universidade tuiuti do parana luciani de sousa amaral...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANALuciani de Sousa Amaral
USO DA INFORMATICA COM CRIANC;:AS EM DIFICULDADE DEAPRENDIZAGEM: UMA EXPERIENCIA EM CONSTRUC;:AO
Curitiba2005
Luciani de Sousa Amaral
USO DA INFORMATICA COM CRIANI;AS EM DIFICULDADE DEAPRENDIZAGEM: UMA EXPERIENCIA EM CONSTRUI;Ao
Trnbalho de Conclusao de Cursoapresentadocomo requisito para obten~oda Licenciatura Plena do Curso dePedagogia - An05 Iniciais da FaculdadesHumanas letras e Arte.s da Unive~idadeTuiuli do Parana.
Orientador: Pro'" Carlos Rocha
Curitiba2005
J'jff Universidade Tuiuti do ParanaFACULDADE DE CI~NCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
Curso de Pedagogia
TERMO DE APROVAl;AO
NOME DO ALUNO: LUCIANI DE SOUZA AMARAL
TITULO: Uso da informatica para crianr;as com dificu/dade deaprendizagem: uma experiencia em construrtio
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTENl;AO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOG lA, DO CURSO DE
PEDAGOGIA, DA FACULDADE DE CI~NCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.
MEMBROS DA COMISSAO AVALIADORA:
·U·J...,,,J,, \PROF(a}. CARLOS ALVES ROCHA
ORIENTAD9R(A} /-;
...' 'f.~1:.\...-'~~i..-~ --PROF(al. MARCIA SILVA DI PALMA
MEMBRO DA NCA._)'~-' -
PROF(a} SERGIO ROBERTONAUFFAL
MEMBRO DA BANCA
DATA: 09/12/2005
CURITIBA - PARANA
2005
AGRADECIMENTO
Agradeyo a Deus par ceder-me a vida, e a coragem de enfrentar as desafios
e obstaculos que ocorreram no periodo desses quatro anas acad~micos> que fcram
conqulstados e superadas bravamente.
Aos meus pais, que incentivaram e ajudaram na cria~o das minhas filhas
Emilly e Mylena, que muitas vezes fica ram sabre SU8S responsabilidades, para que
eu pudesse cumprir as tarefas que surgiam do curso.
As minhas duas filhas e meu marido que souberam entender a minha
aus{mcia.
E ao Professor Carlos que incenlivou-me na escolha do lema que
abrilhanlou meu trabalho e a sua bravissima orienta<;1lo.
RESUMO
Este trabalho tern por abjetivo diagnosticar se utiliza9~oda informatica como recursode apoio, proporciona urn crescimento QU so mente indicios de melhora norendimento escolar. Como fontes, utilizaram·se a pesquisa bibliografica e a pesquisade campo que foi realizada em um Centro de Educa9ao Integral Padre FranciscoMeszner, Escola Municipal desenvolvida junto as oito crianyas matriculadas, na 18etapa do 2° cicio, que estao na faixa etaria de 8 a 10 anos. Com a inten9ao dedescobrir se a informatica realmente e urn instrumento facilitador para 0 aprendizadoou nao, foi feito urn trabalho utilizando-se softwares educativos. Em cad a encontropercebeu-se que a 0 interesse dos alunos foi despertado quando a pesquisadorainteragiu com as mesmos.
Palavras - chave: dificuldade de aprendizagem; informatica, educagao.
SUMARIO
RESUMO
1 INTRODU<;:AO ..
2 PRESSUPOSTOS ...
2.1 A EDUCA<;;AO ...
2.2 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ..
2.2.1 Fatores Escolares ....
2.2.2 Fatores Familiares ..
2.3 DESENVOLVIMENTO HUMANO ...
3 INFORMATICA NA EDUCA<;:Ao
4 PROCEDIMENTOS ..
4.1 METODOLOGIA ...
4.2 INSTRUMENTOS DE PESQUISA .
5 APRESENTA<;:Ao E ANALISE DOS RESULTADOS ..
6 CONSIDERA<;:OES ...
REFERENCIAS ...
9
9
12
17
20
24
28
35
35
36
38
42
45
54
57
4.3 ESCOLA ...
4.4 OS ALUNOS ...
1 INTRODU<;Ao
A tecnologia sempre afetou 0 homem: das primeiras ferramentas, par vezes
consideradas como extens6es do carpa, a maquina a vapor, que mudou habitos e
institui'roes, ao computador que trouxe novas e profundas mudanc;:as socia is e
culturais.
A tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia, facilitando nossas ayOes,
nos transportando, ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas. 0 processo
de informatizat;ao da sociedade, que tambem atinge 0 Brasil caminha com
espantosa rapidez e parece ser irreversive!.
Os computadores t~m potencial para oportuniZ8r novos meies de ensina e
aprendizagem para alunos e professores. 0 recente desenvolvimento da tecnologia
computacional, aliada a ambientes de multimidia interativa, esta desencadeando
maior acesso as informayOes. Avanc;:os em tecnologias multimidia marcam uma nova
abordagem para que os professores criem estrategias, e observem, 0 que estes
recursos podem representar na pratica de sala de aula para seus alunos. A
possibilidade de poder integrar textos, videos animados, musica, voz, sons,
imagens, graficos, proporcionam significantes efeitos no ambiente de aprendizagem.
A tecnologia dispoe recursos de comunica9aO, imagem, som integrado em urn
produtos multimidia e alem disso a Internet dispOe, correios eletrOnicos,
videoconferencia, e novas dispositivas como scanners, maquinas fatogn3ficas
digitais, rob6tica, videoconferencia.
Assim sendo, percebe-se 0 fato de que a escola tern que preparar cidadaos,
suficientemente familiarizados, com os mais basicos dispositivos tecnol6gicos, de
modo a poder participar no processo de gera9ao e incorporayao e indusao a da
tecnologia de que 0 pais necessita, para poder desenvolver-se. A informatica esta
no centro de toda essa tecnologia. A utiliza9aO de computadores na educa9ao na~
garantira, par si 56, a aprendizagem dos alunos, pais, as mesmas sao instrumentos
de ensina a serviyo do processo de construyao do conhecimento dos alunos. A
introduc;aodestes recurses na educayao deve ser acompanhada de uma s6lida
forma9ao dos professores, para que eles possam utilize-los de uma forma
responsevel e com potencialidades pedag6gicas verdadeiras.
E necessaria, entao, discutir como a informatica pode ser utilizada nas
escolas transformando-se em urn recurso, para facilitar as crianc;:as a
compreenderem as conceitos ja adquiridos em sala de aula. Ista posta, surgem as
questoes: Pode a informatica auxiliar 0 aluno das series iniciais do Ensino
Fundamental? Como as crian.yas com dificuldade de aprendizagem podem vir a
usufruir as recursos da informatica, para desenvolver suas habilidades cognitivas?
Estas questOes nortearam 0 trabalho, sendo este 0 problema do estudo.
o grande objetivo sera verificar, se ao utilizar a informatica como um
recurso de apoio, ocorrera algum crescimento ou indicio de melhora no rendimento
escolar do educando.
Equipar as unidades escolares com tecnologias, para fazer do computador
um instrumento de ensino, capaz de prender a aluno diante de algo atraente e ao
mesmo tempo didatico, fazendo com que ele se interesse em aprender.
A utiliza9ao da multimidia na educa9ao pode ser considerada uma revoluyao
na medida que ela da aos usuarios maior capacidade para encontrar as informa~es
que eles necessitam. A multimidia e um excelente complemento aos metodos
tradicionais de ensino, devido a interatividade, a critica formativa imediata, ao
acesso instant~neo a enorme quantidade de material disponivel atraves da pr6pria
Internet e de CD-ROM, a estrutura nao linear do material didatico, a acumulayao
automatica de informayao, etc. Este tipo de programa facilita, em principia, uma
integra9ao entre varias disciplinas (interdisciplinaridade) 0 que dificilmente e
conseguido pelos metodos tradicionais.
Como a conteudo em um CO-ROM apela a diversos sentidos, ao mesmo
tempo a carga informativa e significativamente maior. Com diversos sentidos sendo
requisitados simultaneamente, a informagao e mais redundante, oferecendo um
maior poder de assimila9ao e reteny8.o. As cores, sons, animaryOes, videos, textos e
a possibilidade de intera9c30 prendem 0 usuario ao aprendizado.
Evidentemente, a comunica9ao eletr6nica abrange uma parte da
comunicagao humana, ela deve ser usada para enriquecer 0 processo educacional e
nao pode e nem deve substituir 0 dialogo pessoal ou 0 contato humano direto, s6 um
professor pode dar tratamento individualizado e diferenciado.
Partindo desses pressupostos, e que a pesquisa em questao se torna
relevante, uma vez que objetiva verificar a melhora da qualidade do ensino, par meio
da utiliza9ao de multimidia e da Internet. Parte-se da concep9ao que a utiliza9ao
desses produtos no processo de ensino/aprendizagem estimula os alunos para a
vontade de aprender 0 conteudo proposto.
Nesse sentido e que se Justifica 0 desenvolvimento de novas metodologias
que estimulem 0 poder intelectual de cada aluno, resultando numa participa9ao
efetiva dos mesmos em lodas as atividades pedagogicas de ensino.
Na referente pesquisa, constara pressupostos teoricos pesquisados atraves
de referencias bibliograficas, para que a pesquisadora possa compreender fatores
que causam problemas na aprendizagem, apresentara os procedimentos utilizados
para a realiza9ao da pesquisa de campo e a apresenta9ao e a analise dos
resultados, realizados com oit&lanOS":qU freqUentam, no ano letivo de 2005, a l'
(~~~:i~..r:~~'i\~.: _;.0/
etapa do 20 cicio do Ensino Fundamental, no periodo da manha., na faixa etaria dos
8 a 10 anos, no Centro de Educa~o Integral Padre Francisco Meszner, Escola
Municipal, localizada na Rua Jose Tissi nO 114, num bairro de periferia urbana,
considerada uma escola de medio porte situada num Conjunto Habitacional Orleans
Camponesa com areas de invasa.o ao seu redar, tendo como Mantenedora a
Prefeitura Municipal de Curitiba, no periodo de dois meses e meio, com 0 intuito de
diagnosticar algum indicio que pudesse citar crescimento educacional, uma vez que
a referida pesquisa na.o sera conclusiva pelo pouco tempo de trabalho com as
crian~as,mas qualquer sinal sera de grande valia para a pesquisadora.
A metodologia utilizada para a realiza~ao da pesquisa sera atraves de
referencias bibliograficas para embasar todo 0 trabalho e a pesquisa campo, onde a
pesquisadora utilizara oito computadores, todos com acesso a internet, todas as
sextas-feiras, no periodo da manha das 10h30min as 12hs, no Centro de Educa~o
Integral Padre Francisco Meszner, Escola Municipal. as alunos acessaram 0 site
www.junior.TE.ot, e jogaram os links "Arrebenta 0 Balao" e "Acerta 0 Palha90",
sugestao de uma professora que ja utilizou com seus alunos, que freqOentam a 1il
etapa do 2° cicio numa Instituiyao de Ensino da Rede Publica e utilizaram um CD
contendo "Gibizinho" e varios jogos como: Sete Erros, Guarda Roupa da MOnica,
Jogos Folcl6ricos elaborados pelo SENAC sAo PAULO, SeqU~ncia Musical,
Memoria, tambem sugerido por uma professora que ja utilizou com seus alunos.
2 PRESSUPOSTOS
2.1 A EDUCA<;:Ao
As escolas e a sociedade vivern nurn grande dilema ao tratar a educayao
como S8 estivesse parada no tempo. Esquecem que devido aos avanc;os
tecnol6gicos essa concepyao mudou. As modificayOes estao acompanhando as
transformaC;Oessociais, que deveriam afeta-Ia, para que as objetivos almejados
sejam atingidos.
Niskier (1992, p. 18) salienta que:
a educa~o nllo e, para 0 homem, urn acrhcimo ornamental. 0 homem eessencfalmente educavel. 0 homem nao se lorna homem pels educa~o. 0homem e ser periecUvel, urn ser de cultum e depende da educaclio paralevar a plenificayl!loa sua intelig~ncii!l e a sua vontade, a tim de vir a ser eleme$mo.
Neste contexto, 0 autor salienta que no seu convivio cultural 0 homem se
auto-educa e que a eduC8C;aOvern como acrescimo para 0 seu desenvolvimento e
crescimento intelectual.
Os argumentos defendidos par Niskier tambem sao os mesmos de Brandao
que diz (1995, p. 7):
ninguem escapa dOleducat;aa. Em, casa, na rua, na igreja ou na escola, deurn modo ou de muita$ todos nOs envolvernos peda~os da vida com ela:para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, parafazer, para ser au para conviver, tod05 as dias misturamos a vida com aeducacaa·
Considera-se que a educac;ao e uma caixinha de surpresa, urn assunto
amplo. Nao existe uma cartilha, ou melhor, manual de instrUy80 para aplica-Ia,
porque depende exclusivamente da cultura em que esta localizada cada sociedade.
