uporto alumni #01

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20 ANOS DE ERASMUS, Pág 8 ICBAS E IBMC INVESTIGAM MENINGITE, Pág 14 DESPOLUIÇÃO DO LEÇA, Pág 16 PERCURSO DE VASCO TEIXEIRA, Pág 23 ENTREVISTA A JOÃO FERNANDES, Pág 26 EXPOSIÇÃO DE GERARDO RUEDA, Pág 30 RAPIDINHA DAS 18, Pág 34 NEOSCOPIO NA UPTEC, Pág 38 DOTES MUSICAIS DE AURELIANO DA FONSECA, Pág 42 DESENHO DE DA VINCI, Pág 46 Esta edição contou com 0 apoio de: Revista dos Antigos Alunos da Universidade do Porto, Nº 01, II Série, Junho de 2007,Trimestral, 2.5 Euros

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1ª edição da revista dos Antigos Estudantes da Universidade do Porto (U.Porto).

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Page 1: UPorto Alumni #01

20 ANOS DE ERASMUS, Pág 8 ICBAS E IBMC INVESTIGAM MENINGITE, Pág 14 DESPOLUIÇÃO DO LEÇA, Pág 16 PERCURSO DE VASCO TEIXEIRA, Pág 23 ENTREVISTA A JOÃO FERNANDES, Pág 26 EXPOSIÇÃO DE GERARDO RUEDA, Pág 30 RAPIDINHA DAS 18, Pág 34 NEOSCOPIO NA UPTEC, Pág 38 DOTES MUSICAIS DE AURELIANO DA FONSECA, Pág 42 DESENHO DE DA VINCI, Pág 46

Esta edição contou com 0 apoio de:

01Revista dos Antigos Alunos da Universidade do Porto, Nº 01, II Série, Junho de 2007, Trimestral, 2.5 Euros

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José Marques dos SantosReitor daUniversidadedo Porto

Quando, há um ano, a actual equipa reitoral da Universidade do Porto tomou posse, desde logo elegemos como objectivo estratégico o aprofun-damento do relacionamento da Universidade com os seus antigos alunos.Pretendemos que os nossos graduados tenham um papel activo no desenvolvimento da Univer-sidade, na sua divulgação e valorização junto das entidades empregadoras e da sociedade em geral; no apoio ao alargamento da cooperação da uni-versidade com as empresas e outras instituições; na participação nas actividades e na utilização dos seus serviços; na criação de uma cultura de mecenato científico, cultural e social à volta da Universidade do Porto.Queremos, acima de tudo, desenvolver uma ligação mais estreita e produtiva com todos os nossos antigos alunos de maneira a que estes se venham a constituir parceiros privilegiados da Universidade do Porto.A criação de uma estrutura dedicada como o Gabinete do Antigo Aluno da U.Porto e a con-cepção de um pacote de benefícios e regalias exclusivos para os nossos graduados – que vão desde descontos em programas de formação ao acesso privilegiado a recursos e serviços da uni-versidade – foram os primeiros reflexos desta aposta estratégica.Mas também a publicação que agora tem em mãos marca uma nova etapa do re-lacionamento da Universidade do Porto com os seus antigos alunos. Com nova roupagem e nova orientação editorial, a renovada UPorto Alumni pretende assu-mir-se como um verdadeiro ponto de encontro entre todos os graduados da Universidade do Porto.Este será um veículo privilegiado para a troca de experiências, de memórias e de contactos entre as largas dezenas de milha-res de antigos alunos e uma plataforma de diálogo entre estes e a sua Universidade.Estamos, por isso, à espera do seu contri-buto. Afinal, esta revista também é sua.

Colocar a U.Porto no ranking das 100 melhores (…) é uma visão extraordina-riamente estimulante para a comuni-dade académica e um desafio magnâ-nimo. (…) Mas, para que tal desiderato se cumpra, será necessário desenvolver, com carácter prioritário e consistência, uma nova cultura institucional de ex-celência. Adicionalmente, [a U.Porto] terá de ser capaz de servir de suporte à implementa-ção, em tempo útil e com sucesso, das es-tratégias melhor adequadas às exigências do Processo de Bolonha. Ora, no meu humilde entendimento, os antigos alunos da U.Porto, com o seu conhecimento e experiência acumulados, poderão e de-verão, necessariamente, ser chamados a participar activamente em iniciativas ali-nhadas com tal objectivo estratégico. Maria Manuela Tavares(Licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em 1990)

Como Médico Dentista licenciado pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto foi com orgu-lho que vi publicado um artigo sobre o excelente trabalho desenvolvido pelo Prof. Doutor David Andrade e toda a equipa da Disciplina de Odontopedia-tria em prol dos estratos da comunidade mais necessitados de cuidados de saú-de oral. Infelizmente todo esse esforço de dotar os futuros Médicos Dentistas com esse tipo de conhecimento práti-co é inútil. Desde 1975 que se formam Médicos Dentistas no Porto, cuja capa-cidade clínica não é aproveitada pelo Serviço Nacional de Saúde. (..) Talvez seja tempo da Universidade e as suas diversas Escolas estabelecerem uma li-gação mais íntima com as necessidades da população, criando assim um vínculo que dificilmente se quebrará.Pedro Moreira

Sonhos que se tiveram um dia, vale a pena recordá-los, a serem porventura realizáveis num tempo surgido.Um desses sonhos está no passado de 1972/74, na Associação dos Antigos Alunos da Universidade do Porto. (…) Ajuizado um Congresso da Univer-

sidade do Porto, teve a programação que sucintamente se esboça: 1) Origem remota do ensino. 2) A Universidade (fundamentos, primeiros professores e metodologia). 3) As Faculdades (géne-se e desenvolvimento). 4) Listagem dos professores até ao presente, destacando os mais eminentes. 6) Lista dos cursados em cada Faculdade com relevo daqueles que se evidenciaram no país e no es-trangeiro. 7) A Universidade na actuali-dade. 8) Visualização do seu futuro…De imediato o reitor (…) aplaudiu a ideia. (…) De súbito, surge a revolução em 25 de Abril de 1974 e a Associação foi assaltada e destruída! O tempo pas-sou… A rememorar o sonho, ele dará mérito, a ficar na história, a quem no tempo certo o possa concretizar. Aureliano da Fonseca(Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto)

Visitei recentemente uma universidade americana onde o departamento de es-tudos portugueses e brasileiros funciona a toda a velocidade. Dirigido por um português, claro. A universidade tem um campus completamente louco de extensão e vida: pólos de ensino, teatros, anfiteatros, salas e salões de cerimónias, de concertos de eventos múltiplos. Por que é que no Porto não há nada disto? Por que é que em Portugal quan-do se fala de música a um político ele responde sempre que... “isso para mim é chinês?!” Por que é que... nem sequer na maior universidade do Norte do país, a par da História, da Arte, das Be-las-Artes, da Arquitectura, não nasce um departamento de Música que incluísse musicologia, teoria e prática da música, aproveitando os recursos já qualificados em universidades diversas com altíssimo grau de competência e excelência? Mário Anacleto

Os e-mails destinados à secção “Opinião do Leitor” devem ser enviados para [email protected], acompanhados do nome do remeten-te, da sua idade, do curso que frequentou na UP, do respectivo ano de matrícula e do en-dereço electrónico pessoal. A revista U.Porto Alumni reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos enviados.

EDITORIALOPINIÃO DO LEITOR

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8844ÚLTIMAS

Passagem em revista das notícias que fi ze-

ram o quotidiano aca-démico da U.Porto nos

últimos meses.

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EM FOCOHistórias de vida que ilustram os 20 anos do programa Erasmus, experiência de apren-dizagem na era global.

MÉRITOOs mais recentes pré-mios e distinções atri-buídos ao universo da U.Porto, em diversas áreas da actividade académica.

INVESTIGARInvestigadores do ICBAS e do IBMC des-cobrem como inibir bactéria causadora de meningite em recém--nascidos.

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30

A CULTURA NA UNIVERSIDADEExposição de Gerardo Rue-da traz ao Porto esculturas monumentais, pequenas esculturas e uma antologia de pintura.

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PORTO, CIDADE, REGIÃO

Faculdades de En-genharia e Ciências

participam no projecto de despoluição do rio Leça, no concelho de

Valongo.

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SEMPRE A APRENDER

Oferta de formação pós-graduada da

U.Porto, cujas candi-daturas decorrem en-tre Junho e Setembro.

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FACE-A-FACEO director do Museu de Serralves, João Fernan-des, relata episódios da sua vida e refl ecte sobre a arte contemporânea.

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COMENTÁRIOArtigo de opinião de Paulo Pinho, professor e inves-tigador da FEUP, sobre a segunda fase do projecto do Metro do Porto.

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ALMA MATERFoto-reportagem sobre os bastidores da FBAUP, uma faculdade onde o sortilégio da criação embala os dias de estudantes e mestres.

MEETING POINTA U.Porto como ponto de encontro de antigos alunos e centro nevrálgico de actividades paralelas à vida académica.

VINTAGEO longo processo de iden-tifi cação do desenho de Da Vinci da FBAUP, a única obra do mestre renascen-tista em Portugal.

Page 6: UPorto Alumni #01

A U.Porto promove, no período estival, um vasto programa de cursos de educa-

ção contínua. Neste âmbito inclui-se a Universidade Europeia de Verão que, en-tre 25 de Junho e 1 de Julho, vai analisar e discutir “A Formação em Contextos de

Educação Formal, não Formal e na sua Ar-ticulação com o Mundo do Trabalho”.

Entre os Cursos de Verão 2007, destacam--se ainda as 13 acções da FBAUP previs-tas para Julho: Acerca da Aprendizagem

do Desenho; Arte Pública; BD e Ilus-tração; Espaço e Paisagem; Fotografi a

Digital; Introdução à Arte Moderna e Con-temporânea; Introdução à Programação

Gráfi ca; Introdução ao Design para WWW; Introdução aos Meios Digitais; Moldagem

com Resinas e Gessos; Os Desenhos do Corpo; Técnicas de Impressão; Temas de

Arte Contemporânea. A FLUP agendou, também para Julho,

duas formações nas vertentes linguística e cultural. Entre 3 e 27 tem lugar o Curso

de Verão de Língua e Cultura Portuguesas para Estrangeiros, enquanto que, de 9

a 20, realiza-se o Curso de Actualização para Professores de Português como Lín-

gua Estrangeira. No mês de Agosto realiza-se a Universi-dade Itinerante do Mar, uma plataforma

europeia para formação em questões ma-rítimas. Desta feita, a iniciativa da U.Porto

e da sua congénere de Oviedo tem por tema “O Mediterrâneo: Um Espaço de

Encontro entre Culturas”. Durante os meses de veraneio, o Departa-

mento de Botânica da FCUP prossegue o Botânica 2007. Este evento compreende

vários de cursos de formação científi -ca, estando previsto para 8, 15 e 16 de Setembro o início do Terceiro Ciclo: A

Botânica na Saúde, com uma acção sobre Plantas Tóxicas e Medicinais.

RMG

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CURSOS DE VERÃO

2007

ÚLTIMAS

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Cooperação, internacionali-zação e racionalização. Fo-ram estas as palavras que, no passado dia 17 de Maio, rimaram com a apresenta-ção do programa conjunto de doutoramentos lançado pelas universidades do Por-to, Aveiro e Minho.Ao todo são quatro os cursos do 3º ciclo (doutoramento) que vão arrancar no próxi-mo ano lectivo, no âmbito de uma parceria inédita em Portugal. Os protocolos ce-lebrados envolvem áreas estratégicas e de excelência das três universidades, como são os casos da Informática, Telecomunicações, Ciências do Mar e do Ambiente e Geo-ciências, sendo que as duas últimas envolvem apenas Aveiro e Porto.As faculdades de Engenharia e Ciên-cias e o Instituto de Ciências Biomédi-cas Abel Salazar são as três unidades da U.Porto envolvidas no MAP – Docto-ral Joint Program. Assim se designa um programa cujas ambições vão além das paredes das universidades. “A coope-ração com o exterior é uma área para a qual temos que olhar com cuidado, de modo a que possamos atingir dimen-são, massa crítica e qualidade que nos permita pensar em voos mais ambicio-sos”, desafiou o reitor da U.Porto, José Marques dos Santos, perspectivando a adesão de empresas e multinacionais a um programa que “deve ser capaz de atingir uma presença internacional forte” e “atrair estudantes de grande qualidade, vindos de outros países”.Com início marcado para Setembro, os doutoramentos vão ser ministrados, alternadamente, nas instalações das universidades de Aveiro, Minho e Porto por docentes das três instituições. Mais informações sobre o MAP em www.map.edu.pt.TR

Um acordo assinado no final do mês de Maio com o Banco Espírito Santo (BES), em que participa como asses-sor científico o Centro de Investiga-ção em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da Universidade do Porto, prevê a criação de um pré-mio anual “Business & Biodiversity”, entre outras vertentes. O galardão, no valor de 75 mil euros, inclui uma faceta de investigação e inovação e outra de soluções empresariais.O prémio insere-se na iniciativa “Business & Biodiversity”, que Por-tugal adopta como prioridade para a presidência da UE e pretende ope-racionalizar no âmbito da meta, já anunciada pela Comissão Europeia, de estancar a perda de biodiversi-dade até 2010. Neste sentido, o Ins-tituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), outro parceiro no acordo assinado, está a promover um conjunto de parcerias com empresas e instituições bancá-rias, em que estas assumem o apoio a projectos de conservação da biodi-versidade. O BES foi a primeira des-sas instituições a rubricar o acordo.Este primeiro acordo prevê ainda a avaliação de impactes directos e indirectos do BES na biodiversida-de, a elaboração de um estudo de oportunidades de negócio na área da biodiversidade – este estudo será conduzido pela Espírito Santo Research, com assessoria técnica do CIBIO –, o desenvolvimento de uma linha de microfinança para apoio a serviços na área da biodiversidade e ainda o apoio financeiro à preserva-ção de três espécies ameaçadas na Herdade da Poupa. Nesta herdade, situada na região do Tejo Internacional, podem ser encon-tradas a águia-imperial, a cegonha--preta e a lontra. JC

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PROGRAMACONJUNTO DEDOUTORAMENTOS

CIBIO ASSINA ACORDO COM O BES

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A U.Porto atingiu, pela primeira vez na sua história, o top 10 da produção científi ca entre universidades do espa-ço ibero-americano: Portugal, Espa-nha, Brasil, Argentina, Chile, Colôm-bia, Cuba, México, Peru e Venezuela. Na mais recente edição do Ranking Iberoamericano de Instituciones de Investigación – no qual é avaliada, com base nos dados da ISI Web of Know-ledge, a produção científi ca de cerca de 750 universidades e institutos de inves-tigação ibero-americanos –, a U.Porto surge na liderança nacional e no 11º posto da geral (10ª entre universida-des), atrás de instituições de Espanha, Brasil, México, Argentina e Chile.O ranking que considera a produção científi ca agregada dos últimos 15 anos avaliados, de 1990 a 2005, co-loca a U.Porto na 20ª posição, sendo seguida pela Universidade Técnica de Lisboa (21ª), a Universidade de Lis-boa (28ª), a Universidade de Coimbra (34ª), a Universidade Nova de Lisboa (48ª), a Universidade de Aveiro (62ª) e a Universidade do Minho (84ª).Porém, se se considerar apenas a pro-dução científi ca do último ano de avaliação (2005), a U.Porto sobe para o 11º lugar, deixando para trás as uni-versidades Técnica de Lisboa (19ª), de Lisboa (26ª), de Aveiro (31ª), de Coimbra (33ª), Nova de Lisboa (39ª) e do Minho (61ª).Um salto signifi cativo de resultados que se refl ecte também nos rankings de produção científi ca por área disci-plinar. Aqui, é de salientar a 3ª posição da geral na área da Tecnologia Quími-ca, os oitavos lugares em Química e Biologia Molecular, Celular e Gené-tica, o 9º e 10º postos nos domínios da Ciência e Tecnologia dos Alimentos e da Fisiologia e Farmacologia, ou as 15ª e 21ª classifi cações em Medicina e Biologia Vegetal e Animal – Ecologia.RMG

U.PORTO NAS DEZ MELHORES IBERO--AMERICANAS

ÚLTIMAS

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A U.Porto participa em dois pro-gramas de formação avançada e em acções de incentivo ao empreende-dorismo no âmbito do acordo com a Universidade do Texas (UTA), em Austin, o qual vem na sequência de parcerias semelhantes anteriormente estabelecidas com o MIT e a Carne-gie Mellon.A maior universidade portuguesa está, então, envolvida em dois dos três pro-gramas de doutoramento previstos, Computação Avançada (Advanced Computing) e Conteúdos Digitais (Digital Media), e ainda num pro-grama de mestrado profissional nesta última área. O terceiro doutoramento, no qual U.Porto não participa, é em Matemática. O acordo passa pela constituição de uma entidade de interface, o Co-Laboratório Internacional para as Tecnologias Emergentes (CoLab), e o estabelecimento de uma rede para estimular a valorização económica do conhecimento, a University Technolo-gy Enterprise Network (UTEN). Esta rede inclui os gabinetes de transferên-cia de tecnologia das universidades públicas portuguesas e dos parques de ciência e tecnologia com actividade de investigação académica relevante, tendo sido planeado para potenciar a internacionalização e o acesso a novos mercados emergentes.Para além destas iniciativas, estão pre-vistas parcerias para desenvolver pro-jectos de investigação entre equipas da UTA e de instituições portuguesas, neste último caso pertencentes a cen-tros de investigação de sete universi-dades e a três laboratórios associados.A Universidade do Texas dispõe do maior departamento dos Estados Unidos na área da comunicação, o qual integra um dos mais evoluídos centros de computação avançada do país, onde opera um dos supercom-putadores da actualidade. É também muito conhecida na área da valoriza-ção económica do conhecimento.JC

A U.Porto está a preparar um acordo de cooperação com a Universidade de Montana, nos Estados Unidos da América, impulsionado por um con-junto de colaborações já iniciadas na área das ciências biológicas.O primeiro passo foi dado por inves-tigadores a trabalhar no Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO), nomea-damente por Gordon Luikart, investi-gador da U.Porto e professor adjunto na Universidade de Montana, e Paulo Célio Alves, professor da Faculdade de Ciências e investigador no CI-BIO. A colaboração já resultou em projectos de investigação apoiados pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e pela Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT), e resultará noutros a submeter aos apoios da National Science Fou-dation (NSF) norte-americana. Por outro lado, esta colaboração envolve já diversos alunos de mestrado e de doutoramento. Os projectos de Investigação baseiam-se, essencial-mente, no desenvolvimento de mé-

todos moleculares para identificação de espécies a partir de amostras vestigiais, bem como na avaliação do modo de transmissão de parasitas e doenças emergentes em fauna selva-gem. Uma das acções que resultam desta parceria é um curso avançado sobre Análise de Dados em Genética da Conservação, organizado por Gor-don Luikart e Albano Beja-Pereira, em que participa um conjunto de internacionalmente reputados espe-cialistas nesta área. Após a primeira edição, em Setembro do ano passa-do, que decorreu nas instalações do CIBIO no Campus Agrário de Vairão e contou com cerca de 40 participantes de todo o mundo, este ano o curso decorrerá na Flathead Lake Biological Station, Montana, de 11 a 16 Setem-bro (mais informações em http://ci-bio.up.pt).Apesar de, numa fase inicial, incidir nas ciências biológicas, o acordo pode ainda alargar-se a outras áreas de interesse para as duas universi-dades.JC

ACORDO COM TEXAS ENVOLVE DOUTORAMENTOS

PARCERIAS COM A UNIVERSIDADE DE MONTANA

Lobo ibérico identificado através dos métodos do CIBIO (foto de Francisco Álvares).

