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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO DE BIOLOGIA – BACHARELADO EM BIOLOGIA ÊNFASE EM BIOPATOLOGIA GRÃOS DE PÓLEN ALERGÓGENOS NO MÊS DE SETEMBRO, CANOAS, RS SABRINA CASTELO BRANCO FUCHS CANOAS, DEZEMBRO DE 2007.

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO DE BIOLOGIA – BACHARELADO EM BIOLOGIA

ÊNFASE EM BIOPATOLOGIA

GRÃOS DE PÓLEN ALERGÓGENOS NO MÊS DE SETEMBRO, CANOAS, RS

SABRINA CASTELO BRANCO FUCHS

CANOAS, DEZEMBRO DE 2007.

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO DE BIOLOGIA – BACHARELADO EM BIOLOGIA

ÊNFASE EM BIOPATOLOGIA

GRÃOS DE PÓLEN ALERGÓGENOS NO MÊS DE SETEMBRO, CANOAS, RS

Projeto de Pesquisa em cumprimento ao disposto para realização da Disciplina de

Estágio em Biopatologia

Sabrina Castelo Branco Fuchs

Soraia Girardi Bauermann (Orientadora) Ítalo Abrantes Sampaio (Coordenador do TCC I)

ULBRA

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“ ...Viver e não ter a vergonha de ser feliz,

Cantar, cantar e cantar, a beleza de ser um eterno aprendiz...”

Gonzaguinha

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SUMÁRIO

RELAÇÃO DAS TABELAS....................................................................................... v

RELAÇÃO DAS FIGURAS........................................................................................ vi

AGRADECIMENTOS................................................................................................ vii

RESUMO.................................................................................................................. viii

ABSTRACT............................................................................................................... ix

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 01

2. OBJETIVOS.......................................................................................................... 04

3. SINTOMATOLOGIA.............................................................................................. 05

4. ÁREA DE ESTUDO.............................................................................................. 08

5. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................... 09

5.1. CONFECÇÃO DO COLETOR DE PÓLEN.................................................. 09

5.2. EXPOSIÇÃO DO COLETOR DE PÓLEN.................................................... 09

5.3. PROCESSAMENTO DAS AMOSTRAS....................................................... 10

5.4. ANÁLISE E CONTAGEM DOS GRÃOS...................................................... 10

6. METEOROLOGIA................................................................................................. 12

7. RESULTADOS...................................................................................................... 15

8. DISCUSSÃO......................................................................................................... 24

9. CONCLUSÃO....................................................................................................... 27

BIBLIOGRAFIA......................................................................................................... 28

ANEXOS................................................................................................................... 30

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RELAÇÃO DE TABELAS Tabela I - Média a partir da tabela completa da Estação de observação

Meteorológica da ULBRA - Setembro / 2007................................................ 12

Tabela II - Contagem semanal de pólen – 03.09.07 a 10.09.07 (semana 1) 17

Tabela III - Contagem semanal de pólen – 10.09.07 a 17.09.07 (semana 2) 18

Tabela IV - Contagem semanal de pólen –17.09.07 a 24.09.07 (semana 3) 19

Tabela V - Contagem semanal de pólen – 24.09.07 a 01.10.07 (semana 4) 20

Tabela VI - Contagem total de pólen – 03.09.07 a 01.10.07 ....................... 21

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RELAÇÃO DE FIGURAS

Figura 1 - Foto do Coletor artesanal........................................................................ 13

Figura 2 - Foto do mapa do Campus ...................................................................... 14

Figura 3 - Gráfico da semana 1 - principais tipos polínicos em porcentagem......... 17

Figura 4 - Gráfico da semana 2 - principais tipos polínicos em porcentagem......... 18

Figura 5 - Gráfico da semana 3 - principais tipos polínicos em porcentagem......... 19

Figura 6 - Gráfico da semana 4 - principais tipos polínicos em porcentagem......... 20

Figura 7 - Gráfico mensal com somatório dos principais tipos polínicos em

porcentagem............................................................................................................. 22

Figura 8 - Gráfico do conteúdo polínico semanal..................................................... 22

Figura 9 - Foto dos grãos de pólen em microscopia óptica .................................... 23

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar à minha orientadora Profª. Drª. Soraia Girardi

Baeurmann, por idealizar esse projeto e mostrar que podemos unir biopatologia

com ecologia de modo harmonioso, por me fornecer toda a bibliografia

necessária, por disponibilizar o uso do laboratório e material para minhas análises

e pela ajuda com a elaboração do trabalho; ao Prof. Dr. Sérgio Augusto de Loreto

Bordignon pela ajuda na identificação das espécies e pelas fotografias das

plantas; à colega e amiga Bióloga Andreia Cardoso Pacheco Evaldt pela enorme

dedicação, companheirismo e pelos ensinamentos; à todos os colegas do

Laboratório de Palinologia pelo incentivo e auxílio; à Estação Meteorológica da

ULBRA, à Divisão de Engenharia e Arquitetura da ULBRA; aos meus pais Edson

Castelo Branco (in memorium) e Vera Maria Castelo Branco por me ensinarem

que sem estudo e educação não chegamos à lugar algum; aos meus irmãos

Priscila Castelo Branco e Raphael Castelo Branco pelo apoio e incentivo; à minha

grande amiga Isabel Menezes pelo auxílio com o Abstract e pelo enorme carinho

que sempre me trata; à todos meus amigos que sempre me apoiaram e

demonstraram interesse pelo meu trabalho; e por último mas o mais especial ao

meu marido Aristides Sarmento Fuchs pelo carinho, compreensão, incentivo,

auxílio e patrocínio.

