7 83,6 83,6 84,4 84,9 85,4 85,2 84,8 82,8 ...

Minerais Não-Metálicos

89,2 88,4 87,7 86,4 87,6 86,9 87,9 88,5 87,2 87,6 86,6 87,7 88,3 88,4 88,9 88,7 ...

Metalúrgica 87,9 85,7 85,1 82,4 84,1 83,9 84,4 85,3 84,7 84,3 86,7 86,5 87,1 86,0 85,9 84,5 ...

Mecânica 83,4 85,0 82,8 82,4 83,2 85,9 83,6 83,6 83,2 83,1 81,6 81,4 82,7 82,1 81,0 81,5 ...

Mat. Elétr. e de Comunicação

81,5 83,3 83,9 82,5 83,0 82,6 83,6 84,4 83,9 83,9 85,7 84,9 84,9 83,5 83,4 82,7 ...

Material de Transporte

89,0 87,8 86,4 83,5 84,6 85,5 86,0 85,7 85,0 84,2 89,0 89,2 88,4 88,3 87,8 86,1 ...

Madeira ... 75,5 77,4 74,6 76,9 80,1 76,5 77,3 77,7 74,7 72,9 78,2 78,9 79,9 81,1 76,6 ...

Mobiliário 76,6 91,3 92,1 90,8 91,0 91,1 92,6 93,6 91,1 91,4 91,8 91,7 92,8 93,2 93,6 92,3 ...

Celulose e Papel 92,4 84,6 84,4 83,5 83,8 83,4 83,7 84,4 85,1 85,3 84,6 84,9 84,8 84,9 83,9 83,6 ...

Borracha ... 68,0 75,1 65,1 72,0 72,8 73,4 75,0 78,1 79,4 78,1 76,9 77,1 76,9 76,0 70,6 ...

Couros e Peles ... 84,8 84,7 83,8 83,5 83,2 85,3 83,9 83,3 82,0 84,7 85,8 85,7 88,0 87,2 84,5 ...

Química 84,4 84,4 82,7 81,4 84,6 83,6 83,3 84,4 80,9 81,8 82,4 82,2 82,5 83,4 81,7 79,2 ...

Farmacêutica e Veter.

74,3 84,1 87,3 85,1 87,0 86,5 87,3 85,6 85,5 88,2 87,2 88,9 89,0 89,3 88,0 86,8 ...

Perfumaria, Sabões e Velas

... 82,1 82,2 80,1 79,7 78,8 79,9 81,1 81,4 82,8 83,8 84,4 85,7 84,9 84,2 77,3 ...

Prod. Matérias Plásticas

88,1 80,9 80,3 79,9 79,5 80,2 81,0 79,4 79,2 78,5 77,8 80,6 82,1 81,9 83,7 81,4 ...

Têxtil 87,4 88,4 87,7 86,4 87,6 86,9 87,9 88,5 87,2 87,6 86,6 87,7 88,3 88,4 88,9 88,7 ...

Vestuário, Calç. e Art.Tec.

87,1 85,7 85,1 82,4 84,1 83,9 84,4 85,3 84,7 84,3 86,7 86,5 87,1 86,0 85,9 84,5 ...

Produtos Alimentares

82,7 85,0 82,8 82,4 83,2 85,9 83,6 83,6 83,2 83,1 81,6 81,4 82,7 82,1 81,0 81,5 ...

Bebidas/Álcool Carburante

... 83,3 83,9 82,5 83,0 82,6 83,6 84,4 83,9 83,9 85,7 84,9 84,9 83,5 83,4 82,7 ...

Fumo Manufaturado

... 87,8 86,4 83,5 84,6 85,5 86,0 85,7 85,0 84,2 89,0 89,2 88,4 88,3 87,8 86,1 ...

Indústrias Diversas

80,9 75,5 77,4 74,6 76,9 80,1 76,5 77,3 77,7 74,7 72,9 78,2 78,9 79,9 81,1 76,6 ...

FONTE: FGV/SECEX (disponível em: www.mdic.gov.br)

NOTA: Porcentagem da capacidade máxima operacional utilizada no mês. O complemento de 100 representa o nível médio de ociosidade. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 5

BALANÇA COMERCIAL POR GÊNEROS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

DISCRIMINAÇÃO

Balança Comercial - (US$ Milhões Fob)

2011 2012 Variação (%) 2012/2011

Exp. Imp. Saldo Exp. Imp. Saldo Exp. Imp. Saldo

Total de Produtos Industrializados 128.317 194.163 -65.846 123.750 193.867 -70.117 -3,6 -0,2 6,5

Produtos Alimentícios 24.199 3.448 20.751 21.847 3.559 18.288 -9,7 3,2 -11,9

Metalurgia 19.220 10.280 8.940 17.351 9.555 7.796 -9,7 -7,1 -12,8

Celulose e Papel 7.189 2.129 5.061 6.657 1.945 4.712 -7,4 -8,6 -6,9

Madeira 1.891 179 1.712 1.877 175 1.702 -0,7 -2,4 -0,6

Couros e Peles 2.158 604 1.555 2.175 587 1.588 0,8 -2,7 2,1

Calçados e Componentes 1.499 493 1.006 1.286 614 672 -14,2 24,6 -33,2

Outros Equip. de Transporte, Exc. Autoveículos 6.322 6.831 -509 7.503 6.904 599 18,7 1,1 -

Mobiliário 912 885 26 1.064 1.079 -15 16,7 21,9 -157,0

Perfumaria, Sabões e Velas 1.166 1.382 -215 1.129 1.495 -366 -3,2 8,2 69,9

Minerais Não-Metálicos 1.816 2.037 -221 1.832 2.163 -331 0,9 6,2 49,9

Bebidas 115 578 -463 132 600 -468 14,8 3,8 1,1

Outros Prod. de Metais Ferrosos e não- ferrosos 2.961 4.461 -1.500 3.219 4.591 -1.372 8,7 2,9 -8,5

Borracha 2.549 4.001 -1.453 2.412 3.877 -1.465 -5,4 -3,1 0,8

Confecções e Acessórios 298 2.104 -1.806 243 2.579 -2.336 -18,5 22,6 29,4

Equip. e Instrumentos Médicos-hospitalar e Ópticos 385 2.688 -2.303 371 2.895 -2.524 -3,7 7,7 9,6

Têxtil 1.106 4.200 -3.094 1.015 4.172 -3.157 -8,2 -0,7 2,0

Prod. Matérias Plásticas 4.009 8.105 -4.095 3.148 7.968 -4.820 -21,5 -1,7 17,7

Equip. de Informática e Maq. p/ Escritório 281 4.689 -4.408 350 5.122 -4.772 24,6 9,2 8,3

Farmacêutica e Veterinária 1.453 6.499 -5.046 1.495 6.841 -5.346 2,9 5,3 5,9

Outros Produtos da Indústria 1.341 1.084 257 571 1.348 -777 -57,4 24,4 -402,2

FONTE: FGV/SECEX (disponível em: www.mdic.gov.br)

NOTA: Porcentagem da capacidade máxima operacional utilizada no mês. O complemento de 100 representa o nível médio de ociosidade. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 6

PREÇO MÉDIO MENSAL E NOMINAL NO ATACADO EM REAIS (R$) DE PRODUTOS AGRÍCOLAS SELECIONADOS – DEZ/2000–JAN/2013

PERÍODO SÃO PAULO PARANÁ

Arroz

(30 kg)

Feijão Preto

(30 kg)

Soja (em farelo),

( t)

Trigo (em grão)

(60 kg)

Milho

(60 kg)

Dez/2000 20,69 19,08 434,03 15,03 10,30

Dez/2001 28,00 49,95 496,42 17,80 11,78

Dez/2002 38,00 48,47 745,55 34,94 24,37

Dez/2003 52,36 43,16 756,77 28,58 17,73

Dez/2004 33,78 48,65 522,76 21,26 15,00

Dez/2005 30,00 60,01 513,04 21,96 14,26

Dez/2006 34,01 33,47 506,57 29,23 19,44

Dez/2007 43,67 72,29 682,33 34,35 28,69

Dez/2008 52,54 85,72 736,91 28,50 17,93

Dez/2009 48,34 44,14 740,11 27,50 17,66

Dez/2010 54,40 56,57 734,82 27,40 22,69

Jan/2011 53,20 54,49 754,04 27,02 23,81

Fev/2011 50,60 752,45 752,45 28,41 25,20

Mar/2011 48,00 58,60 676,02 29,03 25,72

Abr/2011 48,40 51,26 608,77 30,38 26,38

Mai/2011 49,13 50,34 595,12 29,80 26,36

Jun/2011 48,46 51,21 599,32 29,24 26,88

Jul/2011 49,80 49,73 607,00 29,85 27,19

Ago/2011 47,88 49,10 611,82 29,42 25,19

Set/2011 46,25 50,30 647,85 28,86 26,00

Out/2011 45,75 50,45 643,81 28,75 24,86

Nov/2011 43,64 50,35 629,40 27,45 24,80

Dez/2011 44,28 52,75 584,62 26,43 23,20

Jan/2012 44,98 63,35 617,22 26,99 26,02

Fev/2012 47,76 67,48 647,45 26,58 26,09

Mar/2012 48,50 64,86 694,79 27,75 25,69

Abr/2012 49,00 64,58 745,63 28,42 24,21

Mai/2012 49,84 65,89 835,97 28,94 23,67

Jun/2012 51,13 75,56 953,54 29,98 23,87

Jul/2012 50,63 74,61 1.192,59 31,03 26,58

Ago/2012 52,00 73,82 1.400,13 33,92 30,19

Set/2012 53,25 78,90 1.392,13 37,45 28,87

Out/2012 56,26 76,77 1.268,26 36,88 28,00

Nov/2012 66,20 79,74 1.233,35 38,65 30,12

Dez/2012 65,00 80,81 1.239,97 41,50 31,00

Jan/2013 62,20 84,37 1.121,56 44,06 29,86

Fev/2013 61,19 85,21 923,84 ... 29,24

FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); CONAB; SEAB-PR

NOTA: Cotação para o arroz longo fino agulinha.

