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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ MARIANA BORGES SILVEIRA A IMPORTÂNCIA DOS REGISTROS DE ENFERMAGEM NA SAÚDE FINANCEIRA DO HOSPITAL UM OLHAR DA AUDITORIA INTERNA DE ENFERMAGEM CURITIBA 2010

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

MARIANA BORGES SILVEIRA

A IMPORTÂNCIA DOS REGISTROS DE ENFERMAGEM NA

SAÚDE FINANCEIRA DO HOSPITAL UM OLHAR DA

AUDITORIA INTERNA DE ENFERMAGEM

CURITIBA

2010

MARIANA BORGES SILVEIRA

A IMPORTÂNCIA DOS REGISTROS DE ENFERMAGEM NA

SAÚDE FINANCEIRA DO HOSPITAL UM OLHAR DA

AUDITORIA INTERNA DE ENFERMAGEM

Trabalho de Conclusão de Curso, Apresentado ao curso de Auditoria e Gestão em Saúde, da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Pós- Graduada.

Orientador: Prof. Ms. Ozana de Campos

CURITIBA

2010

RESUMO

Estudo retrospectivo e de natureza exploratória descritiva. Foi constituído a partir de pesquisa bibliográfica de artigos nacionais acerca da temática de glosas hospitalares por parte de operadoras planos de saúde, glosas essas correlacionadas com o serviço de enfermagem. A metodologia da coleta de dados deu-se através da pesquisa bibliográfica (publicações literárias indexadas a base de publicações científicas a partir de 2002). O principal indicativo identificado como responsável por glosas hospitalares relacionado aos serviços de enfermagem se refere aos registros e ou anotações de enfermagem. O trabalho apresenta conceitos relacionados a temática central como segue: Auditoria (breve histórico, auditoria interna de enfermagem); Prontuário (classificação, implicações: administrativas, técnicas e legal Anotações ou Registros de enfermagem (conceituação, breve histórico, categorias, aspectos gerais) e glosa (conceituação).

Palavras-Chave: Auditoria; Glosas Hospitalares; Equipe de Enfermagem

ABSTRACT

Retrospective descriptive and exploratory in nature. Was constructed from literature search of articles on the subject of national glosses hospital operators by health plans, these glosses correlated with the nursing service. The methodology of collecting data was through the research literature (literary publications indexed on the basis of scientific publications since 2002). The main indicator identified as responsible for disallowances related to hospital nursing services refers to the records and / or nursing records. The paper presents concepts related to central themes as follows: Auditing (brief history, internal audit, nursing); Handbook (classification, implications: administrative, technical and legal notes or records of nursing (conceptualization, brief history, categories, General) and gloss (concept).

Key-words: Audit; Glosses Hospital, Nursing Team

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO..................................................................................... 04

2.JUSTIFICATIVA................................................................................... 06

3.OBJETIVO GERAL.............................................................................. 07

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................... 07

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................... 08

5.1 AUDITORIA INTERNA...................................................................... 08

5.1.1 Conceito......................................................................................... 08

5.1.2 Breve Histórico da Auditoria............................................................. 09

5.1.3. Classificação de Auditoria Interna de Enfermagem....................... 10

5.1.4. Auditoria de Contas ou Custos....................................................... 11

5.2. PRONTUÁRIO MÉDICO.................................................................. 12

5,2.1 Importância do Prontuário Médico................................................. 13

5.2.2. Tipos de Prontuário....................................................................... 14

5.3.REGISTROS DE ENFERMAGEM .................................................... 15

5.3.1.Importante....................................................................................... 17

5.3.2. Problemas Encontrados nos Registros de Enfermagem................ 19

5.4. GLOSA.............................................................................................. 20

6. METODOLOGIA.................................................................................. 21

6.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS.............................. 22

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 31

8.CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 37

9. REFERÊNCIAS..................................................................................... 38

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 Apresentação de Glosas.................................................. 23

Tabela 02 Referente à Estorno por Justificativa da Equipe............. 23

Tabela 03 Glosas............................................................................ 24

Tabela 04 Apresentação em Porcentagem de Glosas.................... 24

Tabela 05 Apresentação em Porcentagem...................................... 24

Tabela 06 Apresentação de anotações imprecisas.......................... 25

Tabela 07 Apresentação de casos de glosas pesquisados.............. 25

Tabela 08 Dados referentes à equipe de enfermagem..................... 26

Tabela 09 Registros da enfermagem - para uso do colchão de ar.... 27

Tabela 10 Registros da equipe de enfermagem.............................. 27

Tabela 11 Registros da enfermagem - troca de curativo.................. 28

Tabela 12 Anotações e Punções...................................................... 28

Tabela 13 Glosas.............................................................................. 29

Tabela 14 Número de glosas............................................................ 30

Tabela 15 Apresentação em porcentagem ...................................... 30

Tabela 16 Materiais.......................................................................... 30

Tabela 17 Taxas e Aluguéis............................................................. 31

04

1. INTRODUÇÃO

O advento da sociedade pós moderna traz no seu caudal da nova era

mudanças rápidas e complexas, descobertas de novas tecnologias,

modificações demográficas drásticas e a tão falada globalização, essa nova

realidade vem refletir em todas as áreas institucionalizadas ou não da

sociedade, estando inserido aqui os serviços de enfermagem que vem

redimensionando o papel do enfermeiro na produção de serviços e

conhecimento, de modo a atender aos novos anseios impostos pela sociedade

globalizada.

A profissionalização dos serviços de enfermagem apresenta histórico

de origem na segunda metade do século XIX com Florence Nightingale, na

Inglaterra.

A partir dos anos vinte, do século XX o Estado Brasileiro cria os

primeiros pilares para a institucionalização da enfermagem como profissão e

c oje, não se limita mais ao profissional de

enfermagem só a assistência ao cliente como cuidado pessoal, alargando seu

campo de atuação para o gerenciamento da assistência de enfermagem

prestada ao paciente, sendo sua ação direcionada para o desenvolvimento de

atividades administrativas, assistenciais, educativas e de pesquisa com vistas

ao aprimoramento da prática profissional. Para Simões & Fávero

e uma redefinição de suas funções, de maneira a assegurar seu papel e seu compromisso com a sociedade que, nesse momento, aspira por maior qualidade na prestação da assistência à sua

g 87)

Nesse contexto de inovações, mudanças e exigências, que apresentam

modificações que colocam não só novas demandas para a profissão como

encerram novas determinações na própria organização e dinâmica de seu

processo de trabalho adminis notado que

vem se agregando novos conceitos a prática profissional de enfermagem, entre

os quais o conceito de auditoria. A Prática da Auditoria advêm segundo o

Ministério da Saúde, 2003, da prática contábil (com início de aproximadamente

05

2.600 antes de Cristo), sendo que sua institucionalização ganha força a partir

do século XII na Inglaterra, principalmente após a Revolução Industrial.

Em retrospectiva histórica na área da saúde a auditoria apresenta

como primeiro registro, segundo o Ministério da Saúde, 2003; a data de 1918,

nos Estados Unidos, sendo aplicado pelo médico George G. Word, que inicia a

prática de verificação da qualidade da assistência de saúde empregada a

pacientes, análise efetuada através de registros de prontuários médicos. Desde

então a auditoria se expande e abrange várias áreas, inclusive dentro do

sistema de saúde, onde se apresenta, (entre outros serviços de auditoria),

como auditoria interna de enfermagem.

A auditoria de enfermagem é a avaliação sistemática da qualidade da assistência de enfermagem prestada ao cliente pela análise dos prontuários e pela verificação da compatibilidade entre o procedimento realizado e os itens que compõem a conta hospitalar cobrada, garantindo um pagamento justo mediante a cobrança

(MOTTA,1992 pg. 83).

A finalidade principal da auditoria de enfermagem é descobrir

irregularidades, fraudes, inconsistências e erros, para então aplicar medidas

corretivas, saneadoras e preventivas, Kurcgant, ressalta que:

como uma avaliação sistemática da assistência de enfermagem, verificada através das anotações de enfermagem no prontuário dos pacientes e/ou das

Este universo da auditoria de enfermagem remete ainda, a outros

conceitos a serem tratados nesta produção acadêmica como: Prontuário

Médico; Registros de Enfermagem; Glosas Hospitalares, no intuito de

responder a temática central deste trabalho A Importância dos Registros de

Enfermagem na Saúde Financeira do Hospital - Um Olhar da Auditoria Interna

de Enfermagem.