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RESUMO

Grãos de Pólen alergógenos no mês de setembro, Canoas, RS

Sabrina Castelo Branco Fuchs Soraia Girardi Bauermann

O presente trabalho descreve coleta e análise do conteúdo polínico

atmosférico no Campus da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) em Canoas,

Rio Grande do Sul (Brasil), durante o mês de setembro do ano de 2007. Foi

utilizado um coletor de pólen artesanal que foi exposto ao ar livre em um

determinado ponto da Universidade, posteriormente as lâminas contidas no coletor

foram preparadas no laboratório e analisadas através de microscopia óptica. Este

estudo foi elaborado para averiguar se no Campus Canoas da ULBRA existem

plantas que possam causar a polinose, ou seja, doença das vias respiratórias

causada por inalação de pólen. O mês de setembro foi escolhido por ser o mês do

inicio da primavera, sendo assim, há uma grande quantidade de espécies entrando

no período da floração.

Foram identificados 3295 grãos de pólen distribuídos em 19 tipos polínicos

diferentes. Dos quais aproximadamente 2353 grãos são considerados

alergógenos no mês de setembro no Campus da ULBRA - Canoas

As duas primeiras semanas foram responsáveis por 25% dos grãos. A

semana com maior conteúdo polínico foi a terceira com 31% e a quarta semana a

menos representativa com apenas 19% do total de grãos de pólen

PALAVRAS-CHAVE: Alergia, Pólen, Polinose

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ABSTRACT

Allergogenic pollen grains in September, Canoas, RS

Sabrina Castelo Branco Fuchs Soraia Girardi Bauermann

The current research describes the collect and analysis of the atmospheric

pollinic content at the Campus of the Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), in

Canoas, Rio Grande do Sul (Brazil), during the month of September of the year

2007. It was used a homemade pollen collector which was exposed to fresh air in

a definite point of the university’s campus. Lately the blades contained in the

collector were prepared in laboratory and analyzed through optic microscopy. This

research was elaborated to identify the pollinic flora of the Campus Canoas da

ULBRA, which can causes pollinosis, in other words, respiratory lines disease due

to inhalation of allergogenic pollen grains. The month of September was

strategically chosen because it is the beginning of the spring, so there’s a huge

quantity of species entering at the flowering period. 3133 pollen grains, distributed

in 16 taxa, were identified.

It was identified 3295 pollen grains distributed in 19 pollinics different types.

Approximately 2353 grains of them are considered allergogenic on September in

the Campus of ULBRA – Canoas.

The first two weeks were responsible for 25% of the pollen grains. The

week with more pollinic content was the third one with 31%; and the fourth week

was the least representative with only 19% of the total pollen grains.

KEY-WORDS: Allergy, Pollen, Pollinosys.

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Grãos de Pólen alergógenos no mês de setembro, Canoas, RS¹

Sabrina Castelo Branco Fuchs² & Soraia Girardi Bauermann³

¹ Projeto de Pesquisa em cumprimento ao disposto para realização da Disciplina

de Estágio em Biopatologia I

² Departamento de Biologia, Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Canoas,

Caixa Postal 124, 92425-900 Canoas, RS, Brasil. E-mail:

[email protected]

³ Departamento de Biologia, Laboratório de Palinologia, Universidade Luterana do

Brasil – ULBRA, Canoas, Caixa Postal 124, 92425-900, Av. Farroupilha, 8.001,

Canoas, RS, Brasil. E-mail: [email protected]

1. INTRODUÇÃO

O grão de pólen é a célula masculina necessária para a propagação da

semente das plantas. São partículas de tamanho muito reduzido, como se fosse

um pó, geralmente invisível a olho nu. Apesar da imensa variedade de vegetais

existentes, apenas cerca de 10% das espécies são consideradas como fontes de

alergia.

O sistema imunológico pode falhar e não cumprir com sua obrigação ou até

mesmo voltar-se contra o indivíduo. Pode ocorrer de duas maneiras, com

funcionamento insuficiente, ou seja, imunodeficiência, ou tendo seu

funcionamento exagerado em relação às substâncias que normalmente são

toleradas pela maioria, esse processo chama-se alergia.

Uma alergia é uma situação na qual o organismo apresenta uma resposta

imunológica (de defesa) diferente da resposta protetora esperada, causando

alterações indesejáveis. O termo “alergia” vem do grego “allos”, que significa

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alterações do estado original. Então, a alergia é uma reação específica do

sistema de defesa do organismo a substâncias normalmente inofensivas.

Pessoas que tem alergias freqüentemente são sensíveis a mais de uma

substância. (ABC DA SAÚDE). Existem vários tipos de agentes causadores de

alergia, mas nesse trabalho nos deteremos a Polinose.