Nao se pode aplicar a educayao do campo na regiao urbana ou na cultura indigena,
10
pois cad a uma tem as suas particularidades. Isto lica claro quando BRANDAO cita
ern seu livro a res posta que 0 chefe indigena deu para a carta enviada par Benjamin
Franklin aos indios, a seguir apresentada:
n6s eslamos convencidos, portanto que as senhores desejam a bern paran6s e agradecemos de todD cora~.Mas aqueles que sao sabios reconhecem que diferentes na¢es t~mconcep<;Oes diferentes des coisas e, sendo assim, as senhores nao ficaraoof en didos ao s~ber que a vossa ideia de educa~o ni\o ~ a mesma que anossa.Muitos dos nossos bravos guerreiros foram farmadas nas escolas do Nortee aprenderam teda a nossa cj~ncia. Mas qu.mdo eJes volta ram para n65,eles eram maul corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes desuportarem 0 frio e a fome. Nao sabiam como ClII;ar 0 veado, malar 0inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa lingua muito mal. Eleseram. Portanta totalmente inuteis. Nao serviam como guerreiros, comoca93dores ou como conselheiros.Ficamos agradecidos extremamenle agradecidos pela yassa aferts e,embora nao passamas aceit.Ha, para mostrar a nassa gratid~o oferecemosaos nabres sen hares de Virginia que nas enviem alguns das seus jovens,que Ihes ensinaremas tudo 0 que sabemas e faremos, deles hamens.(BRANOAo, 1995, p.8)
Brandao(1995, p. 12) complementa: "na priltica, a mesma educa9ao que
ensina pede deseducar e pede cerrer e risco de fazer e contra rio do que pensa que
laz, ou do que inventa que pode lazer [ ... ) eles eram, portanto totalmente inuteis".
No Brasil ha momentos na hist6ria que parece nao haver uma defini9aO de
um para metro unico para a educayao, havendo tentativas de copiar modelos de
outros paises que estao dando certo. Mas as governantes esquecem, quando assim
agem, que a cultura e outra e nao ousam se apropriar, multiplicar e compartilhar
saberes resgatados da popula9ao, para ai sim implantar parametros regionais que
permitam uma melhor formayao para enfrentar problemas.
A LDB(1996, p. 29) cita que:
a educayao, e dever da tamflia e da Estado, inspirada nas princlpias daliberdade e nas ideaia de salidariedade humana, tem per finalidade a plenadesenvolvimenlo do educanda, seu preparo para a exercfcio da cidadania esua qualifical):ao para a trabalho.
II
Pensa-se em educa9ao para todos, mas ate que ponto estao
oportunizando-a? Ao inves de incluir valores essencial para a vida em sociedade,
permitindo que as alunos sejam mais reflexivos nesse sistema capitalista, impOe
menes a preocupa~ao de viver com 0 diferente, propaganda a cidadania ao adquirir
as conhecimentos basicos para fortalecer e levar a urna realidade mais justa e mais
fraterna, na aventura da vida para arrebatar a felicidade.
No sec. XVIII Rousseau considerava a educac;:~o como urn processo natural
do desenvolvimento da crianc;:a, ao valorizar 0 jogo, a trabalho manual, a experi~ncia
direta das caisas, sendo 0 precursor de urna nova concepc;:ao de eseela. Urna eseela
que passa a valorizar as aspectos biologicos e psicol6gicos do aluno em
desenvolvimento: 0 sentimento, 0 interesse, a espontaneidade, a criatividade e 0
processo de aprendizagem, as vezes priorizando estes aspectos em detrimento da
aprendizagem dos conteudos.
A educac;a.o nao e apenas uma atividade tecnica e profissional. Deve
favorecer 0 desenvolvimento social e etica do ser humano, pressupOe tambem uma
ac;c::.omoral, que reflete no homem na sua maneira de ser e de viver.
o pressuposto te6rico que fundamenta 0 presente trabalho considera que a
inteliglmcia e construida a partir das relac;Oes reciprocas do homem com a meio. 0
meio e sempre revestido de significados culturais, e as significados culturais sao
aprendidos com a participaC;ao de mediadores. A educac;c::.o compete a func;c::.o de
desafiar, exigir e estimular, pois quanta mais ele aprende mais se desenvolve
mentalmente.
Priorizando as interaC;:Oes entre os proprios alunos e deles com os
professores, a escola tern como objetivo tazer cam que os canceitos espontaneos,
que as alunos desenvolvem na conviv~ncia social, evoluam para 0 nivel dos
12
conceitos cientificos, pois 0 caminho do objeto ate a crianc;a e desta ao objeto passa
par Dutra pessoa.
o autor Moreira(1999) acentua que, segundo Vygostky, os processos
mentais superiores tern origem em processos sociais, 0 desenvolvimento cognitiv~
do ser humano nao pode ser entendido sem referencia ao meio social.
Neste sentido, 0 embasamento desse trabalho tern na teoria de Vygostky 0
seu referencial da educac;:i1o, se reportando tambem a alguns aspectos da teoria de
Piaget no que diz respeito as fases do desenvolvimento das crianyas.
2.2 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
Ha varios fatores que causam a dificuldade de aprendizagem nas crian9as.
Os principais sao a escola e a familia, pois percebe-se urn despreparo de ambos,
pois querem trata-Ias como antigamente, mas nao percebern que diante de tanta
transforma9ao a mentalidade e 0 modo de agir delas mudaram.
A escola e 0 professor nao pod em esquecer do fatar individual que tambem
prejudica a aprendizagem do seu aluno, pois deve-se considerar que cad a individuo
tern suas caracteristicas, uma diferente da outra. 0 professor deve estar atento ao
nivel de matura9ao, ao ritmo pessoal e as prefer~ncias do seu educando,
adequando atividades em sala que abranja teda essa individualidade.
Piletti(1999) ressalta outros fatores que tambem causam dificuldades de
aprendizagem, como fator de origem nervosa, onde 0 aluno apresenta diversos
comportamentos que prejudicam no seu andamento escolar como: na,o consegue
concentrar-se, sua ateny80 e por pouco tempo, na,o fica parada na carteira, nao
13
dorme e nao come direito, essa crianc;a tern caracteristicas que pade ser de
hiperatividade. Citando 0 fator orgc1nico,sao criam;as que sentem inferioridade au
superioridade em relac;:aoao corpe, apresentando distUrbios de aprendizagem. Ha
tambem crianc;as com deficiencias fisieas e muitas delas sao discriminadas na
familia, na escola, no trabalho e na sociedade. As que conseguem quebrar as
barreiras do preconceito tem dificuldades de apropriar-se do conhecimento.
Entende-se como dificuldade de aprendizagem ou limitagOes no processo
de desenvolvimento, tudo 0 que dificulta 0 acompanhamento das atividades
curriculares, compreendidas em dais grupos: aquelas dificuldades nao vinculadas a
uma causa organica especifica e aquelas relacionadas as condic;:oes de algumas
limitac;oes ou defici~ncias.
Piletti(1999) cita que aprendizagem e a mudanga de comportamento e
mudanc;a de comportamento resultante da experi~ncia.
Estas dificuldades podem se manifestar tanto no inicio quando durante todo
o periodo escolar da crian9a, e elas surgem diferentemente para cada aluno, 0 que
requer uma investiga9~0 mais aprofundada.
Para as teorias interacionistas, como as de Piaget e de Vygostky, as
crianc;as procuram sempre, de forma ativa, compreender aquila que vivenciam e
explicar aquilo que Ihes es estranho, construindo hip6teses que Ihes pare9am
razoaveis. Nessa interay~o, onde fatores internos e externos se inter-relacionam
continuamente, formando uma complexa combinagao de influencias, e que se da a
aprendizagem.
A aprendizagem, entao, pode ser concebida como as ayaes exercidas
individuo.
organismo e,...o•.~meio, acarretando
:~"3mudan9as sobre 0reciprocamente entre a
14
A crian(fa com dificuldades de aprendizagem apresenta baixo rendimento
escolar desejado para a serie que freqOenta, dispersao e problemas disciplinares na
sala de aula. Conforme Smith,
as crian98s com diflCuldades de aprendizagem, entretanlo 50frem de umacombinayao Infeliz: nae apenas suas fraquezas sao mais pronunciadas queo normal, mas etas t!mMm estao naquelas areas que rna is lend em 8 inferirna aquisi9ao de habilidades basicas em leitura, matematica ou escrita.Como resultado, seu progresso na escola e repelidamenle bloqueado.Essas crianyas sao, com freqoancia, brithantes e criativas e ale mesmotalentosas em outras esferas, mas ja que estao tendo um mau desempenhonas areas mais valorizadas em nossa sociedade, seu! talentos podem servista como irrelevantes. (SMITH; STRICK 2001, p. 36)
Mediante a constatal'ao que 0 aluno tem dificuldades de aprendizagem, 0
professor deve ter em mente nol'3o clara do que e problematico e do que e
patol6gico no comportamento da crianc;a, no intuito de nao agravar 0 quadro desse
educando e sim ajuda-Io a superar. Neste sentido, ressalta-se 0 seguinte:
para crianryas com dificuldades de aprendizagem, a rigidez na sala de aula ~falal. Para progredirem, tais esludo1!lnles devem ser encorajados a trabalharao seu proprio modo. Se forem colocados com urn professor inflexivel sobrelarefas e testes, ou que usa m2lteriais e metodos inapropriados as suasnecessidades, eles ser~o reprovBdos. Se torem regularmenteenvergonhados ou penalizados por seus fracassos, os estudantesprovavelmente nao permanecerao motivados par muito tempo. Dessaforma, a ambiente escolar inaproprilldo pede levar ate mesmo as mais levesdeflCi~ncia5 a tornarem-se grandes problemas. (SMITH; STRICK 2001, p.34)
Existem metodos que poder:!lo ser usados para ajudar a superar a
dificuldade de aprendizagem. Segundo diversas pedagogias os jogos, danl'as, 0 uso
de materiais concretos e recursos tecnol6gicos, poderao ajudar 0 individuo que
apresenta dificuldade de aprendizagem.
Infelizmente a escola e 0 sistema social do qual faz parte sao os que mais
prejudicam a aprendizagem livre e criativa das crianc;as. Quando ingressam nas
15
escolas inicialmente elas tern a conhecimento do convivio familiar que muitas vezes
nao sao favoraveis, entao estao abertas as novas aprendizagens, estao ansiosas
em aprender, a constituir novas amizades e acreditam tudo 0 que 0 professor ensina
como se fosse lei. Mas, quando se deparam com profissionais despreparados que,
ao inves de contribuir na aprendizagem, acabam fazendo com que percam toda a
motiV8c;:ao de aprender como se estivesse jogando urn balde de agua fria, taz com
que as crianQas percam a vontade de estar freqOentando a escola.
Piletti(1999, p. 83) cita que 0 professor pode criar, na sala de aula, um clima
psicologico que favoreC;8 au desfavorec;a a aprendizagem.
Geralmente as escolas naD realizam diagnostico familiar de seus alunos
quando ingressam em seus estabelecimentos de ensino, para conhecer a realidade
familiar de cada urn, que muitas vezes e fator que contribuiu para dificultar a
aprendizagem escolar. Desconhecendo essas situa90es particulares, tratam seus
alunos como se fossem tadas iguais, com os mesmos problemas, as mesmas
aspira90es, as mesmas situa90es familiares.
Jose & Coelho(1993, p.17) salientam que:
qualquer problema de aprendizagem implica amplo trabalho do professorjunto 8 familia da criam;a, para analisar situaQ6ese levanlar caracteristicas,visando descobrir 0 que esta representilOdo dificuldade ou empecilho paraque 0 alune aprenda.
As autoras Smith e Strick (2001, p. 30) reforgam que:
as condit;6es em GaS8 e na escola, na verdade, podem fazer a diferen1;aentre uma leve defici~ncia e um problema verdadeiramente incapacitante.Portanto, a tim de entendermos as dificuldades de aprendizagemplenamente, e neoessario oompreendermos como os ambientes domesticoe e~collir da criam;.a afetam seu desenvolvimento intelectual e seupotencial para a aprendizagem.
16
Pode...se prejudicar a aprendizagem n~o levando em conta as caracteristicas
de cada crianc;a: sua maturidade, seu ritmo pessoal, seus interesses e aptidOes
especificos, seus problemas nervosos e organicos. Muitos problemas que
apresentam t~m origem familiar e individual, mas todos os efeitos negativos que
apresenta 0 educando podem ser minimizados ou ate anulados, se 0 professor e a
eseDla trabalharem juntos buscando soluy6es que possam contribuir para superac;~o
desses obstaculos.
Smith e Strick(2001) acentuam que e 6bvio que salas de aulas abarrotadas,
professores sobrecarregados au pouco treinados e 5uprimentos inadequadas de
bons materiais didaticos comprometem a capacidade dos alunos para aprender.