06

2. JUSTIFICATIVA

A escolha do tema é justificada, pela experiência profissional da autora

deste trabalho, que vivência um cotidiano, onde a saúde financeira dos

hospitais estão, entre outros fatores, atreladas aos serviços de enfermagem,

considerando que todo procedimento realizado pelo serviço de enfermagem

para assistência ao paciente de convênio particular, que é o foco deste estudo,

gera custos e requer a cobrança destes custos das respectivas operadoras de

planos de saúde, as quais só efetuam este pagamento se todos os

procedimentos cobrados, estiverem contemplando os aspectos de contratação

entre operadora e prestadora de saúde e ainda atendendo a regulamentação

institucional e legal a que correspondem, os registros de enfermagem, contidos

nos prontuários dos pacientes, (SOUZA 2002), convertem-se em instrumental

fundamental para a saúde financeira do faturamento hospitalar, pois e através

deste instrumental, que irão ser feitos os pagamentos pelas operadoras de

planos de saúde. Os registros de enfermagem são passíveis ainda de

mensurar a qualidade dos serviços prestados ao paciente, (SOUZA 2005), e de

apresentar o mapeamento técnico dos serviços da equipe de enfermagem

através de dados como desperdiço de material, de medicamentos e

procedimentos já realizados, otimizando os recursos financeiros e de pessoal

da equipe, atrelando assim, o serviço de auditoria interna de enfermagem a

temática central deste trabalho, conforme afirma Kurcgant, quanto a auditoria

de enfermagem interna e estratégias para trabalho de excelência:

... diversos benefícios podem ser encontrados tanto para os clientes/ pacientes, através da melhoria da qualidade na assistência; quanto para a equipe de enfermagem, fornecendo dados para reflexão de sua própria prática profissional; e também para a instituição, por permitir verificar o alcance de objetivos, dar continuidade a programação e auxiliar no controle de

Essa problemática dos serviços de enfermagem, que realizam os

registros de enfermagem, e sua relação com a auditoria interna de enfermagem

e, com a saúde financeira do hospital, no que se refere a necessidade

institucional de haver registros de enfermagem com parâmetros de excelência

de modo a diminuir o número de glosas intervenientes aos serviços de

07

enfermagem, e, como a auditoria interna de enfermagem pode estar mudando

este quadro, tornou-se alvo de nossa reflexão acadêmica

3. OBJETIVO GERAL

Identificar fatores relacionados aos registros de enfermagem, que

geraram glosas em contas hospitalares de pacientes, sistema internação por

operadoras de planos de saúde.

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

4.1. Analisar e correlacionar os dados identificados como fatores

relacionados aos registros de enfermagem que geraram glosas em contas

hospitalares de pacientes, sistema internação por operadoras de planos de

saúde;

4.2. Analisar e correlacionar os fatores ligados aos registros de

enfermagem que geraram glosas em contas hospitalares de pacientes, sistema

internação por operadoras de saúde, com o serviço de auditoria interna de

enfermagem. Esses dados convertem-se em instrumental técnico para a

auditoria interna de enfermagem de modo a propor estratégias que venham

diminuir esses casos de glosas que prejudicam o faturamento hospitalar e

conseqüentemente a qualidade dos serviços prestados pela equipe de

enfermagem ao paciente, dito, isto baseado na declaração de Riollino,

instituições hospitalares, especialmente no âmbito financeiro-comercial,

avaliando consumos e cobranças realizadas pel

essa declaração respalda a legitimidade do auditor interno de enfermagem

para propor novas estratégias que venham modificar o quadro de registros de

enfermagem que geram glosas hospitalares por parte das operadoras de

planos de saúde.

08

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Efetuar a pesquisa bibliográfica para coleta de dados relacionados ao

tema central desta produção acadêmica, bem como: analisar e correlacionar os

dados coletados e elaborar as considerações referentes a esses dados requer

a fundamentação teórica a cerca dos conceitos teóricos do universo auditoria

interna de enfermagem, pertinentes a problemática referida, optou-se então

pela apresentação dos conceitos dentro de uma leitura que parte da visão

macro para a micro destes conceitos, como segue: 5.1 Auditoria Interna; 5.2.

Prontuário Médico; 5.3 Registros de Enfermagem; 5.4 Glosa.

5.1. AUDITORIA INTERNA

A conceituação da Auditoria partindo para auditoria de enfermagem

interna é o breve histórico desta função, é apresentada nesta produção

acadêmica, em função de que o conceito, vem historicamente se firmando no

tripé operacional: serviços de enfermagem registros de enfermagem glosa

hospitalar, sendo ainda relevante como conteúdo para desenvolvimento deste

trabalho, pois para análise dos dados coletados e posterior construção das

considerações, se faz pertinente o conhecimento teórico, destes conceitos

apresentados.

5.1.1. Conceito de Auditoria

Atualmente, a auditoria tem desempenhado um importante papel às

instituições hospitalares, especialmente no âmbito financeiro-comercial,

avaliando consumos e cobranças realizadas pela instituição, podendo agir

como membro da própria instituição ou representante de fontes pagadoras

(RIOLLINO,2003). Já na área da saúde a Auditoria de Enfermagem segundo

Kurcgant a avaliação sistemática da qualidade da assistência de

enfermagem, verificada através das anotações de enfermagem no prontuário

(2000, pag. 89).

09

A auditoria de Enfermagem apresenta crescente inserção no

mercado de trabalho, tanto em atividades voltadas a área contábil como as

voltadas à qualidade, sejam de serviços, documentos ou processos. O que se

busca atualmente segundo Riollino é a auditoria da qualidade da assistência,

com redução de custos, agregando os valores financeiros aos valores

qualitativos, (2003). Esta qualidade pode ser descrita segundo o mesmo autor,

como a adequação de um produto/serviço às necessidades de uso da clientela,

além da satisfação às expectativas e exigências de usuário/cliente. Para Motta

Auditoria é:

contas, comprovantes e outros registros financeiros de uma companhia, com o propósito de determinar a integridade do sistema de controle interno contábil, bem como o resultado das operações e assessorar a companhia no

pg.35).

Auditoria é um instrumento de avaliação sistemática e formal, onde

segundo Pereira e Takahashi, mensura a qualidade e custo do serviço

prestado através da análise de prontuários e condições de saúde do paciente

(1991), conforme ainda a concepção das autoras citadas, é um exame analítico

e pericial que segue o desenvolvimento das operações contábeis, visando o

controle de gastos e melhor assistência, permitindo identificar as deficiências e

apontar segundo Kurcgant para alternativas preventivas e corretivas (1991).

Essa atividade é responsável segundo Ito, pela análise da conta

hospitalar, verificação da qualidade da assistência de enfermagem, emissão de

relatórios de divergências e sugestões para otimização do cuidar, contribuindo

para planejamento de atividades e negociação de contratos (2004).

5.1.2. Breve Histórico da Auditoria

Os registros dos primeiros trabalhos em auditoria de enfermagem no

Brasil se deram por volta de 1970 segundo documento do MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2006, nesta época os trabalhos sobre o assunto abordavam a

definição e classificação de auditoria em saúde com similaridade a área

010

contábil, mas o enfoque primordial era na assistência prestada ao paciente,

desde então essa prática, vem tomando novos contornos dito isto a partir da

afirmação de Pereira e Takahashi, que enfatizam que a auditoria de

enfermagem tem como finalidades: 1. identificar as áreas deficientes do serviço

de enfermagem, 2. fornecer dados para melhoria dos programas de

enfermagem e da qualidade do cuidado de enfermagem (1991).

Já nesta última década pode-se, segundo Souza, 2005, observar o

surgimento de uma nova forma de exercer a auditoria de enfermagem,

especificado pela lógica dos custos. Este fato justifica-se pelo aumento da

demanda de clientes a instituições particulares de saúde e à expressiva

atuação de empresas de planos de saúde neste cenário. Tais fatores

contribuíram para que os profissionais de saúde, inseridos nesta realidade,

passassem a ser responsáveis pelo cumprimento de normas institucionais, nos

quais problemas gerenciais e financeiros são priorizados para elevar a

eficiência financeira, (ITO, 2004).

Souza adverte que o profissional de enfermagem além de não perder

a visão econômica dos serviços prestados deve primar pela qualidade

assistencial oferecida aos pacientes. (2005)

As ações desempenhadas pela auditoria devem conforme sugere ITO,

contribuir para o controle dos custos das unidades onde inclui-se , a prevenção

de glosas por parte das empresas operadoras de planos de saúde. Portanto,

confronta-se prática e teoria, sendo essa inquietação, de como a auditoria

interna de enfermagem pode ainda com parâmetros de excelência atuar na

diminuição das glosas hospitalares advindas da responsabilidade do serviço de

enfermagem (2004) problemática que motivou a realização deste trabalho

acadêmico.

5.1.3. Classificação de Auditoria Interna de Enfermagem

Para Souza, a auditoria Interna de Enfermagem apresenta duas

categorias: auditoria analítica, que ocorre após a alta do paciente e auditoria

concorrente, praticada durante o processo de internação (2005). A auditoria é

011

ainda classificada conforme Chizzotti, quanto ao tempo, limite e intervenção.

