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UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ ELISÂNGELA PICANÇO BRAZÃO MARLY DO SOCORRO DA COSTA PANTOJA VIAJANDO NO MUNDO DA LEITURA: 4º ano do Ensino Fundamental na Escola Estadual Serafini Costaperária Macapá 2012

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Page 1: UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ ELISÂNGELA PICANÇO … · 1.1TEMA: Viajando no mundo da leitura: 4º ano do Ensino Fundamental na Escola Estadual Serafini Costaperária. 1.2 PROBLEMÁTICA:

UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ

ELISÂNGELA PICANÇO BRAZÃO

MARLY DO SOCORRO DA COSTA PANTOJA

VIAJANDO NO MUNDO DA LEITURA: 4º ano do Ensino Fundamental na

Escola Estadual Serafini Costaperária

Macapá

2012

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ELISÂNGELA PICANÇO BRAZÃO

MARLY DO SOCORRO DA COSTA PANTOJA

VIAJANDO NO MUNDO DA LEITURA: 4º Ano do Ensino Fundamental na

Escola Estadual Serafini Costaperária

Projeto apresentado a disciplina Prática de Pesquisa II, sob orientação da Profª. Drª. Rosângela Lemos da Silva pela Universidade Vale do Acaraú.

Macapá

2012

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ELISÂNGELA PICANÇO BRAZÃO

MARLY DO SOCORRO DA COSTA PANTOJA

VIAJANDO NO MUNDO DA LEITURA: 4º ano do Ensino Fundamental na

Escola Estadual Serafini Costaperária

Projeto apresentado a disciplina Pratica de Pesquisa II, sob orientação da Profª. Drª. Rosângela Lemos da Silva pela Universidade Vale do Acaraú

Avaliado por:

_____________________________

Profª. Drª. Rosangela Lemos da Silva

Nota: _____

Data: ___/___/___

Macapá

2012

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

1.1TEMA 5

1.2 PROBLEMÁTICA 5

1.3 HIPÓTESE 5

1.4 OBJETIVOS 5

1.4.1 GERAL 5

1.4.2 ESPECÍFICOS 6

1.5 JUSTIFICATIVA 7

2 CONTEXTUALIZANDO A LEITURA 8

2 1 A LEITURA COMO O DESPERTAR PARA A APRENDIZAGEM 9

2.2 A LEITURA NA ESCOLA 11

2.3 POR UMA LEITURA SIGNIFICATIVA 16

2.4 A CRIANÇA E A SUA INSERÇÃO NO MUNDO DA LEITURA 18

2.5 O PAPEL DA FAMÍLIA 19

3 METODOLOGIA 22

4 CRONOGRAMA 23

5 REFERÊNCIAS 24

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1 INTRODUÇÃO

O estudo científico tem como finalidade compreender o ensino, a

aprendizagem da leitura no desenvolvimento nas séries iniciais do Ensino

Fundamental. Num mundo abrangente e globalizado totalmente sem fronteiras, onde

o educando não encontra limites para a busca de conhecimento, seja ele escolar ou

não. Usando as ferramentas tecnológicas atuais existentes e com isso uma

facilidade de encontrar qualquer coisa. Com tudo isso, à prática da leitura vai ficando

cada vez mais esquecida. Sendo necessário se criar novas maneiras pra incentivar a

leitura. Sabemos que não é tarefa fácil, pois o ensino da linguagem oral vive em

constante dificuldade.

A aprendizagem da leitura ainda é um dos principais desafios das

instituições de ensino do nosso país, e talvez por isso tenha sido e continua sendo

alvo de tantas pesquisas, debates e discussões em diversos segmentos da

sociedade, sempre com intuito de comprovar, apresentar ou encontra um melhor

caminho para ser obter bons êxitos neste desafio.

Para a maioria dos alunos, a escola é o único local onde eles têm contato

com livros e situações de leitura, e para tanto a instituição tem como tarefa básica

proporcionar oportunidades onde o aluno possa aprender a se expressar em

diversas situações, a fim de inseri-lo e promove-lo na sociedade atual. Este desafio

se encontra na necessidade da busca e implementação de mecanismos que

despertem o interesse pela leitura, visando torná-la agradável, fonte não apenas de

informação mais também de lazer para o educando.

Nessa perspectiva a pesquisa qualitativa busca discutir a questão da leitura,

provocar reflexão sobre as metodologias hoje trabalhadas nas escolas e propor

sugestões para programar a leitura de forma dinâmica, criativa, e principalmente

democrática. Afinal, ler é preciso. Escrever é indispensável. Estas são duas

atividades fundamentais em nossas vidas, por isso devem ser diariamente

incentivada e valorizada no campo da cientificidade.

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1.1TEMA:

Viajando no mundo da leitura: 4º ano do Ensino Fundamental na Escola

Estadual Serafini Costaperária.

1.2 PROBLEMÁTICA:

Por que a maioria dos educandos do 4º ano do Ensino Fundamental da Escola

Estadual não possui hábitos de leituras e tem dificuldades de aprendizado?