A Polinose ou “febre do feno” (hay fever) é uma doença alérgica das vias

respiratórias, causada por inalação de grãos de pólen atmosférico. Estes se

encontram no ar durante a época de polinização de determinadas plantas,

produzindo rino-conjuntivite e/ou asma brônquica. Apesar do nome, não existe

febre e o feno não é o único responsável pelos sintomas. Existe sim, uma

sensação de febre, simulando um desagradável estado gripal (Vieira, 2001).

O primeiro registro de sua ocorrência foi feito por Mohammed Al Razi,

provavelmente no ano de 865 (Varney, 1991). Para a Europa a primeira descrição

data de 1530 na Espanha (Oehling, 1995). No Brasil o primeiro relato, veio

através do estudo pioneiro de Carini em 1908. E na década de 40 surgiram

relatos de sinais de rinite alérgica sazonal. Havendo uma grande lacuna a partir

dessa época, com a retomada da temática nas décadas de 70 e 80. Ainda na

década de 80 Vieira & Negreiros (1986, 1989), passaram a considerar Caxias do

Sul como uma região endêmica de polinose com 4,8% da população acometida

de tal moléstia.

No Rio Grande do Sul, foram desenvolvidos os trabalhos pioneiros de Lima

et al. (1946). Aqui no Sul do Brasil, o pólen de gramíneas é basicamente a

principal causa de rinite estacional, durante os meses da primavera. Com as

estações do ano bem definidas, com um inverno extenso e rigoroso de baixas

temperaturas, temos uma primavera exuberante. Embora sejam as gramíneas o

principal agente em nosso meio, outras espécies como árvores contendo pólen

alergógenos poderão juntar-se de maneira eventual e secundariamente, tais

como: Acácia, Eucalipto, Ligustro, Plâtanus e Ciprestes.

No Brasil, acredita-se que a doença polínica deve ser sempre lembrada

nas latitudes maiores de 25º S, com altitudes próximas ou superiores a 400

metros, e sob a influência climática da continentalidade. São, portanto, aquelas no

Sul do País onde a Araucária (Pinheiro) é nativa. Não que esta conífera seja

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usualmente incitante da doença, porém serve-nos como um “marcador biológico”

de estações climáticas bem definidas (Vieira, 2001).

A crescente presença de tipos polínicos aeroalergógenos deve-se

principalmente às alterações ocorrentes na cobertura vegetal original do estado

do RS, que baixou de 40% para 2,6% nos últimos anos, segundo o antigo IBDF,

sendo substituídas por extensas monoculturas de gramíneas (Vieira, 1993).

Ocorreu fato semelhante também em Santa Catarina e Paraná. Associam-se a

isto as modificações de práticas agrícolas, a introdução de gramíneas com

potencial alergizante ( p.ex. Lolium multiflorum – “azevém”), que crescem

desordenadamente em terrenos abandonados dentro e na periferia das cidades,

ao longo de rodovias entre outros. Pesquisa epidemiológica em algumas cidades

do RS, estima prevalência de polinose em 4,8% na serra gaúcha (Caxias do Sul)

e 2,4% no Planalto médio (Passo Fundo). (ASBAI, 2006)

Em 1998, Bauermann et al. realizaram um levantamento da chuva polínica

em Canoas, detectando a presença de estações polínicas nesta região, bem

como o reconhecimento de diversos tipos polínicos alergizantes.

2. OBJETIVOS

Este trabalho teve por objetivo conhecer os tipos polínicos ocorrentes no

Campus da Ulbra - Canoas durante o mês de setembro. Buscou-se, também, a

identificação botânica dos principais tipos polínicos e sua correlação como

potencial agente alergógeno.

3. SINTOMATOLOGIA

A polinose pode aparecer em sua forma pura ou associada a alérgenos

perenes, tais como dermatofagóides, poeira domiciliar, fungos, epitélio de

animais. Portanto, poderemos ter sintomatologia exclusivamente estacional ou

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durante todo o ano, porém exacerbada na primavera. A repetição por mais de

uma estação polínica dos sintomas clássicos de rinoconjuntivite associados ou

não à asma brônquica, pressupõe de modo seguro o diagnóstico clínico.

A característica desta moléstia é sua periodicidade anual, repetindo-se os

sintomas sempre na mesma época do ano, quando ocorre polinização. O fator

etiológico principal são grãos de pólen de plantas alergógenas que se depositam

nas mucosas, produzindo reação alérgica inflamatória. Em geral estes pólens são

leves, transportados pelo vento, de pequenas dimensões (entre 20 a 40

micrômetros de diâmetro) e incitam a doença nos indivíduos sensibilizados em

uma concentração aproximada de 50 grãos por m3 de ar. Entretanto, ao final da

estação polínica, pelas sucessivas exposições este limiar baixa, podendo

menores quantidades tais como 10-20 grãos por m3 de ar ser responsável pelos

sintomas. (ASBAI, 2006)

A doença polínica é conhecida em várias partes do mundo, possuindo

elevada incidência em determinadas regiões da Europa e dos Estados Unidos

(8,2% da população é acometida pela doença). No Brasil seu início é muito

recente, ocorrendo principalmente nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa

Catarina e Paraná.

