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BRUNO ALVIM WERNER ALVES USO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA LONDRINA 2010

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Page 1: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

BRUNO ALVIM WERNER ALVES

USO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA

LONDRINA 2010

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BRUNO ALVIM WERNER ALVES

USO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Londrina. Orientador: Prof. Dr. Cássio Egídio Cavenaghi Prete.

LONDRINA 2010

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BRUNO ALVIM WERNER ALVES

USO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA

COMISSÃO EXAMINADORA TITULAR

____________________________________ Prof. Dr. Cássio Egídio Cavenaghi Prete

Orientador do projeto Universidade Estadual de Londrina

____________________________________

Prof. Dr. Osmar Rodrigues Brito Universidade Estadual de Londrina

____________________________________

Eng°. Agr°. José Cateli Salomão Filho Belagrícola Comércio e Representações de

Produtos Agrícolas LTDA.

SUPLENTES

Prof. Dr. Hideaki Wilson Takahashi Universidade Estadual de Londrina

Prof. Dr. José Carlos Vieira de Almeida Universidade Estadual de Londrina

Londrina, _____de ___________de _____.

Page 4: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por possibilitar que eu e todos os

seres deste mundo estejamos presentes em vida ou alma, e também por ser a base

fundamental de todas as ações em minha vida.

Aos meus pais Jayme e Sandra por fornecerem uma vida repleta de

amor, carinho e educação, e por me apoiarem em todas as escolhas e caminhos

percorridos na minha vida.

Agradeço também à minha namorada Palloma por todo o apoio nos

momentos bons e difíceis de minha jornada, e por ter sido minha companheira e

amiga nos últimos anos.

Agradeço ao meu irmão Jayme Júnior que, mesmo não estando

presente nos últimos anos, me trouxe alegria e apoio em vários momentos de minha

vida.

Ao meu orientador, professor Cássio Prete, pela constante

orientação neste projeto e pela sua prestabilidade durante a execução do mesmo.

Gostaria de agradecer também algumas pessoas que contribuíram

para execução desse projeto: o Engenheiro agrônomo José Filho e aos funcionários

da fazenda Nossa Senhora Aparecida.

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“Imaginar é mais importante do que

saber, pois o conhecimento é limitado,

enquanto a imaginação abarca o universo.”

(ALBERT EINSTEIN)

Page 6: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

ALVES, Bruno Alvim Werner. Uso de Bioestimulantes na Cultura da Soja. 2010. 37 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2010.

RESUMO A busca por produtos que visam melhorar a nutrição e a produtividade da cultura da soja remeteu ao uso de substâncias denominadas bioestimulantes, substâncias estas formuladas à base de hormônios vegetais. Este trabalho visou avaliar o uso de bioestimulantes na cultura da soja. Foram testados os tratamentos: T1 - testemunha, T2 - produto comercial Stimulate® (0,009% de cinetina, 0,005% de ácido giberélico e 0,005% de Ácido 4-indol-3-ilbutírico), T3 - cinetina, T4 - ácido giberélico, T5 - 4-indol-3-ilbutírico e T6 - composto de cinetina, ácido giberélico e 4-indol-3-ilbutírico. Os produtos foram aplicados via foliar no estádio fenológico V5. Para avaliar o efeito dos bioestimulantes, análises foilares foram realizadas antes e após as aplicações dos produtos para quantificar os teores foliares de nutrientes. Após a colheita, realizou-se a análise quantitativa dos fatores descritos como produtividade e massa de 100 grãos, avaliados pelo teste de Skott-Knott em nível de significância de 5%. . Os resultados indicaram que a aplicação dos bioestimulantes acarretou em variações nos níveis de micro e macronutrientes em teido foliar e mostraram que todos os bioestimulantes aumentaram a produtividade da soja, porém somente variações significativas só foram obtidas com T2 e T6, com ganhos de 17,64% e 16,31%, respectivamente. Em relação à massa de 100 grãos, não foram observadas diferenças significativas.

Palavras-chave: Soja. Bioestimulante. Stimulate®. Cinetina. Ácido Giberélico. AIB.

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ALVES, Bruno Alvim Werner. Use of biostimulation in Soybean. 2010. 37 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Agronômica) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2010.

ABSTRACT

The search for products aimed at improving the nutrition and productivity of soybean referred to the use of substances called biostimulation, these substances formulated with plant hormones. This study evaluated the use of biostimulation on soybeans. The treatments were: T1 - control, T2 - Stimulate ® commercial product (0.009% kinetin, gibberellic acid 0.005% and 0.005% acid 4-indole-3-ilbutírico), T3 - kinetin, T4 - gibberellic acid, T5 - 4-indole-3-ilbutírico T6 - composed of kinetin, gibberellic acid and indole-3-4-ilbutírico. The products were applied to leaves at growth stage V5. To evaluate the effect of biostimulation, analysis foil were taken before and after the applications of the products to quantify the nutrient content. After harvest, there was a quantitative analysis of the factors described as yield and weight of 100 grains, measured by Skott-Knott test at a significance level of 5%. . The results indicated that the application of biostimulation resulted in variations in the levels of micro and macronutrients in teide leaf and showed that all biostimulants increased soybean yield, but only significant differences were only achieved with T2 and T6, with gains of 17.64 % and 16.31% respectively. On the mass of 100 grains, there were no significant differences.

Key words: Soybeans. Biostimulant. Stimulate®. Kinetin. Gibberellic acid. IBA.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Análise qímica do solo da área do experimento.......................................23

Tabela 2 - Teores foliares de macronutrientes antes das aplicações dos

bioestimulantes...........................................................................................................26

Tabela 3 - Teores foliares de macronutrientes após das aplicações dos

bioestimulantes...........................................................................................................26

Tabela 4 - Teores foliares de micronutrientes antes das aplicações dos

bioestimulantes...........................................................................................................26

Tabela 5 - Teores foliares de micronutrientes após das aplicações dos

bioestimulantes...........................................................................................................26

Tabela 6 - Índices de produção líquida, produtividade e massa de 100 grãos

referentes à aplicação de diferentes bioestimulantes na soja....................................29

Page 9: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA .............................................................................. 12

2.1 A CULTURA DA SOJA ........................................................................................ 12

2.2 OS BIOESTIMULANTES..................................................................................... 15

2.3 UTILIZAÇÃO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA ....................... 19

3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 26

5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 32

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33

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1 INTRODUÇÃO

A cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) é de significativa

importância para o agronegócio brasileiro, por ser a principal cultura explorada no

Brasil e destaca-se pela maior contribuição para a produção brasileira de grãos,

principalmente devido ao seu uso em larga escala na alimentação animal e na

produção de óleo comestível.