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 7

PREÇO MÉDIO DO ALUMÍNIO, SOJA E PETRÓLEO, BRASIL – 2000 A NOV/2012 (Em US$)

PERÍODO ALUMÍNIO

(US$ centavos por tonelada)

SOJA EM GRÃO

(por tonelada)

PÉTROLEO BRUTO

(por brent, barril)

2000 1.551,5 183,0 28,6

2001 1.446,7 168,8 24,5

2002 1.351,1 188,8 25,0

2003 1.432,8 233,3 28,9

2004 1.718,5 276,8 38,3

2005 1.900,5 223,2 54,6

2006 2.573,1 217,4 65,2

2007 2.382,8 423,0 90,9

2008 1.504,4 318,81 35,8

2009 1.669,18 378,50 61,78

Jan/2010 2.230,20 359,00 77,12

Fev/2010 2.053,30 345,00 74,72

Mar/2010 2.210,50 349,00 79,30

Abr/2010 2.314,30 358,00 84,14

Maio/2010 2.044,70 349,00 75,54

Jun/2010 1.929,40 349,00 74,73

Jul/2010 1.989,00 371,00 74,52

Ago/2010 2.110,40 379,00 75,88

Set/2010 2.171,20 390,00 76,11

Out/2010 2.342,20 427,00 81,72

Nov/2010 2.324,00 460,00 84,53

Dez/2010 2.356,70 484,00 90,07

Jan/2011 2.439,70 511,00 92,66

Fev/2011 2.515,30 512,00 97,73

Mar/2011 2.555,50 499,00 108,65

Abr/2011 2.667,40 501,00 116,31

Mai/2011 2.587,20 499,00 108,18

Jun/2011 2.557,80 500,00 105,85

Jul/2011 2.525,40 502,00 107,88

Ago/2011 2.381,00 501,00 100,46

Set/2011 2.293,50 491,00 100,83

Out/2011 2.180,60 446,00 99,92

Nov/2011 2.080,00 429,00 105,36

Dez/2011 2.024,40 420,00 103,43

Jan/2012 2.151,50 442,00 106,97

Fev/2012 2.208,00 462,00 112,73

Mar/2012 2.184,20 496,00 117,80

Abr/2012 2.048,50 529,00 113,75

Mai/2012 2.002,50 521,00 104,16

Jun/2012 1.885,50 522,00 90,73

Jul/2012 1.876,30 609,00 96,75

Ago/2012 1.843,30 623,00 105,28

Set/2012 2.064,10 615,00 106,32

Out/2012 1.974,30 566,00 103,39

Nov/2012 1.948,80 533,00 101,17

Dez/2012 ... ... ...

FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); Fundo Monetário Internacional (FMI)

Page 17: v.6, n.º 02, abril de 2013

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 8

INDICADORES DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL E INTERNACIONAL

DATA

BRASIL EUA

Fundo de Investimento

Financeiro – FIF

(PL mensal, R$ milhões)(1)

Valor das empresas

listadas no Ibovespa

(R$ bilhões)(3)

Índice Ibovespa

fechamento

mensal

(pontos) (2)

Emissão Primária

de Debêntures

(R$ milhões)

Dow Jones – NYSE

fechamento

(pontos) (3)

Nasdaq

fechamento

(pontos) (4)

1995 63.268 - 42.990 6.884 5.117 1.052

1996 109.100 147 70.399 8.398 6.448 1.291

1997 112.111 205 10.196 7.518 7.908 1.570

1998 134.808 119 6.784 9.658 9.181 2.193

1999 198.663 277 17.091 6.677 11.497 4.069

2000 271.538 300 15.259 8.748 10.787 2.471

2001 320.604 294 13.509 15.162 10.022 1.950

2002 321.605 294 11.268 13.391 8.342 1.336

2003 466.793 494 22.236 5.283 10.410 2.007

2004 541.965 642 26.196 9.614 10.783 2.175

2005 653.714 841 33.455 41.538 10.718 2.205

2006 794.875 1.181 44.473 69.463 12.463 2.415

2007 912.869 1.765 63.886 46.535 13.265 2.652

2008 917.297 1.088 37.550 37.458 8.776 1.577

Jan/2009 927.196 1.121 39.300 610 8.001 1.476

Fev/2009 939.198 1.116 38.183 0 7.063 1.378

Mar/2009 949.924 1.178 40.926 0 7.609 1.529

Abr/2009 963.744 1.308 47.290 3.600 8.168 1.717

Maio/2009 975.756 1.440 53.197 0 8.500 1.774

Jun/2009 980.245 1.381 51.465 312 8.447 1.835

Jul/2009 1.006.823 1.429 54.765 2.728 9.172 1.979

Ago/2009 1.026.501 1.461 56.488 0 9.496 2.009

Set/2009 1.049.954 1.581 61.517 100 9.712 2.122

Out/2009 1.062.805 1.584 63.720 1.010 9.713 2.049

Nov/2009 1.072.345 1.708 67.044 0 10.310 2.138

Dez/2009 1.086.267 1.740 68.588 2.720 10.428 2.269

Jan/2010 1.100.463 1.733 65.402 915 10.067 2.147

Fev/2010 1.114.809 1.738 66.503 0 10.325 2.238

Mar/2010 1.134.363 1.815 70.317 3.216 10.857 2.398

Abr/2010 1.147.753 1.748 67.529 6.138 11.009 2.461

Maio/2010 1.156.564 1.665 63.046 0 10.068 2.247 Jun/2010 1.171.362 1.600 60.936 0 9.774 2.109 Jul/2010 1.183.868 1.776 67.515 3.041 10.466 2.255 Ago/2010 1.197.778 1.715 65.145 0 10.015 2.114 Set/2010 1.237.295 2.037 69.429 0 10.788 2.369 Out/2010 1.265.504 2.071 70.673 300 11.119 2.507 Nov/2010 1.278.228 2.000 67.705 0 11.043 2.505 Dez/2010 1.286.654 2.071 69.304 2.025 11.578 2.653 Jan/2011 1.306.523 2.005 66.574 0 11.892 2.700 Fev/2011 1.329.588 2.075 67.383 200 12.226 2.782 Mar/2011 1.360.175 2.086 68.586 950 12.320 2.781 Abr/2011 1.375.621 2.010 66.132 810 12.811 2.874 Mai/2011 1.386.367 1.949 64.620 0 12.570 2.835 Jun/2011 1.396.879 1.927 62.403 0 12.414 2.774 Jul/2011 1.410.899 1.819 58.823 500 12.143 2.756 Ago/2011 1.439.972 1.753 56.495 0 11.614 2.579 Set/2011 1.461.453 1.688 52.324 0 10.913 2.415 Out/2011 1.474.985 1.821 58.338 500 11.955 2.684 Nov/2011 1.502.119 1.807 56.874 0 12.046 2.620 Dez/2011 1.501.728 1.834 56.754 220 12.218 2.605 Jan/2012 1.542.347 1.979 63.072 20.000 12.633 2.814 Fev/2012 1.568.573 2.055 65.811 405 12.952 2.967 Mar/2012 1.621.833 2.050 64.510 3.350 13.212 3.092 Abr/2012 1.646.160 1.970 61.820 3.250 13.213 3.046 Mai/2012 1.656.235 1.793 54.490 0 12.393 2.827 Jun/2012 1.672.151 1.796 54.354 0 12.880 2.935 Jul/2012 1.695.397 1.842 56.097 6.300 13.009 2.940 Ago/2012 1.720.216 1.829 57.061 0 13.091 3.067 Set/2012 1.731.276 1.867 59.175 316 13.437 3.116 Out/2012 1.758.620 1.832 57.068 15.576 13.097 2.977 Nov/2012 1.779.219 1.874 57.474 0 13.026 3.010 Dez/2012 1.786.186 1.962 60.952 850 13.104 3.020 Jan/2013 1.836.788 1.983 59.761 0 13.861 3.142 Fev/2013 1.852.863 1.918 57.424 2.141 14.054 3.160

FONTES: (1) Banco Central do Brasil, (2) Bovespa (Índice de Fechamento do último dia útil do mês), (3) Dow Jones, (4) Nasdaq

NOTA: Para os anos de 1995 a 2008, os valores referem-se ao mês de dezembro, exceto para emissão de debênture que é o total do ano.

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

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VOLUME E PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES - 10 PRINCIPAIS PAÍSES E BRASIL - NO COMÉRCIO MUNDIAL DE BENS – 2009 (Em bilhões de dólares e percentual)

RANKING EXPORTADORES VALOR PARTICIPAÇÃO RANKING IMPORTADORES VALOR PARTICIPAÇÃO

1 China 1.202 9,6 1 Estados Unidos 1.605 12,7

2 Alemanha 1.126 9,0 2 China 1.006 7,9

3 Estados Unidos 1.056 8,5 3 Alemanha 938 7,4

4 Japão 581 4,6 4 França 560 4,4

5 Holanda 498 4,0 5 Japão 552 4,4

6 França 485 3,9 6 Reino Unido 482 3,8

7 Itália 406 3,2 7 Holanda 445 3,5

8 Bélgica 370 3,0 8 Itália 413 3,3

9 Coréia do Sul 364 2,9 9 Hong Kong, China 352 2,8

10 Reino Unido 352 2,8 10 Bélgica 352 2,8

24 Brasil 153 1,2 26 Brasil 134 1,1

FONTE: Organização Mundial do Comércio, International Trade Statistics 2010 (www.wto.org)

EXPORTAÇÕES MUNDIAIS DE BENS POR REGIÕES E PAÍSES SELECIONADOS - 1948, 1953, 1963, 1973, 1983, 1993, 2003 e 2009 (Em bilhões de dólares e percentual)

REGIÃO 1948 1953 1963 1973 1983 1993 2003 2009

Valor (Bilhões de dólares)

Mundo 59 84 157 579 1.838 3.676 7.376 12.178

Participação (%)

Mundo 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

América do Norte 28,1 24,8 19,9 17,3 16,8 18,0 15,8 13,2

Estados Unidos 21,7 18,8 14,9 12,3 11,2 12,6 9,8 8,7

México 0,9 0,7 0,6 0,4 1,4 1,4 2,2 1,9

América do Sul e Central 11,3 9,7 6,4 4,3 4,4 3,0 3,0 3,8

Brasil 2,0 1,8 0,9 1,1 1,2 1,0 1,0 1,3

Argentina 2,8 1,3 0,9 0,6 0,4 0,4 0,4 0,5

Europa 35,1 39,4 47,8 50,9 43,5 45,4 45,9 41,2

Comunidade dos Estados Independentes (CEI) - - - - - 1,5 2,6 3,7

África 7,3 6,5 5,7 4,8 4,5 2,5 2,4 3,2

Oriente Médio 2,0 2,7 3,2 4,1 6,8 3,5 4,1 5,7

Ásia 14,0 13,4 12,5 14,9 19,1 26,1 26,2 29,4

China 0,9 1,2 1,3 1,0 1,2 2,5 5,9 9,9

Japão 0,4 1,5 3,5 6,4 8,0 9,9 6,4 4,8

Índia 2,2 1,3 1,0 0,5 0,5 0,6 0,8 1,3

FONTE: Organização Mundial do Comércio, International Trade Statistics 2010 (www.wto.org)

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 10

IMPORTAÇÕES MUNDIAIS DE BENS POR REGIÕES E PAÍSES SELECIONADOS - 1948, 1953, 1963, 1973, 1983, 1993, 2003 e 2009 (Em bilhões de dólares e percentual)