1.3 HIPÓTESES

A maioria dos alunos do 4º ano do ensino fundamental da escola estadual não

possui hábitos de leituras porque os mesmos não são incentivados adequadamente

pela escola desde os primeiros anos curriculares, a lerem, a compreenderem e

analisarem diversos textos; trazendo como conseqüências as grandes dificuldades

de aprendizado.

1.4 OBJETIVOS 1.4.1 Objetivo geral Criar situações em que se faça necessária à leitura do aluno, possibilitando e

ampliando seu aprendizado. Mediante a permissão e promoção no processo de

socialização para desenvolver a criatividade e a imaginação deste, garantindo a

superação das dificuldades específicas.

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1.4.2 Objetivos Específicos

Verificar o sentido do conceito de leitura e sua importância na vida dos

indivíduos para transformar o cotidiano, através da leitura de mundo, apontando

caminhos para que possam assumir seus papéis enquanto cidadãos;

Conhecer as contribuições de alguns autores através da pesquisa

bibliográfica no intuito de minimizar os resultados negativos do processo de

construção do conhecimento em relação à leitura;

Analisar diversos tipos de textos em situações comunicativas específicas

que valorizem o resgate das brincadeiras através de rodas de leituras e

dramatizações, comparando-as no espaço e no tempo.

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1.5 JUSTIFICATIVA

O Século XXI é marcado pelo surgimento de diversos temas, como fonte de

pesquisa; principalmente quando a escola é tida como ponto de referência, pois a

Leitura é muito importante em todos os seguimentos, merecendo uma atenção

especial. Ela é uma alternativa de suprir as necessidades de aprendizagens

encontradas nos alunos na oralidade, visa inserí-los ao conhecimento, tornando-os

aptos a ler e exercitar a leitura subjetiva e o senso crítico, exercendo sua

individualidade; capaz de relacionar fatos e compreender o mundo com mais

independência.

Mediante a essas evidências verificou-se a necessidade de reestruturar

métodos, de analisar tendências e de buscar meios para despertar o interesse pela

leitura, produção de texto e interpretação, pois observamos que a leitura,

atualmente, não tem sido ponto predominante na vida da maioria das pessoas,

diante desses fatos surge à urgência de viabilizar um processo educacional e

cultural que permita o vislumbrar do mundo a partir dos olhos da imaginação, da

criatividade, da liberdade contida nos livros, fazendo com que os educandos sejam

usuários competentes da língua no exercício da cidadania.

É necessário desenvolver no educando a competência leitora pela prática da

leitura é ação que requer condições eficazes, seja em casa, na escola e/ou na

sociedade, não só em relação aos recursos materiais disponíveis, mas

principalmente na relação estabelecida nas práticas de leitura.

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2 CONTEXTUALIZANDO A LEITURA

Um olhar histórico a respeito da leitura no ambiente escolar, no Brasil,

entrelaça-se a uma trajetória de sucessivas mudanças conceituais e

conseqüentemente metodológicas. Nos dias de hoje, o que se vive são momentos

de mudanças, prenunciando o questionamento sobre os quadros conceituais e

algumas práticas que prevalecem na área de leitura nas ultimas décadas. Diversas

pesquisas e estudos têm identificado insatisfação e insegurança entre os

profissionais da educação diante da persistência de que os alunos não gostam de

ler. No contexto histórico do campo da leitura, enfatiza-se que cada sociedade

constrói a sociedade que necessita se diz isso baseado na afirmativa de Maria:

„‟Se nas sociedades primitivas a educação era passada de pais para filhos de modo absolutamente natural, coincidente com o próprio exercício de viver, se nas sociedades agrárias rudimentos mínimos de leitura, escrita e calculo parecem suficientes para uma completa harmonia, integração social e profissional, o mesmo já não é valido para a moderna sociedade‟‟. (MARIA, p.15, 2002)

Diante de inúmeras propostas de mudanças, a leitura cada vez menos, faz

parte do dia a dia dos educandos pobreza no seu ambiente de letramento, a

formação precária de alguns professores, que necessitam ensinar a ler e a gostar de

ler, tornando-se um quadro de profundas contradições. É por isso que ler é talvez

um dos pontos mais importante que a escola tem para trabalhar com seus alunos.

Porém, muitos professores não sabem como embarcar nessa aventura. Segundo

Kleiman (2002, p.16) „‟a maior parte das escolas só trabalham com textos didático e

literários e muitas vezes de maneira burocrática, sem sentido para o aluno.

Foi com a revolução industrial que surgiram as exigências da escolaridade

para todos. A revolução tecnológica do século XX, exige a formação de um novo

individuo. Portanto, para corresponder a complexidade dos novos tempos, é

necessário oferecer melhor formação aqueles que vão atuar nessa sociedade atual.

Atualmente, o que se constata é de natureza basicamente distinta: num mundo em

que tudo rapidamente se supera em que as mudanças se dão, não no ritmo de

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séculos ou de décadas, mas de ano para ano, a expectativa que se tem é de um

profissional sempre pronto a assumir novos saberes.

De acordo com essas idéias, Silva (2002) diz que, a produção intelectual na

área lingüística (incluindo a psicolingüística) assume relevo em meados dos anos 70

do século XX, no Brasil, introduzindo uma nova perspectiva sobre o ensino da

língua, buscando caminhos de entendimento e explicação dos fracassos até então

apresentados.