Em relação ao tempo é dividida em contínua, que é efetuada constantemente

em determinado setor, enquanto que a periódica é realizada em período

determinado, sem continuidade. Quanto ao limite é subdividida em total,

abrangendo todos os setores profissionais, e parcial limitada, dirigidas a alguns

serviços. (2000). No que diz respeito à intervenção, é classificada em: interna e

externa. A interna é realizada por profissional da própria instituição, estes

possuem conhecimentos da estrutura organizacional e funcional, permitindo

soluções adequadas, em contra partida enfrentam limitações administrativas e

problemas decorrentes de relações interpessoais, interferindo no desempenho

das atividades. (CHIZZOTI, 2000), enquanto que a intervenção externa é de

acordo com o mesmo autor, responsabilidade de profissionais sem vínculo

empregatício, com independência administrativo-afetiva, porém por não ter

conhecimento da realidade da instituição, não elaboram soluções eficazes para

os problemas existentes. A contribuição da auditagem atualmente esta restrita

à funções burocráticas e administrativas, no entanto segundo Souza, observa-

se uma mudança gradual para o enfoque assistencial prestado ao paciente

redimensionando a visão de auditoria também sob o aspecto qualidade dos

serviços prestados ao paciente.(2005).

5.1.4. Auditoria de Contas ou Custos

Existem várias categorias de auditoria, sendo que vamos nos ater a

conceituação e explanação da Auditoria Médica Operacional ou Auditoria de

Contas ou ainda de custos, em razão de que, esta categoria esta diretamente

ligada ao elememto glosa, elemento este inserido na problemática central desta

produção acadêmica, a explanação deste conceito se faz, ainda em razão, de

entender-se que, o auditor interno de enfermagem deva saber, qual o processo

da glosa hospitalar, para melhor atuar nesta esfera de suas funções, bem como

para subsidiar a análise e a correlação dos dados levantados na pesquisa

bibliográfica, e na confecção das considerações, referentes aos dados

levantados, conteúdos a serem apresentados nos capitulos 6,7 e 8.

012

A Auditoria de Contas ou custos trata-se de um processo minucioso, no

qual são verificados os seguintes aspectos: o diagnóstico médico, os

procedimentos realizados, exames e seus laudos, materiais e medicamentos

gastos conforme prescrição médica, taxas hospitalares diversas, relatórios da

equipe multidisciplinar, padrões das Comissões de Controle de Infecção

Hospitalares (CCIH), entre outros. (CHIZZOTTI, 2000)

A auditoria de custos, realizada pelo serviço interno de enfermagem

deve segundo Pellegrini, conferir, avaliar e controlar o faturamento de cada

conta enviada para a cobrança dos respectivos planos de saúde, verificar a

realização de exames e procedimentos prescritos, realizar visitas a pacientes

enquanto internados de modo a efetuar check-list das informações coletadas

in loco e informações contidas no prontuário do respectivo paciente, deve

ainda, segundo o mesmo autor, investigar a propriedade de custos/gastos e

processos de pagamentos, efetuar avaliação analítica de indicadores

hospitalares específicos da instituição a qual responde, aferir os sistemas de

faturamento das contas médicas, proceder processos de glosas contratuais e

administrativas.(2004).

5.2. PRONTUÁRIO MÉDICO

De acordo com Mota, a palavra prontuário vem do latim promptuarium

e significa o lugar onde se guardam as coisas que podem ser necessárias a

qualquer instante. (1992). O prontuário é um documento tão antigo quanto a

história da medicina. Mais conhecido como prontuário médico, teve sua

primeira versão graças ao trabalho do médico egípcio Inhotep (3000-2500

a.C.), (MOTTA, 1992). A mais importante referência, no entanto, deve ser feita

a Hipócrates (460 a.C.

contribuíram para

o surgimento dos primeiros prontuários concentrados na história, sintomas e

exame físico do paciente, e que descreviam diagnósticos reconhecidos como

ARVALHO, 1977 pag. 33). Conselho Federal de Medicina

(CFM) define o prontuário como um documento composto pelas informações

sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada.

013

O prontuário médico é documento único, constituído por informações, sinais e imagens registrados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, com caráter legal, sigiloso e científico, utilizado para possibilitar tanto a comunicação entre os membros de uma equipe multiprofissional como a continuidade da

(CFM, Resolução n.º 1.638/022002).

Prontuário médico,

da vida do paciente e da sua doença, escritos de modo claro, conciso e

acurado, sob o ponto de vista médico

Possari situa o prontuário como base dos sistemas de informação em saúde,

devendo auxiliar nos processos de tomada de decisão, (2005). A partir dessa

colocação pode-se dizer, que o prontuário constitui-se, em ferramenta

essencial da auditoria interna de enfermagem.

5.2.1. Importância do Prontuário Médico

Cherubin e Santos consideram o prontuário mé

(1993, p.123). Para os autores, o hospital sem prontuário é como o

(1993, p.123). O prontuário é uma documentação que

serve para defesa e proteção de todos. O prontuário é um documento valioso

para os envolvidos na assistência médica, paciente, profissionais da área de

saúde, hospital, operadoras de saúde, nas várias esferas, legal, administrativa,

aspectos porém, optou-se, então em apresentar somente as categorias

relacionadas a problemática central desta produção acadêmica, como segue:

Para a equipe de saúde - tendo segundo Mezzomo, a função de

comunicação multiprofissional, que poderão através do prontuário estar se

interando com mais exatidão da situação do paciente assistido, evitando

problemas, e contribuindo para a excelência e qualidade do atendimento.

Para as instituições de saúde - que poderão estar auferindo o

atendimento prestado por seus profissionais, bem como segundo Motta, estar

mensurando recursos/gastos dos atendimentos empregados ao paciente/ e o

014

instrumento legal que norteia o serviço de faturamento das instituições de

saúde.

Para as operadoras de planos de saúde - através do prontuário

Médico, que as operadoras de planos de saúde, realizam auditorias de conta

para fins de pagamentos ou não, de contas de pacientes internados pélas

respectivas operadoras (MOTTA, 2005).

A OMS Organização Mundial de Saúde, e o órgão que regulamenta a

padronização dos prontuários médicos. São requisitos mínimos, exigidos pela

O.M.S quanto às informações do paciente: data do nascimento ou idade

aproximada, por ocasião da internação; sexo; registro de internação e alta;

estado de saúde na ocasião da alta e circunstância de alta e diagnóstico

principal. Na medida do possível, a O.M.S. solicita que sejam incluídos outros

cinco dados: outros diagnósticos; intervenções cirúrgicas; diagnóstico

provisório; causa de óbito e estado civil do paciente. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2003 e POSSARI 2005)

Composição básica do prontuário médico, preconizada pela O.M.S:

identificação individual, anamnese do paciente, ficha de evolução, prescrição

médica, registro gráfico de sinais vitais diário, descrição cirúrgica, descrição

anestésica, partograma, ficha de recém nascido, sumário de alta, laudos de

exames realizados, preenchimento da documentação, assinaturas/carimbos,

prescrições médicas diárias, registro da evolução do paciente diária, descrição

cirúrgica, CAT (Em casos de acidentes de trabalho), laudos comprovantes de

exames complementares. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 e POSSARI, 2005)

5.2.2. Tipos de Prontuário - Prontuário de Papel, Prontuário Eletrônico:

Prontuário de papel: formado pela junção dos impressos específicos

preenchidos no decorrer do internamento do paciente. Tem como vantagens:

facilidade no manuseio; maior liberdade na forma de escrever, facilidade de

transporte,e como desvantagens: elegibilidade, preenchimento incompleto,

dificuldade de acesso, fragilidade do papel, dificuldade de busca. (MINISTÉRIO

DA SAÚDE, 2003 e POSSARI, 2005)

015

Prontuário eletrônico onde as informações são armazenadas em

formato digital cujo objetivo principal é permitir qualidade de atendimento,

veracidade das informações da assistência da equipe médica, de enfermagem

e outros profissionais da área da saúde. As vantagens desse tipo de prontuário

seriam, texto legível, permite armazenamento de imagens, verificação

automática de dados, apoio automático às decisões, melhor acesso e

velocidade de informações, economia de tempo e recuperação de informações.