O pólen de gramíneas é basicamente a principal causa de rinite estacional

na Europa e também entre nós no sul do Brasil durante os meses da primavera

(Setembro – Outubro – Novembro).

As pessoas têm alergia ao pólen, pois os minúsculos grãos se alojam no

nariz, ficando presos numa camada de muco pegajoso. Indo para a garganta,

onde são engolidos ou expelidos, em geral sem nenhum efeito nocivo. Mas às

vezes o pólen ativa o sistema imunológico devido a hipersensibilidade à

imunoglobulina E (IgE). O sistema imunológico de uma pessoa alérgica encara a

proteína de certos tipos de pólen como ameaça, com isso o corpo reage

produzindo anticorpos (IgE) que se fixam aos mastócitos encontrados nos tecidos.

Com isso os mastócitos liberam histamina em quantidades excessivas, fazendo

com que os vasos sanguíneos se dilatem e fiquem mais permeáveis.

Para os que sofrem de alergia, o pólen aciona um alarme falso, provocando

coriza, inchaço e prurido ocular com hiperemia conjuntival, lacrimejamento,

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prurido nasal ou faringo-palatal, ausência ou presença de obstrução nasal, hiper-

reatividade brônquica com asma associada pode acontecer em 15%-20% dos

indivíduos. Tudo parece um incrível resfriado que pode durar anualmente três

meses de sofrimento.

O exame das vias aéreas revela a presença de reação inflamatória, com

edema da mucosa nasal e aumento dos cornetos, com secreção mucosa

transparente. O citograma da secreção nasal pode mostrar um aumento

significativo de eosinófilos , em geral superior a 10%. (ASBAI, 2006)

Para amenizar esses sintomas, um médico pode recomendar anti-

histamínicos para combater ou prevenir sintomas, descongestionantes para tratar

a congestão nasal, e/ou spray nasal contendo corticosteróides ou substâncias

para prevenir sintomatologia. Como o nome sugere, esses medicamentos inibem

a ação da histamina. Essa substância é o grande malfeitor que faz com que

aumente o fluxo de sangue nas membranas mucosas, com isso pode haver:

prurido, manchas vermelhas ou olhos vermelhos, maior quantidade de muco no

nariz ou brônquios, e conseqüentemente inchaço dessas membranas mucosas.

Um anti-histamínico serve para evitar esses sintomas da alergia (JANSSEN

CILAG, 2007). Existe uma outra opção chamada de imunoterapia (comumente

denominadas “vacinas”), onde os extratos alergênicos são injetados gradualmente

em pequenas doses para reduzir a sensibilidade. (ASBAI, 2006)

A polinose pode ser tão rigorosa a ponto de ocorrer comprometimento

ocular, levando a um maior ou menor lacrimejamento, fotofobia, prurido ocular e

sensação de queimadura conjuntiva. Esse quadro clínico de alta sensibilização

pode se agravar ainda mais, causando febres, dermatites, urticárias e edema

(Oehling, 1995).

Com o aumento da idade os sintomas tendem a diminuir, entretanto,

podem persistir ou aparecer na velhice (Baiocchi, 1996).

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4. ÁREA DE ESTUDO

Canoas está localizada no centro da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Limita-se com os municípios de Esteio, Cachoeirinha, Nova Santa Rita e Porto

Alegre.

A vegetação na área do Campus da ULBRA e arredores, não conta mais

com sua cobertura vegetal original. O Campus Canoas é composto de ambientes

construídos por paisagismo que preza pela beleza e por mostrar a diversidade

das plantas e por isso a maioria da vegetação é exótica.

Algumas das espécies existentes no campus são: Schinus terebinthifolius

Raddi (Anacardiaceae), Nectandra megapotamica Mez.(Lauraceae), Inga

marginata Willd. (Mimosaceae) e Campomanesia xanthocarpa Berg (Myrtaceae),

Bidens pilosa L. (Asteraceae), Senecio brasiliensis (Spreng) Less. (Asteraceae),

Cynodon dactylon (L.) Pers. (Poaceae), Dodonaea viscosa (L.) Jacq.

(Sapindaceae), Lantana camara L. (Verbenaceae) e Calliandra tweedii Benth.

(Mimosaceae), Solanum sisymbriifolium Lam. (Solanaceae) entre outras. Entre as

espécies introduzidas, arbóreas, podemos citar: Várias espécies do gênero

Eucalyptus (Myrtaceae), Pinus elliottii Engelm. (Pinaceae) e Ligustrum japonicum

Thunb (Oleaceae).

A altitude média está em torno de 32m. O clima, segundo Nimer (1989),

está classificado como Mesotérmico Brando Superúmido, com temperatura média

de 24°C.

5 – MATERIAIS E MÉTODOS 5.1. CONFECÇÃO DO COLETOR DE PÓLEN

O material polínico foi obtido através de um coletor de pólen gravimétrico,

de fabricação artesanal, (figura 1). O mesmo consiste de um cilindro de isopor

preso a uma base pesada de mármore, por meio de fios de aço.