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Queima das Fitas ao rubro, Porto, 1997. Michael Kaufmann, alemão de Berlim, estudava há alguns meses Ciências dos Computadores na Faculdade

de Ciências como estudante Erasmus. Veio à procura de um país diferente, “mais fora do vulgar” e “exótico”, se-gundo palavras suas, que conhecia mal, apenas das férias no Algarve e de uma passagem breve por Lisboa, zona onde quase fi cou a fazer Erasmus. Mas o campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, pa-receu-lhe pouco acolhedor e demasiado longe da cidade. Falaram-lhe no curso do Porto, cidade que não conhecia, mas que diziam ser acolhedora, com a vantagem de a uni-versidade se situar no interior da cidade. Era esse ambiente de cidade que procurava. Aventurou-se e, soube-o mais tar-de, acabou por não se arrepender.Nesses animados festejos da “Queima”, quando conversas e gestos se tornam mais soltos, Michael conhece Teresa, uma estudante de Inglês/Alemão na Faculdade de Letras. Terá sido “amor à primeira vista” contam os dois, hoje, sem qualquer dúvida, casados há dez anos. De tal modo que Teresa, com Erasmus previsto no ano lectivo seguinte para Estocolmo, passado pouco tempo tentava mudar a sua experiência europeia para a Freie Universität, em Berlim,

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O programa Erasmus constitui para muitos jovens a primeira ex-periência de interna-cionalização. Com as

difi culdades inerentes a viver num contexto dife-rente, há toda uma visão do mundo que se alarga

e portas que se abrem, em termos profi ssionais

e pessoais. A assinalar 20 anos do Erasmus,

aqui fi cam algumas his-tórias, relatos pessoais,

memórias, futuros que se abrem e laços que

se estabelecem. Quem faz Erasmus entra numa

grande família europeia.

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universidade da antiga Berlim Oriental, de onde provinha Michael. E conseguiu. No ano lectivo seguinte, Teresa fazia Erasmus e Michael concluía o seu curso, ambos na Freie Universität. O programa Erasmus, portanto, traçou-lhes o futuro. Sem ele não se tinham conhecido.A vida familiar decorre em Portugal, com escapadelas mensais a Berlim. Teresa achou que lá, com o curso de Inglês/Alemão, difi cilmente conseguiria emprego. Hoje,

com 31 anos, é professora de Inglês/Ale-mão em Santo Tirso. Michael, 33 anos, é técnico de informática e administra-dor de rede na Escola Paula Frassinetti, depois de uma passagem pela Caleida (gestora do portal www.aeiou.pt).

“Bichinho” de famíliaA família Dias, originária

de Braga, constitui um caso raro de gosto e fa-

cilidade em viajar, co-nhecer outras cul-

turas e países. Os pais, professores

no Liceu Sá de Miranda, cultivaram desde cedo essa aptidão que acabou por infl uenciar a maneira de ser e a actividade profi ssional de cada um. A família estava ligada à JovemCoop (Jovem Cooperante - Natureza/Cultura) de Braga e, desde cedo, começou a receber jovens estrangeiros por temporadas de 15 dias e os fi lhos também participaram nessas activida-des. Itália e Hungria, foram alguns destinos experimentados pelos jovens Dias, em alguns casos aproveitando o InterRail para conhecer ainda outros países para além desses. Os que iam primeiro incentivavam os restantes.São cinco irmãos. A começar pelos que nasceram primeiro, Carla, 33 anos, Pedro, 32, Vera, 30, Sílvia, 26 e António 24. Os rapazes seguiram Desporto e Educação Física. As raparigas Medicina. Todos, excepto Pedro, foram estudantes Erasmus. Carla, Vera e Sílvia chegaram a colaborar como voluntárias e representantes da U.Porto na organização que apoia a inte-gração dos estudantes estrangeiros Erasmus na U.Porto, hoje denominada ESN-Porto, secção da Erasmus Student Ne-twork International (ESN), que na universidade portuense já assumiu vários nomes ao longo dos anos. Carla, em 1997, foi pioneira na Faculdade de Medicina, ao realizar um estágio Erasmus no Academish Medisch Cen-trum, Universiteit van Amsterdam, Holanda, e fez parte do

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MichaelKaufmann

De pé, António Dias e Rui Tenreiro.Sentadas, as irmãs Sílvia, Vera e Carla Dias.

Page 12: UPorto Alumni #01

então denominado Centro de Relações In-ternacionais de Estudantes da Universidade do Porto (CRIEUP). Eram tempos em que, para se ser estudante Erasmus, desbravava-se caminho e surgiam obstáculos hoje quase inimagináveis, sendo que a falta de um siste-ma de equivalências de disciplinas concluídas no estrangeiro não era decerto o menor. As equivalências eram analisadas caso a caso e algumas disciplinas não podiam mesmo ser concluídas fora, como, por exemplo, Medici-na Comunitária.Vera esteve em Ghent, Bélgica, Sílvia em Catânia, Sicília, Itália, e António em Roma, Itália. Para além da extraordinária experiência pessoal, também houve o contacto com novas práticas profissionais e outros am-bientes, e até outras especialidades. As irmãs sublinham a excelente preparação que levavam da Faculdade de Medi-cina da U.Porto, a instituição onde todas se formaram. Mas a experiência Erasmus na família não se fica apenas pelos irmãos. O marido de Sílvia, Rui Tenreiro, 27 anos, fez Erasmus na Holanda, enquanto estudante da licencia-tura em Gestão e Engenharia Industrial da Faculdade de Engenharia da U.Porto.

António Dias – da Itália para o FCPO caso de António Dias, de Desporto e Educação Física, é paradigmático de como o Erasmus pode mudar vidas. An-tónio esteve em Itália e a experiência marcou-o bastante. As dificuldades iniciais, em encontrar casa, por exemplo, desmotivaram muitos, mas António persistiu e acabou por conseguir encontrar um espaço com a ajuda de duas italia-nas que estiveram em Portugal. Aprendeu italiano, entrou em várias equipas e torneios de desporto transalpinos. An-tónio cozinhou pratos de bacalhau para os colegas. Suas ir-mãs também divulgaram a gastronomia nacional. Sílvia deu a provar francesinha e leite-creme aos colegas estrangeiros; Carla preparou pratos de bacalhau e cabidela. “Quantas portas se terão aberto, a favor de Portugal, através da nossa influência?”, pergunta António.O paradigma de António tem a ver com importância que a sua experiência italiana acabou por ter em Portugal. Mal imaginava o jovem estudante de Desporto que, passado al-gum tempo de regressar, seria convidado para tradutor do treinador italiano Del Neri, em funções no Futebol Clu-be do Porto, naquele período. Para além de tradutor, deu apoio à estadia do italiano em Portugal, ajudando a família a encontrar casa, por exemplo. Del Neri queria-o como segundo preparador físico. Depois começou a fazer análise estatística de jogo. Quando Del Neri foi substituído por Couceiro, António manteve as mesmas funções. Com Co Adriensen começou a trabalhar na recuperação física dos jogadores, actividade que ainda hoje mantém.

Experiências que marcam“Que bom! já temos vinte anos de intercâmbios! Já temos vinte anos a mudar o modo de pensar europeu, a mudar as nossas vidas, o nosso modo de ver a Europa, o mundo e a vida!! ...”, comentava Tiago Fortuna, 32 anos, licenciado em Design de Comunicação pelas Belas Artes e estudan-te Erasmus em Norwich em 1998/1999, numa frase bem sugestiva do ambiente criado à volta da mobilidade estu-dantil. Os participantes procuram novas experiências de vida, diferentes ambientes de estudo e a possibilidade de alar-gar o seu conhecimento do mundo e na área do saber a que se dedicaram. Fora dos países de origem criam-se frequentemente novas amizades, laços fortes. Mas também se procuram oportunidades. Foi o caso de Carlos André de Oliveira, hoje doutorando na Faculdade de Engenharia, licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Compu-tadores pela FEUP e estudante Erasmus em 1999/2000, em Manchester, para quem o Erasmus “foi absolutamente essencial”. “Através do programa Erasmus participei numa Feira de Emprego organizada pela universidade que me acolheu e foi daí que resultaram duas propostas de empre-go, uma das quais aceitei”, afirma.O programa completa, este ano, o 20º aniversário em toda a Europa. A U.Porto também o assinalou com festejos que envolveram todos os estudantes Erasmus, actuais e ante-riores. O programa aprovado pela Comunidade Europeia, em 1987, constitui um importante meio para incentivar a mobilidade de estudantes no seu espaço. Em 1989, entre os estudantes Erasmus, começava a ser constituída a rede, baseada no voluntariado e no princípio “estudante ajuda estudante”.Tiago Fortuna, Carlos André de Oliveira, os irmãos Dias e o casal Kaufmann, todos eles mantêm laços de amizade com os elementos do Serviço de Relações Internacionais da U.Porto, ou com ex-colegas no estrangeiro, com quem lhes “deu a mão” em hora de dificuldade, prova da gratidão pelo trabalho desenvolvido e pela marca que deixou na vida de todos eles. Poder-se-ia dizer que há uma grande família Erasmus, sempre em expansão, que continua para além destas experiências de internacionalização.

10

505 estrangeiros estu-

dam na U.Porto, no âmbito do progra-

ma Erasmus.

100é o número de

estudantes espa-nhóis a estudar

na U.Porto. É de Espanha que vem

o maior número de alunos Erasmus. O país de origem que se encontra

em segundo lugar na tabela é a Itália,

com 86 estudantes.

515jovens da U.Porto estudam, durante

este ano lectivo, em países Eras-

mus.

140é o número de estudantes da

FEUP que estuda, pelo Erasmus, no

estrangeiro. A FEUP é a faculdade da

U.Porto que coloca mais estudantes

no estrangeiro, no âmbito deste

programa. A seguir vem a Faculdade de

Economia com 76.

3.000.000é o total de estu-

dantes nesta inicia-tiva de mobilidade,

com todos os paí-ses participantes, que consta da De-claração de Bolo-

nha como objectivo para 2012.

Os números do programa Erasmus em 2006/2007

Teresa eMichaelKaufmann

Page 13: UPorto Alumni #01

Em 1968, aquando da Queima das Fitas, resolvi concorrer aos Jogos Florais Júlio Dinis. Como obtive o primeiro lugar do Prémio Antó-nio Correia de Oliveira, modalidade Quadra Popular, lá fui recebê-lo no Salão Nobre da Faculdade de Letras, na altura sediada na antiga Faculdade de Medicina.Ao reler, recentemente, no falecido jornal O Comércio do Porto de 06/05/1968, a reportagem sobre a Queima das Fitas, veio-me à ideia contar no espaço “Estórias da Universidade”, da UPorto Alumni, o “espectáculo” que dei quando me dirigia à mesa para receber o referido prémio, fruto, creio, do “nervoso miudinho”. A mesa era presidida pelo Prof. Eng. Correia de Barros e dela faziam parte, igualmente, o Prof. Doutor Jayme Rios de Sousa, director da Faculdade de Ciências, que era meu professor de Análise Infi nitesimal, o Prof. Doutor Gonçalves de Azevedo, director da Faculdade de Medicina, e o Prof. Doutor António Cruz, da Faculdade de Letras.A entrega dos prémios foi feita após o intervalo que se seguiu à actuação do Orfeão Universitário, dirigido pelo maestro Gun-ter Arglebe, e o primeiro vencedor a ser proclamado fui eu.Pouco habituado que estava a receber prémios de uma mesa composta por tal elite, não reparei que a mesma estava colo-cada um degrau, ou dois, acima do soalho que pisava e fui de encontro ao(s) degraus(s) e, para não me estender ao com-prido, agarrei-me ao rebordo da secretária onde estavam os professores doutores. Dada a distância e a diferença de nível entre o chão e o piso superior onde a mesa se encontrava, fi quei naquela posição ridícula, a olhar de baixo para cima, com o pescoço estendido para o “Jaiminho” (como alcunhá-vamos o Prof. Jayme Rios de Sousa).Fosse pela posição escangalhada em que me encontrava, fos-se também por me ter reconhecido como seu aluno, pergun-tou-me: “Deseja alguma coisa?!”. Com toda a naturalidade, respondi: “ Julgo ter ouvido o meu nome para vir receber o primeiro prémio da quadra popular e, por isso, é que estou aqui”. Já não me recordo bem, mas julgo que o “Jaiminho” me disse: “Suba e dirija-se ao senhor reitor”.No ano seguinte voltei a concorrer, tendo-me sido atribuída uma menção honrosa. Mas, pelo sim, pelo não, não fui à ceri-mónia de entrega, acautelando-me, não acontecesse o mesmo, ou pior, isto é, ser imagem de um quadro a preto e branco intitulado “Deseja alguma coisa?!”.

ESTÓRIAS

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Page 14: UPorto Alumni #01

ESTUDANTEDA FADEUP NOEUROPEUDE GINÁSTICA

O Campeonato da Europa de Gi-nástica, este ano realizado em

Amesterdão, em Abril, contou com a presença do ginasta Manuel Campos, estudante do 5º ano da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), e do seu treinador, Ma-nuel Pastor Costa, também licencia-do pela FADEUP. Nas classifi cações, Manuel Campos foi apurado para as fi nais dos 24 me-lhores, tendo terminado a prova num excelente 6º lugar, a um décimo do 5º posto. Este atleta tem vindo a preparar-se para o Campeonato do Mundo da Alemanha, competição a partir da qual se poderá classifi car para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

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FLUP ENTREGAMEDALHAS DE OURO

A Faculdade de Letras da U.Porto entregou a Medalha de Ouro da

FLUP a Fernanda Irene da Fonse-ca, no dia 25 de Maio, e cinco dias depois, a 30, aos professores Cândi-do dos Santos, Eugénio dos Santos e Francisco Ribeiro da Silva. A primei-ra cerimónia teve lugar após o en-cerramento do colóquio “O Fascínio da Linguagem”, no qual a faculdade prestou homenagem à referida pro-fessora e investigadora. No dia 30 de Maio, o Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da FLUP promoveu, em homenagem a Eugénio dos San-tos, um encontro científi co subordi-nado ao tema “Biografi as Régias”.

A edição de 2007 do Grande Pré-mio EDP distinguiu a carreira

artística de Eduardo Batarda, profes-sor de Pintura da Faculdade de Be-las Artes da U.Porto desde 1976. O galardão, no valor de 35 mil euros, distinguiu um “espírito iconoclasta e revolucionário”, afi rmou o presiden-te da EDP e do júri, António Mexia, durante o anúncio do artista vence-dor. Já o crítico de arte e consultor da Fundação EDP, João Pinharanda,

sublinhou a “cultura global e visu-al muito profunda, e uma obra

que é imensamente complexa, com leituras de segundo e terceiro grau” de um ho-mem cujos interesses vão “da literatura à fi losofi a, da estética à arte antiga”.

O professor do Departamen-to de Patologia e Imunologia

Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da U.Porto (ICBAS) e director do Serviço de Anatomia Patológica do Instituto Português de Oncologia do Porto, Rui Henrique, foi, em Maio, distin-guido com o Prémio Bluepharma pela sua tese de doutoramento so-bre “A Heterogeneidade do Cancro da Próstata: Impacto das Alterações Genéticas e Epigenéticas no Diag-nóstico e Prognóstico”, defendida em 2006 na U.Porto. O premiado recebeu uma bolsa no valor de 10 mil euros, atribuída pela Bluepharma com o apoio do BES.

PRÉMIO EDP PARA EDUARDO BATARDA

PRÉMIOBLUEPHARMAPARA ICBAS

Page 15: UPorto Alumni #01

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Estudante do 5º ano do curso de Engenharia Electrotécnica e de

Computadores da FEUP, Joaquim Videira conquistou a sua primeira medalha de ouro da Taça do Mundo em Espada, ao vencer o Torneio de Sydney, décima prova do circuito da época. O estudante da FEUP bateu, na final, o japonês Shunsuke Saka por 15-8. Este foi o segundo pódio con-secutivo de Joaquim Videira, depois de ter alcançado o bronze no Tor-neio de Monal (realizado em Paris), duas semanas antes, quando subiu do 14.º para o 8º. lugar do ranking mundial de Espada. Agora deverá as-cender ao 6.º lugar do classificação internacional. Joaquim Videira é o actual vice-cam-peão mundial de Espada e está no Projecto Olímpico para Pequim’2008 com o nível 1, o mais elevado.

ESTUDANTE DA FEUP ENTRA NO TOP 10 DO RANKINGMUNDIALDE ESPADA

Por ocasião da sua jubilação, a Fa-culdade de Medicina da Univer-

sidade do Porto homenageou Luís de Almeida, professor catedrático e director do Serviço de Ortopedia e Traumatologia da FMUP. O tributo a este docente teve lugar no dia 25 de Maio, com a apresentação da última lição do professor, na Aula Magna.

Isabel Alonso, investigadora do Ins-tituto de Biologia Molecular e

Celular (IBMC), recebeu o 1º Pré-mio CGC Prof. Doutor Amândio Tavares FWA. Lançado pelo Centro de Genética Clínica, este galardão ibérico distingue projectos de inves-tigação na área da Genética Médica e tem um valor pecuniário de 10.000 euros. O prémio consagrou a relevância científica da tese de doutoramento de Isabel Alonso, “Genética Mole-cular e Mecanismo Patogénico nas Ataxias Dominantes”. Trata-se de uma investigação sobre as ataxias es-pinocerebelosas, um grupo de doen-ças neurológicas caracterizadas pela degenerescência progressiva do ce-rebelo.

IBMC NOVAMENTE PREMIADO

HOMENAGEM A LUÍS DE ALMEIDA

PRÉMIOS PARAINVESTIGAÇÃO

Maria de Sousa, professora ca-tedrática do Instituto de Ci-

ências Biomédicas Abel Salazar, in-vestigadora do Instituto de Biologia Molecular e Celular da U.Porto e coordenadora da Divisão de Gené-tica Humana e Doenças Genéticas, foi agraciada com o Prémio Seiva, em Maio.Já Patrícia Castro, investigadora do Ins-tituto de Patologia e Imunologia Mo-lecular da U.Porto, foi distinguida com o Prémio Sérgio Vidal da Universidade de Compostela, enquanto Pedro Leal Ribeiro, professor da Faculdade de En-genharia da U.Porto, recebeu o Pré-mio Jovem Investigador em Mecânica Aplicada e Computacional.

Page 16: UPorto Alumni #01

Equipa: oito investigadores do Instituto de Ciências Biomédi-cas Abel Salazar (ICBAS) e do

Instituto de Biologia Molecular e Ce-lular (IBMC), todos eles da U.Porto, em “aliança” com o Instituto Pasteur de Paris. Logística: microscópios, tu-bos de ensaio, lupas, entre outros. Alvo: bactéria Streptococcus agalactiae, principal causadora de meningite em recém-nas-cidos. Missão: eliminar o alvo através do desenvolvimento de uma vacina a ser administrada às mães. As palavras parecem saídas de um jogo de estratégia de guerra, mas é pela saú-

de que Paula Ferreira, Manuel Vilanova, Delfi na Tavares (investigadores seniores), e os “juniores” Pedro Madurei-ra, Liliana Oliveira, Elva Bonifácio e Vanessa Magalhães (todos alunos de doutoramento), com o apoio de Adilia Ribeiro (técnica), travam, diariamente, no Laboratório de Imunologia Mário Arala Chaves, no ICBAS, o combate

contra a meningite estreptocócica.Assim se apresenta uma doença transmitida de mães infectadas para fi lhos, principalmente durante o parto,

no momento em que o bebé ingere o líquido am-niótico. Por entre os termos comple-xos que ecoam diariamente nas paredes do ICBAS, a equipa

– que conta ainda com o francês Patrick Trieu-Cuot, do Instituto Pasteur de Paris – descobriu a forma de impedir a transmissão da bactéria que provoca a doença. “A nossa descoberta começou com a constatação de que o Streptococcus agalactiae liberta para o meio de cultura uma proteína (Gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase – GA-PDH) que condiciona o sistema imune do hospedeiro, evitando que este desenvolva uma resposta imune capaz de eliminar o microrganismo”, explica Paula Ferreira, coorde-nadora do grupo que trabalha, desde 2004, sobre as bases dos estudos de Mário Arala Chaves, professor do ICBAS (falecido no ano 2000) que, na década de 80, já preconiza-va a capacidade de certos agentes patogénicos produzirem proteínas que facilitavam a colonização do hospedeiro pelo micróbio que as produz. Descoberta a “táctica” da GAPDH na colonização por Streptococcus agalactiae, cuja descrição mereceu honras de publicação no conceituado The Journal of Immunology (pu-blicação científi ca norte-americana), o desafi o que se segue para a equipa de investigadores passa por neutralizar a bac-téria. Para tal, “queremos desenvolver uma vacina que vai induzir no organismo a produção de anticorpos que irão neutralizar a proteína GAPDH, impedindo deste modo a colonização da Streptococcus agalactiae, causadora de meningite”, ex-plica Paula Ferreira, para logo lançar as bases da ofensiva. “Há já algumas

vacinas para este agente mas são

INVESTIGAR

Uma equipa de investi-gadores da U.Porto des-

cobriu como impedir a transmissão, a partir de

mães infectadas, de uma bactéria causadora de meningite em recém-

-nascidos. A investigação desenvolvida em roedo-res pode ser o primeiro passo para o desenvol-vimento de uma vacina

contra a doença.

