universidade tuiuti do paranÁ bruno merchiori...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
BRUNO MERCHIORI
ELIO APARECIDO KOCHINSKI
ROBSON MORILHAS
CARRO TRANSPORTE DE CHAPAS COM MESA DE
TRABALHO
CURITIBA
2018
BRUNO MERCHIORI
ELIO APARECIDO KOCHINSKI
ROBSON MORILHAS
CARRO TRANSPORTE DE CHAPAS COM MESA DE
TRABALHO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Núcleo de Engenharia Mecânica da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito para a obtenção do Título de Engenheiro Mecânico. Orientador, Professor Alexandro Stonoga Vieira da Silva.
CURITIBA
2018
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, por ter nos dado forças e sabedoria para
superarmos as dificuldades.
A Universidade Tuiuti do Paraná, seu corpo docente, direção e administração
que oportunizaram a graduação do curso em Engenharia Mecânica.
Aos Professores, colegas e companheiros de estudos, ao longo do curso,
alguns citados em seguida como gratificação em parte da ajuda da elaboração do
presente trabalho:
João Batista Filardi;
Rodrigo Dias;
Marcelo Piekarski;
Agradecemos а todos os professores por nos proporcionar о conhecimento
não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no
processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram, não somente por
terem ensinado, mas por terem nos feito aprender. А palavra mestre, nunca fará
justiça aos professores dedicados, quais sem nominar terão nosso eterno
agradecimento.
Ao nosso Orientador Professor Alexandro Stonoga do curso de Engenharia
Mecânica, por disponibilizar seu tempo e conhecimento durante o desenvolvimento
deste trabalho.
RESUMO
O presente trabalho trata do dimensionamento estrutural e da análise
laboratorial de resistência mecânica dos materiais e componentes empregados no
projeto para a fabricação de uma bancada de movimentação e corte de chapas de
mármore e granito. O objetivo é desenvolver um carro de transporte que evite custos
com a aquisição de uma ponte rolante, tornando o negócio financeiramente viável para
o microempresário e que, ao mesmo tempo, atenda às necessidades das atividades,
garantindo a sua segurança e qualidade. Após a construção do protótipo, foi realizada
uma simulação do processo, buscando assim a validação teórica e prática do projeto.
Palavras-chave: Bancada. Carro de transporte. Mármore. Empreendedor
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – PERFIL SUSTENTAÇÃO MESA........................................................... 5
FIGURA 2 – SOLDA CANTONEIRA ......................................................................... 5
FIGURA 3 – MODO TRANSPORTADOR DE CHAPAS ............................................ 6
FIGURA 4 – MODO MESA DE TRABALHO ............................................................. 6
FIGURA 5 –SISTEMA COM PONTES ROLANTES ................................................ 10
FIGURA 6 - FASES DO PROJETO ......................................................................... 12
FIGURA 7 - DIAGRAMA DE CORPO LIVRE .......................................................... 15
FIGURA 8 – DCL - VIGA APOIADA EM “V” E “M” ................................................ 17
FIGURA 9 – CONVENÇÃO DE SINAIS PARA FLEXÃO E CISALHAMENTO. ....... 17
FIGURA 10 – CARGA DISTRIBUIDA NA VIGA ...................................................... 18
FIGURA 11 – MOMENTO ........................................................................................ 19
FIGURA 12 – TIPOS APOIOS ENCONTRADOS .................................................... 20
FIGURA 13 - FORÇAS NA ÁREA SECIONADA .................................................... 22
FIGURA 14 – CARGA AXIAL .................................................................................. 24
FIGURA 15 – JUNÇÕES REBITADAS.................................................................... 28
FIGURA 16 – SOLDA MIG/MAG ............................................................................. 30
FIGURA 17– SÍMBOLO DE SOLDGEM .................................................................. 31
FIGURA 18 – SÍMBOLO BÁSICOS DE SOLDAS ................................................... 31
FIGURA 19 – SOLDA DE FILETES - INDICA O TAMANHO DA PERNA ............... 31
FIGURA 20 – A SOLDA DEVE SER EM TODO O REDOR..................................... 32
FIGURA 21– SOLDA DE TOPO TÍPICA ................................................................. 32
FIGURA 22 – SOLDA DE FILETE TRANSVERSAL ............................................... 33
FIGURA 23– SOLDA DE FILETE PARALELA ........................................................ 33
FIGURA 24 - DEFINIÇÃO ESQUEMATICA DO PROJETO .................................... 35
FIGURA 25 – RODIZIO PNEUMÁTICO ................................................................... 36
FIGURA 27 – PARAFUSO SEXTAVADO DIN931 – CLASSE 5.8 .......................... 37
FIGURA 27 – TUBO QUADRADO .......................................................................... 38
FIGURA 28 – SISTEMA HIDRÁULICO ................................................................... 38
FIGURA 29 - FORÇAS ATUANTES NOS PONTOS, CASO 1 ................................ 40
FIGURA 30 - FORÇAS ATUANTES NOS PONTOS, CASO 2 ................................ 42
FIGURA 31 - COMPOSIÇÃO DE FORÇAS 1 .......................................................... 44
FIGURA 32 - COMPOSIÇÃO DE FORÇAS 2 .......................................................... 45
FIGURA 33- DIMENSÕES PARA CÁLCULO DE MOMENTO DE INÉRCIA ........... 48
FIGURA 34 - PROPRIEDADES MECÂNICAS AÇO 1020 ....................................... 50
FIGURA 35 - DIMENSÕES PARA CÁLCULO DE MOMENTO ESTÁTICO ............ 51
FIGURA 36 – PRESSÃO ADMISSÍVEL .................................................................. 53
FIGURA 37 – JUNÇÕES COM CARGA CISALHANTE .......................................... 55
FIGURA 38 – SOLDA FILETE PARALELAS .......................................................... 55
FIGURA 39 – CORPO DE PROVA PARA ENSAIO TRAÇÃO ................................ 57
FIGURA 40 – CORPO DE PROVA - ENSAIO TRAÇÃO ......................................... 58
FIGURA 41 – PROTÓTIPO – POSIÇÃO MESA ...................................................... 61
FIGURA 42 – PROTÓTIPO – POSIÇÃO TRANSPORTADOR ................................ 61
LISTA GRÁFICOS
GRAFICO 1 - PESQUISA DE MERCADO ................................................................. 8
GRAFICO 2 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR MÁXIMO ................................ 46
GRAFICO 3 - DIAGRAMA DE ESFORÇOS CORTANTES ...................................... 47
GRAFICO 4 - RESULTADOS ENSAIO DE TRAÇÃO ............................................... 59
LISTA TABELAS
Tabela 1 - CUSTOS FABRICAÇÃO ......................................................................... 11
Tabela 2 - CARACTERISTICA DO PROJETO ......................................................... 14
Tabela 3 - MATRIZ DE DECISÃO ............................................................................ 35
Tabela 4 - COMPARATIVO DAS FORÇAS DE TOMBAMENTO ............................. 44
LISTA DE SÍMBOLOS
a - Aceleração (m/s²);
C.S - Coeficiente de segurança;
d - Distância (m);
F - Força necessária para gerar momento (N);
Fp - Força peso (N);
g = Gravidade (m/s²);
ILn - Momento de inércia (mm4);
m - Massa (Kg);
𝑚𝑅𝑣 - Momento estático desde as fibras 𝑅 (mm³);
Mmax - Momento fletor na seção (N.m);
P - Força atuante perpendicular (N);
Padm - Pressão admissível (kN);
PCr - Pressão crítica (kN);
𝑅 - Fibras onde se deseja calcular as tensões de cisalhamento (mm);
t - Largura da fibra do ponto em estudo na seção (mm);
𝑣 - Fibras superiores ou inferiores mais próximas das fibras 𝑅 (mm);
Vf - Velocidade final (m/s);
Vo - Velocidade inicial (m/s);
Vmax - Esforço cortante (kN);
�̅� - Distância do ponto até a linha neutra (m);
𝝈 max - Tensão máxima pontual (N/mm);
𝝉 max - Tensão máxima cisalhamento (kN/mm²);
i - Torque
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação (1) Somatório de forças ........................................................................... 14
Equação (2) Somatório de momentos ..................................................................... 14
Equação (3) Segunda Lei de Newton - gravidade ................................................... 16
Equação (4) Segunda Lei de Newton - aceleração ................................................ 16
Equação (5) Atrito .................................................................................................. 16
Equação (6) Momento vetorial ................................................................................ 20
Equação (7) Momento em módulo .......................................................................... 20
Equação (8) Tensão máxima na viga ...................................................................... 22
Equação (9) Tensão Cisalhamento viga .................................................................. 23
Equação (10) Carga crítica ...................................................................................... 24
Equação (11) Pressão admissivel - flambagem ....................................................... 25
Equação (12) Coef. De segurança – carga ultima/carga admíssivel ........................ 25
Equação (13) Coef. De segurança – Tensão ultima/Tensão admissível .................. 25
Equação (14) Somatório Torque ............................................................................. 26
Equação (15) Torque em relação ao ponto ............................................................. 27
Equação (16) Torque admissível parafuso .............................................................. 27
Equação (17) Tensão cisalhamento parafuso ......................................................... 28
Equação (18) Tensão normal de tração em solda ................................................... 32
Equação (19 ) Tensão cisalhante solda .................................................................. 33
Equação (20) Filete paralelo solda .......................................................................... 34
Equação (21) Forças sobre ponto de giro ............................................................... 41
Equação (22) Linha neutra ...................................................................................... 47
Equação (23) Momento de inércia ........................................................................... 48
Equação (24) Momento de inércia ao eixo X ........................................................... 48
Equação (25) Relação tensão coef. segurança ....................................................... 50
Equação (26) Momento estático .............................................................................. 51
Equação (28) Relação pressão admissível coef. De segurança ............................. 54
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4
2 DEFINIÇÃO DE PROJETO ........................................................................... 7
2.1 PESQUISA DE MERCADO ........................................................................... 7
Custo ............................................................................................................. 8
Segurança ..................................................................................................... 8
Qualidade ...................................................................................................... 8
Ergonomia ..................................................................................................... 9
2.2 QFD (Quality Function Deployment) .............................................................. 9
2.3 SOLUÇÕES PROPOSTAS ........................................................................... 9
Sistema de Pontes Rolantes e Talhas ......................................................... 10
Implantação da Bancada Para Corte e Movimentação De Chapas ............. 10
2.4 CUSTO DE FABRICAÇÃO .......................................................................... 11
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................. 11
3.1 CONSIDERAÇOES DO PROJETO ............................................................. 12
3.2 EQUILÍBRIO E DIAGRAMA DE CORPO LIVRE .......................................... 14
Equilíbrio ..................................................................................................... 14
Diagrama de corpo livre............................................................................... 14
3.3 FORÇA DE CISALHAMENTOE MOMENTOS FLETORES EM VIGAS ....... 17
3.4 ANÁLISES ESTÁTICAS .............................................................................. 18
Forças ......................................................................................................... 18
Momento ..................................................................................................... 19
Reações ...................................................................................................... 20
Tensões ...................................................................................................... 21
Carga crítica ................................................................................................ 23
3.5 COEFICIENTE DE SEGURANÇA ............................................................... 25
3.6 CENTRO DE MASSA .................................................................................. 26
3.7 PARAFUSOS .............................................................................................. 27
Junções carregadas em cisalhamento......................................................... 28
3.8 PROCESSO DE SOLDAGEM ..................................................................... 29
CLASSIFICAÇÃO ........................................................................................ 29
PROCESSOS DE SOLDAGEM MIG/MAG .................................................. 29
SIMBOLOS DE SOLDAGEM ....................................................................... 30
Solda de topo e filete ................................................................................... 32
4 DEFINIÇÕES DO PROJETO ...................................................................... 34
4.1 SELEÇÃO DE COMPONENTES COMERCIAIS ......................................... 35
Rodízio ........................................................................................................ 35
Parafusos .................................................................................................... 37
Ferragem estrutura ...................................................................................... 37
Mecanismo hidráulico .................................................................................. 38
5 ANÁLISES ESTRUTURAIS E RESULTADO EXPERIMENTAIS ................ 39
5.1 CÁLCULOS DA CARGA MÁXIMA ............................................................... 39
5.2 FORÇAS NECESSÁRIAS PARA TOMBAMENTO ...................................... 39
5.3 MOMENTO GERADO PELAS FORÇAS ..................................................... 44
5.4 CÁLCULOS ESTRUTURAIS ....................................................................... 44
Somatória de momentos: ............................................................................. 45
Momento fletor “M”: ..................................................................................... 46
Esforços cortantes “V” ................................................................................. 46
Momento de inércia em relação à linha neutra (𝐼𝐿𝑛).................................... 47
Momento de inércia em relação à linha neutra (𝐼𝐿𝑛).................................... 48
Tensão de compressão/tração no tubo (𝜎𝑚𝑎𝑥) .......................................... 49
Critério de verificação de estabilidade na flexão .......................................... 49
Verificação de estabilidade ao cisalhamento: .............................................. 51
Critério de verificação de estabilidade ao cisalhamento: ............................. 52
Carga crítica ................................................................................................ 52
5.5 JUNÇÕES CARREGADAS EM CISALHAMENTO ...................................... 54
5.6 CALCULO SOLDAS .................................................................................... 55
5.7 ENSAIOS EXPERIMENTAIS ....................................................................... 56
Ensaio visual de solda ................................................................................. 56
Ensaio mecânico de resistencia da solda .................................................... 57
6 FMEA DESIGN ........................................................................................... 60
7 PROJETOS TÉCNICOS .............................................................................. 60
8 PROTÓTIPO ............................................................................................... 61
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 62
DIFICULDADES ENCONTRADAS ........................................................................... 62
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 64
APÊNDICE .......................................................................................................... 66
APÊNDICE A – BENCHMARKING .......................................................................... 66
APÊNDICE B – PESQUISA DE MERCADO ............................................................ 67
APÊNDICE C – QFD ................................................................................................ 68
APÊNDICE D – FMEA DESING ............................................................................... 69
APÊNDICE E – VISTAS ........................................................................................... 70
APÊNDICE F – BASES ............................................................................................ 71
APÊNDICE G – POSIÇÃO COMPONENTES .......................................................... 72
APÊNDICE H – FMEA DESING ............................................................................... 73
4
1 INTRODUÇÃO
Os processos e procedimentos utilizados em marmorarias envolvem transporte
de chapas, polimento, corte e acabamento. Esses processos utilizam equipamentos
para a movimentação das chapas entre as estações de corte e preparação ao longo
da linha de produção.