REGIÃO 1948 1953 1963 1973 1983 1993 2003 2009

Valor (Bilhões de dólares)

Mundo 62 85 164 595 1.882 3.786 7.689 12.421

Participação (%)

Mundo 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,00

América do Norte 18,5 20,5 16,1 17,2 18,5 21,4 22,4 17,5

Estados Unidos 13,0 13,9 11,4 12,3 14,3 15,9 16,9 12,9

México 1,0 0,9 0,8 0,6 0,7 1,8 2,3 1,9

América do Sul e Central 10,4 8,3 6,0 4,4 3,8 3,3 2,5 3,6

Brasil 1,8 1,6 0,9 1,2 0,9 0,7 0,7 1,1

Argentina 2,5 0,9 0,6 0,4 0,2 0,4 0,2 0,3

Europa 45,3 43,7 52,0 53,3 44,2 44,6 45,0 41,6

Comunidade dos Estados Independentes (CEI) - - - - - 1,2 1,7 2,7

África 8,0 7,0 5,2 3,9 4,6 2,6 2,1 3,3

Oriente Médio 1,7 2,0 2,2 2,6 6,2 3,3 2,7 4,0

Ásia 13,9 15,1 14,1 14,9 18,5 23,7 23,5 27,4

China 0,6 1,6 0,9 0,9 1,1 2,7 5,4 8,1

Japão 1,1 2,8 4,1 6,5 6,7 6,4 5,0 4,4

Índia 2,3 1,4 1,5 0,5 0,7 0,6 0,9 2,0

FONTE: Organização Mundial do Comércio, International Trade Statistics 2010 (www.wto.org)

CRESCIMENTO DO VOLUME DE EXPORTAÇÕES E PRODUÇÃO DE BENS – 2000-2009 (Em % ao ano)

2000-09 2007 2008 2009

Exportações mundiais de bens 3,0 6,5 2,0 -12,0

Produtos agrícolas 3,0 5,5 2,0 -3,0

Combustíveis e produtos das indústria extrativas 2,0 3,5 0,5 -4,5

Produtos industrializados 3,5 8,0 2,5 -15,5

Produção mundial de bens 1,5 0,5 1,0 -5,0

Agricultura 2,0 2,5 3,5 0,5

Indústria extrativa 1,0 0,0 1,0 -2,0

Produtos industrializados 1,0 0,0 1,0 -7,0

PIB mundial 2,0 3,5 1,5 -2,5

FONTE: Organização Mundial do Comércio, International Trade Statistics 2010 (www.wto.org)

CRESCIMENTO DO VOLUME DO COMÉRCIO MUNDIAL DE BENS POR REGIÕES SELECIONADAS – 2000-2009 (Em % ao ano)

REGIÃO EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES

2000-09 2008 2009 2000-09 2008 2009

Mundo 3 2 -12 3 2 -13

América do Norte 1 2 -15 1 -3 -17

América do Sul e Central 4 1 -8 6 13 -17

Europa 2 0 -15 1 -1 -15

União Europeia (27) 2 0 -15 1 -1 -15

Comunidade dos Estados Independentes (CEI) 6 2 -5 11 17 -26

Ásia 8 6 -11 6 5 -8

China 17 9 -11 15 4 3

Índia 12 15 -3 13 18 -3

Japão 2 3 -25 1 -1 -13

FONTE: Organização Mundial do Comércio, International Trade Statistics 2010 (www.wto.org)

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 11

COMÉRCIO INTRARREGIONAL E INTER-REGIONAL DE BENS – 2009 (Em bilhões de dólares e percentual)

ORIGEM

DESTINO

América

do Norte

América do

Sul e Central Europa CEI África Oriente Médio Ásia Mundo

Valor (Bilhões de dólares)

Mundo 2.026 437 5.105 311 391 510 3.197 12.178

América do Norte 769 128 292 9 28 49 324 1.602

América do Sul e Central 115 120 90 6 13 11 96 459

Europa 366 75 3.620 147 162 154 426 5.016

Comunidade dos Estados Independentes (CEI) 23 5 239 87 7 14 63 452

África 66 9 149 1 45 12 85 384

Oriente Médio 60 5 76 4 34 107 357 690

Ásia 627 95 641 57 102 163 1.846 3.575

Participação dos fluxos de comércio regional nas exportações totais de bens de cada região (%)

Mundo 16,6 3,6 41,9 2,6 3,2 4,2 26,3 100,0

América do Norte 48,0 8,0 18,2 0,6 1,8 3,1 20,2 100,0

América do Sul e Central 25,0 26,1 19,6 1,3 2,8 2,5 20,8 100,0

Europa 7,3 1,5 72,2 2,9 3,2 3,1 8,5 100,0

Comunidade de Estados Independentes (CEI) 5,2 1,1 52,9 19,2 1,6 3,2 13,9 100,0

África 17,1 2,4 38,8 0,3 11,7 3,0 22,2 100,0

Oriente Médio 8,7 0,7 11,0 0,5 4,9 15,5 51,8 100,0

Ásia 17,5 2,7 17,9 1,6 2,8 4,6 51,6 100,0

Participação dos fluxos de comércio regional nas exportações mundiais de bens (%)

Mundo 16,6 3,6 41,9 2,6 3,2 4,2 26,3 100,0

América do Norte 6,3 1,1 2,4 0,1 0,2 0,4 2,7 13,2

América do Sul e Central 0,9 1,0 0,7 0,0 0,1 0,1 0,8 3,8

Europa 3,0 0,6 29,7 1,2 1,3 1,3 3,5 41,2

Comunidade de Estados Independentes (CEI) 0,2 0,0 2,0 0,7 0,1 0,1 0,5 3,7

África 0,5 0,1 1,2 0,0 0,4 0,1 0,7 3,2

Oriente Médio 0,5 0,0 0,6 0,0 0,3 0,9 2,9 5,7

Ásia 5,2 0,8 5,3 0,5 0,8 1,3 15,2 29,4

FONTE: Organização Mundial do Comércio, International Trade Statistics 2010 (www.wto.org)

BALANÇA COMERCIAL DO PARANÁ - 1996-2013 (Em US$ 1.000 FOB - ACUMULADO - e variação % anual)

ANO EXPORTAÇÃO (X) IMPORTAÇÃO (M) SALDO (X-M)

VALOR Valor Var. % Valor Var. %

1996 4.245.905 47 2.434.733 2 1.811.172

1997 4.853.587 14 3.306.968 36 1.546.619

1998 4.227.995 (13) 4.057.589 23 170.406

1999 3.932.659 (7) 3.699.490 (9) 233.169

2000 4.394.162 12 4.686.229 27 -292.067

2001 5.320.211 21 4.928.952 5 391.259

2002 5.703.081 7 3.333.392 (32) 2.369.689

2003 7.157.853 26 3.486.051 5 3.671.802

2004 9.405.026 31 4.026.146 15 5.378.879

2005 10.033.533 7 4.527.237 12 5.506.296

2006 10.016.338 (0) 5.977.971 32 4.038.367

2007 12.352.857 23 9.017.988 51 3.334.870

2008 15.247.252 23 14.570.222 62 677.030

2009 11.222.827 (26) 9.620.837 (34) 1.601.990

2010 14.176.010 26 13.956.180 45 219.831

2011 17.394.228 22,70 18.766.895 34,46 -1.372.667

2012 17.709.585 1,81 19.387.410 3,30 -1.677.825

Fev/2013 2.052.915 -13,82 2.730.921 -9,98 -678.006

FONTE: MDIC/SECEX

Page 21: v.6, n.º 02, abril de 2013

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 12

BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL - 1996-2013 (Em US$ 1.000 FOB – ACUMULADO - e variação % anual)

ANO EXPORTAÇÃO (X) IMPORTAÇÃO (M) SALDO (X-M)

Valor Var. % Valor Var. % Valor Var. %

1996 47.746.728 ... 53.345.767 ... -5.599.039 ...

1997 52.982.726 10,97 59.747.227 12,00 -6.764.501 20,82

1998 51.139.862 (3,48) 57.763.476 (3,32) -6.623.614 (2,08)

1999 48.012.790 (6,11) 49.301.558 (14,65) -1.288.768 (80,54)

2000 55.118.920 14,80 55.850.663 13,28 -731.743 (43,22)

2001 58.286.593 5,75 55.601.758 (0,45) 2.684.835 (466,91)

2002 60.438.653 3,69 47.242.654 (15,03) 13.195.999 391,50

2003 73.203.222 21,12 48.325.567 2,29 24.877.655 88,52

2004 96.677.497 32,07 62.835.616 30,03 33.841.882 36,03

2005 118.529.184 22,60 73.600.376 17,13 44.928.809 32,76

2006 137.807.470 16,26 91.350.841 24,12 46.456.629 3,40

2007 160.649.073 16,58 120.617.446 32,04 40.031.627 (13,83)

2008 197.942.443 23,21 172.984.768 43,42 24.957.675 (37,66)

2009 152.994.743 (22,71) 127.715.293 (26,17) 25.279.450 1,29

2010 201.915.285 31,98 181.722.623 42,28 20.192.662 (20,12)

2011 256.039.575 26,81 226.245.113 24,47 29.794.462 ...

2012 242.579.776 -5,26 223.154.429 -1,37 19.425.346 242.579.776

Fev/2013 31.516.193 -7,76 36.830.510 9,06 -5.314.317 ...