A utilização de produtos que visam melhorar a nutrição e a

produtividade da cultura da soja tem tido um crescimento significativo nos últimos

anos. Uma linha de produto que tem apresentado grande crescimento no mercado

atual são os bioestimulantes, devido à sua alta resposta econômica.

Por bioestimulantes, entende-se por produtos com princípios ativos

constituídos por substâncias reguladoras do crescimento das plantas, ou seja,

hormônios vegetais.

A utilização deste tipo de produto na cultura da soja tem por

finalidade o incremento da produtividade, devido a complementação e a interação

dos hormônios reguladores de crescimento vegetal presentes em sua constituição.

Dentre os hormônios produzidos pelos vegetais destacam-se as

auxinas, as giberilinas, as citocininas, o etileno e os ácidos abcísicos, porém as

empresas produtoras de bioestimulantes têm focado suas atividades, principalmente,

na produção de compostos a base de auxinas, giberilinas e citocininas.

Um bioestimulante que tem se destacado para emprego na cultura

da soja é o Stimulate®, um composto de fitormônios líquido constituído de cinetina

(0,09 g L-1), ácido 4-indol-3-ilbutírico (0,05 g L-1) e ácido giberélico (0,05 g L-1).

A cinetina é um hormônio que pertence à classe das citocininas.

Elas possuem várias funções nos vegetais, porém se destacam por regular o

processo de divisão celular na parte aérea e nas raízes, modificando a dominância

apical e promovendo o crescimento de gemas laterais. Além disso, retardam a

senescência foliar, favorecendo a mobilização de nutrientes e a expansão celular em

folhas e cotilédones, etc.

O ácido giberélico, por sua vez, pertence à classe das giberelinas,

hormônios envolvidos com a germinação das sementes, crescimento da parte aérea,

transição para o florescimento, desenvolvimento da antera, crescimento do tubo

polínico, desenvolvimento floral, estabelecimento do fruto e com o posterior

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desenvolvimento das sementes.

O ácido 4-indol-3-ilbutírico pertence à classe das auxinas e são

responsáveis pela regulação da dominância apical, formação de raízes laterais e

adventícias, desenvolvimento de gemas florais, indução à diferenciação vascular,

abscisão foliar e pelo desenvolvimento dos frutos.

A utilização desses hormônios em conjunto ou separadamente pode

resultar em ganhos de produtividade para a cultura da soja. Entretanto, não se sabe

ao certo qual é o ganho de produção que se tem com a aplicação de tais hormônios.

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar e quantificar

os efeitos da aplicação de bioestimulantes na cultura da soja.

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2 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

2.1 A CULTURA DA SOJA

A soja (Glycine max (L.) Merrill) é uma planta anual, herbácea, que

apresenta ampla variabilidade genética e morfológica (GANDOLFI et al, 1983). Ela

pertence à família das leguminosas (fabáceas), à subfamília Faboidea e a tribo

Phaseolae (ALVAREZ FILHO, 1988).

Como descrito por Gomes (1976), a soja possui caule do tipo

ramoso, com 80 a 150 cm de comprimento. As folhas são longopecioladas, com 3

folíolos cordiformes, muito desenvolvidos e peludos na face inferior. As flores,

reunidas em cachos curtos, são axilares, sésseis, brancas, violáceas ou amarelas,

conforme a variedade. As vagens, levemente arqueadas, subcomprimidas, peludas,

têm de 1 a 5 sementes. As sementes lisas, ovóides, globosas ou elípticas, possuem

hilo quase sempre castanho, mas cuja coloração difere de acordo com a variedade.

Há sementes brancas, amarelas, escuras, negras, vermelhas, vermelho-escuras,

verdes, verde-amareladas ou matizadas. O comprimento varia entre 3 e 7 mm. O

peso de 100 sementes varia entre 5 e 17 gramas, de acordo com a variedade.

Apesar de não se saber com exatidão, é aceito que a soja teve sua

origem e domesticação no continente asiático, sendo posteriormente levada e

introduzida em vários países do mundo (VERNETTI, 1983).

A soja que hoje cultivamos é muito diferente dos seus ancestrais,

que eram plantas rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia,

principalmente ao longo do rio Yangtse, na China. Sua evolução começou com o

aparecimento de plantas oriundas de cruzamentos naturais entre duas espécies de

soja selvagem que foram domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China,

sendo que as primeiras citações do grão estão entre 2883 e 2838 AC, quando a soja

era considerada um grão sagrado, ao lado do arroz, trigo, cevada e milheto

(EMBRAPA SOJA, 2009).

Segundo Alvarez Filho (1988) e Vernetti (1983) a primeira referência

sobre a soja no Brasil, data do ano de 1882, quando foi feito relato de seu cultivo no

estado da Bahia. Mas foi a partir da década de 60 que ela começou a ser cultivada

como cultura em diversos estados, começando por São Paulo, passando pelo Rio

grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás,

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entre outros, e assim ocupando vários estados brasileiros.

No final da década de 60, dois fatores internos fizeram os

agricultores brasileiros começarem a observar a soja como um produto comercial,

fato que mais tarde influenciaria no cenário mundial de produção do grão. Na época,

o trigo era a principal cultura do Sul do Brasil e a soja surgia como uma opção de

verão, em sucessão ao trigo. O Brasil também iniciava um esforço para produção de

suínos e aves, gerando demanda por farelo de soja. Em 1966, a produção

comercial de soja já era uma necessidade estratégica, sendo produzidas cerca de

500 mil toneladas no País (EMBRAPA SOJA, 2009).

A soja é a matéria-prima que está entre os produtos agrícolas mais

comercializados no mundo, por ser uma fonte protéica para a alimentação humana e

animal, e também para indústria farmacêutica e siderúrgica (MARGARIDO &

TUROLA, 2003).

A cultura da soja, devido à sua rusticidade e ampla variabilidade

genética, permitiu a ocupação de novas fronteiras agrícolas, sendo atualmente

cultivada em quase todos estados brasileiros, se tornando a principal cultura

explorada no mercado interno e destacando-se pela sua contribuição para a

produção brasileira de grãos, com aproximadamente 41,64% da produção total

(CONAB, 2009).

Os investimentos em pesquisa levaram à "tropicalização" da soja,

permitindo, pela primeira vez na história, que a cultura fosse explorada com

sucesso, em regiões de baixas latitudes, entre o trópico de capricórnio e a linha do

equador. Essa conquista dos cientistas brasileiros revolucionou a história mundial da

soja a partir do final da década de 80 e mais notoriamente na década de 90.

