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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
LEILA MARIA DE OLIVEIRA
PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA: pãezinhos enrolados com goiabada
Santos 2019
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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
LEILA MARIA DE OLIVEIRA
PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA: pãezinhos enrolados com goiabada
Projeto apresentado a Universidade Metropolitana
de Santos como exigência parcial para a aprovação
na disciplina Projeto Integrado III do Curso
Tecnológico de Gastronomia.
Orientador: Prof. Me. Rodrigo Anunciato
Santos
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RESUMO
O pão é um alimento básico na mesa dos brasileiros e teve um papel importante desde a pré-história, sendo que sua história está muito ligada à própria história da humanidade. A panificação está entre os maiores segmentos industriais do Brasil, produzindo alimentos de alta qualidade.
Palavras-chave: Panificação. Confeitaria. Sobremesa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................5
1. BREVE HISTÓRIA DO PÃO ...........................................................................................6
2. FICHAS TÉCNICAS DE TODAS AS ETAPAS DA PREPARAÇÃO .........................8
3. SOBREMESA COMPOSTA EXECUTADA E ILUSTRADA EM FOTOS ..................9
4. RELATÓRIO SOBRE A EXECUÇÃO ..........................................................................16
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................17
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................18
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INTRODUÇÃO
O pão é o alimento básico, o nosso sustento mais comum. Mas ele não é só
alimento para o corpo, ele é o símbolo do alimento para a alma, presente em
várias religiões e crenças.
Desde sempre o pão esteve ligado ao poder e à política. A vida administrativa
no antigo Egito girava em torno do pão, que também foi o ponto de partida da
legislação religiosa e social dos judeus. Os gregos tinham seus deuses do pão
e do cereal e os romanos fizeram do pão sua política de dominação: pão e circo!
Foi assim que se construiu o Império Romano. O pão continuou sendo
importante para os cristãos.
Com o pão também se pagavam os salários: um dia de trabalho valia três pães
e duas canecas de cerveja. Assim como a troca de mercadorias e de serviços,
a utilização do pão como pagamento ou complemento de um salário era
costume que ainda continuaria por muitos séculos, até a Idade Média.
Hoje em dia o valor do pão está em ser um alimento barato, nutritivo e
muito saudável. O pão, hoje, está presente na mesa de todas as classes
sociais, e são muitos os tipos de pães, desde os mais baratos e populares até
os mais sofisticados.
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1. BREVE HISTÓRIA DO PÃO
O pão e os doces estão em todos os relatos da humanidade, na antiguidade,
assim que os primitivos descobriram o fogo, preparam uma massa e colocaram
sobre a pedra, e assim surgiu o pão. No antigo Egito antigo, a fermentação da
cerveja e a elaboração de pães tornaram-se habilidades crescentes onde o clima
quente era favorável à proliferação de fermento.
No final da idade média a profissão de padeiro ressurgiu junto à nobreza, com a
fabricação de pães com farinhas de melhor qualidade e agregados aos
enriquecedores ovos, açúcar, gorduras, leite, essências, sementes e
especiarias.
Os ingredientes básicos são essenciais para a produção do pão, já os
ingredientes enriquecedores são aqueles que irão agregar ao pão mais sabor,
umidade, textura, etc. Existem os melhoradores naturais como a Leticina,
vitamina C a pectina, e os brometo de potássio, ácido cítrico e enzimas.
A fermentação pode ocorrer por meio de materiais químicos ou biológicos, que
produz gás carbodióxido. Além da forma natural, conhecer a massa básica é
essencial para se fazer qualquer tipo de pão.
As etapas da panificação são importantes para evitar defeitos nos pães. Na
seqüência vem a pesagem, mistura, descanso de mesa, abaixamento da massa,
divisão ou porcionamento, descanso, modelagem, crescimento final, finalização,
resfriamento, embalagem e estocagem.
A partir daí começa a se acrescentar a essas massas mais ovos, mais açúcar,
mais leites e cremes dando então as tão conhecidas confeitarias, oferecendo ao
público as mais variadas delícias açucaradas: os bolos, as tortas, os merengues,
os chocolates, etc.
A confeitaria é uma arte na qual um profissional, devidamente treinado, põe em
prática seus dons culinários. Os doces, em sua maioria, surgiram vinculados às
comemorações, histórias de amor, vitórias, e assim por diante, porém não
podemos comparar as receitas anteriores a 1200 – 1300 d.C aos doces que
conhecemos hoje; foi um longo caminho, literalmente séculos de história para
chegarmos aos dias atuais.
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A partir de 1200 d.C, em meio aos hábitos dos banquetes, a sobremesa foi
incluída ao cardápio, porém servida antes da refeição principal, pois se
acreditava que ‘abria o estômago e a alma’ dos comensais.