As desvantagens seriam alto custo, dificuldade de manuseio pelo usuário,

dificuldade para completa e abrangente coleta de dados, investimento para

treinamento de pessoal, manutenção constante, atualização e preservação da

integridade dos dados. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003 e POSSARI 2005)

O preenchimento do prontuário do paciente é obrigação e de

responsabilidade intransferível da equipe de saúde, com exceção dos hospitais

de ensino, nos quais alunos de medicina, enfermagem e outras profissões o

fazem sob supervisão, correção e responsabilidade de médicos, enfermeiros e

outros profissionais. (KRON, 1987 E POSSARI 2005)

Pressa, negligência, desconhecimento sobre como preencher e outras

circunstâncias concorrem para a má utilização do prontuário e colaboram para

perda na qualidade do atendimento tanto no aspecto assistencial quanto

financeiro. (KRON, 1987 E POSSARI 2005)

5.3. REGISTROS DE ENFERMAGEM

Os registros ou anotações de enfermagem, são responsáveis por 50%

das informações fornecidas, quanto ao atendimento prestado ao paciente

(SANTOS, 2003), essa colocação potencializa a necessidade de padrões de

excelência nos registros ou anotações de enfermagem. Registrar é, além de

documentar, uma forma de comunicar,(DANIEL,1981). As anotações ou

registros de enfermagem estão imbuídos de autenticidade e de significado

legal. (DANIEL 1981) "a anotação é uma dentre as formas mais importantes de

comunicação em enfermagem" (SUARES ET AT 2000, p.12). Para o mesmo

autor, Constitui-se num meio básico e imprescindível de comunicar entre toda a

equipe multiprofissional, promovendo uma assistência integral e qualificada ao

paciente.

016

Os registros de Enfermagem representam a comunicação escrita dos

fatos essenciais, de forma a garantir a continuidade histórica dos

acontecimentos ocorridos durante um período de tempo, com o respectivo

paciente, vale lembrar que todo paciente internado em um hospital recebe um

prontuário. (DANIEL, 1991). Parte deste prontuário se refere ao relatório de

enfermagem, no qual devem ser registradas todas as ocorrências do paciente,

como medicações, cuidados e observações quanto a seu estado fisiológico

(eliminações, sono, alimentação), ou seja, a evolução do paciente (BRUNNER

e SUDDARTH 2002), Para Koch

os registros no prontuário do paciente, feitos pela equipe de enfermagem, devem refletir as condições bio-psico-socio-espirituais, onde são relatadas todas as ocorrências que tenham relação com este paciente possibilitando a elaboração de um plano e a continuidade dos cuidados

Para Cianciarulho anotações de enfermagem é o meio utilizado pela

enfermagem para informar sobre a assistência prestada, e como conseqüência

(1997). Segundo o mesmo autor, o registro ou anotação

de enfermagem se constitui em aspecto vital da prática de enfermagem.

qualidade do registro evoluíram,

(POTTER & PERRY 1999, p. 166), historicamente, os serviços de enfermagem

apresentam um relacionamento difícil com a documentação, considerando

ainda que a quantidade de documentação da enfermagem tem, certamente,

aumentado nos últimos anos, o mesmo, segundo CARPENNITO não pode ser

dito sobre a qualidade das informações documentadas. (1999). Para o referido

autor, há muitos casos, de profissionais da equipe de enfermagem, que se

limitam a fazer o registro de dados vitais e observações muito resumidas, e que

em raros casos a enfermagem faz a evolução diária detalhada do paciente.

Conforme Brunner e Suddarth,

registro legal e comercial para o órgão de tratamento de saúde e para a equipe profissional responsável pelo cuidado com a pessoa, como uma base para avaliar a qualidade e a adequação do cuidado, bem como para rever o uso efetivo dos serviços de cuidado do paciente, fornecendo dados úteis na pesquisa, educação e

017

planejamento de longo e curto alcance 2002, Pg.. 78).

Assim as anotações de enfermagem tem valor como fonte de

investigação, instrumento de educação e documento legal. Desta forma, os

registros podem servir como um dos meios para avaliação da assistência de

enfermagem prestada ao paciente, bem como da qualidade das anotações

elaboradas pela equipe de enfermagem. (BRUNNER E SUDDART, 2002) Com

vistas a atender tais finalidades as anotações de enfermagem devem conter

rasuras além de possuir horário, identificação da categoria profissional e

5.3.1. Importante

O registro das informações relativas ao paciente é uma obrigação

legal definida e normatizada pelo COREN (Conselho Regional de

Enfermagem), e constitui uma forma de proteção e garantia tanto para o cliente

como para os profissionais responsáveis pelos procedimentos que venham ser

realizados com o paciente; (COREN/PR);

Como documento, esses registros somente terão valor legal se forem

datados e assinados e evidentemente. se forem legíveis e não apresentarem

rasuras (OGUISSO 1975),

A ausência de anotações/registro ou a anotações/registros realizados

de forma incompleta podem indicar uma má qualidade dos serviços de

enfermagem; (OGUISSO 1975);

O entendimento de um texto pode ser dificultado por frases mal

construídas, pelo uso de palavras que podem gerar múltiplos sentidos ou pelo

emprego de termos muito próprios de uma área de conhecimento. (OGUISSO

,1975);

O registro de enfermagem é um documento, ou seja, é a

representação de um fato ou de um ato, podendo ser escrito ou gráfico, e

portanto deve ser registrado com clareza, expressando todas as ações

desenvolvidas na assistência prestada ao paciente. (OGUISSO 1975);

018

E comum para os serviços de auditoria detectar ausência de dados

essenciais para o esclarecimento das ações realizadas, bem como registros

feitos de forma indevida. (MATOS 2002);

As operadoras de planos de saúde, exigem que os prontuários dos

pacientes para fins de pagamentos das contas dos respectivos pacientes,

estejam preenchidas corretamente, com registros claros e objetivos tanto para

a evolução médica, quanto para os registros de enfermagem. (CAMELO,

2005);

O pagamento de medicamentos, procedimentos, materiais e outros

serviços, tem grande parte do recurso, gerado pelos registros ou anotações de

enfermagem, devido a anotações ou registros a serem efetuados (ou por

vezes, não efetuados),de forma ilegível, inconsistentes e subjetivas,

contribuem, para a efetivação da glosa, representando um fator siguinificativo

para os faturamento hospitalares, (MATOS, 2002);

A sistematização da assistência de enfermagem é definida como um

método para a organização e prestação dos cuidados de enfermagem e é

constituído por cinco fases sendo elas: histórico de enfermagem, diagnóstico

de enfermagem, planejamento, implementação e evolução de enfermagem

(ARAÚJO et al, 1996);

Evolução de Enfermagem tem como definição um registro feito única e

exclusivamente pelo enfermeiro após a avaliação do estado geral do paciente,

desse registro devem constar os problemas novos identificados, um resumo

sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem

abordados nas 24 horas subseqüentes (COREN/PR);

O profissional da enfermagem deve planejar o tempo para as

anotações, pois é esta uma das responsabilidades de sua função, as

anotações de enfermagem, quando realizadas imediatamente após o fato é de

melhor qualidade do que quando feita tardiamente. Entende-se que o que não

foi devidamente anotado, não aconteceu. (ITO, 2005);

Todos os procedimentos da equipe de saúde geram um custo, e o

principal meio de assegurar o recebimento do valor gasto na assistência é a

realização de anotações precisas, claras, objetivas, completas e abrangentes.

Estas anotações mostram as atividades que a equipe de Enfermagem faz junto

019

ao cliente, funcionando como instrumento que confere visibilidade à

Enfermagem. (BUZATTI, 2005);

Os registros de enfermagem podem ser categorizados em três

aspectos: 1. legais, 2. de checagem e 3. características técnicas, tendo como

uma das conseqüências dos registros inadequados ou efetuados de forma

relapsa, a glosa. Tal recurso consiste no cancelamento das verbas de forma

parcial ou total. A forma como a instituição aplica a auditoria, influência

diretamente no serviço de enfermagem, onde ao priorizar o controle de gastos

exige-se do profissional maior dedicação na parte administrativa, muitas vezes

deixando a assistência em segundo plano. Instituições que valorizam a

qualidade do cuidar exigem o preenchimento correto do prontuário, conforme

normas estabelecidas, acarretando menos glosas e custos. (MATOS, 2002).

5.3.2. Problemas Encontrados nos Registros de Enfermagem

Segundo o Artigo: TÍTULO- Avaliação da qualidade dos registros de

enfermagem no prontuário por meio da auditoria AUTOR Setz. Vanessa

Grespan; e D'Innocenzo Maria. Editora Acta paul. enferm. vol.22 n.3 São

Paulo Maio/Junho 2009, que apresenta pesquisa realizada no período de

novembro de 2006 a janeiro de 2007, em diferentes unidades clínicas e

cirúrgicas de um hospital universitário de São Paulo, os principais problemas

detectados nos registros de enfermagem, segundo a pesquisa são:

quanto ao conteúdo, ou ainda, semelhante à evolução médica, incluindo condutas e prescrições. Além disso, também apresentaram falhas como elegibilidade, erros de ortografia, utilização de terminologia incorreta e de siglas não padronizadas e sem referência em algum local do prontuário, bem como falhas na identificação do profissional, seja por ausência de carimbo ou nome ilegível. Freqüentemente, observou-se que as anotações de alta e óbito não apresentaram clareza e que existiam falhas de anotação, relativas a não realização de algum item da prescrição médica, como a administração de medicamentos, ou de enfermagem, seja por apenas circularem o horário aprazado, sem apresentarem as justificativas da sua não realização como também pela não checagem

020

A transcrição do artigo no que se refere aos problemas de enfermagem,

identificados na referida pesquisa, se fez para apresentação de dados concretos

do cotidiano da temática principal deste trabalho, de modo a subsidiar a análise

dos dados coletados, com o máximo possível de aproximação desta realidade.

