uso da tecnologia omr na produção de material didático
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Optical Music RecognitionTRANSCRIPT
Uso da tecnologia OMR na produção de material didático
para o ensino coletivo de instrumento musical
Inácio Rabaioli
Introdução
• Natureza do trabalho. O presente trabalho consiste num relato de experiência do uso da tecnologia OMR (Optical Music Recognition) na elaboração de partituras musicais como material didático.
• Objetivo. Produzir, de maneira mais ágil e eficaz, através do uso da tecnologia OMR, partituras digitais utilizadas como material didático que se destina ao ensino coletivo de instrumentos musicais.
Introdução (continuação)
• Motivação inicial:
a) Interesse de alunos de Licenciatura em Música em facilitar a realização das partituras de arranjos e transcrições para grupos instrumentais.
b) Carência de material didático para prática coletiva de leitura à primeira vista no ensino do violão.
c) Ausência de partes individuais nas publicações impressas de diversas partituras para grupos instrumentais.
Introdução (continuação)
• Referencial. De um lado, o trabalho baseia-se nos conhecimentos atuais da tecnologia computacional de reconhecimento ótico de caracteres musicais (OMR), aplicados à elaboração de partituras digitais (Rebelo et al.2012). De outro, pressupõe a importância das metodologias de ensino coletivo de instrumentos musicais, bem como suas necessidades didáticas.
Introdução (continuação)
• Justificativa. A tecnologia OMR é pouco divulgada entre músicos e educadores musicais. Sua eficácia atualmente atinge níveis bastante animadores para que se possa justificar sua utilização no campo da editoração de partituras musicais, pois realiza enorme economia de esforço e bom desempenho na inserção dos símbolos musicais no software de editoração musical. Também justifica-se divulgá-la, conhecê-la e utilizá-la para que mais profissionais possam desfrutar da utilidade de seus recursos na elaboração de partituras digitais e materiais didáticos.
Metodologia
A presente experiência consiste em atividades de cunho prático, didático e de utilização de tecnologia aplicada.
• Atividades planejadas: a) Encontros semanais e/ou quinzenais entre um professor
orientador, um aluno monitor e um estagiário do projeto de extensão “Grupo de Performance OCA”(UEL).Todos alunos cursam Licenciatura em Música.
b) Uso auxiliar da tecnologia OMR para produção de arranjos e transcrições de repertório para grupos instrumentais, além de material didático para prática coletiva de leitura à primeira vista.
Metodologia (continuação)
• Materiais e equipamentos:
a)Partituras musicais impressas.b)Scanner de mesa com resolução óptica
mínima de 600dpi.c)Computadores com processamento
mínimo de 1,6 GHz.d)Softwares de OMR.e)Softwares profissionais de edição de
partitura musical.
Metodologia (continuação)
• Procedimentos utilizados:
1- Critérios de seleção das obras musicais em edição. A escolha das obras é definida pelas necessidades e peculiaridades das aulas coletivas de instrumento (execução de repertório musical em grupos de duos, trios e quartetos; prática coletiva de leitura à primeira vista).
2- Preparação da imagem digital da partitura:a) Conversão da partitura impressa em imagem digital
através do uso de scanner, devendo conter bom “alinhamento” (horizontal/vertical) e resolução adequada (250 a 600 dpi).
b) Salvar em arquivo de imagem em escala de cinza (ou preto/branco) num dos seguintes formatos: TIFF, JPG, BMP, PDF.
Metodologia (continuação)
3- Escolha e uso do software de reconhecimento:
a) O software deve trabalhar com algoritmos eficazes, versáteis e confiáveis no reconhecimento dos símbolos musicais.
b) Possuir recursos básicos de edição de partituras.
c) Possuir recurso de salvamento em formato de arquivo intercambiável entre diversos sistemas e ser capaz de armazenar recursos de diagramação gráfica. Dois dos melhores formatos intercambiáveis são MusicXML e NIFF.
Metodologia (continuação)
4- Reconhecimento automático dos símbolos musicais:
a) Apesar do reconhecimento ser tarefa altamente complexa nesta etapa a interação com o usuário é mínima, pois o resultado depende da execução automática dos algoritmos específicos do software OMR e da qualidade da imagem digital da partitura.
b) Ver arquitetura básica do sistema OMR na Figura 1.
Fig. 1: Arquitetura típica de um sistema de processamento OMR (Fonte: REBELO et al, 2012, p. 3).
Metodologia (continuação)
5- Correção das eventuais falhas de reconhecimento:
a) Como não há software OMR totalmente preciso, procede-se às correções das imperfeições antes de salvar o resultado do reconhecimento.
b) A maioria dos programas OMR possui ferramentas e mecanismos para identificar e corrigir as eventuais imperfeições que persistirem.
Metodologia (continuação)
6- Salvando o resultado em formato de arquivo intercambiável:
a) Após o final da etapa de reconhecimento e da correção de eventuais imperfeições derivadas do mesmo, o resultado deverá ser salvo.
b) Salvar utilizando preferencialmente um formato intercambiável para que o usuário possa importar o resultado para um editor de partitura que mais lhe satisfaça.
Metodologia (continuação)
7- Importação do resultado de reconhecimento para o editor de partitura:
Nessa etapa importa-se o resultado do processo de reconhecimento para um programa editor de partitura profissional, no qual começa a ser produzida verdadeiramente a partitura musical digital.
Metodologia (continuação)
8- Tarefas no editor de partitura:
a) Proceder às operações necessárias à finalidade da partitura digital a ser produzida.
b) Salvar as edições realizadas no editor de partituras para poder usar o material em situação didática ou profissional.
Conclusão
• A tecnologia OMR, como recurso auxiliar na produção da partitura digital, permite ultrapassar os limites da transmissão da música impressa ou manuscrita, e mesmo da transmissão puramente aural, oferecendo recursos conjugados que estas tradições não detinham até então. Permite ao usuário ver a partitura digitalmente através de um computador ou outros dispositivos digitais e ouvir o seu som sendo reproduzido simultaneamente.
• Seu uso é justificado pela agilidade e eficácia que traz na produção da partitura digital e de materiais didáticos para o ensino coletivo de instrumentos musicais.