No contexto dessas afirmações se indica os primeiros passos dados na

busca por novos caminhos para a expansão e enriquecimento do ensino da língua, e

neste momento está à leitura compreendida como ações ou reações psicolingüística,

vivenciada pelo leitor no ato de ler e nos mecanismos lingüísticos e psicológicos

intervenientes na aquisição da leitura.

Diante de inúmeros elementos enfatiza-se o fato de ampliar a noção de

leitura pressupondo transformações na visão de mundo em geral e na cultura em

particular. Isso porque se está preso a um conceito de cultura muito ligado a

produção escrita, geralmente provinda do trabalho de letramento (MARTINS, 1992).

É preciso considerar a leitura como um processo de compreensão de

expressões formais e simbólicas, não importando o meio de linguagem. Assim, o ato

de ler se refere tanto a algo escrito quanto a outros tipos de expressão do fazer

humano, caracterizando-se também como acontecimento histórico entre leitor e o

que é lido.

2.1 A LEITURA COMO O DESPERTAR PARA A APRENDIZAGEM

Mediante, a prática da leitura o homem adquire conhecimentos e obtém

vantagens pessoais. Ela e o veiculo de estudo e do saber, a verdadeira chave do

êxito. Através da leitura, aprendemos a inculcar valores e incutir o bom gosto;

aprende-se também a viver e a triunfar na luta pela sobrevivência.

Não se pode considerar a leitura apenas como uma das ferramentas mais

importantes para o estudo e o trabalho, mas sim um dos grandes prazeres da vida.

Aja visto que neste mundo onde cada vez mais o que prevalece são os meios de

comunicação, e que dominam o interesse das novas gerações, os pais

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freqüentemente tem que se preocupar em criar nas crianças hábitos de leitura. E

através desses hábitos é que se formaram novos leitores.

Segundo, Frank Smith,” a leitura pode torna-se uma atividade desejada ou

indesejada. As pessoas podem torna-se leitores inveterados. Também podem torna-

se não-leitores inveterados, mesmo quando são capazes de ler. Uma das grandes

tragédias da educação contemporânea não é tanto que muitos estudantes

abandonem a escola incapazes de ler e escrever, mas que outros se formem com

uma antipatia pela leitura e escrita, apesar das habilidades que possuem . Nada,

acerca da leitura e de sua instrução, é inconseqüente.

O importante é ficar atento para que a criança adquira o hábito da leitura.

Sem que interfiram na sua escolha e principalmente respeitem a personalidade e os

gostos da criança. Seria necessário que ela escolhesse os seus livros sem ser

criticada e sem interferência. É bom lembrar que nem todas as crianças têm o

mesmo grau de maturidade, a mesma disposição ou o mesmo grau de sensibilidade

e de interesses. Posteriormente, será mais fácil orientá-la para que aprecie uma boa

leitura.

Analisando o grau de dificuldades na aprendizagem da criança e sua

maturidade, Vygotsky afirma, „‟aprendizado não é desenvolvimento; entretanto, o

aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe

em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam

impossíveis de acontecer.‟‟

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa,

(1997, vol.2, p.55): „„ é preciso superar algumas concepções sobre o aprendizado

inicial da leitura. A principal delas é a de que ler é simplesmente decodificar,

converter letras em sons, sendo a compreensão conseqüência natural dessa ação.

Por conta desta concepção equivocada a escola vem produzindo grande quantidade

de “leitores” capazes de decodificar qualquer texto, mas com enormes dificuldades

para compreender o que tentam ler”.

A partir do momento em que a criança começa seu processo de

alfabetização são grande as dificuldades, essas mesmas dificuldades iniciais que

influenciarão esse indivíduo a ser um leitor ou não. Ao entrar na escola é esperado

que a criança já tenha vencido várias etapas da compreensão e expressão da

palavra falada, para que no período de sua alfabetização a criança esteja apta a

captar as devidas informações.

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O preparo para iniciar a leitura depende de uma complexa integração dos

processos neurológicos e de uma harmoniosa evolução de habilidades básicas,

como percepção, esquema corporal, lateralidade e orientação espacial e temporal.

Segundo Poppovic "o esquema corporal é uma habilidade que implica o

conhecimento do próprio corpo, de suas partes, dos movimentos, das posturas e das

atitudes".

2.2 A LEITURA NA ESCOLA

O objetivo principal da maioria das escolas, especialmente nas series

iniciais, é assegurar o domínio da leitura, esse também é o objetivo da maioria dos

pais ao colocar seu filho na escola. Entretanto, nem sempre esse objetivo é

alcançado, pois muitas vezes a escola não compreende o aluno, e esse fica

desmotivado pela obrigatoriedade em que lhe é imposta.

A leitura na escola tem sido essencialmente, um objeto de ensino. Mas para

se tornar objeto de aprendizagem, é necessário que tenha sentido para o aluno,

assumindo um propósito que ele conheça e valorize, já que o mesmo é o principal

foco desse objeto. Pois a parti do momento em que a escola que transforma a leitura

em objeto de aprendizagem, deve-se conservar sua natureza sem modificá-la; pois

para formar bons leitores não se pode trabalhar somente com os livros didáticos, tem

que se trabalhar com textos informais. À medida que se trabalha os diferentes tipos

de textos certamente se formara leitores competentes.