Nas operações de acabamento em marmorarias, o uso de ferramentas manuais
motorizadas, como as esmerilhadeiras ou lixadeiras angulares, esmeris retos e serras-
mármore são realizadas em bancadas fixas que exigem a movimentação das peças
entre os postos de trabalho. Utilizando uma bancada com movimentação, apoio para
corte e acabamento, economiza-se tempo, pois vários processos podem ser
realizados em um mesmo posto de trabalho.
O carro de transporte e bancada de trabalho, surgiu da necessidade de
transportar chapas de mármore e utilizá-la, também, como uma bancada de trabalho
para corte e acabamento das peças, em locais com espaço reduzido e com pouco
investimento.
Para o desenvolvimento deste trabalho, serão empregados cálculos de
dimensionamento de estruturas metálicas, assim como, flexão e ruptura dos materiais
estruturais, Figura 1, dimensionamento dos elementos de máquinas como os pontos
de soldas e componentes de fixação, testes de tração em pontos críticos de solda e
teste de carga nos pontos de sustentação da carga na vertical, conforme Figura 2.
A partir de uma breve pesquisa no mercado, constatou-se que haviam poucas
opções de transportadores de chapas com baixo custo e que atendessem as
necessidades das marmorarias de pequeno porte.
O equipamento aqui desenvolvido oferece o modo de transporte e
carregamento, podendo ser carregado com uma chapa de até 400kg, com apenas
dois homens, conforme Figura 3.
5
FIGURA 1 – PERFIL SUSTENTAÇÃO MESA
FONTE: os próprios autores, 2018.
FIGURA 2 – SOLDA CANTONEIRA
FONTE: os próprios autores, 2018.
6
FIGURA 3 – MODO TRANSPORTADOR DE CHAPAS
FONTE: os próprios autores, 2018.
Na segunda opção, pode servir como uma bancada de trabalho, sem a
necessidade de fazer o transbordo para outra bancada, conforme Figura 4.
FIGURA 4 – MODO MESA DE TRABALHO
FONTE: os próprios autores, 2018.
7
2 DEFINIÇÃO DE PROJETO
Neste capitulo foram coletadas informações para o desenvolvimento do
projeto, utilizando as ferramentas que fornecessem informações especificas, como o
Benchmarking, Pesquisa de mercado, QFD, Matriz de decisão e Custos totais de
fabricação, de forma a analisar e avaliar as necessidades e as possíveis alternativas
e desta forma definir o conceito do projeto.
Com auxílio do Benchmarking, Apêndice A, foram comparados os produtos
disponíveis no mercado, assim foi possível avaliar as melhorias e diferenciais para o
projeto em questão.
A pesquisa de mercado, como mostra os resultados no Gráfico 1, foi realizada
com potenciais consumidores, que responderam um questionário com perguntas
específicas, Apêndice B.
O QFD, mostrou quais requisitos do projeto tiveram maior peso em relação
aos desejos dos clientes com o produto.
A Matriz de decisão, Tabela 1, auxiliou na escolha de qual rodizio deveria ser
utilizado no projeto, com base nos pilares sugeridos necessários para o item.
2.1 PESQUISA DE MERCADO
A Pesquisa de Mercado, auxilia na identificação das expectativas que os
possíveis consumidores têm do produto em desenvolvimento. Essa pesquisa se
realizou por meio de um questionário, Apêndice B, com perguntas específicas. O
questionário foi entregue a uma empresa de fornecimento de chapas de granito bruto,
com a ajuda dos vendedores, foi solicitado que fizessem com seus clientes de
empresas de marmoraria, no total de vinte.
Com os resultados da pesquisa, Gráfico 1, foi possível levantar as prioridades
e expectativas dos futuros consumidores sobre o produto desenvolvido, de forma que
o projeto deve atender a seguinte ordem de prioridade:
1º Custo
2º Segurança
3° Qualidade
4º Ergonomia
8
GRAFICO 1 - PESQUISA DE MERCADO
FONTE: os próprios autores, 2018.
Custo
Sendo o custo classificado em primeiro lugar, deve-se buscar um projeto que
não necessite de grandes investimentos financeiros pois, projetos de maior porte
necessitam de um período maior para a sua conclusão e, obviamente, se houver
muitos gastos, reflete no valor final do produto e se torna difícil obter um preço
competitivo no mercado.
Segurança
A prevenção é considerada a mais eficiente ferramenta para auxiliar na
redução das perdas. Definir com critérios técnicos, bem fundamentado, evita o
desperdício de recursos e prioriza o tratamento dos riscos. Este item está em segundo
lugar na lista de prioridades e o projeto deve necessariamente evitar as chances de
acidentes.
Qualidade
A qualidade de um produto é a primeira impressão que o cliente tem do
produto no momento da sua aquisição, assim, o cliente preza o acabamento do
material, soldas bem feitas, pintura, material de boa qualidade, entre outros fatores,
25%
22%20%
18%
15% CUSTO
SEGURANÇA
QUALIDADE
ERGONOMIA
RESISTÊNCIA
9
no entanto tem que haver um equilíbrio entre qualidade e custo, para ser competitivo
no mercado. O equipamento deve atender todas as normas de fabricação para uma
boa resistência, acabamento e peças padronizadas podendo assim se obter o nível
de qualidade desejado.
Ergonomia
De acordo com a pesquisa, a ergonomia do produto é importante: definição
de altura de trabalho do equipamento, se a operação do mesmo pode ser facilmente
realizada por operadores sem treinamento específico e a quantidade de operadores
necessária para manusear o equipamento sem que haja risco para a sua saúde.
Mesmo em marmorarias que utilizam talhas e pontes rolantes para o
deslocamento das chapas, a ergonomia se torna difícil, pois alinhar as chapas na
bancada de trabalho, requer um grande esforço dos operadores, uma vez que as
mesmas são transportadas na vertical por garras auto travantes.
2.2 QFD (Quality Function Deployment)
Com dados coletados da pesquisa de mercado, foi utilizada a ferramenta QFD
(Quality Function Deployment) também conhecida como Casa da Qualidade,
Apêndice C. Seu objetivo consiste em transformar as necessidades e desejos do
cliente em requisitos de projeto ou produto, já que somente através deste segundo é
possível se intervir. Para tanto, ela possui diversos campos destinados a identificar as
prioridades de ação que lhe trarão melhores resultados.
O requisito do projeto com maior valor identificado no QFD, foi o custo do
produto, o qual influencia todos os outros requisitos. Para diminuir o custo, buscou-se
alternativas para adquirir materiais baratos e que também atendam os outros
requisitos do projeto, como qualidade, de modo que um não afetasse o outro
gravemente.
2.3 SOLUÇÕES PROPOSTAS
Para atender a todas as questões levantadas com a pesquisa de mercado
realizada diretamente com o público alvo, conclui-se que desenvolver um produto que
10
possua todos os requisitos dentro de normas de qualidade e segurança, com custo e
diferenciais de projeto para obter o máximo de sucesso no mercado. Os próximos
passos ajudam a detalhar as opções que o projeto pode oferecer, para então,
estabelecer qual das opções avaliadas será desenvolvida.
Sistema de Pontes Rolantes e Talhas
Nas marmorarias que foram visitadas para a pesquisa de mercado encontram-
se instaladas pontes rolantes e talhas para o deslocamento das placas durante o
processo conforme Figura 5. Equipamentos pesados de alto custo que de uma forma
específica deixa de atender algumas operações necessárias durante o processo de
fabricação das placas de mármore.
FIGURA 5 –SISTEMA COM PONTES ROLANTES
FONTE: Grupo Ventowag, 2018.
Implantação da Bancada Para Corte e Movimentação De Chapas
Com a implantação do dispositivo, a empresa terá uma mobilidade maior para
deslocar o material em seu processo e, com uma combinação de operações, poderá
transportar e também fazer cortes, polimentos e acabamentos nas chapas sem
precisar tirá-la do dispositivo, oferecendo assim o máximo de segurança, ergonomia
e ganho de tempo ao operador responsável.
11
2.4 CUSTO DE FABRICAÇÃO
Para a construção do carro de transporte, foi levado em consideração, os
produtos disponíveis no mercado, tubos, rodízios, parafusos entre outros
componentes, dessa forma o projeto torna-se mais competitivo em relação ao seu
custo final, como mostra a Tabela 1.
Tabela 1 - CUSTOS DE FABRICAÇÃO
CUSTO
Produto Qtd. Valor Sub total
Perfil 50x50x3 4 R$ 75,00 R$ 300,00
Rodizios 4 R$ 120,00 R$ 480,00
Pintura 1 R$ 20,00 R$ 20,00
Construção 1 R$ 500,00 R$ 500,00
Acionador Hid. 1 R$ 620,00 R$ 620,00
Consumiveis 1 R$ 20,00 R$ 20,00
Total R$ 1.940,00
FONTE: os próprios autores, 2018.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo são apresentados os fundamentos teóricos da engenharia
mecânica, que serviram de guia, para o desenvolvimento do projeto e fundamentação
teórica e como base de cálculos para o dimensionamento do projeto e obtenção dos
resultados esperados, passando posteriormente para a fase de construção do
protótipo.
Segundo Shigley (2011) projetar é:
Formular um plano para atender a uma necessidade especifica ou resolver um problema. Se o plano resultar na criação de algo concreto, então o produto deverá ser funcional, seguro, confiável, competitivo, e próprio para ser usado, fabricado e comercializado.
12
3.1 CONSIDERAÇOES DO PROJETO
Projetar consiste muitas vezes na necessidade de construir algo ou de
solucionar um problema. Deste modo, pode-se classificar o projeto em fases do início
ao fim.
Primeiramente, inicia-se por identificar a necessidade e decidir fazer algo a
respeito, o processo termina com a apresentação do planejamento de atender a essas
necessidades, dependendo do projeto, algumas de suas fases deveram ser refeitas
para solucionar os problemas encontrados.
Segundo Shigley, Nisbett e Budynas (2011), as fases podem ser classificadas
como mostra a Figura 6:
FIGURA 6 - FASES DO PROJETO
Fonte: Elementos de Maquinas de Shigley 8° ed. 2011
IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE
A identificação da necessidade, normalmente, constitui-se em algo de
criatividade, pois a necessidade pode ser gerada por algo que não está correto.
