uri - universidade regional integrada do alto …projetocorede/missoes/pdf/relatorio_final_a... ·...

95
URI - UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES – CAMPUS DE SANTO ÂNGELO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROJETO: PESQUISAS APLICADAS AO DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUB-PROJETO: DIAGNÓSTICO DA AGROPECUÁRIA NA REGIÃO DE ABRANGÊNCIA DO COREDE MISSÕES Apoio: FAPERGS ORIENTADORAS: MSc. Briseidy Soares MSc. Mª. Lorete Flores Drª. Nilvane G. Muller BOLSISTAS: Fabiana Albring Rose E. Rieger DEZEMBRO, 2005.

Upload: doankhuong

Post on 30-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

URI - UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS

MISSÕES – CAMPUS DE SANTO ÂNGELO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PROJETO: PESQUISAS APLICADAS AO DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO

AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

SUB-PROJETO: DIAGNÓSTICO DA AGROPECUÁRIA NA REGIÃO DE ABRANGÊNCIA DO

COREDE MISSÕES

Apoio: FAPERGS

ORIENTADORAS: MSc. Briseidy Soares MSc. Mª. Lorete Flores Drª. Nilvane G. Muller BOLSISTAS: Fabiana Albring Rose E. Rieger

DEZEMBRO, 2005.

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Abrangência econômica da apicultura nos municípios do COREDE Missões 38 Figura 02: Produção melífera anual nos municípios do COREDE Missões 39 Figura 03: Destino da produção melífera nos municípios do COREDE Missões 39 Figura 04: Realização da apicultura migratória nos municípios do COREDE Missões 40 Figura 05: Existência de associações apicultores nos município do COREDE Missões 40 Figura 06: Quantidade de aviários existentes nos municípios do COREDE Missões 41 Figura 07: Número de aves destinadas ao abate nos municípios do COREDE Missões 42 Figura 08: Número de aves destinadas à postura de ovos nos municípios COREDE Missões 42

Figura 09: Destino da carne das aves produzidas nos municípios do COREDE Missões 42 Figura 10: Destino dos ovos produzidos nos municípios do COREDE Missões 43 Figura 11: Percentual de municípios do COREDE Missões onde há produção de avestruzes 44

Figura 12: Destino da carne de avestruz nos municípios do COREDE Missões 44 Figura 13: Percentual de municípios que possuem criação de codornas 45 Figura 14: Percentual de codornas criadas nos municípios do COREDE Missões 45 Figura 15: Produto mais comercializado resultante da criação de codornas 46 Figura 16: Destino da produção de ovos de codorna nos municípios do COREDE Missões 46

Figura 17: Percentuais de municípios do COREDE Missões onde são criados gansos 46 Figura 18: Número de gansos criados nos município do COREDE Missões 47 Figura 19: Destino da carne de gansos criados nos municípios do COREDE Missões 47 Figura 20: Percentual de municípios onde ocorre criação de patos 48 Figura 21: Número de patos em cada um dos municípios do COREDE Missões 48 Figura 22: Destino da produção oriunda da criação de patos do COREDE Missões 49 Figura 23: Percentual de municípios do COREDE Missões onde ocorre criação de perus 49 Figura 24: Números de perus criados nos municípios do COREDE Missões 50 Figura 25: Destino da produção de perus nos municípios do COREDE Missões 50 Figura 26: Percentual dos municípios onde ocorre criação de búfalos 51 Figura 27: Número de búfalos criados nos municípios do COREDE Missões 51 Figura 28: Produção anual de carne de búfalos nos municípios do COREDE Missões 52 Figura 29: Destino da produção de carne de búfalos nos municípios do COREDE Missões 52

Figura 30: Número de bovinos de corte criados nos municípios do COREDE Missões 53 Figura 31: Número de bovinos abatidos anualmente nos municípios do COREDE Missões 53

Figura 32: Destino da produção de carne bovina dos municípios do COREDE Missões 54 Figura 33: Principais ectoparasitoses dos rebanhos dos municípios do COREDE Missões 54 Figura 34: Número de bovinos leiteiros criados nos municípios do COREDE Missões 55 Figura 35: Produção anual de leite, dada em litros, nos municípios do COREDE Missões 56 Figura 36: Forma predominante na extração de leite produzido no COREDE Missões 56

Figura 37: Destino da produção leiteira dos municípios do COREDE Missões 56 Figura 38: Forma como o leite é comercializado nos municípios do COREDE Missões 57 Figura 39: Causas apontadas da variação anual da quantidade leite produzido nos municípios 57

Figura 40: Causas apontadas da variação anual da qualidade leite produzidos nos municípios 58

Figura 41: Presença de órgão fiscalizador dos rebanhos nos municípios 58 Figura 42: Produção de eqüinos nos municípios do COREDE Missões 59 Figura 43: Números de eqüinos criados nos municípios do COREDE Missões 59 Figura 44: Raças de eqüinos predominantes nos municípios do COREDE Missões 59 Figura 45: Produção de raças de eqüinos nos municípios do COREDE Missões 60 Figura 46: Destino da criação de eqüinos nos municípios do COREDE Missões 60 Figura 47: Criação de caprinos nos municípios do COREDE Missões 61 Figura 48: Número de caprinos criados nos municípios do COREDE Missões 61 Figura 49: Produto mais comercializado dos caprinos nos municípios do COREDE 62 Figura 50: Criação de ovinos nos municípios do COREDE Missões 63 Figura 51: Ovinos destinados para o abate e lã nos municípios do COREDE Missões 64 Figura 52: Raças que predominam na criação de ovinos nos municípios do COREDE 64 Figura 53: Produto mais comercializado dos ovinos criados nos municípios do COREDE 65 Figura 54: Destino dos produtos dos ovinos nos municípios do COREDE Missões 65 Figura 55: Sistema de criação dos ovinos criados nos municípios do COREDE Missões 65 Figura 56: Criação de suínos criados nos municípios do COREDE Missões 66 Figura 57: Número de suínos criados nos municípios do COREDE Missões 67 Figura 58: Destino da carne dos suínos criados nos municípios do COREDE Missões 67 Figura 59: Sistema de criação dos suínos dos municípios do COREDE Missões 67 Figura 60: Tipo de produção de suínos nos municípios do COREDE Missões 68 Figura 61: Criação de coelhos nos municípios do COREDE Missões 68 Figura 62: Números de coelhos criados nos municípios do COREDE Missões 69 Figura 63: Produto mais comercializado e o seu destino nos municípios do COREDE 69 Figura 64: Criação de minhocas nos municípios do COREDE Missões 70 Figura 65: Comercialização do húmus nos municípios do COREDE Missões 70 Figura 66: Utilização do húmus pelos municípios do COREDE Missões 71 Figura 67: Produção de peixes nos municípios do COREDE Missões 72 Figura 68: Origem dos peixes dos municípios do COREDE Missões 72 Figura 69: Peixes que predominam nos rios dos municípios do COREDE Missões 72 Figura 70: Peixes que predominam nos açudes dos municípios do COREDE Missões 73 Figura 71: Sistema de criação de peixes nos municípios do COREDE Missões 73 Figura 72: Espécies cultivadas nos municípios do COREDE Missões 75 Figura 73: Hortaliças cultivadas nos municípios do COREDE Missões 77 Figura 74: Frutíferas cultivadas nos municípios do COREDE Missões 78 Figura 75: Espécies de frutíferas cultivadas em escala comercial nos municípios 79

Figura 76: Destino das frutíferas cultivadas nos municípios do COREDE Missões 80 Figura 77: Demonstrativo de associações de fruticultores nos municípios do COREDE 80

SUMÁRIO

Resumo 06

Introdução 07

1. Dados referentes à pecuária e agricultura dos municípios da região de

abrangência do COREDE Missões, RS 08

1.1 Santo Ângelo 08

1.2 Garruchos 09

1.3 Rolador 10

1.4 Roque Gonzales 11

1.5 São Paulo das Missões 12

1.6 Giruá 13

1.7 São Pedro do Butiá 14

1.8 Pirapó 15

1.9 Mato Queimado 16

1.10 Caibaté 17

1.11 Guarani das Missões 18

1.12 Porto Xavier 20

1.13 Dezesseis de Novembro 21

1.14 São Nicolau 22

1.15 Salvador das Missões 23

1.16 Cerro Largo 24

1.17 Eugênio de Castro 26

1.18 Santo Antonio das Missões 27

1.19 São Miguel das Missões 28

1.20 Bossoroca 30

1.21 Sete de Setembro 31

1.22 Ubiretama 32

1.23 São Luiz Gonzaga 33

1.24 Entre-Ijuis 34

1.25 Vitória das Missões 35

2. Análise dos dados da agropecuária e agricultura dos municípios da

região de abrangência do COREDE Missões – RS 37

2.1 Pecuária 37

2.1.1 Apicultura 37

2.1.2 Aves 40

2.1.3 Avestruz 43

2.1.4 Codorna 44

2.1.5 Gansos 46

2.1.6 Patos 48

2.1.7 Perus 49

2.1.8 Búfalos 50

2.1.9 Bovinos de corte 52

2.1.10 Bovinos leiteiros 54

2.1.11 Eqüinos 58

2.1.12 Caprinos 60

2.1.13 Ovinos 62

2.1.14 Suínos 65

2.1.15 Coelhos 68

2.1.16 Minhocas 69

2.1.17 Peixes 71

2.2 Agricultura, fruticultura e olericultura 73

Conclusão 81

Referências Bibliográficas 83

Apêndices 88

RESUMO

A Região pertencente ao COREDE Missões é representado pelos seguintes municípios:

Bossoroca, Caibaté, Cerro Largo, Dezesseis de Novembro, Entre-Ijuis, Eugênio de Castro,

Garruchos, Giruá, Guarani das Missões, Mato Queimado, Pirapó, Porto Xavier, Rolador,

Roque Gonzales, Salvador das Missões, Santo Ângelo, Santo Antonio das Missões, São

Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, São Nicolau, São Paulo das Missões, São Pedro

do Butiá, Sete de Setembro, Ubiretama e Vitória das Missões. Com o objetivo de reunir

informações para o melhor conhecimento da realidade agropecuária da região, foi

elaborado um questionário - teste aplicado inicialmente em Santo Ângelo para eventuais

correções. A aplicação do questionário nos demais municípios se deu de março à maio de

2005, quando foram questionados profissionais responsáveis pelas Secretarias de

Agricultura, Inspetoria Veterinária e técnicos da Emater de cada município. A etapa

seguinte envolveu a análise estatística dos dados obtidos pelo método Sphinx. Constatou-se

que a economia da Região das Missões está baseada na pequena propriedade rural, com o

predomínio de monoculturas, o que favorece a estagnação e queda na produção agrícola

devida a oscilações climáticas que a região vem enfrentando. A diversificação na pecuária

e na agricultura poderia constituir alternativas de renda para o aumento nos lucros obtidos

pelo homem do campo.

PALAVRAS-CHAVES: COREDE Missões, agricultura, pecuária.

INTRODUÇÃO

A Região pertencente ao COREDE Missões é formada por 25 municípios,

representados por: Bossoroca, Caibaté, Cerro Largo, Dezesseis de Novembro, Entre-Ijuis,

Eugênio de Castro, Garruchos, Giruá, Guarani das Missões, Mato Queimado, Pirapó, Porto

Xavier, Rolador, Roque Gonzales, Salvador das Missões, Santo Ângelo, Santo Antonio das

Missões, São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, São Nicolau, São Paulo das

Missões, São Pedro do Butiá, Sete de Setembro, Ubiretama e Vitória das Missões.

O presente trabalho envolve uma pesquisa de campo que objetiva reunir

informações para um melhor conhecimento da realidade da agricultura e pecuária dos

municípios da região. A pesquisa foi realizada em quatro etapas. Na primeira, foi

elaborado um questionário-teste para eventuais correções que foi aplicado no município de

Santo Ângelo, já que a pesquisa está concentrada no Campus da URI da referida cidade. A

segunda etapa envolveu a aplicação dos questionários nos demais municípios durante o

período de março a maio de 2005, quando foram questionados profissionais responsáveis

pelas Secretarias de Agricultura, Inspetoria Veterinária e técnicos da Emater de cada

município para obtenção de dados primários. A parte seguinte do trabalho foi a análise

estatística dos dados obtidos pelo método Sphinx e levantamento de dados bibliográficos

que auxiliaram na etapa final de organização das informações.

1. DADOS REFERENTES À PECUÁRIA E AGRICULTURA DOS MUNICÍPIOS

DA REGIÃO DE ABRANGÊNCIA DO COREDE MISSÕES - RS

1.1 SANTO ÂNGELO Em Santo Ângelo há criações de abelhas, onde a raça mais comum é a Apis mellifera, sua

abrangência é intensa, a produção abastece o comércio local e regional, sendo mais comum

a comercialização do produto in natura. Os produtores utilizam a prática migratória e estão

vinculados a ASA – Associação Santoangelense de Apicultura. O município tem registro

de apenas um aviário para o abate e produção de ovos que abastece o comércio local e o

próprio produtor, assim como a criação de codornas. Não há registros de criações de

avestruzes, gansos, patos, caprinos, minhocas, rãs e perus. A criação de búfalos destina-se

apenas para o consumo familiar e comércio local, bem como os bovinos de corte da raça

Charolês e Zebu; os ovinos da raça Ile de France e Sulfolk. Dentre os bovinos leiteiros

predominam as raças Jersey e Holandesa. O leite se destaca como produto in natura e na

fabricação de derivados que abastecem o produtor, o comércio local e regional, com

extração totalmente mecânica. A produção depende muito de fatores como a genética e

alimentação, além das endo e ectoparasitas que são comuns nas criações. Existem órgãos

fiscalizadores, como o Serviço de Inspeção Municipal e a Inspetoria Veterinária. As raças

Crioulas e Quarto-de-milha são as mais presentes para a criação de cavalos, seja para

montaria ou até mesmo para serviços. Pelo sistema intensivo, são criados os suínos,

servindo estes para o consumo familiar, comércio local e regional e o tipo de produção

mais utilizado é o ciclo completo e terminado. O município apresenta três microbacias e,

aproximadamente, 120 açudes onde as espécies mais comuns são as carpas, jundiá, lambari

e cascudos e para esta criação o sistema mais utilizado é o semi-intensivo, já que ocorre

comercialização local em datas comemorativas como a Sexta-feira da Paixão. As culturas

mais freqüentes são amendoim, arroz, cana-de-açúcar, soja, sorgo, pipoca, girassol,

azevém, aveia, mandioca, milho, trigo, canola, moranga, abóbora, batata-doce, linhaça,

agrião, pepino, beterraba, cenoura, rabanete, pimentão, alface, rúcula, couve-flor, repolho,

batata-inglesa e tomate, apesar dos fungos e insetos serem os principais causadores de

doenças. Dentre as frutíferas, se cultivam o pêssego, laranja, limão, banana, melão,

melancia, mamão, bergamota, caqui e morango, sendo as mais comercializadas o melão, a

laranja, a melancia e a bergamota, servindo para o consumo familiar e abastecimento local,

apesar de não haver associações de fruticultores. A adubação utilizada é a orgânica e a

química provindo do próprio município. As áreas florestais são fiscalizadas pelo SEMA,

IBAMA, FEPAM e PATRAM.

1.2 GARRUCHOS O município de Garruchos apresenta criações de abelhas onde a raça mais utilizada é Apis

mellifera. Sua abrangência é considerada branda e a produção de mel ocorre in natura,

servindo para consumo familiar e, também, ao abastecimento do comércio local. A falta de

expansão da apicultura se deve pela ausência de associações de apicultores. Ocorrem

pequenas criações de búfalos, caprinos e eqüinos, pois abastece, essencialmente, o

produtor rural. A quantidade de bovinos de corte é significativa e as raças predominantes

são as zebuínas. O destino da produção é o comércio local e regional. Já na parte leiteira a

raça predominante é a Holandesa, onde a produção ocorre mais na forma in natura, com

abastecimento local e regional, a extração de leite mecânica é a forma mais utilizada, no

município existe uma associação dos produtores de leite com veterinário contratado,

ampliando a comercialização. A inspeção veterinária é realizada pela própria vigilância

sanitária local. Há criações de ovinos predominantemente das raças Sulfolk e Ideal e os

animais são destinados ao abate, cujo destino é o comércio local e regional. Os suínos

também se destinam para o consumo familiar e local, o sistema de criação utilizada é o

intensivo e semi-intensivo, sendo a produção de ciclo completo. Por ser banhado pelo Rio

Uruguai, o município tem o hábito de extrair peixes do rio, principalmente a piava, o

dourado e o surubim; ocorrem poucos açudes e as espécies que se encontram são as carpas,

criadas em sistema extensivo. Em relação às culturas, se destacam soja, sorgo, aveia,

azevém, triticale, trigo, milho, girassol, cana-de-açúcar, também é cultivado amendoim,

alho, pipoca, feijão, mandioca, moranga, abóbora, batata-inglesa, batata-doce, cenoura,

repolho. Na fruticultura ocorre o plantio de várias espécies como a laranja, pêssego,

abacaxi, limão, figo, mamão, banana, melão, morango e ameixa; todo o cultivo abastece

apenas o produtor já que não existem associações para ampliar o comércio e facilitar as

negociações entre produtor e consumidor, além do solo ser muito ácido e enfraquecer as

plantas, apesar da adubação ser toda orgânica e ser proveniente do próprio município. A

áreas florestais que ocorrem são fiscalizadas pelo IBAMA, FEPAM e Departamento do

Meio Ambiente.

1.3 ROLADOR No município de Rolador há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a

apicultura considerada branda, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e ao

comércio local e regional. Essa comercialização ocorre através da Associação Roladorense

de Apicultores. As aves criadas para o abate e produção de ovos destinam-se ao consumo

familiar. Não constam criações de avestruzes, codornas, gansos, búfalos, minhocas e rãs.

A criação de patos, coelhos e caprinos destina-se apenas ao consumo familiar. Há criação

de bovinos de corte, sem raças definidas, destinados ao consumo familiar e ao comércio

regional. Ectoparasitas, como carrapato, afetam a saúde do rebanho, cuja vistoria sanitária

é realizada pela Inspetoria Veterinária do local. O leite produzido, extraído de forma

manual e mecânica, é comercializado principalmente na forma in natura. A produção

leiteira destina-se ao consumo familiar e ao comércio local e regional. As principais raças

de bovinos leiteiros criados são Jersey e Holandesa, que ocasionalmente são atacados por

ectoparasitas e endoparasitas. A falta de investimentos na melhoria da alimentação do

rebanho leiteiro é apontada como principal causa de variação na quantidade de leite

produzida anualmente. Ocorre criação de eqüinos de raça Crioula e outros sem raça

definida, utilizados para serviços nas propriedades e eventual comércio em feiras. Ovinos

das raças Ile de France, Suffolk e Ideal são criados para abate, havendo criação de ovinos

destinados à produção de lã. As criações são do tipo domésticas, cujos produtos destinam-

se ao consumo dos produtores e comércio regional. Os suínos, criados predominantemente

em sistema intensivo no município, destinam-se ao consumo e ao comércio regional. O

tipo de produção é de ciclo de terminação. Os peixes consumidos no município provêm de

açudes, onde são criadas várias espécies de carpa, além de jundiá, tilápia e outros. São

cultivados amendoim, cebola, mandioca, moranga, alho, pipoca, abóbora, agrião, alface,

rúcula, pepino, couve-flor, cenoura, repolho, rabanete, tomate, beterraba, batata-doce,

milho, feijão, arroz, cana-de-açúcar, trigo, azevém, triticale, sorgo, aveia, soja, alfafa,

milheto, ervilhaca, fumo, linhaça e a canola. As doenças fúngicas e causadas por insetos e

nematóides muitas vezes atacam essas culturas. As frutíferas cultivadas são pêssego,

laranja, limão, banana, melão, melancia, pêra, uva, abacaxi, figo, mamão, acerola,

bergamota, goiaba, caqui, kiwi, morango, jabuticaba, ameixa, abacate e jaca. Não há

comercialização de forma expressiva no município. Doenças como cancro cítrico, além do

pulgão e da cochonilha, afetam essas culturas. Na horticultura e fruticultura, a adubação é,

predominantemente, orgânica, proveniente do próprio produtor. Os órgãos que asseguram

a preservação de áreas florestais do município é o IBAMA e a FEPAM.