As tracas constantes de professores durante a ana, podem interferir na
aprendizagem. Tambem podem interferir: a varia,~o de metodos de trabalho numa
escola, pois cada educador segue uma linha, muitas vezes confundindo a cabe,a
das crian~s; a numero de alunos em uma sala prejudica muito, pOis os professores
n.:.o conseguem trabalhar individuatmente as dificutdades de cada um; a ambiente
escolar, a estrutura da sala desde as carteiras, ilumina,ao, ventila,ao, a
permanencia em que ficam sentados num mesmo lugar, infelizmente podem
favorecer a submissao, a passividade e a depend~ncia, nao contribuindo para urn
trabalho livre e criativo; eo atendimento dos profissionais da area administrativa sao
fatores que podem influenciar de forma negativa na aprendizagem.
E preciso que a escola e 0 corpo docente amptiem sua consciencia a
respeito da responsabilidade que t~m em rela,~o ao futuro dos seus alunos e, alem
dis so, que possam perceber a importtmcia do bem estar psicol6gico como uma
situa~ao fundamental para a aprendizagem satisfat6ria. A escota pode e deve
17
propiciar ao atuno uma certa segurantya emocional, onde pelo menDS ele possa
vivenciar vinculos mais saudaveis com seU$ professores e colegas.
2.2.1 Fatores Escolares
Eo indispensavel, por questoes de compatibilidade. que a escola seja
repensada a partir de reflexOes e tamada de decisOes advindas do reflexo social,
tecnol6gico, politico e econOmico que impulsionam a humanidade.
o mundo alual requer profissionais extremamente qualificados e
capacitados a acompanhar as rapidas mudan9as que ocorrern.
A economia complexa, globalizada, 0 dinamismo da informaC;ao e 0
surgimento de novas tecnologias exigem constantes estudos e atualizac;ao
profissional.
Segundo a LBO 9394/96 no art. 13, paragrafo III "os docentes incumbir-se-
ao de: zelar pela aprendizagem dos alunos".
Para que as profissionais de qualquer area sejam bern sucedidos,
primeiramente t~rn que estar bern consigo mesma, gostar, ou methor, amar 0 que
faz, portanto, nao e diferente para os professores, pois para haver urna
aprendizagern com quaHdade tern que ter nas escolas profissienais compremetides,
ou melhor, amantes da educac;ao, pois e uma profissao de suma importfmcia para 0
desenvolvimento do ser humane. pede-se dizer ate da sociedade, pois os
educadores podem moldar 0 individuo que ali freqQenta.
Piletti (1999, p. 21) cita que 0:
18
professor precisa conhecer a si mesmc para poder conhecer as alunos, aabertura ao que as alun05 podem ensinar-lhe e um dos passos para esseautoconhecimentoo professor nao ~ 0 senhor absoluto, dono da verdade e dono dos alunos,que mllnipul8 a seu bel-prazer. Os alunes sao pes50as humann, tantoquanta ele, 0 seu desenvolvimento e sua liberdade de manifestayao
precisam ser respeitados pelo professor.Para 0 sucesso do trabalho educativ~, ~ importante que 0 professor gostedo que faz, acredite que esta alcanrtando as resultados esperados e sintasatisfeito e realizado. Urn professor frustrado e um fatar de frust~ao paraos alunos. Sabe-$e que uma atitude positiva do professor em relat;ao amateria, aos alunos e a seu proprio trabalho e de fundamental importanciapara a eficilmcia da aprendizagem por parte do aluno.
As crianc;as no seu convivio familiar deparam com restric;Oescomo ~nao
pode isso", "nao pode aquilo" e quando chegam nas escolas nao muda, e que os
professores nao conseguem compreender toda bagagem de informac;Oesque elas
trazem de seus lares, julgam que querem atrapalhar 0 andamento de seus
conteudos e de certa forma tambern acabam "podando· suas ideias e opiniOes,
considerando que nao sao bern vindas.
Percebe-se que esses profissionais nao sabem conduzir essa abertura, com
receio que seus alunos percebam que nao domina alguns assuntos que deveriam
dominar, nao percebem que a troca contribui para um relacionamento de confianc;ae
qualidade na aprendizagem, pois todos estao aprendendo igualitariamente.
Piletti (1999, p. 79) salienta que:
a rela~o entre profes-sores e alunos deve ser uma rela~o dina mica, comotoda e qualquer rela9ao entre seres humanos. Na sala de aula, os alunosnao deixam de ser pessoas para transformar-se em coisas, em objelos,que 0 professor pode manipular, jogar de uma lado para 0 outro. 0 alunonoo e dep6sito de conhecimentos memorizados que noo entende, comoum tichario ou uma gaveta. 0 aluno e capaz de pensar, refletir, discutir, teropiniOes, participar, decidir 0 que quer e 0 que nao quer. 0 aluno e gente, e5er humano, assim como 0 professor.
o professor e urn exemplo que influencia 0 comportamento de seus alunos,
em sala de aula, se a sua postura for de dominador e autoritario estimula os
19
educandos a assumir essa postura, criando urn ambiente de desconfianc;a, de
rejeic;:ao et ate mesma, de agressao em relayao aos outros. Isto e, os alunos que
sofrem contra Ie autoritario reagem a esse controre de forma ostensiva e violenta. Ja
se a sua postura for de mediador, instigador do saber, a educador conseguiril fazer
com que seus alunos nao sejam passiv~s e sim criticos e atuantes durante a
aquisit;aa do conhecimento, criando urna relac;:io mais harmoniosa em sala, pais
fazem parte do mesmo cenario.
E de extrema importancia que 0 docente utilize as metod as e recurSDS
didaticos adequados, para contribuir para 0 aprendizado do aluno, pois se mal
utilizado pod em prejudicar 0 seu andamento escolar, tornando-a passiv~, alienado e
ate mesmo agressivo, pais nao relaciona~se com 0 grupo. Os colegas e professores,
para ele, sao desconhecidos, nao tem refer~ncia nenhuma afetiva.
No ~mbito escolar nao deve esquecer que cada aluno em sala possui a sua
individualidade, ou seja, caracterfsticas fisicas, sociais e intelectuais e restri~Oes
emocionais diferentes urn do outro, podendo ate ter crianyas com a mesma idade
em sala, mas imaturos e 0 professor deve estar atento, devendo diagnosticar,
respeitar e adequar suas aulas para que haja urn crescimento na sua totalidade.
Piletti(1999) argumenta que muitas pessoas se enganam quando pensam
que a escola deve preocupar-se somente com os aspectos intelectuais de seus
alunos, ou seja, pelo desenvolvimento da compreensao das materias escolares, os
educadores devem dar aten~ao alem, ou seja, nos aspectos socia is, emocionais e
fisicos, pois tambem contribui para uma boa a aprendizagem.
A preocupayao principal de um professor e, ou deveria ser, encontrar
maneiras de trabalhar com 0 aluno de modo que ele aprenda e possa utilizar as
coisas que aprende na sua vida, na escola, na familia e junto com as amigos. Por
20
isso e importante compreender a aluno na sua totalidade e nao classifica-Io com
palavras que podem nao dizer nada a seu respeito.
Portanto, ha diferentes maneiras do professor lidar com as situac;Oes
existentes em sala-de-aula, principalmente as que se referem a alunos com
problemas de aprendizagem. E desta visao do professor, a atitude que ele
consequentemente adotara, dependera em muito 0 sucesso au fracasso de seus
alunos.
2.2.2 Fatores Familiares
Devida a modernidade, nao S8 pode tratar e pensar na sociedade como
alguns anos atras, pais ela mudou radicalmente. Os pais n~o sao mais responsaveis
unicamente pelo sustento da casa, as maes nae ficam unicamente em seus lares
cuidando de seus filhos e dos afazeres domesticos, precisam trabalhar para
acrescentar na renda familiar au ate mesma sustentar totalmente as despesas
caseiras. Os filhos ficam muito tempo lange de seus pais, muitas vezes a dia inteiro
na creche, na escola au ate mesmo sazinhos em casa, e quando seus pais chegam
ao inves de dar a aten~ao devida, estao tao cansados que s6 pensam em dormir ou
as maes em cumprir as deveres domesticos.
Cury (2003, p. 28; 29) cita que:
antigamente uma familia estruturada era uma garantia de que os filhosdesenvolveriam uma personalidade saudavel. Hoje, bons pais estAoproduzindo filhos ansiosos, alienados, O:luloritarios,angustiados.Os pais nAo ensinam seus filhos a ler urna vis:1ocrftica dos comerciais, dosprogramas de TV, da discriminayao social os lornam presas faceis dosistema predat6rio. Para este sistema, par mais etico que ele pretenda ser,seu filho e apenas um consumidor em polencial e nao ser humano.
21
A familia e a cullura tem um papel fundamental na aprendizagem, pois elas
VaG deJinear as pad rOes basicos das rela90e5 emocionais e do comportamento da
crianc;:a e do futuro adulto, pOis tendem a provocar baixo rendimento escolar no
aluno. Muitas crianc;:as tern medo de voltar para casa e enfrentar os problemas do
cotidiano, gerancto conflitos e dificuldades para a educando em se concentrar.
Polity (1998, p. 123) ressalta que "boa parte dos problemas com os quais
esbarramos: lentidao de raciocinio falta de atenc;:ao, desinteresse, entre Qutros,
encontram as suas origens na estrutura biol6gica, sobretudo quando exposta aD
meio ambiente",
o sistema familiar disfuncional nao permite ao aluno a maturidade
necessaria para conseguir urn born desempenho acad~mico.
A aprendizagem, portanto, ja ocorre antes da crian9a chegar na escola e ela
detem conceitos proprios a respeito do mundo. A crianya aprende tam bern com a
familia, com os meios de eomunicac;ao, pessoas do seu eonvlvio e com a escola.
o ambiente dome-stice exeroe um importante papel pma determinar sequalquer crianca ilprende bem ou mill. Urn imenso conjunto de pesquisastem demonstrado que um ambiente estimulante e encorajador em cas"produz estudantes adaptaveis e muito dispostos a aprender, mesmo entrecrianyas cuja saude ou intelig~ncia foi comprometida de alguma maneira.(SMITH; STRICK, 2001, p. 31)
As crianc;as anseiam de atenc;ao, mas seus pais preoeupados e eansados
preferem que eles brinquem, assistam televisao ou fiquem na rua, para que possam
fiear tranqOilos, mas nao percebem que estao eausando serios problemas no
desenvolvimento desta erianc;a. Infelizmente em muitos eonvivios familiares, pais e
filhos nao conseguem dialogar e nem ao menos iearjun,tos urn com 0 outro, vivern<,:.\ .. , ~'I:_:'•..•.F ~\como verdadeiros estranhos em seus lares.
22
E a familia mediadora entre 0 individuo e a sociedade, a formadora de nossa
primeira identidade social. As vias pelas quais 0 afeta e 0 poder S8 relacionam
dentro da familia, permite-nos cemparar as diferentes modelos de familia e entender
a sua dinamica interna.
Cury (2003 p. 29) faz um apelo aos pais:
por favor, ensinem as jovens a proteger sua emocAo. Tudo que atingefronlalmente a emor;.AoBtinge drasticamente a mem6ria e constituirtl apersonalidade.Ajude seus filhos a nao serem eSCfaVQS dos seus problemas. Alimente 0anfiteatro des pensamentos e a territ6rio da emot;ao deles com coragem eousadia.
Ha varios fatores que influenciam 0 aspecto emocional da crianc;a. Tem-s8 0
alcoolismo, familia numerosa sem condic;Oes minimas estruturais, brigas freqOentes
em casa, abandono, trabalho infantil, etc. A conviv~ncia com um ou mais destes
fatores acarreta na impossibilidade do aluna concentrar-se nas aulas, vista que a
sua aten9ao se volta para a tentativa de resolu9aO dos problemas familiares, que ele
julga insaluveis na maioria das vezes.
Nesse contexto Smith e Strick (2001, p. 31 a 32) citam que:
existem muito! aspectos do ambiente domestico que podem prejudicar acapacidade de uma crian((a para aprender. As crianyas que n:'o obl~mnutr~o alimentar au sono suficientes obviamente sofrerao em suacapacidade para concentrar-se e ab!orver informaryOes.0 mesmo ocorrecom crianyas que estAo frequentemente enfermas devido a fraea higieneau a cuidados medicos abaixo do aceitavel. As crianyas eriadas por pais ouresponsaveis que falam malo idioms e aquelas que v~em muita televisaotendem a ter atraso no desenvolvimento da lingua, isso afets suacapacidade para expressar-se e compreender seus professores e tambemas coloca em situayao de risco para problemas de Jeilura e de escrita. Osalunos cujas familias n~o conseguem oferecer-Ihes 0 materiais escolares,um horario previslvel para a realizayao das larefas em CSS3e um loearelativamente tranqUilo para 0 estudo precisam 85tar exeepcionalmentemotivados para aprender; a mesmo ocorre com crian935 que vivem empouco encorajamento e baixas expectativ6ls.
