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Utilização de processos de
gestão e ferramentas computacionais para melhoria da
segurança operacional
GUILHERME ROCHA
São José dos Campos - SP Agosto 2011 INSTITUTO DE PESQUISAS E ENSAIOS EM VOO SSV 2011
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Objetivos
Familiarizar a platéia com os princípios básicos do SGSO e do programa FOQA
Apresentar exemplo de ferramenta computacional utilizada no programa FOQA
Ilustrar conceitos em estudo de caso real
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Roteiro
1. Motivação
2. SGSO
3. FOQA
4. Estudo de Caso
5. Perspectivas Futuras e Conclusões
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1. Motivação
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Motivação
A maior parte dos acidentes aéreos tem como causa raiz fatores humanos. Um estudo feito pela Flight Safety Foundation mostra que apenas 10% dos acidentes da década de 90 tiveram como causa a aeronave.
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Motivação
Fonte: Flight Safety Foundation, 1998
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Para reduzir a taxa de acidentes cuja causa origina-se em fatores humanos, faz-se necessário uma mudança de abordagem no modo como os acidentes e incidentes são tratados.
Doc 9859 (OACI, 2009)
Migração da abordagem tradicional para uma abordagem de gerenciamento da segurança.
Motivação
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Abordagem Tradicional: Investigação de acidentes e incidentes graves
Baseado estritamente no cumprimento de normas; Prescrição de requisitos.
Novo paradigma: Gerenciamento da segurança
Baseado no desempenho; Orientado para os processos.
Motivação
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O SGSO (Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional) e o programa FOQA (Flight Operations Quality Assurance) representam essa nova abordagem e se baseiam na premissa que as falhas do sistema podem ser minimizadas a partir da: identificação de perigos realização de ações necessárias para reduzir os
riscos que afetam a segurança operacional busca contínua por informações de diferentes fontes
Motivação
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2. SGSO
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Definição de SGSO Sistema elaborado para o gerenciamento da segurança operacional de um determinado Provedor de Serviços da Aviação Civil (PSAC) baseado nas seguintes ações: Implantação de uma cultura de segurança operacional Elaboração de relatos efetivos de segurança operacional Desenvolvimento de processos documentados e sistematizados de identificação de perigos e avaliação de riscos.
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Objetivo de um SGSO Implantar uma cultura de segurança operacional pró-ativa em organizações do setor aeronáutico, por intermédio do relato efetivo de perigos à segurança operacional. Definição de Perigo Condição, objeto ou atividade que tem o potencial para causar lesões às pessoas, danos ao equipamento ou estruturas, perda de material ou redução da capacidade de desempenhar uma determinada função.
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Princípios básicos do SGSO
Compromisso da alta direção no gerenciamento
da segurança operacional.
Relato efetivo de informação de segurança.
Vigilância permanente através de sistemas que
obtêm, analisam e compartilham os dados de
segurança operacional das operações normais.
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Investigação dos eventos que afetam a segurança operacional com o objetivo de identificar as deficiências sistêmicas de segurança em vez de procurar culpados.
Compartilhar as lições de segurança adquiridas e as melhores práticas por meio de um intercâmbio ativo de informações de segurança.
Integração do treinamento de segurança (incluindo Fatores Humanos) para o pessoal operacional.
Princípios básicos do SGSO
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Implantação efetiva de procedimentos operacionais padronizados (SOP), incluindo o uso de lista de verificação e briefings.
Melhora contínua do nível geral da segurança.
Como identificar um SGSO na prática? Através da identificação de uma cultura organizacional
que favorece práticas seguras, incentiva a comunicação sobre segurança de modo não punitivo e gerencia
ativamente a segurança com a mesma atenção com que trata a gestão financeira.
Princípios básicos do SGSO
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Suplementação dos Anexos 11 e 14, estabelecendo a
necessidade de um Sistema de Gestão da Segurança
Operacional (SGSO).