1.4 ROQUE GONZALES O município de Roque Gonzales apresenta criações de abelhas onde a raça mais utilizada é

Apis mellifera, ocorrendo a prática de apicultura migratória. A abrangência da apicultura é

considerada branda, cuja produção de mel in natura, apesar da falta de expansão, serve não

apenas para consumo familiar, mas, também, para abastecimento do comércio local e

regional. Ocorrem pequenas criações de galináceos, avestruzes, gansos, patos, perus,

caprinos, eqüinos, coelhos e búfalos, que abastecem, essencialmente, o produtor rural e o

comércio local. A quantidade de bovinos de corte é significativa, tendo como raças

predominantes Zebu e Brahman e o destino da produção é o comércio local e regional, sob

vigilância da Inspetoria Veterinária. Já na parte leiteira, as raças predominantes são a

Holandesa e a Jersey, onde a produção in natura e seus derivados, como o queijo suíço,

servem para abastecimento local e regional, sendo a extração de leite na forma mecanizada

a mais utilizada. Há criações de ovinos onde os animais são destinados para abate e

tosquia para o comércio local e regional, com predominância das raças Suffolk, Ideal, Ile

de France, entre outras. Os suínos também se destinam para o consumo familiar, consumo

local e regional. O sistema de criação utilizado é o intensivo, sendo a produção de ciclos

completos, leitões e terminados. Apesar de ser banhado por dois rios, o município

apresenta cerca de mil açudes com as espécies de carpas e tilápias, utilizando o sistema

extensivo e semi-intensivo de criação. Em relação às culturas, destacam-se o amendoim,

alho, cana-de-açúcar, soja, cebola, pipoca, feijão, azevém, aveia, mandioca, milho, trigo,

triticale, moranga, abóbora, batata-doce, entre outros. Apesar da grande estiagem que

assolou a região se cultiva ainda alfafa e pastagens. As frutíferas mais comercializadas são

a laranja, o melão, abacaxi e o morango, que se destinam ao consumo familiar, comércio

local e regional, pois o município possui associações como a Casa do produtor com vários

núcleos. As áreas florestais são fiscalizadas pela Secretaria da Agricultura e pela

PATRAM.

1.5 SÃO PAULO DAS MISSÕES

No município de São Paulo das Missões, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera,

sendo a apicultura considerada moderada, cuja produção in natura destina-se ao consumo

dos produtores e ao comércio regional. Essa comercialização ocorre através da Associação

dos Apicultores do município. Não há ocorrência de criadouros de galinhas tão pouco de

avestruzes, codornas, gansos, patos, perus, eqüinos, caprinos, ovinos, coelhos, rãs e

animais silvestres. Em menor quantidade, ocorre a criação de búfalos, servindo esta para

consumo do produtor e abastecimento do comércio local. Há criação de bovinos de corte,

sendo as raças comuns a Nelore e a Zebu, destinada ao consumo familiar e ao comércio

local. Ectoparasitas, como carrapato, afetam a saúde do rebanho, além de verminoses, cuja

vistoria sanitária é realizada pela Inspetoria Veterinária. O leite produzido, extraído de

forma mecânica, é comercializado principalmente na forma in natura. A produção leiteira

destina-se ao consumo familiar e ao comércio regional. As principais raças de bovinos

leiteiros criados são Jersey e Holandesa, que são atacados por ectoparasitas, mamite,

tristeza parasitária, para tal não há órgão responsável pela vistoria no município. A falta de

investimentos na melhoria da alimentação do rebanho leiteiro é apontada como principal

causa de variação na quantidade de leite produzida anualmente. Ocorre criação de suínos,

criados predominantemente em sistema intensivo no município, destinam-se ao consumo e

ao comércio regional. O tipo de produção é de ciclo leitões e terminados. Os peixes

consumidos no município provêm de açudes, onde são criadas várias espécies de carpa,

além de jundiá e outros no sistema intensivo. No rio que banha o município são

encontradas espécies de cascudo, traíra, piava, dourado, pacu, surubi, entre outros. São

cultivados amendoim, cebola, mandioca, alface, alho, pipoca, pepino, rúcula, feijão, milho,

beterraba, couve-flor, cenoura, repolho, rabanete, tomate, pimentão, batata-inglesa, arroz,

cana-de-açúcar, trigo, azevém, triticale, sorgo, aveia e a soja. As doenças fúngicas e

causadas por insetos e nematóides eventualmente atacam essas culturas. As frutíferas

cultivadas são pêssego, uva, goiaba, laranja, abacaxi, caqui, banana, mamão, morango,

melão, melancia, maçã, ameixa, pêra e bergamota. Dessas, são comercializadas local e

regionalmente laranja, banana e a bergamota. Na horticultura a adubação é

predominantemente orgânica, enquanto na fruticultura são usados adubos orgânicos e

químicos, provenientes do próprio município. Não há ocorrência de áreas florestais e

conseqüentemente órgãos fiscalizadores.

1.6 GIRUÁ Em Giruá, ocorre criação de abelhas, onde a raça mais comum é a Apis mellifera, sua

abrangência é moderada, a produção abastece o produtor e o comércio local, sendo mais

comum a comercialização do produto in natura. Os produtores não utilizam a prática

migratória, não existindo associações. Existe apenas um aviário na cidade para o abate e

produção de ovos que abastece o comércio local e o próprio produtor, assim como a

criação de gansos, patos, coelhos e perus. Não há registros de criações de avestruzes,

minhocas, codornas, búfalos e rã. A criação de bovinos abastece o produtor rural e o

comércio local, sendo a raça predominante o Zebu e outras sem definições. As deficiências

que mais se destacam seriam as minerais e ataques de endo e ectoparasitas, apesar da

intensa vigilância realizada pelo Sistema de Inspeção Municipal juntamente com a

Inspetoria Veterinária. Os bovinos leiteiros se destacam pelo produto in natura que

abastece o produtor e o comércio regional, onde a extração é totalmente mecânica,

predominando as raças Jersey e Holandesa. A produção depende muito de fatores como a

genética e alimentação, além das endo e ectoparasitas que são comuns nas criações;

também fiscalizados pelo Serviço de Inspeção Municipal e a Inspetoria Veterinária. A raça

Crioula predomina na criação de cavalos seja para montaria ou até mesmo para serviços.

Há criações domésticas de ovinos sem raça definida, onde a carne é o produto principal

sendo destinado para consumo familiar e comércio local. Pelo sistema intensivo são

criados suínos, servindo estes para o consumo familiar e comércio local e os tipos de

produção mais utilizado é o ciclo completo, leitões e terminados. O município apresenta

cerca de cinco rios estes habitados por jundiá, lambari, cascudo e traíra. Duzentos e

quarenta e cinco açudes e vinte e oito tanques servem de criadouros para todas as espécies

de carpas, traduzindo o tipo de sistema adotado pelo município que é de tanques e açudes.

A culturas mais cultivadas são amendoim, arroz, cana-de-açúcar, soja, sorgo, pipoca,

girassol, azevém, aveia, mandioca, milho, trigo, triticale, ervilhaca, moranga, abóbora,

batata-doce, linhaça, agrião, pepino, beterraba, cenoura, rabanete, pimentão, alface, rúcula,

couve-flor, repolho, batata-inglesa e tomate, apesar dos fungos e vírus serem os principais

causadores de doenças. Dentre as frutíferas cultivadas destacam-se o pêssego, laranja,

limão, melão, pêra, melancia, uva, bergamota, caqui, butiá e ameixa; mas as mais

comercializadas são a laranja e o butiá, sendo este fruta silvestre, servindo para o consumo

familiar e abastecimento local, apesar de não haver associações de fruticultores. A

adubação utilizada pela horticultura e fruticultura é a orgânica que provêm do próprio

município. As áreas florestais do município são fiscalizadas pelo SEMA e FEPAM.

1.7 SÃO PEDRO DO BUTIÁ No município de São Pedro do Butiá, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera,

sendo a apicultura considerada branda, cuja produção in natura destina-se ao consumo dos

produtores, comércio local e regional, apesar de não haver associações. Existem quatro

aviários, onde a carne e os ovos produzidos destinam-se ao comércio local e regional. Não

há ocorrência de criações de avestruzes, codornas, gansos, patos, perus, búfalos, eqüinos,

caprinos, coelhos, rãs e minhocas. Há criação de bovinos de corte, principalmente as raças

de cruzamentos, destinados apenas ao consumo familiar e ao comércio local. Os

carrapatos, a mosca de chifre e as verminoses são os maiores problemas enfrentados pelos

produtores, cuja vistoria sanitária é realizada pela Inspetoria Veterinária Regional. O leite

produzido, extraído de forma mecânica, é comercializado regionalmente, principalmente,

na forma in natura. As principais raças de bovinos leiteiros criados são Jersey e Holandesa,

cuja produção leiteira é variada na quantidade e qualidade devido a fatores como

alimentação deficiente, problemas de higiene e genética animal, além da mastite. Ocorre

criação doméstica de ovinos; as raças criadas também resultam de vários cruzamentos. Os

suínos, criados predominantemente em sistema intensivo no município, destinam-se ao

consumo e comércio regional. O tipo de produção é de ciclo de leitões. Os peixes

consumidos no município provêm de açudes e rios. Nos açudes são criadas várias espécies

de carpa, além de jundiá, tilápia, traíra e outros. Nos dois rios que banham o município,

são encontradas espécies de cascudo, traíra, piava, dourado, lambari, pintado, entre outros.

São cultivados amendoim, cebola, mandioca, moranga, alface, alho, pipoca, abóbora,

agrião, alface, rúcula, pepino, couve-flor, cenoura, repolho, rabanete, tomate, pimentão,

beterraba, batata-doce, batata-inglesa, milho, feijão, cana-de-açúcar, girassol, trigo,

azevém, triticale, sorgo, aveia e a soja. Doenças fúngicas causadas por insetos atacam essas

culturas e a irregularidade das chuvas presenciadas neste ano. As frutíferas cultivadas são

pêssego, uva, goiaba, laranja, abacaxi, caqui, limão, figo, morango, melão, melancia,

ameixa e bergamota. Dessas, são comercializadas local e regionalmente laranja, melão,

melancia, uva, bergamota e o morango, o problema da baixa comercialização é o manejo

inadequado. Na horticultura e fruticultura, a adubação é feita com adubos orgânico e

químico do próprio município. Neste município inexistem áreas florestais.

1.8 PIRAPÓ Em Pirapó, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a apicultura considerada

moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e ao comércio local e

regional. O mel é comercializado basicamente na forma in natura. Não é realizada

apicultura migratória no município e também não há associações de apicultores. As aves

criadas para o abate, assim como os ovos produzidos, destinam-se somente ao consumo

das propriedades, sem haver comercialização, ocorrendo o mesmo com a criação de

gansos, patos, caprinos, marrecos e javalis. Não há criação de avestruzes, codornas, perus e

rãs. Há criação de búfalos para consumo familiar e para o comércio regional. Os bovinos

de corte, principalmente Nelore, Brahman e Red Angus, criados no município são

destinados ao consumo familiar, consumo local e ao comércio regional. Os ectoparasitas,

como carrapato e mosca-do-chifre, além de verminoses e carbúnculo, são indicados como

principais problemas que afetam a saúde do rebanho. O leite produzido, extraído de forma

manual, é comercializado principalmente na forma in natura, no município e região. Os

bovinos leiteiros, cujas raças predominantes no município são Jersey e Holandesa, são

prejudicados por tristeza parasitária e mamites, vistoriados pela Inspetoria Veterinária. No

município, a alimentação deficiente do rebanho leiteiro e a genética animal são apontados

pelas Associações existentes como principais causas de variação na quantidade de leite

produzida anualmente, sendo a alimentação influenciadora na qualidade de leite. Há

criação e produção de eqüinos, principalmente da raça crioula, além de resultantes de

cruzamentos, para serviço e montaria. Ovinos são criados, principalmente para o abate e na

produção de lã, em pequenas criações domésticas, destinados ao consumo das propriedades

e até mesmo para exportação; as raças que predominam são a Ideal, Merino Australiano,

Texon e Correidale. Os suínos, criados sob sistema intensivo e semi-intensivo, destinam-se

ao consumo e comércio regional. A produção é de ciclo completo, leitões e terminados. Os

poucos coelhos criados no município destinam-se ao consumo familiar. Os peixes

consumidos no município provêm de açudes, onde são criadas as várias espécies de carpa,

grumatã, tilápia e a piava em sistema semi-extensivo. Para facilitar a aquisição de adubo,

são criadas minhocas, sendo o húmus utilizado para jardinagem, fruticultura e olericultura.

São cultivados amendoim, cebola, mandioca, moranga, agrião, alface, alho, pipoca,

abóbora, pepino, rúcula, arroz, feijão, milho, batata-doce, beterraba, couve-flor, cana-de-

açúcar, girassol, trigo, linhaça, cenoura, repolho, rabanete, batata-inglesa, pimentão,

tomate, soja, azevém, canola, aveia, triticale, fumo. As frutíferas cultivadas são pêssego,

uva, laranja, limão, figo, banana, morango, melancia, pêra, bergamota. Dessas, são

comercializadas no município e no comércio local e regional abacaxi, melancia, manga e a

uva. Na horticultura e fruticultura, a adubação é predominantemente orgânica, com adubo

proveniente do município. Os órgãos atuantes que asseguram a preservação de áreas

florestais do município são IBAMA e PATRAM.

1.9 MATO QUEIMADO O município de Mato Queimado apresenta criações de abelhas onde a raça mais utilizada é

Apis mellifera, sua abrangência é considerada branda, a produção de mel ocorre in natura,

servindo não só para consumo familiar como abastecimento do comércio local; a falta de

expansão se deve pela falta de associações de apicultores. Há ocorrência da prática de

apicultura migratória. Ocorrem pequenas criações de codornas, gansos, patos, perus,

búfalos e eqüinos, que abastecem essencialmente o produtor rural. A quantidade de

bovinos de corte é significativa, a raça predominante é o Zebu e a Nelore, o destino da

produção é o comércio local e regional. Os principais problemas que agravam a criação

envolvem o ataque do carrapato, mosca do chifre, tristeza parasitária e verminose. A

fiscalização sanitária é realizada pelo município de Caibaté. Já na parte leiteira, as raças

predominantes são a Holandesa e a Jersey, onde a produção ocorre mais na forma in

natura, com abastecimento local e regional. A extração de leite mecânica é a forma mais

utilizada, a causa de variabilidade em quantidade e qualidade se deve principalmente à

alimentação, higiene e genética do animal. No município, não existem associações. Há

criações de ovinos onde os animais são destinados para o abate, abastecendo o próprio

produtor e o comércio local. Os suínos também se destinam para o consumo familiar e

consumo local, o sistema de criação utilizada é o semi-intensivo, sendo a produção de ciclo

completo, terminados e reprodutores. Por ser banhado por dois grandes rios, o município

tem o hábito de extrair peixes como a piava, o dourado, cascudo, traíra e o surubim;

ocorrem vários açudes e as espécies que se encontram são as carpas, sendo utilizado o

sistema intensivo de criação. Não há registros de criações de avestruzes, caprinos, coelhos

e rãs. Em relação às culturas, se destacam a soja, sorgo, aveia, azévem, triticale, trigo,

milho, girassol, canola, também é cultivado amendoim, alho, pipoca, feijão, mandioca,

moranga, abóbora, batata-inglesa, batata-doce, cenoura, repolho. Como pragas se destacam

os insetos e nematóides. Na fruticultura ocorre o plantio de várias espécies como a laranja,

banana, melão, melancia, uva e bergamota. A comercialização se restringe apenas à

laranja, melão, melancia e uva; entretanto, a presença de fungos é o principal problema que

o produtor enfrenta. Todo o cultivo serve para o consumo familiar, já que não existem

associações para ampliar o comércio e facilitar as negociações entre produtor e

consumidor. A áreas florestais que ocorrem são fiscalizadas pelo PATRAM e Vigilância

Sanitária de Caibaté.

1.10 CAIBATÉ

Em Caibaté há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a apicultura considerada

moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e ao comércio local. O mel

é comercializado basicamente na forma in natura. Existem associações de apicultores

como a Marca das Missões e a Casa do Agricultor. Não é realizada apicultura migratória

no município. As aves criadas para o abate, assim como os ovos produzidos, destinam-se

ao consumo das propriedades e comercialização local. Ocorre a criação de avestruzes,

codornas, gansos, patos e caprinos, apenas para consumo próprio. Não há criação de perus,

eqüinos, coelhos, minhocas e rãs. Há criação de búfalos para consumo familiar e para o

comércio local. Os bovinos de corte, principalmente o Charolês, criados no município, são

destinados ao consumo familiar e ao comércio local. Ectoparasitas, como carrapato e

mosca-do-chifre, além de verminoses e carbúnculo, são indicados como principais

problemas que afetam a saúde do rebanho. O leite produzido, extraído de forma manual, é

comercializado principalmente na forma in natura, no município e região; as raças de

bovinos leiteiros predominantes no município são Jersey e Holandesa, e são prejudicados

por tristeza parasitária, verminoses e mamites, vistoriados pela Vigilância Sanitária. No

município, a alimentação deficiente do rebanho leiteiro, o tratamento sanitário e a genética

animal são apontados como principais causas de variação na quantidade de leite produzida

anualmente, sendo a alimentação influenciadora na qualidade de leite. Ovinos são criados,

principalmente para o abate e na produção de lã, em pequenas criações domésticas,

destinados ao consumo das propriedades e comércio local; a raça que predomina é a Ile de

France. Os suínos, criados sob sistema semi-intensivo, destinam-se ao consumo e comércio

local. A produção é de ciclo completo. Os peixes consumidos no município provêm de rios

e açudes, onde são criadas várias espécies de carpa, grumatã, tilápia e a piava em sistema

semi-intensivo. São cultivados amendoim, cebola, mandioca, moranga, agrião, alface,

alho, pipoca, abóbora, pepino, rúcula, arroz, feijão, milho, batata-doce, beterraba, couve-

flor, cana-de-açúcar, girassol, trigo, linhaça, cenoura, repolho, rabanete, batata-inglesa,

pimentão, tomate, soja, azevém, canola, aveia, triticale. As frutíferas cultivadas são

pêssego, uva, laranja, limão, figo, banana, morango, melancia, pêra, bergamota. Dessas,

são comercializadas no município e no comércio local laranja, melão, abacaxi, bergamota e

principalmente, a uva. Na horticultura e fruticultura, a adubação é predominantemente

orgânica e química, com adubo proveniente do município. Os órgãos atuantes que

asseguram a preservação de áreas florestais do município são IBAMA e PATRAM.

