utilizaÇÃo dos equipamentos de proteÇÃo individual pelos auxiliares de...

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ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL ENFERMAGEM DO TRABALHO WISTANA SANTOS LIMA UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL MUNICIPAL DA CIDADE DE CAATIBA- BA SALVADOR 2012

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ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL

ENFERMAGEM DO TRABALHO

WISTANA SANTOS LIMA

UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

INDIVIDUAL PELOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM

DO HOSPITAL MUNICIPAL DA CIDADE DE CAATIBA-

BA

SALVADOR 2012

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WISTANA SANTOS LIMA

UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

INDIVIDUAL PELOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM

DO HOSPITAL MUNICIPAL DA CIDADE DE CAATIBA-

BA

Monografia apresentada à Universidade Castelo Branco/Atualiza Associação Cultural como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Enfermagem do Trabalho sob orientação do Professor Dr. Fernando Reis do Espírito Santo.

SALVADOR

2012

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Dedico este trabalho aos meus

pais, por todo o amor e dedicação

para comigo, por terem sido a peça

fundamental para que eu tenha me

tornado a pessoa que hoje sou.

A meu filho pelo carinho e apoio

dispensados em todos os

momentos que precisei.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado forças e iluminado meu caminho para que

pudesse concluir mais uma etapa da minha vida;

Ao meu pai Washington, por todo amor e dedicação que sempre teve

comigo, homem pelo qual tenho maior orgulho de chamar de pai, meu eterno

agradecimento pelos momentos em que esteve ao meu lado, me apoiando e

me fazendo acreditar que nada é impossível, pai dedicado, batalhador, que

abriu mão de muitas coisas para me proporcionar a realização deste trabalho;

Ao meu orientador, professor Dr. Fernando Reis do Espírito Santo, pelo

ensinamento e dedicação dispensados no auxilio à concretização dessa

monografia;

Agradeço ao meu namorado por todo carinho, amizade, companheirismo

e felicidade. Obrigada por tudo meu querido.

Por fim, gostaria de agradecer a meu filho, Hugo, pelo carinho e pela

compreensão nos momentos em que a dedicação aos estudos foi exclusiva.

Amo você meu Bebein!

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“A sabedoria consiste em compreender que

o tempo dedicado ao trabalho nunca é

perdido.”

Ralph Emerson

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RESUMO

Este estudo aborda sobre os profissionais da área de saúde, que no exercício de suas funções, estão sujeitos a riscos, tendo necessidade de utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para prevenir o aparecimento de doenças e a ocorrência de acidentes de trabalho. Tem como objetivos: descrever a utilização dos EPI’s pelas auxiliares de enfermagem e avaliar a aceitação das auxiliares de enfermagem quanto ao uso dos EPI’s. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e de campo. Através desta pesquisa de caráter quantitativo foi desenvolvido um estudo descritivo em um hospital municipal na cidade de Caatiba-BA, a fim de verificar a adesão dos auxiliares de enfermagem ao uso dos EPI’S.A amostra foi constituída por 15 auxiliares de enfermagem. Na coleta de dados utilizou-se um questionário que se destinou ao levantamento dos dados. Os resultados desse estudo nos mostram que apesar de todos os auxiliares de enfermagem usarem os EPI’S, uma boa parte ainda acha que esses equipamentos incomodam. Todos os participantes recebem orientação a respeito da proteção individual. Apenas a minoria utiliza constantemente todos os equipamentos necessários ao exercício da enfermagem e, dos utilizados, as luvas são as que possuem mais adesão. A falta de adesão aos EPI´s pode ter consequências graves, desde uma punição aos empregadores quanto a contaminação de pacientes e funcionários por doenças transmitidas em contato com sangue e vias aéreas. É obrigação do fabricante, do empregador e do empregado fazer valer o uso dos EPI´s. PALAVRAS-CHAVE: Auxiliares de enfermagem; Equipamentos de Proteção Individual; NR6.

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ABSTRACT

This study focuses on the health professionals, who in the exercise of their functions, are subject to risks, needing to use Personal Protective Equipment (PPE) to prevent the onset of disease and the occurrence of accidents. Aims to describe the use of PPE by nursing assistants and assess the acceptance of nursing assistants in the use of PPE. It is a quantitative, descriptive and field research. Through this research of a quantitative character we developed a descriptive study in a municipal hospital in the city of Caatiba-BA in order to verify the compliance of nursing assistants to the use of PPE. The sample consisted of 15 nursing assistants. Data collection used a questionnaire that was intended to collect data. The results of this study show that in spite of all nursing assistants wear PPE'S, one still finds much of that equipment bother. All participants receive guidance about personal protection. Only a minority constantly uses all equipment necessary for nursing practice, and the used gloves are those that have more membership. The lack of adherence to PPE can have serious consequences, a punishment from employers and the contamination of patients and staff-borne disease in contact with blood and airways. It is the obligation of the manufacturer, employer and employee to enforce the use of PPE. KEYWORDS: Nursing assistants, Personal Protective Equipment; NR6.

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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO .......................................................................................... 8

2- REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................... 12

2.1- INSTITUIÇÃO HOSPITALAR ........................................................... 12

2.1.1- Riscos ocupacionais no trabalho de enfermagem .............................. 14

2.1.2- O trabalho de enfermagem ................................................................. 16

2.2- NR6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (206.000-0/I0) ............................................................................................... 19

2.2.1- Luvas .................................................................................................. 26

2.2.2-Máscaras e respiradores ..................................................................... 26

2.2.3- Protetores faciais ................................................................................ 26

2.2.4- Óculos de segurança .......................................................................... 26

2.2.5- Vestimentas especiais ........................................................................ 26

2.2.6- Calçados impermeáveis e de proteção ............................................... 26

3- METODOLOGIA ..................................................................................... 27

3.1. Tipo de pesquisa ................................................................................... 27

3.2. Local da pesquisa .................................................................................. 28

3.3. Sujeitos da pesquisa .............................................................................. 28

3.4. Instrumento e técnica de coleta de dados ............................................. 29

3.5. Apresentação e discussão dos dados ................................................... 29

4- CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 38

5- REFERÊNCIAS ....................................................................................... 39

ANEXO I ........................................................................................................ 44

ANEXO II ....................................................................................................... 54

APÊNDICE ......................................................................................56

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1- INTRODUÇÃO

Apresentação do objeto de estudo

O trabalho exerce um papel fundamental na vida do homem, podendo

produzir efeito positivo quando é capaz de satisfazer às necessidades básicas

de subsistência, criação e colaboração dos trabalhadores. Por outro lado, ao

executá-lo, o homem submete-se constantemente aos riscos presentes no

ambiente laboral, que podem interferir diretamente em sua condição de saúde.