Finalmente no século XIV, a humanidade dá um salto em direção à confeitaria,
com a expansão marítima e as diversas expedições para o Oriente, ingredientes
começaram a chegar à corte: açúcar de cana, o cacau, a canela, o arroz, a noz
moscada e o cravo-da-índia, antes de tudo isso só se usava o mel para fazer os
doces.
Em meados dos anos 50, houve uma melhora no poder aquisitivo e uma
recuperação na qualidade da população, ocorreu um aumento considerável a
procura por doces mais finos e elaborados e com mais técnicas da confeitaria.
De acordo com o Estudo de Tendências do Sebrae as padarias artesanais são
as maiores produtoras, e elas se sobressaem pela proximidade com o
consumidor final, porque estão inseridas na comunidade.
A panificação está entre os seis maiores segmentos industriais do Brasil e está
sempre em busca de tecnologias que o torne relevante no cenário econômico,
com produtos diversificados e com alta qualidade.
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2. FICHAS TÉCNICAS DE TODAS AS ETAPAS DA PREPARAÇÃO
A receita executada foi de pãezinhos enrolados com goiabada com calda de
limão siciliano
FICHA TÉCNICA
Fórmula : Pãezinhos enrolados com goiabada
INGREDIENTES QTDE %
Farinha de trigo 500 g 100%
Açúcar refinado 100 g 20%
Sal 5 g 1%
Fermento biológico 20 g 4%
Ovos 120 g 24%
Óleo 100 g 20%
Leite 200 g 40%
Goiabada 150 g 30%
MÉTODO DE PRODUÇÃO
1. Separar e pesar todos os ingredientes e utensílios a serem utilizados. 2. Utilizar o método direto. 3. Misturar o fermento com o açúcar e mexer até derreter. 4. Acrescentar o óleo, os ovos e o leite morno. 5. Misturar a farinha e o sal e sovar bem e deixar descansar por meia hora. 6. Depois de crescida, abrir a massa e untar com óleo ou margarina e colocar a
goiabada. Enrolar como rocambole e cortar pedaços de 3 a 4 cm. 7. Deixar crescer por mais 15 minutos. 8. Cocção: 180°C por 20 minutos no forno doméstico 9. Pincelar com calda de água e açúcar.
Calda de limão siciliano
FICHA TÉCNICA
Fórmula : Calda de limão siciliano
INGREDIENTES QTDE
Limão siciliano 50 g
Açúcar refinado 100 g
Água 30 g
Raspas de limão siciliano 5 g
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3. SOBREMESA COMPOSTA EXECUTADA E ILUSTRADA EM FOTOS
Figura 1 – Mise en place (farinha e açúcar)
Figura 2 – Mise en place (fermento e sal)
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Figura 3 – Mise en place (líquidos)
Figura 4 - Mise en place completo
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Figura 5 – Fermentação direta
Figura 6 - Preparo
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Figura 7 - Levedura
Figura 8 - Sova
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Figuras 9 e 10 – Massa descansando
Figura 11 – Massa pós crescimento
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Figura 12 - Porcionamento
Figura 13 – Recheando os pães
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Figuras 14 e 15 – Massa enrolada e porcionada
Figura 16 – Pãezinhos assados
Figura 17 – Pãezinhos servidos
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4. RELATÓRIO SOBRE A EXECUÇÃO
Essa preparação foi muito simples, um pão doce não muito elaborado que
consiste numa massa simples com fermentação direta, usando fermento
biológico fresco recheado com goiabada e coberto com uma calda de limão
siciliano.
Todos os ingredientes foram adquiridos em supermercado do meu bairro na
cidade de Ourinhos/SP, sem nenhuma dificuldade.
A receita rendeu 12 pães e o valor total gasto foi de R$9,50 e cada pãozinho saiu
por R$0,90.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desse projeto foi possível adquirir habilidade na elaboração da
sobremesa usando normas de higiene e segurança e técnicas de separação e
medição de ingredientes, combinando texturas e sabores.
Embora tenha sido apenas uma pequena parte do curso de gastronomia trouxe
grande aprendizado e possibilidade de aperfeiçoamento.
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REFERÊNCIAS
A história do pão. Disponível em http://www.abip.org.br/site/699-2/. Acesso em
20 mai. 2019.
ALVAREZ, Rodrigo Anunciato. Panificação e Confeitaria. Santos: Núcleo de
Educação a Distância da UNIMES, 2018. (Material didático. Curso de Tecnologia
em Gastronomia).
CASTRO NETO, Nelson. Habilidades básicas de cozinha. Curitiba: Livro
Técnico, 2011.
SEBRAE/ABID. Estudo de tendências: Perspectivas para a panificação e
confeitaria. Julho 2009.
http://www.abip.org.br/site/699-2/