23
A lalta de aten9ao pode ser relacionada a latores emocionais advindos de
uma familia desestruturada. Desta forma, em090es como ansiedade, medo,
agita9ao, tensao, panico, apatia, ambival~ncia, vergonha e culpa, funcionam como
um agente que desfocaliza a aten9ao da crian9a, que deveria estar voltada para a
aprendizagem.
Cury (2003, p. 25), citando 0 exemplo de um lilho que desejava a aten9ao do
pai medico, diz:
certa vez, um filho de nove anos pergunlou a um pai, que era m~dico,quanto ele cobrava par consulla. a pai disse-Ihe 0 valor. Passado um m6s,o filho aproximou-se do pai, tirou algumas notas do bolso, esvaziou seucofre de moedas e disse-Ihes com os othos chelo de tagrimas: ·Pai, faztempo que eu quero conversar com v~, mas voc6 nao tem tempo.Consegui juntar a valor de uma consulta. V~ pode conversar comigo?
Existe um dltado que afirma que "a educa~o se aprende em casa", ou seja,
as regras de conviv~ncia, de dar e receber amor, sao aprendidas desde 0
nascimento e nas primeiras etapas de desenvolvimento. Como uma crian9a se toma
apta a andar, ela tambem se torna apta ao observar 0 mundo que a circunda, a
comunicar-se dentro de urn certo grau e a aprender as regras e as leis do
comportamento humano. Apos a aquisi9aO da fala, a crianya indaga sabre os
porqu~s. Alem da inlorma98o intelectual, ela deseja conhecer 0 sentido do que
ocorre em sua volta. Com isto, participa da vida familiar, continuando a desenvolver-
se fisica, intelectual e emocionalmente.
Cabe, aqui, uma reflexao com a finalidade de compreender que:
os alunos com dificuldades de aprendizagem acabCIm sendo rotulados,sofrendo puni(:Oesdevido ao seu fracasso escolar. Estes sA.otidos comofalta de interesse, desmotivac;;aopara esludar, preguiya e distra(:ao. Comisla os pais e profes-soresn~e respeitam eslas dificuldades e e alune em
24
seu permanente estado de tens:io nao consegue preslar alenr;ao eparticipardas aulas (MORAIS, 1997, p. 53)
As crianyas que param de freqUentar a eseela, geralmente, sa.o as mais
rejeitadas. Elas precisam ser estimuladas ao relacionamento, a responder
adequadamente qual e 0 comportamento aoeitavel em determinada situac;ao.
~ preciso aprender lidar com a ira e a tristeza, a respeitar as diferenc;as de
modo a enearar as coisas dificeis, aprender a perguntar, a negociar, a ser mais
assertiv~. E importante somar aDs conteuctos de hoje as liyoes sabre sentimentos e
relacionamentos.
Par tudo isso a eseela tern 0 compromisso moral e etico de S8 preocupar
com 0 desenvolvirnento dos alunos, reinventando as aulas e proporcionando a
sintonia do conteudo a capacidade de aprender. Considera-se muito importante que
a familia e a escola estabele<;am um vinculo para tentar mudan9as em rela9ao a
falta de aten9ao, no sentido de ajudar esse educando a evitar maiores dificuldades,
crises e stress.
2.3. DESENVOLVIMENTO HUMANO
Piletti(1999) acentua 0 quadro das principais fases do desenvolvimento
humano de acorda com a teoria pscicanalitica de Freud. A faixa etaria entre 6 a 12
anos, que corresponde com a idade das criam;as pesquisadas, estao na fase da
latencia. Para ele a fonte de prazer e:
com a repress:'o temporana dos interesses s.exuais, 0 prazer deriva domundo extemo, da curiosidade, do conhecimento etc., como gralificac;:Oessubstitutas.
25
Signjfjca~ para 0 desenvolvimento da personalidade e 0 perfodo daescola primaria, muito importante no desenvol ..•.imento da crianca. naaquisicAo de conhecimento! e habiHdades necessarias para ajustaf aomunde do trabalho. PILETII (1gg,<;l, p. 2(8)
Esta e a fase do descobrimento, tudo eles querem perguntar e saber, muitas
vezes n~o se satisfazem com apenas uma resposta, aguc;am ate a satisfazer suas
duvidas.
Analisando a fase do desenvolvimento. nao pod em as deixar de pesquisar
Piaget (in PULASKI, 1986). Para ele as crian9as estllo no periodo de opera90es
concretas, que corresponde de 7 a 12 anos. Durante a primeira e a segunda serie ha
urna transi9aOgradual, que se prolonga ate a idade de 11 ou 12 anos. Neste estagio
acredita que a crian98 pensa logicamente sabre as caisas que experimentou e a
manipula simbolicamente, como nas opera¢es aritmeticas. Atinge 0 conceito de
conserva9ao e reconhece que uma xicara de leite tem 0 mesmo volume, quer seja
vista em um copo alto e estrelto, quer em urn baixo e largo. Uma conquista
extremamente importante e 0 fato de ser agora capaz de raciocinar retrospectiva e
prospectivamente no tempo.
Piaget denomina isso de reversibilidade, para ere essa caracteristica acelera
imensamente 0 raciocinio 16gico e torn a possiveis dedu90es do tipo "Se 2 + 2 = 4,
entao, 4 - 2 ser igual a 2".
Enquanto Piaget fala dos estagios, Vygostky fala da zona de
desenvolvimento. Ele ve a inteliglmcia como habilidade para aprender, desprezando
teorias que concebem a inteligE~mcia como resultante de aprendizagens previas, ja
realizadas.
Para Vygostky, existe urn nivel de desenvolvirnento denorninado "zona de
desenvolvirnento potencial". Este terrno refere-se a distancia entre nivel de
26
desenvolvimento atual - determinado pela capacidade de solU9ao, sem ajuda, de
problemas - e 0 nivel potencial de desenvolvimento - medindo atraves da solU9aO
de problemas sob a orienta~ao de adultos au em colaborac;::!Io com as crian<;asmais
experientes.
Para ele a processo de desenvolvimento cognitiv~ nada mais e do que a
apropriac;:aoativa do conhecimento disponivel na sociedade em que a crianya
nasceu. E necessaria que ela aprenda e integre~se em sua maneira de pensar 0
conhecimento da sua cultura.
Ribeiro(1999) salienta que para Vygostky 0 unico bom ensino e aquele que
se adianta ao desenvolvimento, afirmando que e na Zona de Desenvolvimento
Proximal (ZDP) que ha a interfer~ncia de outros individuos, ou seja, professores,
pais, colegas, psicopedagogo, alcan9ando resultados satisfatarios. Acredita que
interferindo constantemente na zona de desenvolvimento proximal da crianc;:a, os
adultos e colegas mais experientes contribuem para movimentar as processos de
desenvolvimento das crianC;:8s imaturas. Exercendo 0 papel de mediadores no
processo de desenvolvimento da crian9a, levando-a a acionar as mecanismos em
processo de matura9aO.
Moreira enfatiza que:
naturalmente, as ide-ias de Vygostky sobre formaQAo de conceitos sAointeressantes do ponto de vista instrucional, mas seguramente, 0 papel doprofessor como mediador na aquisiyao de signiflcados contextualmenteaceitos, 0 indispensavel interdlmbio de significados entre professor e alunodentro da zona de desenvotvimento proximal do aprendiz, a origem dasfun¢es menlais superiores, a linguagem, como 0 mais importante sistemade signos para 0 desenvolvimento cognitivo, sao muito mais impormntespara ser levados em conta no ensino. (MOREIRA, 1999, p. 110)
27
Vygostky acredita que e na zona de desenvolvimento proximal que 0
educador tern que atu8r como mediador, estimulador, provocador e interventor no
organismo que naD se desenvolve plena mente sem 0 suporte de Qutros individuos
de sua especie.
Para ele 0 professor naD precisa trabalhar 0 que a criam:(8 ja sabe, mas sim
o que nao sabe, mas que precisa aprender, e que certamente aprendera com 0
professor e com as colegas na intervenyao na zona de desenvolvimento proximal.
Vygostky acredita que as pessoas aprendem par meio da mediayao, e ela
vem para mudar. Mediar e inovar. Eo uma metodologia a ser utilizada na soluyao de
confiitos atraves de acordo e do aprimoramento de tecnicas tao necessarias na
constante busca de melhorias e de desafios a serern vencidos, atuando de tal forma
para que haja 0 crescimento na busca de solugOes criativas, amadurecimento, por
meio da colabarayao e incentivo oferecido pelo mediador.
Moreira apresenta 0 metodo experimental utilizado par Vygostky. Para ele,
05 experimentos deveriam servir, sobretudo para iluminar a processo. Paraisso, a metodologia experimental deveria oferecer 0 maximo deoportunidades para que a sujeito se engajasse nas mais diversasatividades que pudessem ser observadas ao inves de rigidamentecontrolada. No metoda "genetico - " experimental", desenvotvido nesta6tica, ele empregava basicamente tres tecnicas em suas pesquisas comcrianyas. A primeira envolvia a introduy£io de obstaculos que perturbavamo andamento normal da soluyao de um problema. A segunda tecnicaenvolvia 0 fornecirnento de recursos externos para a soluyao de urnproblema. Finalmente, a terceira, as crian98s eram solicitadas a resolverproblemas que excediam seus nrveis de conhecimento e habilidades.(MOREIRA, 1999, p. 117)
Para Vygostky ° que mais interessava era ° que as crian9as faziam, nao nas
soluyOes as quais poderiam eventual mente chegar. Era importante a participayao de
28
3 INFORMATICA NA EDUCACAO
Atualmente a situa~o s6cio-econ6mica do pais exige que as cidadaos
estejam S8 aperfeiryoando, qualificando-se, a tim de integrar au permanecerem
integrados no mercado de trabalho.
o fator giobaliza9aO e um facilitador e um agravante deste panorama, pOis
na mesma medida em que amplia horizontes, diminui fronteiras e aumenta as lueras,
estimula 0 consumismo e marginaliza.
Nesta perspectiva, as crianryas tambem estao modificando seu ritmo de
vida. Ja nao brincam de betes, pula corda, carrinho de rolima, etc, pois tem de
caminhar (viver) no ritmo dos pais. que tern que trabalhar e estar acompanhando as
modifica90es que nao cessam e nao param de influenciar cada parte dessa
totalidade. Sendo assim, 0 papel da escola tambem necessitou ser reformulado, nao
admitindo mais urn aluno passivD, nem aulas padronizadas, sem capacidade para
solucionar questoes, mas sim alunos ativDs e com capacidade para solucionar as
problemas da vida real.
Piletti (1999, p. 98) cita que:
em qualquer curse baseado na liberdade des alunos, mais do que transmitirconhecimentos prontos e acabados, 0 professor coloca recursos adisposica,o deles. 0 equipamento da sala de aula nao deve limitar--se acarteiras, quadro-ne1Jro e giz. Livres para consulta, cartazes, mapas,quadros, objetos etc. devem fazer parte do ambiente em que as crian93strabalham. A liberdade ~ra que os alunos consultem e utilizem os recursosdisponrveis e fundamental.
Os alunos muitas vezes chegam as escolas com auto-estima baix8. Muitas
nao passuem refer~ncias com a instituiyaa. Mas, se 0 educador sauber canduzir
bem suas aulas, tornando-as dinamicas, utilizando como apoio os diversos recursos
29
que propiciara aquisi~ao do conhecimento, e um desses e a utilizac;:ao do
computador, enriquecera 0 aprendizado de suas turmas, pais a crianc;:a geralmente
esta aberta a conhecer eoisas novas, se apaixonam e tern facilidade em adquirir
conhecimentos novos rapidamente.
Oliveira (1999, p. 68) enfaliza que:
enquanto instrumentolobjeto de conhecimentoJdominio/prestigio 0
computador exerce frequenlemente um fascfnio sabre as crian<;:as. Urn dosaspectos de fasclnio e liberar a crianC;3 das limitayOes de sua ooordenayAomatora fina, permitindo-Ihe exercer atrvidades complexas do ponto de vistacognitiv~.
Os educandos envolvem-se com a aprendizagem quando 0 mestre torna
suas aulas encantadoras, apresentando a eles novidades, trazendo e permitindo que
utilizem novas recursos para que possam constatar e acrescentar as conhecimentos
adquiridos em sala, pois para eles e muilo chalo ir para a aula 56 para fazer
alividades do livro didalico ou ficar copiando 0 que 0 professor escreve no quadro.
Quando utilizam algum tipo de recurso conseguem prender suas atenc;:Oes, pois para
eles tem mais significado, querem sempre aprender coisas novas, e, neste sentido,
pode-se considerar que sao insaciaveis.