5.4. GLOSA

orçamento, da conta hospitalar faturada e não paga pelo convênio. (DENASUS,

2002). Para Pelegrine o cancelamento ou recusa parcial, ou total de

(2004),

refere-se ainda, aos itens, que o auditor da operadora, não considera cabível

para pagamento, (GOTO 2001).

Glosas se constituem em fator importante na relação entre operadoras

de planos de saúde e hospitais. A glosa trata-se, da negativa de pagamento,

total ou parcial, por parte das operadoras de planos de saúde, de uma conta

apresentada por um prestador de serviços. Glosa é tudo aquilo que não foi

pago para o prestador, ou seja, as divergências apuradas no decorrer do

trabalho. (PELEGRINE, 2004).

O processo de glosa tem início, desde a consulta médica, seguida pelos

prestadores de serviços, enfermagem e o último responsável é o setor de

Faturamento. A informação da Glosa ocorre juntamente com o pagamento da

conta no do prazo de 30 dias (PELEGRINE, 2004), embora, segundo o mesmo

autor, é fato de que a execução do pagamento da conta por parte das

operadoras de saúde pode chegar até 90 dias, comprometendo o faturamento

hospitalar, que corre riscos, de não conseguir fechar de forma positiva, suas

receitas, em razão dessa demora de pagamento.

Tipos de Glosa: Glosa total acontece quando toda a conta do paciente

é recusada para pagamento pela operadora de saúde ocorre geralmente por

falta da auditoria in loco; falta de laudo de exames; ausência de autorização do

convênio, registros dúbios e ou imprecisos. No entanto a glosa parcial ocorre

quando alguns itens da conta hospitalar são recusados para pagamento pela

operadora de saúde. Ocorre geralmente por ausência de laudos; ausência de

021

descrição cirúrgica; mesma via de acesso; diferença de valores de materiais e

medicamentos, ausência de registros. (GOTO 2001)

Recurso de Glosa é a justificativa apresentada ao convênio referente à

glosa informada, solicitando o pagamento da mesma através de formulários

pelo convênio estipulado. Tipos de Recurso de Glosa: Recurso quando a Glosa

for Automática, causada por erro no envio eletrônico. No ato do envio da conta

hospitalar o faturista envia a conta eletronicamente e para haver o envio

eletrônico deve-se proceder com a correção dos itens incorretos. Nesta

categoria de glosa não há um formulário específico, e não passa pela análise

do auditor. O recurso para materiais e medicamentos, procede-se justificativa

de acordo com os termos acordados entre operadora e hospital e pela

regulamentação legal pertinente. (GOTO 2001)

6. METODOLOGIA

O presente estudo retrospectivo e de natureza exploratória descritiva,

teve como estratégia para coleta de dados a pesquisa bibliográfica eletrônica

de produções literárias científicas nacionais acerca da temática de glosas

hospitalares intervenientes aos serviços de enfermagem, por parte de

operadoras de planos de saúde, correlacionadas com o serviço de auditoria

interna de enfermagem. Após a escolha do tema, procedeu-se a etapa de

levantamento e identificação de obras literárias pertinentes a temática central,

desta produção acadêmica, fase esta executada no período de novembro de

2009 a fevereiro de 2010. A pesquisa foi realizada nas bases de dados

eletrônicos: SCIELO - Scientific electronic library online e BDENF - Base de

dados de Enfermagem, através dos descritores: auditoria de enfermagem e

registros de enfermagem, tendo como critério limitador a data de publicação ou

seja produções literárias científicas divulgadas em periódicos científicos

indexados nos bancos de dados com data de publicação a partir de 2002,

Nessa fase seguindo orientação de Tomasi e Yamamoto (1999) foi feito

levantamento de todo material bibliográfico que contemplava o assunto da

temática central deste trabalho, separando conforme Tomasi e Yamamoto

999, pg, 88). A próxima fase consistiu-se, na leitura

022

seletiva e exploratória do material coletado, resultando em um total de 08

artigos para análise. Sendo utilizados, como fonte de coleta de dados para

composição desta categoria do trabalho, 04 produções literárias, das quais se

de todos os dados necessários para se fazer as referências

A Realização da pesquisa Bibliográfica teve como objetivo: levantar

dados de glosa hospitalar relacionadas ao serviço de enfermagem, em razão

de não ter sido possível a realização de coleta de dados por outra técnica de

pesquisa.

Tomasi e Yamamoto, afirmam que a pesquisa bibliográfica procura

explicar um assunto, partindo de referências teóricas que foram publicadas em

documentos. Neste contexto são abordados os tópicos relevantes sobre o

tema, de forma a proporcionar ao leitor uma compreensão do que existe

publicado sobre o assunto. (1999)

6.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS

Optou-se por apresentar os dados extraídos das referidas pesquisas

bibliográficas em forma de quadros, de modo a facilitar a visualização e

compreensão dos dados coletados, disposição que irá auxiliar na correlação

analítica destes dados, a ser apresentado neste trabalho nos capítulos 7 e 8.

ARTIGO 1

TÍTULO - Glosas Hospitalares: Importância das Anotações de Enfermagem

AUTOR - Rodrigues Vanessa A., Perroti Márcia G. Jerico Marli C.

ANO PUBLICAÇÃO - 2005

PUBLICAÇÃO - Revista Eletrônica de Enfermagem

RESUMO- A obra apresenta estudo retrospectivo de natureza exploratória

descritiva tendo como objetivo investigar os fatores relacionados com glosa

023

hospitalar e serviço de enfermagem em um hospital de ensino. A coleta de

dados procedeu-se na auditoria de um hospital de Ensino de porte médio no

seguimento de prestação de saúde particular/privado em uma cidade do interior

do estado de São Paulo nos meses de julho e agosto de 2004. O hospital

presta assistência hospitalar e ambulatorial em várias especialidades médicas

perfazendo uma média de 2.500 internações mensais e 1.600 cirurgias/mês.

Foram incluídas na investigação todas as glosas ocorridas no período de

janeiro a março de 2003 identificadas a partir dos recursos de glosa, junto a

duas operadoras de planos de saúde: Confederação Nacional das

Cooperativas Médicas (UNIMED) e HB Saúde-S/A (HB SAÚDE).

DADOS COLETADOS

TABELA 1 APRESENTAÇÃO DAS GLOSAS EFETUADAS NA CATEGORIA MATERIAIS, REFERENTES A ANOTAÇÕES E OU CHECAGEM DE ENFERMAGEM, 2005

Nº DE RECUROS DE

GLOSAS ANALISADOS

CATEGORIA

MATERIAIS

VALOR QUE REPRESENTAM

% DESSAS GLOSAS REFERENTES

ENFERMAGEM Rodrigues, Perroti,

85 RECURSOS

31.856,52 /base Monetária/2005

% 99,06

TABELA 1 FONTE: Rodrigues, Perroti, Jerico/2005

Nº DE RECURSOS DE GLOSAS

ANALISADOS

% DE ESTORNO DE GLOSAS, REFERENTE

AOS RECURSOS COM JUSTIFICATIVA DA

EQUIPE DE ENFERMAGEM

85 RECURSOS

Aproximadamente 87,07 %

Valor Monetário Base 2005 R$ 22.877,80

TABELA 2 FONTE: Rodrigues, Perroti, Jerico/2005

024

TABELA 3 - GLOSAS NA CATEGORIA CHECAGEM DE MEDICAMENTOS, 2005

Nº DE GLOSAS

M DE MEDICAMENTOS, RELACIONADO A

Rodrigues,Perroti,Jerico/2005

872

10,05%

TABELA 3 FONTE: Rodrigues, Perroti, Jerico/2005

TABELA 4 APRESENTAÇÃO EM PORCENTAGEM DE CATEGORIAS GLOSADAS EM RAZÃO DOS REGISTROS DE ENFERMAGEM, 2005

DIÁRIAS E TAXAS

EXAMES

MEDICAMENTOS

MATERIAIS

1,08

0,5%

11,06%

86.01%

TABELA 4 FONTE: Rodrigues, Perroti, Jerico/2005

TABELA 5 APRESENTAÇÃO EM PORCENTAGEM DOS ITENS QUE TIVERAM MAIOR REPRESENTATIVIDADE NA CATEGORIA MATERIAS QUE GERARAM GLOSAS EM RAZÃO DOS REGISTROS DE ENFERMAGEM, 2005

COMPRESSAS DE GAZE

LUVAS CIRÚRGICAS

MATERIAL DE INFUSÃO

65,09 9,04 5,04

TABELA 5 FONTE: Rodrigues, Perroti, Jerico/2005

ARTIGO 2

TÍTULO - Auditoria na Gestão Hospitalar.