A escola é o único local onde a maioria dos alunos tem contato com livros e

situações de leitura, e para tanto a instituição tem a responsabilidade de oferecer

leitura com duplo propósito, ou seja, um propósito didático que ensina ao aluno

conteúdos construtivos para a pratica social e um propósito comunicativo que

atenderá a perspectiva atual do aluno. Essa tarefa básica proporcionará ao aluno

oportunidades na qual ele aprenderá a se expressar em diversas situações,

promovendo-o e inserido-o na sociedade. Nesta visão sobre leitura afirma Noguerol:

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„‟A leitura é um meio para entrar em contato com a realidade cultural que nos rodeia e com a memória de toda a humanidade; o livro é um dos objetos concretos que realiza essa memória... Se quisermos ser eficazes nessa introdução, teremos que conhecer... o trabalho da biblioteca ... (NOGUEROL, 1999, p.86-87)‟‟.

A escola tem o compromisso de garantir a seus alunos o acesso a leitura.

Pensar em atividades de incentivo a leitura nas séries iniciais do Ensino

Fundamental é essencial. Diante disso o papel do Professor é de incentivar e auxilia

essas ações. Sabemos que ler é uma tarefa difícil, porque para as crianças é mais

conveniente se prever nas mais diversas tecnologias existentes, como a TV ou

mesmo a Internet. Em decorrência disso o hábito de leitura é uma tarefa trabalhosa

e enfadonha para os pequenos leitores. E essa é justamente a tarefa mais

importante que a escola pode oferecer e desenvolver. Dentro dessa visão sobre

leitura nas séries iniciais:

“pela própria natureza da leitura, hoje está amplamente comprovado que as crianças aprendem a ler, lendo e ouvindo outros lerem, e, ainda que pareça paradoxal, este é o desafio que se coloca aos professores das series iniciais: que as crianças devem ler para aprender a ler”. (MARIA, 2002, p.22).

E nesse entendimento que Frank Smith, Phd. Pelo Centro de Estudos

Cognitivos da Universidade de Harvard, afirma que “a função dos professores não é

ensinar a ler, mas ajudar as crianças a ler”. A leitura é uma atividade de extrema

importância para qualquer área do conhecimento, estando relacionada diretamente

com o sucesso acadêmico, social e econômico dos indivíduos. E por tanto ajuda a

estimular a criatividade e a percepção do mundo, uma vez que embasa sua

capacidade de se colocar e posicionar o seu papel na sociedade dentro das

realidades que os cercam.

Segundo dados da revista ABC do Educatio, a escola é tida hoje como ponto

central na divulgação da leitura/ literatura, no entanto ainda deixam a leitura à deriva,

ensinado apenas os comportamentos alfabéticos, ou seja, alfabetiza, mas não

desenvolve as condutas necessárias para constituir um leitor. Paulo Freire afirma

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que “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo; os

homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”.

Em um contexto estrutural amplo que compõe um ambiente escolar onde a

escola tem como tarefa básica, ensinar a ler e a escrever aos que nela ingressam é

necessário que se faça uma sala de leitura onde todos sejam atendidos de forma

igualitária para uma boa formação do aluno o tornado assim um cidadão critico.

O papel da escola é oportunizar uma ambiência de leitura, oferecendo aos

alunos um vasto acervo com os mais diversos gêneros, possibilitando ao aluno seu

encontro com vários textos que consolidem sua experiência leitora e conduza-o a

refletir sobre a função de cada texto lido, quer seja um anúncio, uma lista telefônica,

uma receita, um poema, enfim exercer sua cidadania através do ato de ler e

fomentar seu percurso em uma sociedade letrada.

Lerner ressalta a necessidade de fazer da escola uma comunidade de

leitores que recorrem aos textos buscando resposta para todos os problemas que

necessitam resolver, tratando de encontrar informação para compreender melhor

algum aspecto do mundo. Ainda destaca que o necessário é preservar na escola o

sentido que a leitura e a escrita têm como práticas sociais. Pois falando sobre a

importância da leitura Solé dá a seguinte definição para leitura

A leitura é um processo de interação entre o texto e o leitor. Se a leitura é uma interação, convém lembrar que, só se interage com aquilo que se conhece. Portanto há a necessidade de se aplicar no ato de ler uma variedade de textos para assim levá-los a compreender que a leitura é uma atividade complexa, mais além de uma decodificação, é uma compreensão

do lido. (SOLÉ, 1998, p. 22).

Se a leitura tem todo esse poder de transformação imagine quando ela é

feita de forma prazerosa e lúdica desde a mais tenra infância iniciando pela família

perpassando pela fase pré-escolar, ensino fundamental I e II, indo ao ensino médio

e chegando ao ensino superior. Se o individuo vive intensamente em um ambiente

de leitores freqüentando escolas que motive o hábito de leitura ele tem tudo para

chegar à fase adulta um leitor assíduo.