Piletti (1999, p. 63) acenlua que:
apesar de sua import:.ncia para a aprendizagem, a motiva~ao nem semprerecebe a devida aten9Ao do professor. E muito mais f;!lci! providenciar ummanual, transmitir a materia, cobrar nas provas, dar notas, como geralmentese fez nas escolas.
Nesse sentido, nao pod em as deixar de salientar Ferreira e Silva Junior
(1986, p. 6) que ressallam:
30
a criatividade do professor, aliadOl a consci~ncia das fun¢es doscomponenles da aprendizagem e das C3rdcleristicas particulares dosdiferentes recursos, e 0 elemento fundamental para que cada vez mais setorne eficaz a sua atuacJllo no processa da aprendizagem.
Citam tambem que a aprendizagem e mais eficiente quando as recursos
sao mais concretos.
as avan90s tecnol6gicos e a informatizayao do conhecimento ampliaram a
vala existente entre as mais favorecidos e os menos favorecidos economicamente,
ja que estes possibilitam maior acesso a informayao. porem somente as que t~m
aces sa a esses meios estarao informatizados.
A introdu9ao da informatica na escola e hoje uma necessidade para 0
crescimento de uma pedagogia inovadora, assentada na sucessao de educadores
propensos a didaticas renovadas. Param, ninguam precisa sair correndo atras de um
curso de informatica, quando da chegada do computador a escola. Um bam cantata
inicia-se com cuidado, gerando um relacionamento satisfat6rio entre a professor e 0
computador, oportunizando a familiarizac;ao com esta nova tecnologia. Nem todos os
professores sentem-se a vontade para entrar num laborat6rio de informatica sem
saber 0 que fazer. Nan se pode esquecer que a oP9aO pelo usa ou nao da
informatica como processo educativo e dever do professor, de acordo com a nova
LOB, que inclui a necessidade e expectativa dos alunos em usar deste expediente.
Atualmente, as escolas resistem a esta evoluC;ao no processo ensino-
aprendizagem, talvez por preconceito au receio do que isto possa acarretar mais
trabalho. Eo justamente este preconceito que se deve superar, pois haven, ganho de
tempo.
Nunes (1988, p. 8 e p 9) salienta que:
31
no caso das escolas, nao deve 0 computador substiluir 0 professor. Amaquina deve, i$.so sim oonstituir-se num instrumento auxi1iar, a que dara aoprofessor mail tempo para a realizayao de autras larefas que somente elepode executar, em raz{lo da sua formacao e seus valares que ele devecultivar nos jovens.o U50 de computadores e recursos computacionais na~ deve serconsiderado uma nova panaceia para enfrenlar as problemas da educac;,;!iobasica ou como substitute eflCClzdas car~ncias de docentes e de recursosinstrucionais elementares ou de outra natureza.
Acentua esse autar que a introdw;ao do uso do micro e como recurso de
ensina para 0 professor, como um novo elemento em programas de recuperar;a.oau
sala de apoio, enfim, como motivador e articulador pelos profissionais da educa9ao
que pretendam um melhor nivel de desempenho.
A maquina como processo educativo ainda assusta uma grande parte dos
professores acostumados com a sistema convencional de ensino tradicionalista.
Portanto, relutam na utiliza9a.odeste recurso. Uma outra questao a qual se deve dar
importancia, e sobre elaborayao de procedimentos que iraQsolucionar as principais
necessidades pedag6gicas, dentro de sala de aula, 0 que pode,,; ser resolvido com
o auxilio de urn especialista, que abra os horizontes, ensinando 0 manejo dos
recursos e ferramentas voltadas ao conhecimento, assim, a informatica tera como
suprir essas dificuldades.
o autor Kneller (1997, p. 96) salienta que:
ha 0 perigo de a mestre, preocupado com a transmi55ao do conhecimentoildquirido, cortilr demilsiildilmente depressa ° fluxo das ideias da crianya,censursndo-as com exagerada presleza e assim ferindo as ralzes dopenS2lmenio criedor. Na educayao tern havido tendlmcia para exageradaconcenlrnry.'jono pensamenta correta e minima na originalidade, demais emproblemas que requerem ums 5Olu~o e um metodo de trabalho epouqurssimo nos que aceitam diversidade de metodos e soluyOes.
Desde que surgiu a informatica, tern ficado cada vez ma;s evidente 0 enorme
potencial que ela representa, se bem utilizada, para a area da educagao. Tanto
32
alunos quanto professores tem muito a ganhar com a sua utiliza9ao, quer em sala de
aula, quer nos laboratorios, ou ate mesmo em casa. 0 uso transcende limites de
idade, po is desde criam;a bem pequena ate 0 professor universitario, podem,
sentados perante um computador, utiliza-Io com proveito.
A informatica e uma tecnologia muito envolvente. Para muitas pessoas
correspondem avan90s, para outras um bicho de "sete cabe9as~, com isso pode
tornar~.se perigosa, pOis se 0 usuario nao souber manusea-Ia adequadamente tera
graves conseqOencias.
Oliveira (1999, p.11) cita que:
o computador jamai5 podera ser utilizado de forma a amea<;ar 0 contatocom a pr6pria realidade, a alienar a criancas; mas, ao contrttrio, devera serusado sempre para fortat~-Ia, por meio da tomada de consciencia de 5imesma como alguem capaz de lidar com representay6es simb6ticas,mantendo os pes bem firmes no chao.
Nunes (1988, p. 18) cita que um fatar impartante na infarmatizayaa da
ensina e a dispanibilidade de programas (saftwares) educacianais de baa qualidade
e, aeima de tudo, perfeitamente adequados a realidade nacional.
Oliveira (1999, p. 66) destaca que:
a introdw;ao de novas tecnologias na escola deve ser coerenle com estemodo de agir do professor, favorecendo a cria~o de um ambiente criativoem que ~o mediadora possa ser eficientemente exercida. Entre novastecnologias, 0 rnicrocomputador ocupa urn lugar de destaque pelo poder deprocessamenlo de informa<;Aoque P05SUi.0 comput'ador e ao mesmotempo uma ferr"menta e um instrumento de mediacao. ~ uma ferramentaporque permite lIO usuario (atuno ou professor) construir objelos virtuais,modelar fenOmenos em quase lod05 as campos de conhecimento. Epossibilita 0 estabelecimento de novas rela<;Oespara a oonstru<;oo doconhecimento ao mediar 0 modo de representacao das coisas atraves dopensamento formal, que e abstrato, l6gico, analltico; e esse poder derepresentayAo que 0 torna um mediador eficaz.
33
a computador apresenta recursos importantes para auxiliar 0 processo de
transformar;ao da escola, a criar;ao de ambientes de aprendizagem que enfatizam a
construyao do conhecimento e nao s6 a instruy::lo. IS50 implica em entender 0
computador como uma nova maneira de representar 0 conhecimento provocando
urnmaior redimensionamento dos conceitos ja conhecidos e possibilitando a busca e
compreensao de novas ideias e valores.
o usa do cornputador na criayao de ambientes de aprendizagem que
enfatizam a construya,o do conhecimento apresenta enormes desafios. Utilizar 0
computador com a finalidade de rever e analisar cuidadosamente 0 significado de
ensinar e aprender, conhecer e educar, examinar 0 professor nesse contexto.
Vive muito mais do que s6 prover 0 profissional com conhecimentos em
informatica. a preparo para este profissional nao pode ser uma simples
oportunidade para repasse de informac;Oes, mas deve propiciar a vivencia de
aprendizado e ensino como uma experi~ncia. Eo 0 contexto da escola, a p",tica dos
professores e a presenc;a dos seus alunos que determinam 0 que se deve abordar
nos cursos de formaC;ao computadorizada neste processo. Deve-se oferecer
condic;oes para a professor adquirir conhecimentos sabre as tecnicas de utilizac;ao
de softwares educativos que, parventura, a escola venha implantar au a proprio
professor adquirir e/ou produzir, entender e integrar 0 computador na pratica diaria
pedag6gica.
o autor Crochik (1998) ao investigar 0 uso do computador no ensino
fundamental com fins didaticos, focou a analise do plano politico pedag6gico,
te6rico-ideoI6gico, pedag6gico-didatico, e pas em consonancia com a analise
apresentada considerando que possibilidades mil abrem-se, 0 que traz cantribuilfOes
beneficas se bern conduzidas.
34
Freire(2001) expOe a ideia que 0 uso do computador e um meio de
introduzir transformac;6es profundas no modo de se conceber e intervir nos
processos de ensino-aprendizagem.
o usa das novas tecnologias na educac;:aomedia a construc;:ao do processo
de ensina, do marco conceitual dos alunos, busea a promoc;:aoda aprendizagem e
desenvolve habilidades importantes. Para 0 aluno participar da sociedade do
conhecimento tecnico-cientifico e nao simplesmente se inserir no processo de
ensino/aprendizagem, ere deve saber manusear 0 computador como urn recurso de
apoio utiI para forma9aOintegral e humana.
As novas tecnologias promovem mudanC;:8s esperadas no processo
educativo e devem ser usadas nao como maquinas para ensinar ou aprender, mas
como urn recurso pedag6gico para criar urn ambiente interativo que proporcione ao
aprendiz, diante de uma situa9aOproblema, a possibilidade de investigar, levantar
hip6teses, testa-las e refinar suas ideias iniciais, construindo assim seu proprio
conhecimento. A utilizac;ilo das novas tecnologias nilo garantira por si so a
aprendizagem dos alunos. As mesmas sao instrumentos de ensino que podem e
devem estar a servi90 do processo de ccnstru9aO e apropria9aO do conhecimento
dos aprendizes. A introduc;aodesse recurso na educa~o deve ser acompanhada de
uma s61idaforma9aOdos professores para que eles possam utilize-las de uma forma
responsavel abrindo potencialidades pedagogicas infinitas, ate como maquinas
agradaveis e divertidas para passar 0 tempo de forma prazerosa.
35
4 PROCEDIMENTOS
4.1 METODOLOGIA
Para a realiza980 do estudo optou-se pela pesquisa bibliografica e a
pesquisa de campo que ocorreu no peri ado de 18 de agosta a 11 de novembro de
2005, com oito crian9"s que estBo freqUentando no ano letivo de 2005, no periodo
da manha a 11k etapa do 20 cicio, na faixa eta ria dos 8 as 10 anos, as quais tern
como principal objetivo responder a questao pertinente 80 tema.
o trabalho se caracterizou por adotar uma metodologia voltada para
atividades relacionadas aos alunos. Utilizando para isso 0 produto multimidia CD-
ROMe a Internet, como materiais pedag6gicos.
A utilizayao desses recursos no en sino tern como objetivo estimular 0
processo de ensino/aprendizagem, de tal forma, que as alunos se sintam com
vontade de aprender e compreender 0 conteudo proposto. Estes novos aparatos
tecnol6gicos, inseridos no processo educacional, fazem com que, a aprendizagem
seja de forma diferente e divertida, estimulando 0 raciocinio do aluno e 0 professor
motlvado a ensinar.
o atendimento aos alunos realizou-se no Centro de Educa980 Integral Padre
Francisco Meszner, Escola Municipal, procurando sempre estabelecer uma
seqUenciasistematizada de conteudos e atividades pedag6gicas desenvolvidas.
A realiza980 do trabalho esta sendo na sala de informatica do
Estabelecimento de Ensino nas sextas-feiras, das 10h30min as 12hs, onde a
pesquisadora utiliza •sites educativos· para desenvolver seu trabalho na Internet,
36
acessando-as e possibilitando aos alunos, as cd '5 contendo softwares educativos
selecionados para a faixa etaria das crianc;as.
o primeiro contato deu-se com a Pedagoga do Estabelecimento respons8vel
pelo turno da manha, onde a pesquisadora expOsa sua vontade de trabalhar com os
alunos daquela institui9aO, principalmente com as que apresentam dificuldades de
aprendizagem. Utilizando 0 computador como recurso de apaio e expondo a ela que
as crianC;8sestao abertas a conhecer, investigar e manusear as novas tecnologias, 0
que tal pratica torna atrativa e enriquecedora. A mesma apresentou 0 projeto para as
professoras regentes da 11.'1 etapa do 2° cicio, que oportunizaram desenvolver com
seus alunos, com a proposta de segui-Ios na 21.'1 etapa do 2° ciclo, pais entendem que
e urn trabalha a lango prazo e que inlcialmente pode-se ter apenas indfcios de
melhora no rendimento escolar. Sentiram-se alegres e aliviadas em saber que
alguem as auxiliaria, de uma certa forma, a superar algumas das dificuldades que os
alunos apresentavam e que a pesquisa teria a oportunidade de trabalhar as
dificuldades apresentadas, individualmente.
o segundo contato foi com as professoras regentes da l' etapa do 2' cicio,
para conhecer quais eram as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos
alunos.
Do terceiro e ate 0 termino do contato com os alunos, aplicando as
atividades do trabalho utilizando software educativo por meio da internet e CD.