Foram dispostas 5 (cinco) lâminas de vidro nesse cilindro de isopor, sendo 4

(quatro) ao redor do coletor, formando uma cruz, em posição vertical e 1 (uma) em

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cima do coletor, em posição horizontal, possibilitando com isso, a captura de pólen

em todas as direções.

Foi colocado numeração de 01 a 05 no coletor, onde 01 aponta para o

Norte, 02 aponta para o Leste, 03 para o Sul, 04 para o Oeste e a 05 fica na

posição horizontal abrangendo todos os pontos cardiais. Sempre que foi feito a

troca das lâminas tomou-se o cuidado para que se mantivesse a mesma ordem

numérica.

As lâminas dispostas no coletor tiveram sua superfície coberta por uma fina

camada de vaselina sólida, para garantir a aderência dos grãos de pólen.

5.2. EXPOSIÇÃO DO COLETOR DE PÓLEN

Esse aparelho coletor foi colocado no telhado das passarelas cobertas da

ULBRA, com localização exata entre o prédio 02 e o prédio 04 que está indicada

no mapa completo do Campus (Figura 2), a uma altura de 2,80 metros do chão.

Este local foi selecionado por apresentar boa circulação de ventos, não estar

encoberto por vegetação e ser de fácil acesso.

O coletor ficou no local de 03 (três) de setembro de 2007 a 01 (primeiro) de

outubro de 2007, totalizando 29 dias de coleta. O jogo de cinco lâminas foi trocado

semanalmente (todas as segundas-feiras), totalizando quatro trocas, perfazendo

um total de 20 lâminas.

5.3. PROCESSAMENTO DAS AMOSTRAS

Após uma semana de exposição as cinco lâminas coletoras eram

recolhidas, colocadas no interior de caixa plástica vedada, transportadas para o

laboratório e processadas.

Em laboratório, cada uma das lâminas coletoras foi cuidadosamente

raspada com lâmina de barbear e seu conteúdo foi transferido para lâmina

biológica devidamente identificada. A esta lâmina permanente adicionou-se

gelatina glicerinada com safranina (corante).

Para que houvesse a diluição e homogeinização da gelatina glicerinada com

a vaselina, as mesmas foram colocadas numa placa de Malassez, que pode

chegar à uma temperatura de até 100°C.

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A mistura foi revolvida com um bastão de vidro e, após obter uma amostra

homogênea, a mesma foi coberta com lamínula de vidro.

O conjunto da lâmina e lamínula foram girados 180º e colocados sobre

papel absorvente durante 24 hrs. Esta técnica foi realizada para que os grãos de

pólen se depositassem mais próximos à lamínula facilitando sua observação.em

microscópio óptico. Passadas 24 hrs as lâminas foram lutadas com esmalte de

unhas transparente.

Essas lâminas permanentes foram devidamente etiquetadas, catalogadas e

depositadas na palinoteca do laboratório de palinologia.

5.4. ANÁLISE E CONTAGEM DOS GRÃOS

As análises foram feitas em microscópio óptico modelo Leica com as

objetivas de 400X e 1.000X.

Os grãos foram fotografados com câmera digital Sony.As fotos dos grãos de

pólen foram tratadas no programa Corel photo paint 12.

Foram realizadas análises qualitativas e quantitativas do material polínico.

Na análise qualitativa determinou-se botanicamente os grãos de pólen, sempre

que possível, até o nível de família ou gênero. Os grãos de pólen amassados,

pouco preservados ou cuja identificação não foi possível, foram classificados como

indeterminados.

Na análise quantitativa, foram contados todos os grãos contidos em cada

uma das 20 lâminas permanentes obtidas. Estes dados constituíram a base para

as análises matemáticas realizadas.

Os nomes botânicos e das autoridades correspondentes foram obtidos

através de consulta à literatura especializada e/ou a banco de dados (THE

INTERNATIONAL PLANT INDEX). As comparações polínicas adotadas no

trabalho seguem: Barth & Melhem (1988); Erdtman (1960) e Salgado-Laboriau

(1973).

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6. METEOROLOGIA

O clima da região Sul por estar quase que completamente abaixo do

trópico de capricórnio e por ter grande parte de seu território acima de 300

metros, se difere bastante do clima das outras regiões do país. É a única região

do país que pode sofrer com fenômenos quase que desconhecidos do Brasil,

como neve, chuva congelada e geada. As características são de clima subtropical

com chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Durante o período de coleta dos

grãos de pólen a temperatura mínima foi 4,2°C na semana 4 e a máxima foi

33,6°C na semana 1. As semanas 3 e 4 tiveram a maior ocorrência de ventos

destacando-se a semana 4.

O índice pluviométrico para o mês de setembro ficou entre 100 e 200 mm

de precipitação (CPTEC, 2007).