Os trabalhadores da área da saúde, principalmente a hospitalar, estão

expostos a múltiplos riscos no seu ambiente de trabalho, de natureza química,

física, biológica, psicossocial e ergonômica. Os riscos biológicos são os

principais geradores de periculosidade e insalubridade para esses

profissionais, pois eles têm contato direto com sangue e outros fluidos

corpóreos, além de manipulação rotineira de materiais perfurocortantes. Daí a

importância da orientação e educação dos profissionais de enfermagem em

controlar os agentes de risco, utilizar os EPI´s e participar dos controles

administrativos, programas de exames médicos e sempre adotar medidas de

segurança (FUNDEN apud NISHIDE; BENATTI, 2004; GIR et al.,2004).

A enfermagem constitui a maior representatividade de pessoal dentro do

hospital. No desempenho de suas atividades impõem-se rotinas, elevada carga

horária semanal, número reduzido de pessoal para cumprir suas funções,

contato com substâncias, compostos ou produtos químicos em geral. Além do

risco biológico permanente, somam-se ainda esforço físico, levantamento e

transporte manual de peso, materiais inadequados ou defeituosos, postura

inadequada, trabalho noturno, iluminação deficiente e situações causadoras de

estresse psíquico. Nesse sentido, as atividades decorrentes do trabalho são, às

vezes, responsáveis por danos físicos, em virtude da falta de conhecimento

sobre medidas preventivas e do uso incorreto de equipamentos de proteção.

Embora o profissional de enfermagem promova o cuidado ao indivíduo doente,

pouco sabe a respeito de cuidar de sua saúde profissional, visto que a

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preocupação destes trabalhadores na relação saúde-trabalho-doença é

genérica.

Um exemplo desta relação está no acidente de trabalho, que se

“caracteriza por uma interação direta, repentina e involuntária entre a pessoa e

o agente agressor em curto espaço de tempo. Esse tipo de acidente está

relacionado aos riscos ocupacionais, ou seja, aos elementos presentes no

ambiente de trabalho que podem causar danos ao corpo do trabalhador,

ocasionando doenças ocupacionais adquiridas em longo prazo”. Uma das

formas de evitar acidentes com maiores proporções é o uso de equipamento de

proteção individual (EPI), que constitui uma barreira protetora para o

trabalhador, pois reduz efetivamente (embora não elimine) os riscos.

O termo saúde do trabalhador refere-se a um campo do saber que visa

compreender as relações entre trabalho e processo saúde-doença. Nesta

acepção, considera a saúde e a doença como processos dinâmicos,

estreitamente articulados com os modos de desenvolvimento produtivo da

humanidade em determinado momento histórico. Parte do princípio de que a

forma de inserção dos indivíduos nos espaços de trabalho contribuem

decisivamente para formas especificas de adoecer e morrer (BRASIL, 2002).

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas

que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças

ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do

trabalhador. Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do

trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação

funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária

da capacidade para o trabalho.

Neste contexto, a Enfermagem do Trabalho surge com a finalidade de

prestar ao paciente, em ambulatórios, em setores de trabalho e em domicílio a

execução de atividades relacionadas aos serviços de higiene, medicina e

segurança do trabalho, integrando equipes de estudos. O enfermeiro do

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trabalho realiza procedimentos de enfermagem de maior complexidade e

prescreve ações, adotando medidas de precaução universal de biossegurança.

Esse profissional estuda e observa condições de higiene, periculosidade e

segurança no ambiente de trabalho, além de planejar e executar ações de

prevenção de riscos e acidentes com os trabalhadores. Cabe a ele a coleta de

dados de doenças ocupacionais, realização de inquéritos sanitários, coleta de

dados estatísticos de morbidade e mortalidade de trabalhadores e etapas

precedentes aos estudos epideminológicos.

Justificativa

Quando ingressei no curso de Graduação em Enfermagem e ao realizar

alguns estágios tanto no Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães, na

cidade de Itabuna, quanto no Hospital Geral de Ilhéus, percebi que algumas

auxiliares de enfermagem eram vítimas de acidentes pelo não uso ou pelo

uso inadequado dos EPI’s. Este fato chamou minha atenção e percebi o

quanto necessitavam de uma orientação em saúde.

Ao entrar no curso de pós-graduação em Enfermagem do trabalho, tive a

oportunidade de saber mais sobre o uso de EPI’s. Diante disso, a utilização

dos EPI’s pelas auxiliares de enfermagem será explanada em meu trabalho

monográfico de conclusão de curso de Pós-Graduação em Enfermagem do

trabalho.

Problema

Como se dá a utilização dos EPI’s pelas auxiliares de enfermagem do

Hospital Municipal de Caatiba-BA?

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Objetivos

Descrever a utilização dos EPI’s pelas auxiliares de enfermagem.

Avaliar a aceitação das auxiliares de enfermagem quanto ao uso

dos EPI’s.

Estrutura do trabalho

Este estudo está constituído de três momentos. No primeiro momento

discuto sobre a instituição hospitalar, que é caracterizada como o lugar do

exercício de um conjunto de práticas em saúde. No segundo momento

apresento subsídios teóricos sobre os Equipamentos de Proteção Individual,

através da NR6 e os diversos tipos de EPI’s. No terceiro momento descrevo o

caminho metodológico evidenciando local e tipo de pesquisa.

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2- REFERENCIAL TEÓRICO

2.1- INSTITUIÇÃO HOSPITALAR

A instituição hospitalar é caracterizada como o lugar do exercício de um

conjunto de práticas em saúde, configurando uma tecnologia do processo de

trabalho que na sua singularidade exige do profissional de saúde respostas

individuais e coletivas ao lidar diariamente com a dor, doença e a morte

(BRANDÃO JÚNIOR, 2001).

O hospital é parte integrante de uma organização Médica e Social, cuja

função básica consiste em proporcionar à população Assistência Médica

Sanitária completa, tanto curativa como preventiva, sob qualquer regime de

atendimento, inclusive o domiciliar, cujos serviços externos irradiam até o

âmbito familiar (MARZIALLE; CARVALHO, 1998).

Para (Starling 2000, apud BRANDÃO JUNIOR, 2001) o hospital é um

estabelecimento que presta serviços específicos à população em geral e

apresenta uma variedade de ações de saúde que expõe seus trabalhadores a

uma ou mais cargas, dentre as quais destaca-se a exposição a doenças

infecto-contagiosas e aquelas em contato direto com pacientes e/ou com

artigos e equipamentos contaminados com material orgânico.