Atualmente, os lideres mundiais na produção mundial de soja são os Estados

Unidos, Brasil, Argentina, China, Índia e Paraguai (EMBRAPA SOJA, 2009).

A cultura da soja representa 94,5% da produção das oleaginosas

cultivadas no país, chegando a 60 milhões de toneladas de grãos na safra 2007/08

(CONAB, 2008). Constitui-se em uma das culturas mais tecnificadas no país, sendo

atualmente o principal produto agrícola de exportação e continua aumentando as

áreas de cultivo, inclusive abrindo novas fronteiras agrícolas. (GALASSINI, 1998).

Este feito se deve principalmente ao grande volume de exportação

(grãos, farelo e óleo), ao uso em larga escala na alimentação animal, (grãos ou

farelo) e à produção de óleo comestível para abastecer o mercado interno.

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Segundo Zockun (1980) os grãos de soja constituem-se em matéria-

prima industrial, que gera insumo para uma grande variedade de produtos, como

farinha, proteína isolada e concentrada, lecitina, óleo, farelo e outros. Porém deve-se

destacar a importância do farelo para alimentação animal e do óleo refinado,

produtos de maior peso na demanda pelo grão, tanto a nível nacional como

internacional, inclusive nos países asiáticos, mesmo que nestes países boa parte da

soja em grão destina-se à indústria de alimentos de consumo direto.

A soja é um grão rico em proteínas, cultivada para produção de

alimentos tanto para humanos quanto para animais. O óleo de soja é o mais

utilizado pela população mundial no preparo de alimentos. Também é

extensivamente usado em rações animais. Outros produtos derivados da soja

incluem óleos, farinha, sabão, cosméticos, resinas, tintas, solventes e biodiesel.

(COELHO et al, 2008).

Fredo e Trevisan (1974) reforçam este pensamento ao afirmarem

que o grão de soja foi durante muito tempo apenas usado como fonte de óleo, em

conseqüência da sua relativa riqueza deste constituinte. Da Indústria extrativa do

óleo, obtém-se um subproduto rico em proteínas, o farelo de soja, usado quase que

exclusivamente na alimentação animal.

Apesar de o Brasil ser hoje o segundo maior produtor de soja no

mundo, com uma produção de 57,1 milhões de toneladas na safra 2008/2009,

perdendo apenas para os Estados Unidos, que possui uma produção de 80,5

milhões de toneladas, a produtividade nacional deste grão por área é relativamente

baixa, cerca de 2629 Kg ha-1 (EMBRAPA SOJA, 2009), sendo que os recordes de

produção situam-se em torno de 6000 a 7000 kg ha-1 (INFORMAÇÕES

AGRONÔMICAS, 2003). Porém, pode-se notar historicamente um expressivo

aumento da produtividade (média de 1089 kg ha-1 nos anos 60, contra 2800 kg ha-1

em 2003), resultado do uso de variadas tecnologias (DALL‟AGNOL, 2006).

Na cultura da soja a produtividade, a eficiência e a lucratividade são

aspectos da maior relevância, além de que se deve sempre procurar a

sustentabilidade dos processos produtivos (COELHO et al, 2008).

A produtividade da soja depende de sua carga genética e das

condições externas, que possibilitarão à planta expressar seu potencial genético.

Dentre esses fatores, podem-se destacar as condições ambientais, como clima,

pluviosidade, temperatura, entre outras, e as condições nutricionais da planta, sendo

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estas dependentes da fertilidade do solo e de técnicas que melhorem o seu

desenvolvimento.

A produtividade da soja é definida pela interação entre o potêncial

genético da planta, o ambiente e o manejo. Altas produtividades somente são

obtidas quando as condições são favoráveis em todos os estágios de

desenvolvimento da cultura (GILIOLI et al., 1995).

A crescente demanda pelos grãos de soja faz com que cada vez

mais se procure novas tecnologias capazes de aumentar e manter a produtividade

desta oleaginosa (ZADRA et al, 2008).

Uma forma de prever a produtividade de uma determinada cultura de

soja é por meio de avaliações dos componentes de produção da cultura. Segundo

Navarro Júnior e Costa (2002), os três principais componentes de produção da soja

são: número de vagens por unidade de área, número de grãos por vagem e massa

média dos grãos.

2.2 OS BIOESTIMULANTES

Nos vegetais superiores, a regulação e coordenação do

metabolismo, o crescimento e a morfogênese muitas vezes dependem de sinais

químicos transmitidos de uma parte da planta para outra. Os hormônios, também

chamados de fitorreguladores, responsáveis por variados efeitos nas plantas, são

esses sinalizadores (TAIZ; ZEIGER, 2009).

Hormônios vegetais são moléculas sinalizadoras, presentes em

pequenas quantidades nas diferentes partes das plantas. Alterações na

concentração hormonal de tecidos podem mediar toda uma gama de processos de

desenvolvimento das plantas, muitos dos quais envolvem interações com os fatores

ambientais (CROZIER et al. 2000).

Para Castro e Vieira (2001), hormônios vegetais são compostos

orgânicos, não nutrientes, produzidos na planta, que em a baixas concentrações

promovem, inibem ou modificam processos fisiológicos e morfológicos dos vegetais.

Segundo Weaver (1976), os órgãos vegetais podem ser

influenciados pela ação dos fitorreguladores de maneira que a morfologia da planta

é alterada. Dentre os fitorreguladores mais estudados pode-se citar as auxinas, as

citocininas e as giberelinas.

Page 16: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

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O grupo hormonal das auxinas foi o primeiro a ser descoberto e

estudado. Em estudos com iluminações parciais dirigidas em plântulas de alpiste

(Phalaris canariensis), por volta do ano de 1880, Charles Darwin e seu filho Francis

deduziram que a iluminação lateral de uma parte de um organismo vegetal causava

influência na curvatura de crescimento, fenômeno este conhecido como

fototropismo. Porém foi o fisiologista Frits Went, a partir de 1926, em seu clássico

experimento com coleóptilos de aveia (Avena sativa), quem definiu fisiologicamente

a auxina como a “substância de crescimento” das plantas (MOHR; SCHOPTER,

1994).

A auxina foi descoberta como um hormônio que agia no

encurvamento de coleóptilos em direção à luz. Os coleóptilos curvam-se por causa

das taxas desiguais de alongamento celular, que é maior no lado sombreado em

relação ao iluminado. Porém suas funções não são restritas somente a esta

característica (TAIZ; ZEIGER, 2009).