Mais para que os alunos se tornem leitores assíduos, seria necessário que

os professores ensinassem e incentivasse a leitura, pois os mesmos não se

importam com a leitura, acham que irá atrapalhar o desenvolvimento de suas aulas,

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ou seja, se for exercitar a leitura, ler livros em sala de aula não irá dar tempo para a

gramática, porque a gramática é que deve ser privilegiada. Sendo assim a leitura

torna-se uma atividade obrigatória tirando todo o seu prazer. Diz Antunes:

Enquanto o professor de português fica apenas analisando se o sujeito é determinado ou indeterminado, por exemplo, os alunos ficam privados de tomar consciência de que ou eles se determinam a assumir o destino de suas vidas ou acabam todos, na verdade, sujeitos inexistentes. (ALMEIDA, 1997:16, aput por ANTUNES, 2003:13)

A leitura tem que se tornar prazerosa, ler porque é gostoso. É para este

plano de leitura que se destinam os textos literários: romances, contos, crônicas,

poemas (esses, sobretudo). Reduzi-los aos objetivos de análise sintática, a pretexto

para exercícios de ortografia, por exemplo, é uma espécie de profanação, pois é

esvaziá-los de sua função poética e ignorar a arte que se pretendeu com o arranjo

diferente de seus elementos lingüísticos.

Nesse sentido, é de suma importância o educador orientar e incentivar seus

alunos quanto a pratica de leitura e escrita, apontando sempre o caminho do lúdico,

da troca, da brincadeira e da reflexão, de modo a não serem transformados em atos

e enfadonhos e complicados. Dessa forma, ampliar seu conhecimento, visando

novas descobertas que lhe permitam expressar suas opiniões, desejos, sentimentos

contar, inventar e criar estórias.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua

Portuguesa, 1997, volume 2.(p.53): „‟o trabalho com leitura tem como finalidade a

formação de leitores competentes e, conseqüentemente a formação de escritores,

pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na pratica de leitura,

espaço de construção da intertextualidade e fonte de referência modalizadoras. A

leitura por um lado nos fornece a matéria prima para a escrita: o que escrever.

Segundo Kleimam, a sala de leitura pode ser um espaço, mas não apenas

um espaço físico. Ela é um espaço que organiza e amplia o processo de

aprendizagem, de lazer onde os leitores sintam se capazes de criar e recriar novos

textos. Em fase disso, entende-se que a função da escola não é só formar sujeitos

alfabetizados, mas sim, sujeitos letrados que tem capacidade de entender o escrito e

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encontrar sentido em continuar seu aprendizado. Neste sentido Maria Helena

Martins, no livro “o que é leitura”, explica que:

„‟Aprender a ler significa também, aprender a ler o mundo, da sentido a ele

e a nos próprios, o que mal ou bem fazemos mesmo sem ser ensinados. A função do educador não seria precisamente a de ensinar a ler, mas a de criar condições para o educando realizar sua própria aprendizagem, conforme seus próprios interesses, necessidades, fantasias, segundo as duvidas e exigências que a realidade lhe apresenta. Assim, criar condições de leitura não implica apenas alfabetizar ou propiciar acesso aos livros. Trata-se antes de dialogar com o leitor sobre a sua leitura, isto é, sobre o sentido que ela dá algo escrito, um quadro, uma paisagem, a sons, imagens, coisas, idéias, situações reais ou imaginarias. ( MARTINS, 2004, p.34)‟‟

Portanto, faz-se necessário que o educador desempenhe o papel de

facilitador da aprendizagem criando no ambiente escolar um clima favorável no

trabalho com a leitura e escrita. Devem compartilhar das atividades a serem

desenvolvidas, colocar-se como leitor dos textos dando sugestões de como melhorá-

los, propor novos desafios, fornecendo aos alunos todas as informações necessárias

a fim de promover novos avanços.

Para Goulemot (1996 p. 113). Os sentidos da leitura nascem tanto do próprio

texto quanto do seu exterior cultural e é dos sentidos já adquiridos que nasce o

sentido a ser adquirido. Este autor constrói uma noção de biblioteca para explicar

que não existe compreensão autônoma, mas integração em torno do conjunto de

textos lidos, uma biblioteca composta pelos textos que formam uma cultura coletiva.

Ler é... fazer emergir a biblioteca vivida, quer dizer, a memória de leituras anteriores

e de dados culturais.

Dessa forma é necessário informar que para haver leitura é preciso que o

leitor tenha uma compreensão ampla do texto. Entretanto a pratica de leitura é

desvinculada da realidade social do aluno, e que acaba desenvolvendo uma atitude

de reverencia diante do texto. De acordo com o autor:

A leitura proposta pela escola é uma leitura mecanizada e padronizada apenas em nível de identificação, o aluno lê apenas para reter conhecimentos, sem conferir sentido ao que lê, sem questionar e sem posicionar-se. (INDURKY, ZINN, 1985: p. 17).

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Neste âmbito, as autoras criticam a postura de grande parte das escolas

publicas, por apresentar um ensino desvinculado da realidade do aluno que

dissimula as diferenças sociais, ou seja, os temas utilizados para a prática da leitura

não apresentam ligação com o mundo vivencial do aluno.