FONTE: MDIC/SECEX

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

CUSTO MENSAL DE PRODUÇÃO NOMINAL DE FRANGO DE CORTE NO PARANÁ POR TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO – JAN-DEZ/2009

TECNOLOGIA/MÊS

CLIMATIZADO - 15.000 AVES POR LOTE AUTOMÁTICO - 14.000 AVES POR LOTE MANUAL - 12.500 AVES POR LOTE PREÇO DO

FRANGO VIVO

R$/KG R$/kg R$/Frango R$/kg R$/Frango R$/kg R$/Frango

Janeiro 1,74 4,34 1,70 4,24 1,74 4,34 1,65

Fevereiro 1,72 4,31 1,69 4,21 1,73 4,31 1,72

Março 1,63 4,07 1,59 3,98 1,63 4,08 1,69

Abril 1,62 4,04 1,58 3,95 1,62 4,05 1,66

Maio 1,66 4,16 1,63 4,07 1,67 4,17 1,61

Junho 1,61 4,02 1,57 3,94 1,61 4,03 1,73

Julho 1,62 4,06 1,59 3,98 1,63 4,06 1,71

Agosto 1,62 4,04 1,59 3,98 1,63 4,05 1,62

Setembro 1,60 3,99 1,56 3,90 1,60 3,99 1,61

Outubro 1,55 3,87 1,51 3,78 1,55 3,88 1,57

Novembro 1,55 3,87 1,51 3,79 1,55 3,88 1,59

Dezembro 1,54 3,86 1,51 3,78 1,55 3,87 1,59

FONTE: CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento; EMBRAPA SUÍNOS E AVES (www.conab.gov.br)

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 13

OFERTA E DEMANDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS - SAFRAS 2005/2006 - 2010/2011 (Mil toneladas)

CULTURA SAFRA ESTOQUE INICIAL PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO SUPRIMENTO CONSUMO EXPORTAÇÃO ESTOQUE FINAL

Algodão em Pluma

2005/06 524,4 1.037,8 81,6 1.643,8 983,4 304,5 355,9

2006/07 355,9 1.524,0 96,8 1.976,7 990,0 419,4 567,3

2007/08 567,3 1.602,2 33,7 2.203,2 1.009,2 532,9 661,1

2008/09 661,1 1.213,7 14,5 1.889,3 983,6 504,9 400,8

2009/10 400,8 1.194,1 70,0 1.664,9 1.014,9 450,0 200,0

2010/11 200,0 1.694,0 200,0 2.094,0 1.058,5 460,0 575,5

Arroz em Casca

2005/06 3.532,1 11.971,7 827,8 16.331,6 13.000,0 452,3 2.879,3

2006/07 2.879,3 11.315,9 1.069,6 15.264,8 12.930,0 313,1 2.021,7

2007/08 2.021,7 12.059,6 589,9 14.671,2 12.800,0 789,9 1.081,3

2008/09 1.081,3 12.602,6 908,0 14.591,9 12.500,0 894,4 1.197,5

2009/10 1.197,5 11.260,3 1.100,0 13.557,8 12.200,0 400,0 957,8

2010/11 957,8 12.237,4 800,0 13.995,2 12.200,0 600,0 1.195,2

Feijão em Cores

2005/06 92,9 3.471,2 69,8 3.633,9 3.450,0 7,7 176,2

2006/07 176,2 3.339,7 96,0 3.611,9 3.500,0 30,5 81,4

2007/08 81,4 3.520,9 209,7 3.812,0 3.630,0 2,0 180,0

2008/09 180,0 3.502,7 110,0 3.792,7 3.500,0 25,0 267,7

2009/10 267,7 3.265,1 80,0 3.612,8 3.400,0 4,0 208,8

2010/11 208,8 3.465,8 100,0 3.774,6 3.500,0 4,0 270,6

Milho

2005/06 3.135,4 42.514,9 956,0 46,606,3 39.829,7 3.938,0 2.838,6

2006/07 2.838,6 51.369,9 1.095,5 55.304,0 41.829,8 10.933,5 2.540,7

2007/08 2.540,7 58.652,3 808,0 62.001,0 44.288,2 6.400,0 11.312,8

2008/09 11.312,8 51.003,8 1.132,9 63.449,5 44.279,1 7.765,4 11.405,0

2009/10 11.405,0 56.048,6 300,0 67.753,6 45.821,0 9.500,0 12.432,6

2010/11 12.432,6 52.276,8 400,0 65.128,9 46.500,0 8.000,0 10.628,9

Soja em Grãos

2005/06 2.734,7 55.027,1 48,8 57.810,6 30.383,0 24.957,9 2.469,7

2006/07 2.469,7 58.391,8 97,9 60.959,4 33.550,0 23.733,8 3.675,6

2007/08 3.675,6 60.017,7 96,3 63.789,6 34,750,0 24.499,5 4.540,1

2008/09 4.540,1 57.161,6 100,0 61.801,7 32.564,0 28.562,7 675,0

2009/10 675,0 68.688,2 200,0 69.563,2 36.800,0 29.900,0 2.863,2

2010/11 2.863,2 68.345,3 100,0 71.308,5 37.090,0 31.300,0 2.918,5

Farelo de Soja

2005/06 1.824,6 21.918,0 152,4 23.895,0 9.780,0 12.332,4 1.782,6

2006/07 1.782,6 23.947,0 101,2 25.830,8 11.050,0 12.474,2 2.306,6

2007/08 2.306,0 24.717,0 117,3 27.140,9 11.800,0 12.287,9 3.053,0

2008/09 3.053,0 23.187,8 100,0 26.340,8 12.000,0 12.253,0 2.087,8

2009/10 2.087,8 25.949,9 100,0 28.137,7 12.200,0 13.400,0 2.537,7

2010/11 2.537,7 26.018,3 100,0 28.656,0 12.700,0 13.400,0 2.556,0

Óleo de Soja

2005/06 279,0 5.479,5 25,4 5.783,9 3.150,0 2.419,4 214,5

2006/07 214,5 5.909,0 44,1 6.167,6 3.550,0 2.342,5 275,1

2007/08 275,1 6.259,5 27,4 6.562,0 4.000,0 2.315,8 246,2

2008/09 246,2 5.872,2 30,0 6.133,4 4.250,0 1.593,6 289,8

2009/10 289,8 6.571,5 50,0 6.911,3 4.980,0 1.580,0 351,3

2010/11 351,3 6.589,1 50,0 6.990,4 5.200,0 1.380,0 410,4

Trigo

2005/06 2.370,4 4.873,1 5.844,2 13.087,7 10.231,0 784,9 2.071,8

2006/07 2.071,8 2.233,7 7,164,1 11.469,6 9.600,0 19,7 1.849,9

2007/08 1.849,9 4.097,1 5.926,4 11.873,4 9.618,0 746,7 1.508,7

2008/09 1.508,7 5.884,0 5.676,4 13.069,1 9.863,0 351,4 2.854,7

2009/10 2.854,7 5.026,2 5.922,2 13.803,1 10.214,2 1.170,4 2.418,5

2010/11 2.418,5 5.601,8 5.500,0 13.520,3 10.451,4 700,0 2.368,9

FONTE: CONAB – Levantamento: Nov/2010 (disponível em: www.conab.gov.br)

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 14

PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E RENDIMENTO MÉDIDO DA SOJA - BRASIL E MAIORES ESTADOS PRODUTORES - 1990-2009 (Mil toneladas e mil hectares)

ANO

BRASIL MAIORES ESTADOS PRODUTORES

Produção Área Colhida Rendimento Médio

(kg/ha)

Mato Grosso Paraná Goiás Mato Grosso do Sul Minas Gerais

Produção Área Colhida Produção Área Colhida Produção Área Colhida Produção Área colhida Produção Área colhida

1989/1990 20.101 11.551 1.740,16 2.901 1.503 4.572 2.286 1.411 941 1.934 1.209 875 583

1990/1991 15.395 9.743 1.580,00 2.607 1.100 3.617 1.966 1.659 790 2.300 1.013 963 472

1991/1992 19.419 9.582 2.027,00 3.485 1.452 3.415 1.798 1.804 820 1.929 970 1.003 456

1992/1993 23.042 10.717 2.150,00 4.198 1.713 4.720 2.000 1.968 984 2.229 1.067 1.159 552

1993/1994 25.059 11.502 2.179,00 4.970 1.996 5.328 2.110 2.387 1.090 2.440 1.109 1.234 600

1994/1995 25.934 11.679 2.221,00 5.440 2.295 5.535 2.121 2.133 1.123 2.426 1.098 1.188 600

1995/1996 23.190 10.663 2.175,00 4.687 1.905 6.241 2.312 2.046 909 2.046 845 1.040 528

1996/1997 26.160 11.381 2.299,00 5.721 2.096 6.566 2.496 2.478 991 2.156 862 1.176 523

1997/1998 31.370 13.158 2.384,00 7.150 2.600 7.191 2.820 3.372 1.338 2.282 1.087 1.383 601

1998/1999 30.765 12.995 2.367,00 7.134 2.548 7.723 2.769 3.418 1.325 2.740 1.054 1.336 577

1999/2000 32.890 13.623 2.414,00 8.801 2.905 7.130 2.833 4.073 1.455 2.501 1.107 1.397 594

2000/2001 38.432 13.970 2.751,00 9.641 3.120 8.623 2.818 4.158 1.540 3.130 1.065 1.496 642

2001/2002 42.230 16.386 2.577,00 11.733 3.853 9.502 3.291 5.420 1.902 3.279 1.192 1.949 719

2002/2003 52.018 18.475 2.816,00 12.949 4.420 10.971 3.638 6.360 2.171 4.104 1.415 2.333 874

2003/2004 49.793 21.376 2.329,00 15.009 5.241 10.037 3.936 6.147 2.572 3.325 1.797 2.659 1.066

2004/2005 52.305 23.301 2.245,00 17.937 6.105 9.707 4.148 6.985 2.662 3.863 2.031 3.022 1.119

2005/2006 55.027 22.749 2.419,00 16.700 6.197 9.646 3.983 6.534 2.542 4.445 1.950 2.483 1.061

2006/2007 58.392 20.687 2.822,66 15.359 5.125 11.916 3.979 6.114 2.191 4.881 1.737 2.568 930

2007/2008 60.018 21.313 2.816,00 17.848 5.675 11.896 3.977 6.544 2.180 4.569 1.731 2.537 870

2008/2009(1) 57.166 21.743 2.629,00 17.963 5.828 9.510 4.069 6.836 2.307 4.180 1.716 2.751 929

2009/2010(2) 68.688 23.468 2.927,00 18.767 6.225 14.079 4.485 7.343 2.550 5.308 1.712 2.872 1.019

FONTE: CONAB

(1) Preliminar.(2) Estimativas

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 15

TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL PARA PAÍSES SELECIONADOS – 1999-2009

PAÍSES 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Mundo 3,8 4,8 2,2 2,6 3,4 4,8 4,4 4,9 4,8 2,5 -2,2

Alemanha 2,0 3,5 1,4 0,0 -0,2 0,7 0,9 3,4 2,6 1,0 -4,9

Argentina -3,4 -0,8 -4,4 -10,9 8,8 9,0 9,2 8,5 8,7 7,0 0,7

Bolívia 0,4 2,5 1,7 2,5 2,7 4,2 4,4 4,8 4,6 6,1 ...

Brasil 0,3 4,3 1,3 2,7 1,2 5,7 3,2 4,0 6,1 5,1 -0,2

Canadá 5,5 5,2 1,8 2,9 1,9 3,1 3,0 2,8 2,2 0,5 -2,5

Chile -0,8 4,5 3,4 2,2 3,9 6,0 5,6 4,6 4,6 3,7 -1,5

Colômbia -4,2 2,9 2,2 2,5 4,6 4,7 5,7 6,9 7,5 2,5 0,3

Coréia do Sul 10,7 8,8 4,0 7,2 2,8 4,6 4,0 5,2 5,1 2,3 0,2

Equador -6,3 2,8 5,3 4,2 3,6 8,0 6,0 3,9 2,5 6,5 ...