Page 17: UPorto Alumni #01

contra um determinado serotipo da bactéria, ou seja, se a mãe possuir outro serotipo, o recém-nascido não está pro-tegido. O que nós pretendemos com a nossa estratégia é utilizar um antigénio comum a todos os serotipos, ou seja, tentar arranjar uma vacina universal”.Mas se a palavra “meningite” gera, por si só, preocupação, a meningite estreptocócica está bem longe do senso comum e ainda mais longe de fazer parte da realidade portuguesa. “Esta é conhecida como a meningite nos recém-nascidos e o que se sabe é que o Streptococcus agalactiae é o principal agente para este tipo de meningite. Não é tão vulgar como aquela a que as pessoas estão habituadas a ouvir”, alerta Paula Ferreira sobre uma doença “não muito valorizada ainda em Portugal, não havendo, por exemplo, nenhum estudo estatís-tico sobre a incidência deste agente em recém-nascidos”.Menos vulgar, mas nem por isso menos perigosa, a me-ningite estreptocócica já é tratada através de antibióticos. Tratamento que não impede, contudo, “uma elevada taxa de mortalidade entre os recém-nascidos” infectados, sendo que, dos que sobrevivem, um quarto sofre sequelas neuro-lógicas permanentes, como atrasos cognitivos, cegueira e surdez. E os perigos não se fi cam por aí. “O que acontece é que esta bactéria, o Streptococcus agalactiae, além da menin-gite, pode provocar pneumonias e septicemias em recém-nascido”, acrescenta Paula Ferreira, na hora de apontar as baterias a um “inimigo” declarado dos bebés, mas não só, uma vez que “a bactéria está presente em cerca de 40% dos

adultos saudáveis e pode provocar

infecções em adultos imunocomprometidos, nome-adamente nos idosos”.Dados preocupantes que reforçam a urgência do combate que tem lugar no ICBAS. O certo é que, mais de 20 anos depois das primeiras descobertas de Mário Arala Chaves, são ainda muitas as bata-lhas a travar. “Tudo isto vai demorar muito tempo. Nesta fase ainda estamos em ensaios experimentais em que utilizamos o ratinho como modelo”, alerta Paula Ferreira, perspectivando um caminho que “in-felizmente ainda é longo”, mas cujos resultados são “muito encorajadores, muito promissores mesmo”. E se o optimismo é nota dominante nos corredores do ICBAS, o mesmo se justifi ca pelo facto do nú-cleo duro da equipa estar perto de criar uma vacina contra a cárie dentária, usando uma “estratégia em tudo se-melhante à utilizada com a Streptococcus agalactiae”, embora neste caso o estudo esteja numa “fase mais avançada”. Um caminho de sucesso que a equipa pretende percorrer, igualmente, num trabalho cuja patente nacional já foi sub-metida através da U.Porto (UPIN), em Março de 2006. Os próximos capítulos decorrem nos laboratórios da U.Porto, palco diário da “guerra” contra a “meningite dos recém-nascidos”.

15

A investigação desenvolvida em roedores pode ser o primeiro passo para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença.

TIA

GO

RE

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Page 18: UPorto Alumni #01

16

PORTO, CIDADE, REGIÃO

Se há imagem de rios poluídos, o Leça é um desses casos. Ao Leça, as pessoas foram virando as costas e, assim, entrou no esquecimento, como lixo que se

tenta esconder debaixo do tapete, mas, claro, não se eli-mina. Porém, nos últimos anos, um paciente trabalho de sensibilização e controlo dos focos de poluição tem vin-do a contribuir para alterar esta imagem de degradação. A imagem negativa demora a inverter e ainda poucos sabem que o Leça não é apenas o rio que aparenta no troço fi nal. Por aí acima, até à nascente, em Monte do Redundo (en-tre os concelhos de Lousada e Santo Tirso), ainda há Leça vivo que pode trazer esperança ao restante rio. A tarefa exige, portanto, um trabalho continuado e persistente, um melhor conhecimento do estado do rio e articulação de esforços. É esse trabalho que se pretende potenciar com um novo projecto em que entra a U.Porto.A proposta agora é começar a olhar o Leça de frente. É nesse sentido que surge o projecto “Corrente Rio Leça – Limpo por Todos, Limpo para Todos”, uma parceria entre várias entidades, onde participam as Faculdade de Ciências e de Engenharia da Universidade do Porto. O desafi o foi lançado por Valongo, município atravessado pelo rio Ferreira, ainda de aspecto belo e íntegro no troço que divide as serras de Santa Justa e Pias, que, para divul-gar e preservar o património geológico e natural daquela primeira serra, promove o Parque Paleozóico de Valongo. O esforço fi nanceiro é, em grande parte, suportado por privados, contrariando a lógica habitual do predomínio do fi nanciamento público neste tipo de projectos.

Momento favorávelAs entidades unem esforços em prol da despoluição do Leça, para já, no que ao concelho de Valongo diz respeito, ou seja, cerca de 25% do curso total. O projecto decorrerá ao longo de três anos e, como sublinham Paulo Monteiro e Nuno Formigo, respectivamente representantes da FEUP e FCUP na parceria constituída, ainda não prevê a total recuperação do rio. Para uma recuperação total, seria necessário, por exemplo, que o projecto abrangesse todo o curso do rio. Às críticas dos cépticos que desvalorizam o trabalho programa-do por se cingir apenas ao percur-so no concelho de Valongo, os técnicos e investigadores con-

Várias entidades unem esforços em prol da des-poluição do rio Leça, no concelho de Valongo. As Faculdades de Engenharia e Ciências participam. Apesar de representar apenas 25% do curso total, o projecto prevê um trabalho fundamental para a recuperação total do rio e avançará agora aproveitando uma “janela de oportunidade”. O projecto “Corrente Leça” poderá constituir-se mesmo como um primeiro passo, um sinal, para começar a olhar de frente para o Leça.

JOÃ

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trapõem a necessidade de “um trabalho de casa” que teria de ser feito em qualquer circunstância e avançará agora, aproveitando um momento favorável. A recente transposição para o direito nacional da Directiva Quadro da Água, que introduz o conceito de avaliação do estado ecológico de um curso de água – muito para além do controlo de poluição que existia na legislação an-terior em Portugal – e aprofunda o conceito de gestão de bacia hidrográfi ca, surge como pano de fundo inspirador do projecto, atribuindo-lhe sentido jurídico. Ao longo de três anos, o projecto envolverá a limpeza das margens, ac-ções de educação ambiental, uma análise pormenorizada das fontes de poluição, avaliação das redes de saneamento e recolha de águas pluviais existentes e, na sequência disso, a apresentação de propostas para melhorar a efi cácia das soluções existentes.O estado do rio não é tão mau como muitos pensam. É verdade que o troço fi nal, em Matosinhos, após quase 47 quilómetros desde a nascente, está transformado no porto de Leixões, com as actividades que lhe estão inerentes e tornam complexo o controlo de poluição nessa zona. Ao longo de grande parte do percurso das águas, nomeada-mente em zonas do concelho de Valongo, como Ermesin-de, o lixo acumulou-se e acumula-se. Por isso, o projecto “Corrente Rio Leça” arrancou, a 29 de Abril, com uma acção de limpeza das margens entre a Ponte da Travagem e o limite entre o concelho de Valongo e o da Maia, perto da rotunda do MaiaShopping. A 19 de Maio houve outra acção de limpeza no troço fi nal do rio, dentro do conce-lho de Valongo (freguesia de Ermesinde). O investigador e professor da FEUP, Paulo Monteiro, considera o estado do rio “bastante bom” à entrada do concelho de Valongo, em Portal do Ribeiro, perto do limite com Santo Tirso, local onde a densidade populacional é menor e onde o rio per-corre parcelas agrícolas e existe alguma vegetação natural nas margens, factor que contribui para a boa qualidade da água e é importante em termos do estado ecológico do rio. Aí, o curso do Leça tem alguma vivacidade e quase faz lembrar um rio moço, de montanha.

Arestas importantes a limarNos pontos de amostragem mais à frente no rio, o investi-gador da U.Porto alerta para a qualidade da água “aquém do que seria expectável”, face aos 96% de taxa de cober-tura de saneamento no concelho de Valongo. No troço fi -

nal, zona de Ermesinde, para onde se prevê a instalação de um parque de merendas, é já notória alguma degradação da qualidade da água. Noutros pontos mais a jusante, haverá, segundo os investigadores da U.Porto, pon-

tos de descarga de águas residuais não tratadas. Um deles foi mesmo observa-

do noutro ponto de Ermesinde, durante uma visita no dia 16 de Maio, o que evidencia a existência de descargas ainda não identifi cadas até agora. Mais uma razão para avançar com o projecto que tem como um dos objectivos chegar a um conhecimento mais aprofundado do estado ecológico do rio naquele conce-lho e passará, necessariamente, por “modelar os níveis de poluição ao longo do ano, tendo em conta a variação do caudal”, explica Pau-lo Monteiro. É muito importante, considera ainda, acompanhar a situação no terreno e re-colher os dados directamente, como demons-trou o projecto de despoluição do rio Douro, “Douro Regressa às Origens”, que analisou parâmetros bacteriológicos e foi coordenado por Adriano Bordalo e Sá, do Instituto de Ci-ências Biomédicas Abel Salazar da Universi-dade do Porto. A experiência adquirida com a colaboração da equipa coordenada por Nuno Formigo na preparação da implementação da Directiva Quadro da Água nas bacias hidro-gráfi cas do Noroeste de Portugal será um dos dados importantes neste projecto.O troço do Leça em Valongo foi dividido em nove pontos de amostragem, onde a Águas de Valongo tem vindo a realizar trabalho de controlo, e estes serão usados no plano de monitorização do “Corrente Rio Leça”. As unidades industriais preenchem relatórios de autocontrolo dos efl uentes que produzem e essas actividades têm vindo a ser acompanha-das. Quando são detectadas irregularidades, estas são resolvidas em contacto com as em-presas e, sempre que possível, usando o sistema de saneamento existente. A poluição é hoje, tendencialmente, de natureza urbana.A primeira fase do projecto envolverá a mo-nitorização da qualidade da água, a limpeza das margens, bem como a resolução de pro-blemas na rede de saneamento, nomeadamen-te ligações ilegais, e de drenagem de águas pluviais. Como explicam os professores da U.Porto, trata-se da resolução de “pequenos problemas”, mas com grande impacte em ter-mos da qualidade da água. O projecto incluirá também uma componente de educação am-biental, com equipas disponibilizadas através do Instituto de Emprego e Formação Profi s-sional, que procurarão situações de descarga ainda não identifi cadas, farão visitas e aconse-lhamento junto dos moradores.

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gador da U.Porto alerta para a qualidade da água “aquém do que seria expectável”, face aos 96% de taxa de cober-tura de saneamento no concelho de Valongo. No troço fi -

nal, zona de Ermesinde, para onde se prevê a instalação de um parque de merendas, é já notória alguma degradação da qualidade da água. Noutros pontos mais a jusante, haverá, segundo os investigadores da U.Porto, pon-

tos de descarga de águas residuais não tratadas. Um deles foi mesmo observa-

Uniãode esforços

O projecto “Corrente Rio Leça – Limpo por Todos, Limpo para Todos” resul-ta de um acordo assinado entre as faculdades de Engenharia e de Ciências da Universidade do Por-to, a Câmara Municipal de Valongo, a Comissão de Coordenação e De-senvolvimento da Região Norte (CCDRN), o grupo Veolia (através da Águas de Valongo), as Juntas de Freguesia de Alfena e Ermesinde, a 6ª Comissão de Fiscalização da Con-cessão da Exploração e Gestão dos Sistemas de Abastecimento de Água para Consumo Público e de Recolha, Tratamento e Rejeição de Efl uentes do Concelho de Valongo, a LIPOR, a DECO, a Quer-cus e a Associação dos Amigos do Rio Leça (AMI-LEÇA). Entre os patroci-nadores estão a Norlabor e a Fundação Vodafone e os apoios são garantidos pela EcoAmbiente, EP Construções, Meinorte-Outdoor e ForeverNet.

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Faculdade de ArquitecturaVia Panorâmica S/N • 4150-755 Porto • Tlf: +351 226 057 100 • Fax: +351 226 057 199 • www.fa.up.pt

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A FAUP colabora ainda na organi-zação do curso de Mestrado em Planeamento e Projecto do Am-biente Urbano (sede na FEUP).

Faculdade de Belas Artes Av. Rodrigues de Freitas, 265 • 4049-021 Porto • Tlf: +351 225 192 400 • Fax: +351 225 367 036 • www.fba.up.pt

2º Ciclo / Mestrado em Artee Design para Espaço PúblicoDuração: 2 anos lectivos • Candi-daturas: 23 a 28 de Julho • Vagas: 20 • Coorden.: Prof.ª Doutora Ga-briela Vaz Pinheiro • Info: 22 519 24 27 • [email protected] • Propina: €1600

2º Ciclo / Mestrado em Dese-nho e Técnicas de ImpressãoDuração: 2 anos lectivos • Candi-daturas: 23 a 28 de Julho • Vagas: 20 • Coorden.: Prof. Pintor Mário Bismarck • Info: 22 519 24 27 • [email protected] • Propi-na: €1600 2º Ciclo / Mestrado em Design da ImagemDuração: 2 anos lectivos • Can-didaturas: 23 a 28 de Julho • Va-gas: 20 • Coorden.: Prof. Doutor Heitor Alvelos • Info: 225192427 • [email protected] • Propina: €1600

2º Ciclo / Mestradoem EsculturaDuração: 2 anos lectivos • Candi-daturas: 23 a 28 de Julho • Vagas: 20 • Coorden.: Prof. Escultor Car-los Barreira • Info: 22 519 24 27 • [email protected] • Pro-pina: €1600

2º Ciclo / Mestrado em Estudos Artísticos (especializaçãoem Estudos Museológicose Curadoriais)Duração: 2 anos lectivos • Candi-

daturas: 23 a 28 de Julho • Vagas: 20 • Coorden.: Prof.ª Doutora Lú-cia Almeida Matos • Info: 22 519 24 27 • [email protected] • Propina: €1600

2º Ciclo / Mestrado em Estudos Artísticos (Especialização em Teoria e Crítica da Arte) Dura-ção: 2 anos lectivos • Candidatu-ras: 23 a 28 de Julho • Vagas: 20 • Coorden.: Prof.ª Doutora Lúcia Almeida Matos • Info: 22 519 24 27 • [email protected] • Propina: €1600 2º Ciclo / Mestrado em PinturaDuração: 2 anos lectivos • Candi-daturas: 23 a 28 de Julho • Vagas: 20 • Coorden.: Prof. Doutor Antó-nio Quadros Ferreira • Info: 22 519 24 27 • [email protected] • Propina: €1600

2º Ciclo / Mestrado em Prática e Teoria do DesenhoDuração: 2 anos lectivos • Candi-daturas: 23 a 28 de Julho • Vagas: 20 • Coorden.: Prof. Pintor Mário Bismarck • Info: 22 519 24 27 • [email protected] • Propi-na: €1600

A FBAUP colabora ainda na orga-nização dos seguintes cursos: 2º Ciclo / Mestrado em Multimédia (sede na FEUP) e 2º Ciclo / Mes-trado em Ensino de Artes Visuais (sede na FPCEUP).

Faculdade de Ciências Rua Campo Alegre, 823 • 4150-180 Porto • Tlf: +351 226 075 507 • Fax: +351 226 003 654 • www.fc.up.pt

2º Ciclo / Mestradoem AstronomiaDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 12 • Horário: Regime Diurno • Co-orden.: Prof. Doutor Mário João Monteiro • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Biodi-versidade, Genética e EvoluçãoDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 15 • Horário: Regime Diurno • Co-orden.: Prof. Doutor Nuno Ferrand de Almeida • Info: 223401403 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em BiologiaDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 40 • Horário: Regime Diurno • Co-orden.: Prof. Doutor José Joaquim Pissarra • Info: 22 340 14 03;[email protected]

2º Ciclo / Mestradoem Biologia e Gestãoda Qualidade da ÁguaDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 15 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof.ª Doutora Maria da Natividade Ribeiro Vieira • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestradoem BioquímicaOrganização: FCUP e ICBAS • Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 70 • Horário: Regime Diurno • Co-orden.: Prof.ª Doutora Maria João Ramos • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Ciência de ComputadoresDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Va-gas: 60 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof.ª Doutora Sabine Broda • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Ciên-cias do Consumo e NutriçãoOrganização: FCUP e FCNAUP Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 24 • Horário: Sextas-feiras (10h às 13h e das 14h às 18h) e sába-dos (9h às 13h) • Coorden.: Prof. Doutor Luís Miguel Cunha • Info: 22 340 14 03 / 22 266 04 25 • [email protected][email protected] • Propina: 2.140 € (Total)

2º Ciclo / Mestrado em Ciên-cias e Tecnologia do AmbienteDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 65 • Horário: Regime Diurno • Co-orden.: Prof.ª Doutora Maria Tere-sa Vasconcelos • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado emEcologia, Ambiente e TerritórioDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 40 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Francisco Barreto Caldas • Info: 223401403 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Engenharia Geográfica Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 30 • Horário: Regime Diurno • Co-orden.: Prof. Doutor José Alberto Gonçalves • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Engenharia MatemáticaDuração: 2 anos • Candidaturas:

18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 15 • Horário: Regime Diurno • Co-orden.: Prof.ª Doutora Maria Car-valho • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado emEnsino de Biologia e Geologia(aguarda aprovação da adequa-ção a Bolonha) Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Horário: Regime Diur-no • Info: 22 340 14 03 • [email protected] 2º Ciclo / Mestrado emEnsino da Física e da Química(aguarda aprovação da adequa-ção a Bolonha) Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Horário: Regime Diur-no • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestradoem Ensino da Matemática(aguarda aprovação da ade-quação a Bolonha) Duração: 2 anos • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo/ Mestrado em FísicaDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 20 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Abílio Al-meida • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Física MédicaDuração: 2 anos • Candidatu-ras: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 10 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Joaquim Agostinho • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Fisiologia Molecular e PlantasOrganização: FCUP e Universida-de do Minho • Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 20 • Horá-rio: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor José Joaquim Pis-sarra • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestradoem Genética ForenseDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 12 • Horário: Regime Diurno • Co-orden.: Prof. Doutor António Amo-rim dos Santos • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Geoma-teriais e Recursos GeológicosOrganização: FCUP e Universida-de de Aveiro • Duração: 2 anos •

FORMAÇÃO PÓS-GRADUADA

DA UNIVERSIDADEDO PORTO

OFERTAPÓS-GRADUADA

DA UNIVERSIDADEDO PORTO COMCANDIDATURAS

ENTREJUNHO E

SETEMBRO

AtençãoOs valores das propinas

podem sofrer alterações. O período de candidatu-

ra é, em muitos casos, alargado e noutros são criadas segundas fases

de candidaturas.