Emissão da primeira edição do Doc 9859, estabelecendo um guia para implementação de um SGSO, e um
Programa de Segurança Operacional de Estado, conforme práticas
recomendadas nos Anexos 6, 11 e 14
Suplementação do Anexo 6, estabelecendo que os operadores dos estados
membros deveriam implementar um SGSO.
Emissão da segunda edição do Doc 9859, estabelecendo um guia para implementação de um SGSO, e um
Programa de Segurança Operacional de Estado, conforme práticas
recomendadas nos Anexos 1, 6, 8, 11, 13 e 14.
Novembro 2001
Fevereiro 2006
Março 2006
Abril 2009
ICAO propôs a incorporação de requisitos
de SGSO em outros anexos (1 e 8).
Dezembro 2007
Iniciativas da OACI
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Capacitação de instrutores ANAC
2006
2007
Outubro 2008 Junho 2009
Dezembro 2010
RBAC 121 revisado, contemplando estrutura e fases de implantação do
SGSO
Resolução nº 106 – Descreve uma forma de cumprimento dos
requisitos do SGSO para os pequenos provedores de serviços
da aviação civil (P-PSAC).
ANAC disponibiliza primeiros cursos sobre SGSO
Seminários internos – Brasília, Rio de Janeiro e São José dos Campos
Abril 2009
Estabelecimento de um grupo de trabalho responsável pela
implantação do PSOE - ANAC
2012 Art. 35 PSOE – ANAC: A implantação do PSOE-
ANAC deverá estar totalmente funcional a
partir de 2012
Iniciativas da ANAC
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Componentes do SGSO
Política e os objetivos da segurança operacional
Gerenciamento do risco à segurança operacional
Garantia da segurança operacional
Promoção da segurança operacional
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Processos de suporte
Processos de suporte
Produto e/ou Serviço para o
Cliente
Fornecedores 2. Gerenciamento do Risco
3. Garantia do SGSO 1. Política e Objetivos do SGSO
4. Promoção do SGSO
Componentes do SGSO
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Definição de risco
Risco – A avaliação das consequências de um perigo, expressa em termos de probabilidade e severidade, tomando como referência a pior condição possível.
Um vento cruzado de 15 nós é um perigo. Um piloto não controlar a aeronave durante a decolagem ou o pouso é uma das consequências desse perigo. A avaliação das consequências da possibilidade de que o piloto não consiga controlar a aeronave, em termos de probabilidade e severidade, é o risco.
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Região não tolerável
Região tolerável
Região aceitável
O risco é inaceitável a
qualquer nível.
O risco é aceitável baseado na mitigação.
É necessário uma análise de
custo/benefício.
O risco é aceitável tal como existe.
A L A R P
Tão baixo quanto seja
racionalmente praticável
Gerenciamento do risco
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Probabilidade
Probabilidade do evento
Significado Definição qualitativa Valor
Frequente
Ocasional
Remoto
Improvável
Muito improvável
É provável que ocorra muitas vezes (tem ocorrido frequentemente). É provável que ocorra algumas vezes (tem ocorrido com pouca frequência). Improvável, mas é possível que venha a ocorrer (ocorre raramente). Bastante improvável que ocorra (não se tem notícia de que tenha ocorrido).
Quase impossível que o evento ocorra.
5
4
3
2
1
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Severidade
Uma redução importante das margens de segurança operacional, dano físico ou uma carga de trabalho tal que os operadores não podem desempenhar suas tarefas de forma precisa e completa. Lesões sérias. Graves danos ao equipamento. Uma redução significativa das margens de segurança operacional, uma redução na habilidade do operador em responder a condições
operacionais adversas como resultado do aumento da carga de trabalho ou como resultado de condições que impedem sua eficiência. Incidente sério. Lesões às pessoas.
Interferência. Limitações operacionais. Utilização de procedimentos de emergência. Incidentes menores. Consequências leves.
Significado
Severidade do evento Valor Definições
na aviação Catastrófico
Crítico
Significativo
Pequeno
Insignificante
A
B
C
D
E
Destruição dos equipamentos. Múltiplas mortes.