Tabela I - Média a partir da tabela completa da Estação de observação

Meteorológica da ULBRA - Setembro / 2007

DADOS METEOROLÓGICOS - SETEMBRO / 2007

Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4

Direção do Vento SE SE SE E

Velocidade do Vento (m/s) 2,0 2,3 3,5 3,9

Temperatura Máx. (°C) 27,1 25,8 19,8 20,2

Temperatura Min. (°C) 18,3 18 15 12,1

Umidade Relativa % 84,1 90,4 94,1 81,4

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7 . RESULTADOS

Foram identificados 3295 grãos de pólen distribuídos em 19 tipos polínicos

diferentes. Os grãos de pólen que não puderam ser relacionados a nenhum táxon

botânico foram classificados como indeterminados.

Os tipos polínicos: Asteraceae, Malpighiaceae, Mimosa, Moraceae,

Myrtaceae, Pinus e Poaceae, apareceram nas quatro semanas. Enquanto, Piper

foi identificado nas três primeiras semanas, Prunus, Pyrus e Ericaceae

apareceram somente na primeira semana e com pouca representatividade. Já o

gênero Faramea surgiu nas lâminas a partir da segunda semana e Symplocos,

Malvaceae e Bauhinia a partir da terceira semana. O tipo polínico Fragaria teve

uma pequena expressão somente na terceira semana. E Alnus e Sebastiania

surgiram na quarta semana, com apenas um representante cada. Também na

quarta semana pode-se identificar grãos de Anacardiaceae.

Na primeira semana foram contabilizados 823 grãos de pólen. Os tipos

polínicos mais representativos foram: Pinus com 368 grãos de pólen e

Malpighiaceae com 304 grãos de pólen (Tabela II), atingindo primeiro e segundo

lugar com 45% e 37% respectivamente (Figura 3). A família Myrtaceae nessa

semana ficou em terceiro lugar com apenas 7% do total dos grãos.

Já na segunda semana Myrtaceae ocupa o primeiro lugar com 41% do total

encontrado, 813 grãos de pólen (Tabela III). O gênero Mimosa também teve nesta

semana um grande aumento, passando de 2% na semana 1 para 13% nesta

semana (Figura 4). Pinus e Malpighiaceae ficaram bem abaixo dos resultados

encontrados na primeira semana.

Na terceira semana Myrtaceae se mantem estável com 42% do total

(Figura 5), nesta semana houve um aumento do conteúdo polínico e novos tipos

polínicos apareceram nas amostras (Tabela IV). Pinus teve um pequeno aumento

passando de 12% na semana anterior para 18% nesta semana.

Na quarta semana foi detectada uma baixa considerável no conteúdo

polínico contido nas lâminas coletoras, apenas 630 grãos de pólen foram

encontrados (Tabela V). Com essa redução houve uma queda no percentual das

Myrtaceae, mas com 32% continuam em primeiro lugar (Figura 6). A família

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Poaceae tive uma grande ascensão na quarta semana, ocupando assim, o

segundo lugar no gráfico com 25% do total.

Ao longo do mês de setembro o tipo polínico melhor representado foi o da

família das Myrtaceae, com 1027 grãos de pólen distribuídos nas quatro semanas

de estudo (Tabela VI), contabilizando assim um total de 31% dos 3295 grãos de

pólen encontrados. O segundo lugar é conferido ao Pinus, que alguns autores

também descrevem como alergógenos, que apesar de altos e baixos, ficou com

21% do total mensal (Figura 7). Em terceiro lugar com 11% do conteúdo polínico

analisado, ficaram empatados Malpighiaceae com 371 grãos de pólen e Poaceae

com 367 grãos de pólen, sendo Poaceae considerada segundo vários autores um

dos grandes causadores de polinose. A família Moraceae que também foi citada

com algum potencial alergógeno, obteve 6% do total polínico avaliado alcançando

o quarto lugar no gráfico. Os demais tipos polínicos encontrados obtiveram

valores iguais ou menores a 4% do total.

Quanto à porcentagem total dos grãos de pólen analisados, cada uma das

duas primeiras semanas foram responsáveis por 25% do total. A semana com

maior conteúdo polínico foi a terceira com 31% e a quarta semana a menos

representativa com apenas 19% do total de 3295 grãos de pólen (Figura 8).

Para representar a diversidade polínica foram feitas micrografias dos

principais grãos de pólen (figura 9), que atestam a variabilidade mostrada nos

gráficos.

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Tabela II - Contagem semanal de pólen – 03.09.2007 a 10.09.2007 (semana 1)

TIPO POLÍNICO QUANTIDADE Asteraceae 15 Ericaceae 4 Malpighiaceae 304 Mimosa 15 Moraceae 5 Myrtaceae 57 Pinus 368 Piper 5 Poaceae 29 Prunus 1 Pyrus 5 indeterminados 15 TOTAL SEMANAL 823

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

SEMANA 1

QU

AN

TID

AD

E E

M P

ERC

ENTU

AL

Pinus

Malpighiaceae

Myrtaceae

Poaceae

Asteraceae

Mimosa

indeterminados

Moraceae

Piper

Pyrus

Figura 3 – Gráfico da semana 1 - principais tipos polínicos em porcentagem.