Estados Unidos 4,8 4,1 1,1 1,8 2,5 3,6 3,1 2,7 2,1 0,4 -2,4

França 4,8 4,1 1,8 1,1 1,1 2,3 2,0 2,4 2,3 0,1 -2,5

Indonésia 0,8 4,9 3,6 4,5 4,8 5,0 5,7 5,5 6,3 6,0 4,5

Itália 1,9 3,9 1,7 0,5 0,1 1,4 0,8 2,1 1,4 -1,3 -5,1

Japão 0,0 2,8 9,2 0,3 1,5 2,7 1,9 2,0 2,3 -1,2 -5,3

México 3,8 6,6 0,0 0,8 1,4 4,0 3,3 5,0 3,4 1,3 -6,5

Paraguai -1,5 -3,3 2,1 0,0 3,8 4,1 2,9 4,3 6,8 5,8 -3,8

Peru 0,9 2,9 0,2 4,9 4,0 5,6 6,4 8,0 8,7 9,8 0,9

Reino Unido 3,5 3,9 2,5 2,1 2,8 3,0 2,2 2,9 2,6 0,5 -4,9

Tailândia 4,4 4,8 2,2 5,3 7,0 6,2 4,5 5,6 4,9 2,5 -2,2

Uruguai -2,8 -1,4 -3,4 -11,0 2,2 11,8 6,6 4,3 7,5 8,5 2,9

Venezuela -6,0 3,7 3,4 -8,9 -7,8 18,3 10,3 10,3 8,4 4,8 ...

FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 16

TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL MÉDIA PARA PAÍSES SELECIONADOS – 1999-2009

PAÍSES 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Mundo 5,6 4,6 4,3 3,6 3,8 3,7 3,8 3,6 3,9 5,9 2,2

Alemanha 0,6 1,5 2,0 1,4 1,0 1,7 1,6 1,6 2,3 2,6 0,3

Argentina -1,2 -0,9 -1,1 25,9 13,4 4,4 9,6 10,9 8,8 8,6 6,3

Bolívia 2,2 4,6 1,6 0,9 3,3 4,4 5,4 4,3 8,7 14,0 3,3

Brasil 4,9 7,0 6,8 8,5 14,7 6,6 6,9 4,2 3,6 5,7 4,9

Canadá 1,7 2,7 2,5 2,3 2,8 1,9 2,2 2,0 2,1 2,4 0,3

Chile 3,3 3,8 3,6 2,5 2,8 1,1 3,1 3,4 4,4 8,7 1,5

Colômbia 10,9 9,2 8,0 6,4 7,1 5,9 5,0 4,3 5,5 7,0 4,2

Coréia do Sul 0,8 2,3 4,1 2,8 3,5 3,6 2,8 2,2 2,5 4,7 2,8

Equador 52,2 96,1 37,7 12,5 7,9 2,7 2,4 3,0 2,3 8,4 5,2

EUA 2,2 3,4 2,8 1,6 2,3 2,7 3,4 3,2 2,9 3,8 -0,4

França 0,5 1,7 1,6 1,9 2,1 2,1 1,7 1,7 1,5 2,8 0,1

Indonésia 20,5 3,7 11,5 11,9 6,6 6,2 10,5 13,1 6,3 10,1 6,4

Itália 1,7 2,5 2,8 2,5 2,7 2,2 2,0 2,1 1,8 3,3 0,8

Japão -0,3 -0,7 -0,8 -0,9 -0,2 0,0 -0,3 0,2 0,1 1,4 -1,4

México 16,6 9,5 6,4 5,0 4,5 4,7 4,0 3,6 4,0 5,1 5,3

Paraguai 6,8 9,0 7,3 10,5 14,2 4,3 6,8 9,6 8,1 10,2 2,6

Peru 3,5 3,8 2,0 0,2 2,3 3,7 1,6 2,0 1,8 5,8 2,9

Reino Unido 1,6 2,9 1,8 1,6 2,9 3,0 2,8 3,2 4,3 4,0 -0,6

Tailândia 0,3 1,6 1,6 0,7 1,8 2,8 4,5 4,6 2,2 5,5 -0,8

Uruguai 5,7 4,8 4,4 14,0 19,4 9,2 4,7 6,4 8,1 7,9 7,1

Venezuela 23,6 16,2 12,5 22,4 31,1 21,7 16,0 13,7 18,7 31,4 28,6

FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics

Sinal convencional utilizado:

... Dado não disponível.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 1

PANORAMA ECONÔMICO – MARÇO/2013 Carlos Ilton Cleto

COMÉRCIO INTERNACIONAL BALANÇA COMERCIAL MENSAL (MARÇO/2013) – MDIC

Fato

Em março de 2013, a Balança Comercial fechou com superávit de US$ 164 milhões, resultado de exportações de US$ 19,32 bilhões e importações de US$ 19,16 bilhões. A corrente do comércio atingiu US$ 38,48 bilhões no mês e US$ 106,83 bilhões no ano. O déficit comercial acumulado no ano é de US$ 5,15 bilhões.

19.323

19.354

22.38219.74921.766

15.551

19.566

18.54718.685 19.155 20.104

17.499 16.827

19.159

-10.000

-5.000

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13

Exportações Importações Saldo da BC em US$ milhões

FONTE: MDIC

Causa

Utilizando o critério da média diária, com relação ao mês anterior, as exportações apresentaram crescimento de 11,8%, e as importações 2,5%. Pelo mesmo critério, na comparação com março de 2012, houve crescimento de 1,6% nas exportações e de 11,6% nas importações.

O saldo comercial caiu 91,9% frente a março de 2012. A corrente do comércio, pela média diária, registrou expansão de 6,4%, com relação ao mesmo mês do ano anterior, e 7,0% na comparação com fevereiro 2012.

No acumulado em doze meses, as exportações caíram 6,8%, sobre igual período em 2012, e as importações, 0,3%. O saldo comercial diminuiu 59,2% e a corrente do comércio 3,7%. Considerando o acumulado no ano, as exportações caíram 3,1%, sobre o mesmo período do ano anterior, e as importações cresceram 11,6%. A corrente do comércio cresceu 4,1%.

Em março de 2013, na comparação com igual mês do ano anterior, as exportações de produtos semimanufaturados cresceram 17,2% e a de manufaturados, 4,1%. Por outro lado diminuíram as vendas de básicos 3,7%. Em termos de países, os cinco principais compradores foram: China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Suíça. Pelo lado das importações, houve crescimento de 7,4% em bens de consumo, 15,8% em combustíveis e lubrificantes, 11,6% em matérias-primas e intermediários, e 12,0% nos bens de capital. Os cinco principais fornecedores para o Brasil foram: China, Estados Unidos, Argentina, Alemanha e Coreia do Sul.

Consequências

O setor exportador inicia processo lento de recuperação e vem apresentando taxas de crescimento superiores às importações, nas comparações com os meses imediatamente anteriores. Todavia, para este ano, o resultado do saldo comercial deverá ser significativamente inferior ao do ano anterior.

ATIVIDADE PRODUÇÃO INDUSTRIAL MENSAL (JANEIRO/2013) – IBGE

Fato

Em janeiro, a produção industrial cresceu 2,5% com relação ao mês anterior. Frente a janeiro de 2012, o avanço foi de 5,7%, interrompendo dois meses seguidos de taxas negativas, no acumulado dos últimos doze meses ocorreu queda de 1,9%.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 2

Causa

Na comparação com o mês anterior, todos os segmentos que apresentaram avanço: bens de capital, 8,2%, interrompendo dois meses seguidos de queda, seguido por bens de consumo duráveis, 2,5%, e bens intermediários, 0,9%. O crescimento mais moderado ocorreu nos bens de consumo semi e não duráveis, 0,2%. Com relação a janeiro de 2012, a produção industrial apresentou o maior crescimento em bens de capital, 17,3%, principalmente em decorrência de bens de capital para equipamentos de transporte e para energia elétrica. O segundo maior avanço foi em bens de consumo duráveis, 10,3%, com avanço na produção de automóveis, artigos de mobiliário, e eletrodomésticos da “linha branca”. A produção do segmento de bens intermediários, que cresceu 4,0%, foi pressionada pela maior fabricação dos produtos associados às atividades de refino de petróleo e produção de álcool, veículos automotores, outros produtos químicos, indústrias extrativas, borracha e plástico, celulose papel e produtos de papel, minerais não metálicos, produtos têxteis, e produtos de metal. O menor crescimento foi no segmento de bens de consumo semi e não duráveis, 3,0%, com expansões em alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico, carburantes, e de semiduráveis.

Produção Industrial BRASIL

80

90

100

110

120

130

140

150

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

FONTE: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100).

Consequência

A produção industrial começa a apresentar os esperados sinais de recuperação, todavia deve ser levado em conta que o crescimento foi mais expressivo dada a baixa base de comparação.

ATIVIDADE PESQUISA INDUSTRIAL – REGIONAL – BRASIL (JANEIRO/2013) – IBGE

Fato

Entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, a produção industrial cresceu em nove dos quatorze locais pesquisados e, na comparação com janeiro de 2012, dez das quatorze regiões pesquisadas registraram variação positiva. No acumulado dos últimos doze meses, oito locais apresentaram redução na produção. No Paraná, frente ao mês anterior, a produção industrial apresentou expansão de 11,3%, eliminando a perda de 9,2% acumulada nos meses de novembro e dezembro. Na comparação com janeiro de 2012, houve recuou de 3,9% e, no acumulado em doze meses, 5,5%.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 3

Produção Industrial BRASIL

80

90

100

110

120

130

140

150

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Produção Industrial PARANÁ

80

100

120

140

160

180

200

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

FONTE: IBGE – Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100).

Causa

Na comparação com o mês anterior, os locais que tiveram os maiores avanços foram: Paraná, Ceará, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. As quedas ocorreram em Goiás, Pará, Bahia, Pernambuco e Espírito Santo. Na comparação com janeiro de 2012, os destaques foram: Ceará, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os recuos foram no Espírito Santo, Goiás, Paraná e Amazonas. No acumulado do ano, as taxas negativas mais acentuadas foram observadas no Amazonas, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul, por outro lado, as maiores expansões foram na Bahia e em Minas Gerais. No Estado do Paraná, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, das quatorze atividades pesquisadas, cinco registraram queda. Os maiores impactos negativos vieram de edição e impressão, máquinas e equipamentos e celulose, papel e produtos de papel. Por outro lado, a maior variação positiva foi em veículos automotores, pressionada pela maior produção de caminhões e caminhão-trator.