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Matriz de avaliação do risco Severidade
Probabilidade Catastrófico
A Significativo
C Pequeno
D Insignificante
E Crítico
B
Frequente 5
Ocasional 4
Remoto 3
Improvável 2
Muito improvável 1
5A 5B 5C 5D 5E
4A 4B 4C 4D 4E
3A 3B 3C 3D 3E
2A 2B 2C 2D 2E
1A 1B 1C 1D 1E
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Índice de avaliação do risco Critério sugerido
Região intolerável
Região tolerável
Região aceitável
5A, 5B, 5C, 4A, 4B, 3A
Inaceitável sob as circunstâncias existentes
3E, 2D, 2E, 1A, 1B 1C, 1D, 1E
Aceitável
5D,5E, 4C, 4D, 4E, 3B, 3C, 3D
2A, 2B, 2C
Aceitável com mitigação do risco. Pode requerer uma decisão da direção.
Gerenciamento do risco
Matriz de avaliação do risco
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Método reativo • ASR • MOR • Informe
incidentes • Informe acidentes
Método preventivo • ASR • Entrevistas • Auditorias
Método preditivo • FDA • Sistemas de observação direta
Método Identificação Gestão Documentação Informação
Informar às pessoas
responsá-veis por
implantar as estratégias
Análise de tendências
Perig
os
Perig
os
Retroalimentação
Desenvolver estratégias
de controle e mitigação
Alocar Responsa- bilidades
Implantar estratégias
Boletins de segurança
Distribuição dos
informes
Seminários e workshops
Avaliar e estabelecer a
prioridade dos riscos
Gestão da informação
de segurança
Reavaliar estratégias e processos
Gerenciamento do Risco
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Método reativo
O método reativo responde aos
acontecimentos ocorridos, tais
como incidentes e acidentes
Método preventivo
O método preventivo busca ativamente identificar riscos
potenciais através da análise das atividades da organização
Método preditivo
O método preditivo
documenta o desempenho
espontâneo do pessoal e o
que realmente ocorre nas
operações diárias
Implantação do SGSO em fases
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Implantação do SGSO em fases
FASE I
Planejamento do SGSO
FASE II
Implantação dos processos
reativos
FASE III
Implantação dos processo
preventivos e preditivos
FASE IV
Implantação da garantia da segurança
operacional
Tempo
Desenvolvimento da documentação
Desenvolvimento e estabelecimento de meios de comunicação de segurança
Desenvolvimento e realização de treinamentos
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3. FOQA
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Objetivo do programa FOQA Identificar desvios operacionais que ocorrem em operações normais e corrigi-los antes que eles possam contribuir para acidentes ou incidentes. Desvios operacionais Erro - decisão ou comportamento humano inadvertido e inadequado que produz ou tem potencial para produzir impactos adversos ao sistema Violação - ação que se desvia intencionalmente de regras ou padrões formalmente estabelecidos e aprovados pela organização
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Defesas
Um conceito de causalidade
Acidente Local de trabalho
Organização
Fonte: James Reason
Pessoas
Erros e Violações
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Produção do sistema Máximo Mínimo
ris
co
Alto
Baixo
Espaço de segurança operacional
Espa
ço d
e vio
laçõe
s
Espa
ço d
e gra
ndes
viol
açõe
s
Incidente Acidente
Objetivos de produção do sistema
Violações
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O erro humano é considerado um fator que contribui para a maioria dos eventos na aviação.
Mesmo pessoas competentes cometem erros, a maioria das vezes de forma não intencional.
Os erros devem ser aceitos como um componente normal em qualquer sistema onde os seres humanos interagem com a tecnologia
Erros
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As causas e consequências
dos erros operacionais
não são lineares em
sua magnitude.
Erros
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Características Gerais do programa FOQA Análise de dados gravados durante o voo, visando identificar eventuais excessos, ou seja, todos os eventos onde as limitações estabelecidas no manual de voo ou diretrizes foram violadas.
Validação do evento por um engenheiro.