1.11 GUARANI DAS MISSÕES

No município de Guarani das Missões há criações de abelhas, onde a raça mais comum é a

Apis mellifera, sua abrangência é moderada, a produção abastece o comércio local e

regional, sendo mais comum a comercialização do produto in natura. Os produtores

utilizam a prática migratória. Existe uma associação a Associação dos Apicultores – Casa

do Mel. Existe apenas um aviário na cidade para o abate e produção de ovos que abastece o

comércio local e regional. Há registros de criações de avestruzes, codornas, gansos, perus,

búfalos, eqüinos e coelhos (sendo utilizado a pele), apenas para consumo familiar. Os

bovinos de corte das raças Charolês, Zebu e o Crioulo são os que predominam,

abastecendo o produtor, comércio local e regional. Os problemas que mais afetam o

rebanho são os carrapatos, a mosca do chifre e a tristeza parasitária, apesar de haver

constantes fiscalizações pela Inspetoria do município. O gado leiteiro se destaca pelo seu

produto in naturas que abastecem o produtor, o comércio local e regional, onde a extração

é ainda manual, predominando as raças Jersey e Holandesa, a produção depende muito de

fatores como a genética, higiene e alimentação, além das verminoses, tristeza parasitária e

verminoses que são comuns nas criações; o órgão que fiscaliza é o mesmo dos bovinos de

corte. Há criações domésticas de ovinos onde os animais são destinadas para o abate e para

a tosquia, as raças que predominam são a Suffolk, Ideal, Ile de France, entre outras, o

destino da carne e da lã é o comércio local e regional. As raças Crioulas e Quarto-de-milha

são os mais utilizados para a criação de cavalos seja para montaria ou até mesmo para

serviços. Pelo sistema intensivo são criados os suínos, servindo estes para o consumo

familiar, comércio local e regional e os tipos de produção mais utilizados são os ciclos

terminados e reprodutores. Através da produção de húmus pela criação de minhocas, é

facilitado o seu uso em jardinagens, olericultura e fruticultura, abastecendo o comércio

local e regional. Apresentando dois rios e inúmeros açudes, as espécies que predominam

são o Jundiá, Lambari, Cascudo, Traíra, Pintado e Carpas, utilizando o sistema semi-

intensivo para a criação. No local não constatou-se criações de patos, caprinos e rãs. As

culturas mais cultivadas são amendoim, arroz, cana-de-açúcar, soja, sorgo, pipoca,

girassol, azevém, aveia, mandioca, cana-de-açúcar, milho, trigo, canola, moranga, abóbora,

batata-doce, linhaça, agrião, pepino, beterraba, cenoura, rabanete, pimentão, alface, rúcula,

couve-flor, repolho, batata-inglesa e tomate, apesar dos insetos e nematóides serem os

principais causadores de doenças. Dentre as frutíferas se cultivam o pêssego, laranja,

limão, banana, melão, melancia, mamão, bergamota, caqui e morango; dentre as mais

comercializadas se destacam o pêssego, laranja, limão, melão, melancia, uva e a

bergamota, servindo para o consumo familiar e abastecimento local, devido à existência de

associação como a Cooguarani. As adubações realizadas nas hortaliças e frutíferas são a

química e a orgânica de origem local. As áreas florestais são fiscalizadas pelo SEMA,

IBAMA, FEPAM, APARSI e PATRAM.

1.12 PORTO XAVIER O município de Porto Xavier cria abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a apicultura

considerada moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e ao comércio

local e regional. O mel é comercializado basicamente na forma in natura. Não é realizada

apicultura migratória no município. As aves criadas para o abate, assim como os ovos

produzidos, destinam-se ao consumo das propriedades e ao comércio local. Há criação de

avestruzes, codornas, gansos, patos, perus e coelhos. Não ocorre criações de caprinos,

minhocas, rãs, animais exóticos e silvestres. Há criação de búfalos para comércio local. Os

bovinos de corte, principalmente Nelore e o Zebu, criados no município são destinados ao

consumo familiar e ao comércio local. Os ectoparasitas, como carrapato e mosca-do-chifre,

além de verminoses e carbúnculo, são indicados como principais problemas que afetam a

saúde do rebanho. O leite produzido, extraído de forma manual, é comercializado

principalmente na forma in natura, no município e região. Os bovinos leiteiros, cujas raças

predominantes no município são Jersey e Holandesa, são prejudicados por tristeza

parasitária, mamite e verminoses, sendo vistoriados por veterinário vinculado à Prefeitura

Municipal. No município, a alimentação deficiente do rebanho leiteiro e a genética animal

são apontadas como principais causas de variação na quantidade de leite produzida

anualmente, sendo a alimentação influenciadora na qualidade de leite. Há criação e

produção de eqüinos, principalmente das raças crioula, quarto-de-milha, além de

resultantes de cruzamentos, para serviço e montaria. Ovinos são criados, principalmente

para o abate, em pequenas criações domésticas, destinadas ao consumo das propriedades e

comércio local. Os suínos, criados sob sistema intensivo, destinam-se ao consumo familiar,

comércio local e regional. A produção é do tipo completo e leitões. Os poucos coelhos

criados no município destinam-se ao consumo familiar. Os peixes consumidos no

município provêm dos açudes, onde são criadas várias espécies de carpas, em sistema

semi-intensivo. Nos rios que banham o município são encontradas espécies de joaninha,

jundiá, dourado, traíra e carpas, entre outros. Dentre as espécies cultivadas no município

destacam-se o amendoim, cebola, mandioca, moranga, agrião, alface, alho, pipoca,

abóbora, pepino, rúcula, arroz, feijão, milho, batata-doce, beterraba, couve-flor, sorgo,

trigo, linhaça, cenoura, repolho, rabanete, batata-inglesa, pimentão, tomate, soja, azevém,

aveia, triticale e, com ênfase, cana-de-açúcar. As frutíferas cultivadas são pêssego, uva,

laranja, limão, figo, banana, morango, melancia, goiaba, bergamota. Estas são

comercializadas no município e no comércio local e regional pêssego, laranja, banana, uva,

figo, morango e a ameixa. Na horticultura a adubação é orgânica e na fruticultura é

química. O adubo utilizado, seja orgânico ou não, provém de outros municípios. Os órgãos

atuantes que asseguram a preservação de áreas florestais do município são IBAMA e

PATRAM.

1.13 DEZESSEIS DE NOVEMBRO No município de Dezesseis de Novembro, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera,

sendo a apicultura considerada moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos

produtores e ao comércio local e regional. Essa comercialização ocorre através da

Cooperativa de Agricultura Familiar do município. As aves criadas para o abate destinam-

se ao consumo, bem como comércio local e regional. Os ovos produzidos destinam-se ao

consumo e comércio local. As codornas criadas destinam-se apenas ao consumo familiar,

bem como perus, búfalos, caprinos, ovinos, coelhos e peixes. Há criação de bovinos de

corte, sem raças definidas, destinados ao consumo familiar e ao comércio local.

Ectoparasitas, como carrapato, afetam a saúde do rebanho, cuja vistoria sanitária é

realizada pela Secretaria de Saúde do município. O leite produzido é extraído de forma

manual, sendo comercializado principalmente in natura, mas, também, há fabricação de

derivados. Uma forma de melhorar a qualidade do leite produzido seria mecanizar a

ordenha na maior parte do município. A produção leiteira destina-se ao consumo familiar e

ao comércio local e regional, que pode ser intensificada com incentivo na fabricação de

derivados. As principais raças de bovinos leiteiros criados são Jersey e Holandesa, que são

atacados por ectoparasitas, mamite, tristeza parasitária. No município, a falta de

investimentos na melhoria da alimentação do rebanho leiteiro é apontada como principal

causa de variação na quantidade de leite produzida anualmente. Ocorre criação de eqüinos

de raça crioula e outros sem raça definida, utilizados para serviços nas propriedades.

Ovinos da raça Ile de France são criados para abate, havendo criação de ovinos destinados

à produção de lã. As criações são do tipo domésticas, cujos produtos destinam-se ao

consumo dos produtores. Os suínos, criados predominantemente em sistema semi-

intensivo no município, destinam-se ao consumo, comércio local e regional. O tipo de

produção é de ciclo completo e de terminação. Há criação de minhocas para produção de

húmus, destinado ao consumo das propriedades e ao comércio local, utilizado, sobretudo,

em fruticultura e jardinagem. A produção de húmus pode ser intensificada, já que constitui

uma excelente alternativa de renda, além de diminuir os custos de produção de muitos

produtos, principalmente hortigranjeiros. Os peixes consumidos no município provém de

açudes, onde são criadas várias espécies de carpa, além de jundiá e outros. Nos dois rios

que banham o município são encontradas espécies de cascudo, traíra, piava, dourado, pacu,

surubi, entre outros. Não há criação de avestruzes, gansos, patos, rãs, animais exóticos ou

silvestres. São cultivados amendoim, cebola, mandioca, moranga, alho, pipoca, abóbora,

agrião, alface, rúcula, pepino, couve-flor, cenoura, repolho, rabanete, tomate, beterraba,

batata-doce, feijão, arroz, cana-de-açúcar, azevém, triticale, sorgo e aveia. Destaca-se o

cultivo de alfafa, seguido de milho, trigo e soja. Doenças fúngicas e causadas por insetos e

nematóides atacam essas culturas. As frutíferas cultivadas são pêssego, uva, goiaba,

laranja, abacaxi, caqui, limão, figo, banana, mamão, morango, melão, acerola, jabuticaba,

melancia, maçã, ameixa, pêra e bergamota. Dessas, são comercializadas local e

regionalmente laranja, figo, pêssego, abacaxi, bergamota, morango, melão, maçã, ameixa,

melancia e uva. Essa comercialização ocorre através da Cooperativa de Agricultura

Familiar, onde os produtos de origem colonial são comercializados. Doenças como cancro

cítrico, antracnose, verrugose, leprose, fusariose, além do pulgão e da cochonilha, afetam

essas culturas. Na horticultura a adubação é predominantemente orgânica, enquanto na

fruticultura são usados adubos orgânicos e químicos, provenientes do próprio município e

da região. Os órgãos que asseguram a preservação de áreas florestais do município são a

Secretaria da Agricultura, bem como SEMA, IBAMA e FEPAM.

1.14 SÃO NICOLAU Em São Nicolau, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a apicultura

considerada moderada, cuja destacada produção destina-se ao consumo dos produtores e ao

comércio local, regional e exportação. Essa comercialização ocorre através da Associação

Riograndense de Apicultores. A apicultura migratória é realizada no município, como

forma de aumentar a produção. As aves criadas para o abate, assim como os ovos

produzidos, destinam-se apenas ao consumo familiar. Não há criação de avestruzes,

codornas, gansos, patos, perus, minhocas, rãs, que poderiam constituir uma importante

alternativa de renda; tampouco animais exóticos e silvestres. Os búfalos criados em São

Nicolau destinam-se ao comércio regional. Há um expressivo rebanho de corte no

município, representado principalmente pelas raças zebuínas, destinado ao consumo

familiar e ao comércio local. Ectoparasitas, como carrapato, mosca do chifre, além de

verminoses e carbúnculo, afetam a saúde do rebanho, cuja vistoria sanitária é realizada

pela Secretaria de Agricultura do município e Inspetoria Veterinária. O leite produzido,

extraído de forma manual e mecânica, é comercializado principalmente na forma in natura.

A produção leiteira destina-se ao consumo familiar e ao comércio local e regional. As

principais raças de bovinos leiteiros criados são Jersey e Holandesa, que são prejudicados

por mamite. No município, a alimentação deficiente do rebanho leiteiro é apontada como

principal causa de variação na quantidade e qualidade de leite produzida anualmente.

Ocorre criação de eqüinos das raças crioula e quarto-de-milha, utilizados para serviços nas

propriedades. Produtos como carne e leite de caprinos são destinados apenas ao consumo

familiar. Ovinos das raças Suffolk e Ideal são criados para abate, havendo criação de

ovinos destinados à produção de lã. Carne e lã são destinadas ao consumo das

propriedades, bem como comércio local e regional. As criações são do tipo domésticas e de

tamanho médio. Os suínos, criados tanto sob sistema intensivo quanto extensivo, destinam-

se ao consumo, comércio local e regional. O tipo de produção predominante é de ciclo

completo. Os peixes consumidos no município provém de açudes, onde são criadas várias

espécies de carpa em sistema semi-intensivo, e de rios. Nos três rios que banham o

município são encontradas espécies de traíra, piava, dourado, grumatã, surubi, pintado,

entre outros. São cultivados amendoim, cebola, mandioca, moranga, alho, pipoca, abóbora,

couve-flor, cenoura, repolho, couve, rabanete, pimenta, pimentão, beterraba, batata-doce,

batata-inglesa, principalmente para consumo familiar e alguma comercialização de alface,

pepino e tomate. Cultiva-se também milho, feijão, arroz, cana-de-açúcar, girassol, trigo,

azevém, triticale, sorgo, aveia e soja. Doenças causadas por insetos são apontadas como

principais problemas dessas culturas, apesar da estiagem ter sido o principal problema

enfrentado. As frutíferas cultivadas são pêssego, uva, goiaba, laranja, abacaxi, caqui,

limão, figo, banana, mamão, morango, melão, acerola, jabuticaba, melancia, ameixa e

bergamota. Dessas, são comercializadas no município laranja, mamão, morango, melão,

melancia e uva, mas não há uma associação de fruticultores organizada. Na horticultura e

fruticultura a adubação é predominantemente orgânica, com adubo proveniente do

município e de outras regiões.

1.15 SALVADOR DAS MISSÕES No município de Salvador das Missões, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera,

sendo a apicultura considerada branda, cuja produção destina-se ao consumo dos

produtores, comércio local, regional e exportação. Essa comercialização ocorre através da

Associação Salvadorense de Apicultura. As aves criadas para o abate bem como os ovos

produzidos destinam-se ao consumo, comércio local e regional. Os gansos criados

destinam-se apenas ao consumo familiar, bem como patos, caprinos, ovinos e coelhos. Há

criação de bovinos de corte, principalmente Nelore, Brahman e Gir, destinados apenas ao

consumo familiar. Ecto e endoparasitoses afetam a saúde do rebanho, cuja vistoria sanitária

é realizada pela Inspetoria Veterinária do município de Cerro Largo. O leite produzido,

extraído de forma mecânica, é comercializado regionalmente principalmente na forma in

natura. As principais raças de bovinos leiteiros criados são Jersey e Holandesa, cuja

produção leiteira é variada na quantidade e qualidade devido a fatores como alimentação

deficiente, problemas de higiene e genética animal. Ocorre criação de eqüinos sem raça

definida, utilizados para serviços nas propriedades. Ovinos são criados em pequenas

criações domésticas apenas para consumo familiar. Os suínos, criados predominantemente

em sistema intensivo no município, destinam-se ao consumo e comércio regional. O tipo

de produção é de ciclo completo, de terminação e produção de leitões. Há criação de

minhocas para produção de húmus, destinado apenas ao consumo das propriedades para

fruticultura, horticultura e jardinagem, o que constitui uma alternativa barata e eficiente na

adubação do solo. Os peixes consumidos no município provém de açudes e rios. Nos

açudes são criadas várias espécies de carpa, além de jundiá, tilápia, traíra e outros. Nos

dois rios e quatro arroios que banham o município são encontradas espécies de cascudo,

traíra, piava, dourado, lambari, pintado, entre outros. Não há criação de avestruzes,

codornas, perus, búfalos, rãs, animais exóticos ou silvestres. São cultivados amendoim,

cebola, mandioca, moranga, alho, pipoca, abóbora, agrião, alface, rúcula, pepino, couve-

flor, cenoura, repolho, rabanete, tomate, pimentão, beterraba, batata-doce, batata-inglesa,

milho, feijão, cana-de-açúcar, girassol, trigo, azevém, triticale, sorgo, aveia, soja, alfafa e

fumo. Doenças fúngicas, virais e causadas por insetos atacam essas culturas. As frutíferas

cultivadas são pêssego, uva, goiaba, laranja, abacaxi, caqui, limão, figo, banana, mamão,

morango, melão, acerola, jabuticaba, melancia, maçã, ameixa, pêra e bergamota. Dessas,

são comercializadas local e regionalmente pêssego, abacaxi, bergamota, laranja, figo,

caqui, morango, melão, ameixa, melancia e uva. Há uma associação informal de

fruticultores que comercializam uva, que deve ser incentivada no município para aumentar

a produção. Na horticultura e fruticultura, a adubação é feita com adubo orgânico do

próprio município. Os órgãos que asseguram a preservação de áreas florestais do

município são SEMA, IBAMA e FEPAM.

1.16 CERRO LARGO Em Cerro Largo, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a apicultura

considerada moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e ao comércio

local na forma in natura. A apicultura migratória é realizada no município. As aves criadas

para o abate, assim como os ovos produzidos, destinam-se ao consumo, mas há

comercialização local da carne e regional dos ovos produzidos. Não há criação de

avestruzes, codornas, gansos, perus, búfalos, coelhos, eqüinos, caprinos, minhocas, rãs,

animais exóticos e silvestres. Há criação de patos para consumo familiar. Os bovinos de

corte, principalmente Gir leiteiro, são destinados ao consumo familiar e ao comércio local.

Ectoparasitas, como carrapato, afetam a saúde do rebanho. A comercialização do leite é

uma atividade econômica expressiva no município. O leite produzido, extraído de forma

mecânica, é comercializado principalmente na forma in natura, no município e região. Os

bovinos leiteiros são prejudicados por mamite. No município, a alimentação deficiente do

rebanho leiteiro e a genética animal são apontadas como principais causas de variação na

quantidade e qualidade de leite produzida anualmente. A vistoria sanitária fica a cargo do

próprio município. Ovinos são criados em pequenas criações domésticas para consumo

das propriedades. Os suínos, criados sob sistema intensivo, destinam-se ao consumo,

comércio local e regional. Os tipos de produção são de ciclo completo e terminação. Os

peixes consumidos no município provém de açudes, onde são criadas várias espécies de

carpa e tilápias em sistema intensivo. Nos dois rios que banham o município são

encontradas espécies de piava, grumatã, joaninha,lambari, jundiá, entre outros. São

cultivados amendoim, cebola, mandioca, moranga, agrião, alface, alho, pipoca, mamona,

abóbora, pepino, rúcula, arroz, feijão, milho, batata-doce, beterraba, couve-flor, cana-de-

açúcar, girassol, trigo, linhaça, cenoura, repolho, rabanete, batata-inglesa, pimentão,

tomate, soja, azevém, canola, sorgo, aveia, triticale e, como diferencial na região, cevada,

lentilha, fumo, erva-mate e chás. Doenças causadas por fungos, vírus e insetos são

apontadas como principais problemas dessas culturas. As frutíferas cultivadas são pêssego,

uva, goiaba, laranja, abacaxi, caqui, limão, figo, kiwi, banana, mamão, morango, melão,

acerola, jabuticaba, melancia, maçã, ameixa, pêra, bergamota, abacate e nozes. Dessas, são

comercializadas no município laranja, mamão, pêssego, morango, bergamota, melão,

melancia, limão, banana, abacate, nozes e uva. A comercialização de morango, uva (para

produção de vinho) se dá através da Cooperativa de Produtores da Agricultura Familiar. Na

horticultura e fruticultura, a adubação é predominantemente orgânica, com adubo

proveniente do município. Os órgãos que asseguram a preservação de áreas florestais do

município são SEMA, IBAMA e FEPAM.