4.2 INSTRUMENTOS DE PESQUISA
Os instrumentos utilizados pela pesquisadora seria, a sala de informatica da
escola, que estava livre todas as sextas-feiras, contendo 18 computadores, a
37
disposi9aO, em circulo, bem distribuido, todos em 6timo estado, ou seja, todos
funcionando, ligados em rede, com acesso a Internet. A sala arejada, limpa, com
cadeiras de rodizios, muito confortante.
Fai utilizado para 0 trabalho de campo 0 Microsoft Word, Software Educativo
atraves do site www.junior.TE.pt. que poderia ser acessado desde a educaya,o
infantil ate 0 2° cicio, sugestao de uma professora que ja havia utilizado com seus
alunos que IreqUentam a l' etapa do 2' cicio da Rede Municipal de Curitiba. La
continham varios links do interesse deles, como: jogos, hist6ria, "vocl! sabia que...",
concursos e Quiros. 0 link utilizado foi 0 que corresponde ao 2° cicio que estava na
laixa etaria das crianl"'s. Jogaram 0 "Arrebenta 0 Salao" e 0 "Acerta no Palha90" e
as atividades com CD'S que continham jogos 10lcl6ricos, gibizinho, jogo dos 7
erros, sequencia musical, guarda roupa da Monica, jogo da mem6ria e entre
outros...., sugestao de uma prolessora que ja trabalhou com seus alunos, que estao
IreqOentandoa l' etapa do 2' cicio na Rede Municipal de Curitiba.
A pesquisadora estudou superficialmente as softwares educativos
pesquisados, somente a suficiente para dar suporte inicial para as alunos, pois a
objetivo era conhecer e verificar as habilidades de pesquisa das crian9as,
aprendendo, crescendo e procurando solw;Oes juntamente com eles.
o trabalho de campo com os alunos iniciavam as 10h30min, onde a
pesquisadora em todos as encontros, ja estava com tad as os computadores ligados
e conectados na internet no site www.junior.TE.pt ou no CD software educativo.
Dirigia-se ate a sala de aula para busca-Ios e conduzia-os ate 0 laborat6rio, em
seguida iniciava as atividades, explicando 0 trabalho que iriam realizar au
direcionava-os para as que haviam iniciado.
38
Enquanto os alunos estavam realizando atividades propostas, a
pesquisadora fazia anotaC;:Oesdo encontro, numa folha de papel almac;:o, apontando
quais eram os trabalhos realizados no dia, como as crianc;:as executavam e como
comportavam-se durante as atividades.
Como a pesquisadora na.o S9 aprofundou nos softwares educativDS, as
crianc;:as chamavam-na para mostrar 0 que conseguiram encontrar de novo, como
por exemplo: no trabalho do "Acerta 0 Palha<;o",0 aluno ASI chamou-a para ver que
ao bater na men ina que surgia no buraco, perdia-se ponto, enta.o ao demonstrar que
desconhecia, saiu do seu equipamento para informar aDs demais caregas. A cada
descoberta, eles queriam mostrar. Cada trabalho era um desalio lan,ado, quem
descobrisse eaisas novas, deveria chama-Ia para ensinar, pois tambem precisava
aprender.
Quando surgiam duvidas que geralmente eram sobre 0 teciado, como
maiusculo, minusculo, acentos, na ortografica perguntavam a ela se casa era com Z
ou S, carro com do is R ou passaro com um S au dois SS, para ajuda-los a
movimentar algum objeto que nao conseguiam ou chamavam-na para observar 0
andamento e os trabalhados ja executados.
4.3A ESCOLA
A escolha da escola ocorreu pelo lato da mesma possuir computadores
dentro da institui.yao, auxiliando 0 acesso dos alunos que Iii estudam, uma vez que
jil estavam lamiliarizados com 0 ambiente. As prolessoras regentes da l' etapa do
2° cicio disponibilizaram seus alunos a participarem das atividades no seu horario
39
escolar, sem que fosse necessaria fazer urn contraturno, bern como a localidade da
escola ser de facil acesso a pesquisadora.
A institui,ao foi criada no dia 16 de julho de 1981 pelo decreto 248/81, tendo
iniciado as atividades escolares no dia 05 de julho de 1981, com a denominal):ao
Escola Camponesa - Ensino de Primeiro Grau e atualmente chama~seCentro de
Educatyao Integral Padre Francisco Meszner, Escola Municipal. Denominou-se assim
pelo decreto 221 de 08 de abril de 1992 e esta localizada na Rua Jose Tissi nO114,
no municipio de Curitiba, nurn bairro de periferia urbana.
No ano letivo de 2005, a escola trabalha com 702 alunos que corresponde a
130 crian",s no periodo da manhii, 131 no periodo da tarde, 402 no periodo
integral, 19 alunos freqOentam sala de recursos e 20 freqOentando a Educa,iio de
Jovens e Adultos, a noite. Eo uma escola de medio porte, situada no Conjunto
Habitacional Orleans Camponesa, com varias areas de invasao ao seu redor, tendo
como Entidade Mantenedora a Prefeitura de Curitiba.
Na maiaria das familias, as pais nao possuem urn emprego fixe: 40% fazem
selVic;osgerais (biscates) e 35% sobrevivem com urn salario minima ou pouco mais.
Ate 1990 a escola apresentava urn indice de reprov8C;aO e evasao escolar
consideravel. Mesma que as professores procurassem organizar 0 ensino atribuindo-
se uma estrutura didatica dinilmica e interessante, sentiam que faltava articula,ao
maior que envolvesse a escola como um todo.
A pedagoga cita que a partir de 1992, com a proposta do Centro de
Educa~o Integral Padre Francisco Meszner, professores passaram a fazer uma
leitura diferente da escola, da realidade onde esta inserida e das praticas
pedag6gicas por elas utilizadas.
40
Acentuam que ate pouco tempo, aproximadamente tr~s anas, os pais
participavam pouco das reuniOes e que atua/mente nota-se uma participay~o bern
rnais efetiva da cornunidade.
A eseela enfatiza uma visao sabre Wo que" ou "como" se deve ensinar, que
tern como alternativa organizar-se em torna dos quatros pilares do conhecimento:
aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.
Tais vias do saber vern aD encontro da ansiedade dos educadores que almejam
preparar 0 aluno para 0 exercicio de uma cidadania responsavel.
No PROJETO POLITICO PEDAG6GICO DA ESCOLA (2001, p. 5) encontra-
se 0 seguinte:
Aprender a conhecer: 0 indivrdUQ se torna capaz de analisar ecompreender 0 mundo que 0 rodeia, ao menos no aspecto que Ihe enecessaria, cabe aos educadores despertar em seus aJunosa curiosidade,a vontade de SClbermais e 0 esplrito crfticQ,exercilando portanto a aten9ao,a mem6ria e a pensamento, n~o apenas durante alguns anos deescolaridade mais durante loda a vida e em qualquer experi~ncia.Oespertando em seus alunos a capacidade de colocar em pratica seuaprendizado, 0 educando nao Ihes da somente a qualificacao profissional,mas de forma ample desenvolve-Ihes compet~ncias para enfrentar inumerassitua9¢es e trabalhar em equipe.Aprender ill fazer esla mais estreitiilmenle ligado a questao da formac;.Aoprofissional: como ensinar 0 aluno a pOrem prtitica os seus conhecimentose, tambem, como adaplar a educac;:Aoao trabalho futuro quando nAo sepode prever qual sera a sua evolu9lio.Aprender ZII vlver juntos: a viver com os oulros, representill, hoje em dia,urn dos maiores des.afiosda educa<;ao.0 mundo alual e, muitss vezes, umpor alguns no processo da humanidade. Ate agora a educa9ao nao podefazer grande coisa para rnodificar essa situa9ao real. Podemos conceberuma educayao capaz de evilar os conmlos. ou de os resolver de maneirapacifica, desenvolvendo 0 conhecimento dos outros, das suas culturas, dasuas espirituaJidade.Aprendendo a ser: a eduC89ilo e anles de mOlis nada urna viagem inlerior,cujaJ etapas oorrespondem as da matura~o continua da personalidade. Nahip6lese de experienciaa profissional de sucesso. a educa9Ao como meiopara Illi individualiz,atyaoe urn constante social interativo.
41
A institui9ao pesquisada acredita que a eduCa9aOnum sentido mais amplo,
desenvolve e cum pre urna funQao de socializayAo, em particular a de humaniz8C;a.o
do hornem.
Pensando dessa maneira, eles entendem que a eseela na.o pode abrir mao
ou se descomprometer com a prepara9~o e formayao das novas gerac;:;Oes, no que
se refere a sua participa9~o no mundo do trabalho e sua intervenc;a.o na vida publica,
apesar de nao ser a unica instituic;ao respons8vel par tal tarefa.
o Projeto Politico Pedag6gico da eseela ressalta urna das finalidades da
eseela que e desenvolver 0 g05tO pela aprendizagem, pela investigac;:;ao, pelo
conhecimento, pelo novo e desenvolver 0 pensamento critico, mediante a superac;:;ao
de desafios par meio da criatividade.
As salas de aula do Estabelecimento de Ensino t~m 30 m' devendo
comportar no minima 25 e no maximo 30 alunos.
Segundo 0 relato das professoras regentes das duas turmas pesquisadas,
possuem 35 criant;:as em cada sala, percebe-se portanto urn numero excessivo.
Neste sentido 0 trabalho educativo fica totalmente prejudicado, pois nao conseguem
trabalhar as dificuldades individuais de cada urn, tendo que trabalha-Ias num todo.
Smith e Strick (2001) res.altam que salas abarrotadas e urn dos grandes
indicios que comprometem a capacidade dos alunos aprender, pais pelo numero
excessivo na sala, 0 professor nao consegue trabalhar as dificuldades apresentadas
individualmente.
A estrutura escolar nao e bern distribuida, nao possue espa90 para
atividades esportivas, para exposi9BO de atividades artisticas, nem ao menes para 0
horario em que estao no "recreio ou intervalo", 0 que pode-se perceber que pela falta
42
desse espa90, a unica atividade que elas fazem e chutarem~se, empurrarem-se
umas as outras.
No horario do intervalo as professoras e pedagog as "trancam-se" na sala
dos professores, nao fazem rodizio para auxiliar as funcionarias dos servic;os gerais,
que sao poucas, no atendimento as crianc;as. Como as fun cion arias sao poucas e
muitas nao tern jeito para atende-Jas acaba que, muitas vezes urna crian9a machuca
a outra.
A eseela acentua que promove estudos de recuperac;ao para seus alunos
com rendimento escolar insuficiente atraves do trabalho do professor co-regente e
professora itinerante.
No complexo II, segundo eles, toi redimensionado com a cria<;ao de um
laborat6rio de estudos, cnde as professores nos horiHios livres atendem as alunos
com maiores dificuldades.
4.4 OS ALUNOS
A pesquisa realizou-se com cinco crianyas da turma A e tres crianyas da
turma B com a laixa etaria de 8 a 10 anos, escolhidos pelas protessoras regentes.
Eles ficam no periodo integral, estao cursando a 1:1 etapa do 20 cicio do Ensino
Fundamental, estudam no periodo da manhii das 08h as 12h, almo~am e ficam ate
as 16 h no Projeto do Estabelecimento de Ensino.
Os alunos escolhidos pelas prolessoras sao:
Da "turma A": 0 aluno ASL, a aluna ICR, a aluna, LYZ, a aluna SPA e a
aluna TFR.
43
Da "turma B": 0 aluno COCS, JCT e VGF,
As professoras regentes da turma A e B fazem 0 relato das dificuldades de
aprendizagem dos seus alunos dando urn apanhado geral, citam que apresentam
falta de atenyao, concentra~o, raciocinio logicD, imaturidade, relacionamento,
timidez, dificuldades em desenvolver suas ideias, em resolver as quatro opera~es e
situa<;oes problema e na leitura e escrita.
Relatam tambem que em relal):ao a disciplina na sala, oscilam as
comportamentos: alguns sao indisciplinados, elas citam as names dos alunos na
"turma A", ASL e na "turma B" os alunos COCS e VGF, outros elas consideram
timidos na "turma A- LYZ e TFR. Ressaltam que, muitas dessas crian<;8s
apresentam problemas na questao familiar, como na afetividade, abandono, rejei<;ao
dos pais, muitos nao acompanham 0 desenvolvimento dos seus filhos na eseela.
A professora da turma A cita sobre a aluna "LYZ", que a mae e 0 pai a
abandonaram e que a menina, por desnutri~a.o, teve uma parada cardiaca na escola
e precisou ser lev ada as pressas ao hospital. A escola encaminhou essa mae para 0
Conselho Tutelar, que foi convocada a tomar conta de sua filha e acompanha-Ia no
seu desenvolvimento escolar.