As auxinas são sintetizadas nos meristemas, nas folhas jovens,

nos frutos e nas sementes em desenvolvimento. Seus efeitos fisiológicos são o

fototropismo, o gravitropismo, ambos mediados pela redistribuição lateral da auxina,

e o enlongamento celular, por promoverem o crescimento de caules e coleóptilos,

porém inibirem o crescimento de raízes principais, por aumentarem rapidamente a

extensibilidade da parede celular e por aumentarem indiretamente a extensão

celular. (TAIZ; ZEIGER, 2009). No desenvolvimento das plantas as auxinas atuam

regulando a dominância apical, regulando o desenvolvimento das gemas florais,

promovendo a formação de raízes laterais e adventícias, promovendo o

desenvolvimento do fruto, retardando a abscisão foliar e induzindo a diferenciação

vascular (TAIZ; ZEIGER, 2009).

Castro et al. (2001) afirmam que as auxinas são consideradas

“substâncias do crescimento” pois são ativadoras de enzimas que agem sobre

constituintes das ligações entre as microfibrilas de celulose da parede celular,

causando a ruptura e o aumento da plasticidade, facilitando a entrada de água nas

células e aumentando suas dimensões.

As giberilinas foram originalmente descobertas como fitotoxinas em

1926 por cientistas japoneses. Os fungos patogênicos Gibberella fujikuroi atacam

plantas de arroz e secretam um agente que causam um crescimento longitudinal

patogênico. Entre 1935 e 1938 cientistas japoneses isolaram e cristalizaram a

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substância ativa a qual foi denominada giberilina. Somente após 1955, depois de

alguns anos de pesquisa intensa, foi mostrado claramente que as giberilinas também

eram formadas em vegetais superiores e possuíam um importante papel na

regulação do crescimento e nos processos de diferenciação (MOHR; SCHOPTER,

1994).

As giberelinas são sintetizadas nos tecidos apicais e podem ser

transportadas para as diferentes partes da planta via floema. Os intermediários da

síntese de giberelinas podem também ser translocados no floema. As etapas iniciais

da biossíntese de giberelina podem ocorrer em um tecido e o metabolismo para

torná-la ativa em outro (TAIZ; ZEIGER, 2004).

Os efeitos das giberelinas no crescimento e no desenvolvimento

são: estímulo do crescimento do caule, regulam a transição da fase juvenil para a

adulta, influenciam a iniciação floral e a determinação do sexo, promovem o

desenvolvimento do pólen e do tubo polínico, promovem a frutificação, promovem a

germinação de sementes, estimulam o alongamento e a divisão celulares. (TAIZ;

ZEIGER, 2009).

As giberelinas promovem a síntese de enzimas como a α-amilase

(que promove a diminuição do potencial osmótico celular através da formação de

glicose a partir do amido), proteases (promovem a síntese de triptofano e formação

de AIA (ácido indol-acético) que aumenta a plasticidade da parede celular),

hidrolases e lipases (CASTRO et al., 2001)

O grupo das citocininas foram descobertas durante as pesquisas dos

fatores que estimulam as células vegetais a se dividirem, ou seja, sofrerem

citocinese. Desde a sua descoberta, as citocininas têm apresentado muitos outros

efeitos nos processos fisiológicos de desenvolvimento, incluindo a senescência

foliar, a mobilização de nutrientes, a dominância apical, a formação e a atividade dos

meristemas apicais caulinares, o desenvolvimento floral, a quebra da dormência de

gemas e germinação de sementes. As citocininas parecem também mediar muitos

aspectos do desenvolvimento regulado pela luz, incluindo a diferenciação dos

cloroplastos, o desenvolvimento do metabolismo autotrófico e a expansão de folhas

e cotilédones (TAIZ; ZEIGER, 2009).

As citocininas são sintetizadas nas raízes, de onde translocam-se

via apoplasto pelo xilema, até a parte aérea, onde promovem divisões celulares

meristemáticas e mantém as atividades metabólicas nos tecidos vegetais,

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retardando a senescência (CASTRO; VIEIRA, 2003).

Embora as citocininas regulem muitos processos celulares, o

controle da divisão celular é o processo central no crescimento e no

desenvolvimento vegetal, sendo considerado indicador para essa classe de

reguladores de crescimento (TAIZ; ZEIGER, 2009).

Para Coll et al. (2001), as citocininas exercem extensa quantidade

de ações. Em geral, a aplicação de citocinina exógena, inibe o alongamento da raiz

principal das plantas. Entretanto, a mesma concentração que inibe o crescimento da

raiz principal, pode estimular a formação de raízes laterais.

As citocininas, de acordo com suas funções biológicas, regulam a

divisão celular nas partes aéreas e raízes e regulam componentes específicos do

ciclo celular. A proporção auxina:citocinina pode regular a morfogênese de tecidos

em cultura, modificam a dominância apical e promovem o crescimento de gemas

laterais (TAIZ; ZEIGER, 2004).

Substâncias naturais ou sintéticas, consideradas reguladores de

crescimento, podem ser aplicadas diretamente nas plantas (folhas, frutos,

sementes), provocando alterações nos processos vitais e estruturais, com a

finalidade de incrementar a produção, melhorar a qualidade e facilitar a colheita. Por

meio dessas substâncias, pode-se interferir em diversos processos, tais como:

germinação, enraizamento, floração, frutificação e senescência (CASTRO; VIEIRA,

2001).

Segundo Salisbury e Ross (1994), os reguladores vegetais podem

atuar diretamente em diferentes estruturas celulares e provocar alterações físicas,

químicas e metabólicas nessas estruturas.

Embora frequentemente discuta-se a ação dos hormônios como se

eles agissem de modo independente, as inter-relações do crescimento e do

desenvolvimento vegetal resultam da combinação de muitos sinais. Além disso, um

hormônio pode influenciar a biossíntese de outro, de modo que os efeitos produzidos

por um pode ser mediado por outros (TAIZ; ZEIGER, 2004).

A mistura de dois ou mais reguladores vegetais ou destes com

outras substâncias, é denominada bioestimulante. Este produto pode, em vista de

sua composição, concentração e proporção das substâncias, interferir

diferentemente no desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão, a diferenciação e

o alongamento celular (CASTRO; VIEIRA, 2003).