1.17 EUGÊNIO DE CASTRO

No município de Eugênio de Castro, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo

a apicultura considerada moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e

ao comércio local e regional. O mel é comercializado basicamente na forma in natura. Não

é realizada apicultura migratória no município. As aves criadas para o abate, assim como

os ovos produzidos, destinam-se somente ao consumo das propriedades, sem haver

comercialização. Não há criação de avestruzes, codornas, gansos, patos, perus, caprinos,

minhocas, rãs, animais exóticos e silvestres. Há criação de búfalos para comércio regional.

Os bovinos de corte, principalmente Nelore, Brahman, Santa Gertrudis, e Angus, criados

no município são destinados ao consumo familiar e ao comércio regional. Ectoparasitas,

como carrapato e mosca-do-chifre, além de verminoses e carbúnculo, são indicados como

principais problemas que afetam a saúde do rebanho. O leite produzido, extraído de forma

manual, é comercializado principalmente na forma in natura, no município e região.

Bovinos leiteiros, cujas raças predominantes no município são Jersey e Holandesa, são

prejudicados por tristeza parasitária, vistoriados por veterinário vinculado à Prefeitura

Municipal. No município, a alimentação deficiente do rebanho leiteiro e a genética animal

são apontados como principais causas de variação na quantidade de leite produzida

anualmente, sendo a alimentação influenciadora na qualidade de leite. Há criação e

produção de eqüinos, principalmente das raças Crioula, Quarto-de-milha, além de

resultantes de cruzamentos, para serviço e montaria. Ovinos são criados, principalmente

para produção de lã, em pequenas criações domésticas, destinados ao consumo das

propriedades e comércio regional. Os suínos, criados sob sistema intensivo, destinam-se ao

consumo e comércio regional. A produção é do tipo terminação. Os poucos coelhos criados

no município destinam-se ao consumo familiar. Os peixes consumidos no município

provêm de açudes, onde são criadas carpa-capim e carpa-húngara em sistema extensivo.

No rio que banha o município são encontradas espécies de joaninha, jundiá, dourado, traíra

e carpas, entre outros. É cultivado amendoim, cebola, mandioca, moranga, agrião, alface,

alho, pipoca, abóbora, pepino, rúcula, arroz, feijão, milho, batata-doce, beterraba, couve-

flor, cana-de-açúcar, girassol, trigo, linhaça, cenoura, repolho, rabanete, batata-inglesa,

pimentão, tomate, soja, azevém, canola, aveia, triticale, fumo. As frutíferas cultivadas são

pêssego, uva, laranja, limão, figo, banana, morango, melancia, pêra, bergamota. Dessas,

são comercializadas no município e no comércio local e regional bergamota, laranja e

limão. Na horticultura e fruticultura a adubação é predominantemente orgânica, com adubo

proveniente do município. A diversificação na pecuária e incentivo na fruticultura podem

constituir alternativas para aumentar os lucros do homem do campo. Os órgãos atuantes

que asseguram a preservação de áreas florestais do município são SEMA e FEPAM.

1.18 SANTO ANTÔNIO DAS MISSÕES Em Santo Antônio das Missões, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a

apicultura considerada moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores, ao

comércio local, regional e à exportação na forma in natura. A apicultura migratória é

realizada no município. As aves criadas para o abate, assim como os ovos produzidos,

destinam-se ao consumo, mas há comercialização local e regional da carne produzida. Não

há criação de avestruzes, codornas, gansos, patos, perus, minhocas, rãs, animais exóticos e

silvestres. Há criação de patos para consumo familiar. A criação de búfalos é destinada ao

consumo familiar e ao comércio local e regional. Os bovinos de corte, principalmente das

raças Zebuínas, Braford, Red Angus e Aberdim, destinados ao consumo familiar e ao

comércio local, são vistoriados pelo DPA, órgão de inspeção municipal. Verminoses e

tristeza parasitária são os principais problemas identificados afetando o rebanho. O leite

produzido, extraído de forma manual, é comercializado principalmente na forma in natura,

no município e região. Bovinos leiteiros das raças Jersey e Holandesa, que predominam no

município, são prejudicados por mamite e tristeza parasitária e vistoriados também pelo

DPA. No município, a alimentação deficiente do rebanho leiteiro é apontada como

principal causa de variação na quantidade e qualidade de leite produzida anualmente. Há

criação e produção de eqüinos destinados ao comércio e ao serviço nas propriedades. As

principais raças de eqüinos no município são crioula e quarto-de-milha. Caprinos e coelhos

criados destinam-se apenas ao consumo familiar. Ovinos das raças Ile de France e Ideal,

em criações de tamanho médio e de larga escala, destinam-se basicamente ao consumo das

propriedades. O município destaca-se pelo seu rebanho ovino, que são tema de uma

exposição tradicionalmente realizada no município. Os suínos, criados sob sistema

intensivo e de ciclo completo, destinam-se ao consumo, comércio local e regional. Os

peixes consumidos no município provém principalmente de dois rios, onde são

encontrados dourados, piavas, grumatã, surubi e bagre. Em açudes são criadas várias

espécies de carpa, pacu, dourado e traíra em sistema extensivo. São cultivados amendoim,

cebola, mandioca, moranga, agrião, alface, alho, pipoca, abóbora, pepino, rúcula, arroz,

feijão, milho, batata-doce, beterraba, couve-flor, cana-de-açúcar, girassol, trigo, cenoura,

repolho, rabanete, batata-inglesa, pimentão, tomate, soja, azevém, canola, sorgo, aveia,

triticale. Doenças causadas por fungos e insetos são apontadas como principais problemas

dessas culturas. As frutíferas cultivadas são pêssego, uva, goiaba, laranja, abacaxi, caqui,

limão, figo, banana, mamão, morango, melão, acerola, jabuticaba, melancia, maçã, ameixa,

pêra, bergamota, carambola. Dessas, são comercializadas no município laranja, bergamota,

melancia. Ácaros causam danos à fruticultura. Na horticultura e fruticultura, a adubação é

predominantemente orgânica, com adubo proveniente do município e de outras regiões. Os

órgãos que asseguram a preservação de áreas florestais do município são SEMA, IBAMA

e FEPAM.

1.19 SÃO MIGUEL No município de São Miguel, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a

apicultura considerada moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e

ao comércio local na forma in natura, através de Associação de Apicultores. A apicultura

migratória não é realizada no município. As aves criadas para o abate, assim como os ovos

produzidos, destinam-se somente ao consumo familiar. Não há criação de avestruzes,

codornas, coelhos, minhocas, rãs, animais exóticos e silvestres. Há criação de patos,

gansos, perus e caprinos para consumo familiar. Os búfalos criados destinam-se ao

consumo, ao comércio local e regional e à exportação. Constituem um diferencial na

pecuária da região. Os bovinos de corte, principalmente Charolês e Nelore são destinados

ao consumo familiar, bem como ao comércio local, regional e exportação. Ectoparasitoses

e endoparasitoses são indicados como problemas que afetam a saúde do rebanho, cuja

vistoria sanitária é realizada pelo próprio município. Os bovinos leiteiros, principalmente

das raças Jersey e Holandesa, produzem leite que é extraído de forma mecânica, e

comercializado principalmente na forma in natura, no município e região. São

prejudicados por mamite e verminoses. No município, a alimentação deficiente do rebanho

leiteiro e a genética animal são apontados como principais causas de variação na

quantidade e, em relação à qualidade, a falta de higiene adequada é o principal fator que

influencia. Há criações de eqüinos da raça crioula, destinados ao serviço das propriedades.

Ovinos das raças Ile de France, Suffolk e Ideal são criados para a o abate, em criações de

tamanho médio, enquanto Merilin e Correidale são criados para produção de lã. A carne é

o principal desses produtos comercializado no município e também na região. Os suínos,

criados sob sistema intensivo, destinam-se ao consumo e comércio local. Os tipos de

produção são de ciclo completo e produção de leitões. Os peixes consumidos no município

provém de açudes, onde são criadas várias espécies de carpa em sistema intensivo. Nos

dois rios que banham o município são encontradas espécies de piava, dourado, jundiá,

grumatã, entre outros. São cultivados amendoim, cebola, mandioca, moranga, agrião,

alface, alho, pipoca, abóbora, pepino, rúcula, arroz, feijão, milho, batata-doce, beterraba,

couve-flor, cana-de-açúcar, girassol, trigo, cenoura, repolho, rabanete, pimentão, tomate,

soja, azevém, sorgo, aveia, triticale. Doenças causadas por fungos e insetos são apontadas

como principais problemas dessas culturas. As frutíferas cultivadas são pêssego, uva,

goiaba, laranja, abacaxi, caqui, limão, figo, banana, mamão, morango, melão, jabuticaba,

melancia, maçã, ameixa, pêra, bergamota. Dessas, são comercializadas no município

laranja, pêssego, morango, bergamota, melancia. Na horticultura a adubação é

predominantemente orgânica, com adubo proveniente do município, enquanto na

fruticultura a adubação predominante é química. Os órgãos que atuam assegurando a

preservação de áreas florestais do município são IBAMA e Departamento do Meio

Ambiente do Município.

1.20 BOSSOROCA No município de Bossoroca, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a

apicultura considerada branda, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e ao

comércio local e regional. O mel é comercializado basicamente na forma in natura através

de Associação de Apicultores. Não é realizada apicultura migratória no município. As aves

criadas para o abate, assim como os ovos produzidos, destinam-se somente ao consumo

das propriedades, sem haver comercialização. Não há criação de avestruzes, gansos, patos,

perus, minhocas, rãs, animais exóticos e silvestres. Criações de caprinos e codornas

destinam-se ao consumo familiar e, eventualmente, comercialização local e regional de

ovos de codorna in natura. Há criação de búfalos para consumo, comércio local e regional.

Os bovinos de corte, principalmente Charolês e Zebu, criados no município, são destinados

ao consumo familiar e ao comércio local e regional. Ectoparasitas, como carrapato e

mosca-do-chifre, além de verminoses, são indicados como principais problemas que

afetam a saúde do rebanho, cuja inspeção sanitária é realizada pela Inspetoria Veterinária.

O leite produzido, extraído de forma predominantemente mecânica, é comercializado

principalmente na forma in natura, no município e região. Bovinos leiteiros, da raça

Holandesa, são prejudicados por ectoparasitas, e vistoriados pela Inspetoria Veterinária.

No município, a alimentação deficiente do rebanho leiteiro é indicada como principal

causa de variação na quantidade de leite produzida anualmente, sendo a higiene adequada

influenciadora na qualidade de leite. Há criação de eqüinos, principalmente da raça crioula,

utilizados para serviço nas propriedades. Ovinos, principalmente da raça Ideal, são criados

para produção de lã, em pequenas criações domésticas, bem como criações de tamanho

médio e de larga escala, destinados ao consumo das propriedades e comércio regional. Os

suínos, criados sob sistema extensivo e semi-intensivo, destinam-se ao consumo e

comércio local. A produção é do tipo ciclo completo. Os poucos coelhos criados no

município destinam-se ao consumo familiar. Os peixes consumidos no município provêm

de açudes, onde são criadas várias espécies de carpa em sistema extensivo. Nos três rios

que banham o município são encontradas espécies de jundiá, dourado, traíra e piavas, entre

outros. São cultivados amendoim, mandioca, moranga, agrião, alface, abóbora, pepino,

rúcula, arroz, feijão, milho, batata-doce, beterraba, couve-flor, cana-de-açúcar, girassol,

trigo, linhaça, cenoura, repolho, rabanete, pimentão, tomate, soja, azevém, canola, aveia,

triticale, fumo e alfafa. As frutíferas cultivadas são pêssego, uva, laranja, abacaxi, caqui,

limão, figo, melão, maçã, ameixa, morango, melancia, pêra, bergamota. Dessas, são

comercializadas no município e no comércio local pêssego, laranja, figo e uva. O uso

excessivo de agrotóxicos nas lavouras têm prejudicado principalmente a fruticultura,

diminuindo a produção. Na horticultura e fruticultura a adubação é predominantemente

orgânica, com adubo proveniente do município. A horticultura também se utiliza de adubos

químicos. O órgão atuante que assegura a preservação de áreas florestais do município é a

PATRAM.

1.21 SETE DE SETEMBRO Em Sete de Setembro há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a apicultura

considerada moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e a

comercialização in natura no município e região. Não há associação de apicultores,

tampouco realiza-se apicultura migratória, o que poderia aumentar os lucros obtidos com

essa atividade econômica. As aves criadas para o abate, assim como os ovos produzidos,

destinam-se ao consumo e ao comércio local. Não há criação de avestruzes, codornas,

gansos, patos, perus, bubalinos, caprinos, rãs, animais exóticos e silvestres. Há criação de

bovinos de corte, principalmente das raças Charolês e Brahman, destinados ao consumo

familiar e ao comércio local. O principal problema que afeta o rebanho é a falta de manejo

alimentar. Isso constitui um problema principalmente no inverno, quando as pastagens são

escassas e o produtor não supre as necessidades alimentares do rebanho, causando queda

significativa, principalmente na produção leiteira. A vistoria sanitária é realizada pela

Secretaria de Agricultura do município e Inspetoria Veterinária do município de Guarani

das Missões. O leite produzido, extraído de forma predominantemente mecânica, é

comercializado principalmente na forma in natura. A produção leiteira destina-se ao

consumo familiar e ao comércio local e regional. As principais raças de bovinos leiteiros

criados são Jersey e Holandesa, que são prejudicados por tristeza parasitária, brucelose e

ectoparasitas e vistoriados também pela Secretaria de Agricultura. Ocorre criação de

eqüinos da raça crioula, utilizados para serviços nas propriedades e comercialização.

Ovinos das raças Suffolk são criados para abate e consumo familiar, em criações

domésticas. Os suínos, criados sob sistema intensivo, destinam-se ao consumo, comércio

local e regional. O tipo de produção predominante é de ciclo completo. Coelhos são

criados para consumo familiar e comércio local. Essas criações podem ser aumentadas para

produção de peles. Há minhocários, mas não é produzido húmus para fins comerciais, o

que poderia constituir uma excelente fonte de renda no município. O produzido húmus é

destinado à horticultura, fruticultura e agricultura. Os peixes consumidos no município

provêm de açudes, onde são criadas várias espécies de carpa, jundiá, piava e dourado em

sistema extensivo. Do rio que banha o município são encontradas espécies de, piava,

dourado, jundiá e carpa, entre outros. São cultivados amendoim, cebola, mandioca,

moranga, alho, pipoca, abóbora, alface, pepino, couve-flor, cenoura, repolho, couve,

rabanete, tomate, pimenta, pimentão, beterraba, batata-doce, milho, feijão, arroz, cana-de-

açúcar, trigo, linhaça, azevém, triticale, sorgo, aveia, soja. Doenças causadas por insetos

são apontadas como principais problemas dessas culturas. As frutíferas cultivadas são

pêssego, uva, goiaba, laranja, abacaxi, caqui, limão, figo, kiwi, banana, mamão, morango,

melão, acerola, jabuticaba, melancia, pêra, ameixa, maçã e bergamota. Dessas, são

comercializadas no município e na região mamão, morango, melancia, ameixa, pêssego,

bergamota. Na horticultura e fruticultura, a adubação é predominantemente orgânica, com

adubo proveniente do município. Os órgãos que atuam de forma efetiva na preservação das

áreas florestais do município são IBAMA E FEPAM.

1.22 UBIRETAMA Em Ubiretama, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a apicultura

considerada branda, cuja produção, comercializada na forma in natura, destina-se ao

consumo dos produtores e ao comércio local e regional. A apicultura migratória é realizada

no município. As aves criadas para o abate, assim como os ovos produzidos, destinam-se

apenas ao consumo familiar. A avicultura pode ser incentivada no município como forma

de obtenção de maiores lucros. Não há criação de avestruzes, codornas, gansos, patos,

perus, caprinos, coelhos, minhocas, rãs, que também poderiam incrementar a receita do

município. Os búfalos criados destinam-se ao consumo familiar. Há criação de bovinos de

corte, principalmente Nelore e Brahman, destinados ao consumo familiar e ao comércio

local e regional. Ectoparasitas e endoparasitas afetam a saúde do rebanho, cuja vistoria

sanitária é realizada pela Inspetoria Veterinária. O leite produzido, extraído de forma

mecânica, é comercializado principalmente na forma in natura. A produção leiteira

destina-se ao consumo familiar e ao comércio local e regional. Já que a produção leiteira é

um ponto forte do município, poderia ser estimulada a fabricação de derivados do leite

para comercialização. As principais raças de bovinos leiteiros criados são Jersey e

Holandesa, que são prejudicados por mamite, vistoriados também pela Inspetoria

Veterinária. No município, a alimentação deficiente do rebanho leiteiro é apontada como

principal causa de variação na quantidade e qualidade de leite produzida anualmente, esta

última também influenciada pela higiene inadequada dos rebanhos. Ocorre criação de

eqüinos da raça crioula utilizados para serviços nas propriedades e montaria. Ovinos são

criados para consumo familiar em criações domésticas. Os suínos, criados sob sistema

intensivo, destinam-se ao consumo e comércio local. O tipo de produção predominante é

de ciclo completo. Os peixes consumidos no município provém de açudes, onde são

criadas várias espécies de carpa em sistema semi-intensivo, e de rios. Nos quatro rios que

banham o município são encontradas espécies de traíra, carpa, jundiá, entre outros. São

cultivados amendoim, cebola, mandioca, moranga, alho, pipoca, agrião, abóbora, alface,

pepino, couve-flor, cenoura, repolho, couve, rabanete, pimentão, beterraba, batata-doce,

batata-inglesa, milho, feijão, cana-de-açúcar, girassol, trigo, azevém, sorgo, aveia, soja.

Doenças causadas por fungos e insetos são apontadas como principais problemas dessas

culturas. As frutíferas cultivadas são pêssego, uva, goiaba, laranja, abacaxi, limão. Dessas,

somente a uva é comercializada no município. Na horticultura e fruticultura, a adubação é

predominantemente orgânica, com adubo proveniente do município. A atenção maior com

as frutíferas no município, principalmente com adubação adequada dos pomares, poderia

levar à produção de outras frutas, além da uva, a níveis de comercialização. Os órgãos que

atuam assegurando a preservação de áreas florestais do município são SEMA e IBAMA.