AUTOR - Melo Jose Carlos

ANO PUBLICAÇÃO - 2002

PUBLICAÇÃO- Universidade Gama Filho/RJ.

025

RESUMO A obra apresenta dados coletados em Pesquisa de caráter

descritivo e avaliativo, aplicada no período base de janeiro a março de 2007, no

Instituto Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, na capital de São Paulo, que teve

como objetivo levantar dados para identificar motivos de ocorrência de glosa

hospitalar na referida instituição, apresentando item relacionado a glosa

hospitalar e registros de enfermagem, a coleta de dados deu-se a partir do

universo de 50 prontuários que receberam glosa por parte das operadoras de

saúde no sistema internamento, os autores não referem o universo total que

foram extraídos esses 50 prontuários de glosas.

DADOS COLETADOS

TABELA 6 FALHAS DE ANOTAÇÃO

(MELO, PG 04,2002)

NÚMERO DE PRONTUARIOS PESQUISADOS

NÚMERO DE ANOTAÇÕES IMPRECISAS OU COM

FALHAS DE ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM

APRESENTAÇÃO EM PORCENTAGEM

50 42 84%

TABELA 6: Fonte: Instituto Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho São Paulo-SP. 2002

TABELA 7 COBRANÇA EM MATERIAL/MEDICAMENTO MÉDICO HOSPITALAR EM EXCESSO OU INDEVIDO CASOS QUE PASSARAM PELA AUDITORMELO, PG 06, 2002)

Nº. DE PRONTUARIOS AUDITADOS

Nº DE COBRANÇA DE MATERIAL/MEDICAMENTO EM EXCESSO OU INDEVIDA PELA

EQUIPE DE ENFERMAGEM

APRESENTAÇÃO EM PORCENTAGEM

50 39 78%

TABELA 7. Fonte: Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho São Paulo SP.2002.

026

ARTIGO 3

TÍTULO - Características de Anotações de Enfermagem Encontradas em

Auditoria

AUTOR - Luz A, Martins AP, Dynewicz AM.

ANO PUBLICAÇÃO - 2007.

PUBLICAÇÃO - Revista Eletrônica de Enfermagem.

RESUMO A obra apresenta estudo de abordagem qualitativa, descritivo e

exploratório, utilizando-se de técnicas padronizadas para a coleta de dados,

realizada através de pesquisa efetuada em um Hospital Universitário de

Curitiba, os dados foram recolhidos das anotações da enfermagem em 144

prontuários médicos de 03 unidades de internamento de planos de saúde

privada, tendo como base o período de agosto a novembro de 2005

DADOS COLETADOS

O trabalho referendado não traz índices específicos de glosa hospitalar

relacionados a equipe de enfermagem, mas a partir da pesquisa apresentada

na produção, levanta-se, itens que podem ser correlacionados com a temática

central desta produção acadêmica como segue:

TABELA 8 DADOS REFERENTES A REGISTROS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA: CHECAGEM E ANOTAÇÕES DE DIETA (EM ESPECIAL DIETA ENTERAL) 2005.

UNIDADE 1

UNIDADE 2

UNIDADE 3

Nº registrado de dietas anotadas difere das dietas

checadas

Nº registrado de dietas anotadas difere das dietas

checadas

Nº de registros de dietas anotadas e checadas confere

TABELA 8 - Fonte: Luz; Dynewlcz, 2005.

Colocação téc

Dynewlcz, 2005.PAG. 07.

027

TABELA 9 REGISTRO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA O USO DE COLCHÃO DE AR

UNIDADE 1

UNIDADE 2

UNIDADE 3

Sem registros de enfermagem para utilização do colchão de ar

02 registros de enfermagem de utilização do colchão de ar

01 registro de enfermagem de utilização do colchão de ar

TABELA 9 - Fonte: Luz; Dynewlcz, 2005.

Colocações técnica dos autores da Pesquisa Luz; Dynewlcz, 2005, PAG.

O7

contas hospitalares paga as diárias de uso de colchão de ar, cada vez que não há checagem e anotação de uso, há glosas nas contas. Sendo assim, as unidades pesquisadas provavelmente não estão recebendo pelos procedimentos de uso do colchão de ar uz; Dynewlcz, 2005.PAG. 07

TABELA 10. -. REFERENTE AO REGISTRO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM RELAÇÃO A OXIGENOTERAPIA, que é considerado como procedimento em auditoria quando prescrita diariamente registrada com exatidão o horário de inicio e de termino, sendo a checagem

UNIDADE 1

UNIDADE 2

UNIDADE 3

Não consta nos registros da equipe de enfermagem na categoria rotina, o hábito de checar a utilização de oxigênio

Consta nos registros de enfermagem na categoria rotina o habito de checar a utilização do oxigênio tendo como ressalva que no turno da noite ocorreram mais falhas de registros nesta categoria.

Consta nos registros de enfermagem na categoria rotina o habito de checar a utilização do oxigênio tendo como ressalva que no turno da noite ocorreram mais falhas de registros nesta categoria

TABELA 10 Fonte: Luz; Dynewlcz, 2005.

028

TABELA 11 REFERENTE AO REGISTRO DE ENFERMAGEM NA TROCA DE CURATIVOS, 2005.

TURNO

UNIDADE 1

UNIDADE 02

UNIDADE 3

Nº CURATIVOS

CURATIVOS CHECADOS

Nº CURATIVOS

FALHAS NA

CHECAGEM

Nº CURATIVOS

FALHAS NA CHECAGEM

DIURNO

15

MENOS DA METADE

CHECADO

MANHÃ 19

TARDE - 13

SIM

SIM

MANHA - 11

TARDE 07

SIM

SIM

NOTURNO

07

MENOS DA METADE

CHECADO

11

SIM

08

SIM

TABELA 11 - Fonte: Luz; Dynewlcz, 2005.

Colocação técnica dos autores da pesquisa

- Luz; Dynewlcz, 2005.pag. 08.

TABELA 12- REFERENTE A ANOTAÇÕES DE PUNÇÕES,2005.

UNIDADE 1

UNIDADE 2

UNIDADE 3

TOTAL

ANOTAÇÕES DE

PUNÇÕES

09 17 03 29

*Nº DE ANOTAÇÕES

JUSTIFICADAS PELA

EQUIPE DE

ENFERMAGEM

00

00

00

00

TABELA 12 - Fonte: Luz; Dynewlcz, 2005.

Quanto ao número de anotações que não foram justificadas pela equipe

sa

029

TABELA 13- GLOSAS REFERENTES A AUSÊNCIA DE JUSTIFICATIVA DA ENFERMAGEM

PARA O PROCEDIMENTO DE PUNÇÕES. 2005

Nº DE PRONTUARIOS

AUDITADOS

Nº DE PRONTUARIOS GLOSADOS REFERENTES A FALTA DE

JUSTIFICATIVA DA ENFRMAGEM PARA PUNÇÕES

APRESENTAÇÃOEM PORCENTAGEM

36 21 58,33%

TABELA 13- Fonte: Luz; Dynewlcz, 2005.

ARTIGO 4

TÍTULO - Auditoria de enfermagem: o impacto das anotações de enfermagem

no contexto das glosas hospitalares.

AUTOR - FERREIRA, Tânia S.. SOUZA-BRAGA, André Luiz de.

CAVALCANTI-VALENTE, Geilsa Soraia. FERREIRA DE SOUZA, Deise.

CARVALHO-ALVES, Enilda Moreira.

ANO PUBLICAÇÃO - 2009.

PUBLICAÇÃO - Redalyc Sistema de Información Científica Red de Revistas

Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal.

RESUMO: A obra traz pesquisa descritiva e exploratória, de abordagem

qualitativa e quantitativa. O estudo se materializou por meio documental e foi

realizado no serviço de Urologia de um hospital privado do município de

Niterói/RJ. Tendo como referência o período de Outubro a Novembro de 2007,

em um universo de 1141 sendo 215 internações e 926 consultas ambulatórias,

dos quais 125 atendimentos receberam glosa hospitalar estando, estas glosas

relacionadas aos registros de enfermagem, perfazendo 4.380 itens glosados.A

apresentação dos dados coletados na pesquisa se dá, pela forma de

categorias: medicamentos, taxas e aluguéis, e materiais. Esse universo de

glosas referentes aos registros de enfermagem, não estão relacionadas as

glosas de exames, as glosas médicas e as glosas administrativas, pois o foco

da pesquisa é o registro de enfermagem.