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19

Os bioestimulantes aceleram o desenvolvimento dos tecidos das

plantas e têm sido usados em muitas culturas. Estes produtos referem-se a mistura

de reguladores vegetais com outros compostos de natureza bioquímica diferentes,

tais como: aminoácidos, algas marinhas, vitaminas, micronutrientes e ácido

ascórbico. (VIEIRA, 2001).

2.3 UTILIZAÇÃO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DA SOJA

Direcionando-se às aplicações agrícolas dos biorreguladores, deve-

se considerar que algumas plantas cultivadas já atingiram no Brasil estágios de

evolução que exigem elevado nível técnico para se obter maiores produtividades,

sendo que estas já não se apresentam condicionadas por limitações de ordem

nutricional e hídrica, além de serem protegidas adequadamente com defensivos. A

produção de soja no Brasil em algumas regiões utiliza elevado nível tecnológico e

constante monitoramento de forma a reduzir as limitações de produção atingindo

produtividade e qualidade satisfatórias. Muitos agricultores têm observado que tais

produtividades, mesmo sob condições ótimas, não são tão elevadas como esperado

(BERTOLIN et al, 2008).

A aplicação de bioestimulantes visando aumentar a produtividade

tem apresentado resultados significativos, principalmente em regiões onde as

culturas já atingiram um elevado nível de tecnologia e manejo (CASTRO, 1980).

Muitos dos efeitos benéficos dos bioestimulantes são baseados na sua habilidade de

influenciar atividade hormonal das plantas, que é responsável por regular o

desenvolvimento normal da planta bem como as respostas ao ambiente onde se

encontram (LONG, 2006).

O uso de reguladores de crescimento na soja pode ser uma saída

para possibilitar a expressão do potencial produtivo, por isso têm recebido crescente

atenção no mercado agrícola, porém a viabilidade econômica desta técnica nesta

cultura ainda não é comprovada (JOHNSON, 1987).

Existem inúmeras pesquisas realizadas para avaliar a interferência

de reguladores vegetais na agricultura, destacando-se as áreas de floricultura, de

olericultura e de fruticultura. Entretanto ainda são poucas as pesquisas com as

grandes culturas, como é o caso da soja. Nos últimos anos, alguns estudos foram

desenvolvidos com a utilização de bioestimulantes em grandes culturas, como a

Page 20: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

20

soja, o arroz, o milho e o feijão (Vieira, 2001; Castro e Vieira, 2001, 2003). Esses

estudos têm apontado para ganhos em produtividade devido a incrementos no

sistema radicular na fase de estabelecimento da cultura e ao aumento de

pegamento de vagens, nas culturas da soja e do feijão (KLAHOLD et al., 2006).

Castro et al. (1998), classificam o produto denominado de Stimulate®

como um bioestimulante que contém fitorreguladores e traços de sais minerais. Os

autores afirmam ainda que esse bioestimulante promove um maior crescimento e o

desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão celular, a diferenciação e o

alongamento das células, e ainda promove o aumento da absorção e da utilização

dos nutrientes pela planta.

Braccini et al. (2005), observaram um incremento na produtividade

da soja superior a 92% em relação à testemunha quando aplicado o bioestimulante

Stimulate 10X® (0,9 g L-1 de cinetina, 0,5 g L 1 de ácido giberélico e 0,5 g L-1 de ácido

4-indol-3-ilbutírico), via foliar na dose de 75 mL ha-1.

Bertolin et al. (2008) em experimento concluíram que a aplicação do

Stimulate® não influencia a altura das plantas, ramos por planta, altura de inserção

da primeira vagem e maturação das vagens. Porém, proporciona incremento no

número de vagens por planta e produtividade de sementes tanto em aplicação via

sementes, quanto via foliar.

Almeida et al. (2004) relatam que a aplicação do bioestimulante

Stimulate® na cultura da soja, via tratamento de sementes nas doses de 0,25, 0,50 e

0,75 L a cada 100 kg de sementes, ou pulverizado no sulco de semeadura nas

doses de 0,5, 1,0 e 1,5 L ha-1 e aplicação foliar nas doses de 0,25, 0,5 e 1,0 L ha-1

no estádio V5, resultou em melhorias visuais no aspecto das plantas, em aumento

no número de plantas e, conseqüentemente, na produtividade e no peso dos grãos,

apesar de um decréscimo na velocidade de emergência, que se normalizou com o

passar do tempo.

Segundo Milléo e Monferdini (2004), as sementes de soja que

receberam tratamentos com Stimulate® antes da semeadura e no sulco de

semeadura emergiram mais cedo que a testemunha e que os outros tratamentos, e

obtiveram um maior número de sementes germinadas dez dias após a semeadura.

O número de vagens por planta e peso de mil grãos nos tratamentos com Stimulate®

foram maiores do que a testemunha. A produtividade foi influenciada positivamente

pelos tratamentos com Stimulate®. Houve um aumento de 1.389 kg ha-1 entre o

Page 21: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

21

melhor tratamento (Stimulate®, na dose de 500 mL ha-1, via pulverização foliar) e a

testemunha, sendo a produtividade de 3.634 e 2.345 kg ha-1, respectivamente.

Domingues et al. (2004), também testando o efeito do Stimulate® na

cultura da soja, verificaram que houve aumento no número de folhas, em aplicação

foliar e no tratamento de sementes nas seguintes dosagens e modos de aplicação:

500 mL 120 L-1 de água, via foliar + 6 mL kg-1 de sementes; e 750 mL 120 L-1 de

água, via foliar + 6 mL kg-1 de sementes. O maior número de brotos laterais ocorreu

quando foram aplicados 500 mL 120 L-1 de água, via foliar; 500 mL 120 L-1 de água

via foliar + 6 mL kg-1 de sementes; 750 mL 120 L-1 de água, via foliar + 4 mL kg-1 de

sementes e 750 mL 120 L-1 de água, via foliar + 6 mL kg-1 de sementes. Além disso,

houve maior área foliar na dose 750 mL 120 L-1 de água, via foliar + 6 mL kg-1 de

sementes. A produtividade de soja aumentou quando o Stimulate® foi aplicado em

altas concentrações e com associação de diferentes métodos de aplicação.

Page 22: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

22

3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na fazenda Nossa Senhora Aparecida,

no município de Alvorada do Sul – PR, com as seguintes coordenadas geográficas:

latitude 22°52‟04.6” sul e longitude 051°16‟01.3” oeste e com altitude média de 490

metros.

O clima da região, segundo a classificação de Köppen (Critchfield,

1960), é do tipo Cfa, subtropical, com verões quentes e úmidos e invernos frios e

secos, sendo a pluviosidade média histórica anual da região entre 1400 e 1600 mm.

