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URBANISMO PROGRESSISTA e URBANISMO CULTURALISTA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ARTES E ARQUITETURA ALUNAS: ANNA KAROLINA MACHADO LARISSA CASTRO LARYSSA KÁRITA RAFAELA SCARLET KIMBERLY

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URBANISMO PROGRESSISTA e

URBANISMO CULTURALISTA

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁSESCOLA DE ARTES E ARQUITETURAALUNAS: ANNA KAROLINA MACHADO

LARISSA CASTROLARYSSA KÁRITARAFAELASCARLET KIMBERLY

Urbanismo Progressista

• O espaço do modelo progressista é amplamente aberto, rompido porvazios de verdes, têm como uma exigência da higiene. Relatam que overde oferece particularmente um quadro para momentos de lazer,consagrado à jardinagem e à educação, uma sistemática ao corpo.

• O espaço urbano é traçado conforme uma análise das funções humanas.Classificam e localizam separadamente as diversas formas de trabalhocomo industrial, liberal e agrícola. A lógica e a beleza devem coincidir.

• A cidade progressista recusa qualquer herança artística do passado, parasubmeter-se exclusivamente às leis de uma geometria natural, elaelimina a possibilidade de variantes ou adaptações a partir de ummesmo modelo.

Georges Benoit- Lévy

MEIOS1º Comprar terrenos que reúnam esta tripla condição :- Ser barato- Estar próximos a vias de comunicação - E oferecer as facilidades necessárias á exploração agrícola e industrial.2º Construir nelas pequenas cidades com uma organização racionalmente concebida.

Walter Gropius

• Arquiteto Urbanista, professor e fundador da Bauhaus e diretor de arquitetura de Harvard.

• Bauhaus girava em torno de conceitos de padronização, pré-fabricação, criação de um espaço moderno.

• Dammerstock - Karlsruhe

• Siemenstadt de Berlim

Baseava-se em quatro posturas fundamentais:

• Descongestionar os centros das cidades para fazer face asexigências da circulação e da produtividade;

• Aumentar a densidade dos centros das cidades para realizaro contato exigido pelos negócios;

• Aumentar os meios de circulação, ou seja, modificarcompletamente a concepção atual da rua em que seencontra sem efeito diante do novo fenômeno dos meiosmodernos de transporte( metrôs ou automóveis, trens,avião, etc.);

• Aumentar as superfícies verdes, a única maneira deassegurar a higiene e a calma útil o trabalho atento exigidopelo novo sistema de negócios.

Foi um arquiteto, urbanista,escultor e pintor de origemsuíça e naturalizado francês em1930.

A importância de LeCorbusier advém, em grandeparte, do seu enorme poder desíntese e extremaesquematização.

Charles-Édouard Jeanneretchamado

LE CORBUSIER

“Arquitetura e Urbanismo são indissociáveis”

Urbanismo moderno: 4 funções básicas:

HABITAR CIRCULARTRABALHAR LAZER

Cidade Corbusieriana

• Classificação das funções urbanas

• Multiplicação dos espaços verdes

• Criação de protótipos funcionais

• racionalização do habitat coletivo

Homens e necessidades-tipo

Homens feitos com o mesmo modelo.

“Nossos esqueletos sãosemelhantes, ocupam osmesmos lugares e realizam asmesmas funções ....”

Apologia à máquinaUma casa é uma máquina de morar.

Vila SavoyeA famosa frase de Le Corbusier “Arquitetura ou Revolução” surgiu de suacrença de que uma arquitetura industrializada e eficiente era a única maneirade evitar uma revolução das classes. Seus argumentos embasaram seu livro“Por uma Arquitetura” e culminaram em sua famosa obra, a Villa Savoye.

GEOMETRIAA cidade moderna vive praticamente de linhas retas.

A reta é sadia para a alma das cidades. A curva é prejudicial, difícil e perigosa, ela paralisa.

A cura é o caminho dos asnos, a rua reta, o caminho dos homens.

A RUAO cruzamento de ruas é inimigo da circulação.

Brasília

Quadrados regularesde ruas espaçadas de400 metros, ecortadas às vezes acada 200 metros.

ESPAÇO VERDE A cidade concebida como um grande parque.

Os imóveis surgem na cidade por trás do rendado de árvores.