13
DEFINIÇÃO DE PROBLEMA
Neste tópico, deve-se incluir todas as especificações para projeto. Os
critérios de entradas e saídas, as características, dimensões e os materiais
utilizados.
SÍNTESE
Nessa etapa, todas as tarefas devem ser estudas, verificando se os
resultados obtidos alcançaram um desempenho satisfatório, do que se
alcançou anteriormente.
ANÁLISE E OTIMIZAÇÃO
Na análise e otimização, são criados critérios de avaliação, como a carga
que deve ser sustentada, onde serão analisados em modelos matemáticos, que
possibilitarão simular adequadamente o sistema físico real.
AVALIAÇÃO
Nessa etapa, o projeto é avaliado para verificar se realmente atendeu as
necessidades de criação.
APRESENTAÇÃO
Etapa final da criação, em que se apresenta o projeto a terceiros.
Algumas vezes são exigidas características que influenciam na tomada de
decisão do projeto, algumas dessas características são apresentadas no quadro:
14
Tabela 2 - CARACTERISTICA DO PROJETO
Funcionalidade Ruído
Resistência/tenção Estilo
Flexão e Rigidez Forma
Desgaste Tamanho
Corrosão Controle
Segurança Propriedades térmicas
Confiabilidade Mercado
Fabricação Volume
Utilidade Lubrificação
Custo Manutenção
Atrito Responsabilidade pelo produto
Peso Vida útil
Fonte: Elementos de Maquinas de Shigley 8° ed. 2011
3.2 EQUILÍBRIO E DIAGRAMA DE CORPO LIVRE
Equilíbrio
Para obter o equilíbrio, o somatório de forças e momentos (vetoriais) que
agem no sistema se equilibram de tal modo que a soma de todas as forças e
momentos devem ser iguais a zero, conforme mostrado nas equações 1 e 2.
∑�⃗� = 0 (1)
∑�⃗⃗⃗� = 0 (2)
Diagrama de corpo livre
Com o uso do diagrama de corpo livre (DCL), Figura 07, pode-se simplificar a
análise de sistemas complexos, estabelecendo-se relações matemáticas. O diagrama
de corpo livre é essencialmente uma ferramenta para dividir sistemas complicados em
15
pequenas partes fáceis de serem trabalhadas, analisando esses sistemas para depois
reunir todas as informações.
Segundo Shigley, Nisbett e Budynas (2011), o uso de diagrama de corpo livre
para análise de força atende aos importantes propósitos descritos a seguir:
O diagrama estabelece as direções dos eixos de referência, mostra um
local para registrar as dimensões do subsistema e das magnitudes e
direções das forças conhecidas e ajuda a supor as direções das forças
desconhecidas.
O diagrama simplifica o raciocínio, pois fornece um local para armazenar
um pensamento enquanto se prossegue para o próximo
O diagrama mostra um meio de comunicar, a outras pessoas, suas
ideias claramente, sem ambiguidade.
A construção cuidadosa e completa do diagrama esclarece ideias mal
definidas trazendo à tona vários pontos nem sempre evidentes no
enunciado ou na geometria do problema completo. Portanto, ele ajuda a
compreender todas as facetas do problema.
O diagrama auxilia no planejamento de uma abordagem lógica do
problema e no estabelecimento das relações matemáticas.
O diagrama ajuda a registrar o processo na solução e a ilustrar os
métodos usados.
O diagrama possibilita que outras pessoas acompanhem seu raciocínio,
mostrando todas as forças.
FIGURA 7 - DIAGRAMA DE CORPO LIVRE
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
16
Para uma partícula ou corpo que possui força gravitacional, localizada
próximo da superfície terrestre, a força existente entre a partícula e a terra é somente
a força da gravidade, representada pela equação da segunda Lei de Newton: Equação
3.
�⃗�𝑝 = 𝑚 �⃗� (3)
Onde:
𝐹𝑝 = Força peso (N)
𝑚 = massa (kg)
𝑔 = gravidade (m/s²)
Conhecendo a segunda Lei de Newton do movimento que pode ser expressa
pela Equação 4, onde a força aplicada sobre um corpo com massa, na linha horizontal
produzirá uma tendência de giro em torno de um ponto (HIBBELER, 1999):
Fx = m ax (4)
Onde:
𝐹𝑥= resultante das forças que agem sobre o corpo no eixo x (N)
𝑚 = massa (kg)
𝑎𝑥 = aceleração em relação à coordenada x (m/s²)
Entende-se que, com o aumentar da força paralela ao plano (Fx), for maior que
a força peso (Py), a força de atrito nas superfícies de contato diminui ligeiramente para
um valor de força menor, originando força de atrito dinâmico (Fd). O módulo da
resultante da força de atrito (Fd) é diretamente proporcional ao módulo da resultante
da força normal (N). Podendo ser expresso matematicamente como na Equação 5.
(HIBBELER, 1999).
Fd = µd N (5)
Onde:
𝐹𝑑 = força de atrito dinâmico (Newton)
µd = coeficiente de atrito dinâmico
𝑁 = normal (N)
17
3.3 FORÇA DE CISALHAMENTOE MOMENTOS FLETORES EM VIGAS
A Figura 8a mostra uma viga suportada pelas reações R1 e R2 e carregada
por forças concentradas F1, F2 e F3. Se a viga for cortada em algumas seções
localizada em x=x1 e a porção esquerda for removida como um corpo livre, uma força
de cisalhamento interna V e um momento flexor M devem atuar sobre a superfície de
corte para garantir o equilíbrio, ver Figura 8b. A força de cisalhamento é obtida
somando-se as forças na seção isolada. O momento fletor é a soma dos momentos
das forças à esquerda da seção tomadas em torno de um eixo que passa pela seção
isolada. As convenções de sinais usadas para momento fletor e força de cisalhamento
são mostradas na Figura 9. (Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
FIGURA 8 – DCL - VIGA APOIADA EM “V” E “M”
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
FIGURA 9 – CONVENÇÃO DE SINAIS PARA FLEXÃO E CISALHAMENTO.
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
18
Algumas vezes a flexão é provocada por uma carga distribuída q(x), conforme
mostra a Figura 10 ; q(x) é denominada intensidade da carga em unidades de força
por unidade de comprimento e é positiva no sentido positivo de y.
FIGURA 10 – CARGA DISTRIBUIDA NA VIGA
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
3.4 ANÁLISES ESTÁTICAS
Para analisar o comportamento da estrutura, conceitos de estática são
necessários, como:
Forças;
Momentos;
Reações;
Tensões;
Carga crítica.
Forças
São causadas pelo contato direto de um corpo com a superfície de outro.
Usando a primeira Lei de Newton e o conceito de referenciais inerciais, pode-
se definir uma força como uma influência externa, ou ação, sobre um corpo, que
provoca uma variação de velocidade do corpo, isto é, acelera o corpo em relação a
um referencial inercial. (Supõe-se inexistentes outra força sobre o corpo.). Força é
uma quantidade vetorial: Possui magnitude (a intensidade, ou módulo de força) e
orientação.
19
Forças são exercidas sobre corpos por outros corpos e, forças devidas a um
corpo estar fisicamente em contato com outro corpo, são conhecidas como forças de
contato. Exemplos comuns de forças de contato são uma bola atingida por um taco,
sua mão puxando a linha de pesca, suas mãos empurrando o carrinho de
supermercado e a força de fricção entre seus calçados e o chão. Note que, em cada
caso, existe um contato físico direto entre o objeto que aplica a força e o objeto ao
qual a força é aplicada. Outras forças agem sobre um corpo sem contato físico direto
com um segundo corpo. Estas forças, chamadas de forças de ação à distância,
incluem a força gravitacional, a força magnética e a força elétrica. (TIPLER, MOSCA,
6°ed.)
Momento
Quando uma força é aplicada a um corpo, produzirá uma tendência de rotação
do corpo em torno de um ponto que não coincide com a linha de ação da força. Essa
tendência de rotação algumas vezes é chamada de torque, mas normalmente é
denominada momento de uma força, ou simplesmente momento. Por exemplo,
considere uma chave usada para desparafusar o parafuso na Figura 11. Se a força é
aplicada no cabo da chave, ela tenderá a girar o parafuso em torno do ponto 0 ( ou
eixo Z). A intensidade do momento é diretamente proporcional à força (F) e a distância
perpendicular ao braço do momento (d). Quanto maior a força ou maior o braço do
momento, maior será o momento ou o efeito de rotação (HIBBELER, 2011).
FIGURA 11 – MOMENTO
FONTE: Hibbeler 12°ed. Estática (2011).
20
Momento pode ser expresso utilizando produto vetorial, conforme mostrado
na Equação 6.
�⃗⃗⃗⃗�𝑜 = �⃗⃗⃗� × �⃗⃗� (6)
Podendo também ser representado, por módulo de (Mo), na Equação 7:
𝑀 = 𝐹 𝑑 (7)
Onde:
𝑀 = momento na seção (N.m)
𝐹 = força (N)
𝑑 = distância (m)
Reações
As forças de superfície que se desenvolvem nos apoios ou pontos de contato
entre corpos são chamadas reações. Nos problemas bidimensionais, ou seja, corpos
submetidos a sistemas de forças coplanares, os apoios mais encontrados são os
mostrados na Figura 12:
FIGURA 12 – TIPOS APOIOS ENCONTRADOS
FONTE: Hibbeler 12°ed. Estática (2011).
21
O equilíbrio de um corpo requer tanto o equilíbrio de forças, para evitar que o
corpo sofra translação ou tenha movimento acelerado ao longo de uma trajetória
retilínea ou curvilínea, como o equilíbrio de momentos, para evitar a rotação do corpo.
Essas condições podem ser expressas matematicamente pelas equações vetoriais 1
e 2. (HIBBELER, 12° ed. 2011)
∑�⃗� = 0
∑�⃗⃗⃗� = 0
Tensões
Quando uma superfície interna é isolada como na Figura 13, a força e o
momento resultantes que atuam na superfície manifestam-se como distribuições de
forças ao longo de toda a área. A distribuição de forças que atuam em um ponto da
superfície é única e terá componentes nas direções normal e tangencial denominadas,
respectivamente, tensão normal e tensão de cisalhamento tangencial. Tensões
normais e de cisalhamento são indicadas pelos símbolos gregos σ e τ,
respectivamente. Se o sentido de σ apontar para fora da superfície, ela é considerada
uma tensão de tração e é uma tensão normal positiva. Se o σ apontar para dentro da
superfície, ela é uma tensão de compressão e, comumente, considerada uma
quantidade negativa. Tesão é dada em newtons por metro quadrado (N/m²). (Shigley
2011)
As tensões são divididas em:
Força Normal, N: essa força atua perpendicularmente à área. É criada
sempre que as forças externas tendem a empurrar ou puxar as duas partes
do corpo (HIBBELER, 2004).
Força Cisalhante, V: A força de cisalhamento localiza-se no plano da
área e é criada quando as cargas externas tendem a provocar o deslizamento
das duas partes do corpo, uma sobre a outra (HIBBELER, 2004).
22
Momento de Torção ou de Torque, T: Esse efeito é criado quando as
cargas externas tendem a torcer uma parte do corpo em relação a outra
(HIBBELER, 2004).
Momento Fletor, M: O momento fletor é provocado pelas cargas
externas que tendem a fletir o corpo em relação ao eixo localizado no plano
da área (HIBBELER, 2004).
FIGURA 13 - FORÇAS NA ÁREA SECIONADA
FONTE: Hibbeler 12°ed. Estática (2011).
Tensão pode ser definida em seu estado triplo de tensões, como:
[𝝈] = [
𝜎𝑥 𝜏𝑦𝑥 𝜏𝑧𝑥
𝜏𝑥𝑦 𝜎𝑦 𝜏𝑧𝑦
𝜏𝑥𝑧 𝜏𝑦𝑧 𝜎𝑧
]
Possibilitando assim, verificar a estabilidade do corpo de prova em análise, se
o mesmo é estável ou não à flexão, considerando tração ou compressão determinado
com o módulo de tensão, Equação 8, (HIBBELER, 2004):
𝜎𝑚𝑎𝑥 =𝑀𝑚𝑎𝑥. �̅�
𝐼𝐿𝑛 (8)
23
Onde:
𝝈 max = tensão máxima pontual (N/m)
Mmax = momento fletor na seção (N.m)
𝐼𝐿𝑛 = momento de inércia com relação à linha neutra (mm4)
�̅� = distância do ponto até a linha neutra (m)
Concluindo-se os critérios de verificação a estabilidade na flexão, pode-se
verificar a estabilidade ao cisalhamento através da Equação 9.