No Brasil o hospital apresenta grau de risco três, devido às operações

insalubres ali realizadas e à presença de agentes biológicos responsáveis

pelas infecções causadas por vírus, fungos e bactérias. O ambiente hospitalar

apresenta também, uma série de outros riscos decorrentes de fatores físicos,

químicos, psicossociais e ergonômicos, os quais podem ser prejudiciais à

saúde dos trabalhadores e por isso, devem ser analisados para que se possam

caracterizar as condições de trabalho em cada instituição (MARZIALLE;

CARVALHO, 1998).

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Poucos locais de trabalho são tão complexos como um hospital. O

ambiente hospitalar tem sido considerado insalubre, por agrupar pacientes

portadores de diversas enfermidades infectocontagiosas e viabilizar muitos

procedimentos que oferecem riscos de acidentes e doenças para os

trabalhadores de saúde. Além de prover cuidado básico de saúde a um grande

número de pessoas, muitos hospitais são frequentemente centros de ensino e

pesquisa. As instituições hospitalares brasileiras começaram a se preocupar

com a saúde dos trabalhadores no início da década de 70, quando

pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) enfocaram a saúde

ocupacional de trabalhadores hospitalares. Existem riscos potenciais aos quais

os trabalhadores hospitalares podem estar expostos, dependendo da atividade

que desenvolvem e o seu local de trabalho (NISHIDE; BENATTI; ALEXANDRE,

2004).

Considera-se o trabalho uma atividade eminentemente social, que

exerce um papel fundamental nas condições de vida do homem. Produz efeito

positivo, quando é capaz de satisfazer às necessidades básicas de

subsistência, e de colaboração dos trabalhadores. Ao realizá-lo, o ser humano

expõe-se constantemente aos riscos presentes no ambiente em que trabalha,

os quais podem interferir diretamente em sua condição de saúde. O ambiente

de trabalho na área de saúde oferece muitos e variados riscos aos profissionais

(AMARAL et al., 2005).

O ambiente de trabalho é o local onde é executada a atividade de

trabalho. São considerados como fatores componentes do ambiente de

trabalho os dispositivos legais, regulamentos, considerações éticas, ruído,

iluminação e a temperatura (SLUCHAK, 1992 apud MARZIALLE; CARVALHO,

1998).

Sabe-se que no contexto hospitalar, a enfermagem constitui-se na maior

força de trabalho, e suas atividades são frequentemente marcadas por divisão

fragmentada de tarefas, rígida estrutura hierárquica, para o cumprimento de

rotinas, normas e regulamentos, dimensionamento qualitativo e quantitativo

insuficiente de pessoal, situação de exercício profissional que tem repercutido

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em elevado absenteísmo e afastamentos por doenças (SOUZA; VIANNA,

1993).

O ambiente hospitalar, muito se tem falado e publicado a respeito das

condições inadequadas de trabalho vigentes em grande parte dessas

instituições, expondo seus trabalhadores a riscos de ordem biológica, física,

química, ergonômica, mecânica, psicológica e social. Os hospitais constituem-

se em locais de aglutinação de paciente/clientes acometidos por diferentes

problemas de saúde, assistidos por trabalhadores diversos, da área da saúde

ou técnico-administrativas, e vários estudos têm apontado que os serviços de

saúde, em particular os hospitais, geralmente proporcionam aos seus

trabalhadores, principalmente da enfermagem, piores condições de trabalho

em relação a outros serviços (PEREIRA et al., 2004).

No ambiente hospitalar, os avanços tecnológicos relativos aos

equipamentos, materiais e procedimentos e o grau de complexidade das

atividades realizadas pelos trabalhadores de enfermagem, os expõem a vários

tipos de riscos que se expressam por diferentes problemas de saúde

(SARQUIS; FELLI, 2002).

Hospital é um local destinado ao atendimento de doentes, para

proporcionar o diagnóstico e tratamento necessário. São empresas

caracterizadas por produzir serviços e assistência à saúde, não se

preocupando suficientemente com a proteção, promoção e manutenção da

saúde dos empregados, os quais exercem suas atividades em ambientes

altamente insalubres, sujeitos a todo tipo de infecção, além do contato com

produtos químicos, tóxicos e altos níveis de radiação (BARROSO, 1982 apud

OLIVEIRA et al., 2005).

2.1.1- Riscos ocupacionais no trabalho de enfermagem

Os trabalhadores de enfermagem, durante a assistência ao paciente,

estão expostos a inúmeros riscos ocupacionais relacionados a agentes

químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e acidentes de trabalhos. Risco é a

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probabilidade de ocorrer um evento bem definido no espaço e no tempo, que

causa dano a saúde, às unidades operacionais ou dano econômico

(MARZIALLE; CARVALHO, 1998).

Os riscos químicos é o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao

manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos ou

prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição química

abrangem todas as substâncias químicas que estão presentes no processo de

trabalho de enfermagem, como as utilizadas no processo de esterilização e

desinfecção de materiais, em anestesias e nos tratamentos medicamentosos

dos pacientes (DAMASCENO, 2006).

O risco biológico é a probabilidade da exposição ocupacional a agentes

biológicos. Estão relacionados a agentes biológicos os vírus, os fungos,

bactérias através de artigos e superfícies de contaminação ambiental. Os

riscos biológicos, estes, são responsáveis pelas infecções agudas e crônicas

causadas podendo provocar o aparecimento de doenças e acidentes de

trabalho e constituem-se nos principais geradores de periculosidade e

insalubridade dos trabalhadores (OLIVEIRA et al., 2005).

Os riscos ocupacionais relacionados aos agentes biológicos estão

amplamente distribuídos na estrutura de uma unidade de saúde, sofrendo

variações proporcionais aos contatos com os pacientes, principalmente,

envolvendo sangue, secreções e outros fluidos corporais (DAMASCENO,

2006).

Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que

possam estar expostos os trabalhadores. O risco físico é exemplificado pelos

ruídos internos e externos ao ambiente de trabalho, calor, frio, pressão,

umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração (CARVALHO, 2001).

Os riscos ergonômicos estão relacionados a elementos físicos e

organizacionais que interferem no conforto da atividade laboral e

consequentemente nas características psicofisiológicas do trabalhador. O risco

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ergonômico está relacionado à postura inadequada, trabalho em pé ou sentado

por longos períodos, levantamento de peso para movimentação de pacientes e

equipamentos, que podem causar sérias lesões nos trabalhadores de

enfermagem (MARZIALLE; CARVALHO, 1998).