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Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 25 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof.ª Doutora Maria Manue-la Marques • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em MatemáticaDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 40 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof.ª Douto-ra Isabel Labouriau • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Modelação, Análise e Optimização de Processos IndustriaisDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 30 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Gueorgui Smirnov • Info: 223 401403 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Química Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 90 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof.ª Douto-ra Maria das Dores Ribeiro da Silva • Info: 22 3401403 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Recursos Biológicos AquáticosDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 15 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Aires Oliva Teles • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Sistemas de Informação GeográficaDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 20 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor André Marçal • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Tecnologia, Ciência e Segurança Alimentar Organização: FCUP e Universidade do Minho • Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 6 de Julho • Vagas: 16 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Victor Freitas • Info: 22 3401403 • [email protected]

3º Ciclo / Programa de Doutoramento em Astronomia Duração: 3 anos • Candidaturas: 11 de Junho a 16 de Julho • Vagas: 4 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof.ª Douto-ra Maria Teresa Lago • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

3º Ciclo / Programa de Doutoramen-to em Consumo Alimentar e Nutrição Organização: FCUP e FCNAUP • Dura-ção: 3 anos • Candidaturas: Setembro • Vagas: 12 • Horário: Regime Diurno (sextas todo o dia e sábados de manhã) • Coorden.: Prof. Doutor Luís Cunha e Prof.ª Doutora Maria Daniel Vaz de Almeida • Info: 22 340 14 03 • 22 266 04 25 • [email protected][email protected] • Propina: €2500 /ano

3º Ciclo / Programade Doutoramento em GeociênciasOrganização: FCUP e Universidade de Aveiro • Duração: 3 anos • Candida-turas: 1 a 20 de Setembro • Vagas: 25 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Fernando Noronha (FCUP) e Prof. Doutor Eduardo Anselmo Ferreira e Silva (UA) • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

3º Ciclo / Programade Doutoramento em QuímicaDuração: 3 anos • Vagas: 25 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Manuel João Monte • Info: 22 340 14 03 • [email protected] 3º Ciclo / Programa de Doutoramento em Química Sustentável (aguarda aprovação da adequação a Bolonha) • Organização: FCUP, FFUP, ICBAS e Universidade Nova de Lisboa • Duração: 3 anos • Info: 22 340 14 03 • [email protected] 3º Ciclo / Programa Inter-Universitá-rio de Doutoramento em MatemáticaOrganização: FCUP e Universidade de Coimbra • Duração: 8 semestres • Can-didaturas: 1 a 30 de Junho • Vagas: 20 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Jorge Almeida • Info: 22 340 14 03 • [email protected]

A FCUP colabora ainda na organização dos seguintes cursos: 2º Ciclo / Mestrado em Ciências Forenses (sede na FMUP), 2º Ciclo / Mestrado em Contaminação e Toxicologia Ambientais (sede no ICBAS), Mestrado em Métodos Computacionais em Ciências de Engenharia (sede na FEUP), 2º Ciclo / Mestrado em Multimédia (sede na FEUP), 3º Ciclo / Doutoramento em Ciências do Mar e do Ambiente (sede no ICBAS), 3º Ciclo / Doutoramento em Ciências Forenses (sede na FMUP), 3º Ci-clo / Doutoramento em Informática (sede na FEUP), 3º Ciclo / Doutoramento em Telecomunicações (sede na FEUP).

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação Rua Dr. Roberto Frias • 4200-465 Porto • Tlf: +351 225 074 320 • Fax: +351 225 074 329 • www.fcna.up.pt

2º Ciclo / Mestradoem Alimentação ColectivaDuração: 3 semestres • Candidaturas: 27 de Agosto a 8 de Setembro 2007 • Horá-rio: Regime pós-laboral • Coorden.: Prof.ª Doutora Ada Rocha • Info: 22 507 43 20 • [email protected] A FCNAUP colabora ainda na organi-zação dos seguintes cursos: 2a Ciclo / Mestrado em Ciências do Consumo e Nutrição (sede na FCUP), 3º Ciclo / Dou-toramento em Consumo Alimentar e Nu-trição (sede na FCUP).

Faculdade de DesportoRua Dr. Plácido Costa, 91 • 4200-450 Porto • Tlf: +351 225 074 700 • Fax: +351 225 500 689 • www.fade.up.pt

2º Ciclo / Mestrado em Actividade Física AdaptadaDuração: 4+2 semestres • Candidatu-ras: 2 a 22 de Junho • Vagas: 25 • Ho-rário: Regime diurno (sextas-feiras todo o dia e sábados de manhã) • Coorden.: Prof.ª Doutora Maria Adília Silva • Info: [email protected] • Propina: € 1500 /ano

2º Ciclo / Mestradoem Actividade Física e SaúdeDuração: 4+3 semestres • Candidatu-ras: 4 a 22 de Junho • Vagas: 25 • Ho-rário: Regime diurno • Coorden.: Prof. Doutor Jorge Mota • Info: 225074785 • [email protected] • Propina: € 1500/ano

2º Ciclo / Mestrado em ActividadeFísica para a Terceira IdadeDuração: 4+2 semestres • Candidaturas: 4 a 22 de Junho • Vagas: 25 • Horário: Regime intensivo 1 semana /mês • Coor-den.: Prof. Doutor Jorge Mota • Info: 22 507 47 85 • [email protected] • Propi-na:€1500 ano

2º Ciclo / Mestrado em Desportopara Crianças e JovensCandidaturas: 2 a 22 de Junho • Vagas: 25 • Horário: Regime intensivo 1 semana /mês • Coorden.: Prof.ª Doutora Paula Botelho Gomes • Info: [email protected] • Propina: €1500/ano

2º Ciclo / Mestradoem Gestão DesportivaDuração: 4 + 2 semestres • Candida-turas: 4 a 22 de Junho • Vagas: 25 • Horário: Regime Intensivo (sexta-feira e sábado) • Coordenador: Prof. Doutor José Pedro Sarmento • Info: 22 507 47 16 • [email protected] • Propina: €1500/ano

2º Ciclo / Mestrado em Treino de Alto Rendimento DesportivoCandidaturas: 4 a 22 de Junho • Vagas: 25 • Horário: Regime Intensivo 1 sema-na / mês • Coorden.: Prof. Doutor João Paulo Vilas Boas • Info: [email protected] • Propina: €1500/ano

2º Ciclo / Mestradoem Desenvolvimento MotorDuração: 4 + 2 semestres • Candidatu-ras: 4 a 22 de Junho • Vagas: 25 • Horá-rio: Regime pós-laboral • Coorden.: Prof. Doutor José Maia • Info: 22 507 47 89 • [email protected] • Propina: € 1500/ano

Faculdade de Direito Rua dos Bragas, 223 • 4050-123 Porto • Tlf: +351 222 041 600 • Fax: +351 222 041 614 • www.fd.up.pt

Pós-graduação em Direito FiscalDuração: 1 ano • Candidaturas: Julho a Setembro • Vagas: 30 • Coorden.: Prof.ª

Doutora Glória Teixeira • Info: 22 204 16 74 • [email protected] • Propina: €2285

Pós-graduação em Direitodas Autarquias Locais e UrbanismoDuração: 1 ano • Candidaturas: Julho a Setembro • Vagas: 25 • Coorden.: Prof. Doutor Colaço Antunes • Info: 222041674 • [email protected]

A FDUP colabora ainda na organização dos seguintes cursos: 2º Ciclo / Mestrado em Ciências Forenses (sede na FMUP), 3º Ciclo / Doutoramento em Ciências Foren-ses (sede na FMUP).

Faculdade de Economia Rua Dr. Roberto Frias, s/n • 4200-464 Porto • Tlf: +351 225 571 100 • Fax: +351 225 505 050 • www.fep.up.pt

Mestrado em EconomiaDuração: 2 anos • Candidaturas: Até 15 de Junho • Vagas: 30 • Horário: Pós-laboral • Coorden.: Prof. Doutor Manuel M. F. Martins • Info: 22 557 11 70 • [email protected] • Propina: € 3450

Mestrado em Análise de Dadose Sistemas de Apoio à DecisãoDuração: 2 anos • Candidaturas: 14 de Maio a 8 de Junho • Vagas: 30 • Horá-rio: Pós-laboral • Coorden.: Prof. Doutor Alípio Mário Jorge • Info: 22 557 11 70 • [email protected] • Propina: € 2750

Mestrado em FinançasDuração: 1 ano • Candidaturas: 14 de Maio a 8 de Junho • Vagas: 30 • Horá-rio: Pós-laboral • Coorden.: Prof. Doutor Manuel de Oliveira Marques • Info: 22 557 11 70 • [email protected] • Propina: € 3500

Mestrado em MarketingDuração: 1 ano • Candidaturas: 14 de Maio a 8 de Junho • Vagas: 30 • Horá-rio: Pós-laboral • Coorden.: Prof. Doutor Carlos Melo Brito • Info: 22 557 11 70 • [email protected] • Propina: € 3500

Mestrado em ContabilidadeDuração: 1 ano • Candidaturas: 14 de Maio a 8 de Junho • Vagas: 30 • Horário: Pós-laboral • Coorden.: Prof. Doutor Sa-muel Alves Pereira • Info: 22 557 11 70 • [email protected] • Propina: € 3500

2º Ciclo / Mestradoem Gestão ComercialDuração: 18 meses • Candidaturas: Até 15 de Junho • Vagas: 30 • Horário: Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Pedro Quelhas Brito • Info: 225571170 • [email protected] • Propina: € 4650

2º Ciclo / Mestrado emEconomia e Gestão InternacionalDuração: 18 meses • Candidaturas: Até 15 de Junho • Vagas: 30 • Horário: Pós-labo-ral • Coorden.: Prof.ª Doutora Ana Teresa Tavares Lehmann • Info: 22 557 11 70 • [email protected] • Propina: €4650

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2º Ciclo / Mestrado emEconomia e Gestão das CidadesDuração: 18 meses • Candidaturas: 15 de Maio a 30 de Junho • Vagas: 25 • Horário: Pós-laboral • Coorden.: Prof. Doutor José da Silva Costa • Info: 22 557 11 70 • [email protected] • Propina: € 3150

Doutoramento em EconomiaDuração: 4 anos • Candidaturas: Até 15 de Junho • Vagas: 15 • Horário: Pós-laboral • Coorden.: Prof. Doutor António Brandão • Info: 22 557 11 70 • [email protected] • Propina: € 6450

Doutoramento emCiências EmpresariaisDuração: 3 anos • Candidaturas: Até 15 de Junho • Vagas: 8 / áreas de especiali-zação • Horário: Pós-laboral • Coorden.: Prof. Doutor João Alves Ribeiro • Info: 22 557 11 70 • [email protected] • Pro-pina: €9000

Pós-Graduação em Gestão e Economia do Turismo e Hotelaria Duração: 3 trimestres • Candidaturas: Até 13 de Julho • Vagas: 30 • Horário: Sex-tas-feiras (14h30 às 21h30) e sábados (9h às 13h) • Coorden.: Prof. Doutor Pe-dro Quelhas Brito e Prof. Doutor Mário Rui Silva • Info: 225571288 • [email protected] • Propina: €4050 + IVA

Pós-Graduação em Finançase FiscalidadeDuração: 3 Ciclos • Candidaturas: Até 13 de Julho • Vagas: 30 • Horário: Sexta-feira (18h às 22 h) e sábado (9h às 13h) • Co-orden.: Prof. Doutor Elísio Brandão • Info: 22 557 12 88 • [email protected] • Propina: €3750 + IVA

Pós-Graduação em Gestão e Direcção de Serviços de SaúdeDuração: 3 Ciclos • Candidaturas: Até 14 de Julho • Vagas: 30 • Horário: Sex-ta-feira (8h às 22 h) e sábado (9h às 13 h) • Coorden.: Prof. Doutor José Fer-nando Gonçalves • Info: 22 557 12 88 • [email protected] • Propina: €4300 + IVA

MBA em FinançasDuração: 3 trimestres • Candidaturas: Até 6 de Julho • Vagas: 30 • Horário: Pós-laboral • Coorden.: Prof. Doutor Rui Al-ves e Prof. Doutor João Loureiro • Info: 225571289 • [email protected] • Propi-na: €5650 + IVA Pós-Graduação em Gestão Imobili-áriaDuração: 3 trimestres • Candidaturas: Até 6 de Julho • Vagas: 25 • Horário: Sextas-feiras (18h15 às 21h30) e sábados (9h30 às 12h45) • Coorden.: Prof.ª Doutora Ana Paula Serra e Prof. Doutor Rui Alves • Info: 22 557 12 89 • [email protected] • Propina: €4000 + IVA

A FEP colabora ainda na organização dos seguintes cursos: 2º Ciclo / Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnoló-gico (sede na FEUP), 2º Ciclo / Mestrado em Multimédia (sede na FEUP).

Faculdade de Engenharia Rua Dr. Roberto Frias, s/n • 4200-465 Porto • Tlf: +351 225 081 400 • Fax: +351 225 081 440 • www.fe.up.pt

2º Ciclo / Mestradoem Ciência da InformaçãoOrganização: FEUP e FLUP • Duração: 4 semestres • Candidaturas: 18 de Junho a 11 de Julho • Vagas: 30 • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

2º Ciclo / Mestradoem Engenharia BiomédicaDuração: 20 meses • Candidaturas: 18 de Junho a 11 de Julho • Vagas: 30 • Coorden.: Prof. Doutor Fernando Men-des Monteiro • Info: 22 508 18 70 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene OcupacionaisDuração: 2 anosCandidaturas: 18 de Ju-nho a 11 de Julho • Vagas: 25 • Coor-den.: Prof. Doutor João Santos Baptista • Info: 22 508 19 86 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado emEngenharia de Serviços e GestãoDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 11 de Julho • Vagas: 25 • Coor-den.: Prof. Doutor João Falcão e Cunha • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Construção Duração: 3 semestres • Candidaturas: 18 de Junho a 11 de Julho • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Inovação e Empreendedorismo TecnológicoOrganização: FEUP e FEP • Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 11 de Julho • Vagas: 25 • Coorden.: Prof. Doutor João José Pinto Ferreira • Info: 93 2934529

2º Ciclo / Mestrado em Multimédia Organização: FEUP, FBAUP, FCUP, FEP e FLUP • Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 11 de Julho (FEUP) e 23 a 28 de Julho (FBAUP) • Vagas: 16 (FEUP) • 20 (FBAUP) • Coorden.: Prof. Doutor Eurico Carrapatoso • Info: 22 5081870 • 22 5192427 • [email protected][email protected]

Mestrado em Automação, Instrumentação e ControloDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 11 de Julho • Vagas: 16 • Horá-rio: 5a e 6a feiras à tarde • Coorden.: Prof. Doutor Francisco Freitas • Info: 22 508 15 31 • [email protected]

Mestrado em Design IndustrialDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 11 de Julho • Vagas: 20 • Horá-rio: 5a e 6a feiras à tarde • Coorden.: Prof. Doutor António Torres Marques • Info: 22 508 17 16 • [email protected]

Mestrado em Métodos Computacio-nais em Ciências de EngenhariaOrganização: FEUP e FCUP • Duração: 12 a 15 meses • Candidaturas: 18 de Ju-nho a 11 de Julho • Horário: Dias úteis excepto 4a feira, das 18h às 21h • Coor-den.: Prof. Doutor José Laginha Palma • Info: 22 508 18 95 • [email protected]

Mestrado em Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano Organização: FEUP e FAUP • Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 11 de Julho • Horário: 2 feiras à tarde e 3 feiras todo o dia • Coorden.: Prof. Doutor Paulo Pinho • Info: 22 508 19 03

Mestrado em TransportesDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 11 de Julho • Vagas: 25 • Horá-rio: 2ª feiras à tarde e 3ª feiras todo o dia • Coorden.: Prof. Doutor Álvaro Costa • Info: 22 508 19 03

3º Ciclo / Programa Doutoralem InformáticaOrganização: FEUP, FCUP e Universi-dades de Aveiro e Minho • Duração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoral em Lí-deres para Indústrias Tecnológicas (Ramo de Conhecimento em Engenharia de Concepção e Desenvolvimento de Produto) • Organização: FEUP e Univer-sidades do Minho e Técnica de Lisboa no âmbito do protocolo celebrado entre o Estado Português e o MIT • Duração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoral em Sis-temas Sustentáveis de EnergiaOrganização: FEUP e Universidades de Lisboa e Técnica de Lisboa no âmbito do protocolo celebrado entre o Estado Por-tuguês e o MIT • Duração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoralem TelecomunicaçõesOrganização: FEUP, FCUP e Universi-dades de Aveiro e Minho • Duração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoralem BioengenhariaOrganização: FEUP, FMUP e ICBAS • Duração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoralem Engenharia BiomédicaDuração: 4 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoralem Engenharia CivilDuração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoral em Engenharia e Gestão de TransportesDuração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoral emEngenharia Electrotécnicae de Computadores Duração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoralem Engenharia Industrial e GestãoDuração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoralem Engenharia InformáticaDuração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoral em Engenharia MecânicaDuração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

3º Ciclo / Programa Doutoralem Engenharia Química e Biológica Duração: 3 anos • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

Programa de Estudos Avançados em Tecnology Management EntrepriseOrganização: FEUP e Universidades do Minho e Técnica de Lisboa no âmbito do protocolo celebrado entre o Estado Por-tuguês e o MIT • Duração: 2 semestres • Info: 22 508 21 30 • [email protected]

Faculdade de Farmácia Rua Aníbal Cunha, 164 • 4050-047 Porto • Tlf: +351 222 078 900 • Fax: +351 222 003 977 • www.ff.up.pt

2º Ciclo / Mestrado em Análises ClínicasDuração: 2 anos • Coorden.: Prof. Dou-tor Agostinho Franklim Marques e Prof.ª Doutora Maria Pinto de Sousa • Info: 22 2078901 • [email protected]

2º Ciclo / Mestradoem Controlo de QualidadeDuração: 2 anos • Coorden.: Prof.ª Dou-tora Maria Beatriz Prior Pinto Oliveira • Info: 22 207 89 01 • [email protected] 2º Ciclo / Mestradoem Química Analítica AmbientalDuração: 3 semestres • Coorden.: Prof. Doutor José Luís Fontes de Costa Lima • Info: 22 207 89 01 • [email protected]

2º Ciclo / Mestradoem Tecnologia FarmacêuticaDuração: 2 anos • Coorden.: Prof.ª Dou-tora Maria Fernanda Coelho Guedes Bahia • Info: 22 207 89 01 • [email protected]

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2º Ciclo / Mestrado em Toxicologia Analítica Clínica e ForenseDuração: 2 anos • Coorden.: Prof.ª Dou-tora Maria de Lourdes Pinho de Almeida Souteiro Bastos • Info: 22 207 89 01 • [email protected]

A FFUP colabora ainda na organização dos seguintes cursos: 2º Ciclo / Mestrado em Ciências Forenses (sede na FMUP), 3º Ciclo / Doutoramento em Ciências Forenses (sede na FMUP), 3º Ciclo Dou-toramento em Química Sustentável (sede na FCUP).