A professora regente da 1- etapa do 2D cicio da turma A cita 0 nome e a
idade de seus alunos que faraD parte da pesquisa e relata individualmente todas as
dificuldades de aprendizagem,
Para ela:
v" a aluno "ASL" tem 10 anos, apresenta falta de aten9aO e pouca
atengao, Nao tem raciocinio 16gico,Comparece na escola, desde cedo "cansado·, to
bem lento para copiar. Apresenta inseguran~a ao realizar as atividades sozinho;
44
./ A aluna ~ICR" tern 8 anos, apresenta dificuldade em raciocfnio 16gicQ,
imaturidade, dificuldade em desenvolver suas ideias;
./ A aluna ML YZ" tern 8 para 9 anos, tern dificuldade em se relacionar com
os colegas e com as professoras, retraida, timida, quase nao fala, nao apresenta
raciocinio 16gicQ, tern dificuldades em colocar suas ideias nas produc;:Oes de textes .
./' A aluna "SPA" tern 8 para 9 anos, apresenta dificuldades em raciocinio
16gicoe nas quatro opera90es, nao interpreta os problemas.
./' A aluna "TFR" tern 9 an OS, imatura, dificuldade em coordena<;ao motora
fina, tern dificuldade no raciocinio 16gico, naD tern clareza de suas ideias nas
produ90esde textos.
A professora regente l' etapa do 2" cicio da turma B tambem cita 0 nome de
seus alunos que farao parte da pesquisa e relata individualmente todas as
dificuldades de aprendizagem
Para ela:
./ a aluno "COCS" tem 10 anos, nao esta alfabetizado, problemas na
leitura e escrita e nas 4 opera90es basicas.
./ A aluna "JCT", idade 9 anos", problemas na lingua portuguesa: escrita
e leitura. Matematica: raciocinio 16gico, quatro operac;Oes, sistema de numerac;ao,
situa90es problemas.
./ A aluna "VGF", idade 8 anos", problemas na lingua portuguesa: escrita
e leitura. Matematica: raciocinio 16gico, quatro opera90es, sistema de numera9ao,
situa90es problemas.
as alunos ASL e 0 coes estM fora da faixa etaria de estarem frequentando
a l' etapa do 2° cicio devido a troca de escolas, que acabou causando reprova9ao
de ambos.
45
5 APRESENT M;'AO E ANALISE DOS RESULTADOS
A pesquisa teve inicio no dia 18 de agosto de 2005, numa quinta-teira, as
11hs, quando a pesquisadora foi ate a escola para conversar com a pedagoga
responsavel pelo turno da manhtt Os contatos iniciais com as professoras das
turmas, como ja foi relatado no capitulo anterior.
Oiante do relata das professoras a pesquisadora considerou que deveria
utilizar softwares educativDS, que trabalhasse primeiramente com 0 raciocinio 16gico
das crian~as, para que pudesse incorporar aos poucos as conteudos trabalhados em
sala, observando como elas reagiriam mediante essas atividades propostas com a
utiliza,ao do computador. Ap6s esses contatos, iniciou 0 trabalho com as crian,as.
No dia 02 de setembro de 2005, sexta-feira, das 10h30min ate 11 h30min,
houve 0 primeiro cantato com as oito crianyas. A pedagoga foi busca-Ios nas suas
salas e apresentou-as a pesquisadora, dizendo que iriam participar de uma pesquisa
na sala de informatica e que era importante, que levassem a serio. Ficaram muito
entusiasmados e ao mesmo tempo preocupados com as demais que nao estavam
participando.
A pesquisadora levou-os para a sala de informatica. Quando entraram a
primeira reagao foi escolher um computador, mas a pesquisadora disse que naquele
dia iriam primeiro conversar. Puxou as cadeiras no centro da sala, em forma de
circulo, para que pudesse olhar todos, apresentou-se novamente a elas, dizendo
que esta cursando 0 Curso de Pedagogia e que estava na institui9'io para realizar
uma pesquisa uttlizando computador e que eles tin ham sido escolhidos pelas
professoras e pela pedagoga. Em momento algum utilizou-se da palavra dificuldade
de aprendizagem, para que nao se sentissem excluidos, mas favorecidos. Em
46
seguida as alunos se apresentaram dizendo seus nomes e S8 gostavam de ir ate a
sala de informatica. Todos manifestaram que gostam de manusear a maquina e tr~s
alunos disseram que tem computador em suas casas, a ICR, SPA, JCT, e seus pais
deixam-os utilizarem.
A pesquisadora conversou com eles sabre 0 computador, apresentando
seus recursos como mouse, teclado, video, argumentando que, sem 0 ser humano
ele nao funcionaria, pais ele e somente uma maquina e quem 0 manuseia e que einteligente, no casa as pessoas. Conversou dizendo que as aulas seriam as sextas-
feiras, das 10hs30min ate 12hs e que todas as atividades propostas deveriam ser
cumpridas, com 0 objetivo que todos aprenderiam juntos.
as alunos coes e VGF durante a conversa ficavam aos chutes 0 tempo
todo. Ao terminar, a pesquisadora pediu para que as dais ficassem para que
pudessem conversar. Exp~s que nao gostou da atitude de ambos e que se fosse
para ficar agredindo um ao Dutroe atrapalhando as aulas, 0 que iria acontecer e que
pediria para professora ou pedagoga substrtui-Ios. Nao era 0 seu desejo que isso
acontecesse, porque gostaria que todos os escolhidos permanecessem, expos a
eles que a intuito da aula e que todos aprendessem a utilizar a computador e as
softwares e nao a agressBo, entao disseram que nac precisaria troca-Ios, po is iriam
participar das aulas sem problemas.
No dia 23 de setembro de 2005 os alunos utilizaram 0 computador, cada
aluno escolheu 0 que queria trabalhar, acessaram a intemet, a site, entraram no link
das crian9as do 2° cicio, entraram primeiro no jogo proposto que era "ARRESENTA
o SALAO". A proposta do jogo e fazer com que eles tenham raciocinio rapido,
respondendo 0 que sugere 0 jogo. Ele pede para os alunos arrebentar os balOesdos
numeros impares, pares, multiplos de 2, 3, 4, 5, e 6 ele deixa 0 aluno escolher a
47
velocidade que deseja jogar. E claro que elas escolheram 0 1 que e a lenta, tern urn
passarinho que fica na tela passeando e tern urn relogio que avisa quando 0 tempo
acabou, no terminG ele apresenta quantos aeertos e erras e a porcentagem dos
erras, casa acerte todos caloca urna mensagem de parabens na tela.
As crian!;(as iniciaram 0 jogo e nurn determinado tempo deu para perceber
que estavam totalmente perdidos, porque nao liam a mensagem que 0 computador
solicitava, estouravam todos as balOes ate 0 que na.o poderiam estourar.
Num determinado tempo, pediram para trocar de jogo, pais dava para
perceber que estava se tarnando desinteressante, foi entaD proposto que entrassem
no Microsoft Word e digitassem 0 que achavam em utilizarem 0 computador. 0 que
mais chamou a aten9aOfoi 0 "cocs" que digitou: "Eu gostei muito de voce
mas nao pade baguncunsa ce nao. e nem bobear na sua aulan•
Percebe~se na sua escrita, que ele realmente assimilou 0 que foi dito na aula
anterior, demonstrando que a chamada de aten9aO nao abalou 0 seu
relacionamento com a pesquisadora, e que sentia carinho por ela, sabia que estava
num ambiente onde a sua participa9aO e importante. Os dois alunos se comportaram
maravilhosamente bem, nAo atrapalharam.
No dia 30 de setembro os alunos jogam novamente 0 ARREBENTA 0
BALAO, mas de uma outra forma. A pesquisadora interagiu com eles, sentou-se com
cada aluno, leu junto com cada um as informayOes solicitadas pelo computador.
Ap6s a leitura investigou se sabiam responder 0 que era pedido, caso nao
soubessem, explicava como, par exemplo: nos numeros pares era dito, que temos
duas maos que sao pares, dois pes que tambem sao pares e que precisamos
comprar dois sapatos e duas meias e duas luvas que sao pares e que as pares sao
0, 2, 4, 6, 8 e que todos os numeros que finalizam com esses numeros citados, sao
48
pares e as demais numeros impares. As demais mensagens como multiples de 2, 3,
4, 5, 6 explicava que eram todos os n"meros que podemos dividir por eles.
Ao explicar, eles jogaram com mais entusiasmo e objetivo, pais sabiam 0
que deveriam fazer e chamavam todo momento a pesquisadora para ver os aeertos,
erras e a porcentagem que linham obtidos, quando aumentava as acertos ficavam
entusiasmados.
No dia 07 de outubro, iniciaram jogando 0 ARREBENTA ° BALAO, mas
nurn determinado tempo, mais ou menes trinta minutos, pediram para jogar 0
ACERTA °PALHA\:O.
Nesse jogo eles escolhiam 0 recurso que desejam bater no palhac;o, tern 0
tempo determinado para encerrar e devem adivinhar 0 buraco que ele aparecera.
Num terminado momenta do jogo aparecia uma men ina, que era a chave da jogada.
Quando finaliza aparece aeertcs, nO de pancadas e a porcentagem de acertos.
Nesse jogo as crianyas se divertiam batendo no palha90, batiam ate na
menina que aparecia, mas num determinado momento 0 aluno ASL foi ate 0
computador de seus dois colegas, avisar que nao era para eles baterem na menina,
pois perderiam pontos, surpreendeu a pesquisadora com essa atitude ao perceber 0
seu coleguismo com os demais presentes, 0 seu raciocinio em perceber que a
men ina 0 faria perder ponto e que em nenhum momenta teve inseguram;:a em
realizar a atividade proposta. As demais crian9as agradeceram a informa<;ljo dada
pelo 0 aluno.
No dia 14 de outubro de 2005, as crianyas trabalharam 0 CD de Software
Educativo contendo varios aplicativos, mas 0 que dele utilizaram nesse dia foi a
montagem do gibizinho.
49
Para que eles montassem, 0 CO continha varias imagens como: de meninos,
meninas, anima is, paisagens, brinquedos, a criatividade era livre, cada urn montava
o seu.
A pesquisadora mostrou alguns recursos para que pudessem manusear e
montar e deixou que eles trabalhassem. A todo momento estavam surpreendendo,
po is com 0 minima de explica~ao que fai dada, eles iniciaram criando caisas
maravilhosas, pediam auxilios em alguns mementos, pois nao sabiam utilizar
alguns recursos do teclado, como maiusculo, acentos e ate mesma na
movimenta,ao de algumas imagens, a que eles mais solicitavam era a sugestao do
seus trabalhos e ate mesma que a pesquisadora permanecesse sentada perto.
Os alunos COCS, JCT, TFR sempre que descobriam coisas novas
repassavam aos demais colegas sem que fosse pedido, auxiliando os demais na
montagem.
Os alunos e alunas ICR, LYZ , COCS, JCT, VGF, ASL, SPA cuidavam para
que as seus desenhos nao aparecessem flutuando, tomavam sempre 0 cuidado de
coloca-Ios no chao.
No termino da aula solicitaram que a pesquisadora naD fosse em bora,
fechando-a na sala para que nao saisse, pois queriam que ficasse com eles 0 dia
todo, nesse momento ela teve que explicar que precisava ir embora, pois tinha que
cumprir Qutras atividades no periodo da tarde.
No dia 21 de outubro de 2005, as alunos continuaram a trabalhar no
aplicativo de GIBIZINHO, pais queriam concluir as seus trabalhos para que a
professor da pesquisadora visse 0 que fizerarn. Continuavam solicitando a todo
momenta a pesquisadora para analisar seus trabalhos e ficar pr6ximo deles.
50
No terminG do trabalho a pesquisadora perguntou aos alunos se estavam
gostando das atividades propostas no computador e responderam que estavam,
bern como, da professora, dizendo que a sua professora regente enche 0 quadro
tres, quatro vezes e 56 grita, e argumentaram que voce naD grita enos trata bern,
gostariamos que ficasse 0 dia todo aqui na escola.
No dia 28 de outubro de 2005 as crianc;as utilizaram as outros aplicativos
contidos no CD, que eram 0 jogo da memoria, as dos setes erros, e a sequ~ncia
musical. Usavam alternadamente.
A aluna JCT estava jogando 0 aplicativo de 7 erros e estava com
dificuldades em achar 0 ultimo erro e a aluna TFR disse para ela que era facil,
bastava ela cHear na resposta que apareceria fraquinho os x mostrando as erros,
assim descobriria 0 que estava faltando.
Nesse momento a pesquisadora elogiou a aluna TFR dizendo que einteligentissima, mas ela argumentou dizendo que seus pais dizem que ela e"BURRA".
No dia 04 de novembro de 2005 utilizaram 0 CD acessando os jogos
folcl6ricos, produzido pelo SENAC de S~o Paulo. La contem 0 aplicalivo do
LOBISOMEN, CURIPIRA E BICHOS. Nesses aplicativos as crianyas tern que salvar
a mata ou as pessoas que fazem parte do jogo.