Investigação das circunstâncias por trás de um determinado evento, muitas vezes consultando o piloto em comando durante a ocorrência do mesmo.
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Componentes do programa FOQA Sistema de gravação de dados de voo, capazes de medir aspectos significantes da operação da aeronave e transmitidas através de barramentos analógicos e digitais para FDR e QAR (Quick Access Recorder).
GDRAS (Ground Data Replay and Analysis System), o qual consiste em um aplicativo computacional de estação de solo capaz de transformar dados gravados em voo em informação de engenharia e gerar relatórios de análise. Equipamentos e/ou processos de transferência de dados, os quais permitem a transferência de dados entre a aeronave e a estação de solo.
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Exemplos de pontos de monitoramento do FOQA Razão de descida em baixa altitude Velocidade de aproximação abaixo de uma determinada altura Velocidade da aeronave durante extensão ou recolhimento de flapes Velocidade da aeronave durante extensão ou recolhimento dos trens de pouso Fator de carga no momento do pouso Temperatura dos motores Rotação dos motores Inclinação lateral (bank angle) da aeronave Desvio da trajetória de planeio
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Histórico do FOQA O FOQA teve sua origem quando a US Civil Aeronautics Administration tornou o uso do gravador de dados de voo (FDR – Flight Data Recorder) obrigatório. Em 1995, a FAA implantou um projeto de demonstração chamado DEMOPROJ em conjunto com as companhias aéreas, visando facilitar a posterior implantação do FOQA. A partir do ano 2000, vários órgãos de regulamentação internacionais passaram a exigir o FOQA para empresas de grande porte. A OACI recomendou seu uso a todas as aeronaves com mais de 20 toneladas de peso máximo de decolagem.
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Histórico do FOQA Nos Estados Unidos da América, a FAA emitiu em 2004 a Advisory Circular (AC) 120-82, estabelecendo diretrizes para o desenvolvimento, implantação e operação de um programa FOQA voluntário. Em paralelo foram incluídas regras para a utilização do FOQA no 14 CFR part 13, ressaltando regras de proibição do uso coercivo de dados do FOQA, abrindo exceção apenas para casos criminosos ou deliberados. Também foi criada a parte 14 CFR part 193, intitulada “Protection of Voluntarily Submitted Information”, estabelecendo a base legal para a proteção de dados de segurança operacional submetidos voluntariamente para a autoridade americana.
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Histórico do FOQA No Brasil, foi emitida em 2004 a IAC 119-1005, estabelecendo diretrizes para a implantação de um Programa de Acompanhamento e Análise de Dados de Voo (PAADV). Entretanto, o estabelecimento de uma base legal capaz de proteger os dados de segurança operacional submetidos voluntariamente, garantindo que o uso dessas informações tenha caráter não punitivo e que existam dispositivos de segurança adequados para proteger as fontes de informação, ainda encontra-se em discussão no Brasil.
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FOQA - Custos de Instalação e Manutenção Frota de 20 aeronaves
Fonte: Vaz Fernandez (2002)
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Benefícios Financeiros do Programa FOQA Frota de 20 aeronaves
Fonte: Vaz Fernandez (2002)
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4. Estudo de Caso
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Estudo de Caso - Cenário Monitoramento da velocidade da aeronave durante a extensão dos flapes na aproximação para pouso.
Informações de tripulação e aeronave descaracterizadas.
Estabelecimento de 200 knots como máxima velocidade permitida para a extensão dos flapes durante a aproximação.
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Estudo de Caso – A Ferramenta de Análise Ferramenta desenvolvida pela empresa KONATUS, contendo as seguintes características: Conversão de dados gravados para formato de engenharia Visualização em forma gráfica e tabular dos dados gravados Criação e visualização de parâmetros artificiais capazes de indicar desvios operacionais ou eventos relevantes para os analistas de dados do programa FOQA.