Faculdade de Letras Via Panorâmica, s/n • 4150-564 Porto • Tlf: +351 226 077 100 • Fax: +351 226 091 610 • www.letras.up.pt

2º Ciclo / Mestrado em ArqueologiaDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 20 • Coorden.: Prof. Doutor Ví-tor Oliveira Jorge • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Estudos Ale-mãesDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 20 • Coorden.: Prof. Doutor John Thomas Greenfield • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado emEstudos Anglo-AmericanosDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setem-bro • Vagas: 50 • Coorden.: Prof. Doutor Gualter Cunha • Info: 22 607 71 57 • [email protected] 2º Ciclo / Mestrado em Estudos Literários, Culturais e InterartesDuração:4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 50 • Coorden.: Prof.ª Doutora Ma-ria de Fátima Saraiva • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em FilosofiaDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 30 • Coorden.: Prof.ª Doutora Maria José Cantista • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado emHistória da Arte PortuguesaDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 40 • Coorden.: Prof. Doutor Faus-to Sanches Martins • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado emHistória e PatrimónioDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setem-bro • Vagas: 30 • Info: 22 6077157 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em História Medieval e do RenascimentoDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setem-bro • Vagas: 20 • Info: 22 6077157 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em História, Rela-ções Internacionais e CooperaçãoDuração: 4 semestres;Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setem-bro • Vagas: 30 • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em LinguísticaDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 50 • Coorden.: Prof.ª Doutora Ana Maria Brito • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Riscos, Cida-des e Ordenamento do TerritórioDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 40 • Coorden.: Prof.ª Doutora Teresa Maria Vieira de Sá Marques • Info: 226077157 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em Sistemasde Informação Geográfica eOrdenamento do TerritórioDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 30 • Coorden.: Prof.ª Doutora Te-resa Sá Marques • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em SociologiaDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setem-bro • Vagas: 40 • Coorden.: Prof. Doutor Carlos Gonçalves • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado emTradução e Serviços LinguísticosDuração: 4 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 20 • Coorden.: Prof.ª Doutora Be-linda Sousa Maia • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

3º Ciclo / Doutoramento em Arqueo-logiaDuração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 15 • Coorden.: Prof. Doutor Ví-tor Oliveira Jorge • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

3º Ciclo / Doutoramento emCrítica Textual e Crítica GenéticaDuração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 20 • Coorden.: Prof.ª Doutora Ma-ria João Reynaud • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

3º Ciclo / Doutoramento emEstudos AlemãesDuração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Se-tembro • Vagas: 10 • Coorden.: Prof. Doutor Gonçalo Vilas-Boas • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

3º Ciclo / Doutoramento emEstudos Anglo-AmericanosDuração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setem-bro • Vagas: 15 • Coorden.: Prof. Dou-tor Gualter Cunha • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

3º Ciclo / Doutoramento emFilosofia Duração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 20 • Coorden.: Prof.ª Doutora Maria José Cantista • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

3º Ciclo / Doutoramento em Geogra-fiaDuração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 10 • Coorden.: Prof. Doutor José Alberto Rio Fernandes • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

3º Ciclo / Doutoramento em HistóriaDuração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setem-bro • Vagas: 50 • Info: 22 6077157 • [email protected]

3º Ciclo / Doutoramento em Históriada Arte PortuguesaDuração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 15 • Coorden.: Prof. Doutor Joa-quim Ferreira-Alves • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

3º Ciclo / Doutoramentoem LinguísticaDuração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 20 • Coorden.: Prof.ª Doutora Ana Maria Brito • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

3º Ciclo / Doutoramento em Literatura e Culturas RomânicasDuração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 20 • Coorden.: Prof.ª Doutora Ma-ria de Fátima Saraiva • Info: 22 607 71 57 • [email protected] 3º Ciclo / Doutoramentoem SociologiaDuração: 6 semestres • Candidaturas: 2 a 31 de Julho e de 3 a 14 de Setembro • Vagas: 20 • Coorden.: Prof. Doutor Antó-nio Teixeira Fernandes • Info: 22 607 71 57 • [email protected]

A FLUP colabora ainda na organização dos seguintes cursos: 2º Ciclo / Mestra-do em Ciência da Informação (sede na FEUP), 2º ciclo / Mestrado em Multimédia (sede na FEUP).

Faculdade de Medicina Al. Prof. Hernâni Monteiro, s/n • 4200 - 319 Porto • Tlf: +351 225 513 604 • Fax: +351 225 513 605 • www.med.up.pt • [email protected]

2º Ciclo / Mestrado em BioéticaDuração: 4 semestres • Candidaturas: Junho e Julho • Vagas: 34 • Horário: 6a feiras (16h às 20h) e sábados (9h às 13 h) • Coorden.: Prof. Doutor Rui Nunes • Info: 225 513 676 • [email protected] • Propina: € 4000

2º Ciclo / Mestradoem Ciências ForensesOrganização: FMUP, FCUP, FDUP, FFUP, FMDUP, FPCEUP e ICBAS • Duração: 4 semestres • Candidaturas: Setembro • Vagas: 30 • Horário: 6º (14h às 20 h) e sábado (9h às 13h) • Coorden.: Prof.ª Doutora Teresa Magalhães • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 3000

2º Ciclo / Mestrado emCirurgia Ortognática e OrtodontiaDuração: 4 semestres • Candidaturas: 3 a 11 de Setembro • Vagas: 15 • Horário: 2a, 3a e 5a feiras (8h às 13 h) e 6a todo o dia • Coorden.: Prof. Doutor José Ama-rante • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: €3000

2º Ciclo / Mestrado em EpidemiologiaDuração: 3 semestres • Candidaturas: Ju-lho a Setembro • Vagas: 20 • Horário: 6a feira e sábado (9h às 18 h) • Coorden.: Prof. Doutor Henrique Barros • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 3000

2º Ciclo / Mestradoem Evidência e Decisão em Saúde Duração: 4 semestres • Candidaturas: 9 a 17 de Julho • Vagas: 30 • Horário: 6a feira (14h às 20h) e sábado (9h às 13h) • Coorden.: Prof. Doutor Altamiro da Costa Pereira • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 3000

2º Ciclo / Mestradoem Informática MédicaDuração: 4 semestres • Candidaturas: 9 a 17 de Julho • Vagas: 30 • Horário: 6a feira (14h às 20h) e sábado (9h às 13h) • Coorden.: Prof. Doutor Altamiro da Costa Pereira • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 3500

2º Ciclo / Mestrado em Saúde PúblicaOrganização: FMUP e ICBAS • Duração: 3 semestres • Candidaturas: Julho e Se-tembro • Vagas: 25 • Horário: 4a, 5a e 6a feiras (15h às 19h) • Coorden.: Prof. Dou-tor Henrique de Barros • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 3000

3º Ciclo / Doutoramentoem Ciências ForensesOrganização: FMUP, FCUP, FDUP, FFUP, FMDUP, FPCEUP e ICBAS • Duração: 8 semestres • Candidaturas: 3 a 14 de Setembro • Vagas: 30 • Horário: 6a feira (14h às 20h) e sábado (9h às 13h) • Co-orden.: Prof.ª Doutora Teresa Magalhães • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 10000 (em aprovação)

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3º Ciclo / Doutoramento em Metabo-lismo - Clínica e ExperimentaçãoDuração: 48 meses • Candidaturas: 2 a 10 de Julho • Vagas: 12 • Horário: Pós-laboral • Coorden.: Prof.ª Doutora Isabel Azevedo • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 11000 (em aprovação)

3º Ciclo / Doutoramentoem NeurociênciasOrganização: FMUP e ICBAS • Duração: 4 anos • Candidaturas: Julho e Setem-bro • Vagas: 10 • Coorden.: Prof.ª Dou-tora Deolinda Lima • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: €10000 (em aprovação)

Pós-graduação emEducação para a SaúdeDuração: 2 semestres • Candidaturas: 3 a 28 de Setembro • Vagas: 50 • Horário: 4a, 5a e 6a feiras (15h às 19h) • Coor-den.: Prof. Doutor Henrique de Barros • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 1500

Pós-graduação em Medicina da Dor Duração: 2 semestres • Candidaturas: 10 a 28 de Setembro • Vagas: 20 • Horário: 6a feira (17h às 20h) e sába-do (9h30 às 12h30) • Coorden.: Prof. Doutor José Castro-Lopes • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 1000

Pós-graduaçãoem Medicina do TrabalhoDuração: 4 semestres • Candidaturas: 10 a 14 de Setembro • Vagas: 27 • Ho-rário: 2a, 3a, 4a e 5a feiras (14h30 às 18h30) • Coorden.: Prof. Doutor Agos-tinho Marques • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 4000

Pós-graduação em Ortodontia:bases, fundamentos e práticasDuração: 2 semestres • Candidaturas: 3 a 12 de Setembro • Vagas: 20 • Horá-rio: 3 dias / mês (sábado, domingo e 2a feira (9h às 19h) • Coorden.: Prof. Doutor José Amarante • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 9600

Pós-graduação em Reabilitação Oral e Extra-Oralcom Implantes OsteointegradosDuração: 2 semestres • Candidaturas: 3 a 12 de Setembro • Vagas: 12 • Horá-rio: 6a feira (9h às 13h e das 14h às 18h) e sábado (9h às 13h) • Coorden.: Prof. Doutor José Amarante • Info: 22 551 36 76 • [email protected] • Propina: € 2400

A FMUP colabora ainda na organização do curso: 3º Ciclo / Doutoramento em Bioengenharia (sede na FEUP)

Faculdade deMedicina DentáriaRua Dr. Manuel Pereira da Silva, s/n;4200-393 Porto • Tlf: +351 220 901 100 • Fax: + 351 220 901 101 • www.fmd.up.pt • [email protected]

(Não tem oferta neste período)

A FMDUP colabora na organização dos seguintes cursos: 2º Ciclo / Mestrado em Ciências Forenses (sede na FMUP), 3º Ciclo / Doutoramento em Ciências Fo-renses (sede na FMUP)

Faculdade Psicologia e de Ciências da EducaçãoRua do Dr. Manuel Pereira da Silva, s/n • 4200-392 Porto • Tlf: +351 226 079 700 • Fax: +351 226 079 725 • www.fpce.up.pt

2º Ciclo / Mestradoem Ciências da EducaçãoDuração: 4 semestres • Candidaturas: 21 de Maio a 15 de Junho • Vagas: 80 • Horário: Pós-laboral • Coorden.: Prof.ª Doutora Amélia Lopes • Info: 22 6079739 • [email protected] • Propina: € 3000

2º Ciclo / Mestrado Europeu emEstudos de Desenvolvimento emCiências Sociais e Educacionais, Perspectivas Europeiassobre a Inclusão SocialDuração: 4 semestres • Candidaturas: 21 de Maio a 15 de Junho • Vagas: 15 • Horário: Part-time • Coorden.: Prof. Doutor António M. Magalhães • Info: 22 607 97 39 • [email protected] • Propina: € 3500

2º Ciclo / Mestradoem Ensino de Artes VisuaisOrganização: FPCEUP e FBAUP • Duração: 4 semestres • Vagas: 25 • Coorden.: Prof.ª Doutora Manuela Terra-sêca • Info: 22 607 97 39 • [email protected][email protected] • Pro-pina: €1840

A FPCEUP colabora ainda na organi-zação dos seguintes cursos: 2º Ciclo / Mestrado em Ciências Forenses (sede na FMUP), 3º Ciclo / Doutoramento em Ciências Forenses (sede na FMUP).

Instituto de Ciências Biomédicas Abel SalazarLargo Prof. Abel Salazar, 23 • 4099-003 Porto • Tlf: +351 222 062 200 • Fax: +351 222 062 232 • www.icbas.up.pt

Especialização em AcupuncturaDuração: 300 horas • Candidaturas: 18 de Junho a 14 de Setembro • Vagas: 25 • Horário: Regime intensivo ao fim-de-semana (inclui 6a feira) • Coorden.: Dr. Gustavo Quaresma • Info: 22 206 22 21 • [email protected] • Propina: € 2400Especialização em Ciências

Médico-LegaisDuração: 2 semestres • Candidaturas: 18 de Junho a 14 de Setembro • Vagas: 60 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof.ª Doutora Maria José Pinto da Costa • Info: 22 206 22 21 • [email protected] • Propina: € 600 Especialização emEnfermagem de AnestesiologiaDuração: 9 meses • Candidaturas: 18 de Junho a 14 de Setembro • Vagas: 30 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Dr.ª Maria Eduarda Amadeu • Info: 22 206 22 21 • [email protected] • Propina: € 1350 Especialização emMedicina Tradicional ChinesaDuração: 3 semestres • Candidaturas: 18 de Junho a 14 de Setembro • Vagas: 30 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Jorge Machado • Info: 22 206 22 21 • [email protected] • Propina: €1500 / ano

Mestrado em Ciências de EnfermagemDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 14 de Setembro • Vagas: 25 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof.ª Doutora Maria Arminda Costa • Info: 22 206 22 21 • [email protected] • Propina: €1500 / ano

Mestrado em Ciências doMar e Recursos MarinhosDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 14 de Setembro • Vagas: 17 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof.ª Doutora Maria Armanda Reis Henriques • Info: 22 206 22 21 • [email protected] • Propina: €1500 (1o ano) e €1750 (2º ano)

2º Ciclo / Mestrado em Contamina-ção e Toxicologia Ambientais Organização: ICBAS e FCUP • Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 14 de Setembro • Vagas: 24 • Coorden.: Prof.ª Doutora Lúcia Guilhermino • Info: 22 206 22 21 • [email protected] Mestrado em Medicina Legal Duração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 14 de Setembro • Vagas: 25 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof.ª Doutora Maria José Pinto da Costa • Info: 22 206 22 21 • [email protected] • Propina: €1300 / ano

Mestrado em OncologiaDuração: 2 anos • Candidaturas: 18 de Junho a 14 de Setembro • Vagas: 20 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor Carlos Lopes • Info: 22 206 22 21 • [email protected] • Propina: €2000 / ano

3º Ciclo / Doutoramentoem Ciências do Mar e do Ambiente Organização: ICBAS, FCUP e Universida-de de Aveiro • Duração: 4 anos • Candi-daturas: 18 de Junho a 14 de Setembro • Vagas: 24 • Horário: Regime Diurno • Coorden.: Prof. Doutor João Coimbra • Info: 22 206 22 21 • [email protected]

O ICBAS colabora ainda na organização dos seguintes cursos: 2º Ciclo / Mestra-do em Bioquímica (sede na FCUP), 2º Ciclo / Mestrado em Ciências Forenses (sede na FMUP), 2º Ciclo / Mestrado em Saúde Pública (sede na FMUP), 3º Ciclo / Doutoramento em Bioengenharia (sede na FEUP), 3º Ciclo / Doutoramento em Ciências Forenses (sede na FMUP), 3º Ciclo / Doutoramento em Neurociên-cias (sede na FMUP), 3º Ciclo / Douto-ramento em Química Sustentável (sede na FCUP).

Escola de Gestão do PortoRua de Salazares, 842 • 4149-002 Porto • Tlf: +351 226 153 270 • Fax: +351 226 100 861 • www.egp.up.pt

MBA – Master of Business AdministrationDuração: 2 anos • Candidaturas: Até 30 de Junho • Vagas: 30 • Horário: 4 ma-nhãs úteis (8h30-13h) • Coorden.: Prof. Doutor Jorge Farinha • Info: 22 615 32 70/71 • [email protected] • Propina: de € 7700 a € 9275

MBA ExecutivoDuração: 1 mês + 3 trimestres • Candi-daturas: Até 30 de Junho • Vagas: 50 • Horário: Sextas-feiras (8h30 – 20h), sá-bados (8h30-13h30) • Coorden.: Doutor Luís Filipe Reis • Info: 22 615 32 70/73 • [email protected] • Propina: €14000

MBA/DFA em LogísticaDuração: 1 mês + 3 trimestres • Candi-daturas: Até 30 de Junho • Vagas: 30 • Horário: 4 manhãs úteis (8h30-13h) • Coorden.: Prof. Doutor Alcibíades Pau-lo Guedes • Info: 22 615 32 70/71 • [email protected] • Propina: de € 6500 a € 7900

Curso Geral de GestãoDuração: 225 horas • Candidaturas: Até 30 de Setembro • Vagas: 30 • Horário: 1 semana / mês (segunda a sexta-feira, das 9h00 às 19h00) • Coorden.: Prof. Doutor Daniel Bessa • Info: 22 615 32 70/72 • [email protected] • Propina: € 5500

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Vasco Teixeira é engenheiro como Álvaro de Cam-pos e do heterónimo mais futurista de Fernando Pessoa por certo não desdenhará o verso “o mun-

do é para quem nasce para o conquistar”. O administra-dor da Porto Editora soube conquistar uma posição de relevo no mundo editorial português e continua a acredi-tar na força omnisciente do livro, embora admita que este produto tão especial vá sofrer profundas mudanças. Aos 51 anos, Vasco Teixeira olha para trás sem denunciar grande nostalgia. Prefere enfatizar o “carácter inovador” da Porto Editora e os desafi os que o maior grupo edito-rial português tem pela frente: “melhorar o conteúdo dos livros” e “promover as novas tecnologias nas escolas”.É assim Vasco Teixeira, um portuense “bastante criati-vo, irrequieto, com alguma intolerância à monotonia”, segundo diz de si próprio. E foram estas características idiossincráticas que o levaram a ingressar, em 1972, na licenciatura de Engenharia Civil da FEUP, que concluiu cinco anos depois. “A engenharia é uma área em que há desafi os permanentes, em que se vêem as coisas crescer. Portanto, encaixa bem nas necessidades que eu tenho para me sentir realizado”, justifi ca.Durante o curso, viveu o 25 de Abril de 1974. E é dessa efervescência revolucionária que guarda as piores recor-dações, até porque, segundo conta, foi preterido por ra-zões políticas num concurso para monitor. Acabou por ser admitido um candidato que militava na UDP, força que dominava a FEUP. Assim foi abortada, ab ovo, uma eventual carreira académica de Vasco Teixeira.Apesar da “anarquia” do PREC, Vasco Teixeira encontrou na FEUP mestres que o marcaram indelevelmente, como os professores Correia de Araújo, Joaquim Sarmento e Valente de Oliveira. A infl uência deste antigo ministro estendeu-se, a partir de 1978, à Comissão de Planeamen-

to da Região Norte, onde Vasco Teixeira fez o tirocínio profi ssional. Mas passados dez meses, verifi cando “as limi-tações da função pública para um jovem empreendedor”, aceitou o desafi o de ser responsável pelas obras de uma empresa de construção civil do grupo Mota, na qual tra-balhou mais de dois anos. O seu empreendedorismo leva-o, contudo, a abraçar o destino profi ssional que há muito lhe estaria reservado. Em 1980 propõe ao pai, também ele Vasco Teixeira, in-tegrar a Porto Editora, empresa que o patriarca havia fundado em 1944. “Queria um projecto mais pessoal, ter maior capacidade de intervenção, traçar os meus próprios caminhos”, revela. E, para tanto, o “curso de engenharia encaixou perfeitamente. Os engenheiros têm uma capa-cidade de gestão fora do vulgar. São orientados para a conclusão, para o cumprimento de prazos, para a gestão de recursos, desde os humanos aos técnicos”.Com o falecimento do pai, em 1987, assume a admi-nistração da Porto Editora, juntamente com a mãe e o irmão. Do seu consulado orgulha-se, particularmente, do incremento dado ao multimédia e da adaptação dos manuais escolares à reforma do sistema educativo. Não pensa abandonar o sector editorial, pois é “o mais criativo que há”. “Quem entra nos livros difi cilmente de lá sai”, garante. Hoje, a Porto Editora é líder de mercado nos manuais escolares, dicionários e software educativo. Mas Vasco Tei-xeira está algo céptico em relação à evolução do sector editorial português: “Assistimos a uma profi ssionalização da gestão das editoras. Vamos ter menos editoras, mas mais organizadas como empresas. Contudo, o livro tenderá a ser um produto sobretudo comercial. Haverá mais livros, mas mais parecidos uns com os outros. E isso, do ponto de vista cultural, é empobrecedor”.

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“A engenharia é uma área em que há desafi os permanentes, em que se vêem as coisas crescer. Portanto, encaixa bem nas necessidades que eu tenho para me sentir realizado”

PERCURSO

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João Fernandes, 43 anos, licenciado

em Línguas e Literaturas

Modernas pela Faculdade de Letras

da U. Porto, fez do Museu de Arte

Contemporânea de Serralves a “sua”

casa, em 1996. Os visitantes assíduos

do espaço único nascido da arte

de Siza Vieira conhecem o seu

passo acelerado, que não é alheio à velocidade da

fala, e reconhecem a forma como o

director do museu habita o espaço

que a partir do seu trabalho se

tornou um centro de irradiação e

atracção. A isso chama “o projecto”

Serralves. Outros chamam-lhe um

case study. O Museu de Serralves

é, hoje, o mais procurado do

país, com cerca de 350.000 visitantes

ano.

FACE-A-FACE

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P – Conta que cedo fez viagens exploratórias em In-terRail, que o marcaram. Como foi?JF – Comecei a viajar e a envolver-me em actividades políticas muito cedo. A minha vida foi marcada pela revo-lução. Fui dirigente de uma organização de juventude do Partido Comunista. Ia a Lisboa a reuniões. A preparação das festas do Avante pôs-me em contacto com artistas da área da música. Comecei a viajar sozinho com 15 anos. Gostava de traçar objectivos para as viagens e partia à des-coberta de lugares. Eram orientadas em função do que lia. Bastante mais tarde, fiz uma viagem iniciática. Estava a ler Proust e quis ir ver os flamengos primitivos e o Vermeer à Flandres e à Holanda. Fui surpreendido por uma série de eventos e de exposições de arte contemporânea. A expo-sição chamava-se “Chambres d’Amis”. Foi uma coisa que Jan Hoet fez em Gent que visitei, longe de pensar que ia trabalhar sobre arte contemporânea um dia. Transformava uma cidade. As obras estavam em casas particulares ou es-túdios de artistas. Vê-las era conhecer a cidade por dentro, ter contacto com pessoas. Comecei a interessar-me cada vez mais pela arte do nosso tempo.