Para Le Corbusier, as cidades modernas encontravam-se asfixiadas, sem áreas verdessuficientes, não contribuindo para uma boa qualidade de vida dos cidadãos. Então, propôsque todas as construções tivessem seu próprio terraço-jardim. Na Villa Savoye, construídana França, Le Corbusier utilizou os seus cinco pontos da arquitetura moderna e seu terraço-jardim está presente como "compensador" da pegada da casa e espaço para lazer.

Terraço Jardim- Vila Savoye Terraço Jardim- Edifício Estados Unidos

Formular os princípios fundamentais do urbanismo moderno.

GRANDE CIDADE= UMA FERA

O Terreno A população

MISTOS

SUBURBANOSURBANOSURBANOS

O terreno plano é oIDEAL.

DENSIDADE PULMÃOQuanto maior a densidade depopulação de uma cidade,menores as distâncias apercorrer.

A cidade nova deve aumentarsua densidade aumentandoconsideravelmente suassuperfícies plantadas.

A RUA

Devem ser acessíveis de qualquer ponto e permitindodestinos diversos. Tendo que serem feitas como uma obra-prima da engenharia e não feita por empreiteiros. As ruastambém foram classificadas. Sendo estas classificações deacordo com sua localização:- Subsolo: Para transportes pesados, que são possíveis por a

base das casas que ficam no andar de cima serem feitoscom pilotis.

- Térreo: Circulação de pedestres ao nível das edificações.- Eixos da cidade, norte-sul e leste-oeste: Eixos em cruz em

sentidos únicos, permitindo rápida circulação ao atravessara cidade, sem passar por nenhum cruzamento.

A estação

Localizada no centro da cidade, e havendo apenas uma, a estação é um edifício subterrâneo com comunicação direta com os metrôs trens, os eixos e os serviços administrativos.

PRAGA- República ChecaEstação no centro histórico de PRAGA- República Checa

Plano da cidade

Alguns princípios foram traçado em relação ao plano da cidade:-

Descongestionamento do centro da cidade: Estação

- Aumento da densidade: Aumento de edifícios públicos, arranhas-céus, museus, serviços públicos

- Aumento dos meios de circulação: Eixos norte-sul e leste-oeste

- Aumentos de superfícies verdes.

“Plano Cidade”, plano em que Le Corbusier propunha derrubar Paris e erguer uma nova capital francesa. Sua ideia era redesenhar a cidade para que ela deixasse de lado seu passado medieval e se verticalizasse. Ele dizia sempre: “a arquitetura não deve ser uma cópia das culturas passadas”.

A Habitação Modelo

Unidade com cinco ruasinternas superpostas. Nos andarescentrais, sétimo e oitavo, ficam arua de serviços comuns, comocomércio alimentício, serviço deentrega a domicilio, lavanderia,drogaria, salão de beleza,... Noúltimo andar localizam-se a crechee a escola maternal, que secomunicam diretamente como oteto-terraço, com piscina, atravésde um plano inclinado, sendo umaárea separada às crianças. O teto-terraço é composto por uma salapara exercícios físicos, praça detreino e exercício ao ar livre, bar-restaurante, etc.

O edifício é composto por 337apartamentos em 23 tiposdiferentes, onde há apartamentospara desde celibatários, passandopor apartamentos apenas paracasal, até grande apartamentopara família com oito filhos. Esendo agrupados dois a dois ecomunicam-se pelas rua internas.Nos edifícios há Isolamentoacústico, para o qual osapartamentos são separados unsdos outros por caixas de chumbo.

Concebida como uma cidade-jardim vertical — em oposição à construção tipo pavilhão —, a Unitéd’habitation foi planeada para quatro áreas diferentes, até acabar por ficar instalada no BoulevardMichelet, um dos (mais belos bairros) deMarselha.

- Especialista em estatística e planejamento além de economista, também foi membro da Academia de Ciências da União Soviética, a partir de 1931, tornando-se o economista oficial do regime comunista.

Stannislav Gustavovitch

Strumilin

Com a instalação do comunismo, aumentou a necessidade de planejar e organizar os espaços que abrangem áreas de trabalho e alojamento.Sua comuna pode ser comparada a unidade de habitação de Le Corbusier.