1.23 SÃO LUIZ GONZAGA No município de São Luiz Gonzaga há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo

a apicultura considerada moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e

ao comércio local. Existem associações de apicultores no município. As aves criadas para

o abate bem como os ovos produzidos destinam-se ao consumo familiar, assim como a

criação de caprinos. Não há criação de gansos, avestruzes, codornas, perus, búfalos, patos,

coelhos, minhocas, rãs, animais silvestres e exóticos. Ocorre criação de bovinos de corte,

principalmente Nelore, Charolês e Hereford, destinados ao consumo familiar e ao

comércio local. Ecto e endoparasitoses afetam a saúde do rebanho, cuja vistoria sanitária é

realizada pelo Sistema de Inspeção da Prefeitura Municipal. Para a extração do leite

utiliza-se a técnica manual, sendo comercializado local e regionalmente sobretudo na

forma in natura. As principais raças de bovinos leiteiros criados são Jersey e Holandesa,

cuja produção leiteira é variada na quantidade e qualidade devido a fatores como

alimentação deficiente e problemas de higiene. Ocorre criação de eqüinos da raça crioula,

utilizados para serviços nas propriedades. Ovinos da raça Ideal são criados para produção

de carne e da raça Correidale para produção de lã, em pequenas criações domésticas

apenas para consumo familiar. Os suínos, criados predominantemente em sistema semi-

intensivo no município, destinam-se ao consumo das propriedades. O tipo de produção é

de ciclo completo. Os peixes consumidos no município provém de açudes, onde são

criadas em sistema extensivo várias espécies de carpa. São cultivados amendoim, cebola,

mandioca, moranga, pipoca, abóbora, alface, rúcula, pepino, couve-flor, cenoura, repolho,

rabanete, tomate, pimentão, beterraba, batata-doce, batata-inglesa, milho, arroz, feijão,

cana-de-açúcar, girassol, trigo, azevém, triticale, sorgo, aveia, soja. Doenças fúngicas,

virais e causadas por insetos atacam essas culturas. As frutíferas cultivadas são pêssego,

uva, goiaba, laranja, abacaxi, caqui, limão, figo, banana, mamão, morango, melão,

jabuticaba, melancia, maçã, ameixa, pêra e bergamota. Dessas, são comercializadas no

município laranja e uva, para produção de vinho. Na horticultura e fruticultura a adubação

é feita com adubo orgânico do próprio município, sendo utilizado adubo químico em

horticultura. O órgão que assegura a preservação de áreas florestais do município é a

SEMA.

1.24 ENTRE-IJUÍS Em Entre-Ijuís, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a apicultura

considerada moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e a

comercialização in natura no município. Há associação de apicultores, mas não é realizada

apicultura migratória. As aves criadas para o abate, assim como os ovos produzidos,

destinam-se ao consumo e ao comércio local. Não há criação de avestruzes, codornas,

gansos, patos, perus, coelhos, minhocas, rãs, animais exóticos e silvestres. Os bubalinos e

caprinos criados destinam-se ao consumo familiar. Há criação de bovinos de corte,

principalmente das raças Charolês, Red Angus, Santa Gertrudis, Aberdim, destinados ao

consumo familiar. Os principais problemas que afetam o rebanho são ecto e endoparasitas

e carbúnculo. A vistoria sanitária é realizada pela Prefeitura Municipal e Inspeção

Estadual. O leite produzido, extraído de forma predominantemente mecânica, é

comercializado principalmente na forma in natura. A produção leiteira destina-se ao

consumo familiar e ao comércio local e regional. As principais raças de bovinos leiteiros

criados são Jersey, Gir Leiteiro e Holandesa, que são prejudicados por mamite e

vistoriados também pela Prefeitura Municipal e Inspeção Estadual. No município, a

alimentação deficiente do rebanho leiteiro, a falta de higiene adequada e a genética animal

são apontadas como principais causas de variação na quantidade e qualidade de leite

produzida anualmente. Ocorre criação de eqüinos da raça crioula, utilizados para serviços

nas propriedades e comercialização. Ovinos das raças Suffolk, Ile de France, Texon são

criados para abate e consumo familiar, bem como comercialização no município, em

criações domésticas e de tamanho médio. Os suínos, criados sob sistema intensivo, do tipo

terminação, destinam-se ao consumo, comércio local, regional e exportação. Os peixes

consumidos no município provêm de açudes, onde são criadas várias espécies de carpa,

piava, tilápia e traíra em sistema semi-intensivo. Nos oito rios que banham o município são

encontradas espécies de jundiá, traíra, dourado e carpa, entre outros. É cultivado

amendoim, cebola, mandioca, moranga, alface, alho, pipoca, abóbora, pepino, rúcula,

arroz, milho, batata-doce, beterraba, couve-flor, cana-de-açúcar, trigo, linhaça, cenoura,

repolho, rabanete, batata-inglesa, tomate, soja, azevém, sorgo, aveia, triticale. Doenças

causadas por insetos são apontadas como principais problemas dessas culturas. As

frutíferas cultivadas são pêssego, uva, laranja, limão, banana, morango, melão, melancia,

ameixa, maçã e bergamota. Dessas, são comercializadas no município laranja e uva. Na

horticultura e fruticultura, a adubação é predominantemente orgânica, com adubo

proveniente do município. Os órgãos que atuam de forma efetiva na preservação das áreas

florestais do município são IBAMA E FEPAM.

1.25 VITÓRIA DAS MISSÕES Em Vitória das Missões, há criação de abelhas da espécie Apis mellifera, sendo a

apicultura considerada moderada, cuja produção destina-se ao consumo dos produtores e a

comercialização in natura no município e na região. Não há associação de apicultores, nem

é realizada apicultura migratória, o que poderia viabilizar um significativo aumento na

produção melífera. As aves criadas para o abate, assim como os ovos produzidos,

destinam-se ao consumo, ocorrendo comercialização de ovos no município. Não há criação

de avestruzes, codornas, gansos, patos, perus, caprinos, minhocas, rãs, animais exóticos e

silvestres. Os bubalinos destinam-se ao consumo familiar e comércio regional. Há criação

de bovinos de corte, sem raças definidas destinados ao consumo familiar. Os principais

problemas que afetam o rebanho são ecto e endoparasitas. A vistoria sanitária é realizada

pela Inspetoria Veterinária do município de Entre-Ijuís. O leite produzido, extraído de

forma manual e mecânica, é comercializado na forma in natura e seus derivados no

comércio local e regional. As principais raças de bovinos leiteiros criados são Jersey e

Holandesa, que são prejudicados por mamite e ectoparasitas e vistoriados também pela

Inspetoria Veterinária de Entre-Ijuís. No município, a alimentação deficiente do rebanho

leiteiro é apontada como causa de variação na quantidade de leite produzida anualmente,

enquanto a higiene inadequada como influenciadora na qualidade do leite produzido.

Ocorre criação de eqüinos da raça crioula, utilizados para serviços nas propriedades.

Ovinos das raças Suffolk, Texon e Correidale são criados para abate e consumo familiar,

em criações domésticas. Os suínos, criados sob sistema intensivo, do tipo ciclo completo,

destinam-se ao consumo, comércio local e regional. Os peixes consumidos no município

provém de açudes, onde são criadas várias espécies de carpa e traíra em sistema extensivo.

Nos cinco rios que banham o município são encontradas espécies de jundiá, traíra e

lambari. São cultivados amendoim, cebola, mandioca, moranga, agrião, alface, alho,

pipoca, abóbora, pepino, rúcula, arroz, feijão, milho, batata-doce, beterraba, couve-flor,

cana-de-açúcar, trigo, cenoura, repolho, rabanete, tomate, soja, azevém, sorgo, aveia.

Doenças causadas por insetos são apontadas como principais problemas dessas culturas. As

frutíferas cultivadas são pêssego, uva, goiaba, laranja, abacaxi, caqui, figo, limão, banana,

morango, mamão, melão, melancia, ameixa, pêra, maçã e bergamota. Dessas, são

comercializadas no município e na região laranja, bergamota, figo, morango, melão e uva

para produção de vinho. Na horticultura a adubação é química e orgânica, enquanto na

fruticultura a adubação é predominantemente orgânica, com adubo proveniente do

município e de municípios vizinhos. Os órgãos que atuam de forma efetiva na preservação

das áreas florestais do município são IBAMA E FEPAM.

2 ANÁLISE DOS DADOS DA PECUÁRIA E AGRICULTURA DOS MUNICÍPIOS

DA REGIÃO COREDE MISSÕES, RS.

2.1 PECUÁRIA

As atividades agrícolas conduzidas com fins lucrativos devem ser contabilizadas

para periódicas análises do desempenho econômico e técnico. Entretanto, poucas são as

propriedades rurais de pequeno e médio porte que contabilizam suas atividades para

posterior análise econômica, e, por isto, não conhecem seus custos de produção,

especialmente os custos fixos. Assim, a inexistência de fontes de informações confiáveis

leva os produtores à tomada de decisão condicionada à sua experiência, à tradição, ao

potencial da região, à falta de outras opções e à disponibilidade de recursos financeiros e

de mão-de-obra. Quando a rentabilidade é baixa, o produtor percebe, mas tem dificuldade

em quantificar e identificar os pontos de estrangulamento do processo produtivo

(OLIVEIRA et al, 2001). Por isso, percebe-se que as monoculturas de soja, trigo e milho e

criações de gado de corte e produção de leite são as principais atividades econômicas

praticadas na região das Missões. A diversificação da agropecuária vem sendo percebida

como uma alternativa que pode conduzir ao desenvolvimento regional, de forma a explorar

atividades pouco ou inexploradas, aproveitando os recursos disponíveis nos municípios.

2.1.1 APICULTURA

A apicultura é uma atividade de grande importância, pois apresenta uma alternativa

de ocupação e renda para o homem do campo. É uma atividade de fácil manutenção e de

baixo custo inicial em relação às demais atividades agropecuárias. Esta atividade desperta

muito interesse em diversos segmentos da sociedade por se tratar de uma atividade que

corresponde ao tripé da sustentabilidade: o social, o econômico e o ambiental. O social por

se tratar de uma forma de geração de ocupação e emprego no campo. Quanto ao fator

econômico, além da geração de renda, há a possibilidade de obtenção de bons lucros, e na

questão ambiental pelo fato de as abelhas atuarem como polinizadores naturais de espécies

nativas e cultivadas, preservando-as e, conseqüentemente, contribuindo para o equilíbrio

do ecossistema e manutenção da biodiversidade. O mel é considerado o produto apícola

mais fácil de ser explorado, sendo também o mais conhecido e aquele com maiores

possibilidades de comercialização. Além de ser um alimento, é também utilizado em

indústrias farmacêuticas e cosméticas, pelas suas conhecidas ações terapêuticas (FREITAS

et al, 2004).

Em todos os municípios que compõe o COREDE Missões há criação de abelhas

para produção de mel, principalmente abelhas resultantes de cruzamentos entre espécie

européias e africanas. A produção de mel, comercializada in natura em 100% dos

municípios, é uma atividade econômica de importância branda em 32% e moderada em

64% dos municípios (figura 01) e raramente ultrapassa 20000 kg/ano (figura 02). Quanto

ao mel produzido, 84 % dos municípios afirmam que esse destina-se ao consumo do

produtor e sua família, 92% destina-se ao comércio local, 64% ao comércio regional e

apenas 16% à exportação (figura 03) que, nesse caso, é realizada por empresas de outras

regiões.

intensamoderadabrandanula

100%

50%

0% 4%

64%

32%

0%

Figura 01- Abrangência econômica da apicultura nos municípios do COREDE

Missões.

30000kgsuperior a

a 30000 kgde 15000 kg

15000 kgde 1000 kg

1000 kg

inferior a

100%

50%

0% 4%

24%

60%

4%

Figura 02- Produção melífera anual nos municípios do COREDE Missões.

exportaçãocomércioregional

comérciolocal

consumo

100%

50%

0%

16%

64% 92% 84%

Figura 03- Destino da produção melífera nos municípios do COREDE Missões.

A apicultura migratória é realizada em pouco mais da metade dos municípios do

COREDE Missões, conforme mostra a figura 04. Em 56% dos municípios existem

associações de apicultores, enquanto que em 44% estas ainda não foram estabelecidas

(figura 05). Observou-se uma motivação generalizada dos municípios em criar uma

associação regional de apicultores, a fim de padronizar o produto de todos os municípios

com embalagem e rotulagem específica, além de aumentar o volume de mel, o que

facilitaria o escoamento da produção e aumentaria a comercialização com outras regiões.

não sim

100%

50%

0%

68%

32%

Figura 04- Realização da apicultura migratória nos municípios do COREDE

Missões.

100%

56% 44% 50%

0% Sim Não

Figura 05- Existência de associação de apicultores nos municípios do COREDE

Missões.

2.1.2 AVES

A avicultura no Brasil é uma das atividades que mais tem se desenvolvido. Este

progresso, tanto em número de frangos abatidos como no de ovos produzidos, possibilitou

à indústria avícola notável potencial para prover aos consumidores fontes protéicas

saudáveis e a um custo baixo. A expansão do sistema intensivo de criação de frangos de

corte e o aumento do número de aves por metro quadrado proporcionam otimização da

produção por área. Entretanto, o regime de total confinamento gera um ambiente

desfavorável ao bem-estar das aves, que pode promover declínio nos índices produtivos

(BOLI, 2001 citado por HELLMEISTER FILHO, 2003).

Recentemente, a criação dessas aves em sistemas alternativos tem sido

desenvolvida por alguns produtores que buscam eficiência e qualidade de produção em um

sistema diferenciado. Os objetivos destes criadores são diminuir os custos de produção e

utilizar um sistema de criação mais natural para poder agregar valor a um produto

diferenciado, tendo em vista a procura de consumidores por produtos alternativos e de

melhor qualidade (GESSULLI, 1999, citado por HELLMEISTER FILHO, 2003).

Os municípios da Região das Missões dispõe de poucos dados acerca do número de

aviários existentes em seu território. Dentre os 25 municípios, 36% afirmaram existir de 01

a 04 aviários e somente 8% com mais de 04 aviários (figura 06), 56% não responderam.

56%36%

8%

0%

50%

100%

não-resposta de 01 a 04 acima de 04

Figura 06- Números de aviários existentes nos municípios do COREDE Missões.

Destes há predominância de criações de aproximadamente 7000 aves destinadas ao

abate (figura 07), sendo que 32% dos municípios não responderam, 28% criam menos de

7000, 20% menos de 2000 aves. Em relação a aves destinadas à postura, 48% dos

municípios não souberam informar, 16% apresentam menos de 5000 aves, 12% menos de

13000 e 8% menos de 10000 (figura 08).

de 18650 a 24433;

4% acima de 30217;

4% de 12867 a 18650 20%

não-resposta; 32%

de 7083 a 12867; 12%

menos de 7083; 28%

Figura 07- Número de aves destinadas ao abate nos municípios do COREDE Missões.

não-resposta; 48%

de 4447a 8893; 4%

de 8893 a 13339; 8%

de 13339 a 17785; 12%

de 17785 s 22231; 8%

acima de 22231; 4%

menos de 4447; 16%

Figura 08- Número de aves destinadas à postura de ovos nos municípios do COREDE

Missões.

Em relação ao destino de carne das aves produzidas nos municípios (figura 09) de

abrangência do COREDE Missões, 68% da produção destina-se ao consumo familiar, 44%

ao comércio local, 24% dos municípios não responderam, 12% ao comércio regional, não

ocorrendo a prática de exportação. Já o destino dos ovos, 68% dos municípios afirmaram

que a produção se destina ao próprio consumo, 28% ao comércio local, 20% não

responderam, 16% ao comércio regional, não havendo exportação do produto (figura 10).

100% 80% 68% 60% 44% 40% 24%

12% 20% 0%

0% não-

resposta consumo comércio

localcomércio regional

exportação

Figura 09- Gráfico do destino da carne das aves produzidas nos municípios do COREDE

Missões.

20%

68%

28% 16%

0% 0%

20% 40%

60% 80%

100%

não- resposta

consumo comércio local

comércio regional

esportação

Figura 10- Destino dos ovos produzidos nos municípios do COREDE Missões.

2.1.3 AVESTRUZ

O avestruz (Struthio camelus), ave pertencente ao grupo das ratitas (aves que não

voam), tem ganho destaque como importante alternativa no setor de agropecuária tendo em

vista seu grande potencial para exploração racional como fonte de produtos como carne,

couro, plumas e outros (MELVILLE et al, 2004).

Em apenas 16% dos municípios da região das Missões ocorre criação de avestruzes

(figura 11). Entretanto, a produção de carne, conforme conhecimento da administração dos

municípios, destina-se somente ao consumo dos produtores (figura 12). Isso pode ser

explicado pelo fato de ser uma atividade econômica que exige alto investimento inicial e

não tem ainda despertado o interesse de produções em larga escala.

100% 84%

80%

60%

40% 16%

20%

0% não sim

Figura 11- Percentual de municípios do COREDE Missões onde ocorre criação de

avestruzes.

84%

16% 0% 0% 0%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

não- resposta

consumo comércio local

comércio regional

exportação

Figura 12- Destino da carne de avestruz nos municípios do COREDE Missões.

2.1.4 CODORNAS

O aumento da criação de codornas no país é influenciado por vários fatores, entre

eles se destacam: o rápido crescimento, a precocidade na produção e a maturidade sexual

(35 a 42 dias), a alta produtividade (média de 300 ovos/ano), pequenos espaços para

grandes populações, a grande longevidade em alta produção (14 a 18 meses), o baixo

investimento e, conseqüentemente, o rápido retorno financeiro. O produtor deve

concentrar-se nas melhorias das práticas de manejo, higiene e, principalmente,

alimentação, tendo em vista que os resultados de pesquisas genéticas, visando melhorar a

eficiência alimentar e, especialmente, a viabilidade, têm sido pouco satisfatórios (PINTO et

al, 2002).

A maioria dos municípios de abrangência do COREDE Missões, 76% deles

(figura13) não possui criação de codornas ou esses dados não se encontram disponíveis nos

mesmos, como também demonstra a figura 14.

24%

76%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

sim não

Figura 13- Percentual de municípios que possuem criação de codornas.

acima de 142; 4% menos de

108; 4%

não-resposta; 92%

Figura 14- Percentual de codornas criadas nos municípios do COREDE Missões.

O número de codornas criadas situa-se em torno de 100 a 150 animais, cujo produto

mais comercializado são os ovos na forma in natura (figura 15), destinados basicamente ao

consumo familiar com 20% da produção, 8% ao comércio local, 4% ao comércio regional,

embora cerca de 76% não responderam (figura 16).

100% 88% 80%

60%

40% 12% 20%

0% 0%

não-resposta ovos in natura ovos em conserva

Figura 15- Produto mais comercializado resultante da criação de codornas nos municípios

do COREDE Missões.

76%

20% 8% 4% 0%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

não- resposta

consumo comércio local

comércio regional

exportação

Figura 16- Destino da produção de ovos de codornas nos municípios do COREDE

Missões.

2.1.5 GANSOS

A criação de gansos nos municípios de abrangência do COREDE Missões constitui uma

atividade sem valor econômico. Em apenas 32% dos municípios (figura 17) possuem

criações pequenas, dificilmente ultrapassando a média de 120 animais por município, 80%

não souberam responder, 16% criam menos de 117 e 4% criam acima de 503 animais

(figura 18).

4%

32%

64%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

não-resposta sim não

Figura 17- Percentual de municípios do COREDE Missões onde são criados gansos.

80%

16%0% 0% 0% 0% 4%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

não-resposta

menos de117

de 117 a213

de 213a310

de 310 a407

de 407 a503

acima de503

Figura 18- Gráfico do número de gansos criados nos municípios do COREDE Missões.

Toda a produção decorrente dessas criações como carne e ovos, destina-se ao

consumo das propriedades rurais com 28% já que a produção é inexpressiva para que haja

comercialização e 72% dos municípios não informaram este dado (figura 19).

72%

28%

0% 0% 0% 0%

20% 40% 60% 80%

100%

não- resposta

consumo comércio local

comércio regional

exportação

Figura 19- Gráfico do destino da carne de gansos criados nos municípios do COREDE

Missões.

2.1.6 PATOS

A criação do pato (Cairina moschata), também conhecido por pato crioulo, ainda é

pouco desenvolvida no Brasil, mesmo sendo originário da América do Sul e levado para a

Europa no século XVI, onde é bastante desenvolvida, a ponto do consumo per capita na

França, em 1988, ser da ordem de 1,2kg (CARIONI et al, 2001).