O que retém do curso e da experiência de intervenção que foi a sua?Um curso universitário não nos dá o que não procuramos! Uma das pessoas que mais relembro é o Óscar Lopes, que não foi meu professor na licenciatura, mas que reencon-trei num seminário de pós-graduação em Lisboa. O José Augusto Seabra foi também importante. Apanhei-o logo a seguir a ter vindo de Paris, onde tinha trabalhado com Roland Barthes. No ensino secundário, tive um professor que me marcou, o Fernando Guimarães. Dava-nos aulas de Filosofia e depois discutíamos poesia nos intervalos! No primeiro ano, a Maria João Reynaud convidou-me para seminários de pós-graduação, onde me confrontei com outro tipo de estar na universidade, através da pesquisa. Havia, ainda, conversas de corredor. A certa altura descobri que ler as bibliografias, discutir com os professores e apre-sentar trabalhos era mais importante do que ir às aulas.

E as actividades associativas?No segundo ano ganhámos as eleições. Estive na associação até ao final do curso. Com outros colegas tomámos conta

de uma editora de textos. Criou-se uma revista que o José Meirinhos dirigiu e que pretendia ser uma revista científi-ca. Sonhávamos com contrapor àquilo que a universidade era, uma universidade alternativa. Tentar mudá-la com par-ticipação. Colocando a discussão ao nível dos conteúdos. Criámos cursos livres, fizemos colóquios, convidámos pen-sadores, com o apoio dos institutos estrangeiros.

Concluiu o curso em 85, e depois?Fui professor no ensino secundário durante um ano. De-pois, fui professor de Estudos Linguísticos no Instituto Po-litécnico do Porto. Comecei uma pós-graduação em Lis-boa e, terminada a parte curricular, fui para Cabo Verde um ano. Julgava que ia ajudar a fazer a pós-graduação!

Quando deixou de ter militância partidária?Já depois de ter caído o muro de Berlim. Depois, tive algu-ma actividade política. Estive no lançamento da Plataforma de Esquerda e da Política XXI. Acarinhei a ideia de que pudessem haver movimentos de cidadania. A prática for-mou em mim um sistema de valores que é independente da vida político-partidária.

Museu é lugar para artistas

As suas escolhas, como director de Serralves, por ar-tistas menos evidentes, ou por trabalhos marginais de artistas conhecidos, ligam-se a essa ética?Alguém que tivesse feito outra travessia poderia fazer as mesmas opções. Qualquer instituição cultural se deve pre-ocupar com os seus públicos, sem existir em função de-les. Um museu existe em primeiro lugar para os artistas. É um espaço de apresentação do trabalho dos artistas. Mas é também um espaço de intermediação com os públicos. É fundamental criar relação entre o trabalho do artista e o seu confronto com os públicos. O grande problema dos museus não é ter públicos, mas saber o que fazer com eles! Hoje, o turismo cultural leva as pessoas ao museu numa situação de ocupação dos tempos livres. A arte não é isso! A arte é um confronto. Um conflito com o inesperado, com o que não conhecemos. É um permanente exercício da curiosidade. A arte é, sem dúvida nenhuma, uma instância criadora de incertezas, mais do que certezas.

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ENTREVISTA A JOÃO FERNANDES

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Envolveu-se com o mundo da arte a ponto de mudar de vida?Comecei a achar que a universidade era também um reino de pequenos poderes. Digamos que fui confrontado com a retórica do poder dentro da instituição. A política para mim era um contexto em que o poder era um problema. Por outro lado, aconteceu-me outra coisa. Foi um convite para organizar um festival de arte contempo-rânea na cidade do Porto, as Jornadas de Arte Contemporânea, em 92. E a cidade tinha muito pouco nessa altura. Serralves estava no seu início. Começa em 87. O Fernando Pernes fazia uma programação com grande dignidade, houve coi-

sas muito importantes a acontecerem, mas era ainda um pro-jecto em gestação. Lembrando-me de “Chambres d’Amis” e de outras iniciativas de relação da arte com o espaço público, quis criar programas que surpreendessem. Dava-me conta do isolamento da discussão artística em Portugal em relação ao que estava a acontecer nos anos 90. Lembro-me em 93 do contexto londrino que viu surgir os Young British Artists. O mercado ainda não tinha estratificado a situação, que era muito livre. Grande agitação e possibilidade de criações em espaços alternativos. Era uma das situações mais dinâmicas na Europa, e quis trazê-la ao Porto. Na exposição que An-drew Renton comissariou, “A pasta do Walter Benjamin”, o que os artistas traziam era uma espécie de novidade.

A criação de Serralves ficou a dever-se a uma conjuga-ção continuada de esforços? Aconteceu também como um exercício de cidadania, por-que a cultura no Porto tinha sido sempre algo construída pelos cidadãos. Não havia uma única instituição cultural nacional na cidade do Porto. Serralves foi a primeira. Mais tarde, houve outras iniciativas do Estado, como a compra do Teatro S. João, ou a Casa da Música. Voltando à mudança de vida, a certa altura comecei a rece-ber convites para fazer outras exposições. Fiz em Espanha a “Peninsulares”. Fiz um projecto em França. Então tomei a decisão de abandonar o ensino, uma profissão, e para mim foi como se tivesse sido o meu último emprego! Porque Serralves não é um emprego, é um projecto. Decidi assumir--me como comissário de exposições independente. Con-quistei uma liberdade, mas passei um tempo difícil. Depois o Vicente Todoli foi convidado para dirigir Serralves e quis que trabalhasse com ele.

O Vicente assume a direcção artística depois de Fernan-do Pernes. Existia já um embrião de colecção?Sim. Depósitos também. Tínhamos a colecção do Estado in-clusive, da antiga Secretaria de Estado da Cultura. Quando o Vicente viu que havia mais de mil obras de arte portuguesa em depósito, pensou: “mas então a situação portuguesa já está bem documentada”. Depois achámos que não. Porquê?

Essa colecção era feita por comissões de aquisições. Há por-tanto uma espécie de puzzle que retira a identidade a uma possível colecção. Houve obras muito boas compradas por Serralves, mas o orçamento era muito limitado. O lança-mento do museu, em 99, cria uma energia muito grande. Faz crescer o apoio do estado e dos privados. Houve aí um salto. Dispusemos de orçamentos para trabalhar que o Fer-nando Pernes nunca tinha tido disponíveis! O Vicente e eu começámos a trabalhar em Serralves em 96. O projecto do Siza estava a começar a ser construído, mas havia questões para responder: quantas exposições realizar por ano e de que tipo? E, inclusivamente, a periodização cronológica do mu-seu. Decidimos começar a colecção na década de 60, em que entendíamos que acontece uma segunda ruptura epis-temológica na arte do século XX. Como que um segundo modernismo, mas numa geração de vanguarda.

Não criaram um espaço de exposição permanente?A colecção disponível não era suficiente, e não tínhamos obras que fossem por si só grandes atracções internacionais. Depois, não queríamos seguir o modelo Gulbenkian de uma colecção em permanência muito tempo. É uma falsa ideia, a de que ter 50 artistas reunidos num espaço nos dá noção do seu trabalho. Definimos como objectivo constituir um núcleo histórico da colecção, datado dos anos 60/70. Ad-quirimos obras fundamentais. Hoje seria impossível com-prá-las! A primeira exposição chamava-se “Circa 1968” e comprámos 80% das obras para a inauguração do museu. É um excelente ponto de vista sobre os anos 60/70 na cena internacional, com grandes nomes como Gerhard Richter, Richard Serra, Pistoletto ou Christian Boltanski. Uma co-lecção é sempre um ponto de vista!Em relação à própria arte portuguesa era necessário começar um trabalho. Comprámos obras de Ângelo de Sousa, Álvaro Lapa, Alberto Carneiro. Serralves é um museu internacional que integra a arte portuguesa dentro de uma colecção. Va-mos procurar artistas internacionais que se possam relacionar bem com artistas da colecção, assim como vamos buscar ar-tistas portugueses que se possam relacionar com o contexto internacional. Realizamos predominantemente exposições

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“A arte é um confronto. Um conflito com o

inesperado, com o que não conhecemos.

É um permanente exercício da

curiosidade”.

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“Decidimos começar a colecção na década de 60, em que entendíamos que acontece uma segunda ruptura epistemológica na arte do século XX. (...) Uma colecção é sempre um ponto de vista!”.

temporárias, porque havia histórias para contar. Muitos artistas não tinham tido as suas exposições antológicas, como René Bértholo, António Sena, João Vieira. Ou, então, fazemos exposições antológicas de artistas internacional-mente celebrados, mas diferentes. De início, diziam que éramos doidos com a programação que íamos fazer, que o museu não teria visitantes... Era neces-sário comunicar bem o que fazíamos. E, ao mesmo tempo, saber equilibrar uma programação entre nomes desconhe-cidos e conhecidos. Mesmo com esses, como Warhol, Bacon, ou, como vai ser em Outubro, Raus-chenberg, procuramos fazer o que não foi feito.

Assumiu a direcção artística do Museu em 2003. Quais os seus objectivos?Estávamos muito centrados nos artistas percursores na gera-ção de 60/70. Depois, entendemos vir mais para as gerações de 80 e 90. Com o Ulrich Loock comecei a trabalhar outras situações, a abrir a colecção a essas gerações e a fazer exposi-ções com algumas constelações de artistas da nossa época. Aí começaram a aparecer exposições de maior dimensão com artistas jovens, como Gregor Schneider, ou esse levantamen-to histórico que fizemos com um ponto de vista particular e muito polémico sobre os anos 80. É outra fase do museu. Não mudou de identidade, se bem que haja mudanças na programação e na colecção.

O Ministério da Cultura deu o seu apoio à colecção Berardo, em breve inaugurada no CCB. Como vê a possível transformação da dinâmica da arte contempo-rânea no país? É importante que haja outros espaços para apresentação de arte contemporânea. E que haja uma série de pontos de vista, e mesmo de estratégias, no contexto português. Falta em Lisboa um centro de arte contemporânea com uma direcção clara, uma colecção, e a colecção Berardo pode ser um utensílio importante. Depende do que vier a ser o programa museológico em termos de exposições. Tenho razões para crer que há um director competente. Há outras situações que me preocupam, em relação ao contexto da colecção. Fico um pouco perplexo quando ouço falar dos valores para uma possível aquisição. Dou por mim a pensar que se me dessem um terço desses valores para o projecto de Serralves, era possível fazer uma colecção com objec-tivos muito mais ambiciosos do que aqueles que temos. O que acontece é que a colecção Berardo não teve um ponto de vista no início. Foi feita de forma mais ou menos enciclopédica. O que permitiu reunir algumas obras fun-damentais da arte do século XX, a par de outras que, no meu entender, não o são tanto.

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A partir de 2 de Julho e até 15 de Setembro será pos-sível conhecer, na cidade do Porto, um número bastante signifi cativo de obras de Gerardo Rueda.

Quem calcorrear o perímetro compreendido entre a Praça Gomes Teixeira e o Jardim da Cordoaria irá deparar-se, na via pública, com esculturas monumentais do artista espa-nhol. Este conjunto de peças de grandes dimensões integra uma exposição itinerante promovida pela Fundación Gerar-do Rueda e pelo IVAM (Institut Valencià d’Art Modern).

Em Valência, onde actualmente se encontram, as escultu-ras monumentais de Rueda já conheceram um milhão de visitantes e estão a receber críticas bastante favoráveis na imprensa de referência. De resto, depois do Porto, a mesma exposição seguirá, em 2008, para Nova Iorque (Park Ave-nue), Dallas (junto ao Meadows Museum of Art e à Phillip’s Collection), Madrid (Paseo del Prado) e Valladolid. Paralelamente, estão previstas duas outras exposições de Gerardo Rueda na cidade do Porto: uma de esculturas de pequeno formato (algumas serviram para estudo ou como maqueta de produções monumentais), a apresentar no átrio sul do edifício da Reitoria da U.Porto, e uma outra de cerca de meia centena de obras de pintura de vários períodos, que fi cará exposta no Museu Nacional de Soares dos Reis.A organização desta exposição tripartida é da responsabili-dade da U.Porto que, neste âmbito, celebrou um acordo de parceria com o referido museu nacional. A instituição por-tuense de ensino superior acolheu assim, favoravelmente, uma proposta de Bernardo Pinto de Almeida, que inte-gra o Conselho Científi co da Fundación Gerardo Rueda. Este docente da U.Porto é, aliás, comissário da exposição, juntamente com a historiadora de arte norte-americana Barbara Rose que, no dia 2 de Julho, será oradora de uma conferência sobre o artista espanhol, a realizar no Museu Nacional de Soares dos Reis. Está igualmente prevista a presença, na mesma conferência, de Consuelo Císcar, di-rectora do IVAM.

Também para turista verPara Bernardo Pinto de Almeida, a exposição tripartida de Rueda tem “interesse internacional”, em particular numa altura em que a obra do artista “está a ser alvo de revisão histórica”, designadamente por especialistas como Tomás Llorens, antigo director do Museu Thyssen-Bornemisza,

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É CERTAMENTE UM DOS GRANDES ACONTECIMENTOS CULTURAIS DESTE VERÃO, EM PORTUGAL. A U.PORTO PROMOVE, EM PARCERIA COM O MUSEU NACIONAL DE SOARES DOS REIS, UMA EXPOSIÇÃO TRIPARTIDA DE GERARDO RUEDA. DA OBRA DESTE ARTISTA PLÁSTICO ESPANHOL VÃO PODER SER VISTAS ESCULTU-RAS MONUMENTAIS, PEQUENAS ESCULTURAS E UMA ANTOLOGIA DE PINTURA. PELAS SUAS CARACTERÍS-TICAS, A INICIATIVA DEMOCRATIZA O ACESSO À CULTURA E FUNCIONA COMO ATRACÇÃO TURÍSTICA.

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em Madrid, e Alfonso E. Pérez Sánchez, catedrático de História da Arte da Universidade Complutense de Ma-drid. Nos EUA, acrescenta o historiador de arte português, Rueda “é reconhecido com destaque”. “O grupo de Cuenca, do qual faziam parte Torner, Zóbel e Rueda, é muito forte em Espanha e tem grande projec-ção internacional”, salienta Bernardo Pinto de Almeida. Contudo, em Portugal, “a arte espanhola é conhecida, so-bretudo, pelas obras de Tàpies, Millares ou Saura”. A ex-posição no Porto afigura-se, portanto, como uma oportu-nidade para avaliar o trabalho de um artista relativamente desconhecido entre nós, mas também ele de “referência”. De resto, o “carácter público” das esculturas monumentais, prossegue Bernardo Pinto de Almeida, permite a “fami-liarização com a arte de pessoas que habitualmente não frequentam museus”, para além de “despertar interesse turístico”. Isto numa cidade que, ao contrário das suas congéneres europeias, “não tem uma política cultural” que garanta a oferta regular de manifestações de arte pública urbana.Para Bernardo Pinto de Almeida, a exposição de Gerardo Rueda tem ainda a virtude de contribuir para a “aproxi-mação de Portugal e Espanha, conforme é preconizado pelos governos dos dois países”.

“A exposição no Porto afigura-se, portanto, como uma oportunidade para avaliar o trabalho de um artista relativamente desconhecido entre nós”.

Gerardo Rueda Salaberry (Madrid, 1926-1996) teve uma im-portância capital na arte espanhola do século XX, estando a sua obra presente nos principais museus e colecções do mundo (Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Funda-ción Juan March, The British Museum, Musée d’Art Moderne – Paris, Fine Arts Museum of San Francisco, Frederick R. Weis-man Museum of Art – Los Angels, entre outros).

Expôs pela primeira vez em 1949, em Madrid, tendo então ini-ciado um trajecto artístico que vai do cubismo ao neoconstru-tivismo. Apesar de ser considerado um dos pioneiros do infor-malismo em Espanha, Bernardo Pinto de Almeida ressalva que Rueda, em reacção a esse movimento do pós-guerra, “foi um dos primeiros artistas a regressar à abstracção geométrica”. De resto, na opinião do historiador de arte, a importância do artista espanhol e aquilo que hoje explica a revisão histórica de que está ser alvo prende-se, precisamente, com “essa si-tuação concreta de reacção contra o informalismo” e de per-filhamento do neoconstrutivismo, enquanto movimento de “retorno a um certo classicismo na abstracção”. Para tanto terá contribuído o clima de paz e esperança que se viveu no Ocidente a partir de meados da década de 50, por contrapon-to à devastação das cidades logo após a 2ª Guerra Mundial – circunstância que, aliás, criou o quadro motivacional para o informalismo.O neoconstrutivismo marca fortemente a obra pictórica de Rueda, que passou a assumir um cunho objectualista. O artista destaca-se pela “introdução de objectos tridimensio-nais” nas telas, tendência estética derivada da colagem. “A pintura caminha para fora do quadro e aproxima-se da escul-tura”, diz Bernardo Pinto de Almeida. É assim que, a partir dos anos 60, Rueda passa a dedicar-se também à produção escultórica e se assume como um “artista de múltiplos me-dia”, acrescenta. Resta dizer que Rueda fundou o Museo de Arte Abstracto de Cuenca, juntamente com Fernando Zóbel e Gustavo Torner, e foi autor de obras tão importantes como o mural do Museo de Escultura al Aire Libré de la Castellana (Madrid), os vitrais da catedral de Cuenca e as portas do pavilhão de Espanha na Exposição Universal de Sevilha.

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DO CUBISMOAO NEOCONSTRUTIVISMO

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A convite da Metro do Porto, o Laboratório de Pla-neamento da FEUP tem vindo a desenvolver os trabalhos de concepção geral das novas linhas e ex-

tensão das existentes que irão constituir a segunda fase do projecto do Metro. Trata-se de um desafi o particularmente aliciante e estimulante. No contexto de uma área metro-politana com mais de um milhão de pessoas como a AMP, será talvez difícil apontar um outro qualquer projecto que possa rivalizar com este, no que toca ao seu forte impacto na estruturação competitiva do território metropolitano, no fomento da coesão sócio-territorial ou na melhoria dos níveis de qualidade am-biental, em particular, no seu contributo para uma apreci-ável diminuição das emissões totais de gases com efeitos de estufa.Se os diversos estudos de opi-nião, entretanto realizados, convergem numa apreciação muito favorável do serviço de mobilidade prestado pelo sistema de metro, importa reconhecer que as premissas que balizaram a concepção da primeira fase deste projecto poderão não ser as mais adequadas para a segunda fase. Partindo da simples constatação que o sucesso e a susten-tabilidade de um sistema de transportes depende, em úl-tima análise, da sua capacidade de fi delização e captação de novos utentes, será imprescindível que a segunda fase deste projecto se caracterize por não apenas ser efi caz na atracção de passageiros oriundos dos sistemas concorrentes de transportes públicos, mas ser capaz de captar, em maior escala, os actuais utilizadores de automóvel, contribuindo para o efectivo descongestionamento da AMP, em particu-lar das suas zonas mais centrais. Para tal será necessário ter consciência de que os ritmos de construção que alimentaram as expansões urbanas e su-burbanas, ao longo dos últimos trinta anos, difi cilmente se manterão nas próximas décadas. Urge, assim, agarrar os no-

vos traçados aos territórios que, ac-tualmente, se apresentam mais den-samente ocupados, quer em termos de residência, de emprego, de co-mércio ou de serviços, privilegian-do, de entre aqueles, as zonas ainda não servidas e com maior potencial de geração de deslocações. A aplicação deste critério não deverá relegar para segundo plano a enorme capacidade de estruturação e qualifi cação urbanística que um sistema de metro ligeiro representa. Antes pelo contrário, tal capacidade deverá ser aproveita-da para reforçar o policentrismo metropolitano, conter as expansões urbanas e dar coerência a tecidos urbanos frag-mentados ou em processo de consolidação. Mas aconselha a prudência, face a alguns voluntarismos de um passado recente, que as áreas a servir tenham já elevados e com-provados níveis de urbanidade e centralidade. É aliás nestes territórios que um metro ligeiro de superfície tem capaci-dade de revelar todas as suas potencialidades. Por outro lado, importa garantir que as novas linhas não só prestam um bom e justifi cado serviço aos territórios que atravessam como também contribuem para o aprofunda-mento da intermodalidade e para um funcionamento mais fl exível de toda a rede. A sua confi guração deverá traduzir a coexistência dos tradicionais movimentos pendulares ra-diais centro-periferia, que a primeira fase deste projecto claramente privilegiou, com os novos padrões metropoli-tanos de deslocação. Referimo-nos aos novos movimentos circulares, em particular dentro cidade do Porto e entre os municípios que constituem a sua primeira coroa en-volvente.Porém, no desenho fi nal dos traçados, a preocupação com a abrangência das áreas cobertas pelo metro não deverá comprometer as velocidades de circulação e os tempos to-tais de viagem. Para além do conforto, segurança e fi abili-dade – consensualmente reconhecidos ao Metro do Porto – a capacidade deste meio de transporte público compe-tir com o automóvel privado depende, cada vez mais, dos tempos de viagem oferecidos. O nosso trabalho encontra-se, actualmente, em fase de fi -nalização e em breve será apresentado publicamente. Par-tindo das soluções inicialmente avançadas para a segunda fase do projecto, introduzimos signifi cativas alterações e novos traçados que trarão certamente alguma polémica e, esperamos, possam suscitar uma discussão alargada sobre a futura área metropolitana. Na verdade, um projecto com esta dimensão e impacto não se circunscreve à esfera dos transportes públicos de passageiros, mas antes deverá ter como ambição e desígnio último contribuir para a neces-sária reestruturação territorial da AMP, promovendo a sua competitividade, a sua sustentabilidade ambiental e os ní-veis de qualidade de vida da sua população.