𝝉𝑚𝑎𝑥 =𝑚𝑅
𝑣 . 𝑉𝑚𝑎𝑥
𝐼𝐿𝑛. 𝑡 (9)
Onde:
𝝉 max = tensão máxima cisalhamento (kN/mm²)
𝑚𝑅𝑣 = momento estático desde as fibras 𝑅 (mm³)
𝑅 = fibras onde se deseja calcular as tensões de cisalhamento (mm)
𝑣 = fibras superiores ou inferiores mais próximas das fibras 𝑅 (mm)
Vmax = esforço cortante (kN)
𝐼𝐿𝑛 = momento de inércia com relação à linha neutra (mm4)
t = largura da fibra do ponto em estudo na seção (mm)
Carga crítica
Alguns elementos podem estar submetidos a uma carga de compressão e,
caso sejam compridos e esbeltos, tal carga pode ser suficientemente grande para
provocar sua deflexão lateral. Especificamente, elementos compridos e esbeltos
sujeitos a uma força axial de compressão são chamados colunas e a deflexão lateral
que sofrem é chamada flambagem. Em geral, a flambagem da coluna leva a uma falha
súbita e dramática da estrutura ou do mecanismo. Por conta disso, as colunas devem
ser projetadas com atenção especial, para que possam suportar com segurança as
cargas pretendidas sem que ocorra o fenômeno da flambagem.
A carga axial máxima que uma coluna pode suportar quando está no limite de
flambagem é chamada carga crítica Pcr, conforme a Figura 14a. Qualquer carga
adicional provocará flambagem na coluna e, portanto, deflexão lateral, como mostra a
Figura 14b (BEER E JOHNSTON, 2004)
24
FIGURA 14 – CARGA AXIAL
Fonte: Beer e Johnston (2004)
Podendo então, a carga critica ser calculada pela Equação 10, conhecida
como “fórmula de Euler”, devido ao matemático Leonhard Euler (1707-1783).
𝑃𝐶𝑟 = 𝜋² . 𝐸 . 𝐼𝐿𝑛
𝐿𝑒² (10)
Onde:
PCr = pressão crítica (kN)
π = 3,1415
E = módulo de elasticidade longitudinal (Kn.mm²)
ILn = momento de inércia em relação a linha neutra (mm4)
Le = comprimento efetivo (mm)
No entanto se a carga aplicada for maior que a carga crítica, o sistema irá se
deslocar desde sua posição original de equilíbrio tornando-se um sistema instável.
𝑃𝑎𝑑𝑚 < 𝑃𝐶𝑟
25
E, Padm podem ser obtida pela equação:
𝑃𝑎𝑑𝑚 = 𝑃𝐶𝑟
𝐶. 𝑆 (11)
Onde:
Padm = pressão admissível (kN)
PCr = pressão crítica (kN)
C.S = coeficiente de segurança
3.5 COEFICIENTE DE SEGURANÇA
Uma peça estrutural ou componente de máquina deve ser projetada de tal
forma que a carga última seja consideravelmente maior que o carregamento que essa
peça ou elemento irão suportar em condições normais de utilização. Esse
carregamento menor é chamado carregamento admissível e, algumas vezes, carga
de utilização ou carga de projeto. Então, quando se aplica a carga admissível, apenas
uma parte da capacidade de resistência do material está sendo utilizada, outra parte
é reservada para assegurar ao material condições de utilização segura. A relação
entre o carregamento último e o carregamento admissível é chamada coeficiente de
segurança, conforme indicado na Equação 12.
𝐶. 𝑆 =𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 (12)
Pode, também, ser expresso como a relação entre tensão última e tensão
admissível, onde existe uma correspondência linear entra a carga aplicada e a tensão
provocada pela carga.
𝐶. 𝑆 =𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 (13)
26
Com o resultado obtido pela Equação 12, será indicada a quantidade de vezes
que o projeto está dimensionado a mais que o requerido pelos esforços. (BEER E
JOHNSTON, 1995)
3.6 CENTRO DE MASSA
Uma condição necessária para que uma partícula em repouso permaneça em
repouso é que a força resultante atuando sobre ela permaneça nula. De forma similar,
uma condição necessária para que o centro de massa de um corpo rígido permaneça
em repouso é que a força resultante atuando sobre o corpo permaneça nula. Um corpo
rígido pode ser posto a girar, mesmo com seu centro de massa permanecendo em
repouso, mas neste caso o objeto não estará em equilíbrio estático. Portanto, uma
segunda condição necessária para que um corpo rígido permaneça em equilíbrio
estático é que o torque resultante atuando sobre ele, em relação a qualquer eixo, deve
permanecer nulo. Esta condição nos dá a opção de escolher qualquer ponto, ou
qualquer eixo, para calcular torques, uma opção que simplifica enormemente a
solução da maioria dos problemas de estática. As duas condições necessárias para
que um corpo rígido esteja em equilíbrio estático são as seguintes:
1. A força externa resultante que atua sobre um corpo deve permanecer
nula:
∑�⃗� = 0 (1)
2. O torque externo resultante, em relação a qualquer ponto, deve
permanecer nulo:
∑�⃗� = 0 (14)
Considera-se o corpo como composto de muitos pequenos elementos de
massa. A força da gravidade sobre o i-ésimo pequeno elemento de massa é Fgi, e a
força total da gravidade sobre o objeto é Fg=∑Fgi. Se ri é o vetor posição da i-ésima
partícula em relação ao ponto 0, então Ti = ri x Fgi , onde Ti é o torque de Fgi em relação
ao ponto 0. O torque gravitacional resultante em relação ao ponto 0 é, então, Tres =∑(
ri x Fgi ). Convenientemente, o torque resultante da gravidade em relação a um ponto
27
pode ser calculado como se toda a força da gravidade Fg estivesse aplicada em um
único ponto, onde rcg é o vetor posição do centro de gravidade em relação ao ponto 0,
conforme Equação 15, (TIPLER E MOSCA, 2008)
�⃗⃗�𝑟𝑒𝑠 = 𝑟𝑐𝑔. �⃗�𝑔 (15)
3.7 PARAFUSOS
O parafuso foi sem dúvida uma invenção mecânica extremamente importante.
Ele é a base dos parafusos de potência, que transformam o movimento angular em
movimento linear para transmitir potência ou desenvolver grandes esforços (prensas,
macacos etc.), e os fixadores rosqueados, um elemento importante em junção não
permanente. (SHIGLEY, NISBETT E BUDYNAS, 2011):
Parafusos necessitam estar relativamente apertados, ou dispostos a sistemas
de travamentos, como: contra porcas, travas químicas, arruelas elásticas entre outros
métodos que garantirão que o mesmo não frouxe, onde, poderá causar quebras e
possível acidente no sistema que esteja aplicado.
Para evitar esse tipo de acontecimento, foi estudado o cálculo do torque
admissível do aperto de parafusos, onde pode-se estipular o torque máximo pelos
montadores para que não haja ruptura e também aumentar o nível de segurança
contra seu afrouxamento.
Com base no material disponibilizado através do representante nacional de
parafusos JOBRAJA (2017), o torque admissível para parafusos, pode ser calculado
através da Equação (16).
�̅�𝑎𝑑𝑚 =𝐶. 𝐷. 𝑡̅. 𝐴𝐹
1000 (16)
Onde:
�̅�𝑎𝑑𝑚= torque admissível (Kgf.m)
𝐶 = coeficiente de correção (adimensional)
𝐷 = diâmetro nominal (mm)
𝑡̅ = tensão admissível (Kgf.mm²)
𝐴𝐹 = área do filete (mm²)
28
Junções carregadas em cisalhamento
Junções parafusadas e rebitadas, carregadas em cisalhamento, são tratadas
exatamente do mesmo modo em relação ao projeto e à análise.
A Figura 15a mostra uma conexão rebitada em cisalhamento.
Na Figura 15b, é mostrada a falha do rebite (ou parafuso) por cisalhamento
puro, a tensão no rebite é dada pela Equação 17:
𝜏 =𝐹
𝐴 (17)
Onde:
τ = tensão cisalhamento (MPa)
F = força axial (N)
A = área da seção (mm²)
FIGURA 15 – JUNÇÕES REBITADAS
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2007).
Em junções de rebite, todos os rebites (ou parafuso) compartilham igualmente
a carga em cisalhamento, esmagamento no rebite, esmagamento no membro e
cisalhamento no rebite. (SHIGLEY, NISBETT E BUDYNAS, 2011).
29
3.8 PROCESSO DE SOLDAGEM
A solda pode ser definida como uma união de peças metálicas, cujas
superfícies se tornaram plásticas ou liquefeitas, por ação de calor ou de pressão, ou
mesmo de ambos. Poderá ou não ser empregado metal de adição para se executar
efetivamente a união. (SENAI - ES, 1996)
A soldagem é o mais importante processo industrial de fabricação de peças
metálicas. Processos de soldagem e processos afins são também utilizados na
recuperação de peças desgastadas, para a aplicação de revestimentos de
características especiais sobre superfícies metálicas e para corte (MODENESI, 2012)
CLASSIFICAÇÃO
Soldagem por fusão: é o processo no qual as partes soldadas são
fundidas por meio de ação de energia elétrica ou química, sem que ocorra
aplicação de pressão. (APOSTILA SENAI MECÂNICA, 1996)
Solda por pressão: é o processo no qual as partes soldadas são
inicialmente unidas e posteriormente pressionadas uma contra a outra para
efetuar a união. (APOSTILA SENAI MECÂNICA, 1996)
PROCESSOS DE SOLDAGEM MIG/MAG
É o processo em que um eletrodo é continuamente alimentado numa solda,
com velocidade controlada, enquanto um fluxo contínuo de um gás inerte
ou ativo envolve a zona de solda, protegendo-a da contaminação pelo ar
atmosférico. Com o processo MIG/MAG pode-se soldar todos os tipos de
materiais com considerável qualidade, Figura 16. (APOSTILA SENAI
MECÂNICA, 1996)
30
FIGURA 16 – SOLDA MIG/MAG
FONTE: Apostila SENAI Mecânica (1996) -www.abraman.org.br
SIMBOLOS DE SOLDAGEM
As soldas devem ser precisamente especificadas nos desenhos de
fabricação, o que é feito usando o símbolo de soldagem mostrado na Figura 17, como
padronizado pela American Welding Society (AWS – Associação Americana de
Soldagem). A flecha desse símbolo aponta par a junção a ser soldada. O corpo do
símbolo contém tantos elementos quanto se supõe que sejam necessários
((SHIGLEY, NISBETT E BUDYNAS, 2011):
Linha de referência
Flecha
Símbolos básicos de solda
Dimensões e outros dados
Símbolos suplementares
Símbolos de acabamento
Cauda
Especificação ou processo
31
FIGURA 17– SÍMBOLO DE SOLDGEM
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
As FIGURAS 18, 19, 20, ilustram os tipos de soldas mais frequentes usadas
por projetistas. Para elementos gerais de máquina a maioria das soldas é de filete,
embora soldas de topo sejam bastantes usadas em projeto de vasos de pressão.
FIGURA 18 – SÍMBOLO BÁSICOS DE SOLDAS
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
FIGURA 19 – SOLDA DE FILETES - INDICA O TAMANHO DA PERNA
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
32
FIGURA 20 – A SOLDA DEVE SER EM TODO O REDOR
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
Solda de topo e filete
A Figura 21, mostra uma solda de entalhe V simples carregada por uma força
de tração F.
FIGURA 21– SOLDA DE TOPO TÍPICA
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
Quer para carregamento de tração, quer para de compressão, a tensão
normal média é:
𝜎 =𝐹
ℎ𝑙 (18)
33
Em que h é a garganta de solda e l é o comprimento de solda, como mostra a
figura 21a. Note que o valor de h não inclui o reforço. O reforço pode ser desejável,
mas ele varia um tanto e produz concentração de tensão no ponto A na figura 21a .
Se cargas de fadiga existirem, é aconselhável esmerilhar ou retirar o reforço.