No contexto hospitalar, destaca-se o risco psicossocial, derivado do contato

dos trabalhadores da/na saúde com o sofrimento dos pacientes, quer no

processo de morrer, quer na assistência das doenças crônico degenerativas,

dentre outros eventos do processo saúde-doença (OLIVEIRA et al.,2005).

O risco psicossocial pode ser associado à fadiga e à tensão; à perda do

controle sobre o trabalho; ao impacto dos rodízios do trabalho noturno e em

turnos, das horas extras, das dobras de plantão; ao trabalho subordinado; a

desqualificação do trabalhador; ao trabalho parcelado com a fragmentação e

repetição de tarefas; ao ritmo acelerado de trabalho (CHIODI; MARZIALLE;

ROBAZZI, 2007).

Considera-se o risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador

em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem-estar físico e

psíquico. Está relacionado ao ato inseguro que em geral o indivíduo está

consciente do que está fazendo, estando contra as normas de segurança (são

exemplos de atos inseguros: manipulação de pérfuro-cortante sem EPI’s, ligar

tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas) ou condições

inseguras que é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e/ou

risco ao trabalhador (são exemplos de condições inseguras: a falta de EPI’s,

pisos molhados) (CARVALHO, 2001).

Os fatores de risco presentes nos locais de trabalho não devem ser

compreendidos de forma isolada e estanque. Ao contrário, é necessário

aprender a forma como eles acontecem na dinâmica global e cotidiana do

processo de trabalho (OLIVEIRA et al., 2005).

2.1.2- O trabalho de enfermagem

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O trabalho no serviço hospitalar exige um conhecimento amplo sobre

situações de saúde e certo domínio dos profissionais sobre o processo de

trabalho, ou seja, do conjunto das necessidades envolvidas no cotidiano

assistencial. Este domínio engloba exigências tais como pensar rápido, ter

agilidade, competência e capacidade de resolutividade dos problemas

emergentes. Trata-se de um ambiente de trabalho onde o tempo é limitado e as

atividades são inúmeras (ALMEIDA; PIRES, 2007).

Os trabalhadores estão expostos a uma diversidade e simultaneidade de

cargas de trabalho que geram processos de desgaste que, em seu estudo,

foram apreendidos pela morbidade referida pelos trabalhadores, morbidade

registrada nos exames médicos periódicos e pelos acidentes de trabalho

(SARQUIS; FELLI, 2002).

Os estudos que enfocam a relação saúde-trabalho de enfermagem nas

instituições hospitalares começaram a ser realizados nas últimas décadas.

Estes estudos demonstram que a saúde do trabalhador de enfermagem é

comprometida, podendo ser detectado através da elevada incidência de

acidentes de trabalho e doenças profissionais (SARQUIS; FELLI, 2002).

Ser enfermeiro significa ter como agente de trabalho o homem, e, como

sujeito de ação, o próprio homem. Há uma estreita ligação entre o trabalho e o

trabalhador, com a vivência direta e ininterrupta do processo de dor, morte,

sofrimento, desespero, incompreensão, irritabilidade e tantos outros

sentimentos e reações desencadeadas pelo processo doença (BATISTA;

BIANCHE, 2006).

A prática de enfermagem precisa continuar cada vez mais tendo como

alvo um cuidar humanístico, porém norteado por normas que visam à

implementação de medidas preventivas que protejam o profissional (ALMEIDA;

PIRES, 2007).

Os profissionais da equipe de enfermagem estão expostos à ocorrência

de acidentes de trabalho de variadas naturezas. Considerando que esses

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acidentes podem ocorrer em decorrência do exercício profissional e do modo

de viver desses trabalhadores, é necessária a atenção de todos os envolvidos

na relação de trabalho, tanto empregados quanto empregadores (RUIZ;

BARBOZA; SOLER, 2004).

O enfermeiro presta assistência em setores considerados desgastantes,

tanto pela carga de trabalho, como pelas especificidades das tarefas, e nesse

panorama, enfermeiros que lá trabalham. Os profissionais de enfermagem

estão sujeitos ao estresse organizacional similar a outros trabalhadores,

entretanto, enfrentam uma exigência emocional adicional devido à natureza da

profissão (BATISTA; BIANCHE, 2006).

A saúde dos trabalhadores deve ser encarada com a mesma

importância que a de usuários dos serviços assistenciais, visto que o trabalho

exerce um papel fundamental nas condições de vida e saúde dos indivíduos.

Da mesma forma deve-se levar em conta que a qualidade na atenção em

saúde depende também da organização do trabalho, no que tange às

condições em que esse trabalho se realiza, evitando-se que os trabalhadores

sofram desgastes, doenças ou os acidentes de trabalho (RUIZ; BARBOZA;

SOLER, 2004).

A consequência da exposição ocupacional aos patógenos transmitidos

pelo sangue não está somente relacionada à infecção, mas também pelo

trauma psicológico que perduram durante os meses de espera dos resultados

dos exames sorológicos (MARZIALE; NISHIMURA; FERREIRA, 2004).

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2.2- NR6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

(206.000-0/I0)

A legislação brasileira sobre Equipamento de Proteção Individual (EPI) é

a Norma Regulamentadora nº 6 (NR-6). Explanarei, na íntegra, a NR6 para um

melhor entendimento sobre os EPI’s.

1. Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora – NR,

considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou

produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de

riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

1.1. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo

aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado

contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam

suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

2. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado,

só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de

Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de

segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. (206.001-

9 /I3)

3. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI

adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas

seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção

contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do

trabalho; (206.002-7/I4)

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

(206.003-5 /I4)

c) para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)

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4. Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o

disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI

adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.

4.1. As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no

ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas

para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão

tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de

segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões

submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para

aprovação.

5. Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho – SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes – CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT,

recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada

atividade.

5.1. Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado,

mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI

adequado à proteção do trabalhador.