A comuna-tipo

A melhor forma encontrada para garantir os serviços necessários às famílias residentes, além das refeições, foi que a comuna fosse organizada, de forma comunitária, como ´´grandes casas´´, na qual são assistidas por um complexo de serviços coletivos ou de comunas auxiliares de trabalho com centros médicos, escolares, alimentícios... O conjunto desses complexos formam os ´´microdistritos´´.

Uma Cidade Comunista

Típicos microdistritos de Tbilisi, capital da Geórgia.

Palácios-comunasGrandes prédios com superfície habitável máxima de 45.000m² e com capacidade para até 10.000 habitantes por unidade, nas unidade de produção mais importantes do país. No qual seus serviços são divididos em seus andares ligados entre si por galerias cobertas e com jardins interiores ao redor, além de um estádio pequeno, pista de patinação e piscina, fornecendo aos moradores prazeres necessários como em uma comunidade de amigos, sendo este o objetivo nas comunas;

Serviços do palácioServiços separados por os andares do palácio, onde no andar inferior, semi-subterrâneo, poderá ficar os serviços utilitários aos habitantes; no primeiro andar uma ala para apartamentos para crianças, e outra aos idosos e as pessoas responsáveis por seus cuidados. No segundo andar, há apartamentos para famílias, com dois e três cômodos, e no terceiro andar, quartos individuais para jovens trabalhadores, estudantes e pessoas solteiras no geral.

Locais coletivos Nos palácios-comunas existem também espaço destinados a sociabilidade, em atividades coletivas, seja em esportes, lazer, cultura, e serviços, como por exemplo as cantinas, estas também oferecem espaços para que cada habitante faça sua própria refeição.

A função ´´solidão´´Apesar de o ser humano ser essencialmente um ser social, o trabalhador necessita de momentos de solidão, por trazer repouso e tranquilidade. Esses momentos são garantidos por espaços individuais nos palácios-comunas.

ConcentraçãoA cidade toda ocuparia um espaço não superior a 300 hectares, sendo metade destinado a espaço verde. Numa cidade assim, que se estende por no máximo 3km², a distância de uma extremidade ao centro poderá ser percorrida no máximo em 10 minutos, o que significa que ali não haverá necessidade nem de metrô, nem de ônibus elétricos, nem de elevadores para subir a “estratosfera”, como sucede nos arranha-céus americanos. Tudo muito simples e muito mais acessível.

Comunas-tipo e economia planejadaEste modelo de habitação torna-se inviável por seu custo. Sendo na base de cálculos, inviável até nos dia atuais.

Cidades-modeloSe as primeiras cidades-modelo e as comunas-modelos tivessem sido construídas, acreditava-se que os jovens trabalhadores se sentiriam atraídos a viver neste modelo comunista, no qual são formados por voluntários, interessados em trabalhar de forma associativa e ajudando-se mutuamente com os mesmos ideais

Urbanismo Culturalista

Urbanismo Culturalista

O urbanismo é fundado a partir de dois modelos, consequentes em duas

ideologias.

Os modelos chamados progressistas e culturalistas são modelos de

planejamento. O primeiro possui como valores principais à higiene e a

produtividade, onde o espaço é fragmentado sem limites sendo

geometrizado. Já o segundo, o espaço é circunscrito, continuo, diferenciado

e fechado.

- Os culturalistas recorriam à história para construir seu modelo, isto é,

olha para o passado e busca a caracterização dos espaços urbanos

segundo valores históricos e unidade territorial, social e espacial.

- Os urbanistas culturalistas fizeram propostas de cidades de menor escala

e mais humanas. Para eles, a cidade não deveria se sobrepor aos seus

moradores, assim como aspectos relacionados ao trânsito ou à indústria,

defendendo a integração com a natureza e o sentido de comunidade. O

culturalismo caracteriza a cidade a partir da noção de cultura, onde a arte

é o principal elemento de integração social.

Seu modelo de cidade destaca os atributos a seguir:

1º Papel Cultural - a cidade deve satisfazer necessidades como interação social,

beleza e felicidade. E seu espaço possibilitar que as funções de lazer e cultura se

integrem no cotidiano dos indivíduos pela fácil acessibilidade dos lugares

destinados às mesmas;

2º - Busca de um clima caracteristicamente urbano, a cidade deve ser confortável

e favorável à intensificação das relações interpessoais, o que origina um espaço

contínuo pela predominância de espaços fechados sobre os abertos;

3º - Coletivismo e democracia - a cidade deve ser um processo dinâmico, onde as

formas sugerem movimento e organicidade, por meio da relevância das áreas

livres públicas, especialmente de ruas e praças, que são simultaneamente lugares

de circulação e permanência;

4º -Relevância da estética, a cidade deve ser bela no cotidiano de seus cidadãos,

expressando-se em um espaço organizado por diversidade e originalidade;

5º - Produção artesanal do espaço, não é o rendimento da cidade que conta, mas

o desenvolvimento harmônico dos indivíduos e, para tal, seu espaço deve ter

construção particularizada, sem padronizações, para que cada edifício expresse

sua individualidade, destacar os edifícios comunitários e culturais.