Consequência

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a queda na indústria paranaense foi fortemente influenciada pelo segmento de edição, impressão e reprodução de gravações, devendo-se este fato, em grande parte, à elevada base de comparação. Porém, de forma semelhante ao resultado nacional, a indústria paranaense deve apresentar crescimento nos próximos meses, todavia, não devem ser esperadas variações muito intensas.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 4

ATIVIDADE PESQUISA MENSAL DE EMPREGO (FEVEREIRO/2013) – IBGE

Fato

Em fevereiro, a taxa de desocupação foi de 5,6%, permanecendo praticamente estável em relação ao mês anterior, 5,4%, e, em relação ao mesmo mês do ano anterior, 5,7%. O rendimento médio real habitual da população ocupada foi calculado em R$ 1.849,50, crescendo 1,2%, no confronto com janeiro, e 2,4% frente ao mesmo mês do ano anterior. A massa de rendimento médio real habitual recebida pela população ocupada foi estimada em R$ 42,8 bilhões, permanecendo estável na comparação com janeiro e crescendo 4,2% na comparação com fevereiro de 2012. O contingente de pessoas ocupadas, 23,0 milhões, teve queda de 0,7%, na comparação mensal, e crescimento de 1,6% no ano.

4

5

6

7

8

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Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

FONTE: IBGE

Causa

Na análise de pessoas ocupadas, comparativamente a janeiro de 2013, em relação aos principais Grupamentos de Atividade, apenas o Comércio, reparação de veículos automotores, e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis apresentou variação com queda de 3,2%. Frente a fevereiro de 2012, foi registrada elevação em Educação, saúde, administração pública, 4,8%, e Outros serviços, 4,4%, a única queda foi em Serviços domésticos, 8,7%. Ainda no que se refere aos Grupamentos de Atividade, com relação ao Rendimento médio real habitualmente recebido, no mês foram verificadas variações positivas em todos os grupos, exceto em Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, com queda de 0,9%. Na comparação anual, todos os grupamentos tiveram crescimento, com destaque para Serviços domésticos, 7,0%.

Consequência

O breve crescimento do desemprego no mês se deve a fatores sazonais, o que deve se repetir em março, voltando a apresentar recuo a partir de abril. Em 2013 não devem ser esperadas variações muito intensas na taxa de desemprego, como consequência da baixa base de comparação e também da lentidão na retomada do crescimento.

ATIVIDADE PESQUISA INDUSTRIAL MENSAL DE EMPREGO E SALÁRIO – PIMES (JANEIRO/2013) – IBGE

Fato

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do mês de janeiro apresentou as seguintes informações:

BRASIL JAN-13 / DEZ-12 JAN-13 / JAN-12 Acumulado

no Ano Acumulado

em 12 meses

Pessoal Ocupado Assalariado 0,0% -1,1% -1,1% -1,4%

Nº de Horas Pagas -0,3% -1,4% -1,4% -1,9%

Folha de Pagamento Real -5,0% 0,9% 0,9% 4,1%

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 5

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

94,00

96,00

98,00

100,00

102,00

104,00

106,00

108,00

110,00

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

FONTE: IBGE – Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: janeiro de 2001 = 100).

Causa

Na comparação com igual mês do ano passado, dez dos quatorze locais pesquisados apontaram quedas para o indicador de Pessoal Ocupado Assalariado. Os destaques negativos quanto à influência na média global foram: região Nordeste, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia. O principal avanço ocorreu no Paraná, com destaque para os setores de alimentos e bebidas, máquina e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, têxtil e produtos químicos. Por ramo de atividade, doze dos dezoito segmentos reduziram o pessoal ocupado, as principais variações negativas foram em vestuário, têxtil, outros produtos da indústria de transformação, calçados e couro, meios de transporte, e madeira. Por outro lado, apresentaram as variações positivas mais importantes: alimentos e bebidas e borracha e plástico.

Quanto ao Número de Horas Pagas, também na comparação com o mesmo mês do ano anterior, onze dos quatorze locais pesquisados tiveram recuo. Os locais que assinalaram os maiores impactos negativos no resultado nacional foram: região Nordeste, Rio Grande do Sul, região Norte e Centro-Oeste, São Paulo, e Pernambuco. A principal contribuição positiva aconteceu no Paraná, dado os avanços em máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações e alimentos e bebidas. No corte setorial, doze dos dezoito segmentos tiveram retração, os maiores recuos vieram de vestuário, calçados e couro, outros produtos da indústria de transformação, máquinas e equipamentos, têxtil, madeira e papel e gráfica. A principal variação positiva foi em alimentos e bebidas.

Comparativamente a janeiro de 2012, a Folha de Pagamento Real registrou crescimento em onze dos quatorze locais pesquisados, com destaques para Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, região Norte e Centro-Oeste, região Nordeste e Santa Catarina. Em sentido oposto, São Paulo e Minas Gerais assinalaram os maiores impactos negativos nesse mês. Nacionalmente, dez dos dezoito setores investigados, registraram crescimento: alimentos e bebidas, produtos químicos, borracha e plástico, indústrias extrativas, máquinas e equipamentos, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações e minerais não metálicos. Os setores que apresentaram maior redução foram meios de transporte, metalurgia básica e vestuário.

Consequência

O emprego industrial traduz os problemas que ocorrem no próprio setor. Para os próximos períodos é esperada recuperação, todavia a intensidade não deve ser intensa refletindo também a própria recuperação do segmento industrial.

ATIVIDADE SONDAGEM DA INDÚSTRIA (MARÇO/2013) – FGV

Fato

Na passagem de fevereiro para março, o Índice de Confiança da Indústria recuou 1,5%, passando de 106,6 para 105,0 pontos, o menor patamar desde setembro de 2012. Com relação ao mês anterior, o Índice da Situação Atual teve queda de 105,7 para 104,2 pontos, portanto, 1,4%, e o Índice de Expectativas apresentou diminuição de 1,6%, passando de 107,6 para 105,9 pontos. A utilização da capacidade instalada manteve-se estável em 84,1%.

Page 31: v.6, n.º 02, abril de 2013

Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 6

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

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mar/

11

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11

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1

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1

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1

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1

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1

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1

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2

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2

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12

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2

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2

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2

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2

set/12

out/12

nov/1

2

dez/1

2

jan/1

3

fev/1

3

mar/

13

Índice de Confiança Índice da Situação Atual Índice de Expectativas

84,4 84,383,6 83,5 83,4 83,7 83,9 83,8 84,0 84,2 84,1 84,1

84,1

78,0

80,0

82,0

84,0

86,0

88,0

90,0

mar/

11

ab

r/11

mai/11

jun

/11

jul/11

ag

o/1

1

set/

11

ou

t/11

no

v/1

1

dez/1

1

jan

/12

fev/1

2

mar/

12

ab

r/12

mai/12

jun

/12

jul/12

ag

o/1

2

set/

12

ou

t/12

no

v/1

2

dez/1

2

jan

/13

fev/1

3

mar/

13

Nível de Utilização da Capacidade Instalada - NUCI

FONTE: FGV.

Causa

No índice pertinente à situação atual – ISA – a percepção positiva, com relação à situação dos negócios, aumentou 3,0 p.p., todavia a proporção das empresas que consideram a situação dos negócios fraca aumentou em maior intensidade, 4,9 p.p., chegando a 15,2%.

No que tange ao Índice das Expectativas – IE – o percentual de empresas que preveem maior produção, manteve-se estável em 36,5% e a das que esperam redução aumentou 3,7 p.p., chegando a 8,4%.

Consequências

Os resultados negativos do ICI apontam para um humor em baixa dos empresários, reduzindo as expectativas de retomada do crescimento neste início do ano, assumidas com a reação da publicação industrial publicada pelo IBGE.

ATIVIDADE SONDAGEM DE SERVIÇOS (MARÇO/2013) – FGV

Fato

Na comparação interanual, em fevereiro, o Índice de Confiança de Serviços – ICS – cresceu 0,3%, passando de 122,1 para 122,4 pontos. O Índice da Situação Atual – ISA – aumentou 1,7%, passando de 104,1 para 105,8 pontos. O Índice de Expectativas – IE – recuou 0,8%, atingindo 138,9 pontos.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 7

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

mar

/11

abr/1

1

mai

/11

jun/

11

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1

ago/

11

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1

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1

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11

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11

jan/

12

fev/

12

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2

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2

ago/

12

set/1

2

out/1

2

nov/

12

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

Índice de Confiança Índice da Situação Atual Índice de Expectativas

FONTE: FGV

Causa

No ISA, destacou-se a avaliação mais favorável sobre a situação atual dos negócios, com a parcela das empresas que a avaliam como boa aumentando de 26,8% para 29%, e a das que a avaliam como ruim passando de 16,4% para 14,2%.

Nas expectativas, houve recuo de 0,6 p.p. no percentual das empresas que preveem crescimento da demanda, chegando a 44,1% de respostas, e aumento de 0,7 p.p., nas que esperam redução, fechando com 7,6%.

Consequência

As expectativas apontam recuperação ainda tímida no setor de serviços, o que não deve se alterar de maneira mais intensa nos próximos meses.

ATIVIDADE ICC – ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR (MARÇO/2013) – FGV

Fato

Entre os meses de fevereiro e março, o ICC recuou 2,0% passando de 116,2 para 113,9 pontos, sexto recuo consecutivo, atingindo o menor nível desde março de 2010. O Índice da Situação Atual cedeu 3,4%, de 128,9 para 124,5 pontos, e o Índice das Expectativas, 1,5%, de 109,6 para 108,0 pontos.

90,0100,0

110,0120,0130,0140,0

150,0160,0

mar

/11

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1

mai

/11

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11

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1

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11

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1

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1

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11

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11

jan/

12

fev/

12

mar

/12

abr/1

2

mai

/12

jun/

12

jul/1

2

ago/

12

set/1

2

out/1

2

nov/

12

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

Índice de Confiança Índice da Situação Atual Índice de Expectativas

FONTE: FGV

Causa

Com referência à situação presente, a proporção de consumidores que avaliam a situação econômica atual como boa diminuiu 2,0 p.p. e a dos que a consideram ruim cresceu 1,2 p.p. No que tange à expectativa para os próximos seis meses, a proporção dos consumidores que preveem melhora caiu 3,3 p.p. e a dos que esperam por piora aumentou 0,7 p.p.

Consequência

A confiança do consumidor segue em trajetória descendente demonstrando o baixo otimismo do consumidor brasileiro e a dificuldade em encontrar sinalizadores de melhora no futuro próximo.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 8

ATIVIDADE SONDAGEM DO COMÉRCIO (FEVEREIRO/2013) – FGV

Fato

O Índice de Confiança do Comércio – ICom – reduziu-se 0,9% na comparação entre a média do trimestre encerrado em fevereiro com o mesmo período do ano anterior, passando de 123,8 para 122,7 pontos. O Índice da Situação Atual – ISA – avançou 3,2%, chegando a 104,4 pontos, e o Índice de Expectativas – IE – reduziu-se 3,8%, atingindo 140,9 pontos.