6. Cabe ao empregador

6.1. Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; (206.005-1 /I3)

b) exigir seu uso; (206.006-0 /I3)

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente

em matéria de segurança e saúde no trabalho; (206.007-8/I3)

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e

conservação; (206.008-6 /I3)

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; (206.009-4 /I3)

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f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, (206.010-8

/I1)

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. (206.011-6 /I1)

7. Cabe ao empregado

7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para

uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

8. Cabe ao fabricante e ao importador

8.1. O fabricante nacional ou o importador deverá:

a) cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional competente em

matéria de segurança e saúde no trabalho; (206.012-4 /I1)

b) solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II; (206.013-2 /I1)

c) solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando vencido o prazo

de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de

segurança e saúde do trabalho;(206.014-0 /I1)

d) requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver alteração das

especificações do equipamento aprovado; (206.015-9 /I1)

e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao

Certificado de Aprovação - CA; (206.016-7 /I2)

f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA; (206.017-5

/I3)

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g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde

no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos; (206.0118-3

/I1)

h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando

sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;

(206.019-1 /I1)

i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e, (206.020-5 /I1)

j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO,

quando for o caso. (206.021-3 /I1)

9. Certificado de Aprovação – CA

9.1. Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI’s terá validade:

a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que

não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;

b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO,

quando for o caso;

c) de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta

Norma, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,

oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos

ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua aprovação pelo órgão

nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante

apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da

especificação técnica de fabricação, podendo ser renovado até 2006, quando

se expirarão os prazos concedidos; e,

d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos

após a data da publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas

nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório

capacitado para realização dos ensaios, caso em que os EPI serão aprovados

pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho,

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mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da

especificação técnica de fabricação.

9.2. O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no

trabalho, quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos

diversos daqueles dispostos no subitem 6.9.1.

9.3. Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o

nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA,

ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o

número do CA. (206.022-1/I1)

9.3.1. Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão

nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá

autorizar forma alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou

importador, devendo esta constar do CA.

10. Restauração, lavagem e higienização de EPI

10.1. Os EPI’s passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão

definidos pela comissão tripartite constituída, na forma do disposto no item

6.4.1, desta NR, devendo manter as características de proteção original.

11. Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE

11.1. Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde

no trabalho:

a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;

b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;

c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de

EPI;

d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;

e) fiscalizar a qualidade do EPI;

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f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e,

g) cancelar o CA.

11.1.1. Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria

de segurança e saúde no trabalho poderá requisitar amostras de EPI,

identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de

outros requisitos.

11.2. Cabe ao órgão regional do MTE:

a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;

b) recolher amostras de EPI; e,

c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis

pelo descumprimento desta NR.

12. Fiscalização para verificação do cumprimento das exigências legais

relativas ao EPI.

12.1. Por ocasião da fiscalização poderão ser recolhidas amostras de EPI, no

fabricante ou importador e seus distribuidores ou revendedores, ou ainda, junto

à empresa utilizadora, em número mínimo a ser estabelecido nas normas

técnicas de ensaio, as quais serão encaminhadas, mediante ofício da

autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho,

a um laboratório credenciado junto ao MTE ou ao SINMETRO, capaz de

realizar os respectivos laudos de ensaios, ensejando comunicação posterior ao

órgão nacional competente.

12.2. O laboratório credenciado junto ao MTE ou ao SINMETRO, deverá

elaborar laudo técnico, no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento das

amostras, ressalvados os casos em que o laboratório justificar a necessidade

de dilatação deste prazo, e encaminhá-lo ao órgão nacional competente em

matéria de segurança e saúde no trabalho, ficando reservado a parte

interessada acompanhar a realização dos ensaios.

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12.2.1. Se o laudo de ensaio concluir que o EPI analisado não atende aos

requisitos mínimos especificados em normas técnicas, o órgão nacional

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho expedirá ato

suspendendo a comercialização e a utilização do lote do equipamento

referenciado, publicando a decisão no Diário Oficial da União – DOU.

12.2.2. A Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT, quando julgar necessário,

poderá requisitar para analisar, outros lotes do EPI, antes de proferir a decisão

final.

12.2.3. Após a suspensão de que trata o subitem 6.12.2.1, a empresa terá o

prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa escrita ao órgão nacional

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.

12.2.4. Esgotado o prazo de apresentação de defesa escrita, a autoridade

competente do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST,

analisará o processo e proferirá sua decisão, publicando-a no DOU.

12.2.5. Da decisão da autoridade responsável pelo DSST, caberá recurso, em

última instância, ao Secretário de Inspeção do Trabalho, no prazo de 10 (dez)

dias a contar da data da publicação da decisão recorrida.

12.2.6. Mantida a decisão recorrida, o Secretário de Inspeção do Trabalho

poderá determinar o recolhimento do(s) lote(s), com a conseqüente proibição

de sua comercialização ou ainda o cancelamento do CA.

12.3. Nos casos de reincidência de cancelamento do CA, ficará a critério da

autoridade competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a

decisão pela concessão, ou não, de um novo CA

12.4. As demais situações em que ocorra suspeição de irregularidade,

ensejarão comunicação imediata às empresas fabricantes ou importadoras,

podendo a autoridade competente em matéria de segurança e saúde no

trabalho suspender a validade dos Certificados de Aprovação de EPI emitidos

em favor das mesmas, adotando as providências cabíveis.

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2.2.1- Luvas

Um dos equipamentos mais importantes. Protegem as mãos de

materiais escoriantes, abrasivos, cortantes, tóxicos, corrosivos, etc. Existem

vários tipos de luvas no mercado devendo, portanto, ser utilizadas de acordo

com o tipo e formulação do produto a ser manuseado. Deve ser impermeável

ao produto químico.

2.2.2-Máscaras e respiradores

Tem o objetivo de evitar a inalação de vapores orgânicos, névoas ou

finas partículas tóxicas através das vias respiratórias. São recomendadas para

locais onde o teor de oxigênio seja inferior a 18%. Devem sempre estar limpos

e higienizados e seus filtros jamais devem estar saturados. Se utilizados de

forma inadequada, os respiradores tornam-se desconfortáveis e podem

transformar-se em fonte de contaminação.

2.2.3- Protetores faciais

Protegem os olhos e o rosto contra lesões durante o manuseio e

aplicação, resultante do contato com partículas e respingos, vapores de

produtos químicos e radiações luminosas intensas. Deve ter a maior

transparência possível e não distorcer as imagens.

2.2.4- Óculos de segurança

Combatem ferimentos nos olhos provenientes de contato com partículas,

líquidos agressivos, etc.

2.2.5- Vestimentas especiais

São usadas contra os riscos de lesões provocadas por produtos

radioativos, biológicos ou químicos. A diferença entre os tipos de confecções

se dá pelo nível de proteção que oferecem.

2.2.6- Calçados impermeáveis e de proteção

Evitam contato do trabalhador em locais úmidos. Devem ser impermeáveis, preferencialmente de cano alto e resistente aos solventes orgânicos.