A tensão média em uma solda de topo decorrente de carregamento de
cisalhamento é:
𝜏 =
𝐹
ℎ𝑙
(19 )
A Figura 22 ilustra uma solda de filete transversal típica.
FIGURA 22 – SOLDA DE FILETE TRANSVERSAL
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
FIGURA 23– SOLDA DE FILETE PARALELA
FONTE: Shigley, Nisbett e Budynas (2011).
34
Para soldas de filete paralela, FIGURA 23, a base para análise de solda ou
projeto emprega
𝜏 =
𝐹
0,707ℎ𝑙=
1,414. 𝐹
ℎ𝑙
(20)
a qual assume que a força completa F é levada em conta por meio de uma tensão de
cisalhamento na área de garganta mínima. Observe que isso infla a máxima tensão
de cisalhamento estimada por um fator de 1,414/1,207 = 1,17. Ademais, considere as
soldas de filetes paralelos mostrada na Figura 23, na qual, assim como na Figura 22,
cada solda transmite uma força F. Contudo, no caso da Figura 23, a tensão de
cisalhamento máxima ocorre na área de garganta mínima e corresponde à Equação
(20). (SHIGLEY, NISBETT E BUDYNAS, 2011).
4 DEFINIÇÕES DO PROJETO
No capítulo presente, serão especificados os componentes a serem usados
na construção do carro de transportar chapas, conforme demonstrado na Figura 24, é
composto por:
1. Estrutura Soldada, com tubo de secção quadrada de 50x50x3mm e
chapas de 10mm em aço SAE 1020 para suportes.
2. Rodízio pneumático 8x2 ou 250x4, com base giratória, capacidade
200kg. Item comercial.
3. Pistão hidráulico capacidade 10tn. Item comercial.
35
FIGURA 24 - DEFINIÇÃO ESQUEMATICA DO PROJETO
FONTE: os próprios autores, 2018.
4.1 SELEÇÃO DE COMPONENTES COMERCIAIS
A seleção dos componentes comerciais, foi decisiva quanto ao custo total do
projeto final, também foi considerado os dados obtidos nas ferramentas, FMEA
DESING, Apêndice D, QFD, Apêndice C, e Matriz de decisão, Tabela 3.
Rodízio
Com base na Matriz de Decisão, Tabela 3, ficou definida a escolha dos
rodízios pneumáticos, que também levou em consideração o piso para a
movimentação da carga, a capacidade de carga individual e sua capacidade de
manobra.
Tabela 3 - MATRIZ DE DECISÃO
Critérios Pesos Rodas
pneumaticas
Rodas maciças
Segurança 5 5 5
Custo 5 2 2
Resistencia 4 4 5
Superar Obstaculos 3 4 2
∑ (Peso x Nota) 63 61
FONTE: os próprios autores, 2018.
1
2 3
36
Para finalidade de cálculo da capacidade de carga foi considerado:
Massa total: massa chapa granito mais a massa do carro, totalizando
750kg.
A massa deve ser dividida pela quantidade total de rodízios, assim, terão para
cálculos quatro rodízios, resultando uma carga distribuída de 187,5kg
Com resultado pode-se definir o rodízio que atenderá os requisitos do projeto.
Assim, considerado a sugestão do fabricante, critérios de projeto, cálculos de
capacidade de carga, o modelo do rodizio deverá estar conforme itens listados a
seguir:
Base giratória para movimentação direcional do carro;
Rolamentos para menor esforço no deslocamento;
Banda de rodagem pneumática para menor esforço na movimentação e
superar obstáculos;
Capacidade de carga superior a 187,5.
Deste modo, o rodízio mais adequado para conformidade de projeto é o
modelo pneumático 8x2, com base giratória para auxiliar a movimentação do carro em
pisos irregulares com capacidade de 200kg como ilustrado na Figura 25.
FIGURA 25 – RODIZIO PNEUMÁTICO
FONTE: CIKALA - www.cikala.com.br
37
Parafusos
Para a definição dos parafusos foi considerado as furações, tornando-as
padrões para todo o projeto.
De modo, o parafuso escolhido foi o modelo sextavado.
Na escolha dos parafusos foi considerada a dimensão do furo para fixação do
rodízio à estrutura do carro e a busca por um item de fácil acesso no mercado que
atendesse ao estipulado pelo projeto.
Deste modo, o parafuso mais adequando é o modelo sextavado DIN 931
M10x60 classe 5.8, conforme Figura 27, obtido no catalogo do fabricante GENERAL
FIX (2011).
FIGURA 27 – PARAFUSO SEXTAVADO DIN931 – CLASSE 5.8
FONTE: GENERAL FIX (2011) - www.generalfix.com.br
E suas principais características listadas a seguir:
Bitola: M10 (10mm)
Chave: 17mm
Norma: DIN 931
Material: Aço carbono.
Classe de Resistência: 5.8. Aço baixo e Médio Carbono
Resistência mínima de 380MPa
Rosca: DIN 13(ISO 965) - (Rosca Grossa)
Ferragem estrutura
A definição da tipologia do perfil escolhido, para a fabricação, basea-se na
facilidade de encotrar no mercado e de suas características que atendam as cargas
38
esforços, consecutivamente apresentando um coeficiente de segurança através dos
cálculos matemáticos apresentados no Capitulo 5.5, podendo assim, especificar a
espessura do tubo em virtude do modelo selecionado, conforme catálogo, Figura 27,
seguem suas características técnicas:
Tubo industrial quadrado NBR 6591, 50x50 mm;
Material: Aço carbono SAE 1020;
Com costura.
FIGURA 27 – TUBO QUADRADO
Dimensão Espessura Peso Área/ seção
Momento de inércia
Módulo de elasticidade
Raio de giração
mm/A mm/e kg/m cm² cm4 cm³ cm
50
1,2 1,839 2,342 9,303 3,721 1,993
1,5 2,284 2,91 11,419 4,568 1,981
1,9 2,87 3,656 14,118 5,647 1,965
3 4,427 5,64 20,849 8,34 1,923
FONTE: Portal Metalica (2018) - www.metalica.com.br/tubos-aco-quadrado (adaptado).
Mecanismo hidráulico
O sistema hidráulico consiste em elevar do chão a chapa a ser carregada.
De acordo com as pesquisas realizadas no mercado, considerando custo e
capacidade de carga, conclui-se, que o sistema da Figura 28 é o mais adequado, com
capacidade de elevação de até 10 toneladas e constituído de bomba e pistão
hidráulico, onde, a bomba pode ser facilmente adaptada em qualquer lugar de fácil
acesso do projeto.
FIGURA 28 – SISTEMA HIDRÁULICO
FONTE: Ribeiro Equipamentos – www.ribeiroequipamentos.com.br
39
5 ANÁLISES ESTRUTURAIS E RESULTADO EXPERIMENTAIS
Neste capitulo serão demonstrados os cálculos de capacidade de carga
máxima, as forças exercidas nas duas posições, com uma velocidade média de
caminhada de uma pessoa, para que não ocorra o tombamento da estrutura caso
tenha o travamento de uma dos rodízios, cálculos estruturais em pontos críticos
selecionados, considerando seu carregamento de 600kg, para momento fletor,
esforços cisalhantes, resistentecia para a carga, no tubo estrutural selecionado,
dimensionamento das soldas nos pontos críticos.
Com base nos resultados da modelagem matemática, foram realizados
testes em laboratório para comparação dos mesmos.
5.1 CÁLCULOS DA CARGA MÁXIMA
Sabendo-se que massa do carro de transporte é de 150kg, e sua massa de
carregamento de 600kg, calcula-se a força peso ao qual o equipamento estará
submetido. Desta forma sua estrutura deverá suportar uma massa de 750 kg. Para
considerações de cálculos será utilizado a Equação 3, que trará resultado para
prosseguir na análise de forças atuantes sobre o sistema.
�⃗�𝑝 = 𝑚 �⃗� (3)
22
.5,735781,9*750
s
mkg
s
mkgF p
NFp 5,7357
Onde:
Fp = Força peso (N)
𝑚 = massa (kg)
𝑔 = gravidade (m/s²)
5.2 FORÇAS NECESSÁRIAS PARA TOMBAMENTO
Nesse capítulo serão demonstrados os cálculos de força exercida nos pontos
representados das Figuras 29 e 30, para que ocorra o tombamento da estrutura, dessa
40
forma, pode-se identificar a melhor posição de trabalho, de modo a evitar que a
estrutura tombe.
No projeto, a situação crítica é o tombamento do transportador na posição de
mesa de trabalho, Figura 29, e na sua posição de transporte, Figura 30. Nas duas
configurações de posição, para que o tombamento ocorra, o momento gerado no
sentido anti-horário deve ser maior que no momento no sentido horário.
Portanto, para chegar à força necessária de tombamento do carro, foram
adotados alguns passos, como:
Encontrar o Centro de gravidade (Cg) do conjunto;
Identificar ponto de giro (Pg);
Definir a distância do (Cg) até o ponto de giro em x e y;
Criar diagrama das forças atuantes, prosseguindo para os cálculos.
Com ajuda do diagrama de corpo livre, o desenho foi direcionado de modo
que suas extremidades ficassem sobre linhas; em seguida, encontrou-se o centro de
gravidade (Cg) do conjunto, considerando a massa com a mesa carregada de 750 kg
sobre a base de apoio.
FIGURA 29 - FORÇAS ATUANTES NOS PONTOS, CASO 1
FONTE: os próprios autores, 2018.
41
Assim, para o primeiro caso na posição de mesa de trabalho, encontrou-se as
distâncias do Cg até o ponto de giro para y e x representado na Figura 29:
x = 300 mm
y= 900 mm
Onde:
y= distância do Pg até o Cg no eixo y;
x = distância do Pg até o Cg no eixo x.
Analisando as forças atuantes sobre o Ponto de giro (Pg), pode-se criar a
equação para encontrar a força necessária para tombamento.
yFxFp .. (21)
Onde:
𝐹𝑃 = Força peso (N)
F = Força necessária para gerar momento (N)
y = distância até o Cg no eixo y (m)
x = distância até o Cg no eixo x (m)
Com o resultado de valor da força peso, 7357,5 N possibilita através da
Equação 21 encontrar a força necessária para tombamento.
yFxFp ..
7357,5𝑁 . 0,30𝑚 = 𝐹 . 0,90𝑚
𝐹 = 2452,5
Onde:
𝐹𝑃 = Força peso (N)
F = Força necessária para gerar momento (N)
42
Entretanto, considerando o valor do coeficiente de atrito com velocidade
média de 6,5 km/h e uma distância de 3 metros, resulta em uma aceleração de
0,54m/s² e obtem-se a força de atrito igual 0,055 representada pela Equação 5.
Tem-se:
𝐹𝑑 = µ𝑑 𝑁 (5 )
Onde o valor para N encontrado a partir da Equação 5 para o Projeto, é obtido
o valor da força de atrito:
Fd=0,0554.2452,5N
Fd=135N
Assim, a força resistente ao movimento e, consequentemente, ao
tombamento, é de 135N.
Para o segundo caso na posição de transportador, como mostra na Figura 30,
o centro de gravidade é deslocado para a lateral do carro.
FIGURA 30 - FORÇAS ATUANTES NOS PONTOS, CASO 2
FONTE: os próprios autores, 2018.
360
800
43
Com o resultado de valor da força peso, 7357,5 N possibilita através da
Equação 21, encontrar a força necessária para tombamento.
x = 360 mm
y= 800 mm
yFxFp ..
7357,5𝑁 . 0,36𝑚 = 𝐹 . 0,80𝑚
𝐹 = 3310,8N
Onde:
𝐹𝑃 = Força peso (N)
F = Força necessária para gerar momento (N)
Entretanto, considerando o valor do coeficiente de atrito com velocidade
média de 6,5 km/h e uma distancia de 3 metros, resultando em uma aceleração de
0,54m/s², obtem-se a força de atrito 0,055 representada pela Equação 5.
Tem-se:
𝐹𝑑 = µ𝑑 𝑁 (5)
Onde o valor para N encontrado a partir da Equação 5, para o caso 2, é obtido
o valor da força de atrito:
Fd=0,0554.3310,8N
Fd=183,4N
Considerando assim, que a força resistente ao movimento e,
consequentemente, ao tombamento, é de 183,4N.