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Tabela III - Contagem semanal de pólen – 10.09.2007 a 17.09.2007 (semana 2)

TIPO POLÍNICO QUANTIDADE Asteraceae 24 Faramea 2 Malpighiaceae 52 Mimosa 106 Moraceae 35 Myrtaceae 336 Pinus 96 Piper 52 Poaceae 86 indeterminados 23 TOTAL SEMANAL 812

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

SEMANA 2

QU

AN

TID

AD

E E

M P

ERC

ENTU

AL

Myrtaceae

Mimosa

Pinus

Poaceae

Malpighiaceae

Piper

Moraceae

Asteraceae

indeterminados

Figura 4 - Gráfico da semana 2 - principais tipos polínicos em porcentagem.

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Tabela IV - Contagem semanal de pólen – 17.09.2007 a 24.09.2007 (semana 3)

TIPO POLÍNICO QUANTIDADE Asteraceae 5 Bauhinia 2 Faramea 43 Fragaria 3 Malpighiaceae 14 Malvaceae 8 Moraceae 120 Mimosa 15 Myrtaceae 430 Pinus 185 Piper 5 Poaceae 95 Symplocos 60 indeterminados 45 TOTAL SEMANAL 1030

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

SEMANA 3

QU

AN

TID

AD

E E

M P

ERC

ENTU

AL

Myrtaceae

Pinus

Moraceae

Poaceae

Symplocos

indeterminados

Faramea

Malpighiaceae

Mimosa

Malvaceae

Figura 5 - Gráfico da semana 3 - principais tipos polínicos em porcentagem.

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Tabela V - Contagem semanal de pólen – 24.09.2007 a 01.10.2007 (semana 4)

TIPO POLÍNICO QUANTIDADE Alnus 1 Anacardiaceae 32 Asteraceae 15 Bauhinia 1 Faramea 37 Malpighiaceae 1 Malvaceae 20 Mimosa 11 Moraceae 40 Myrtaceae 204 Pinus 51 Poaceae 157 Sebastiania 1 Symplocos 7 indeterminados 52 TOTAL SEMANAL 630

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

SEMANA 4

QU

AN

TID

AD

E E

M P

ERC

ENTU

AL

Myrtaceae

Poaceae

indeterminados

Pinus

Moraceae

Faramea

Anacardiaceae

Malvaceae

Asteraceae

Mimosa

Symplocos

Figura 6 - Gráfico da semana 4 - principais tipos polínicos em porcentagem.

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Tabela VI - Contagem total de pólen – 03.09.2007 a 01.10.2007.

TIPOS POLÍNICOS 03.09/10.09 10.09/17.09 17.09/24.09 24.09/01.10 TOTAL POR

TIPO POLÍNICO Alnus 0 0 0 1 1 Anacardiaceae 0 0 0 32 32 Asteraceae 15 24 5 15 59 Bauhinia 0 0 2 1 3 Ericaceae 4 0 0 0 4 Faramea 0 2 43 37 82 Fragaria 0 0 3 0 3 Malpighiaceae 304 52 14 1 371 Malvaceae 0 0 8 20 28 Mimosa 15 106 15 11 147 Moraceae 5 35 120 40 200 Myrtaceae 57 336 430 204 1027 Pinus 368 96 185 51 700 Piper 5 52 5 0 62 Poaceae 29 86 95 157 367 Prunus 1 0 0 0 1 Pyrus 5 0 0 0 5 Sebastiania 0 0 0 1 1 Symplocos 0 0 60 7 67 Indeterminados 15 23 45 52 135 TOTAL SEMANAL 823 812 1030 630 3295

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0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

TOTAL MENSAL POR TIPO POLÍNICO

QU

AN

TID

AD

E E

M P

ERC

ENTU

AL

Myrtaceae

Pinus

Malpighiaceae

Poaceae

Moraceae

Mimosa

Indeterminados

Faramea

Symplocos

Piper

Asteraceae

Anacardiaceae

Malvaceae

Figura 7 - Gráfico mensal com somatório dos principais tipos polínicos em

porcentagem.

25%

25%

31%

19%

SEMANA 1

SEMANA 2

SEMANA 3

SEMANA 4

Figura 8 - Gráfico do conteúdo polínico semanal.

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8 – DISCUSSÃO

Notou-se nesse estudo a presença de vários tipos polínicos considerados

com algum potencial alergógenos, tais como: Myrtaceae, Poaceae, Asteraceae,

Pinus e Moraceae.

Analisando os resultados obtidos no Campus da ULBRA - Canoas no mês

de setembro de 2007, pode-se dizer que existe concordância com alguns

trabalhos citados na bibliografia estudada. Contudo fica difícil fazer comparações

e associações com os mesmos, pois a maioria dos trabalhos consultados,

estudaram uma estação polínica, que dura mais ou menos três meses, ou são

estudos que se prolongam por um ano. Sendo assim existem diversos tipos

polínicos considerados potencialmente alergógenos que não foram encontrados

no presente trabalho.

Podemos afirmar que Myrtaceae e Poaceae se fizeram presentes, de

maneira acentuada. Estes mesmos resultados foram encontrados em outros

trabalhos de chuva polínica realizados no Estado, como os de, Lorscheitter at al.