„‟ Ao refletir sobre as condições de leitura dos textos didáticos, verificou efeitos negativos produzido no aluno-leitor devido à função exercida por estes textos na instituição escolar, ao produzir atitudes condicionadoras e inflexíveis, de apenas receber informações transmitidas sem favorecer possibilidades para um envolvimento ativo e lugar para reflexão: o texto didático não é lido: no processo não há seletividade mediante a reconstrução de relações implícitas, não há interferência, não há integração: há apenas a identificação de explicito e o estabelecimento de correspondências formais‟‟. (KLEIMAN, 1989 p. 174).

A omissão da escola no ensino de leitura, após a fase inicial de aquisição de

habilidades básicas elementares passa a uma fase de avaliação de leitura em que é

priorizada a capacidade de retenção de conteúdo informacional e a análise de

elementos lingüísticos formais. Essa prática de leitura excessivamente didatizada

acaba por afastar o aluno de uma leitura reflexiva. Assim, é comum perceber essa

situação ainda nos dias de hoje, o aluno preocupado em reter o conteúdo

informacional dos textos mediante observação dos elementos explícitos na

superfície textual.

2.3 POR UMA LEITURA SIGNIFICATIVA

É sabido que através da pesquisa veiculada por meio de livros

especializados, tem havido uma preocupação muito grande em torno da leitura. Pois

a leitura é o universo do ser humano por todos os lados, estimulando a

aprendizagem.

É importante lembrar que, no Brasil muitas crianças e jovens da camada

popular, permanecem anos na escola sem se tornarem leitores, sem adquirir

familiaridade com o processo da leitura. Muitos são os estudos o chamado o

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fracasso escolar no Brasil, que apontam a inadequação com pouco acesso in loco a

contexto, produtos e matérias escritos.

Ler é um direito que só conseguiremos conquistar plenamente para todo o

bojo de uma política de cultura significa que a escola também pode produzir leitores,

críticos, criativos, produtivos, sendo tanto essencial, fundar sua pratica em atividades

de caráter cultural e social que ultrapassem a mera reptividade de ações impostas e

obrigatórias.

Paulo Freire, brilhante pensador da educação brasileira, já dizia: “A leitura

do mundo precede sempre a leitura da palavra, e a leitura desta implica a

continuidade da leitura daquele” Freire (1993: 20). Ele afirma que a compreensão do

texto a ser alcançada por sua leitura critica implica na percepção das relações entre

o texto e o contexto. Então, o sentido de um texto não está apenas no leitor. Está

também no texto e no leitor, pois está em todo o material lingüístico que o constitui e

em todo o conhecimento anterior que o leitor já tem do objeto de que trata o texto.

Compreende-se que o significado da leitura é aquela que leva o leitor a

conhecer o mundo através da mesma, e para que a leitura desempenhe esse papel,

é fundamental que o ato de leitura e aquilo que se lê façam sentido para quem está

lendo. A leitura é muito mais do que simplesmente ler. É fazer da leitura um objeto

de compreensão e interpretação. Segundo Magda Becker Soares: Letrar designa

uma prática da qual a compreensão e assimilação de código de palavras se torna

melhor assimilado: Já não basta aprender a ler e escrever é necessário mais que

isso para ir além da alfabetização funcional sendo denominada a pessoas que foram

alfabetizadas, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita (Soares, 2003).

A leitura se torna plena quando o leitor chega à interpretação dos aspectos

ideológicos do texto, das concepções que, às vezes, sutilmente, estão embutidos

nas entrelinhas. O ideal é que o leitor consiga perceber que nenhum texto é neutro,

que por trás das palavras mais simples, das afirmações mais triviais, existe uma

visão de mundo, um modo de ver as coisas, uma crença. Qualquer texto reforça

idéias já sedimentadas ou propõe visões novas.

Para que aconteça o trabalho efetivamente significativo com a leitura é indispensável que o educador seja um leitor potencial, pois cabe a ele proporcionar ao educando um convívio estimulador para a leitura, tornando as atividades de leitura em aprendizagem significativas.(OLIVEIRA, 2007. p. 10).

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Ao se levar em conta uma leitura significativa, observa-se que o leitor passa

a ter uma formação intelectual e torna-se uma pessoa culta, pois a mesma funciona

como instrumento de informação, mas levar em conta que conhecimento não é

simplesmente coletas de informações. O mesmo só se constrói se o sujeito, no

determinado contexto histórico, utilizar seu sistema de referencia e interpretações

para manipular e da sentido às informações.

A importância da leitura na formação social, política, sociológica, religiosa e

antropológica de um indivíduo é sem dúvidas de suma importância. Por meio da

leitura podemos formar cidadãos críticos, uma condição indispensável para o

exercício da cidadania, na medida em que torna o indivíduo capaz de compreender

o significado das inúmeras vozes que se manifestam no debate social e de

pronunciar-se com sua própria voz, tomando consciência de todos os seus direitos,

deveres e obrigações e sabendo lutar por eles. Lerner (2002), Ler é adentrar outros

mundos possíveis. É questionar a realidade para compreendê-la melhor, é

distanciar-se do texto e assumir uma postura crítica frente ao que de fato se diz e ao

que se quer dizer, é assumir a cidadania no mundo da cultura crítica.