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3- METODOLOGIA

3.1. Tipo de pesquisa

Foi desenvolvida uma pesquisa de caráter quantitativo através de um

estudo descritivo e realizado uma pesquisa de campo. O método quantitativo é

aquele que usa a análise estatística para o tratamento dos dados

(FIGUEIREDO, 2004).

As pesquisas quantitativo-descritivas consistem em investigações de

pesquisa empírica cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das

características de fatos ou fenômenos, a avaliação de programas ou o

isolamento de variáveis principais ou chave (TRIPODI et al apud MARCONI;

LAKATOS, 1999). Os dados, por ocorrerem em seu hábitat natural, precisam

ser coletados e registrados ordenadamente para seu estudo propriamente dito

(CERVO; BERVIAN, 2002).

Este estudo caracteriza-se quanto aos objetivos como uma pesquisa de

caráter descritivo visto considerar o mesmo o mais adequado para alcançar um

aprofundamento maior da realidade e uma melhor compreensão da

problemática presente na pesquisa.

A pesquisa descritiva delineia o que é, aborda também quatro aspectos:

descrição, registro, análise e interpretação de fenômenos atuais, objetivando o

seu funcionamento no presente (MARCONI; LAKATOS, 1999). A pesquisa

descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos

(variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a precisão possível, a

frequência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros,

sua natureza e características. (CERVO; BERVIAN, 2002).

Quanto aos procedimentos técnicos esta pesquisa é de campo, pois busca

a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. A

pesquisa de campo é uma fase que é realizada após o estudo bibliográfico,

para que o pesquisador tenha um bom conhecimento sobre o assunto, pois é

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nesta etapa que ele vai definir os objetivos da pesquisa, as hipóteses, definir

qual é o meio de coleta de dados, tamanho da amostra e como os dados serão

tabulados e analisados. As pesquisas de campo podem ser dos seguintes tipos

(MARCONI & LAKATOS, 1996):

Para coleta de dados utilizei como instrumento, o formulário, sendo estes

aplicados e utilizados pela pesquisadora.

3.2. Local da pesquisa

A pesquisa foi realizada no município de Caatiba-BA, sendo a coleta de

dados feita no Hospital Municipal do referido município. O tamanho da amostra

é de 15 auxiliares de enfermagem.

O município de Caatiba está localizado na mesorregião do centro-sul

baiano e microrregião de Vitória da conquista, possui uma área geográfica de

655,581 km², com população de 9.450 habitantes. Está a uma altitude de 307

m. Sua distância em relação a Salvador é de 607 km e tem como municípios

limítrofes Barra do Choça, Itambé, Planalto, Nova Canaã, Itororó e Itapetinga.

A principal atividade econômica é a pecuária, onde se destaca a criação

de gado bovino, produção de queijo, requeijão e manteiga. A agricultura é

bastante diversificada, onde são trabalhadas as culturas de: banana, mandioca,

cacau, cana, feijão, milho, café e além de outros. Caatiba iniciou a sua entrada

no eixo da industrialização, pois, foi instalado no município um galpão de uma

fábrica calçadista gerando muitos empregos. Com a pavimentação asfáltica da

Rodovia Estadual BA-265, Caatiba/Itapetinga, viabilizou-se várias

oportunidades de crescimento.

3.3. Sujeitos da pesquisa

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Foram entrevistados 15 auxiliares de enfermagem do município de

Caatiba, sendo que todos necessitavam usar os equipamentos de proteção

individual para realizarem suas tarefas laborais.

Os entrevistados tinham idade entre 18 e 59 anos, com instrução escolar

máxima de 3º grau incompleto.

3.4. Instrumento e técnica de coleta de dados

Para coleta de dados do presente estudo utilizarei como instrumento o

formulário, sendo assim definido por Cervo & Bervian (1975, p.69) como “uma

lista informal, catálogo ou inventário, destinado à coleta de dados resultantes,

quer de observações, quer de interrogações, cujo preenchimento é feito pelo

próprio investigador”.

A entrevista estruturada é aquela em que o entrevistador segue um

roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são

predeterminadas (MARCONI; LAKATOS, 2002).

As perguntas fechadas permitem obter respostas mais precisas. Elas

são padronizadas, de fácil aplicação, fáceis de codificar e analisar (CERVO;

BERVIAN, 2002). Perguntas fechadas são aquelas de alternativas fixas, em

que o informante escolhe sua resposta entre duas opções: sim e não

(MARCONI; LAKATOS, 1999).

Os formulários foram aplicados e utilizados pela pesquisadora. No

formulário busquei caracterizar os auxiliares de enfermagem quanto a idade,

sexo, estado civil, grau de escolaridade, tempo de atuação como auxiliar de

enfermagem, bem como quanto a utilização e o conhecimento dos EPI’s.

3.5. Apresentação e discussão dos dados

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Gráfico 1 - Distribuição percentual dos entrevistados segundo faixa

etária:

FONTE: Dados da pesquisa.

Dentre os auxiliares de enfermagem entrevistados pude perceber que

20% tinham entre 18 a 29 anos, 34% entre 30 a 39 anos, 33% entre 40 a 49

anos e 13% tinham entre 50 a 59 anos, conforme mostrado no gráfico.

Gráfico 2 – Distribuição percentual dos entrevistados segundo sexo:

FONTE: Dados da pesquisa.

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Com relação ao sexo, 7% eram do sexo masculino e 93% do sexo

feminino. Este resultado era esperado, porque as estatísticas mostram que a

equipe de enfermagem brasileira é constituída, em sua grande maioria, por

profissionais do sexo feminino. Na compreensão desse processo é necessário

considerar a influência de Florence Nightingale ao institucionalizar, na

Inglaterra Vitoriana (1862), uma profissão para as mulheres, para a qual elas

são “naturalmente preparadas”, a partir de valores que se consideravam

femininos (LOPES; LEAL, 2005)

Gráfico 3 - Distribuição percentual dos entrevistados segundo estado civil:

_ FONTE: Dados da pesquisa.

O estado civil dos auxiliares de enfermagem da pesquisa diversificou-se

entre solteiro (33%), casado (47%), estável (13%) e viúvo (7%).

Gráfico 4 - Distribuição percentual dos entrevistados segundo escolaridade:

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_ FONTE: Dados da pesquisa.

Quanto ao grau de escolaridade, 6% possuem o 2º grau incompleto,

87% possuem o 2º grau completo e 7% o 3º grau incompleto.