Nos municípios da região das Missões, a criação de patos não assume relevância

econômica. Nos 40% dos municípios onde ocorre criação dessas aves (figura 20),

raramente são encontrados mais de 200 patos, conforme mostra a figura 21.

40%

60%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

sim não

Figura 20- Percentual de municípios onde ocorre criação de patos.

Devido a esse número reduzido de animais não há comercialização de carne ou

ovos (figura 22) e a produção destina-se somente ao consumo das propriedades onde são

criados com 40% e deste total de municípios 60% não informaram esses dados.

16% 8% 0% 0% 0% 4%

72%

0%20%40%60%80%

100%

não-resposta

de 117 a213

de 310 a407

acima de503

Figura 21- Número de patos em cada um dos municípios do COREDE Missões.

100% 80%

60% 60%

40% 40% 20%

0% 0% 0% 0%

não- resposta

consumo comércio regional

exportação comérciolocal

Figura 22- Destino da produção oriunda da criação de patos nos municípios do COREDE

Missões.

2.1.7 PERUS

A criação de perus só pode ser observada em 24% dos municípios da abrangência

do COREDE Missões (figura 23). Em 8% dos municípios o número de perus não

ultrapassa 20 animais e em 92% deles não existem dados disponíveis (figura 24). A

produção derivada dessas criações destina-se ao consumo das propriedades, não havendo

comercialização (figura 25).

24%

76%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

sim não

Figura 23- Percentual de municípios do COREDE Missões onde ocorre criação de perus.

92% 100% 80% 60% 40% 20% 8%

0% não-resposta de 01 a 20

Figura 24- Número de perus criados nos municípios do COREDE Missões.

76%

24%

0% 0% 0% 0%

20% 40% 60% 80%

100%

não- resposta

consumo comércio local

comércioregional

exportação

Figura 25- Destino da produção de perus nos municípios do COREDE Missões.

2.1.8 BÚFALOS

O rebanho bubalino mundial desempenha importante papel na produção de proteína

de origem animal, especialmente nos países do terceiro mundo. Estima-se que o aumento

deste rebanho seja da ordem de 10% ao ano, o que reflete o crescente interesse mundial por

esta espécie. Entre as características inerentes às espécies, destacam-se: rusticidade,

prolificidade, adaptabilidade, vida útil até os 15 anos, precocidade, docilidade e elevada

taxa de produtividade em leite, carne e trabalho, aliadas às taxas de natalidade superior a

80% e mortalidade inferior a 3% ao ano (SAMPAIO NETO et al, 2001).

Nos municípios da região das Missões, a criação de búfalos é uma atividade de

relevância econômica praticada por 72% dos municípios (figura 26). O rebanho bubalino

chega a mais de 800 cabeças em 52% dos municípios e mais de 1600 em 12% desses

(figura 27). Ocorre um elevado número de mais de 4000 cabeças em apenas 4% dos

municípios.

72%

28%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

sim não

Figura 26- Percentual dos municípios onde ocorre criação de búfalos.

32%52%

12%0% 0% 0% 4%

0%

20%40%

60%80%

100%

não-resposta de 833 a 1647 de 2460 a 3273 acim a de 4087

Figura 27- Número de búfalos criados nos municípios do COREDE Missões.

A produção de carne anual chega a 11 toneladas em 16% dos municípios (figura

28) e é destinada ao consumo em 48%, ao comércio local em 28% e ao comércio regional

em 32% dos municípios de abrangência do COREDE Missões. É uma atividade que vem

crescendo em municípios que se dedicam principalmente à pecuária e constitui excelente

alternativa de renda ao homem do campo.

76%

16% 4% 0% 0% 0% 4%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

não-resposta menos de 11 ton de 11 a 22 ton de 22 a 33 ton de 33 a 44 ton de 44 a 55 ton acima de 55 ton

Figura 28- Produção anual de carne de búfalos nos municípios do COREDE Missões.

100% 80% 60% 48%

36% 32% 40% 28% 20% 4%

0% não-

resposta consumo comércio

localcomércio regional

exportação

Figura 29- Destino da produção de carne de búfalo nos municípios do COREDE Missões.

2.1.9 BOVINOS DE CORTE

A produção de carne de forma eficiente é o principal objetivo das criações

domésticas de bovinos de corte. Assim, o estudo detalhado das fases de ganho de peso

mostra como as condições genéticas e de manejo podem influenciar a produção desses

animais. Para o criador, quanto mais rápida for a taxa de crescimento dos animais, mais

curto será o ciclo de seus produtos, podendo reduzir os custos de manutenção na

propriedade, principalmente se o sistema de produção for o confinamento. Isso significa

que o rendimento deve ser baseado em quantidade de animais vendidos jovens e não em

animais vendidos mais velhos e mais pesados (PANETO et al, 2002).

Na região das Missões, a pecuária de corte é uma das atividades de maior destaque

econômico, sendo realizada em todos os municípios. Em 64% desses, o número de cabeças

é de menos de 23400 (figura 30). Em 24% dos municípios são abatidos, em média, de 200

a 500 animais por ano (figura 31) e, em 20%, de 1000 a 5000 animais.

4%

64%8%

12%

4%

0%

8%

não-resposta

menos de 23381

de 23381 a 46411

de 46411 a 69442

de 69442 a 92473

de 92473 a 115503

acima de 115503

Figura 30- Número de bovinos de corte criados nos municípios da COREDE Missões.

32%

8%20%

12%

24%4%

não resposta

acima de 5000

de 1000 a 5000

de 500 a 1000

de 200 a 500

menos de 200

Figura 31- Número de bovinos abatidos anualmente nos municípios do COREDE

Missões.

A produção anual de carne destina-se ao consumo em 84% dos municípios, ao

comércio local em 72% deles, ao comércio regional em 32% e em apenas 4% dos

municípios há exportação da carne produzida (figura 32). Um dos maiores problemas que

afeta o gado de corte dos municípios de abrangência do COREDE é a infestação por

ectoparasitas, especialmente o carrapato, apontado por 80% dos municípios (figura 33).

100% 84% 72% 80%

60% 32% 40%

20% 8% 4% 0%

não- resposta

consumo comércio local

comércio regional

exportação

Figura 32- Destino da produção de carne bovina dos municípios do COREDE Missões.

16%

80%

52%

20%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

não-resposta carrapato mosca-do-chifre outras

Figura 33- Principais ectoparasitoses dos rebanhos dos municípios do COREDE Missões.

2.1.10 BOVINOS LEITEIROS

A região sul do Brasil, em especial o Rio Grande do Sul, apresenta grande

diversidade edafoclimática e condições propícias para o desenvolvimento da pecuária

leiteira com animais de raças especializadas como Holandês e Jersey (GONZALEZ et al,

2004). A produção de leite em vacas F1, oriundas do primeiro cruzamento entre bovinos da

raça Holandesa com bovinos Zebu, entretanto, é uma prática emergente, adotada por um

crescente número de produtores em várias regiões do Brasil. Esse esquema de reposição

contínua de fêmeas F1 Holandês-Zebu pode melhorar a utilização dos sistemas mistos de

produção de leite e carne no Brasil, face às perspectivas de exploração para corte dos

machos F1 e ¾ Holandês-Zebu produzidos. Deve-se salientar que, aproximadamente, 80%

do rebanho bovino brasileiro tem genes de origem zebuína (Bos taurus indicus), seja na

forma de animais puros ou resultantes de cruzamentos (ALVES et al, 2004).

Em 32% dos municípios da região das Missões o número de bovinos leiteiros não

ultrapassa 3070 cabeças (figura 34). Uma parcela de 20% dos municípios possui em torno

de 3060 a 5620 animais e outros 20% entre 5620 a 8130, aproximadamente. A produção

leiteira anual desse rebanho situa-se em torno de 1 milhão a 5 milhões de litros em 36%

dos municípios e de 5 milhões a 10 milhões de litros em 28% (figura 35), extraído de

forma manual em 44% e mecânica em 56% dos municípios (figura 36).

Observam-se acentuadas variações de temperatura do ar e do solo entre os períodos

de inverno e de verão, com conseqüentes variações sazonais nas taxas de crescimento das

forrageiras. O produtor de leite desenvolve sua atividade em áreas predominantemente não

superiores a 20 hectares e tem, como maior fator de estrangulamento da produção, a falta

de reserva alimentar (volume e qualidade) nos meses de março, abril e novembro de cada

ano (GONZALEZ et al, 2004), o que constitui o principal problema para 96% dos

municípios da AMM (figura 39).

16% 32%

20% 20% 4% 8%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

não- resposta

menos de 3063

de 3063 a 5626

de 5626 a 8129

de 8129 a 10751

acima de 10751

Figura 34- Número de bovinos leiteiros criados nos municípios do COREDE Missões.

100%

80%

60% 36% 40% 28%

16% 12% 20% 8% 0%

não-resposta até 1milhão de 1milhão a de 5milhões a 10milhões5milhões

acima de 10milhões

Figura 35- Produção anual de leite, dada em litros, nos municípios do COREDE Missões.

44%

100%

56%

0% 20% 40% 60% 80%

manual mecânica

Figura 36- Forma predominante de extração do leite produzido nos municípios do COREDE Missões.

Essa produção, cujo destino maior é a comercialização regional que chega até em

92% dos municípios de abrangência do COREDE Missões, a comercialização local em

72% e consumo familiar em 88% desses (figura 37), sendo o produto comercializado na

forma in natura por 96% dos municípios (figura 38).

92% 88% 100% 72%

60% 80%

0% 0%

exportação comércio regional

comércio local consumo

20% 40%

Figura 37- Destino da produção leiteira dos municípios do COREDE Missões.

96% 100%

80%

60%

40% 16% 20%

4% 0%

não-resposta in natura derivados

Figura 38- Comercialização do leite nos municípios do COREDE Missões.

96%

16%

44%

4% 0%

20% 40% 60% 80%

100%

alimentação higiene genética animal outros

Figura 39- Causas apontadas para variação anual na quantidade de leite produzido nos municípios do COREDE Missões.

A mastite é um processo inflamatório da glândula mamária acompanhado da

redução de secreção de leite e mudança de permeabilidade da membrana que separa o leite

do sangue. Normalmente, é causada pelo desenvolvimento de microrganismos,

principalmente bactérias, no interior da glândula mamária. Esta doença é considerada a

mais custosa para a atividade leiteira por alguns autores (PEREIRA et al, 2001) e

identificada como grande problema do gado leiteiro em muitos municípios da região das

Missões. Pode ser associada à falta de higiene no manejo do gado e ordenha, constituindo a

principal causa de variação anual da qualidade do leite por 56% dos municípios (figura

40). Isso pode ser controlado com maior atuação dos órgãos fiscalizadores, que são

considerados presentes em 76% dos municípios (figura 41).

Figura 40- Causas apontadas para variação anual na qualidade de leite produzido nos municípios do COREDE Missões.

76%

24%

0% 20%

8%

40%

52%

60%

56%

80%

12%

100%

12%

presente

0%

ausente

20% 40% 60% 80%

100%

não- resposta

alimentação higiene genéticaanimal

outros

Figura 41- Presença de órgão fiscalizador dos rebanhos nos municípios do COREDE Missões.

2.1.11 EQÜINOS

Na região das Missões, em cerca de 84% dos municípios ocorre a produção de

eqüinos (figura 42), constituindo cerca de 700 animais (figura 43). A raça de prevalência é

a Crioula (figura 44). No entanto, verificou-se que ocorrem muitos cruzamentos com a

Crioula e Quarto-de-milha.

0% 20% 40% 60% 80%

100% 84%

16%

sim não

Figura 42: Produção de eqüinos nos municípios do COREDE Missões.

28%

44%

16% 4%

0% 4%

4% não-resposta menos de 700 de 700 a 1360 de 1360 a 2020 de 2020 a 2680 de 2680 a 3340

3340 e acima

Figura 43: Números estimativos de eqüinos criados nos municípios do COREDE Missões.

Outros 24% não-resposta

20% Andaluz 0%

Quarto-de-milha 24%

Crioulo 76% Manga larga

0%

Figura 44: Raças de eqüinos predominantes nos municípios do COREDE Missões.

A produção de raças de eqüinos é pequena: 32%, se comparada ao destino desta

produção (figura 45), já que a grande maioria dos agricultores utiliza os eqüinos em cerca

de 76% para serviços na própria localidade (figura 46).

32% 36%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

Sim Não

Figura 45: Produção de raças de eqüinos nos municípios da AMM.

24% 24% 28%

76%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

não- resposta

Comercial Montaria Serviços

Figura 46: Destino da criação de eqüinos nos municípios da AMM.

2.1.12 CAPRINOS

Apesar de numericamente expressivo, o rebanho caprino da região noroeste

mantém índices produtivos ainda baixos, principalmente em razão do baixo padrão

tecnológico empregado na região, que é fruto do sistema de produção adotado pela maioria

dos criadores (cultura de subsistência) e da falta de apoio governamental.

Faltam ainda, no entanto, estudos que definam melhor os caminhos para a

consolidação do negócio do leite caprino. Na área de melhoramento animal, fundamental

para a sustentação do sistema de produção, pouco foi feito. A porcentagem de criadores

que adotam a prática de controle leiteiro no Brasil e, especialmente, no Noroeste, é aquém

do mínimo necessário para iniciar qualquer programa de seleção (PIMENTA FILHO et al.,

2000). São escassas as estimativas de herdabilidade das características de produção de leite

referentes à população regional, essenciais o melhor procedimento em programas de

seleção. Dessa forma, os poucos trabalhos aqui realizados são referenciados com

informações de outras regiões de clima tropical e temperado, havendo, então, a

necessidade de realização de pesquisas na área de melhoramento genético com a população

regional.

A Região das Missões conta com 60% dos municípios que criam caprinos (figura

47), apesar de o resultado ser expressivo, a quantidade de animais não alcança o índice

esperado, pois há na região menos de 40% (figura 48) de animais. Isto se deve à falta de

mercado para a comercialização dos produtos (figura 49) que são produzidos pelos

caprinos; pois os produtos gerados apenas abastecem o próprio agricultor do município.

0% 20% 40% 60% 80%

100% 60%

40%

Não Sim

Figura 47: Criação de caprinos nos municípios do COREDE Missões.

4% Não-resposta menos de 91 de 91 a 173 de 173 a 255 de 255 a 336 de 336 a 418

0% 0% 4% 8%

44%

40% 418 e acima

Figura 48: Número de caprinos criados nos municípios do COREDE Missões.

8% 0%

92%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

Carne Leite Não-resposta

Figura 49: Produto mais comercializado dos caprinos nos municípios do COREDE Missões.

2.1.13 OVINOS

A produção de carne ovina no Brasil tem obtido progressos relacionados ao

consumo e mercado, sendo a qualidade da carcaça tema relevante na atualidade. Entre as

variáveis indicativas da qualidade, o peso sobressai, sendo normalmente pré-determinado

de acordo com as preferências do mercado consumidor. Na França, por exemplo,

predominam carcaças de 15 a 18 kg (COLOMER ROCHER e ESPEJO, 1972); na

Espanha, entre 8 e 11 kg (SAÑUDO et al., 1992).

Dos animais domésticos, o ovino é um dos que apresentam mecanismos

anatomofisiológicos mais propícios à sobrevivência em regiões de altas temperaturas,

desde que a umidade do ar seja baixa. O estabelecimento de um sistema de criação

economicamente viável em determinada região requer a escolha de raças ou variedades que

sejam perfeitamente adequadas às condições ambientais locais (BARBOSA et al, 2001).

O essencial na produção ovina é desenvolver raças bem adaptadas às diferentes

localidades para que possam expressar ao máximo o seu potencial genético. A lã deve ser

encarada como um isolante térmico, com a função de proteger os animais dos efeitos da

intensa radiação solar. As raças mais especializadas para produção de lã, denominadas

raças de lã fina, são justamente as que melhor se adaptam às condições de altas

temperaturas, considerando que seu velo fino e denso representa uma barreira à

transmissão de calor para a superfície corporal do animal (SIQUEIRA, 1990).

Nas condições brasileiras, o consumo da carne de cordeiro é emergente; portanto,

são fundamentais os estudos que possam estabelecer o peso ideal de sacrifício, tanto sob o

ponto de vista qualitativo, como econômico.

De acordo com MACEDO (1998), avaliações sobre a viabilidade econômica na

produção de ovinos são importantíssimas para o produtor; porém são bastante escassas no

Brasil. POORE e GREEN (1994) obtiveram resultado econômico favorável à terminação

de cordeiros em confinamento, quando comparada em pastejo. Quando se trata do sistema

intensivo, o efeito do peso ao abate pode ser determinante, já que o tempo de permanência

sob dietas de concentrados pode ser a diferença entre o lucro e o prejuízo.

Dentre os vinte e cinco municípios pertencentes ao COREDE Missões, 96% deles

produzem ovinos (figura 50). Sendo que há criações para o abate e para lã (figura 51), onde

se diferenciam as raças utilizadas para extração de cada produto como no caso para o abate

se destaca a raça Suffolk e para lã a Correidale (figura 52).

96%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

4%

Não Sim

Figura 50: Criação de ovinos nos municípios do COREDE Missões.

12%

72%

0% 8%

0% 8%

Não-resposta menos de 7099 de 7099 a 14187 de 14187 a 21276 de 21276 a 35453 35453 e acima

4% 0%

Não-resposta menos de 606 de 606 a 712 de 712 a 1030 1030 e acima

4% 4%

88%

Figuras 51: Ovinos destinados para o abate e lã nos municípios do COREDE Missões.

16%

36%

4%24%

60%

40%

Não-resposta

Ile de France

Suffolk

Merilin

Correidale

Outra

Figura 52: Raças que predominam na criação de ovinos nos municípios do COREDE Missões.

O produto mais comercializado (figura 53) é a carne com 64% de sua totalidade,

24% utiliza-se a lã, no qual se destina para o consumo familiar com 84% e para o comércio

local com 40% (figura 54). O sistema mais utilizado para a criação de ovinos seriam as

criações domésticas com 68% seguido das criação médias com 20% (figura 55).

100% 80% 64% 60% 40% 24% 20% 20%

0% 0%

Não-resposta Carne Lã Couro

Figura 53: Produto mais comercializado dos ovinos nos municípios do COREDE Missões.

Exportação 8%

Comércio local 40%

Consumo 84%

Não-resposta 12%

Comércio regional

36%

Figura 54: Destino dos produtos dos ovinos nos municípios do COREDE Missões.

Criações dométicas

68%

Criações médias 20%

Não-resposta 12%

Criações larga escala

0%

Figura 55: Sistema de criação dos ovinos nos municípios do COREDE Missões.

2.1.14 SUÍNOS

A suinocultura é uma atividade amplamente difundida no sul e em vários estados

do Brasil, obtendo índices de produtividade que não ficam aquém dos americanos e

europeus (BENATI, 1996).

Na atual situação econômica, para aumentar o lucro, a melhor alternativa é diminuir

o custo de produção, sem prejudicar a produtividade. Dentre os custos variáveis da

suinocultura, o mais importante é a alimentação, portanto, é oportuno desenvolver

pesquisas que busquem mecanismos de redução no custo nutricional.

A alimentação dos suínos representa cerca de 70% do custo total de produção,

sendo importante qualquer alternativa que proporcione redução desses gastos com

maximização do lucro e melhora na utilização dos nutrientes dietéticos pelos animais

(FAVERO, 1997).