Data Analysis and Replay Tool
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Estudo de Caso – Resultados Criação do parâmetro Flap_at_descent, o qual basicamente retorna o valor da velocidade medida da aeronave toda vez que: Flapes tiverem sido comandados Aeronave estiver numa determinada faixa de altitude A rotação do motor estiver abaixo de um determinado patamar
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Configuração de parâmetro
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Análise de dados gravados em voo
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Registro de operação normal
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Evidência de violação
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Resultado de Investigação Constatou-se que este era um voo de recebimento, sem passageiros, ocorrido logo após a equipe de manutenção ter corrigido uma falha de travamento das superfícies de flapes, no qual a tripulação foi instruída a comandar essas superfícies após a estabilização, próximo da velocidade máxima permitida. Evento foi removido da base de dados, porém foi aberta outra investigação de modo a avaliar se determinadas instruções de manutenção que culminam em avaliações qualitativas em voo podem estar causando desgaste prematuro de equipamentos ou mesmo colocando em risco a segurança da tripulação.
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5. Perspectivas Futuras e
Conclusões
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Perspectivas Futuras Migração da abordagem de prescrição de regulamentos pelos Estados para uma abordagem baseada no desempenho que visa compor um quadro regulatório dinâmico capaz de priorizar os maiores riscos à segurança operacional com base em dados, atuando de modo flexível e focado.
Desenvolvimento de base legal capaz de assegurar proteção a dados de segurança operacional enviados voluntariamente.
Desenvolvimento de iniciativas para a divulgação e fomento ao tema.
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Visão de Futuro
Estado Provedores de
Serviços
Programa de Segurança
Operacional do Estado
Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional
(SGSO)
Processo de produção/serviços e organização
Supervisão
Garantia da Segurança Promoção da
Segurança
Aceitação Vigilância
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Prescrição Regulamentos como controles administrativos Quadro regulatório
rígido Inspeções Auditorias Conformidade
regulatória
Com base no desempenho Regulamentos como controle de riscos à segurança operacional Quadro regulatório dinâmico Identificação de prioridades de
riscos à segurança operacional baseada em dados Desenvolvimento de
regulamentos para controlar os riscos à segurança operacional Desempenho efetivo da
segurança
Visão de Futuro
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MNT-104 Conceitos de SGSO Aplicados à Manutenção de Aeronaves SGS-101 Confiabilidade e Segurança de Sistemas Aeronáuticos SGS-301 Ferramentas para Análise de Segurança de Sistemas SGS-302 Monitoramento e Controle de Confiabilidade em Serviço SGS-202 Gerenciamento de Risco em SGSO
Criação de Grupo de Trabalho e elaboração de cursos sobre o tema
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Coordenação de Comissão de Estudos CE 08:030.40 junto à ABNT/CB-08 Comitê Brasileiro de Aeronáutica e Espaço visando a elaboração de norma: “Diretrizes para a implantação de um Sistema de Gestão Integrado em Organizações do Setor Aeroespacial”
Lançamento de primeiro livro em língua portuguesa sobre SGSO.
Tradução de Livro
Norma NBR
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Conclusões
O SGSO representa uma mudança de paradigma na aviação capaz de responder às demandas por diminuir taxas de acidentes cujas principais causas são oriundas de fatores humanos.
Entre as diversas ferramentas do SGSO, destaca-se o programa FOQA, o qual permite que organizações tomem decisões gerenciais baseadas em informações válidas, atualizadas e confiáveis, e não em meras suposições ou conjecturas.
Mostrou-se que a economia gerada por conta da implantação do programa FOQA justifica sua incorporação e manutenção nos processos da empresa.
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Conclusões
Faz-se necessário destacar, entretanto, que, apesar de existirem ferramentas computacionais sofisticadas para auxiliar as análises do programa FOQA, essas não podem prescindir do apoio de analistas, engenheiros e pilotos, os quais possuem papel fundamental no sucesso desse programa.
O Brasil, apesar das atuais carências de legislação para assegurar proteção de dados de segurança operacional, tem plenas condições de ser bem sucedido na mudança de abordagem prevista pelo SGSO e programa FOQA e, inclusive, tem demonstrado grande empenho nesse sentido.
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