Segundo Oliveira & Pilon (2003), quanto maior o grau de escolaridade,

maior o nível e consciência da necessidade do uso de EPI’s.

Gráfico 5 - Distribuição percentual dos entrevistados segundo tempo de atuação como auxiliar de enfermagem:

_ FONTE: Dados da pesquisa.

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Quanto ao tempo de atuação na enfermagem 7% disseram estar

trabalhando a menos de 01 ano, 60% de 01 a 05 anos e 33% há mais de 10

anos.

Gráfico 6 - Distribuição percentual dos entrevistados segundo utilização dos EPI’s:

_ FONTE: Dados da pesquisa.

Referente à utilização dos EPI’s na enfermagem, 100% dos

entrevistados responderam que utilizam tais equipamentos.

Segundo Dejours (1992), “indivíduos toleram mais substancialmente

uma situação de risco ou a percebem como de menor risco quando se trata de

um comportamento voluntário, em que existe controle pessoal ou situação

familiar”.

Gráfico 7 - Distribuição percentual dos entrevistados segundo tipos de EPI’s utilizados nas tarefas laborais:

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FONTE: Dados da pesquisa.

Os EPI’s utilizados nas tarefas laborais pelos auxiliares de enfermagem

são: luvas (100%). Nenhum entrevistado relatou o uso de protetores faciais,

máscaras e óculos. Demonstra-se assim que o uso de EPI’s é restrito ao uso

de luvas.

De acordo com Recena & Caldas (2008), “a baixa utilização de

equipamentos de proteção específicos para a exposição a compostos químicos

(vestimentas especiais e protetores faciais) também foi encontrada em outros

estudos”. As razões alegadas pelos auxiliares foi o desconforto.

Gráfico 8 - Distribuição percentual dos entrevistados segundo incômodo pelos EPI’s no desenvolvimento das tarefas de enfermagem:

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_ FONTE: Dados da pesquisa.

Na questão “Você acha que os Equipamentos de Proteção Individual

incomodam no desenvolvimento das tarefas diárias?”, 40% dos entrevistados

referem que os EPI’s incomodam nas tarefas 60% diz que não sentem

diferença quanto ao uso dos EPI’s.

Veiga & Col (2007) afirmam que:

Os EPI’s são projetados de forma a garantir

proteção contra agentes químicos externos, ou seja,

para manter certas substâncias “fora” do organismo. As

mesmas propriedades físicas e químicas que fornecem

aos EPI’s essa característica de proteção também os

transformam, frequentemente, em bastante

desconfortáveis e inadequados. Esse desconforto no

uso pode tornar a utilização de alguns EPI’s um

verdadeiro incômodo.

Gráfico 9 - Distribuição percentual dos entrevistados segundo crença na diminuição do risco de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho pelo uso dos EPI’s:

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_ FONTE: Dados da pesquisa.

Quanto a pergunta “Você acredita que o uso dos EPI’s diminui o risco de

acidentes e doenças relacionadas ao seu trabalho?”, constatou-se que 100%

dos entrevistados consideram importante a sua utilização e acham que os

mesmos diminuem o risco de acidentes.

De acordo com Dobrovolski e Col (2008):

A concordância com o uso pode estar atrelada

a obrigatoriedade deste, enquanto que a importância é

opinião do próprio funcionário. Quando estes não

consideram importantes podem ser levados a deixarem

de usar o EPI adequadamente, ou em alguns

momentos preferir realizar suas atividades sem utilizá-

los.

Gráfico 10 - Distribuição percentual dos entrevistados segundo tempo que fez curso de atualização:

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_ FONTE: Dados da pesquisa.

Referente à questão de já ter recebido algum tipo de treinamento, 100%

dos entrevistados responderam que sim, sendo que 27% fizeram um curso de

atualização a menos de 01 ano, 47% de 01 a 02 anos, 13% de 03 a 04 anos e

13% há mais de 05 anos.

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4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho realizei um estudo abrangente sobre o uso dos equipamentos

de segurança por parte das auxiliares de enfermagem. Ele mostra que o

simples fornecimento de EPI’s e exigência de seu uso não podem evitar

acidentes se utilizados isoladamente, pois um eficaz sistema de segurança é

caracterizado não apenas pelo simples cumprimento de exigências legais, mas,

principalmente, pela preocupação em fornecer aos empregados um ambiente

seguro, os mais adequados equipamentos de proteção individual e um eficiente

treinamento do mesmo, sem levar em conta apenas a minimização dos custos.

Este estudo mostra que todos os auxiliares de enfermagem demonstraram

saber que estão expostos a riscos biológicos, físicos e ergonômicos no

exercício de sua função. As luvas são os equipamentos de proteção individual

mais utilizados. Já os óculos e a máscara não são tão aceitos pelos

profissionais. Um motivo relevante e preocupante para a falta de uso dos EPI’s

necessários ao trabalho de enfermagem é a falta de disponibilidade dos

mesmos. Mas outros fatores também podem ser considerados agravantes,

visto que mesmo quando há disponibilidade do equipamento de proteção, o

mesmo não é utilizado por motivos pessoais, como: desconforto/incômodo,

esquecimento, descuido, falta de hábito/disciplina sendo que estes fatores que

contribuem para uma proteção inadequada.

É possível concluir que a partir desta pesquisa a identificação dos problemas é

imprescindível para a elaboração de estratégias de ação. A elaboração de

estratégias de intervenção capazes de aprimorar a conduta dos profissionais

de enfermagem, ou seja, de aumentar a adesão destes profissionais aos EPI,

requer quesitos como o treinamento em reunião informal, a ser executada

pela(o) enfermeira(o) no próprio local de trabalho, direcionado aos profissionais

da unidade a fim de discutir o assunto e esclarecer dúvidas, bem como

treinamentos de atualização. Tais medidas visam proporcionar uma maior

adesão ao uso de EPI e, consequentemente, a proteção e segurança destes

trabalhadores.

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5- REFERÊNCIAS

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ANEXO I

Lista de equipamentos de proteção individual

A – EPI para proteção da cabeça

A.1 – Capacete

a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o

crânio;

b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;

c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos

provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a

incêndio.

A.2 – Capuz

a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de

origem térmica;

b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de

produtos químicos.

B - EPI para proteção dos olhos e face

B.1 – Óculos

a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas

volantes;

b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;

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c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultra-violeta; d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infra-

vermelha;

e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos

químicos.

B.2 - Protetor facial

a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de

partículas volantes;

b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de

produtos químicos;

c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação infra-

vermelha;

d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade

intensa.