Durante o experimento foram realizadas aferições diárias da

pluviosidade, por meio de um pluviômetro instalado em uma estaca em meio ao

campo onde as parcelas se encontravam (Figura 1)

Figura 1. Pluviosidade diária na área do experimento.

O solo predominante da área é classificado como Latossolo

Vermelho distroférrico, de textura argilosa, e apresenta topografia relativamente

plana, com declividade máxima de 1,6%.

Uma análise química do solo foi realizada 30 dias antes da

implantação do experimento, a fim de se obter um diagnóstico da fertilidade atual do

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

mm

Page 23: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

23

solo (Tabela 1). Por apresentar alta fertilidade, não foi necessário nenhum tipo de

correção neste.

Tabela 1 – Análise qímica do solo da área do experimento.

M.O. pH P Mehlich-I K Ca Mg H+Al Al V%

g.dm-3 CaCl2 mg.dm-3 cmolc.dm-3

27,2 5,92 19,57 0,65 11,97 4,1 2,54 0 86,81

Foram semeadas 18 sementes por metro de sulco, estando as linhas

eqüidistantes 0,45 cm. As parcelas possuíam uma área de 13,5 m2, nas dimensões

de 2,7 m X 5 m, ou seja, seis linhas de semeadura de cinco metros cada. A área útil

de cada parcela era constituída das duas linhas centrais a um metro de cada

extremidade, totalizando uma área de 2,7 m2.

A cultivar utilizada foi a BMX-Titan RR, de ciclo super precoce,

indicada para os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e do Paraná, apresenta

bom crescimento, porte médio, boa produtividade, boa resistência a doenças e é

recomendada para solos de média a alta fertilidade e para sistemas de manejo de

alta e média tecnologia.

A semeadura foi realizada mecanicamente no dia vinte e cinco de

novembro do ano de 2009, durante o período indicado para semeadura da cultivar

utilizada, no sistema de plantio direto, sobre a palha de milho safrinha, por meio de

uma plantadeira do modelo Tatu PST 4 de nove linhas de semeadura ano 2009.

Simultaneamente a semeadura foi realizada uma adubação de

manutenção mediante aplicação de 244 Kg ha-1 do adubo de formulação 00 – 30 –

10 distribuído na linha de semeadura.

As sementes utilizadas foram tratadas com o produto Nodulus®

Premium 255, que possui em sua formulação 25,5 g L-1 de cobalto e 255 g L-1 de

molibidênio, na dosagem de 100 mL do produto comercial para cada 100 Kg de

semente, com a finalidade de melhorar a eficácia da fixação biológica do nitrogênio e

ainda auxiliar na ação da enzima desidrogenase do nitrato, a qual atua no processo

de assimilação do nitrogênio nas plantas.

Também fora realizado o tratamento das sementes com o fungicida

Maxim na dosagem de 200 mL do produto comercial a cada 100 Kg de semente,

tendo em vista proteger as sementes e plântulas de ataque de patógenos que

Page 24: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

24

prejudicam o desenvolvimento destas.

O bioestimulante aplicado foi o Stimulate®, o qual contém em sua

formulação 0,09 g L-1 de cinetina, 0,05 g L-1 de ácido giberélico e 0,05 g L-1 de ácido

4-indol-3-ilbutírico, sendo este aplicado via foliar na dosagem de 0,25 L do produto

comercial por hectare.

Utilizaram-se, também, os compostos cinetina, ácido giberélico e

ácido 4-indol-3-ilbutírico para aplicações separadamente e em conjunto, tendo como

dosagens individuais, respectivamente: 25,5 mg ha-1, 12,5 mg ha-1 e 12,5 mg ha-1,

sendo estas calculadas de acordo com a composição do produto Stimulate®.

As aplicações foram realizadas no dia vinte e nove de dezembro de

2009, quando as plantas se encontravam no estádio fenológico V5, como indicado

pelo fabricante e previsto em trabalhos anteriormente realizados por outros autores.

Para tais aplicações utilizou-se de um pulverizador do tipo costal,

dotado de um bico do tipo leque e um volume de calda de 150 L ha-1.

Antes e após a aplicação dos bioestimulantes (estádios fenológicos

V5 e R2, respectivamente), foram realizadas análises foliares para avaliar os reais

níveis nutricionais em que as plantas se encontravam antes das aplicações e quais

as ações dos bioestimulantes nos níveis de nutrientes nos tecidos foliares.

A análise foliar anterior as aplicações foi realizada em uma amostra

de trinta folhas retiradas da área experimental. As análises realizadas após as

aplicações foram realizadas com base em amostras de trinta folhas por tratamento,

sendo compostas por sub-amostras de dez folhas por repetição. Os resultados

obtidos nas análises foliares foram tabelados e comparados entre si. As análises de

tecido foram realizadas conforme os parâmetros e métodos indicados para a cultura.

A colheita foi realizada no dia doze de março do ano de 2010,

quando as plantas se encontravam em condições ótimas para a colheita, sendo esta

realizada de forma manual nas áreas úteis de cada parcela. A debulha dos grãos

também foi realizada manualmente.

O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizado,

com três repetições e seis tratamentos, sendo: T1 – Testemunha; T2 - Stimulate®;

T3 - Cinetina; T4 - Ácido Giberélico; T5 – Ácido 4-indol-3-ilbutírico; T6 – Cinetina +

Ácido Giberélico + Ácido 4-indol-3-ilbutírico. O croqui da distribuição das parcelas

pode ser vista na figura 2.

Page 25: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

25

Figura1. Croqui da área experimental.

As variáveis de rendimento analisadas no experimento foram os

componentes de produção: massa de 100 grãos (g) e produtividade (Kg/ha).

Os resultados obtidos foram tabelados e submetidos à análise

devariância e médias contrastadas pelo agrupamento de Scott e Knott (1974), a 5%

de probabilidade, para comparação dos tratamentos.

Page 26: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

26

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos nas análises foliares estão expressos nas

tabelas 2, 3, 4 e 5. Pode-se notar que todos os tratamentos, inclusive a testemunha,

apresentaram variações nos níveis de macro e micronutrientes do estádio V5 para o

estádio R2.

Tabela 2. Teores foliares de macronutrientes antes das aplicações dos bioestimulantes.

N P K Ca Mg S

%

4,73 0,46 2,05 1,44 0,47 0,19

Tabela 3. Teores foliares macronutrientes após as aplicações dos bioestimulantes.