44
5.3 MOMENTO GERADO PELAS FORÇAS
Com os resultados obtidos, pode-se observar a diferença de força necessária
para causar o tombamento do carro Tabela 3:
Tabela 4 - COMPARATIVO DAS FORÇAS DE TOMBAMENTO
Caso 1 Caso 2
Força 135N 183N
FONTE: os próprios autores, 2018.
5.4 CÁLCULOS ESTRUTURAIS
Baseando-se nos conceitos de análises estáticas, determinaram-se os valores
das forças atuantes sobre o tubo e a localização dos pontos de reações.
Considerando que a massa da chapa estará distribuída em dois pontos sob o
tubo em estudo, para finalidade de cálculos, foi considerado o tubo central da mesa,
com uma carga superior ao da chapa, considerando assim sua carga de 6000N. Para
que verifique, se tubo em estudo suportará os critérios de esforços, onde o tubo eleito
estará sujeita ao maior esforço possível na estrutura, determinando os valores que
cada tubo estará transferindo apoio principal, Figura 31
FIGURA 31 - COMPOSIÇÃO DE FORÇAS 1
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
45
Com os valores das forças atuantes e das reações, deu-se sequência aos
cálculos.
Somatória de forças em x:
∑𝐹𝑥 = 0
Somatória de forças em y:
∑𝐹𝑦 = 0
Σ𝐹𝑦 = 𝑅𝑎 − 6000𝑁 + 𝑅𝑏 = 0
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 = 6000𝑁
Somatória de momentos:
Onde para encontrar o valor das reações indicadas na Figura 32, a partir do
somatório de momentos existentes em relação ao ponto “A”, tem-se:
𝑀𝐴 = 𝐹. 𝑑 (7 )
𝐹. 𝑑 = 0
𝑅𝑏(1,5 − 0,5) = 6000. (1 − 0,5)
𝑅𝑏 = 3000𝑁
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 = 6000𝑁
𝑅𝑎 = 6000𝑁 − 𝑅𝑏
𝑅𝑎 = 3000𝑁
Com os valores das reações encontradas para Ra=3000N e Rb=3000N ,
representados na Figura 32:
FIGURA 32 - COMPOSIÇÃO DE FORÇAS 2
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
46
Momento fletor “M”:
Para encontrar o momento fletor para cada força presente na viga, é
necessário fazer o balanço do momento em cada seção, assim obteve-se os
resultados:
Ma = 0
Mra = 1500 . 0,25 = 375
Mrb = 1500 . 0,25 + 1500 . 0,75 – 3000 . 1 + 1500 . 1,25 = 375
Mb = 1500 . 0,25 –3000 . 0,5 +1500 . 0,75 +1500 . 1,25 –3000 .1,5 +1500 .1,75 = 0
GRAFICO 2 - DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR MÁXIMO
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
Esforços cortantes “V”
Analisando as forças com base em cada porção do tubo, pode-se identificar o
valor de cada esforço, na direção transversal do tubo, tanto da direita como também
da esquerda.
𝑉𝐴 = {𝐸 = 0 𝐷 = −1500
47
𝑉𝑟𝑎 = {𝐸 = −1500 𝐷 = −1500 + 3000 = 1500
𝑉𝑟𝑏 = {𝐸 = 1500 − 3000 = −1500 𝐷 = −1500 + 3000 = 1500
𝑉𝑏 = {𝐸 = 1500 𝐷 = 1500 − 1500 = 0
GRAFICO 3 - DIAGRAMA DE ESFORÇOS CORTANTES
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
Momento de inércia em relação à linha neutra (𝐼𝐿𝑛)
Segundo Hibbeler (2004), a posição da linha neutra é definida por (�̅�):
�̅� =
(𝐴1. 𝑌1) + (𝐴2. 𝑌2) + (𝐴3. 𝑌3) + (𝐴4. 𝑌4)
𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3 + 𝐴4
(22)
�̅� =(3.50.25) 𝑚𝑚 + (3.44.48,5) 𝑚𝑚 + (3.50.25) 𝑚𝑚 + (3.44.1,5) 𝑚𝑚
(3𝑥50 𝑚𝑚²) + (3𝑥44 𝑚𝑚2) + (3𝑥50 𝑚𝑚2) + (3𝑥44 𝑚𝑚2)
�̅� = 25 𝑚𝑚
48
Entende-se, que a tensão normal é nula no centro do tubo quadrado, posição
da linha neutra.
Momento de inércia em relação à linha neutra (𝐼𝐿𝑛)
FIGURA 33- DIMENSÕES PARA CÁLCULO DE MOMENTO DE INÉRCIA
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
O momento de inércia em relação à linha neutra (𝐼𝐿𝑛), obtém-se pela
equação:
𝐼𝐿𝑛 = (𝐼𝑥1 + 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠1) + (𝐼𝑥2 + 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠2) + (𝐼𝑥3 + 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠3) + (𝐼𝑥4 + 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠4) (23)
Quando:
𝐼𝑥1 =
(𝑏. ℎ³)
12
(24)
𝐼𝑥1 =(3.50³)
12= 31250 𝑚𝑚4
49
𝐼𝑥2 =(44.33)
12= 99 𝑚𝑚4
𝐼𝑥3 =(3.503)
12= 31250 𝑚𝑚4
𝐼𝑥4 =(44.33)
12= 99 𝑚𝑚4
Assim, pode-se calcular para cada área
𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠1 = (𝐴1). (𝑌1 − �̅�)²
𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠1 = (3.50). (25 − 25)2 = 0
𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠2 = (44.3). (48,5 − 25)2 = 72897 𝑚𝑚4
𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠3 = (3.50). (25 − 25)2 = 0
𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠4 = (44.3). (1,5 − 25)2 = 72897 𝑚𝑚4
Logo:
𝐼𝐿𝑛 = (31250 + 0) 𝑚𝑚4 + (99 + 72897) 𝑚𝑚4 + (31250 + 0) 𝑚𝑚4
+ (99 + 72897) 𝑚𝑚4
𝐼𝐿𝑛 = 208492 𝑚𝑚4
Tensão de compressão/tração no tubo (𝜎𝑚𝑎𝑥)
𝝈𝑚𝑎𝑥 =
𝑀𝑚𝑎𝑥 . �̅�
𝐼𝐿𝑛
(8)
𝝈𝑚𝑎𝑥 =375𝑁. 𝑚𝑚. 25 𝑚𝑚
208492𝑚𝑚4
𝝈𝑚𝑎𝑥 = 0,04496 𝑘𝑁. 𝑚𝑚² ⇒ 44,96 𝑀𝑃𝑎
Critério de verificação de estabilidade na flexão
Na Figura 34 de propriedades mecânicas dos aços, é possível obter o valor
da tensão última à tração ou compressão.
50
FIGURA 34 - PROPRIEDADES MECÂNICAS AÇO 1020
FONTE: MOORE, 2017 (ADAPTADO) - www.uff.br/petmec/downloads/resmat.
Adquirindo o valor de tensão última na Figura 34 e a tensão máxima
admissível na seção 5.4.8, pode-se calcular o C.S, segundo Beer e Johnston, (1995).
através da Equação 13:
𝐶. 𝑆 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 (13)
𝐶. 𝑆 = 420 𝑀𝑃𝑎
44,96 𝑀𝑃𝑎
𝐶. 𝑆 = 9.34
O valor encontrado indica a quantidade de vezes que o projeto poderá
suportar em relação a seu dimensionamento.
Logo, pode-se evidenciar que o valor da tensão admissível é menor que o da
tensão de ruptura sobre o valor do coeficiente de segurança anteriormente calculado
utilizando C.S igual a 9:
𝝈𝑚𝑎𝑥 ≤ 𝜎𝑅𝑢𝑝
𝐶. 𝑆 (25)
Ao inserir os valores das tensões na Equação 25, tem-se:
44,96 𝑀𝑃𝑎 ≤ 420 𝑀𝑃𝑎
9
44,96 𝑀𝑃𝑎 ≤ 46,66𝑀𝑃𝑎
51
Verificação de estabilidade ao cisalhamento:
FIGURA 35 - DIMENSÕES PARA CÁLCULO DE MOMENTO ESTÁTICO
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
Para calcular o valor da tensão máxima de cisalhamento, é necessário
calcular o momento estático inicialmente:
𝑚𝑅𝑣 = 𝐴1. 𝑑1 + 𝐴2. 𝑑2 + 𝐴3. 𝑑3 (26)
𝑚𝑅𝑣 = (3.25) 𝑚𝑚. 12,5𝑚𝑚 + (3.44) 𝑚𝑚. 23,5 𝑚𝑚 + (3.25) 𝑚𝑚. 12,5 𝑚𝑚
𝑚𝑅𝑣 = 4 977 𝑚𝑚³
Assim, com o valor do momento estático obtido, através da Equação 9, pode
ser dada continuidade ao cálculo da tensão máxima.
𝝉𝑚𝑎𝑥 =𝑚𝑅
𝑣 . 𝑉𝑚𝑎𝑥
𝐼𝐿𝑛. 𝑡 (9)
𝝉𝑚𝑎𝑥 =4977 𝑚𝑚³. 1,5 𝑘𝑁
208492𝑚𝑚4 . 3 𝑚𝑚
𝝉𝑚𝑎𝑥 = 0,011935 𝑘𝑁. 𝑚𝑚² ⇒ 11,93 𝑀𝑃𝑎
52
Critério de verificação de estabilidade ao cisalhamento:
Com o valor da tensão admissível igual a 11,93 Mpa, a partir da Figura 34 de
propriedades mecânicas dos aços, é possível obter o valor da tensão última.
Assim, pode-se calcular o C.S através da Equação 13:
𝐶. 𝑆 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 (13)
𝐶. 𝑆 = 250 𝑀𝑃𝑎
11,93 𝑀𝑃𝑎
𝐶. 𝑆 = 20,95
O valor encontrado indica a quantidade de vezes que o projeto poderá
suportar á mais em relação a seu dimensionamento.
Logo, evidencia-se que o valor da tensão admissível é menor que o da tensão
de ruptura sobre o valor do coeficiente de segurança anteriormente calculado
utilizando C.S igual a 20:
𝜎𝑚𝑎𝑥 ≤ 𝜎𝑅𝑢𝑝
𝐶. 𝑆 (25)
Ao inserir os valores das tensões na Equação 25, temos:
11,93 𝑀𝑃𝑎 ≤ 250 𝑀𝑃𝑎
20
11,93 𝑀𝑃𝑎 ≤ 12,5𝑀𝑃𝑎
Carga crítica
Utilizando a Equação 10, calcula-se a carga critica que o tubo poderá suportar,
onde excedendo essa carga estará ocorrendo efeito de flambagem.
53
𝑃𝐶𝑟 = 𝜋² . 𝐸 . 𝐼𝐿𝑛
𝐿𝑒² (10)
O tubo em estudo estará engastado em apenas uma de suas extremidades
conforme Figura 36:
FIGURA 36 – PRESSÃO ADMISSÍVEL
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
Considerando que o engaste é apenas em uma das extremidades do tubo,
deve-se ser calculado o comprimento efetivo (Le) de flambagem, pela seguinte
equação:
𝐿𝑒 = 2 . (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎)
Conforme Figura 36, representa o comprimento da barra em estudo, tem-se:
𝐿𝑒 = 2 . (500 𝑚𝑚)
𝐿𝑒 = 1000 𝑚𝑚
Obtendo o valor para 𝐿𝑒, calcula-se a carga critica:
𝑃𝐶𝑟 = 3,14152. 205
𝑘𝑁
𝑚𝑚² . 208492 𝑚𝑚4
(1000 𝑚𝑚 )²
𝑃𝐶𝑟 = 421,83 𝑘𝑁
54
Entretanto, considerando que o dimensionamento do projeto tem atendido ao
coeficiente de segurança igual ou maior que 9, para calculo da carga admissível,
utiliza-se a Equação 28:
𝑃𝑎𝑑𝑚 =
𝑃𝐶𝑟
𝐶. 𝑆
(27)
𝑃𝑎𝑑𝑚 = 421, 83 𝑘𝑁
9
𝑃𝑎𝑑𝑚 = 46,87 𝑘𝑁
Com o valor carga admissível obtido, entende-se que o tubo de Aço SAE1020
50x50x3mm atenderá a 9 vezes o valor de 46,87 kN.
Consolidando o resultado a partir do critério de verificação, indica-se que o
tubo estará em estado estável e não irá flambar.