No Lobisomen, as crianC(as precisam salvar a cidade das garras do bicho
feroz cumprindo algumas metas que e solicitado pelo jogo. No do CURIPIRA e 0
jogo da forca, devem descobrir as palavras que diz respeito com a natureza. Cada
erro cai uma folha da arvore e quando acertam tem que salvar a floresta das garras
dos seus predadores. No jogo dos BICHOS, primeiro aparece a CUCA que e 0 jogo
da mem6ria, em seguida do bicho-papao. Tern que acender a luz para salvar as
51
pessoas que estao com meda, e os tr~s jog os finalizam com uma pessoa que tala
que vai dormir.
Todos os jogos do CD cont~rn audio, as crian,as podern escutar as
informaC;Oes, situandowse na hist6ria.
Todas elas S8 sairam multo bern, nao tiveram dificuldades em jogar e
quando tinham urn ajudava 0 Dutro, chamavam a pesquisadora para ver 0 que
concluiram.
o termino da pesquisa foi no dia 11 de novembro. A pesquisadora deixou-os
escolherern as jogas que queriam, todos escolheram 0 do CD.
Neste dia diversificaram a escolha. No final da aula a pesquisadora
conversou com eles agradecendo a oportunidade de ter realizado 0 seu trabalho
naquela escola, dizendo que sao criangas irnportantes, inteligentes e que nao devem
duvidar disso. Eles pediram que nao os abandonassem e continuasse 0 trabalho
com eles ate encerrar 0 ano letiva e no ano que vern, po is estar~o na 2" etapa do 2°
cicio.
Nos dais meses e duas semanas em que a pesquisadora Esteve no Centro
de Educa,ao Integral Padre Francisco Meszner, Escola Municipal, loi muito bem
recebida pela pedagoga, professoras regentes e da informatica que disponibilizaram
suas aulas e seu espa90 para que a pesquisa fosse realizada, os funcionarios que
ali estavam e principalmente os alunos que abrilhantaram a pesquisa.
o que se pode analisar da escola e que as salas de aulas e a estrutura no
geral estao totalmente lora do padrao estabelecido pelo nDmero de alunos que ali
estao e que as prolessoras nao t~rn espago lisico adequado para conduzir suas
atividades de mane ira que se tornem din:tmicas, atrativas e possam interagir com
seus alunos, esclarecendo suas dllvidas. Infelizmente toda essa mal-estrutura aeaba
52
prejudicando 0 relacionamento professor-aluno e seu desenvolvimento escolar,
porque 0 aluno e complicado ficar haras sentadas na mesma posi9aO, olhando para
a nuea do coJega e tendo que copiar tr~s ou quatro quadro cheios sem 80 menes
questionarem e au conversarem.
Para a professora torna-se complicado porque quer que seus alunos copiem
rapidamente, para que possa dar conta de todo centeCldo que programou para 0 dia,
entao 0 que resta para ela e gritar para que se agilizem, nao percebendo que ambos
precisam dar conta de toda essas atividades, prejudicando 0 relacionamento
professor-aluno, pais urn nao conhece 0 hist6rico do Dutro e que se as professoras
aproveitassem a hara do recreio para estar conversando e interagindo com seus
alunos tornariam mais significativos para eles.
As professoras relatam que a maioria de seus alunos na~ apresentam
raciocinio logico. Ja nas atividades trabalhadas com 0 computador elas mostraram
totalmente 0 inverso.
Que possuem solU90es rapidas para os seus problemas, como citado na
metodologia, a pesquisadora estudou superficialmente os softwares, para que
pudesse interagir totalmente com as crian9as mediando e aprendendo juntamente
com elas.
A todo 0 momento elas surpreenderam, demonstraram que possuem
habilidades, disciplina, criatividade, raciocinio logico, coleguismo, po is foram em
busca de conhecer os softwares, apresentando solU90es que a pesquisadora
desconhecia e repassando aos seus colegas, cum priam todas as atividades
propostas integral mente, sempre se mostrando satisfeitas.
As dificuldades que as crian9as apresentavam ao digitar textos, ou seja,
para as professoras a "escrita", muitos erros de pronuncia, trocavam Z, par S, C, X,
53
RR por R, ou ate mesmo escreviam duas palavras juntas ou separavam quando nao
deveria, 0 que demonstra e que escrevem conforme falam. nao tornando-se um erro
gravissimo que possa prejudicar a crescimento da crianga, basta trabalhar textos
em que elas irao ter contato com essas palavras, para que possam assimila-Ias
corretamente.
Ja em relag8.o it afetividade percebe-se que estao com a auto-estima baixa.
tanto em relagao professor-aluno, como familia-filho, pais necessitam a todo a
momenta que elogiem as seus trabalhos, querem ter cantata, pais abrac:;am, beijam,
prenderam a pesqlJisadora na sala para nao ir embora, argumentando que os trata
bern, e que valoriza as seus trabalhos, deixando-os participar.
o que falta realmente para essas criangas e que as pessoas que fazem
parte do seu convivio tenham mais afetividade e deixem que sejam mais atuantes e
participativos no processo educativo e familiar, nao os rotulando, mas torn and a-os
cidadaos que possam apresentar suas habilidades dignamente.
54
6 CONSIDERACOES
De modo geral, a usa da informatica com as crianc;:as em dificuldades de
aprendizagem fcram extrema mente satisfat6rio para 0 desenvolvimento educativD,
pOis por meio da sua utilizayao pode-se diagnosticar que as crianyas pesquisadas
possuem raciocinio-Iogico, uma vez que suas professoras da 13 etapa do 20 cicio
citaram que nao terlam. Talvez 0 que esta. faltando e que conhec;am melhor seus
alunos, que mud em suas estrategias e metodos para que as integrem, permitam que
demonstrem suas habilidades.
A utilizac;~o do usa da multimidia e da Infernet como recurso didatico de
auxilio do professor apresenta resultados alta mente positiv~s para a melhoria do
aprendizado pelos alunos. Mas deve ser bem escolhido para que nao prejudique a
aprendizagem dos alunos.
A sociedade do conhecimento exigira urn profissional criticD, criativD, com
capacidade de pensar, de aprender a aprender, trabalhar em grupo e de conhecer 0
seu potencial intelectual. Este profissional deveril ter uma visao geral sobre os
diferentes problemas que afligem a humanidade, como os sociais e os ecol6gicos,
al8m de profundo conhecimento sobre dominios especificos. Em outras palavras,
um sujeito atento e sensivel as mudan9as da sociedade, com uma visao
transdisciplinar e com capacidade de constante aprimaramento e depuragAo de
ideias e ay6es.
Certamente, essa nova atitude 8 fruto de um processo educacional, cujo
objetivo e a criayao de ambientes de aprendizagem onde 0 aluno possa vivenciar e
desenvolver essas habilidades. Elas nao sao passiveis de serem transmitidas, mas
devem ser construidas e desenvolvidas par cada individuo.
55
Os computadores devem estar inseridos nestes ambientes de aprendizagem
possibilitando a constru9ao de conceitos e 0 desenvolvimento de habilidades
necessarias para a sobreviv~nciana sociedade do conhecimento. 0 aprendizado de
urn determinado conceito deve ser construido pelo aluno por meio do
desenvolvimento de projetos que tenham urn caf(~ter interdisciplinar ende 0
computador e usado como tante de informay~o e recurso para resoluC;;80 de
problemas.
Quanta ao resultado dos estudos relativos a intervenya.ofeita com as
criany8s do Centro de EduC8yaO Integral Padre Francisco Meszner, Escola
Municipal, considera-se satisfat6rio. Buscando diagnosticar, se a utiliza~o da
informatica como urn recursa de apoio, ocorreria algum crescimento ou indicia de
melhora no rendimento escolar do educando. Percebeu-se que os recursos
utilizados na pesquisa cresceram os resultados esperados. Pode~se perceber nos
momentos pass ados com as crianc;as 0 grande potencial que cada uma possui e
que nao tern sido explorado adequadamente pelos seus professores.
As professoras regentes da 1a etapa do 2° cicio relataram, que as
dificuldades de aprendizagem, apresentadas pelos alunos eram, em relaC;ao ao
raciocinio 16gico, falta de atenyao, inseguranc;a em realizar as atividades sozinhas e
em desenvolver ideias, alguns retraidos e timidos. A pesquisadora supreendeu-se,
pois as crian9as durante a pesquisa leita no laborat6rio demonstraram~se que sao
criativas, tem seguranc;a, ideias e atenyao na realizac;ao das atividades propostas,
nao sao timidas e nem retraidas. 0 que pede-5e perceber e que sao crianyas que
preci5am de afetividade tanto escolar como familiar e tenham oportunidade de
participar mais ativamente nas aulas, para que possam mostrar a 5eu potencial.
56
Elas apresentaram born raciocinio logica, quando se depararam com problemas que
surgiram durante as atividades propostas, achavam rapidamente solwyOes.
Em relayao as dificuldades de aprendizagem relatadas pelas docentes
como: escrita, interpretayaO de textos, quatro operayoes, resoluyao de problemas,
nao pode-se diagnosticar melhora, pois devido ao pouco tempo de trabalho de
campo, nao Icram trabalhados essas dificuldades.
A pesquisadora considera satisfat6rio as resultados obtidos na pesquisa.
Porque durante 0 periodo em que realizaram~se 0 trabalho no laborat6rio de
informatica, pede diagnosticar que a informatica realmente e atrativa para as
crian~as, pois estao abertas a conhecer a novo com objetivo de estarem sempre
superando as obstaculos e desafios que surgem ao manusear 0 computador.
Entretanto, e importante ressaltar que a referida pesquisa nao e conclusiva
devido aD pouco tempo de pesquisa de campo, mas toi passivel diagnosticar
indicios nas crianc;:as pesquisadas, que tern urn potencial altissimo, para se
desenvolver um projeto maior de acompanhamento e desenvolvimento de seus
potenciais cognitivos.
E de suma importAncia que os professores das series iniciais compreendam
e conheyam 0 conceito de raciocinio-16gico, para que possam diagnosticar
adequadamente seus alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem e que
saibam utilizar metodos e recursos que possam contribuir para um bom
desenvolvimento cognitiv~ e intelectual do seu educando.
57
REFERENCIAS
BRANDAO, C. R. 0 que e educa~ao. 33 ed. sao Paulo: Brasiliense, 1995.
CROCHIK, Jose Leon. Computadores no ensino e a limita~aoda consciencia.sao Paulo: Casa do Psic610go,1998
CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. 14 ed. Rio de Janeiro:Sextante, 2003
DAVIDOFF, L L. Introdu~ao iI psicologia. l' ed. Rio de Janeiro. McGrowhlLL,1983.
FERREIRA, 0 M. C; SILVA JR., P. D. Recursos audiovisuais no processoensino-aprendizagem. sao Paulo: EPU, 1986
FREIRE, F; VALENTE, J. A. Aprendendo para a vida os compuladores na salade aula._SaoPaulo: Cortez, 2001.
KNELLER, G. F. Arte e ciencia da crialividade. 13 ed. Sao Paulo: IBRASA, 1997.
JOSE, E; COELHO, M.T. Problemas de aprendizagem. Sao Paulo: Atica, 1993.
PILETTI, N. Psicologia educacional. 16 ed. Sao Paulo: Atica, 1999.
MORAIS, A. M, P. Disturbios de aprendizagem: uma abordagem psicopedagogica.sao apulo: Edecon, 1997.
MOREIRA, M. A. Teoria de aprendizagem. Sao Paulo: EPU, 1999.
NISKIER, A. (coord). Reflexoes sobre a educa~ao brasileira: 0 compromisso coma qualidade do ensino. Brasilia, 1992
POLITY, E. Psicopedagogia um enfoque sistemico: terapia familiar nasdificuldades de aprendizagem. sao Paulo. Emporio do Livro, 1998
PROJETO POliTICO PEDAGDGICIO.Centro de educa~ao integral padreFrancisco Meszner, escola municipal, 2001.
58
PULASKI, M. A. Compreendendo Piaget: uma introduc;ao ao desenvolvimentocognitivo da crianga. Rio de Janeiro: lahar, 1986.
OLIVEIRA, V. B. Informatica em psicopedagogia. 2 ed. Sao Paulo: SENAC, 1999.
RIBEIRO, l. E. P. Para casa? ou para sala?: a teoria da pratica construtivista. SaoPaulo. Ed. Didatica Paulista, 1999
SILVA FILHO, Joao Josue da. Computadores super-herois ou viloes? um estudodas possibilidades do uso pedagogico da informatica. Florian6polis. UFSC.Centro de Ci~ncias da Educac;ao. Nucleo de PublicagOes, 2000.
SMITH, C.; STRICK, l. Dificuldades de aprendizagem de A a Z: urn guia completopara pais e educadores. Trad. Dayse Batista Editora Artmed. Porto Alegre, 2001
SOUZA, A. Pensando a inibi930 intelectual. sao Paulo. Ed. Casa do Psic6logo,1995