TRATAMENTO N P K Ca Mg S

%

1 4,87 0,47 2,03 1,45 0,46 0,22

2 4,95 0,56 2,05 1,59 0,49 0,26

3 5,02 0,55 2,05 1,61 0,46 0,23

4 4,82 0,47 2,09 1,48 0,46 0,20

5 4,83 0,53 2,03 1,59 0,49 0,23

6 4,91 0,56 2,07 1,61 0,49 0,25 Tratamentos: 1 - Testemunha; 2 - Stimulate

®; 3 - Cinetina; 4 - Ácido Giberélico; 5 - Ácido 4-indol-3-

ilbutírico; 6 - Cinetina + Ácido Giberélico + Ácido 4-indol-3-ilbutírico

Tabela 4. Teores de micronutrientes antes das aplicações dos bioestimulantes.

B Cu Fe Mn Zn

mg.Kg-1

30,01 15,58 129,91 103,04 41,18

Tabela 5. Teores de micronutrientes após as aplicações dos bioestimulantes.

TRATAMENTO B Cu Fe Mn Zn

mg.Kg-1

1 32,08 15,21 166,13 101,13 44,09

2 34,98 15,18 169,12 101,87 45,65

3 33,78 15,41 167,45 102,13 45,02

4 33,58 15,32 168,45 101,89 45,23

5 34,44 15,22 168,35 102,01 45,54

6 35,00 15,20 168,98 101,88 45,63 Tratamentos: 1 - Testemunha; 2 - Stimulate

®; 3 - Cinetina; 4 - Ácido Giberélico; 5 - Ácido 4-indol-3-

ilbutírico; 6 - Cinetina + Ácido Giberélico + Ácido 4-indol-3-ilbutírico

Page 27: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

27

Os padrões de variações de nutrientes observados na testemunha

obtiveram resultados semelhantes ao observado por Caldeira (2007) em seu

trabalho, onde avaliou os níveis de diferentes nutrientes em tecido vegetal da soja

em diferentes estádios fenológicos.

Comparando os dados presentes nas tabelas 2 e 3, nota-se um

aumento no nível de nitrogênio em todos os tratamentos, inclusive na testemunha,

ao comparar as análises realizadas antes das aplicações dos bioestimulantes

(estádio fenológico V5) e após este (estádio fenológico R2). A testemunha

apresentou um aumento de 2,98% no nível de nitrogênio em sua folha. Os

tratamentos 4 e 5 apresentaram um aumento deste nutriente inferior ao da

testemunha, sendo estes de 1,9% e 2,11% respectivamente. Os demais tratamentos

apresentaram aumentos superiores ao da testemunha, com destaque para o

tratamento 3, que apresentou um aumento de 6,13%, enquanto os tratamentos 2 e 6

apresentaram aumentos de 4,65% e 3,81%, respectivamente.

Os tratamentos 2 (produto comercial Stimulate®) e 6 (composto de

hormônios com formulação semelhante ao produto comercial Stimulate®)

apresentaram padrões semelhantes ao observado por Rosolem (1997), o qual

concluiu em seu trabalho que este produto bioestimulante, quando aplicado via foliar

associado a cobalto e molibdênio, aumentou o teor de nitrogênio na planta.

Analisando os níveis de fósforo, pode-se notar um aumento em seus

níveis foliares em todos os tratamentos, sendo que os que apresentaram menor

aumento foram a testemunha e o tratamento 4, com crescimento de 2,17% em

ambos. Os tratamentos 2 e 6 foram os que demonstraram maior aumento, com

crescimento de 21,74% em ambos. Os aumentos dos níveis de fósforo nos

tratamentos 3 e 5 foram de 19,57% e 15,22%, respectivamente.

Os níveis de potássio se mantevem os mesmos nos tratamentos 2 e

3, enquanto os tratamentos 1 e 5 demosntraram um decréscimo de 0,98% no seu

nível foliar. Já os tratamentos 4 e 6 obtiveram um aumento de 1,95% e 0,98%,

respectivamente.

Os níveis de cálcio desmonstraram acréscimo em todos os

tratamentos, sendo que todos foram superiores ao da testemunha, o qual foi de

0,69%. Os tratamentos 3 e 6 demonstraram os maiores incrementos desse nutriente,

com nível de 11,81% em ambos. Os tratamentos 2 e 5 obtiveram incrementos de

10,42% am ambos, enquanto o tratamento 4 demonstrou aumento de 2,78%.

Page 28: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

28

A testemunha e os tratamentos 3 e 4 apresentaram um decréscimo

de 2,13% no nível de magnésio em seus tecidos foliares, enquanto os tratamentos 2,

5 e 6 demonstraram um acrésimo de 4,26% deste mesmo nutriente.

Analisando o nível de enxofre nas folhas, nota-se o aumento destes

em todos os tratamentos, sendo que o tratamento 4 foi o que obteve o menor

incremento, com 5,26%, seguido da testemunha, com 15,79%, dos tratamentos 3 e

5, ambos com 21,05%, e dos tratamento 6 e 2, com incremento de 31,58% e

36,84%, respectivamente.

Analisando as tabelas 4 e 5, referentes aos teores foliares dos

micronutrientes, foi possível notar um aumento no nível de concentração foliar do

elemento boro em todos os tratamentos, incluindo a testemunha, onde ocorreu o

menor incremento, que foi de 6,90%. O maior aumento ocorreu no tratamento 6, com

16,63%, segido dos tratamentos 2, 5, 3 e 4, com 16,56%, 14,76%, 12,56% e 11,90%

respectivamente.

As análises referentes aos micronutrientes cobre e manganês,

indicaram um decréscimo desses da concentração desses elementos em tecido

foliar em todos os tratamentos. Sendo estes de 2,37% para Cu e 1,85% para Mn no

tratamento 1 (testemunha), 2,57% para Cu e 1,14% para Mn no tratamento 2, 1,09%

para Cu e 0,88% para Mn no tratamento 3, 1,67% para Cu e 1,12% para Mn no

tratamento 4, 2,31% para Cu e 1,00% para Mn no tratamento 5 e 2,44% para Cu e

1,13% para Mn no tratamento 6.

Os micronutrientes ferro e zinco apresentaram aumento em seus

níveis em tecido foliar em todos os tratamentos. Os menores incrementos de ambos

nutrientes ocorrerarm na testemunha, sendo de 27,88% para o Fe e de 7,07 para o

Zn. Os maiores incrementos de ambos nutrientes ocorreram no tratamento 2, sendo

de 30,18% para o Fe e de 10,85% para o Zn. O tratamento 3 obteve incrementos de

28,90% para o Fe e de 9,32% para o Zn. Já os tratamentos 4 e 5 obtiveram um

aumento de 29,67% e 29,59% para o ferro e de 9,83% e 10,59% para o zinco,

respectivamente.