𝑃𝑎𝑑𝑚 < 𝑃𝐶𝑟
Logo,
46,87 𝑘𝑁 < 421,83𝑘𝑁
5.5 JUNÇÕES CARREGADAS EM CISALHAMENTO
Nas junções apresentadas, Figura 37, sofrem cargas de cisalhamento
podendo romper-se com a carga superior ao que o parafuso pode aguentar, para o
calculo de tenção de cisalhamento, a Equação 17, fornece os resultados para o
dimensionamento do diâmetro do parafuso.
380𝑀𝑝𝑎 =6000𝑁
𝜋.𝑑2
4
𝑑 = 4,48𝑚𝑚²
55
FIGURA 37 – JUNÇÕES COM CARGA CISALHANTE
FONTE: os próprios autores, 2018.
Nas especificações do projeto, capítulo 4.1.2, os parafusos padronizados
para utilização nas juntas e demais fixações, são de 10mm de diâmetro, sendo
superior ao diâmetro obtido na Equação 17.
5.6 CALCULO SOLDAS
Para os cálculos das soldas, considerou-se, o ponto de solda da cantoneira,
onde é exercido a maior carga da estrutura, conforme Figura 38.
FIGURA 38 – SOLDA FILETE PARALELAS
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
Com base no Capítulo 3.8, a soldagem em filetes paralelos, onde ocorre
carregemento de tenções de trasão ou de cisalhamento, conforme Figura 21, nesse
caso deve-se utilizar a equação 20, assim a solda deve correr o tamanho lateral da
Vista lateral Vista Frontal
Soldas
Junções
56
contoneira que é de 30mm, altura do cordão de solda de 3mm, eletrodo escolhido
E60XX, que tem sua tensão de cisalhamento permitida de 124Mpa, Apendice D.
124
𝐾𝑁
𝑚𝑚²=
𝐹
0,707.3𝑚𝑚. 30𝑚𝑚
𝐹 = 7890𝑁
𝐹 = 7,89𝐾𝑁
Esse valor é o resultado para cada cantoneira soldada, de um total de 3,
resultando em um valor de carga de 23,67KN, superior ao de 6KN que deve ser
suportado nas 3 cantoneiras, sendo esse valor satisfatório para o projeto.
5.7 ENSAIOS EXPERIMENTAIS
Neste capitulo, serão demonstrados ensaios mecânicos realizados para
encontrar valores e parâmetros sobre tópicos abrangidos no trabalho.
Na Universidade Tuiuti do Paraná, o núcleo de Engenharia Mecânica,
Laboratório de Materiais, se beneficia de equipamentos de ensaios mecânicos
destrutivos e não destrutivos. No presente trabalho, foram desenvolvidos ensaios
onde foram utilizados os equipamentos e também toda infraestrutura disponibilizada
pela Universidade.
Ensaio visual de solda
Baseando-se nos tópicos apresentados no capítulo 3.8, o ensaio visual de
solda é constituído por seguintes tópicos:
Verificação antes da soldagem;
Verificação durante a soldagem;
Verificação após a soldagem;
Marcações e indicações de defeitos;
Realização de laudos.
57
Ensaio mecânico de resistencia da solda
Para o ensaio mecânico de tração, foi utilizado o equipamento modelo
DL10000BF, confeccionado pela empresa brasileira especializada em prensas e
máquinas de ensaios EMIC.
Este ensaio pode ser dividido nas seguintes etapas:
Atenção à segurança individual e coletiva;
Especificação do Corpo de prova;
Mensurações do corpo de prova;
Ajustes do equipamento;
Realização do ensaio.
Com o equipamento da UTP limitado em aplicação de força para ensaio de
tração foi necessário a redução da área do corpo de prova, onde pode-se atingir a
deformação necessária até a ruptura da solda para extrair informações do gráfico de
tensão/deformação.
Para o ensaio de tração, foi desenvolvido um corpo de prova, Figura 39, com
as características que serão usadas para comparação nos cálculos de resistência da
solda e na confecção do protótipo.
FIGURA 39 – CORPO DE PROVA PARA ENSAIO TRAÇÃO
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
58
Medidas do corpo de prova:
Comprimento Superior = 100 mm
Comprimento Inferior = 100 mm
Espessura = 3 mm
Espessura da garganta da solda = 3mm
Comprimento cordão de solda = 15mm
Eletrodo = E60
Mensurado o corpo de prova, foram realizados os ajustes e configurações do
equipamento necessário para a realização do ensaio de tracão. Posicionando a
amostra no centro das pinças de carga, conforme Figura 40.
FIGURA 40 – CORPO DE PROVA - ENSAIO TRAÇÃO
FONTE: Próprios Autores, 2018.
Aplicado o valor para velocidade de deslocamento de 5 mm/min, deu-se início
ao ensaio.
Ao findar o processo de tração, foi obtido pelo programa informações para que
fossem calculados parâmetros expostos no capitulo 3, seção 3.8.4. A força máxima
59
encontrada igual á 5023,33N é o limite que a solda resistiu até entrar na fase de
deformação plástica, e logo após a sua ruptura.
GRAFICO 4 - RESULTADOS ENSAIO DE TRAÇÃO
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
Conforme cálculos usando a Equação 20, pode-se chegar a resultados
satisfatórios em comparação aos testes de tração realizado no corpo de prova, assim
o valor do teste deve ser sempre maior que o valor encontrado no medelamento
matemático.
124𝐾𝑁
𝑚𝑚²=
𝐹
0,707.3𝑚𝑚. 15𝑚𝑚
𝐹 = 3945,06𝑁
𝐹 = 3,94𝐾𝑁
3945,06𝑁 < 5023,33𝑁
60
6 FMEA DESIGN
Como a elaboração do projeto físico, desenvolveu-se o FMEA DESING, esta
ferramenta busca detectar as possíveis falhas no projeto e suas consequências. A
planilha no Apêndice D, mostra detalhadamente cada componente, informando sua
função, as características de falha, a verificação necessária no projeto e seu valor
crítico.
No projeto do carro foram investigados os seguintes itens:
Mesa trabalho
Rodas
Sistema hidráulico
Estrutura de sustentação
De forma a garantir que estas solicitações sejam atendidas, foram
especificadas notas no desenho de fabricação, informando o que deve ser executado
para que todas estas demandas estejam de acordo.
7 PROJETOS TÉCNICOS
O desenvolvimento do projeto técnico usou como referência os valores das
forças atuantes no carro, geradas pela massa da chapa transportada. Estes números
foram obtidos iniciando com a análise de corpo livre, forças aplicadas e momentos
fletores, onde foi possível chegar aos valores de tensões de compressão, tração e
cisalhamento.
Em termos estruturais, o projeto utilizou tubo quadrado de aço SAE 1020, tendo
como medidas de seção 50x50x3mm. O processo de soldagem dos tubos será o de
solda MIG, tendo uma altura de cordão de solda de 3mm.
Com o valor da carga transportada e com as informações contidas no catálogo
do fabricante CIKALA (2018), foi especificado o rodízio que será utilizado no projeto.
Conforme orientações do fabricante, os rodízios escolhidos tem banda de rodagem
em borracha, pois estes facilitam a rodagem do carro em pisos acidentados,
facilitando o transporte da chapa em diferentes locais.
Para fazer o modelo 3D do projeto mecânico e os desenhos técnicos para
fabricação, foi utilizado o programa para desenho mecânico SolidWorks (2013).
61
8 PROTÓTIPO
Após várias etapas decorridas desde a coleta de informações iniciais,
soluções propostas, cálculos e dimensionamentos e outras subsequentes, neste
capítulo será iniciado o protótipo do carro de transporte.
Com a fabricação de uma unidade como se representa na Figura 41 e 42, será
possível fazer um teste para validar a solução desenvolvida e, com isto, avaliar os
resultados obtidos.
FIGURA 41 – PROTÓTIPO – POSIÇÃO MESA
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018.
FIGURA 42 – PROTÓTIPO – POSIÇÃO TRANSPORTADOR
FONTE: PRÓPRIOS AUTORES, 2018
62
CONCLUSÃO
Neste capítulo encerra-se o projeto avaliando quais foram os objetivos
atingidos.
Este projeto teve como objetivo a construção e avaliação do carro de transporte
de chapas de granito referenciado no início do desenvolvimento do projeto, utilizando-
se como base no desenvolvimento, ferramentas que possibilitaram a obtenção de
dados para adequação do projeto para o cliente e empregando alguns cálculos em
pontos específicos.
Com o auxílio da ferramenta benchmarking, evidenciou-se que o carro deveria
ser diferenciado dos demais, desta formar, o projeto conta com variação de posição
em dois modos, mesa de trabalho e posição de transporte, ajuste de altura na posição
mesa de trabalho, rodas que giram em 360°, e seu preço de venda sugerido de R$
4.000,00.
Após a construção do protótipo, foi realizado um teste de carregamento com
uma chapa de granito de 400kg, confirmando que o projeto cumpre com os calculos
empregados para o seu desenvolvimento.
Os cálculos mostram que a estrutura pode suportar uma carga superior a
especificada, tendo como um coeficiente de segurança, 9 vezes da sua carga
admissível.
Assim conclui-se que os objetivos deste projeto foram atingidos, pois o projeto
atende aos requisitos da pesquisa de mercado, diferenciais dos concorrentes,
mostrados no benchmaring, sendo o único que pode transportar e servir como mesa
de trabalho e que possui preço inferior a maioria dos concorrentes. Sua resistência ao
carregamento fica comprovada como demonstrado nas figuras do capitulo 8, provando
que o resultado dos cálculos desenvolvidos são satisfatórios ao projeto.
DIFICULDADES ENCONTRADAS
Ao longo do desenvolvimento deste projeto, é possível afirmar que dentre as
dificuldades encontradas, o tempo disponível, a coleta e organização das informações
e os cálculos desenvolvidos foram as que tiveram maior relevância.
Mesmo tendo horário disponível na grade curricular para dedicação ao TCC,
muitas informações não estavam facilmente disponíveis.
63
Por serem necessárias várias informações para o desenvolvimento, houve
dificuldades em referenciar as informações levantadas, pois ao escrever um trabalho
de conclusão de curso, não basta informar, mas sim mostrar a origem da informação
utilizada.
Quanto aos cálculos matemáticos foi necessário rever o conceito de
diversas matérias vistas ao longo do curso o que, embora tenha dispendido um tempo
razoável no desenvolvimento do trabalho, contribuiu para o seu melhor embasamento
técnico.
64
REFERÊNCIAS
BUDYNAS, Richard G.; NISBETT, J. Keith. Elementos de Máquinas de SHIGLEY 10°
ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.
FERDINAND P. BEER, E. RUSSELL JOHNSTON. Resistência dos materiais 3° ed.
São Paulo: Pearson Mkron Books, 1995.
GENERAL FIX PARAFUSOS, catálogo de parafusos. Disponível em:
http://www.generalfix.com.br/catalogo_general.pdf. Acesso em: Abril de 2018.
HIBBELER, R. C. Hibbeler. Resistência dos materiais 5° ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 1999.
HIBBELER, R. C. Hibbeler. Mecânica Estática 8° ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos
e Científicos Editora, 2004.
HIBBELER, R. C. Hibbeler. Estática, Mecânica para engenharia 12° ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2011.
INFOESOLDA, Ensaios não Destrutivos e Mecânicos. Disponível em:
http://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/ensaios-nao-destrutivos-e-
mecanicos/218-ensaio-nao-destrutivo-inspecao-visual-dimensional.html. Acesso em:
abril de 2018.
JOBRAJA, Cálculo do torque admissível do aperto do parafuso. Documento disponível
em: http://www.jobraja.com.br/tabelas.php?tab=0. Acesso em: Março de 2018.
MACHADO, Ivan Guerra. Soldagem e Técnicas Conexas: processo. Porto Alegre:
Editado pelo autor, 1996.
MARTHA, Luiz Fernando. Análise de Estruturas, Introdução a Análise de Estruturas.
Conteúdo disponível em: http://webserver2.tecgraf.puc-rio.br/ftp_pub/lfm/civ1112-
aula04.pdf. Acesso em: Março de 2018.
65
Prof. Juan W. Moore E. http://www.uff.br/petmec/downloads/resmat/W%20-
%20Apendice%20C%20Materiais2.pdf
SENAI MECANICA, Noções básicas de processos de soldagem e corte. Disponível
em: www.abraman.org.br/arquivos/73/73.pdf. Acesso em: Março de 2018.