B.3 - Máscara de Solda

a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra

impactos de partículas volantes;

b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra

radiação ultravioleta;

c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra

radiação infravermelha;

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d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra

luminosidade intensa.

C - EPI para proteção auditiva

C.1 - Protetor auditivo

a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra

níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;

b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis

de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;

c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra

níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II.

D - EPI para proteção respiratória

D.1 - Respirador purificador de ar

a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra

poeiras e névoas;

b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra

poeiras, névoas e fumos;

c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra

poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra

vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a

50 ppm (parte por milhão);

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e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases

emanados de produtos químicos;

f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra

partículas e gases emanados de produtos químicos;

g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias

contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos.

D.2 - Respirador de adução de ar

a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das

vias respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à

Vida e à Saúde e em ambientes confinados;

b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias

respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida

e à Saúde e em ambientes confinados;

D.3 - Respirador de fuga

a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes

químicos em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à

Vida e à Saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.

E - EPI para proteção do tronco

E.1 –Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos

de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade

proveniente de operações com uso de água.

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E.2 –Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que

trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos

de origem mecânica.

F - EPI para proteção dos membros superiores

F.1 – Luva

a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e

escoriantes;

b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e

perfurantes;

c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;

d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;

e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;

f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;

g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;

h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

F.2 - Creme protetor

a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra

agentes químicos, de acordo com a Portaria SSST n.º 26, de 29/12/1994.

F.3 – Manga

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a) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques

elétricos;

b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes

abrasivos e escoriantes;

c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes

cortantes e perfurantes.

d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade

proveniente de operações com uso de água;

e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes

térmicos.

F.4 – Braçadeira

a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes

cortantes.

F.5 – Dedeira a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e

escoriantes.

G - EPI para proteção dos membros inferiores

G.1 – Calçado

a) calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos

sobre os artelhos;

b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;

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c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;

d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e

escoriantes;

e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade

proveniente de operações com uso de água;

f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de

produtos químicos.

G.2 – Meia a) meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G.3 – Perneira

a) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e

escoriantes;

b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;

c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos

químicos;

d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e

perfurantes;

e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente

de operações com uso de água.

G.4 – Calça

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a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e

escoriantes;

b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos

químicos;

c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;

d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente

de operações com uso de água.

H - EPI para proteção do corpo inteiro

H.1 – Macacão

a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e

inferiores contra chamas;

b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e

inferiores contra agentes térmicos;

c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e

inferiores contra respingos de produtos químicos;

d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e

inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água.

H.2 – Conjunto

a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,

para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes

térmicos;

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b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,

para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de

produtos químicos;

c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,

para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade

proveniente de operações com uso de água;

d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó,

para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas.

H.3 - Vestimenta de corpo inteiro

a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de

produtos químicos;

b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade

proveniente de operações com água;

c) vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo contra

choques elétricos.

I - EPI para proteção contra quedas com diferença de nível

I.1 - Dispositivo trava-queda

a) dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra

quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando

utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.

I.2 – Cinturão

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a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em

trabalhos em altura;

b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no

posicionamento em trabalhos em altura.

Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser

expedida pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no

trabalho, após observado o disposto no subitem 6.4.1.

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ANEXO II

1.1 - O cadastramento das empresas fabricantes ou importadora será feito

mediante a apresentação de formulário único, conforme o modelo disposto no

ANEXO III, desta NR, devidamente preenchido e acompanhado de

requerimento dirigido ao órgão nacional competente em matéria de segurança

e saúde no trabalho.

1.2 - Para obter o CA, o fabricante nacional ou o importador, deverá requerer

junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no

trabalho a aprovação do EPI.

1.3 - O requerimento para aprovação do EPI de fabricação nacional ou

importado deverá ser formulado, solicitando a emissão ou renovação do CA e

instruído com os seguintes documentos:

a) memorial descritivo do EPI, incluindo o correspondente enquadramento no

ANEXO I desta NR, suas características técnicas, materiais empregados na

sua fabricação, uso a que se destina e suas restrições;

b) cópia autenticada do relatório de ensaio, emitido por laboratório credenciado

pelo órgão competente em matéria de segurança e saúde no trabalho ou do

documento que comprove que o produto teve sua conformidade avaliada no

âmbito do SINMETRO, ou, ainda, no caso de não haver laboratório

credenciado capaz de elaborar o relatório de ensaio, do Termo de

Responsabilidade Técnica, assinado pelo fabricante ou importador, e por um

técnico registrado em Conselho Regional da Categoria;

c) cópia autenticada e atualizada do comprovante de localização do

estabelecimento, e,

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d) cópia autenticada do certificado de origem e declaração do fabricante

estrangeiro autorizando o importador ou o fabricante nacional a comercializar o

produto no Brasil, quando se tratar de EPI importado.

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APÊNDICE

Formulário

A identificação do sujeito será preservada. Os dados só serão utilizados para

fins desta pesquisa.

1. Idade.

18 a 29 anos ( )

30 a 39 anos ( )

40 a 49 anos ( )

50 a 59 anos ( )

+ de 60 anos ( )

2. Sexo.

Masculino ( )

Feminino ( )

3. Estado civil.

Solteiro (a) ( )

Casado (a) ( )

Estável ( )

Viúvo (a) ( )

4. Grau de escolaridade.

2 ° grau incompleto ( )

2° grau completo ( )

3º grau incompleto ( )

3º grau completo ( )

5. Tempo de atuação como auxiliar de enfermagem.

Menos de 01 ano ( )

01 a 05 anos ( )

06 a 10 anos ( )

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+ de 10 anos ( )

6. Você utiliza os equipamentos de proteção individual nas atividades de

enfermagem?

Sim ( )

Não ( )

7. Que tipos de equipamentos de proteção individual você utiliza nas

tarefas laborais?

Luvas ( )

Máscaras ( )

Protetores faciais ( )

Avental ( )

Óculos ( )

Nenhum ( )

8. Você acha que os equipamentos de proteção individual incomodam no

desenvolvimento das tarefas de enfermagem?

Sim ( )

Não ( )

9. Você acredita que o uso dos equipamentos de proteção individual

diminui o risco de acidentes e doenças relacionadas ao seu trabalho?

Sim ( )

Não ( )

10. Quantos anos tem que você fez algum curso de atualização na área de

enfermagem?

Menos de 01 ano ( )

01 a 02 anos ( )

03 a 04 anos ( )

+ de 5 anos ( )

Nunca fez ( )