90,0

110,0

130,0

150,0

170,0

fev/

11

mar

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1

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1

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1

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2

mai

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jul/1

2

ago/

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set/1

2

out/1

2

nov/

12

dez/

12

jan/

13

fev/

13

Índice de Confiança Índice da Situação Atual Índice de Expectativas

FONTE: FGV

Causa

Também na comparação entre a média dos trimestres, encerrado em fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013, no ISA, destacou-se a avaliação mais favorável sobre o nível da demanda, com a parcela das empresas que a avaliam como forte diminuindo de 24,0% para 21,1%, e a das que a avaliam como fraca diminuindo em maior proporção de 22,8% para 16,7%.

Nas expectativas, entre os quesitos integrantes do índice, o que mede as expectativas em relação às vendas nos três meses seguintes foi o que mais contribuiu na piora da comparação interanual, ao passar de 2,3% em janeiro para 5,4% em fevereiro.

Consequência

A queda no índice, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, confirma desaceleração da atividade do setor Comércio, todavia, as comparações com períodos mais recentes sugerem que o setor segue em ritmo lento de recuperação.

ATIVIDADE LEVANTAMENTO SISTEMÁTICO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA (FEVEREIRO/2013) – IBGE PREVISÃO DA SAFRA DE GRÃOS

Fato

Em fevereiro, a estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas estimou uma produção de 183,4 milhões de toneladas, 13,2% superior à safra recorde de 2012 e igual à produção prevista em janeiro. A área a ser colhida, 52,8 milhões de hectares, está 8,0% acima da registrada no ano passado.

Causa

Com relação à produção de 2013, as três principais culturas, arroz, milho e soja, que juntos representam 92,5% do total da produção nacional, registraram aumentos de 1,4%, 7,6% e 10,1%, respectivamente.

O levantamento sistemático da produção agrícola registrou variação positiva para dezenove dos vinte e seis produtos analisados: amendoim em casca 1.ª e 2.ª safras, arroz em casca, aveia em grão, batata-inglesa 1.ª, e 3.ª safras, café em grão canephora, cana-de-açúcar, cebola, cevada em grão, feijão em grão 1.ª, 2.ª e 3.ª safras, mamona em baga, mandioca e milho em grão 1.ª safra, soja em grão, trigo em grão e triticale em grão. Em sentido contrário, deverão apresentar redução na quantidade produzida: algodão herbáceo em caroço, batata-inglesa 2.ª safra, cacau em amêndoa, café em grão arábica, feijão em grão 2.ª safra, laranja, milho em grão 2.ª safra e sorgo em grão.

Regionalmente, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas está assim distribuída: Sul 71,9 milhões de toneladas, Centro-Oeste 71,4 milhões, Sudeste, 19,4 milhões, Nordeste, 16,4 milhões e Norte, 4,3 milhões. O Estado do Paraná é o segundo maior produtor nacional de grãos, com 20,1% da produção, atrás do Mato Grosso, com participação de 23,4%.

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Consequência

O prognóstico da safra realizado pelo IBGE aponta para resultado acima do de 2012 e, habitualmente, este levantamento tende a apresentar resultados crescentes ao longo do ano, assim, a expectativa é de recorde na produção em 2013.

ATIVIDADE PESQUISA MENSAL DO COMÉRCIO (JANEIRO/2013) – IBGE

Fato

No mês de janeiro, o volume de vendas do comércio varejista, com ajuste sazonal, cresceu 0,6% em relação a dezembro e a receita nominal, 1,3%. Nas demais comparações, sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foram de 5,9% sobre janeiro de 2012, e 8,3% no acumulado dos últimos doze meses. A receita nominal obteve taxas de 12,4%, com relação a igual mês de 2012, e 12,3% no acumulado em doze meses.

No comércio varejista ampliado, no que se refere ao volume de vendas, houve avanço de 0,3%, frente ao mês imediatamente anterior, de 7,1%, frente a janeiro de 2012, e de 7,9% no acumulado em doze meses.

50

6 0

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12 0

jan f ev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2 0 10 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 11 2 0 12 2 0 13

FONTE: IBGE Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista, por tipos de índice (2011 = 100).

Causa

No confronto com janeiro de 2012, todas as atividades do varejo tiveram resultados positivos no volume de vendas, conforme segue por ordem de importância: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 3,4%, Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 13,9%, Combustíveis e lubrificantes, 8,8%, Móveis e eletrodomésticos, 5,8%, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria, e cosméticos, 10,4%, Tecidos, vestuário e calçados, 5,0%, Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, 8,8%, e Livros, jornais, revistas e papelaria, 5,4%.

No comércio varejista ampliado, ainda na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as variações foram de 8,1% para Veículos e motos, partes e peças, e 11,6% para Material de construção.

Consequência

De maneira geral o resultado do comércio varejista tem sido determinado pelo crescimento da massa salarial e pelas condições de acesso ao crédito. Para os próximos períodos é esperada continuidade no crescimento do volume de vendas e da receita nominal em decorrência da recuperação da atividade econômica.

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Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 6, n. 2, abril 2013 | 10

INFLAÇÃO IGP-10 (MARÇO/2013) – FGV

Fato

O IGP-10 registrou variação de 0,22% em março, diminuindo 0,07 p.p. com relação a fevereiro. No acumulado em doze meses a variação é de 8,01%, e no ano 0,94%.

0,22%0,63%

-0,28%

1,59%

0,04%

0,63%

-0,22%

0,84%

-0,5%

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

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2

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jan

/13

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3

mar/

13

FONTE: FGV

Causa

No mês de março, dentre os componentes do IGP, o IPA aumentou 0,06p.p., apresentando variação de 0,11%, neste, a maior aceleração foi proveniente das Matérias-Primas Brutas, 1,30 p.p., mesmo com variação negativa de 0,81%, contribuíram para a maior variação do grupo: soja, minério de ferro e leite in natura. Os Bens Intermediários tiveram recuo na taxa de variação de 0,76 p.p., e os Bens Finais de 0,27 p.p., consequência respectivamente da menor variação nos subgrupos materiais e componentes para a manufatura e alimentos processados. O IPC teve desaceleração de 0,25 p.p., com o grupo Alimentação sendo o principal responsável pelo arrefecimento do índice, neste grupo sobressaíram-se os hortaliças e legumes e carnes bovinas. Os grupos Educação, Leitura e Recreação, Despesas Diversas e Vestuário também apresentaram redução de índice de preços. O INCC teve desaquecimento de 0,47 p.p., com menor variação em todos os seus componentes.

Consequência

Após o forte aquecimento de dezembro do ano anterior, o índice apresenta recuo pelo terceiro mês consecutivo, apesar de ainda estar em patamar elevado. Para os próximos meses a expectativa é de continuidade no arrefecimento.

INFLAÇÃO IGP-M (MARÇO/2013) – FGV

Fato

O IGP-M de março registrou variação de 0,21%, 0,08 p.p. abaixo da variação de fevereiro. Em doze meses o acumulado é de 8,06%, e no ano, 0,84%.

Causa

Dos índices que compõem o IGP-M, o IPA apresentou desaceleração de 0,20 p.p., com variação de 0,01%. Neste componente destacou-se o grupo Bens Intermediários, com recuo de 1,01 p.p. frente ao mês anterior, sendo o principal responsável pela desaceleração o subgrupo materiais e componentes para a manufatura. Os Bens Finais diminuíram a taxa de variação em 0,26 p.p., em decorrência da menor variação dos preços dos combustíveis. As Matérias-Primas Brutas tiveram variação 0,80 p.p. maior, sendo os principais responsáveis pelo aquecimento os itens: soja, minério de ferro, e leite in natura.

O IPC acelerou-se 0,42 p.p., atingindo 0,72%. Quatro dos oito grupos componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para Habitação, em decorrência do comportamento da tarifa de eletricidade residencial, que havia caído de forma mais intensa nos meses anteriores. Também tiveram avanço nas variações: Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais e Comunicação. Na composição do INCC, que recuou 0,52 p.p. com relação ao mês anterior, com variação de 0,28%, havendo menor variação em todos os seus componentes: Materiais, Equipamentos e Serviços, 0,17 p.p., e Mão de Obra, 0,86 p.p., atingindo 0,42% e 0,14%, respectivamente.

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0,430,62

0,21

0,68

-0,03

1,43

1,02

-0,12

0,65

-0,20-0,40

-0,200,00

0,200,40

0,60

0,801,00

1,201,40

1,60

mar/

11

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out/12

nov/1

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2

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3

fev/1

3

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13

IGP-M

FONTE: FGV

Consequência

Mesmo com taxas ainda expressivas, principalmente no acumulado em doze meses, o índice registrou recuo pelo terceiro mês consecutivo. Para os próximos períodos a expectativa é de continuidade de queda.

INFLAÇÃO IGP-DI (FEVEREIRO/2013) – FGV

Fato

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna – IGP-DI – registrou variação de 0,20% em fevereiro, desacelerando-se 0,11 p.p. frente ao mês anterior. Nos últimos doze meses, o índice acumula alta de 8,24%, e no ano 0,51%.

Causa

Na composição do IGP-DI, o IPA registrou variação de 0,09%, no mês anterior não havia ocorrido variação. Os Bens Finais tiveram desaceleração de 0,48 p.p. O principal responsável pelo recuo foram os alimentos processados, cuja taxa passou de 0,60% para negativos 0,86%. Os Bens Intermediários recuaram 0,62 p.p., por conta do subgrupo materiais e componentes para a manufatura. As Matérias-Primas Brutas tiveram aquecimento de 1,45 p.p., mesmo com variação negativa de 2,26%, com destaque para as menores variações em soja, minério de ferro e milho.

No IPC houve redução de 0,68 p.p., decorrente da desaceleração nos preços do grupo Habitação, com forte recuo em tarifa de eletricidade residencial. Também apresentaram menor variação: Educação, Leitura e Recreação, Alimentação, Despesas Diversas e Vestuário. O INCC também variou menos, 0,60%, frente a 0,65% no mês anterior, com redução em todos os seus componentes.

0,20%

0,66%

-0,31%

1,52%

1,02%

-0,16%

0,75%

-0,13%

0,96%

-0,5%

0,0%

0,5%

1,0%

1,5%

2,0%

fev/

11

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2

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2

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13

FONTE: FGV

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Consequência

O índice, pelo segundo mês, apresenta taxas mais modestas demonstrando algum arrefecimento na variação inflacionária. Para os próximos períodos não são esperados maiores sobressaltos na variação dos preços.

INFLAÇÃO IPCA (FEVEREIRO/2013) – IBGE

Fato

O IPCA variou 0,60% em fevereiro, 0,86 p.p. abaixo da variação de janeiro. O índice acumulado em doze meses é de 6,31%, acima do registrado nos doze meses imediatamente anteriores, 6,15%. No ano, o acumulado ficou em 1,47%. Em Curitiba, o índice caiu 0,54 p.p., registrando variação de 0,47% em fevereiro, 1,15% no ano e 6,27% em doze meses.