2.4 A CRIANÇA E A SUA INSERÇÃO NO MUNDO DA LEITURA

Para que a criança se situe no mundo da leitura é necessário receber apoio

e principalmente incentivos, para que a mesma tenha o habito de ler, é de estrema

precisão que nesta fase os pais e familiares tenham ampla participação. Afirma

JOLIBERT.

„‟É importante dizer também o quanto pode ser significativo que os pais leiam histórias para seus filhos ou folheiem com eles um álbum de literatura infantil, levando-os a dizerem o que imaginam que irá acontecer na página seguinte depois de virada (JOLIBERT, 1994, p. 129).‟‟

A partir do momento em que a criança é inserida na escola, ela passa a ser

orientada pelo educador, que através de suas práticas pedagógicas que lhes serão

apresentadas ao mundo das palavras, portanto, cabe a ele criar situações e gerar

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incentivos para que a prática da leitura seja efetivada, formulando projetos que insira

a criança em sua própria realidade, despertando o interesse e a curiosidade por tal

prática.

A escola busca alavancar a leitura com fundamentação, motivando seus

educandos em uma leitura direta com intencionalidade e próxima de sua realidade,

ou seja, a leitura está a serviço do leitor que pode tê-la com ferramenta eficaz em

sua trajetória leitora, refletindo sobre o que lê e ampliando seus conhecimentos,

assim tem-se observado a preocupação das instituições de ensino mobilizando

ações na escola como o PNLD - Programa Nacional do Livro Didático que

possibilita o acesso de livros aos estudantes da rede pública de ensino, o PNBE -

Programa Nacional Biblioteca na Escola e Campanhas de Leitura entre outras.

2.5 O PAPEL DA FAMÍLIA

No seio da família somos envolvidos nas mais diversas descobertas:

aprender a falar, a andar, a comunicar... E exatamente aí, no âmbito familiar, que

somos conduzidos, ou deveríamos ser, ao mundo da leitura, porque nossa casa é o

nosso canto do mundo, é nosso lugar de contato com o resto do mundo, é nosso

primeiro universo.

A família é a primeira instituição que contribui fortemente com o

desempenho escolar, Ou seja, lendo para ele desde bebê, com muita emoção e

incentivando a leitura. No decorrer de vários anos foram feitas várias pesquisas que

comprovaram que filhos cujos pais leram bastante para eles quando pequenos tem

um desempenho melhor em sala de aula. O comportamento da família influência os

hábitos da criança. Se os pais lêem muito, a tendência natural é que a criança

também adquira o gosto pelos livros. A família tem o papel, portanto de mostrar para

a criança que a leitura é uma atividade prazerosa, e não apenas uma obrigação,

algo que deve ser feito porque foi pedido na escola. As crianças precisam ter um

atrativo e ser encantamento pela leitura.

Para estimular cada vez mais a leitura e tornar algo divertido é necessário

deixar os livros ao alcance das crianças e ao dar um brinquedo as mesmas der junto

com um livro. Um dos fatores que mais influência positivamente a aprendizagem é a

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presença de livros em casa. Lares modestos com mais livros produzem melhores

alunos do que lares mais ricos com menos livros. Ou seja, quanto mais livros em

casa, melhor será o desempenho das crianças. Mas não basta ter, é preciso ler,

estimule atividades que usem a leitura: jogos, receitas, mapas. Os especialistas

sugerem que se misture a leitura com brincadeira, fazendo, por exemplo,

representação de historia lida incentiva a criança criar seus próprios livros e pedindo

a elas que ilustre uma historia.

Os pais deveriam estimular o habito pela leitura aos seus filhos levando- os

para explorar as bibliotecas e livrarias, ensinando os mesmos a fazerem trocas de

livros com os amigos, com certeza contribuiria para o desenvolvimento deles.

Mostrar que ler é importante e divertido estudar e ler sempre com as crianças. Seja

curioso pergunte, questione, procure entender, tenha sempre lápis e papel em casa.

Escreva bilhetinhos para o seu filho.

O importante é ficar atendo para que esse incentivo não pareça uma ordem,

pois segundo Kriegl (2002): „‟Ninguém se torna leitor por um ato de obediência,

ninguém nasce gostando de leitura, a influência dos adultos como referencia é

importante na medida em que são vistos lendo ou escrevendo‟'.

Para encantar as crianças, é essencial brincar com o livro, sempre que a

criança pedir para mãe comprar, isso o valoriza muito a criança. Os pais precisam

ter dar possibilidades para que as crianças se sintam envolvidas pela leitura. Tem

criança que gosta de ler livros de super-heróis, contos de fadas é gosto dele não

devemos proibi-lo, devemos entender os seus desejos. Incentivar a criança a ler

todas as noites antes de dormir isso contribui muito no desempenho da criança. É

importante incentivar a criança a ler sozinha, mas é necessário que alguma das

vezes, não deixar de ler para ela outros livros mais difíceis mesmo que a criança

seja capaz de compreende ou não.