Na Região das Missões, a criação de suínos (figura 56) chega a 96% dos

municípios, sendo que há cerca de 60% de menos 5000 animais criados (figura 57).

96% 100%

80% 60% 40% 20% 4% 0%

0% Não-resposta Não Sim

Figura 56: Criação de suínos nos municípios do COREDE Missões.

12% Não informaram menos de 5083 de 5083 a 10067 de 10067 a 15050 de 15050 a 20033 de 20033 a 25017 25017 e acima

4% 0% 8% 0%

16%

60%

Figura 57: Número de suínos criados nos municípios d o COREDE Missões.

O consumo familiar (figura 58) é amplo desta carne; chega a 92% o seu destino,

seguido de 68% para o comércio local e 60% no comércio regional. Por tal produção o

sistema utilizado (figura 59) nas criações varia entre o sistema intensivo 84% e sistema

semi-intensivo 32%, e o tipo de produção é basicamente em ciclo completo e fase

terminados (figura 60).

Comércio local 68%

Exportação 4%

Consumo 92%

Não-resposta 4%

Comércio regional

60%

Figura 58: Destino da carne dos suínos nos municípios do COREDE Missões.

100% 84% 80% 60%

32% 40% 20% 8%

0% Sistema extensivo Sistema intensivo Sistema semi-intensivo

Figura 59: Sistema de criação de suínos nos municípios do COREDE Missões.

72%

32% 48%

4% 0%

20% 40% 60% 80%

100%

ciclo completo leitões terminados reprodutores

Figura 60: Tipo de produção de suínos nos municípios do COREDE Missões.

2.1.15 COELHOS

A região noroeste conta com 60% dos municípios que criam coelhos (figura 61),

onde 44% possuem menos que 253 animais (figura 62) e apenas um dos municípios

comercializa (figura 63) a pele do animal no seu próprio comércio e, eventualmente, no

comércio regional.

100%

80% 60%

60% 40%

40%

20%

0% Não Sim

Figura 61: Criações de coelhos nos municípios do COREDE Missões.

4% 0%

Não informaram menos de 253 de 253 a 503 de 503 a 1251 1251 e acima

4% 48%

44%

Figura 62: Números de coelhos criados nos municípios do COREDE Missões.

96%

0% 4%

48% 0%

8% 4% Não

carne pele

Consumo Exp. Com.local

Com. regional

Figura 63: Produto mais comercializado e o seu destino nos municípios do COREDE Missões.

2.1.16 MINHOCAS

A crescente utilização de compostos orgânicos como substrato reflete a necessidade

de práticas agrícolas sustentáveis que minimizem o impacto ambiental. Porém, é

importante que se avaliem os substratos adequados ao desenvolvimento de cada cultura

(SCHMITZ et al., 2002).

O húmus de minhoca é um material disponível e de baixo custo que em mistura

pode caracterizar um bom substrato para a fertirrigação. A característica mais importante

do húmus de minhoca, como substrato, é a capacidade de retenção de umidade

(ANDRIOLO E POERSCHKE, 1997).

Para ANDRIOLO (1996), diversos materiais de origem orgânica e mineral podem

ser empregados como substratos, sendo a disponibilidade e o custo fatores determinantes

na escolha. Porém, nem sempre um único material reúne todas as características

desejáveis, devendo-se, às vezes, recorrer à mistura deles, buscando a complementação das

características faltantes.

Embora a criação de minhocas na região do COREDE seja muito pequena, cerca de

20% dos municípios realizam este tipo de criadouro (figura 64), os agricultores sabem

desta importância, mas faltam incentivos e comércio para tal produção, pois não chega a

10% (figura 65), sendo que a maioria dos entrevistados (80%) não souberam informar se

no seu município havia ou não esta criação/produção (figura 66).

20%

80%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

sim não

Figura 64: Criação de minhocas nos municípios do COREDE Missões.

80%

8% 12%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

Não informaram sim não

Figura 65: Comercialização do húmus nos municípios do COREDE Missões.

64%10%

13%10%

3% Não informaram

Horticultura

Fruticultura

Jardins

Lavoura

Figura 66: Utilização do húmus pelos municípios do COREDE Missões.

2.1.17 PEIXES

A piscicultura brasileira apresentou um acelerado desenvolvimento nos anos 90,

principalmente impulsionada pelo aumento de estabelecimentos pesqueiros conhecidos

como "pesque-pagues". Entretanto, o aumento do número de criadores de alevinos e a

redução de pesqueiros resultou em um aumento na oferta de peixes e conseqüente

diminuição do preço de comercialização(FERREIRA, 1999).

Com baixos índices de consumo protéico de pescado "per capita" e infraestrutura

pesqueira de armazenagem e processamento precários, o Brasil necessita de viabilização de

diversas formas acessíveis e eficientes no que diz respeito ao processamento e conservação

do pescado (GEROMEL,1982).

Portanto, tendo em vista aumentar o consumo de proteína animal no país e sabendo-

se que o pescado apresenta-se como uma alternativa de baixo custo e de alta qualidade

nutricional, torna-se pertinente um estudo das formas de conservação aplicáveis às espécies

viáveis existentes no país.

A produção de peixes na região do COREDE Missões abrange cerca de 88% de

seus municípios (figura 67), sendo que a origem desta produção é proveniente de rios com

36% e açudes numa totalidade de 80% (figura 68).

88%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

12%

Não Sim

Figura 67: Produção de peixes nos municípios do COREDE Missões.

36%

80%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

Rios Açudes

Figura 68: Origem dos peixes nos municípios do COREDE Missões.

As espécies que mais predominam os rios (figura 69) se destacam o Jundiá com

68%, a Piava e o Dourado ambos com 60%, a Traíra com 48%, o Cascudo e o Lambari

com 40%; nos açudes (figura 70) espécies Carpa estão presentes em quase sua totalidade

em todos os açudes dos municípios pode ser encontrada a Carpa Capim com 100%, com

96% as Carpas Prateada e Húngara, a Carpa cabeça grande com 76% e o Pacu com 28%.

Para criação (figura 71), os sistema extensivo e semi-intensivo se destacam com 44%

seguido do sistema intensivo com 20%.

10%

15%

16%7% 12%

10%

10%

19%1%

Não informaram

Jundiá

Lambari

Cascudo

Traíra

Carpa

Piava

Dourado

Outros

Figura 69: Peixes que predominam os rios nos municípios do COREDE Missões.

20%

19%

15%19%

6%

15% 6%Carpa capim

Carpa Húngara

Carpa Espelho

Carpa prateada

Pacu

Carpa cabeça grande

Outros

Figura 70: Peixes que predominam os açudes nos municípios do COREDE Missões.

44% 44%

20% 4%

0% 20% 40% 60% 80%

100%

Sistemaextensivo

Sistema semi- intensivo

Sistema intensivo Sistema detanques e redes

Figura 71: Sistema de criação de peixes nos municípios do COREDE Missões.

2.2 AGRICULTURA, FRUTICULURA E OLERICULTURA.

A agricultura é tida como a chave para entender o início das civilizações. Tudo

começou nesse momento misterioso e imenso que conhecemos como pré-história, quando

nossos distantes antepassados conseguiram domesticar as primeiras espécies vegetais

MARTIN, 1999).

Na pré-história, em torno de 12000 a.c., começaram a surgir as primeiras

formas de agricultura e pecuária, junto com a formação das primeiras aldeias agrícolas.

Nesse período, o uso do fogo e de algumas ferramentas, assim como do esterco animal,

passaram a fazer parte do cotidiano dos aglomerados urbanos, os quais deram origem às

cidades (MARTIN, 1999).

A agricultura surgiu entre 10 e 15 mil anos atrás, e nos últimos 2 ou 3 mil anos

surgiram algumas culturas diversificadas e sustentáveis adaptadas para o local,

principalmente na Europa, Ásia, México, América Central, Andes, e em algumas regiões

na África (MARTIN, 1999).

O surgimento da agricultura teve um impacto evidente: pela primeira vez, era

possível influir na disponibilidade dos alimentos. As conseqüências desta descoberta foram

estremecedoras: apareceram as primeiras aldeias, os colhedores nômades transformaram-se

em camponeses sedentários (MARTIN, 1999).

Muitas dessas culturas ainda estavam intactas até o final da Segunda Guerra

Mundial. As poucas remanescentes estão agora sendo substituídas para dar lugar às

monoculturas que muitas vezes esgotam o solo e os recursos naturais.

A atividade agrícola foi predominante para a economia por milhares de anos

antes da revolução industrial. Sua importância não diminui nem mesmo com o surgimento

de fábricas nem com a proclamada chegada de uma era digital. Depois de tudo, trata-se de

produzir alimentos sem os quais a vida não é possível (MARTIN, 1999).

Em vários pontos do planeta e em várias épocas, se acumulam conhecimentos

sobre formas mais sustentáveis de existência. O Rio Grande do Sul é um dos maiores

geradores de alimentos para o país, onde existem regiões muito produtivas e bastante

diversificadas como no caso a região de abrangência do COREDE Missões.

A Região pertencente ao COREDE Missões envolve vinte e cinco municípios

sendo representados por: Bossoroca, Caibaté, Cerro Largo, Dezesseis de Novembro, Entre-

Ijuis, Eugênio de Castro, Garruchos, Giruá, Guarani das Missões, Mato Queimado, Pirapó,

Porto Xavier, Rolador, Roque Gonzales, Salvador das Missões, Santo Ângelo, Santo

Antonio das Missões, São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, São Nicolau, São Paulo

das Missões, São Pedro do Butiá, Sete de Setembro, Ubiretama e Vitória das Missões.

Nos últimos tempos, a região vem sofrendo quedas significativas em sua produção

agropecuária, principalmente, em razão da grande estiagem ocorrida nos últimos dois anos,

o que fez com que os produtores repensassem em novas alternativas de cultivo.

O Rio Grande do Sul se destaca pelas monoculturas, sendo que as cultivares

que mais se destacam são a soja, o azevém e a aveia chegam a 100% em sua totalidade de

plantio; o trigo e o milho com 96%, o arroz com 80%. A região do COREDE Missões é

considerada uma área bastante relevante em termos sócio-econômicos, pois sua economia é

fundamentada na agricultura, onde diversas espécies são cultivadas (Figura 72) como a

aveia, o azevém e a soja, sendo encontradas em todos os municípios envolventes na área

amostrada neste estudo. Este fato provavelmente se deve pela facilidade de

comercialização e pelas características inertes ao solo, relevo e clima apresentado na

região. A granola e a mamona não apresentaram dados expressivos, pois são culturas

consideradas novas e pouco exploradas, pois ainda não estão inseridas no hábito alimentar

da população e apresenta-se pouco comercializada na região.

Arroz Aveia Azevém Cana-de-açúcar Canola Feijão Girassol Granola Linha

çaMamona

72% 80% 96% 100%92% 100%

100% 100%Milho Pipoca Soja Sorgo Trigo Triticale

96% 40% 96% 68% 92%8% 4%

52%

Figura 72: Espécies cultivadas nos municípios do COREDE Missões.

A olericultura é o ramo da horticultura que abrange a exploração de um grande

número de espécie de plantas, comumente conhecidas como hortaliças e que engloba

culturas folhosas, raízes, bulbos, tubérculos e diversos frutos (NETO, 2002).

No Brasil, a olericultura evoluiu mais acentuadamente a partir da década de 40,

durante a 2ª Guerra Mundial. Naquela época, existiam apenas pequenas explorações

diversificadas, localizadas nos “cinturões verdes” dos arredores das cidades, havendo o

deslocamento em direção ao meio rural, estabelecendo-se em áreas maiores e mais

especializadas. Essa interiorização certamente deveu-se ao fato de alguns produtores

buscarem melhores condições agroecológicas ou mesmo de ordem econômica. A partir de

então, a olericultura nacional evoluiu de pequena “horta” para uma exploração comercial

com características bem definidas (NETO, 2002).

A década de 80 é considerada importante para a olericultura brasileira,

especialmente graças às atividades da pesquisa, com a recomendação e lançamento de

cultivares de hortaliças adaptadas às mais diversas condições climáticas do território

nacional. Na última década, este ramo acentuou-se pela implantação dos sistemas de

cultivo protegido em estufas e hidroponia (PENTEADO, 2004).

A característica mais marcante da olericultura é o fato de ser uma atividade

agroeconômica altamente intensiva em seus mais variados aspectos, em contraste com

outras atividades agrícolas extensivas. Objetivando lucros e melhor distribuição de

cultivares, a região das Missões vem procurando aumentar esta atividade agrícola, as

hortaliças (figura 73) são bastante cultivadas, sendo predominantes a alface e o pepino com

100% de sua totalidade, seguido do amendoim, da beterraba, da cenoura, da couve-flor e

da rúcula com 96% de seu cultivo. A batata-inglesa e o tomate são pouco cultivados,

comportamento decorrente da tradição alimentar da região.

Abóbora Agrião Alface Alho Amendoim Batata-doce Batata-

inglesaBeterraba Cebola Cenoura Couve-flor Mandioca Moranga Pepino Pimentão Rabanete Repolho Rúcula Tomate

68% 96% 92%

88%

84%

100%

84% 92% 96% 96% 80% 96%

64%

92%

96%

84%

100% 72% 88%

Figura 73: Hortaliças cultivadas nos municípios do COREDE Missões.

Um dos maiores problemas da cadeia produtiva das hortaliças está nas perdas

pós-colheita e nos desperdícios dos alimentos, que começam na colheita do produto indo

até os consumidores intermediários e finais. Este dado para os produtores é de extrema

relevância, já que alguns deles mantêm a renda familiar basicamente cultivando hortaliças

com mão-de-obra familiar. É necessário que se realize nos próprios municípios técnicas de

melhoramento e campanhas para evitar o desperdício, por parte das Secretarias de

Agricultura.

A fruticultura também apresenta considerada relevância no estado. Na década

de 90, o governo estimulou de muitas formas este cultivo propiciando uma nova maneira

de arrecadamento por parte do produtor (PENTEADO, 2004).

A laranja com 96%, a bergamota com 88% e o pêssego com 92% são as

frutíferas mais cultivadas (figura 74) na região das Missões; já a acerola, o kiwi e a maçã

são as espécies menos cultivadas. Essa característica se deve à baixa costumatização de seu

uso e pelas condições edafoclimáticas da região, pois a maçã necessita de longos períodos

de baixa temperatura para o seu cultivo.

Figura 74: Frutíferas cultivadas nos municípios do COREDE Missões.

72%

32%

64%

76%

88%

64%

72%

64%

56%

24%

96%88%

44%

60%

84%

84%

68%

72% 92% 80%

Abacaxi

Acerola

Am eixa

Banana

Bergam ota

Caqui

Figo

Goiaba

Jabuticaba

Kiwi

Laranja

Lim ão

M açã

M am ão

M elancia

M elão

M orango

Pêra

Pêssego

Uva

O município de Porto Xavier destaca-se como maior produtor de banana na

região das Missões, com uma área cultivada de cinco hectares. Esses dados provavelmente

se devem às condições climáticas do local, visto que Porto Xavier é um dos municípios que

percolam o rio Uruguai como o município de Garruchos, cujas proximidades favorecem o

desenvolvimento desta e de outras culturas como o abacaxi, melão e melancia, devido,

principalmente, à baixa ocorrência de geadas e facilidade na irrigação.

Santo Ângelo se destaca pela produtividade de melão e possibilita maior

exploração de frutíferas como banana, abacaxi e melancia por apresentar em sua geografia

três microbacias, bem como os municípios de Mato Queimado e Bossoroca.

Em relação a frutas silvestres, o município conhecido como explorador desta

categoria é Giruá, que se destaca pela produção de butiá o que possibilita uma maior

diversificação na produção de derivados provenientes do fruto e da planta.

Em termos econômicos, as frutíferas comercializadas (figura 75) que mais se

destacam na região do COREDE Missões são a laranja, a bergamota, a melancia e a uva,

sendo esta última muito utilizada na fabricação de vinhos, principalmente pelos municípios

de Caibaté, Ubiretama, São Luiz Gonzaga, Salvador das Missões e Entre-Ijuis.

Banana

Abacaxi Acero

4% laAmeixa

16% Bergamota 36% 20% Caqui 24% 56% Figo 8% 52% Goiaba

40% 12% Jabuticaba Kiwi Laranja 20% Limão 40% Maçã 8% 76% Mamão 52%

0% Melancia 16% 20% Melão 0%4% Morango Pêra Pêssego Uva

Figura 75: Espécies de frutíferas cultivadas em escala comercial nos municípios do

COREDE Missões.

os municípios de Roque Gonzales, São Pedro do Butiá, Pirapó, Guarani das

Missões, Rolador, São Paulo das Missões, Santo Antônio das Missões, São Miguel das

Missões, Eugênio de Castro, Cerro Largo, Dezesseis de Novembro, Sete de Setembro e

São Nicolau as frutíferas comercializadas em grandes quantidades são os citros (laranja,

bergamota e limão), morango, abacaxi, figo, mamão e manga.

N

As frutíferas são consumidas e comercializadas (figura 76) na própria região do

COREDE Missões, não havendo conhecimento de exportação pela falta de incentivos aos

produtores e inexistência de associações que facilitem a compra e venda dos produtos.

84%

28%

92%

40%

100%

Comércio regional

Consumo

60%

80%Comércio local

0%0%

20%

Destino das frutíferas

Exportação

Figura 76: Destino das frutíferas cultivadas nos municípios do COREDE

Missões.

de

produtores de frutas, já que esta é uma condição básica para acelerar o processo de

produção/exportação, visto que a grande maioria dos agricultores apresenta pequenas áreas

de cultura destas espécies, selecionando as maiores áreas para o plantio das monoculturas.

Apenas os municípios de Caibaté, Roque Gonzales, Salvador das Missões e Guarani das

Missões apresentam associações em sua localidade.

Outro fator importante levantado por diversos municípios é o manejo

inadequado do produtor, pois muitos possuem pomares, mas pela falta de comercialização

acabam desistindo desta prática.

Esta situação se deve (figura 77) em grande parte, às poucas associações

0%

60%

80%

100%

Associação de fruticultores

72%

28%

20%

40%Ausente

Presente

Figura 77: Demonstrativo de Associações de fruticultores nos municípios do

COREDE Missões.

CONCLUSÃO

Através do contato estabelecido com s municípios e pelos dados fornecidos por

eles pode-se constatar que a economia da Região das Missões está baseada na pequena

propriedade rural, a qual tem vivido um processo de estagnação, caracterizada,

principalmente, pelo esvaziamento demográfico, queda na produção agropecuária e

redução na qualidade de vida do produtor rural.

Observou-se a prevalência da monocultura de soja, trigo e milho e uma pecuária

voltada

o o girassol, vem aos poucos ganhando

espaço no cenário agrícola e merece ser incentivado como forma de ruptura aos padrões

monoc

o

basicamente na criação de bovinos e suínos. Essa homogeneização da produção

agropecuária tem trazido alguns prejuízos ao setor sempre que ocorrem grandes oscilações

climáticas, como a estiagem desse último ano.

O plantio de culturas alternativas, com

ulturais que há muito estão incrustados na mentalidade do agricultor. Por outro lado,

muitas vezes, a incerteza da comercialização do produto final desestimula o cultivo. Daí a

importância das associações de produtores, que permitem o aumento de volume da

produção, facilitando seu escoamento.