030

DADOS COLETADOS

TABELA 14 APRESENTAÇÃO DE NÚMEROS DE GLOSAS REFERENTES AOS REGISTROS DE ENFERMAGEM. NO PERÍODO DE OUTUBRO A NOVEMBRO DE 2007.

Nº DE ATENDIMENTOS EFETUADOS PELA

INSTITUIÇÃO

Nº DE GLOSAS REFERENTES AOS

REGISTROS DE ENFERMAGEM

APRESENTAÇÃO EM PORCENTAGEM

1.141

125

APROXIMADAMENTE

0,91% TABELA 14 - Fonte: Arquivo do setor de faturamento do serviço de Urologia privado da cidade de Niterói/RJ.2007

TABELA 15- APRESENTAÇÃO EM PORCENTAGEM DAS CATEGORIA QUE RECEBERAM GLOSAS RELACIONADAS AOS REGISTROS DE ENFERMAGEM TENDO COMO BASE 125 CONTAS HOSPITALARES QUE RECEBERAM GLOSA NO UNIVERSO DE 1.141 ATENDIMENTOS NO PERÍODO DE OUTUBRO A NOVEMBRO DE 2007.

CATEGORIA MEDICAMENTO

CATEGORIA TAXAS E ALUGUÉIS

CATEGORIA MATERIAIS

53.16% 24,36% 22,47%

TABELA 15. Fonte: Arquivo do setor de faturamento do serviço de urologia privado da cidade de Niterói/RJ. 2007.

TABELA 16 RELAÇÃO DE GLOSAS NA CATEGORIA: MATERIAIS NO PERÍODO DE OUTUBRO A NOVEMBRO DE 2007, COM SUAS RESPECTIVAS PERDAS EM REAL. TENDO COMO BASE 1.141 ATENDIMENTOS DOS QUAIS 125 FORAM GLOSADOS COM BASE NOS REGISTROS DE ENFERMAGEM. 2007

ITENS GLOSADOS QUANTIDADE MOTIVO DA GLOSA VALORES EM REAIS

Compressas cirúrgicas 1.401 Falta de justificativa da

enfermagem

1.112,44

Luva Procedimento 1.600 Falta de justificativa da

enfermagem

869,62

Catéter Jelco 31 Falta de justificativa da

enfermagem

656,76

Equipo microgotas 51 Falta de justificativa da

enfermagem

517,40

Marcodine Scrub 112 Falta de justificativa da

enfermagem

186,92

Equipo Padrão 45 45 Falta de registro da enfermagem 104,07

Micropore 17 Falta de registro da enfermagem 75,77

Algodão bola 23 Falta de relato da enfermagem 72,60

Máscara descartável 68 Falta de justificativa da

enfermagem

46,80

031

Gorro descartável 69 Falta de justificativa da

enfermagem

42,20

TABELA 16 - Fonte: Arquivo do setor de faturamento do serviço de urologia privado da cidade de Niterói, RJ. 2007

TABELA 17: RELAÇÃO DE GLOSAS NAS CATEGORIAS: TAXAS E ALUGUEIS RELACIONADAS AOS REGISTROS DE ENFERMAGEM PERÍODO OUTUBRO A NOVEMBRO DE 2007- TENDO COMO BASE 1.141 ATENDIMENTOS DOS QUAIS 125 FORAM GLOSADOS COM BASE NOS REGISTROS DE ENFERMAGEM. 2007.

ITENS GLOSADOS

QUANTIDADE

MOTIVO DA GLOSA

PERDAS EM

REAL

Taxa de oxigênio 242 Falta de registro de enfermagem 1.936.96

Taxa de curativo 222 Falta de Registro de Enfermagem 1.008.52

Taxa de Nebulizaçao 166 Falta de registro de enfermagem 644,08

TABELA 17- Fonte: Arquivo do setor de faturamento do serviço de urologia privado da cidade de

Niterói/RJ.2007.

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As tabelas 1, 2, 3, 5 6 e 13, apresentam índices que retratam

panoramas hospitalares, com glosas hospitalares referendadas no serviço de

enfermagem, retratados pela, ausência ou ainda pela forma incorreta da

aplicação dos registros e ou anotações de enfermagem, a leitura destas,

porcentagens reafirmam a importância financeira para o hospital dos registros e

ou anotações de enfermagem;

Item relacionado ao serviço de enfermagem que recebeu mais glosa se

refere a categoria material, conforme tabelas 4,9,16, já o quadro 15 apresenta

a categoria medicação como categoria que recebeu maior número de glosas

relacionado aos serviços de enfermagem. Considera-se para efeitos de glosa

na categoria medicação: o registro da checagem pela enfermagem e da

justificativa conforme a exigência do respectivo hospital e órgão

regulamentador (conforme visto no capítulo 5), elementos esses que se

referem a registros e ou anotações de enfermagem neste aspectos pode-se

032

englobar a tabela 15 e 17 que referem o grande número de glosas na categoria

medicamentos e materiais, os índices apontados nestes quadros são

efetivamente de caráter de registros e ou anotações de enfermagem no que

tange a rotina do profissional que deve incorporar o habito dos registros em

A anotação, bem como

a evolução, são instrumentos de grande valor e importância na assistência de

enfermagem e na sua continuidade,tornando-se ambas indispensáveis na

aplicação do processo de enfermagem. (DANIEL, 1981)

A falta de hábito do profissional de enfermagem de efetuar todos os

registros dos procedimentos realizados é evidenciada como segue:

Na categoria checagem seja em procedimentos, cuidados, medicação ou

materiais (tabelas - 3,9,10 e 11), considerando que para Possari, a checagem

só tem validade ou reconhecimento legal e administrativo após rubricada ou

circundada e justificada pelo profissional de enfermagem inclusive para fins de

glosa hospitalar.

Na categoria registros de procedimentos/cuidados seja pela falta de registros

ou imprecisão destes (tabelas 8,9,10 e 11); considerando que para Possari,

os registros devem ser precedidos de data, hora, identificação e assinatura de

quem o procedeu, (2005);

Na categoria justificativas seja para materiais, procedimentos e medicação

tabelas 11, 12, 16, nesta categoria a tabela 2, é representativa quanto a perdas

em valores e porcentagem.

Identifica-se a partir destes dados que:

Os registros e ou anotações de enfermagem são fatores efetivos na categoria

glosa hospitalar.

Quanto a identificação dos registros e ou anotações de enfermagem

como fator de efetivo na categoria glosa entende-se que:

1. Estas glosas podem ter ocorrido por efetivação de registros ou anotações

imprecisas ou ainda pela falta delas, lançando nosso olhar para a categoria

prontuário.

033

No capítulo 5 deste trabalho acadêmico, apresentou-se a importância

do prontuário para fins de auditoria e pontos que devem ser evitados nos

registros efetuados no prontuário do paciente, para se evitar a glosa hospitalar

no que tange ao serviço de enfermagem, sobre os já apresentados pontos a

serem observados pela equipe de enfermagem, enaltecemos ainda, que no

caso de prontuário de papel (realidade na maioria dos serviços de saúde

brasileira), deve-se evitar: escrever a lápis, pela sua fragilidade que pode levar

a perder o registro, incluindo aqui , a caneta de cor muito clara, sendo que a

cor utilizada para o período diurno pode ser azul e para o noturno vermelho;

registrar a evolução de enfermagem de modo organizado primando pela

seqüência lógica dos procedimentos, este ponto é de grande valia nas

justificativas para os casos de glosa hospitalar; não fazer uso de corretor

ortográfico( tipo branquinho e outros) mediante um registro equivocado, logo

que percebido, deve-

registro correto, evitando : rasuras (ou seja palavra(s) raspada(s), riscada(s)),

manchas em decorrência de pingos de medicação, água e outros produtos,

deixar espaços ou folhas em branco, letra deve ser legível e clara, as

informações subjetivas devem ficar entre aspas, a redação deve ser objetiva,

concisa, redigida em linguagem comum aos elementos da equipe de saúde,

devem ainda ser, completa contendo descrição de características, evitando a

repetição e ambigüidade de informações referentes ao paciente; os prontuários

devem ser examinados para ver se conferem ao respectivo paciente a que esta

sendo atendido, devendo então ser verificado pelo profissional o cabeçalho do

impresso e etiqueta de identificação do respectivo paciente, deve-se usar

somente siglas padronizadas pela instituição, os registros ou anotações de

enfermagem devem ser efetuados pelo padrão de horários de atendimentos e

não por turnos, todo registro ou anotação de enfermagem, deve ser precedido

de data (dia, mês e ano) conter os cuidados de rotinas estabelecidos pela

respectiva instituição, inclui-se aqui cuidados inerentes a determinados

exames, procedimentos e medicação na vigência de problemas identificados;

cada registro ou anotação efetuado deve conter: carimbo, assinatura e número

do COREN do profissional que a realizou. (CAR ET TAL, 1985

CIANCIARRULHO ET TAL, 1974 e POSSARI, 2005).