Era um arquiteto inspirado numa teoria de cidade ideal (sem espaços diferenciados),apoiado em análises de fragmentos de cidades antigas que conhecia destacava o seucarácter urbano e artístico do seu tempo. Era contra a demolição dos antigos núcleos,dos espaços simbólicos.

O arquiteto vienense Camillo Sitte (1843-1903) visa a qualidade de vida no desenho dacidade, considerado o primeiro pensador a olhar para a cidade do passado sob o pontode vista estético, fascinado pela cidade medieval, pela relação cidade com as pessoas.Na visão de Sitte, esta relação foi perdida na cidade industrial.

Pioneiro do Urbanismo Culturalista

- Camilo Sitte nasceu em Viena em 17 de abril de 1843 - 1903- Arquiteto- Autor do estudo urbanístico: Construção das Cidades

Segundo seus Princípios Artísticos

Camillo Sitte

Em 1889, Sitte escreve , “A construção das cidades segundo seus princípiosartísticos”, onde analisa os espaços das antigas cidades medievais e antigas (tendo apraça como elemento repetitivo).

Estuda os padrões morfológicos do espaço público urbano, faz análise dos espaços da praça- símbolo da expressão do ideal de comunidade, e se baseia no conceito de simetria deVitrúvio, onde o mais importante nas cidades é a simetria no sentido de harmonia,qualidade estética dos espaços e a relação adequada entre as construções x centro livre xpessoas, para criar conforto, aconchego e espacialidade nos espaços públicos.

Suas idéias de desenho urbano, consiste em “ordenar os espaços em atrativos” e não numaarticulação de edifícios isolados sobre uma malha viária. O desenho urbano de Sitte étridimensional, movido pelo gosto e sensibilidade.

A escolha do termo construção das cidades para o livro ao invés de planejamento ouprojeto, mostra a perspectiva empírica de sua abordagem, enfatizando a síntese dasartes produzida na prática artesanal, no lugar do projeto ou desenho prévio.

Camillo Sitte

Camillo Sitte

- Propõe reavaliar a cidade através de seus espaços existentes, principalmente suas praças

- Pretende encontrar uma solução para a construção das cidades atuais, que satisfaça três condições principais: livrar do sistema moderno de casas alinhadas, salvar o que resta das cidades antigas, e aproximar nossas criações atuais do ideal dos modelos antigos

- Criticou fortemente o planejamento moderno da cidade que valorizavam soluções lógicas e matemáticas acima das considerações artísticas

- Relação entre edifícios, monumentos e praças

Praça da Signoria de Florença.

Piazza San Giovanni, em Bréscia. A praça como um espaço fechado.

- Irregularidades das praças antigas: provém de seu desenvolvimento histórico gradual- Plano desenhado e plano vivido

Praça de Erbe, Verona. Piazza Santa Maria Novella, Florença.

- A vida moderna limita o desenvolvimento da arte de construir cidades:GigantismoProblema econômicoAquisição de higieneVisão do mundo e estéticaModernizar o modelo antigo

- Reformas a introduzir nas cidades modernas:Fazer praças: “Cada cidade, por menor que fosse, poderia orgulhar-se de uma praça bela e original, se todos

os edifícios importantes estivessem ali reunidos como numa exposição em que um valorizasse o outro.”

Arte ou aparência: “O plano de uma cidade que devesse produzir um efeito artístico é também uma obra de arte e não um simples conjunto de construções e vias.”

Conservar as irregularidades: “Por que suprimir a qualquer preço as desigualdades do terreno, destruir caminhos existentes e até desviar cursos d’água para obter uma banal simetria? Melhor seria, pelo contrário, conservá-los com alegria, para motivar quebras nas artérias e outras irregularidades.”