Essa situação também é percebida na pecuária. A incerteza de se obter lucros com

outras criações que não sejam suínos, bovinos de corte e produção leiteira, evita motivar

novos investimentos por parte do produtor na diversificação da produção em sua

propriedade, conforme dados obtidos pelos órgãos públicos da região do COREDE

Missões.

A diversificação, portanto, parece ser a melhor forma de aquecer o setor

agropecuário na região das Missões. É importante que os municípios incentivem e invistam

na diversificação, sob amparo técnico e estimulando o estabelecimento de associações

entre os produtores.

Um passo importante a ser dado pelos municípios é a organização das informações

egional.

referentes à sua situação agropecuária, a fim de detectar as deficiências a serem atendidas e

o que está dando certo no município e que deve ser estimulado. Esse conhecimento prévio

da realidade de cada município é que vai servir de base na tomada de medidas que levem

ao desenvolvimento r

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NDRIOLO, J.L. O cultivo de plantas com fertirrigação. Santa Maria : Centro de

iências Rurais, UFSM, 1996. 47p.

NDRIOLO, J.L., POERSCHKE, P.R. Cultivo do tomateiro em substratos. Santa Maria

Centro de Ciências Rurai

s na

os: vermicompostagem. Rio de Janeiro: Embrapa-

NPBS, 1992. 12p.

nas fases de recria e terminação. Revista

tado do Paraná. Revista Brasileira Zootecnia [online]. mar./abr.

NAIS DE AVES E SUÍNOS,

ARA A ELABORAÇÃO DE UM EMBUTIDO À BASE DE

de

ão do peso e percentual de carne. In: CONGRESSO

A

C

A

s, UFSM, 1997. 12p.

AQUINO, A.M.; ALMEIDA, D.L.; SILVA, V.F. Utilização de minhoca

estabilização de resíduos orgânic

C

ALVES, D. D., PAULINO, M. F.; BACKES, A. A. Características de carcaça de

bovinos zebu e cruzados holandês-zebu (F1)

Braileira Zootecnia. [online]. set./out. 2004, vol.33, no.5

BARBOSA, O. R, MACEDO, F. A.F., GROES, R.V. Zoneamento bioclimático da

ovinocultura no Es

2001, vol.30, no.2

BENATI, M. Níveis nutricionais utilizados nas dietas de suínos. In: SIMPÓSIO

INTERNACIONAL SOBRE EXIGÊNCIAS NUTRICIO

1996, Viçosa. Anais... Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 1996. p.447-457.

CARIONI, F.O., PORTO, A.C.S., PADILHA, J.C.F. USO DE CULTURAS

INICIADORAS P

CARNE DE PATO (Cairina moschata). Ciências Tecnologias Alimenícias. [online].

set./dez. 2001, vol.21, no.3

COLOMER-ROCHER, F., ESPEJO, M.D. 1972. Determinación del peso de sacrifício

los cordeiros procedentes del cruzamiento Manchego x Rasa Aragonesa en función

del sexo. Rev. Itea, 1:219- 35.

FAVERO, J.A.; GUIDONI, A.L.; BELLAVER, C. Predição do índice de valorização de

carcaças suínas em funç

BRASILEIRO DE VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS EM SUÍNOS, 8., Foz do Iguaçu,

1997. Foz do Iguaçu: ABRAVES, 1997. p.405-406

FERREIRA, A.S.; PUPA, J.M.R.; SOUZA, A.M. Exigências nutricionais para suínos

FERREIRA, S.O. Aplicação de tecnologia a espécies de pescado de água doce visando

stria de pescado (salga, deftimação e

ncho vagem), Piracicaba: ESALQ, 1999, 24 p. (ESALQ, Informativo Técnico, 6).

e

eite em cabras no

istrito Federal. Revista Brasileira Zootecnia [online]. jan./fev. 2001, vol.30, no.1

de de

produção de mel de abelha (Apis mellifera) no Ceará. Revista Econômica Sociológica.

ados.

São Paulo: Fundação Tropical de Pesquisas e Tecnologia. 1982. 127p.

s meses do ano. R. Bras. Zootec. [online].

ov./dez. 2004, vol.33, no.6

to de genótipo e do

stema de criação sobre o desempenho de frangos tipo caipira. R. Bras. Zootec.

determinadas no Brasil. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE EXIGÊNCIAS

NUTRICIONAIS DE AVES E SUÍNOS, 1996, Viçosa. Anais... Viçosa, MG:

Universidade Federal de Viçosa, 1996. p.447-547.

atender a agroindústria rural. Piracicaba, 1987, 12Ip. Dissertação (Mestrado) Escola

Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo.

FERREIRA, S.O.; ANDRADE, M.O. de. Agroindú

a

FILHO, G., MCMANUS, C. e MARIANTE, A.S. Fatores genéticos e ambientais qu

influenciam algumas características de reprodução e produção de l

D

FREITAS, D. G. F., KHAN, A. S. e S., L.M.R. Nível tecnológico e rentabilida

Rural. [online]. jan./mar. 2004, vol.42, no.1

GEROMEL, E.J.; FORSTER, RJ. Princípios fundamentais em tecnologia de pesc

GONZALEZ, H. L., FISCHER, V., RIBEIRO, M. E.R.. Avaliação da qualidade do leite

na bacia leiteira de Pelotas, RS. Efeito do

n

HELLMEISTER FILHO, P., MENTEN, J. F. M., SILVA, M.A.N. Efei

si

[online]. nov./dez. 2003, vol.32, no.6, supl.2

MACEDO, F.A.F. Desempenho e características de carcaças de cordeiros Corriedale e

998.

RA, M. B. B.C. D. Determinação da

icrobiota presente na cloaca e orofaringe de avestruzes (Struthio camelus)

, J. F. Manual da Horticultura Ecológica. Ed: Nobel, 2002.

o de Características

Quantitativas de Crescimento dos 120 aos 550 Dias de Idade em Gado Nelore. Rev.

EREIRA, Alfredo Ribeiro, MACHADO, Paulo Fernando e SARRIES, Gabriel Adrian.

ENTEADO, Silvio Roberto. Fruticultura orgânica. ed: Aprenda Fácil, 2004.

rodução Animal,

., 2000, Teresina. Anais... Teresina: Sociedade Nordestina de Produção Animal, 2000.

1770.

mestiços Bergamácia x Corriedale e Hampshire Down x Corriedale, terminados em

pastagem e confmamento. Botucatu, SP: FMVZ, 1998.72p. Tese (Doutorado em

Zootecnia) - Universidade Estadual Paulista, 1

MARTIN, P. S. Manual Brasileiro Agrícola: Principais produtos agrícolas. Ed: Ícone,

1999.

MELVILLE, P. A., COGLIATI, B., MANGIATER

m

clinicamente sadios. Ciências Rural. [online]. nov./dez. 2004, vol.34, no.6

NETO

OLIVEIRA, T. B. A., FIGUEIREDO, R. S., OLIVEIRA, M. W. Índices técnicos e

rentabilidade da pecuária leiteira. Sci. agric. [online]. out./dez. 2001, vol.58, no.4

PANETO, J. C. C, LEMOS, D. C., BEZERRA, L. A. F. Estud

Bras. Zootec. [online]. 2002, vol.31, no.2

P

Contagem de células somáticas e características produtivas de vacas da raça

holandesa em lactação. Sci. agric. [online]. out./dez. 2001, vol.58, no.4

P

PIMENTA FILHO, E.C.; RIBEIRO, M.N.; SOUSA, W.H. Melhoramento genético de

pequenos ruminantes para carne e leite. In: Congresso Nordestino de P

2

p.107-116.

PINTO, R., FERREIRA, A.S., ALBINO, L.F.T.. Níveis de Proteína e Energia para

Codornas Japonesas em Postura. R. Bras. Zootec., jul./ago 2002, vol.31, no.4, p.1761-

POORE, M.H., GREEN, J.T. 1994. Use of alfafa pasture for finish lambs. College of

griculture, North Caroline State University, Departament of Animal Science (Annual

IO NETO, J.C., MARTINS FILHO, R., LOBO, R.N.B. Avaliação dos

esempenhos produtivo e reprodutivo de um rebanho bubalino no Estado do Ceará.

, C., SIERRA, I., ALCALDE, M.J. Carcass and meat quality of light and

light-heavy lambs of Rasa Aragonesa, Lacaune and German Merino breeds. In:

SCHMITZ, J.A.K.; SOUZA, P.V.D.; KAMPF, A.N. Propriedades químicas e físicas de

A

Report).

SAMPA

d

Rev. Bras. Zootec. [online]. mar./abr. 2001, vol.30, no.2

SAÑUDO

ANNUAL MEETING OF THE E.A.A.P, 43, 1992, Madrid, España. Proceedings...

Madrid, 1992. v.2, p.264-265.

substratos de origem mineral e orgânica para o cultivo de mudas em recipientes.

Ciência Rural, v.32, p.937-944, 2002.

APÊNDICES

Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI

Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 708 de 19/05/92 - D.O.U. de 21/05/92 Mantida pela Fundação Regional Integrada – FuRI

Campus de Santo Ângelo

PECUÁRIA, PISCICULTURA, APICULTURA,

AGRICULTURA 5

Há cria( )Sim Raças de abelhas mais comuns no município:

( ) Apis mellifera Outra:___________________

/comércio:

_______ comércio regional ( )

o

( ) Não ( ) Sim Quais: _____________________________

_______________ a o abate: ______________________

º. de aves destinadas para a produção de ovos: ____________ o local ( ) comércio

o local ( ) comércio

aproximado de avestruzes criados? __________________ rodução anual de carne (ton): _____________

local ( ) comércio

Qual o n.º aproximado de codornas criadas? __________________ Produção anual de ovos: ______________ em conserva

cal ( ) comércio

No município ocorre criação de gansos? ( ) Sim ( ) Não

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - PROCOREDES 200

ção de abelhas no município para a produção de mel? ( ) Não

( )Apis mellifera mellifera ( ) Apis mellifera carnica caucacica ( ) Área de abrangência da apicultura no município( ) nula ( ) branda ( ) moderada ( ) intensa Quantidade de mel produzido anualmente: ____________Destino da produção: ( ) consumo ( ) comércio local ( ) exportação De que forma o mel é comercializado? ( ) in natura ( ) derivadExistem associações no município?

Ocorre a prática de apicultura migratória? ( ) Sim ( ) Não Número de aviários no município: ________Nº. de aves destinadas parNDestino da carne: ( ) consumo ( ) exportação ( ) comérciregional Destino dos ovos: ( ) consumo ( ) exportação ( ) comérciregional No município ocorre criação de avestruzes? ( ) Sim ( ) Não Qual o nºPQual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio regional No município ocorre a criação de codornas? ( ) Sim ( ) Não

Qual o produto mais comercializado? ( ) ovos in natura ( ) ovosQual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio loregional

Qual o n.º aproximado de gansos criados? _______________ Produção anual de carne (ton): ____________

ual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio

ção ( ) comércio local ( ) comércio

( ) Não

anual de carne (ton): __________ ual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio

) Sim ( ) Não

anual de carne (ton): ___________ ual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio

( ) Sim ( ) Não

anual de carne (ton): ___________ ual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio

____________

lês ( ) Nelore ( ) Caracu ( ) Zebu ( ) Limousin ( ) Montana ) Outro: ___________________

carrapato ( ) mosca do chifre ( ) outra:

risteza ( ) outra:

umo ( )exportação ( ) comércio local ( ) comércio

pela vistoria sanitária dos rebanhos?

antidade de bovinos leiteiros?___________________________________

lizado? ( ) in natura ( ) derivados ) outros___________________

cípio?

( ) Jersey ( ) Holandesa ( ) Mantiqueira ( ) Pardo suíço ( ) Gir leiteiro

Qregional Produção anual de ovos:__________________________ Qual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportaregional No município ocorre criação de patos? ( ) Sim Qual o nº aproximado de patos criados? ________ ProduçãoQregional No município ocorre a criação de perus? (Qual o n.º aproximado de perus criados? _________ Produção Qregional No município ocorre a criação de búfalos? Qual o n.º aproximado de animais criados? _________ ProduçãoQregional Qual é a quantidade de bovinos de corte no município?Raças predominantes: ( ) Charo( Problemas que afetam freqüentemente o rebanho: Ectoparasitas: ( ) ________________________ Endoparasitas: ( ) verminoses ( ) t________________________ Quantidade de animais abatidos por mês/ano? _______________ Destino desta carne: ( ) consregional Qual órgão responsável________________________ Qual a quQual a produção média anual de leite? ____________________ De que forma o leite é comercia( Destino deste leite: ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio regional Maneira mais utilizada para extração do leite? ( ) manual ( ) mecânicaPrincipais raças existentes no muni

( ) outra ________________________ Problemas que freqüentemente afetam o rebanho leiteiro:

__ __________________________________

( )

____________________ ca

______________________________________________________ l?

_____________________________________________ corre produção destes animais? ( ) Sim ( ) Não

__________________

ual o produto mais comercializado? ( ) carne ( ) leite ( ) couro local ( ) comércio reg

) comércio local ( ) comércio

ovinos destinados para o abate? ____________

izadas na criação para o abate? ( ) Ile de France ( ) Suffolk ( ) utra_________

ilin ( ) Correidale (

) lã ( ) couro

( ) criações de larga escala

aproximado de suínos criados? ______________

ão ( ) comércio local ( ) comércio gional

Endoparasitas: ( ) mamite ( ) tristeza ( ) outra: ___________________Ectoparasitas: ( ) verminoses ( ) outraCausas de variações da quantidade do leite: ( ) alimentação ( ) higiene genética animal ( ) outra_________________________________________Causas da variação da qualidade do leite: ( ) alimentação ( ) higiene ( ) genétianimal ( ) outra___________Há órgão fiscalizador no município? ( ) Não ( ) Sim Qua______________________ No município ocorre criação de eqüinos? ( ) Sim ( ) Não Qual o n.º aproximado de eqüinos criados? ______________________ Quais as raças predominantes? ( ) Crioulo ( ) Manga larga ( ) Quarto de milha ( ) Andaluz ( ) outros ____ODestino: ( ) comercial ( ) montaria ( ) serviço ( ) outro No município ocorre criação de caprinos? ( ) Sim ( ) Não Qual o nº aproximado de caprinos criados? ________ Produção anual de carne (ton): __________________ Produção anual de leite: _______________________ Q

Destino da carne? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércioional Destino do leite? ( ) consumo ( ) exportação ( regional No município ocorre criação de ovinos? ( ) Sim ( ) Não Nº de Nº de ovinos destinados para lã? _________________ Raças utiloRaças utilizadas na criação para lã? ( ) Lincoln ( ) Mer)outra_________ Qual o produto mais comercializado? ( ) carne (Qual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio regional Sistema de criação: ( ) criações domésticas ( ) criações de tamanho médio

No município ocorre criação de suínos? ( ) Sim ( ) Não Qual o nºProdução anual de carne suína (ton): _______________ Qual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportaçreQual o sistema de criação dos suínos?

( ) sistema extensivo ( ) sistema intensivo ( ) sistema semi-intensivo

res

de coelhos criados? ________

mais comercializado? ( ) carne ( ) pele ual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio

( ) Sim ( ) Não

stino? ? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio gional

dins ( ) lavoura

xes? ( ) Sim ( ) Não

ios existem no município? ___________

uais as espécies de peixes que predominam nos rios? ( ) Carpa ( )

espelho ( ) Carpa prateada ( ) ( ) Outros

vo ( ) sistema intensivo

e rã? ( ) Sim ( ) Não

( )

ual o seu destino? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio

capivara ( ) cisne ( ) cateto ( ) faisão ( ) marreco (

( ) ema ( ) outros _____________________

oim ( ) alho ( ) arroz ( ) cana-de-açúcar ( ) soja ( )

Tipo de produção? ( ) ciclo completo ( ) leitões ( ) terminados ( ) reproduto No município ocorre criação de coelhos? ( ) Sim ( ) Não Qual o nº aproximadoProdução anual de carne (ton): __________ Qual o produtoQregional No município ocorre criação de minhocas? Há comercialização de húmus? ( ) Sim ( ) Não Qual a quantidade? _____________ Qual o dereEm que é utilizado húmus? ( ) horticultura ( ) fruticultura ( ) jar No município ocorre produção de peiQual a origem dos peixes consumidos? ( ) rios ( ) açudes Quantos rQuantos açudes existem no município? _________ Q( ) Jundiá ( ) Lambari ( ) Cascudo ( ) Traíra Piava ( ) Dourado ( ) Outro __________________________Quais as espécies de peixes criadas em açudes? ( ) Carpa capim ( ) Carpa húngara ( ) CarpaPacu ( ) Carpa cabeça-grande _________________________ Qual o sistema de criação de peixes utilizado em seu município? ( ) sistema extensivo ( ) sistema semi-intensi( ) sistema de tanques e redes No município ocorre a criação dQual o nº aproximado de rãs criadas? ________ Qual o produto mais comercialização? ( ) carne ( ) pele outro_________ Qregional Quais os animais exóticos e silvestres criados em seu município? ( ) paca ( )) pavão ( ) perdiz Quais as culturas cultivadas no seu município? ( ) amendsorgo

( ) cebola ( ) pipoca ( ) feijão ( ) girassol ( ) azevém ( ) veia

( ) trigo ( ) canola ( )

ranga ( ) abóbora ( ) batata-doce ( ) linhaça ( )granola pim tom

________________________

ungos ( ) vírus ( ) insetos ( ) nematóides

( ) banana ( ) melão ( ) melancia ( )

erola ( ) maçã ( ) ergamota ( ) goiaba ( ) caqui ( ) kiwi ( ) morango ( ) jabuticaba (

as frutíferas mais comercializadas?

rango ( ) jabuticaba ( ) ameixa ___

tres? ( ) Sim ( ) Não uais? __________________________

ltura como é feita a adubação? ( ) química ( ) orgânica ( ) orgânica

tras regiões ( ) Sim ( ) Não

Outro:_______________________________________________________________

a( ) mandioca ( ) mamona ( ) milho triticale ( ) mo

( ) agrião ( ) pepino ( ) beterraba ( ) cenoura ( ) rabanete ( ) então

( ) alface ( ) rúcula ( ) couve-flor ( ) repolho ( ) batata inglesa ( ) ate

( ) outros ______________________________________ Quais as principais problemas que atacam as culturas? ______A causa das doenças é ocasionada por: ( ) f Quais as frutíferas cultivadas em seu município? ( ) pêssego ( ) laranja ( ) limão pêra ( ) uva ( ) abacaxi ( ) figo ( ) mamão ( ) acb) ameixa ( ) outros _____________________________ Quais( ) pêssego ( ) laranja ( ) limão ( ) banana ( ) melão ( ) melancia ( ) uva ( ) abacaxi ( ) figo ( ) mamão ( ) acerola ( ) pêra ( ) maçã ( ) goiaba ( ) bergamota ( ) caqui ( ) kiwi ( ) mo( ) outra ___________________________Quais as principais problemas que atacam as culturas? ________________________________ Qual o destino? ( ) consumo ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio regional Existem associações de fruticultores? ( ) Sim ( ) Não Ocorre a comercialização de frutas silvesQDestino: ( ) exportação ( ) comércio local ( ) comércio regional Na fruticuNa horticultura como é feita a adubação? ( ) química Origem do adubo orgânico? ( ) local ( ) municípios vizinhos ( ) ouOcorrem áreas florestais no município? Qual a sua área? __________________ Há algum órgão fiscalizador? ( ) Não ( ) Sim Qual? ( )SEMA ( )IBAMA ( )FEPAM ( )PATRAM