Causa

No mês, as contas de energia elétrica ficaram 15,17% mais baratas, impactando o índice em negativos 0,48 p.p., assim, mesmo com aumentos nos aluguéis e no condomínio, o grupo Habitação apresentou a única variação negativa de 2,38%. Por outro lado, os maiores aumentos ocorreram no grupo Educação, em decorrência do aumento nas mensalidades dos cursos regulares, e em Transportes motivado pelo aumento na gasolina, etanol e óleo diesel.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

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0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

IPCA acumulado em 12 meses IPCA variação mensal

FONTE: IBGE

Consequência

Após cinco meses consecutivos de aumento, o IPCA apresentou redução na taxa de variação, todavia, deve ser levado em conta que este recuo foi causado principalmente pela redução na tarifa de energia elétrica, o que deve ter efeitos minimizados nas próximas apurações.

INFLAÇÃO IPCA-15 (MARÇO/2013) – IBGE

Fato

O IPCA-15 registrou variação de 0,49% em março, 0,19 p.p. abaixo do registrado em fevereiro. Nos últimos doze meses o acumulado é de 6,43%, e no ano, 2,06%. Em Curitiba a variação foi de 0,40%, 0,05 p.p., inferior a de fevereiro, acumulando 1,62 % no ano e 6,27% em doze meses.

Causa

No mês o desaquecimento foi fortemente influenciado pelo grupo Educação, com variação de 0,50%, 4,99 p.p. abaixo do mês anterior, decorrente do menor efeito dos reajustes sazonais que se concentraram em fevereiro. Com isto o agrupamento dos produtos não alimentícios passou de 0,35% em fevereiro para 0,20% em março. Outros quatro grupos de produtos também mostraram desaceleração: Alimentação e bebidas, Artigos de residência, Transportes e Saúde e cuidados pessoais. Os Alimentos, apesar de ainda apresentar aumento expressivo, seguem com trajetória de recuo nas taxas de variação.

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Consequência

O forte recuo do mês foi puxado principalmente pelo grupo Educação, todavia a maior parte dos grupos também seguiu trajetória descendente, criando assim, caráter generalizado para a menor variação nos preços.

INFLAÇÃO CUSTOS E ÍNDICES DA CONSTRUÇÃO CIVIL (FEVEREIRO/2013) – IBGE – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Fato

O Índice Nacional da Construção Civil variou 0,73% em fevereiro, 0,55 p.p. acima da variação de janeiro e 0,42 p.p. da de fevereiro de 2012. Em doze meses, o acumulado é de 5,69%, e no ano 0,91%. O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 857,21, em janeiro, para R$ 863,46, em fevereiro, sendo R$ 456,58 relativos aos materiais e R$ 406,88 à mão de obra.

No Estado do Paraná, as variações foram de 0,05% no mês, 0,13% no ano e 8,86% em doze meses, e o custo médio atingiu R$ 898,26.

0

0,5

1

1,5

2

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2008 2009 2010 2011 2012 2013

FONTE: IBGE e Caixa.

Causa

Na composição do índice a parcela dos materiais variou 0,33%, 0,04 p.p. acima do índice de janeiro, e a componente mão de obra, teve variação 1,11 p.p. maior do que no mês anterior passando de 0,07% em janeiro para 1,18% em fevereiro. Nos últimos doze meses, os acumulados foram: 2,33% para materiais e 9,73% para mão de obra. No mês as variações regionais foram: 0,23%, na Região Norte, 0,26%, na Região Nordeste, 1,43%, no Sudeste, 0,18%, no Centro-Oeste, e 0,43% no Sul. Ainda na verificação regional, os custos foram os seguintes: Sudeste, R$ 900,83, Sul, R$ 872,73, Norte, R$ 879,31, Centro-Oeste, R$ 868,22 e Nordeste R$ 808,71.

Consequência

O aumento ocorrido no mês foi causado principalmente pelo reajuste salarial em Minas Gerais, marcando o início dos meses com forte variação por motivos sazonais que culmina em maio, com o reajuste em São Paulo.

INFLAÇÃO IPP – ÍNDICES DE PREÇO AO PRODUTOR (FEVEREIRO/2013) – IBGE

Fato

O IPP apresentou variação negativa de 0,33% em fevereiro, ficando, portanto 0,23 p.p. inferior à variação do mês anterior, negativos 0,10%, e 0,10 p.p. maior do que a do mesmo mês do ano anterior, negativos 0,43%. No acumulado em doze meses a variação foi de 7,73%.

Causa

No mês, treze das vinte e três atividades apresentaram variações positivas, as maiores variações foram em Perfumaria, sabões e produtos de limpeza, Alimentos, Fumo e Têxtil. No acumulado em doze meses, sobressaíram-se as variações positivas em Alimentos, Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, Têxtil e Outros equipamentos de transporte.

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Consequência

A variação negativa dos preços ao produtor resulta do desaquecimento da atividade econômica e deverá impactar na redução dos preços ao consumidor, devendo assim, influenciar redução da inflação nos próximos meses.

OPERAÇÕES DE CRÉDITO NOTA À IMPRENSA (FEVEREIRO/2013) – BACEN

Fato

O estoque das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 2.384 bilhões em fevereiro. A relação entre o crédito total e o PIB manteve-se praticamente estável frente ao mês anterior, 53,4%, crescendo 4,6 p.p. na comparação com fevereiro de 2012. A taxa média geral de juros das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as operações com recursos livres e direcionados atingiu 18,7% a.a., e a taxa de inadimplência, 3,7%.

Causa

O volume total das operações de crédito, em janeiro, apresentou crescimento de 0,7%, no mês, e 16,8% em doze meses. Os empréstimos contratados com recursos livres, que representam 58,2% do total, atingiram R$ 1.395 bilhões, aumentando 0,5% no mês e 12,8% com relação a fevereiro de 2012. No segmento de pessoa jurídica, houve avanço de 1,0% no mês, totalizando R$ 698 bilhões. Os empréstimos realizados às pessoas físicas diminuíram 0,1%, chegando a R$ 697 bilhões.

No crédito direcionado houve avanço de 1,1%, no mês, e 22,9% em doze meses, chegando a R$ 989 bilhões. Esse desempenho resultou de acréscimos mensais respectivos de 1,7% e 0,8% nos financiamentos a pessoas físicas e jurídicas. No segmento de pessoas físicas destacaram-se os financiamentos imobiliários, com recursos da poupança e do FGTS, e no segmento a pessoas jurídicas o crédito rural.

As taxas médias geral de juros aumentaram 0,1 p.p. no mês, e diminuiu 5,1 p.p. nos últimos doze meses. Para pessoa física a taxa média de juros atingiu 24,9% a.a., com elevação de 0,5 p.p. no mês. Nas pessoas jurídicas, não houve variação em fevereiro, mantendo-se em 14% a.a.

A taxa de inadimplência do sistema financeiro atingiu 3,7%, registrando estabilidade no mês, e recuando 0,1 p.p. no confronto com fevereiro de 2012. A taxa de inadimplência relativa a pessoas físicas situou-se em 5,4% com redução de 0,1 p.p. no mês. Para pessoas jurídicas foi registrada estabilidade no mês situando-se em 2,3%.

Consequência

No mês houve estabilidade no crédito, mas ao longo do ano o indicador segue em expansão que deverá intensificar-se caso confirme-se a recuperação econômica ao longo do ano.

SETOR EXTERNO NOTA À IMPRENSA (FEVEREIRO/2013) – BACEN

Fato

Em fevereiro, o Balanço de Pagamentos registrou superávit de US$ 1,9 bilhão. As reservas internacionais no conceito de liquidez diminuíram US$ 1,3 bilhão, totalizando US$ 376,5 bilhões e a dívida externa somou US$ 316,3 bilhões, com aumento de US$ 3,4 bilhões em relação à posição de dezembro de 2012.

Causa

No que tange ao Balanço de Pagamentos, o saldo da conta de transações correntes foi negativo em US$ 6,6 bilhões, acumulando déficit de US$ 63,5 bilhões nos últimos doze meses. A conta capital e financeira registrou entrada líquida de US$ 8,5 bilhões, destacando-se, no mês, os ingressos líquidos em investimentos estrangeiros diretos, US$ 3,8 bilhões e empréstimos diretos, também US$ 3,8 bilhões. A conta de serviços registrou déficit de US$ 3,2 bilhões, 16% superior ao observado no mesmo período de 2012.

A movimentação das reservas, durante o mês foi consequência, principalmente, de variações por paridade que reduziram o estoque em US$ 2,4 bilhões. Em fevereiro, a dívida externa de médio e longo prazo cresceu US$ 3,4 bilhões, atingindo US$ 283,7 bilhões, e a de curto prazo manteve-se estável.

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Consequência

Segue preocupante o excessivo déficit em transações correntes, que não tem impacto mais pernicioso decorrente do elevado fluxo de capital em investimentos estrangeiros.

POLÍTICA FISCAL NOTA À IMPRENSA (FEVEREIRO/2013) – BACEN

Fato

Em fevereiro, o setor público não financeiro registrou déficit de R$ 3 bilhões, acumulando no ano superávit de R$ 27,2 bilhões, 1,58 p.p. do PIB. O resultado nominal teve déficit de R$ 23,3 bilhões, acumulando negativos R$ 15,7 bilhões (2,11% do PIB), no ano. A dívida líquida do setor público alcançou R$ 1.593,7 bilhões (35,7% do PIB). O montante dos juros apropriados atingiu R$ 20,3 bilhões, no mês, e R$ 42,9 bilhões no acumulado do primeiro bimestre, em doze meses os juros somam R$ 218,8 bilhões, 4,9% do PIB.

Causa

Na composição do déficit primário no mês, o Governo Central apresentou resultado negativo de R$ 7,1 bilhões, os governos regionais tiveram superávit de R$ 4,2 bilhões, e as empresas estatais déficit de R$ 130 milhões. Com relação aos juros apropriados em fevereiro, houve redução de R$ 2,3 bilhões em relação ao total apropriado em janeiro, e o déficit nominal foi principalmente financiado por expansão de R$ 17,4 bilhões na dívida bancária líquida e de R$ 16,7 bilhões na dívida mobiliária em mercado.

Com relação à Dívida Líquida do Setor Público como percentual do PIB, houve avanço de 0,4 p.p., na comparação com o mês anterior. No ano, esta relação teve aumento de 0,5 p.p. Contribuíram para o avanço, os juros nominais apropriados, o efeito da valorização cambial e o ajuste de paridade da cesta de moedas, que foram mitigadas pelo superávit primário e o crescimento do PIB corrente.

Consequência

O montante do déficit primário surpreendeu, todavia, a expectativa é de geração de maiores superávits primários e de menor pressão na dívida pública.