Diante de todos esses fatos a sociedade, como um todo, tem a sua parcela

de culpa, pois falta incentivo ao ato de ler. Não raro é observarmos que são mínimas

as atividades culturais desenvolvidas no sentido de despertar novos e dedicados

leitores, contação de histórias, encenações de causos, representações de mímicas,

fantoches e tantas outras formas de fazer acordar a competência leitora que existe

em cada um. Precisamos lembrar que o ser humano é, por natureza, contador de

histórias. E certamente algumas técnicas e vivências podem ajudar as pessoas a

utilizarem bem essa característica que lhes é própria. Dessa forma, a atividade de

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contar histórias pode se transformar num importantíssimo recurso de formação do

leitor, enquanto usuário da língua para toda a vida e não apenas para a escola.

Entretanto, muitas vezes, falta-nos esse espírito de reais 'amantes' da língua

portuguesa e, assim sendo acabamos por não cumprir nosso papel de

incentivadores do ato de ler.

Mediante, todo esse contexto nota-se que o estímulo e o acompanhamento

pela família da leitura das crianças é de estrema importância, deste modo gerando

implicações positivas, quando a criança inicia a aprendizagem formal da leitura na

escola. Seria necessário desenvolver essa parceria mais não é fácil, pois a escola

precisa se incumbir da responsabilidade de promover essa aproximação entre a

Escola e Família. Libâneo ressalta que:

Educação é o conjunto de ações, processos, Influências, estruturas que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupo na relação ativa com o ambiente natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais (LIBÂNEO 2000 p. 22).

Observando-se, que para estabelecer os laços entre escola e a família é

importante primeiramente fazer um estudo do contexto familiar na relação com o

contexto escolar, dependendo da visão que os pais vêem seu papel no processo de

escolarização dos seus filhos dessa maneira será assim será possível analisar a

situação atual dos pais e suas dificuldades em acompanhar o processo escolar dos

filhos, assim como a sua postura em relação à escola.

É importante ressaltar que essa relação entre família e escola irar trazer

muitos benefícios para a formação do educando, pois na medida em que o professor

amplia seus conhecimentos em relação ao mesmo ele conseguirá obter um

estreitamento maior entre família e escola.

É necessário que os pais entendam que o seu papel não é o de punir os

seus filhos, mas sim o de colaborar para o aperfeiçoamento do que é ensinado na

escola, neste sentido cabe a escolar ser a mediadora desse processo. Como afirma

Prado: "A família influência positivamente quando transmite afetividade, apoio e

solidariedade e negativamente quando impõe normas através de leis, dos usos e

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dos costumes" (1981 p.13). Portanto a família necessita sempre acompanhar seus

filhos tanto na escola como na vida em sociedade, não deixando os estudos em

segundo plano.

3 METODOLOGIA

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A metodologia científica será desenvolvida mediante a pesquisa que é de

cunho bibliográfico, qualitativa e descritiva, para sua realização utilizar-se-á o

procedimento de levantamento de dados através das técnicas de resumo,

fichamento e resenha. Para fundamentar o trabalho mediante os autores Freire,

Martins e Kleiman et al. Como forma de inúmeros conhecimentos entre pessoas,

como acadêmicos, professores e pesquisadores da área.

O estudo será organizado em partes intituladas, que tratar-se-á da

contextualização da leitura; A leitura como o despertar para aprendizagem; A leitura

na escola; Por uma leitura significativa; A criança e a sua inserção no mundo da

leitura; O papel da família. Em seguida, serão apresentadas as conclusões do

trabalho a partir da pesquisa in loco no processo de construção do objeto científico,

na conclusão do curso de letras pela universidade Vale do Acaraú.

4 CONOGRAMA

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PERIODO

Fases

Janeiro

Fevereiro Março Abril Maio Junho

Construindo o

projeto

X X X X X X

Levantamento

da revisão de

literatura

X X X

Construção

da revisão da

literatura

X X X X X

Pesquisa

Bibliográfica

X X X X X

Redação e

digitação do

Projeto

X

Apresentação

do Projeto

X

REFERÊNCIAS

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Brasil, Ministério da Educação. Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE): Leituras e Bibliotecas nas Escolas Publicas Brasileira; elaboração Andrea Berenblum e Jan e Paiva. Brasília: Ministério da Educação, 2008. CAGLIARI, Luiz Carlos Alfabetização & Lingüística – São Paulo: Scipione, 2009. FREIRE, Paulo, 1921-1997. A importância do ato de ler. Organização e apresentação Marisa Lajolo-1ª. ed – São Paulo: Moderna, 2003.

JOLIBERT, Josette. Formando crianças leitoras; trad. Bruno C. Magne. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. KLEIMAM, Ângela B. Morais. Os Significados do letramento: Campinas SP, Mercados das Letras, 1995. MATTA, Sozângela Schemim da – Português- Linguagem Interação – Curitiba: Bolsa Nacional do Livro Ltda. 2009. PARÂMETROS NACIONAIS: Nova Escola, MEC, 1995. MARIA, Luzia de – Leitura & colheita: livros, leitura e formação de leitores – Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, Para quê? 3 ed. São Paulo: Cortez, 2000. PRADO, Danda. O que é família. 1.ed. São Paulo: Brasiliense, 1981. (Coleção Primeira Passos).

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