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COMENTÁRIO

por

PauloPinhoInvestigadore docente da FEUP

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O cenário é sugestivo e cumpre-se em poucas palavras durante a Rapidinha das 18, uma das actividades incluídas no programa de fi tness

promovido pelo Gabinete de Actividades Desportivas da Universidade do Porto (GADUP), e apenas uma das que, a partir do próximo ano lectivo, vão estar disponíveis a preços especiais para todos os alumni da U.Porto.Mas, por enquanto, regressemos em ritmo lento ao Pavi-lhão de Rítmica da Faculdade de Desporto da U.Porto (FADEUP), palco de uma actividade nascida, em 2004, “do aproveitamento de um tempo de meia hora que não estava a ser utilizado pela faculdade. Assim surgiu a ideia de fazer aulas de ginástica localizada de alta intensidade e de curta duração, em que só se trabalham dois ou três grupos musculares. Daí chamar-se Rapidinha”, desvenda Bruno Almeida, responsável do GADUP.Palavras que passam ao lado do grupo de cerca de 15 pessoas que, a poucos metros, recuperam do esforço dispendido na Rapidinha. “Costumam ser mais. Já cheguei a ter 57 pessoas ao mesmo tempo. É uma aula muito procurada pelas alunas das faculdades aqui de perto (Pólo II, Asprela), que vêm para

tirar a barriguinha, o rabo e as gordurinhas a mais”, explica a monitora Joana Rita Pinto, num tom de voz mais baixo do que aquele com que, durante três sessões semanais (2ª, 3ª e 5ª feira), “puxa”, de forma alternada, pelos glúteos, abdominais, pernas, braços e lombares dos participantes.E para quem duvida da efi cácia de apenas meia hora de exercício, Joana Rita Pinto antecipa-se: “A grande vanta-gem da Rapidinha é que permite que os alunos trabalhem uma área do corpo específi ca. Combinado com o trabalho cardiovascular, esse trabalho localizado nota-se ao nível da tonifi cação, para além do desenvolvimento da coordenação motora e da resistência”.Após mais uma batalha para reforçar os glúteos, Anabela Cancela comprova as vantagens da iniciativa. “Tem sido uma experiência muito positiva. São só trinta minutos, mas muito intensos. Não há tempos mortos. Passa rápido, não nos tira muito tempo e rentabiliza bastante”, destaca esta funcionária do Departamento de Engenharia Civil da Fa-culdade de Engenharia que, desde o início do ano, encon-trou, na companhia de mais de 2000 pessoas, o culminar de uma longa história: “Comecei na hidro-ginástica, depois

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DESPORTO

Às 18 horas em ponto, o relógio arranca, impará-vel. O tique-taque marca o ritmo dos corpos agita-

dos, à medida que braços e pernas se contorcem em jogos e combinações complexos. A música, de

fundo, mistura-se com palavras e gestos impro-visados. Os corpos suam. Em pouco mais de 30

minutos, tudo acaba com um último resfolgar de alívio. É assim a Rapidinha das 18.

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fui para a musculação e, depois de descobrir a Rapidinha, nunca mais saí”.Mas se são elas quem mais adere, nem só... nelas a Rapidinha promete fazer milagres. “Estamos abertos a toda a comuni-dade. As pessoas podem pagar uma mensalidade ou, então, chegam ao nosso balcão (entrada da FADEUP), compram uma senha e fazem a aula que querem”, resume Bruno Al-meida, para logo concluir que “o público-alvo centra-se na Universidade do Porto, havendo preços diferenciados para alunos (€8 de mensalidade/€2 por senha), professores e funcionários (€9/€2,5) da U.Porto e externos (€12/€3)”.Uma lista de preços que, no próximo ano lectivo, vai incluir uma nova variável. Desta forma, “todos os antigos alunos da U.Porto poderão aderir à Rapidinha ao preço dos [actuais] alunos”, destaca Bruno Almeida, para quem “é estratégico para a universidade os alumni fazerem cada vez mais parte deste universo, sendo que o desporto não foge à regra”. Antecipando o crescimento da turma, Joana Pinto partilha da mesma opinião. “Acho óptimo, porque já trabalhei com pessoas dos 8 anos 80 anos e isto é benéfico para todas as idades”, explica a monitora. E se algum exercício não se

adaptar ao participante (por motivo de lesão ou qualquer outro), “nós indicamos um exer-cício alternativo”.Mas para os que, ainda assim, apreciam acti-vidades menos… rapidinhas, o programa do GADUP prevê propostas para todos os gostos e velocidades. Assim, e para lá do “Fitness na U.Porto” (que inclui ainda capoeira, danças do mundo, hidroginástica, hip hop, kung-fu, musculação, natação, taekwondo e yoga), “pro-movemos actividades como fins-de-semana aventura, caminhadas e cursos de mergulho, bem como campeonatos de karting, torneios de futebol, ténis de mesa, xadrez, entre outras”, finaliza Bruno Almeida, descrevendo apenas algumas das actividades que, no próximo ano, vão estar igualmente ao alcance privilegiado dos alumni.Para mais informações sobre a Rapidinha das 18 e a restan-te oferta desportiva do GADUP, pode contactar o gabinete pelo telefone 222 074 164, directamente na FADEUP, ou passar pelo site dos SASUP (Serviços de Apoio Social da U.Porto), em www.sas.up.pt.

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“Não há tempos mortos. Passa rápido, não nos tira muito tempo e rentabiliza bastante”.

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MONTRA

Irmânia porquê? O autor, Ângelo Jorge (1888-1922), explica logo no prefá-cio desta “obrazinha”: “É a síntese exacta e completa do que sou moral e mentalmente, e, de certo modo, até, fi sicamente, na época em que a escrevo. A Ilha misteriosa a que o meu modesto espírito deu forma literária existe realmente na minha Aspiração, no meu insofi smável anseio de Bem e de Verdade. Durante o tempo em que vivi na crença duma humanidade venturosa e perfeita, dum estado social justo e equilibrado, afastei de mim a visão perturbadora do inferno presente, fechei ouvidos aos gritos dos desesperançados e às blasfémias dos sem crença, sonhei bondades de amor – e fui feliz”. Esta “novela naturista”, como defi ne o autor, confi gura, no entender de José Eduardo Reis, respon-sável pela edição, “o modelo de uma utopia literária, melhor dizendo, de uma eutopia ou utopia positiva” (em termos de estrutura temática-composi-tiva). Isto é, explica o editor, faz “uma representação de sociedade imaginada por um dado autor de forma a ser lida pelo seu leitor contemporâneo como sendo qualitativamente melhor do que a sociedade em que ambos se situam historicamente”. Sobre o autor, José Eduardo Reis acrescenta ainda que, no contexto da “história transnacional da utopia do primeiro quartel do século XX, foi um autor menor português a (re)colocar, de modo involuntário, sem reconhecimento canónico nacional, a literatura portuguesa no mapa euro-peu da tradição literária utópica”.

“São os autores que fazem as literatu-ras nacionais, mas são os tradutores que fazem a literatura universal”. É esta a frase de José Saramago (in Jornal de Notícias, 12/03/1997) que dá início à “Razão de Ser”, primeiro capítulo desta obra, para a qual contribuiu a “activi-dade desenvolvida durante o Mestrado em Estudos de Tradução, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto” e as “indicações de cariz teórico-práticas recolhidas na fase curricular de tal Mes-trado”. Foi na sequência desta pesquisa que Jorge Almeida e Pinho verifi cou a escassez de “referências ao trabalho ou às considerações teóricas dos tradu-tores portugueses sobre o trabalho de tradução”, isto apesar “da proliferação de obras e de autores estrangeiros traduzidos e de existir um grande nú-mero de bons tradutores literários em Portugal”. Esta constatação serviu de alavanca para uma “caracterização, ain-da que elementar, das expressões indi-viduais sobre o trabalho mais ou menos desconhecido que é a tradução literária em Portugal”. O resultado de tudo isto foi uma tese de Mestrado “com uma extensa colecção de textos dedicados à temática da tradução e em que se baseia esta obra”. Muito sumariamente, poderá dizer-se que as principais pre-ocupações dos tradutores se centram na “fi delidade ao texto original e às supostas intenções do autor”. “Em cada ocasião e para cada novo elemento tor-nam-se necessárias uma nova atitude e uma nova perspectiva que possam servir na medida adequada à superação de difi culdades que se diversifi cam em função de cada criador, de cada criação ou até mesmo de cada momento – tem-poral ou espacial – de criação”.

Ficámos a saber que esteve para se chamar Clarabóia, Eros ou até Baile no Bosque, o universo para o qual a Águas Furtadas nos remete. É que é chegado o número 10, número “redon-do”, como lhes chamam Luísa Marinho e Rui Manuel, editores de literatura da revista cujo número um saiu nos inícios de 1999 com 32 páginas (agora ultra-passa as 200) de poemas e algumas ilustrações. Depois, foi tempo de dar espaço a “outros géneros literários, a outras artes visuais e à música”. De início, os leitores eram presenteados com pautas originais até que, a partir do número 6, cada revista passa a fazer-se acompanhar de um CD. “A Per-fect Observer in Random Wounds”, de Gustavo Costa (electrónica realizada pelo compositor em estúdio próprio), ou “Suspensa”, de Carla Oliveira (elec-trónica realizada pela compositora, nos estúdios da Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto), são algumas das faixas que constituem o CD deste último número. Vítor Olivei-ra Jorge, Pedro Amaral e Rogério Rola cedem alguns dos poemas, Manuel Resende e Hélder Moura Pereira algu-mas das traduções e António Gregório e André Sousa Martins alguns dos con-tos. E há mais textos, que encaixam na bitola da “História”, da “Música” ou do “Ensaio”. A “breve notícia” dedicada ao Winnie-the-Pooh é exemplo do que cabe no “Ensaio”: “Como o ursinho Pooh diria, as coisas são como são, e raramente são como não são. É assim (como provavelmente também diria) que as coisas funcionam, pelo menos a maior parte das vezes”, escreve o poe-ta Manuel António Pina.

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ÁGUAS FURTADASNÚMERO 10

LITERATURA, MÚSICAE ARTES VISUAISNJAP/JU

O ESCRITOR INVISÍVEL A TRADUÇÃO TAL COMO É VISTA PELOS TRADUTORES PORTUGUESES

JORGE ALMEIDA E PINHO QUIDNOVI

IRMÂNIAÂNGELO JORGEEDIÇÃO DE JOSÉ EDUARDO REISEDIÇÕES QUASI

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Relógios, velas, artigos de papelaria e es-critório, serviços de café, peças de decora-ção, jogos, rádios, vestuário e acessórios, livros e muito mais. Tudo isto está disponí-vel na Loja U.Porto, um espaço inaugurado a 16 de Junho, nas actuais instalações da Reitoria, na Praça Gomes Teixeira. Os ho-rários de funcionamento são os seguintes: segundas-feiras das 14h30 às 19h00, de terças a sextas-feiras das 10h00 às 19h00, e aos sábados das 10h00 às 14h00. As compras podem igualmente ser realizadas on-line, através do site www.loja.up.pt. A Loja U.Porto oferece apenas produtos ex-clusivos. As peças para venda foram con-cebidas com materiais de qualidade e obe-decem a um design cuidado e moderno. Já o catálogo editorial inclui publicações das várias editoras existentes nas unidades orgânicas da U.Porto. Ao todo são mais de três centenas as obras disponíveis, o que abarca produções artísticas, literárias, téc-nicas, científi cas e didácticas da autoria de membros da universidade. A Loja U.Porto foi criada com o intuito de expandir a notoriedade da universidade, de consolidar as suas relações com a popula-ção e de reforçar o sentimento de pertença à comunidade académica. Neste sentido, a Loja U.Porto dirige-se não apenas aos actuais estudantes, professores e investiga-dores, mas também aos antigos alunos da universidade e aos cidadãos em geral. Resta dizer que a Loja U.Porto é explorada unicamente pela Reitoria, constituindo os resultados das suas vendas um benefício directo para a universidade.

UMA LOJA DE AFECTOS

LOJA

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A ideia de criar uma empresa dedicada ao “suporte, personalização e desenvolvimento” de aplicações open source pode parecer arriscada. É que, ao con-

trário das soluções proprietárias, o software livre está isento de impedimentos legais de uso, modifi cação e distribuição. O seu código-fonte é conhecido publicamente, pelo que qualquer utilizador tem a liberdade de executar, estudar, aperfeiçoar e redistribuir os respectivos programas. Assim sendo, como lucrar com uma empresa que desenvolve e comercializa soluções open source? Miguel Andrade, CEO da Neoscopio, responde com um exemplo prosaico: “Hoje, as receitas dos melhores restaurantes estão publicadas e não é por as pessoas saberem como se confeccionam os pratos que os vão fazer para casa. Mas podem! Com o software acon-tece a mesma coisa. Não é pelo facto de as pessoas terem o código e poderem ser elas a desenvolver as soluções que vão deixar de procurar quem saiba fazer melhor”.Foi com base neste princípio que, durante o 1º Curso de Empreendedorismo para alunos de pós-graduação da

U.Porto, em 2005, quatro jovens investigadores (idades entre os 26 e os 37 anos) decidiram, primeiro, desenvolver um pla-no de negócios para uma empresa de software livre e depois transpor o projecto da esfera académica para a realidade em-presarial. Miguel Andrade, que já era consultor de tecnolo-gias de informação, lançou a ideia e, “por coincidência”, diz, os outros três colegas “tinham já uma orientação no mesmo sentido”. Assim surgiu a start-up Neoscopio.Desde logo “houve uma fi losofi a de grupo ou de equipa”, embora os quatro promotores tenham formações bastante distintas. Miguel Andrade é formado em Engenharia Elec-trotécnica, Miguel Costa em Física Teórica e Computa-cional, Nuno Cerqueira em Química e Gustavo Mendes em Psicologia Clínica e Educacional, desenvolvendo todos eles actividades de investigação na U.Porto. Para o CEO da Neoscopio, este mosaico académico é “imensamente enri-quecedor para a empresa, porque elimina a consanguinida-de de pensamento. Dá-nos um horizonte mais vasto e per-mite-nos encontrar soluções mais criativas e efi cientes”.

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Quatro jovens investigadores conheceram-se no Curso de Empreendedorismo da U.Porto,

em 2005, e rapidamente decidiram criar a Ne-oscopio. Este spin-off da maior universidade do país desenvolve e comercializa soluções de software open source, pretendendo tor-

nar-se uma referência europeia nesta área. A empresa foi apoiada pelo Programa Finicia e

encontra-se incubada na UPTEC.

EMPREENDER

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Segundo Alexandre Rocha Oliveira, membro da direcção da UPTEC, a nova incubadora persegue três objectivos funda-mentais: “apoiar a criação de start-ups”; “contribuir para a transferência de tecnologia da Universidade do Porto para o mercado”; e “convencer empresas já constituídas de que vale a pena instalar no campus universitário os seus centros de I&D, aproveitando a massa crítica e os recursos tecnoló-gicos aí existentes”. O mesmo responsável destaca também, como propósito da UPTEC, “incentivar o lançamento de novos negócios por anti-gos alunos da Universidade do Porto”. A ideia é assegurar as condições indispensáveis para que, sem abdicarem dos seus empregos, os antigos alunos possam agarrar oportunidades de negócio que lhes surjam, tendo a UPTEC como respaldo.Estes objectivos só são concretizáveis porque a UPTEC não se limita a garantir espaços para incubação e a prestar os serviços normalmente oferecidos por equipamentos simila-res. A incubadora da U.Porto vai mais longe ao proporcionar a orientação das ideias de negócio por um mentor com expe-riência empresarial, ao fornecer recursos humanos qualifica-dos para melhor concretização dos projectos, ao assegurar aos empresários formação específica, ao permitir às empre-sas a criação de centros de I+D+I no campus universitário e ao facilitar o acesso a capital de risco e a business angels. O processo de incubação na UPTEC inicia-se com a admissão dos candidatos, o que pressupõe a apresentação da ideia de negócio e respectiva avaliação. Seguem-se as fases de pré-in-cubação, para melhor planeamento do projecto, de incubação tout court e, por fim, de aceleração, na qual se definem estraté-gias para o mercado externo. Três empresas encontram-se ac-tualmente em pré-incubação e outras três em incubação, mas existe o propósito de, até ao final de 2007, acolher 15 start-ups. Resta dizer que a UPTEC funciona, por ora, em pavilhões pré-fabricados (3285 m2) na Asprela. Contudo, foi já lançado o concurso público para a construção de um novo espaço, também no mesmo pólo universitário, com cerca de 5 mil m2. Para tanto vão ser investidos quatro milhões de euros, verba financiada pelo PRIME. As obras têm início ainda este Verão.

QUE BEMQUE SE ESTÁNO CAMPUSDesenvolver sinergias entre as universidades e o tecido empresarial, promovendo assim o empreendedorismo e fomentando a inovação enquanto factor crítico de compe-titividade, é uma necessidade há muito sentida em Portu-gal. Cientes desta realidade, a U.Porto e a Associação do Parque de C&T do Porto lançaram, em Fevereiro de 2007, a UPTEC, uma incubadora especialmente vocacionada para acolher empresas de base tecnológica, cuja lideran-ça está a cargo do anterior reitor José Novais Barbosa.