Voltando-se aos parâmetros de rendimento, pode-se notar que todos

os tratamentos obtiveram índices superiore aos da testemunha em todas as

variáveis analisadas no experimento. As análises dos dados de rendimento estão

apresentadas na tabela 6.

Page 29: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

29

Tabela 6. Índices de produção líquida, produtividade e massa de 100 grãos referentes à aplicação de diferentes bioestimulantes na soja.

TRATAMENTO PRODUTIVIDADE MASSA DE 100 GRÃOS

Kg.ha-1 g

1 3288,72 b1 19,360 a

2 3868,83 a 22,722 a

3 3354,68 b 20,907 a

4 3552,18 b 19,892 a

5 3342,86 b 19,504 a

6 3825,18 a 21,017 a 1Letras iguais na mesma coluna não diferem estatisticamente pelo teste Scott e Knott a 5% de

probabilidade. Tratamentos: 1 - Testemunha; 2 - Stimulate

®; 3 - Cinetina; 4 - Ácido Giberélico; 5 - Ácido 4-indol-3-

ilbutírico; 6 - Cinetina + Ácido Giberélico + Ácido 4-indol-3-ilbutírico

Analisando a variável produtividade, os resultados se mostraram da

seguinte forma: os tratamentos 2 e 6 apresentaram diferença significativa para a

testemunha e para os demais tratamentos, sendo de 3868,83 Kg.ha-1 e 3825,18

Kg.ha-1, respectivamente. Os demais tratamentos também obtivaram uma produção

líquida superior, porém não significativamente, à testemunha, a qual foi de 3288,72

Kg.ha-1. Os resultados obtidos, em ordem crescente, foram de 3342,86 Kg.ha-1 para

o tratamento 5, de 3354,68 Kg.ha-1 para o tratamento 3 e de 3552,18 Kg.ha-1 para o

tratamento 4.

Para massa de 100 grãos, nenhum tratamento apresentou diferença

significativa. A testemunha obteve resultado igual a 19,360 g, seguida, em ordem

crescente, pelos tratamentos 5, 4, 3, 6 e 2, com resultados de 19,504 g, 19,892 g,

20,907 g, 21,017 g e 22,722 g, respectivamente.

Comparando os resultados obtidos nos tratamentos onde foram

aplicados os bioestimulantes aos obtidos na testemunha nota-se que os tratamentos

2 e 6 demonstraram melhorar os rendimentos ligados à produção e produtividade da

cultura da soja.

O produto comercial Stimulate® e o biostimulante com composição

de hormônios idêntica ao produto comercial mostraram resultados superiores à

testemunha, respectivamente, na ordem de 17,64% e 16,31% para a variável

produtividade, além de 17,34% e 8,56% para a variável massa de 100 grãos.

Page 30: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

30

Resultados observados por Klahold (2005) mostram que a aplicação

do mesmo produto comercial em soja, via foliar no estádio V5 e/ou via tratamento de

semente, acarretou em ganhos de produtividade, o que está de acordo com o

observado neste trabalho. Porém, diferindo a este, o autor observou uma redução na

massa de 100 grãos.

Milléo et al. (2000), avaliando a eficiência agronômica do produto

Stimulate® aplicado no tratamento de sementes e em pulverização foliar sobre a

cultura da soja, concluíram que esta tecnologia proporcionou um maior número de

vagens e de grãos, sendo que o melhor tratamento apresentou um ganho de

produtividade de 64,96% em relação à testemunha.

Bertolin et al. (2008) observaram um incremento relativo 60% na

produtividade quando aplicado o produto Stimulate® via foliar tanto em V5, como em

R1 e em R5.

Por outro lado, Dario et al. (2005), constatou que a aplicação do

mesmo produto comercial não apresentou influência significativa sobre o número de

vagens por planta e o rendimento de grãos.

Os demais tratamentos também se mostraram superiores à

testemunha em alguns casos, porém em níveis menos satisfatórios. O

bioestimulante cinetina determinou aumentos de 2,01% para produtividade e de

7,99% para massa de 100 grãos em relação à testemunha, confirmando os

resultados obtidos por Passos et al (2008), onde aplicando cinetina via foliar na soja,

obtiveram incrementos na produtividade, igual a 22,5%, e incrementos também na

massa de 1000 sementes.

O bioestimulante ácido giberélico apresentou índices de

superioridade iguais a 8,01% para massa de 100 grãos e a 2,74% para a variável

produtividade em relação à testemunha, a qual pode ser explicada pelos resultados

obtidos por Castro (1981), o qual observou que aplicação de GA3 aumentou a massa

de matéria seca e de folhas nas plantas de soja, o que poderia acarretar em

aumentos na produção de grãos por planta e na produtividade.

Já o bioestimulante ácido 4-indol-3-ilbutírico mostrou-se superior em

1,65% para o parâmetro massa de 100 grãos e em 0,74% para produtividade em

relação à testemunha.

Estes resultados indicam que as aplicações dos diferentes

bioestimulantes resultaram em alterações fisiológicas nas plantas, provavelmente

Page 31: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

31

relacionadas à atividade fotossintética e principalmente à relação fonte/dreno,

alterando a distribuição de fotoassimilados nos diferentes órgãos das plantas, o que

resultou em variações nos níveis de nutrientes nos tecidos vegetais e nos

componentes de produção da soja.

Page 32: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

32

5 CONCLUSÕES

Após a realização deste trabalho, pode-se concluir que:

a) Aplicações de bioestimulantes acarretaram em variações nos

teores foliares de micro e macronutrientes na cultura da soja;

b) Os tratamentos 2 (produto comercial Stimulate®) e 6 (Cinetina +

Ácido giberélico + AIB) apresentaram diferença significativa para

a variável produtividade em relação à testemunha, apresentando

ganhos de 17,64% e 16,31%, respectivamente;

c) Nenhum bioestimulante apresentou diferença significativamente

à testemunha no parâmetro massa de 100 grãos;

d) O bioestimulante Stimulate® foi o que apresentou o maior

incremento na massa de 100 grãos, com ganhos de 17,34% em

relação à testemunha;

e) A aplicação de bioestimulantes aumenta a produtividade da soja.

Page 33: Uso de Bioestimulantes Na Cultura Da Soja - Bruno Alvim Werner Alves

33

REFERÊNCIAS

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