034

Entende-se, então, que se os serviços de enfermagem no que se

refere, aos registros de enfermagem e glosa hospitalar, forem, gerenciados de

acordo com as exigências legais e técnicas de órgãos regulamentadores afins,

a diminuição de glosas hospitalares com referência direta ao serviço de

enfermagem deve, apresentar sensível diminuição.

2. A reflexão, dos registros de enfermagem como causa de glosas hospitalares

nos força a leitura de outro elemento, correlacionado, a equipe de enfermagem

o: treinamento. Entendemos, pela análise dos dados coletados, a necessidade

de reforçar a importância do treinamento das equipes de enfermagem, partindo

do pressuposto, de que esses profissionais, não fazem os registros de modo a

contento (vindo entre outros problemas, causar a glosa hospitalar como

demonstra os dados coletados) porque necessitam de capacitação.

A necessidade de treinamento e desenvolvimento de equipe de

enfermagem tem sido reforçada seja pelos avanços tecnológicos, seja pelas

mudanças socioeconômicas, que requerem dos indivíduos, atualizar e rever

seus conhecimentos, (KURCGANT, 1991). O treinamento se constitui em

poderosa ferramenta de transformação no cenário organizacional e gerencial,

dito isto, pois é sabido que o fim de toda a empresa é ter lucro, realidade não

diferente para os hospitais, para que a instituição tenha lucro no que se refere

ao serviço de enfermagem e a diminuição da glosa hospitalar, o hospital deve

ter uma equipe de enfermagem qualificada e para isso deve-se então investir

na sua capacitação por meio de treinamento. Depois das normas e rotinas

descritas deve-se, implementar treinamentos de capacitação dos

colaboradores (CUNHA, 2002). O treinamento da equipe deve ser um processo

contínuo, levando ao aprimoramento das técnicas, aquisição de novos

conhecimentos e otimização da assistência prestada, pois a falta de

capacitação interfere no processo de qualidade (CUNHA, 2002), e

conseqüentemente, no faturamento hospitalar.

Para Possari, o treinamento da equipe de enfermagem deve

contemplar os seguintes elementos teórico-prático: conceitos de registros de

enfermagem; preenchimento correto do prontuário do paciente, contemplando:

tipos de prontuários (papel e eletrônico), definição, finalidade, preenchimento,

035

composição e aspectos legais do prontuário; português e caligrafia, por meio

de aula expositiva, estudo dirigido e exercício; orientação para a utilização dos

registros de enfermagem. (2005) Entendemos que um treinamento

contemplando esses aspectos, (e outros conforme a realidade de cada

hospital) deve colaborar com a diminuição dos números de glosas hospitalares

intervenientes aos registros de enfermagem.

3. Outra reflexão que os dados coletados instigaram foi sobre o papel do

enfermeiro na problemática glosa hospitalar relacionadas aos serviços de

enfermagem.

O enfermeiro dentro da equipe de enfermagem, é o profissional de

maior preparo técnico e educacional (no que se refere a formação profissional),

cabendo a ele ação administrativa, executiva e educativa da equipe,

acarretando sobre este, a responsabilidade direta das glosas hospitalares

referendadas no seu setor. Nos últimos anos é notado um aumento progressivo

e qualitativo de trabalhos a cerca dos registros de enfermagem relacionados ao

papel do enfermeiro, esse fato contribui para o embasamento técnico-científico

das funções deste profissional, no entanto, a partir da análise dos dados

coletados, somos compelidos a admitir a necessidade de um repensar da

postura do enfermeiro, isto amplia a análise que vai desde a qualidade de

formação profissional no Brasil hoje, até questões socioeconômicas, não

devendo, no entanto exaurir a responsabilidade do profissional na busca de

melhorar sua conduta profissional.

A tabela 7 traz os dados de glosas hospitalar interveniente, ao

serviço de enfermagem, com um agravo, aqueles prontuários que foram

glosados haviam passado pela auditoria interna de enfermagem do hospital

(MELLO, 2002) este dado potencializa a preocupação, com a caminhada

técnica dos serviços de enfermagem, pois entende-se que o serviço de

auditoria interna de enfermagem, deveria estar preparado, para justamente,

entre outras atribuições evitar as glosas hospitalares que lhe cabem, conforme

POSSARI, a finalidade da auditoria de enfermagem é também

qualidade dos registros de assis (pag. 195, 2005).

Esses dados nos fazem refletir sobre a importância de uma auditoria interna de

036

enfermagem capacitada, na diminuição do número de glosas hospitalares

relacionadas aos registros de enfermagem. Investimento este, a ser feito pelos

hospitais, que por vezes querem ter bons faturamentos, mas não querem

investir, sobrecarregam a equipe com poucos funcionários, não investem em

capacitação e oferecem baixos salários, enfim, a composição destes dados

resulta num processo que se retroalimenta, equipe despreparada gera serviços

ineficientes que gera glosas que gera diminuição de faturamento, se faz então

necessário a mudança de postura das instituições empregadoras, e do controle

fiscalizador de órgãos competentes quanto a número ideal de funcionários,

atribuições e políticas de salários, para que se quebre esse ciclo que prejudica:

paciente, profissional e hospital.

Entendemos que a auditoria interna de enfermagem deva proceder

análise sistemática de cunho crítico, da assistência de enfermagem prestada

ao paciente, bem como estimular mudanças de padrões de atendimento

quando necessário, de modo a melhorar a qualidade dos serviços prestados,

neste quesito, entendemos, que a auditoria interna de enfermagem, deva

identificar pontos que colaboram para a glosa hospitalar relacionadas aos

registros de enfermagem (conforme identificamos pelos dados coletados) e

apresentar propostas para sanar esses pontos, bem como deva identificá-los,

nos prontuários e recorrer dos meios legais, que lhe cabe, para proceder

justificativas, que impeçam a glosa, antes que o prontuário chegue a mão do

auditor da operadora do plano de saúde. Recomenda-se que os enfermeiros

aprimorem seus conhecimentos teórico-práticos e enfatizem continuamente à

equipe sobre os aspectos técnicos, éticos e legais das anotações para que

façam as anotações corretamente nos prontuários (ITO, 2005).

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da análise dos dados coletados, fica latente a importância dos

registros de enfermagem como instrumento de faturamento hospitalar. A

enfermagem, portanto, tem um papel relevante nesse contexto, em virtude da

complexidade de suas ações, bem como do volume de dados e informações

que circulam em sua volta para registrar e organizar os dados clínicos no

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ambiente hospitalar, levando-se em consideração a diversidade de sua prática.

Por essa razão, o sistema de informação em enfermagem deve ser

eminentemente prático, ou seja, o seu desenvolvimento precisa ser extraído

das necessidades dos profissionais de enfermagem que atuam diretamente na

assistência ao paciente, nesse tocante situamos a auditoria interna de

enfermagem, entendemos que, a era da globalização, dos avanços

tecnológicos, bem como a competitividade instaurada nos serviços de saúde,

anunciam uma nova fase para os profissionais desta área.

O advento de novos tempos para auditoria interna de enfermagem

requer que este profissional, apresente leitura analítica do cotidiano dos

profissionais de enfermagem sendo isto de relevante importância para o

aperfeiçoamento dos profissionais, pois resultará em maior eficiência no que

diz respeito aos aspectos quantitativos, econômicos e financeiros, para a

instituição, bem como na qualidade de assistência ao paciente. Entende-se

que a instituição de saúde, através do serviço de auditoria interna de

enfermagem, deva possuir uma política de atuação com a qualidade

incorporada à engenharia do processo de produção dos serviços de

enfermagem, e que elabore instrumentos de anotações e pesquisas

adequados, estabelecendo um sistema permanente de avaliação da

assistência prestada ao cliente, além do desenvolvimento de manuais e a

definem o dese ).

Entendemos ainda, que a inexistência de normas padronizadas deixa

os profissionais livres para escolherem técnicas e soluções diferentes para a

realização de um mesmo procedimento, o que pode levar ao comprometimento

do resultado esperado. Depois das normas e rotinas descritas deve-se,

implementar treinamentos de capacitação dos colaboradores. Fica claro, que o

treinamento da equipe deve ser um processo contínuo, como meio de

investimento dos hospitais, para sua boa saúde financeira.

038

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