UPTECRua Actor Ferreira da Silva, 1004200-298 PortoTel. 22 0301500Fax 22 [email protected]

Apoio do FiniciaA Neoscopio atraiu imediatamente clientes e, ao longo de 2006, procurou provar que o seu core business fazia sentido e que existia uma apetência do mercado português pelo software livre. “Funcionámos quase como proof of concept, mostrando que era possível”, esclarece Miguel Andrade. E de tal forma foram bem sucedidos que, nesse mesmo ano, o projecto seduziu a PME Capital (hoje Inovcapital). Através desta sociedade de capital de risco de referência do Mi-nistério da Economia e da Inovação, a Neoscopio obteve apoio no âmbito do Programa Finicia (financiamento em três anos) e arrancou com um capital social de cerca de 108 mil euros. Entretanto, a empresa viu ser-lhe aprovado, pela Iniciativa Neotec, um financiamento de 70 mil euros. A meta dos promotores da Neoscopio é, contudo, investir 1,3 milhões de euros no projecto. Beneficiando do apoio da UPIN (Universidade do Porto Inovação) e do endorsement da U.Porto – “poder dizer que somos um spin-off da universidade ajuda-nos a conquistar clientes”, confessa Miguel Andrade –, a Neoscopio acaba-ria por ser incubada, a partir de Março último, na UPTEC, uma infra-estrutura que consideram “excelente” e que permitiu consolidar o projecto.A Neoscopio iniciou, assim, o seu “ano zero”, durante o qual pretende “demonstrar que é possível construir um portfólio de soluções open source de grande qualidade e a baixo preço”. Uma forma de o fazer é registar lucros já no final de 2007, acrescenta Miguel Andrade, para quem o grande objectivo da empresa, a longo prazo, é “ser uma referência europeia em open source”. Para tanto, vão conti-nuar a “encontrar e adaptar soluções à maneira de trabalhar de cada cliente”, não deixando de “dar garantias de que o software proposto funciona e de prestar a respectiva assis-tência técnica”. Estes são, para o mesmo responsável, os principais factores competitivos da Neoscopio.

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“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”,

escreveu Fernando Pessoa. O sortilégio da

criação acompanha a Humanidade desde os

seus primórdios. São as mãos que moldam o

barro com a subtileza da brisa marítima. É o

pincel que rebenta em múltiplas cores na tela

vazia. São os traços do desenho que irrom-

pem, aparentemente desordenados, na folha

em branco. É o cinzel que sulca a pedra com

a pureza do rasto das gaivotas no areal.

Este ofício de demiurgo embala os dias da

Faculdade de Belas Artes da Universidade do

Porto. Na azáfama dos ateliers, estudantes

com vestes de operário analisam os mate-

riais, dominam os instrumentos, defi nem as

formas, constroem as imagens. Sob o olhar

atento dos mestres, a epifania tem lugar.

Mãos e sentimentos convergem num turbi-

lhão criativo. Nasce a obra de arte e o carác-

ter industrioso do homem perpetua-se.

RMG

ALMA MATER

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FOTOGRAFIASANTÓNIO CHAVES

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Durante o concerto da Orquestra de Tangos do Orfeão Universitário do Porto, em Abril, no au-ditório da FEUP, houve um momento especial

que fi cou, certamente, na memória de quem assistia. Um solo de piano. Tratava-se da composição “Amores de Es-tudante”, que marcou várias gerações de universitários da U.Porto, no tempo em que Carlos Gardel fazia colar os ouvidos ao rádio. O intérprete não era apenas intérprete. Era igualmente o compositor do tema interpretado. Tam-bém não era apenas intérprete e compositor. Foi fundador do Orfeão em 1937, com vários outros colegas, entre os quais Paulo Pombo, o outro elemento da dupla de com-positores e autor da letra de “Amores de Estudante”. Além do mais, quem solava ao piano é também admirado por outras facetas desta dança da vida. Aureliano da Fonseca é nome de referência na prática clínica e no ensino médico no Porto. Um pioneiro de diversas maneiras. Foi mestre na Dermatologia e Venereologia, tendo criado o primeiro serviço desta especialidade no Hospital de S. João. Pioneiro também na educação sexual no nosso país. Pioneiro na in-trodução do conceito de medicina social. Um humanista, que considera que o exercício da medicina obriga a en-carar a vida como valor supremo, porque, na sua opinião, “todo o ser humano é um sentir espiritual”.Aos 92 assombrosos anos, vividos de corpo inteiro mas “não em linha recta”, como em tempos disse da vida, vai marcando o ritmo ao tempo e abraçando paixões como a clínica, a história da medicina, a medicina social e a música, com a qual contactou cedo, logo aos cinco anos.

VIDAS & VOLTASJO

ÃO

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Deito um caroço de maçã ao mar e faço nascer uma ilha. Um círculo perfeito, e eu no meio. A minha ilha tem areias limpas e fontes de água fresca. Tem

muitas macieiras com os braços carregados de frutos. Esten-do a mão para apanhar um e mata-me a fome. Não preciso de mais nada para comer. Chapinho os pés na água, respiro o ar puro; o vento traz-me as gargalhadas das crianças que deixaram os pés marcados na areia da minha ilha. A minha ilha tem muitas crianças e ne-nhum adulto. Pouco mais fazem do que rir e deixar pegadas na areia, mas parecem felizes. E eu fi co feliz também. Leio-lhes muitas vezes o único livro que tenho na ilha – O Príncipe, de Maquiavel –, e peço-lhes que não me deixem fi -car assim, que me contagiem com a inocência das suas vidas. Acredito que esteja a resultar: com elas construo palácios de areia onde não vivem príncipes, e quando a maré os leva construímos mais e mais palácios, de feitios e dimensões di-ferentes, com várias divisões para dançarmos e cantarmos e dormirmos. A espuma do mar torna-nos ébrios. A Norte da minha ilha circular há uma ilha quadrada. Tem apenas cinco habitantes, sempre muito ocupados. Um veste roupas sumptuosas e não pára de mandar. Anda de um lado para o outro, enrolando o bigode, e a mulher sempre atrás dele, ajeitando-lhe o manto. Atrás dela vai o fi lho, um rapaz escanzelado de cabelo cortado em tigela, fugindo do pre-ceptor que lhe quer impingir as fórmulas latinas do dia. A fechar o cortejo, uma criada velha, que de vez em quando tem de acelerar o passo para abrir as portas ao homem de bi-gode encaracolado, para de novo se posicionar no fi m da fi la. Andam assim em procissão todo o dia, visitam quatro vezes cada canto do quadrado. Observo-os há mais de mil anos, enquanto chapinho os pés na água, e parecem não se cansar. Confesso que espero secretamente o dia em que a mulher se não levante para ajeitar o manto daquele homem irado. A Sul da minha ilha circular há uma ilha triangular. É maior do que todas as outras, e como o seu vértice aponta para Oeste dá a sensação de que se desloca em relação às outras ilhas. Mas observo-a diariamente e sei que não é assim. A ilha tem três torres, uma em cada canto. São edifícios triangulares muito altos e nas janelas, todas triangulares e apontando para cima, adivinha-se gente esguia, de corpo rijo de tanto subir e descer escadas. Os rostos e o cabelo dessa gente são de to-

das as cores e fei-tios, mas mantém-se o olhar sonhador. Todos os dias, ao fi m da tarde, os habitantes dos três edifícios descem até à praça principal. Falam anima-damente enquanto o sol se põe. E adivinho que pendurados nos seus gestos afáveis de despedida vão palavras de um doce “bem hajam”. Gosto de fi car a observá-los ao fi m da tarde, enquanto espero que a maré destrua os meus palácios e me faça projectar a cons-trução de outros, no dia seguinte. A Este da minha ilha circular há uma ilha em forma hexagonal. Toda a ilha se encontra coberta por um enorme guarda-chuva que protege o chefe da ilha do sol. Como ele é alérgico aos raios solares decretou que toda a população deveria partilhar do seu sofrimento. Os habitantes dessa ilha vivem cheios de frio, vestindo camisola interior e de gola alta. Cada gomo do hexágono é ocupado por gente diferente, mas todos tentam fugir. Na calada da noite, os soldados do chefe vão buscar os foragidos a barcos em forma de lua e arrastam-nos de novo para baixo do guarda-chuva. Nunca mais ninguém os torna a ver. A Oeste da minha ilha circular há uma ilha em forma de elipse, cortada ao meio por um rio. A parte Norte da ilha é habitada por homens e mulheres loiros, de roupa branca, que caminham serenos pelos jardins, lendo livros de poesia. Na parte Sul, a vida é mais agitada, com homens de fato de executivo e mulheres de saltos altos e saias travadas e jovens de gravata entrando e saindo apressados dos edifícios da uni-versidade, vergados pelo peso dos livros. De vez em quando os habitantes de cada metade vão até ao rio e olham para a outra margem com olhos curiosos. Mas ninguém ousa en-frentar a corrente. Da minha ilha circular observo o crescimento do mundo. E tento ensinar às crianças que deixam pegadas na areia mo-lhada que a vida pode ter diferentes cores e estas tonalidades diversas.

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A MINHA UTOPIA

Espaço reservado a crónicas da autoria de alumni da U.Porto, versando o tema “A minha Utopia”.

Por Fátima Vieira, Docente da FLUP

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A Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (AEFMUP) comemorou

25 anos de existência. Para celebrar as bodas de prata, a AEFMUP organizou, em meados de Maio, uma semana de actividades, que arrancou com a inauguração das novas instalações da associação. Do plano de actividades agendadas pelos estudantes, cons-taram a realização de um ciclo de cinema e leitura, exposi-ções, jantares-convívio, um café-concerto e várias tertúlias, onde se debateram temas como os 25 anos da AEFMUP, a promoção de revistas científicas e o associativismo estu-dantil nacional.

O Auditório da Faculdade de Engenharia da U.Porto conheceu lotação esgotada durante a actuação da

Orquestra de Tangos da Associação dos Antigos Orfeo-nistas da Universidade do Porto (AAOUP). Mais de 500 pessoas assistiram ao espectáculo que, a 13 de Abril último, comemorou os 70 anos da Orquestra Universitária de Tan-gos, que antecedeu a AAOUP. Fundada em 1937, a Orquestra Universitária de Tangos tocou pela primeira vez em público na Récita da Gala, re-alizada no Teatro Rivoli a 13 de Abril desse ano. Na altura, ouviram-se temas de Carlos Gardel interpretados por um grupo de oito estudantes da U.Porto, do qual sobrevive apenas o sócio honorário da AAOUP – Aureliano da Fon-seca, co-autor da música “Amores de Estudante”. A efeméride foi igualmente assinalada com o descerra-mento, à entrada do edifício da Reitoria, de uma lápide comemorativa dos 70 anos da orquestra.

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O vestuário reflecte a solenidade do momento e os rostos, amadurecidos pelo tempo, denunciam uma

sabedoria adquirida há várias décadas. Este grupo de 20 antigos alunos da U.Porto comemorava, então, os 50 anos de graduação nos cursos de Ciências Biológicas e Ciências Zoológicas. Numa romagem nostálgica ao edifício onde, em 1957, completaram as suas licenciaturas, os alumni vi-sitaram as remodeladas instalações da Reitoria e o Museu de Zoologia Augusto Nobre. No mesmo dia, 19 de Maio, tiveram ainda a oportunidade de conhecer a actual Facul-dade de Ciências e percorrer o Jardim Botânico. Segundo a antiga aluna Antonina Soares, o “contentamen-to foi geral”. O grupo, que a partir dos 25 anos de gradu-ação se reúne todos os anos, viveu momentos de fraterno convívio, desfiou memórias e relembrou peripécias antigas. Mas o ponto alto do encontro foi a apresentação do livro comemorativo da efeméride.

A Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Eco-nomia da Universidade do Porto (AAAFEP) realizou,

no dia 24 de Maio, no Hotel Le Meridien do Porto, um jantar-debate subordinado ao tema “QREN - Instrumento de Competitividade Regional?”. A iniciativa contou com a participação do Secretário de Estado do Desenvolvimen-to Regional, Rui Baleiras.O QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional traça o enquadramento para a aplicação da política comu-nitária de coesão económica e social em Portugal, durante o período de 2007-2013.

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O grupo, que a partir dos 25 anos de graduação se reúne todos os anos, viveu momentos de fraterno convívio

Espaço dedicado a iniciativas dos antigos alunos da U.Porto. Enviar informações para [email protected].

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Ao que se sabe, o desenho à pena com toque de aguada de Leonardo da Vinci, “Rapariga lavando os pés a uma criança”, que inclui um “Estudo se-

parado das nádegas da criança”, é a única obra do génio da Renascença existente em Portugal. E porque um desenho de Leonardo da Vinci é um acontecimento que extravasa os gabinetes de connoisseurs e curiosos, o precioso desenho esteve em itinerância por alguns dos mais importantes mu-seus do mundo, de Madrid a Paris e Nova Iorque, empare-lhado com colecções também elas raras e minuciosamente estudadas. Teve, aliás, honras de abertura em exposição in-ternacional. Esta obra única pertence ao Núcleo de Desenho Antigo da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde se encontra depositada. Lúcia Matos, responsável pelo Museu das Belas Artes, acompanha também o projecto de constituição, crescimento e divulgação da Colecção de Desenhos de Mestres Europeus, que contou com o mece-nato da Unicer.O desenho, cuja autoria chegou a ser erroneamente atri-buída a Raffaellino de Reggio, terá sido exposto, pela pri-meira vez, na ESBAP, em 1962. Três anos mais tarde, em 1965, a identifi cação do verdadeiro autor do desenho é feita por Philipe Pouncey, curador e historiador de arte, especialista em desenho italiano, cuja longa e prestigiada carreira inclui passagens pela National Gallery (Londres), a National Library of Wales e o British Museum. Além disso, foi director da leiloeira Sotheby’s. Através de uma fotografi a, e com base em análises com-parativas com outros desenhos de Leonardo da Vinci do British Museum, nomeadamente o estudo para “A virgem e o menino com um gato”, Philipe Pouncey notaria “o mesmo sentido plástico no tratamento compacto do gru-po, os mesmos tipos faciais, o mesmo desenho esquemático e ainda a mesma combinação de manchas de aguada com um rápido riscar de mão esquerda de traços paralelos”. Es-tes pormenores inserem-se no estilo do criador italiano, a que se junta a transparência de uma inscrição em espe-lho (da esquerda para a direita) no verso da folha – modo de escrita característico de Leonardo – como fundamento para a atribuição da autoria. Mas a confi rmação cabal só viria em 1977, através do exa-me do original. No ano seguinte, a descoberta foi anun-ciada internacionalmente num artigo de Philipe Pouncey publicado na revista Apollo (Londres), com o título “An unknown drawing by Leonardo da Vinci”.

O processo de identifi cação do desenho de Leonardo da Vinci que pertence às Belas Ar-tes arrastou-se por vários anos e baseou-se

em inúmeras pistas, até ser provado o ver-dadeiro autor da obra. A história conheceu,

porém, um fi nal feliz e o pequeno tesouro do mestre renascentista esteve em itinerância

por importantes museus do mundo.

EXPOSIÇÕES

Escola de Belas Artes, Porto, 1962

Museu Nacional Soares dos Reis, Porto: “Desenhos italianos, gravuras de Bartolozzi”, 1987.

Museum of Science, Boston: “Leo-nardo da Vinci. Scientist, Inventor, Artist”, 1997.

Museo di Arte Sacra, Camaiore: “Le-onardo e la pulzella de Camaiore”, Setembro 98 a Janeiro de 99.

Fitzwilliam Museum, Cambridge: Old Master Drawings in Portuguese Collections, 16 de Maio-13 de Agosto, 2000.

Centro Cultural de Belém, Lisboa: Desenhos de Mestres Europeus em Co-lecções Portuguesas, 13 de Outubro de 2000 - 7 de Janeiro, 2001.

Museu Nacional de Soares dos Reis: Desenhos de Mestres Europeus em Co-lecções Portuguesas, 8 de Novembro -13 de Janeiro, 2001.

Museo del Prado, Madrid: Dibujos de Maestros Europeos en las Colecciones Portuguesas, 10 de Maio- 21 de Julho, 2002.

Metropolitan Museum, Nova Iorque: Leonardo da Vinci, Master Draftsman, 21 de Janeiro-31 de Março, 2003.

Musée du Louvre, Paris : Leonard da Vinci, Dessins et Manuscrits, 5 de Maio-14 de Julho, 2003

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BELAS ARTESE O SEU LEONARDODA VINCI

“Rapariga lavandoos pés a uma criança”,

com estudo separado das nádegas da criança, c. 1480

Tinta à pena e aguada. 185mm x 114 mm.

Colecção da FBAUP

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Em Janeiro deste ano, o CIIE – Centro de In-vestigação e Intervenção Educativas da Facul-dade de Psicologia e de Ciências da Educação da U.Porto fi cou mais rico com a incorpora-ção de um legado muito particular: o acervo bibliográfi co de Stephen R. Stoer, falecido em 2005. Graças a esta doação, muito do trabalho de Stephen R. Stoer, na forma das leituras que o informavam ou dos caminhos a que se abria, poderá ser retomado noutras indagações.O fundo bibliográfi co está depositado no Cen-tro de Recursos Stephen R. Stoer, podendo ser consultado no local (sala do Centro de Recur-sos) ou online, no âmbito do catálogo da Biblio-teca da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. O acervo abrange as áreas da Sociologia da Edu-cação e das Políticas Educativas e inclui livros e revistas. O Centro de Recursos abrirá ao públi-co em Outubro, durante a exposição/homena-gem com que a U.Porto vai distinguir Stephen

Stoer como “fi gura eminente” da universidade. Stephen R. Stoer doutorou-se em Ciências da Educação na Open University de Inglaterra. Professor Catedrático da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, fundador do CIIE, Prémio Rui Grácio da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação e Fundação Gul-benkian em 1992, Grã Cruz da Ordem da Instrução Pú-blica da República Portuguesa, teve um papel determi-nante no desenvolvimento da sua área de estudos, quer na faculdade onde leccionou, quer no resto do país. IP

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Hans Karl Baret, artista plástico alemão nascido em Hilden e radicado em Vila Nova de Cervei-ra, é o autor de uma escultura alusiva à desco-difi cação do ADN que, desde meados de Maio, acolhe os visitantes do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da U.Porto (IPATI-MUP), no hall de entrada da instituição. A peça foi doada ao IPATIMUP por um me-cenas que pretende preservar o anonimato. Na cerimónia que assinalou o descerramento da es-cultura, Manuel Sobrinho Simões aludiu à obra como o “novo emblema do instituto”.IP

FUNDO BIBLIOGRÁFICO STEPHEN R. STOER

ESCULTURA PARA IPATIMUP

QUADRO DE HONRA

Este espaço é reservado a doa-ções de pessoas singulares ou colectivas à U.Porto, às suas unidades orgânicas ou às suas unidades de investigação.

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3 Campus universitários 14 Faculdades 1 Business School 2 265 Docentes (1860 ETI) 1 522 Docentes com doutoramento 1 693 Funcionários 27 690 Estudantes 17 275 Número de estudantes de 1º Ciclo 8 061 Número de estudantes de 2º Ciclo 1 612 Número de estudantes de doutoramento 742 Número de estudantes Pos-Doc 1 886 Estudantes estrangeiros 894 Estudantes estrangeiros de mobilidade 465 Estudantes estrangeiros no 1º ciclo (licenciatura) 293 Estudantes estrangeiros no 2º ciclo (mestrado) 177 Estudantes estrangeiros em doutoramento 57 Investigadores estrangeiros em Post-Doc 58 Nacionalidades diferentes 514 Universidades estrangeiras com protocolo de cooperação 196 Programas de Formação 53 Cursos do 1º Ciclo 100 Cursos do 2º Ciclo 43 Cursos do 3º Ciclo 279 Cursos de Formação Contínua 3 933 Vagas disponíveis em 2006/07 (15,35% das vagas nacionais) 3 618 Vagas preenchidas na 1ª fase do concurso nacional 2006/07 (92% das vagas preenchidas) 146,8% Mais alta média ponderada do último colocado das universidades públicas 71 Unidades de investigação 36 Unidades com classifi cação “Excelente” e “Muito Bom” 8 Laboratórios Associados ao Estado 1 553 Artigos científi cos publicados na ISI (20,3% da produção nacional) 21 Patentes (das quais 12 foram criadas entre 2005-2006) 30 Bibliotecas 634 449 Títulos de monografi as 30 607 Revistas científi cas disponíveis on-line 709 465 Downloads de artigos científi cos 9 Residências Universitárias 1 214 Camas 20 Unidades de alimentação (cantinas, bares, etc) 2 270 Lotação das cantinas 13 600 Refeições servidas por dia € 1,95 Preço de refeição em cantina de aluno de 1º ciclo 81 Prémios e distinções científi cas, de ensino e de promoção cultu-

ral em 2006

U.PORTO EM MÚMEROS

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LeopoldinaFerreira Paulo

Primeira doutoradada Universidade

do Porto

Novembro de 1944