SHIGLEY, Joseph E.; MISCHKE, Charles R.; BUDYNAS, Richard G. Projeto de
Engenharia Mecânica 7° ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
SOLIDWORKS, software de projetos mecânicos. Disponível em:
https://www.3ds.com/products-services/solidworks/. Acesso em: Abril de 2018.
UFU, Ensaios por Líquido Penetrante. Disponível em:
ftp://ftp.mecanica.ufu.br/LIVRE/Valtair%20-
%20END/L%CDQUIDO%20PENETRANTE.pdf. Acesso em: Março de 2018.
66
APÊNDICE
APÊNDICE A – BENCHMARKING
Foto
Mar
caM
od
elo
D
ESCR
IÇA
O
Esp
ecif
icaç
ões
Téc
nic
as:
Larg
ura
Com
p.
Alt
ura
Cap
. car
gaR
eg. A
ltu
raP
reço
E
leva
çã
o e
in
clin
açã
o d
e c
arg
a a
uto
ma
tiza
da
U
nid
ad
e h
idrá
ulic
a,
ba
teri
a e
ca
rre
ga
do
r
R
od
ízio
s d
e d
esliz
am
en
to n
a d
esca
rga
C
ap
acid
ad
e d
e c
arg
a d
e 5
00
Kg
R
od
as d
ian
teir
as c
om
gir
o d
e 3
60
°
D
isp
ositiv
os d
e s
eg
ura
nça
Rodas 3
60°
frente
Base fix
a
95
060
0kg
Mad
alo
zzo
Hid
rau
lico
sM
DC
500
Carr
inho e
letr
o-h
idrá
ulic
o p
ara
tra
nsport
e e
ele
vação d
e
chapas d
e m
árm
ore
s e
gra
nito
s. S
iste
ma p
ate
nte
ado
sem
sim
ilare
s n
o B
rasil.
16
00
Carr
o T
ransport
ador
de C
hapas d
e g
ranito
, m
árm
ore
e
ard
ósia
, confe
ccio
nado e
m p
erf
is e
str
utu
rais
de a
ço.
Possui m
esa g
irató
ria, com
tra
va p
or
catr
aca e
rodilh
os
que facili
tam
a tra
nsfe
rência
da c
hapa p
ara
a m
áquin
a
de c
ort
e.
Altu
ra d
a m
esa n
o p
iso: 950m
m; A
ltura
máxi
ma
da m
esa p
ara
descarr
egam
ento
de
cam
inhões (
2º
dente
): 1
.724m
m; R
odas e
m
alu
mín
io fundid
o p
ara
maio
r dura
bili
dade; Larg
ura
tota
l no tra
nsport
e c
om
a c
hapa d
eita
da:
2.0
00m
m; Larg
ura
tota
l no tra
nsport
e in
clin
ado d
a
chapa (
3º
dente
): 1
.500m
m;
Maq
Pad
ua
MP
T4
600
50
0 k
g
Ten
en
co
Maq
uin
as
Tom
bad
or
Ge
raçã
o II
Estr
utu
ra p
rincip
al e
m p
erf
il dobra
do, quadro
de a
poio
em
tubo q
uadra
do c
om
espessura
de 3
,00m
m,
conju
nto
de r
odas (
nayl
on)
desliz
ante
s n
o q
uadro
de
apoio
, conju
nto
de r
odas a
ro 8
” com
duplo
rola
mento
,
trava
de s
egura
nça d
o q
uadro
de a
poio
dim
en
sõe
s d
o c
arri
nh
o 2
,40m
x 1
,00m
, dim
en
sõe
s
do
qu
adro
de
ap
oio
1,4
5m x
2,0
0m, a
ltu
ra m
inim
a
0,80
cm
max
ima
1,10
cm
em
re
laçã
o a
o n
ive
l do
chão
.
35
0kg
A li
nha d
e c
arr
os B
lue C
ar,
auxi
lia n
o p
rocesso d
e
movi
menta
ção d
e p
art
es d
e c
hapas d
e m
árm
ore
s e
gra
nito
s. O
s e
quip
am
ento
s fora
m p
roje
tados p
ara
suste
nta
r o p
eso e
dim
ensão d
a c
arg
a e
m p
iso p
lano e
regula
r, d
e form
a q
ue o
mate
rial t
ransport
ado n
ão
tom
be e
nquanto
apoia
do e
m s
ua e
str
utu
ra.
14
50
20
00
10
00
Gru
po
Ve
nto
wag
BC
07
R$
4.20
0,00
R$
1.20
0,00
R$
4.80
0,00
1
72
4
63
01
20
01
20
0
não
não
não
R$
6.78
0,00
50
0kg
60
0/1
40
02
00
0
20
00
Sim
67
APÊNDICE B – PESQUISA DE MERCADO
CARRO TRANSPORTE DE CHAPAS COM BANCADA DE TRABALHO
MARCAR COM UM X A OPÇÃO DESEJADA, OBRIGADO!!
1- Custo?
a) Muito importante
b) Pouco importante
2- Fácil manuseio? Não
precisa de treinamento
especializado?
a) Muito importante
b) Pouco importante
3- Capacidade de carga do
equipamento?
a) Muito importante
b) Pouco importante
4- Fácil manutenção?
a) Muito importante
b) Pouco importante
5- Resistente a corrosão?
a) Muito importante
b) Pouco importante
6- Material das rodas?
a) Pneumáticas
b) Maciças
7- Segurança ao operador?
a) Muito importante
b) Pouco importante
8- Baixo ruído?
a) Muito importante
b) Pouco importante
9- Altura mesa?
a) 80cm
b) 90cm
10- Tamanho da mesa?
a) 2,00m
b) 1,50m
11- Qualidade Material?
a) Muito importante
b) Pouco importante
12- Movimento rodas?
a) 360°
b) Fixa, com direção
68
APÊNDICE C – QFD
Direção de Relação
Núm
ero
da li
nha
C
om
o é
Parâ
metr
os d
e p
roje
to
Import
ância
para
o c
liente
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1
1 Merc
ado
5 5 5 5 5 5 5 3 5
0,2
25 5 5 5 5 5 5
0,1
35
0,1
45 3 3 5 3
0,1
5 5 3 5 5 5 5 5 0,1
63 3 5 3
0,1
75 5 3 5 5 5
0,1
83 3 5
0,1
105 5 5 5 5
0,1
11 5 3 3 0,1
12 3 3 3 0,1
13 5 5 0,1
14
N°
pçs
R$
Kg
Kg
Mp
a mm
Kg
m Kg
2,8 3,8 2,9 2,7 2,7 2,4 2,9 1,1 2,6
4 1 2 5 6 8 3 9 7
Segura
nça
Rodas
Peso d
o e
quip
am
ento
Capacid
ade d
e c
arg
a d
a m
esa
Resis
tência
da e
str
utu
ra
Custo
Carga suportada
Risco de tombamento
Capacid
ade d
o p
istã
o h
idrá
ulic
o
Qualid
ade
Material
Pintura
Durabilidade
Capacid
ade d
e c
arg
a d
o r
odíz
io
Altura
de o
pera
ção d
o e
quip
am
ento
Expessura
do m
ate
rial de s
uport
e
Padro
niz
ação d
e p
eças
Custo
das p
eças
Altura de trabalho do equipamento
Fácil manuseio
Erg
onom
ia
VALOR DE IMPORTÂNCIA
CLASSIFICAÇÃO POR IMPORTÂNCIA
Manute
nção Custo de manutenção
Frequência de reparo
Acessibilidade de manutenção
UNIDADES
O que éNecessidade do Consumidor
69
APÊNDICE D – FMEA DESING
De
sig
n F
ME
AE
xecuta
do
Nom
e d
o P
roduto
/ P
rocesso
No d
o P
roduto
/ P
rocesso
Clie
nte
Pro
jeto
Líd
er
do p
roje
toA
pro
vado
data
FM
EA
no.
Rev.
Págin
a n
o.
Ca
racte
riza
çã
o d
a F
alh
aA
va
lia
çã
o d
a s
itu
açã
o a
tua
lA
çã
o / R
es
ult
ad
os
(4)
(5)
(9)
(Po
xS
xP
d)
no.
Nom
e d
o c
om
ponente
/ pro
cesso / o
pera
ção
ou p
rincip
al f
unção
Função
Verificação d
o P
roje
to
Ocorrência (Po)
Severidade (S)
Detecção (Pd)
Número de Prioridade de
Risco (RPN.)
Crítico
Ação Recomendada
Responsável
Pra
zo
Observações
12
34
58
910
1112
1314
1516
1718
Mate
rial i
ncorr
eto
Especifi
car
mate
rial a
travé
s
do e
nsaio
de tra
ção e
com
pre
ssão
Cord
ão d
e s
old
agem
incorr
eto
Especifi
car
cord
ão d
e
sold
agem
atr
avé
s d
e n
orm
as
Desacopla
mento
Especifi
cação in
corr
eta
de
torq
ue
Especifi
car
torq
ue d
e a
pert
o
dos c
om
ponente
s a
travé
s d
e
norm
as
Instá
vel
Falta
de tra
va r
osca o
u a
rruela
de p
ressão
Especifi
car
monta
gem
de
para
fusos c
om
tra
va r
oscas
no p
lano d
e m
onta
gem
Quebra
do
Inopera
nte
Mate
rial i
ncorr
eto
Especifi
car
mate
rial a
travé
s
do e
nsaio
de tra
ção e
com
pre
ssão
18
4
Quebra
do
Perd
a d
e e
ficiê
ncia
Mate
rial i
ncorr
eto
Defin
ir c
arg
a d
e tra
balh
o p
ara
a c
atr
aca d
e tra
vam
ento
28
4
Fora
do
dim
ensio
nal
Mal f
uncio
nam
ento
Err
o d
e p
roje
to
Exe
cuta
r re
visão d
e todo o
pro
jeto
com
teste
s e
cálc
ulo
s.
11
10
Tra
vado
Inopera
nte
Err
o d
e p
roje
toE
specifi
car
carg
a p
ara
os
rodiz
ios
26
2
Fro
uxo
Desacopla
mento
Fix
ação in
corr
eta
Especifi
car
torq
ue d
e a
pert
o
dos c
om
ponente
s a
travé
s d
e
norm
as
16
2
Tra
vado
Inopera
nte
Falta
de flu
ído h
idrá
ulic
oE
specifi
car
quantid
ade d
e
flúid
o
28
8
Fro
uxo
Desacopla
mento
Fix
ação in
corr
eta
Especifi
car
torq
ue d
e a
pert
o
dos c
om
ponente
s a
travé
s d
e
norm
as
26
6
Fora
do
dim
ensio
nal
Inopera
nte
Err
o d
e p
roje
toE
specifi
car
carg
a p
ara
trabalh
o d
o m
acaco
14
10
Quebra
do
Inopera
nte
Mate
rial i
ncorr
eto
Especifi
car
mate
rial a
travé
s
do e
nsaio
de tra
ção e
com
pre
ssão.
18
2
Fro
uxo
Mal f
uncio
nam
ento
Especifi
cação in
corr
eta
de
torq
ue
Especifi
car
torq
ue d
e a
pert
o
dos c
om
ponente
s a
travé
s d
e
norm
as
28
2
Solto
Desacopla
mento
Err
o d
e p
roje
toespecifi
car
cord
ão d
e
sold
agem
atr
avé
s d
e n
orm
as
28
2
4
Pote
ncia
l E
feito d
a F
alh
a
Pote
ncia
l M
odo d
e
Falh
aP
ote
ncia
l C
ausa d
a F
alh
a
Superf
icie
Cort
ante
Suste
nta
r o
peso tota
l de
trabalh
o d
o
equip
am
ento
Ele
var
e b
aix
ar
a
mesa
Estr
utu
ra d
e
su
ste
nta
ção
Solto
1 2R
od
as
Movi
menta
ção
do e
quip
am
ento
Macaco
Hid
ráu
lico
3
9
14
4
Me
sa
Apoio
do
mate
rial p
ara
trabalh
o
Trinca
Girar
para
carr
egam
ento
e
descarr
egam
ent
o
21
70
APÊNDICE E – VISTAS
71
APÊNDICE F – BASES
72
APÊNDICE G – POSIÇÃO COMPONENTES
73
APÊNDICE H – FMEA DESING
74
ANEXO 1 – EXPECIFICAÇÕES PARA SOLDAS