(1986), Bauermann & Neves (1999), Pedron at al. (1999) e Ávila & Bauermann

(2001). Na segunda semana nota-se que as Myrtaceae dão um salto de 7% para

41% do total analisado, mantendo-se em primeiro lugar até o final do estudo,

indicando assim a época de sua floração. E segundo Lorscheitter et al. (1986) o

pico da floração das Myrtaceae é em outubro e novembro, fazendo-nos pensar

que essa porcentagem tende a aumentar. Essa família segundo Bauermann &

Neves (1999) e Pedron at al. (1999) é considerado com potencial alergógeno.

Já as Poaceae tiveram um aumento considerável somente na última

semana demonstrando que floresce um pouco mais tarde.

Quanto às Malpighiaceae, que não são consideradas alergógenas,

mostraram sua maior expressão na primeira semana com 304 grãos de pólen

contados, tendo um acentuado declínio ao longo das semanas, chegando à

quarta semana com apenas um representante nas lâminas.

No trabalho de chuva polínica de Bernd & Lorscheitter (1992) os autores

afirmam que o período de maior floração do Pinus é julho e agosto. Podemos

confirmar esses dados em nossas análises, onde na primeira semana o gênero foi

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o que teve maior expressão polínica e foi caindo ao longo das semanas, com

exceção da terceira semana, onde nos dias quinze a dezessete de setembro a

velocidade dos ventos estava muito alta , comprovando assim que o gênero Pinus

é anemófilo e que quanto maior a velocidade do vento maior sua dispersão. O

gênero Mimosa também teve um grande aumento nessa semana de ventos

fortes, podendo ser comparada ao Pinus quanto à anemofilia.

A família Asteraceae que também é considerada como potencial

alergógeno manteve um baixo nível de grãos apresentados, não causando

preocupação aos alérgicos que transitam no Campus Canoas.

A família Moraceae que segundo Pedron at al. (1999) também pode causar

polinose, ficou em quarto lugar neste estudo com apenas duzentos grãos de

pólen encontrados ao longo do mês de coleta. Tendo sua mais expressiva

representação na terceira semana, onde houve os ventos fortes.

Condições geográficas e topográficas do local, densidade populacional,

nível de industrialização e fatores climáticos como temperatura, umidade, grau de

insolação e velocidade dos ventos, segundo Bernd & Lorscheitter (1992)

influenciam a quantidade de grãos de pólen no ar. Então é provável que a

diminuição dos grãos encontrados na quarta semana seja resultante das chuvas e

demais condições climáticas que ocorreram em especial no período do dia vinte

oito a trinta de setembro. Apesar de a quarta semana ter demonstrado, segundo

os dados meteorológicos obtidos, ser a semana com maior velocidade dos

ventos, pode-se concluir então, que a chuva impediu a dispersão dos grãos, ou

ainda, retirou a maior parte da cobertura de vaselina sólida das lâminas expostas.

Existem na literatura alguns conselhos para as pessoas que sofrem com a

polinose, mas que não são nada funcionais devido a correria do dia-a-dia, são

eles: não cortar relva, não dirigir moto, mas se tiver de o fazer deve-se proteger

olhos, boca e nariz, não caminhar em grandes espaços relvados, não sair de casa

em dias com vento forte e/ou quente e seco, não secar a roupa ao ar livre, não

viajar para lugares com muita vegetação.

Devido a antropização do Campus Canoas, onde plantas exóticas e com

potencial alergógeno são utilizadas em larga escala pelo paisagismo, os

freqüentadores do local ficam expostos aos grãos de pólen carregados pelo

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vento. O Campus Canoas é um ambiente aberto com uma boa extensão

territorial, favorecendo assim a dispersão polínica.

9. CONCLUSÃO

Os resultados ora obtidos permitem as seguintes conclusões:

1) Apesar da alta umidade relativa do ar, foi verificada uma quantidade

significativa de grãos de pólen, aproximadamente 2353 grãos, considerados

alergógenos no mês de setembro no Campus da ULBRA - Canoas.

2) As alterações ecológicas causadas pelo homem podem aumentar a

quantidade de pólen alergógeno na atmosfera, como mostra o alto nível de

Myrtaceae, que pode ser representado por Eucalyptus, por exemplo, uma planta

exótica.

3) Nos dias quentes com sol e vento há maior quantidade de pólen na

atmosfera, fato que é ruim para o doente. Enquanto nos dias com chuva os

pólens são logo arrastados ao chão causando menor irritação das vias aéreas.

4) O conhecimento do conteúdo polínico no Campus da ULBRA Canoas no

mês de setembro de 2007, fornece as perspectivas básicas para que sejam

desenvolvidos novos estudos sobre polinose.

5) Sugere-se que sejam fomentados trabalhos de alergologia com grãos de

pólen junto à área médica do Campus

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BIBLIOGRAFIA

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ANEXOS

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Tabela 01. - CRONOGRAMA DE REALIZAÇÃO DO TCC I - 2007/2 Profa. Orientadora Soraia Bauermann - Prof. Coord. Ítalo Nascimento DATA DESCRIÇÃO 13/08 segunda conversa inicial com Soraia 13/08 segunda Falar com Sr. Walter - prefeitura (a partir das 13h) 15/08 quarta Falar com Roberta do curso de farmácia - pedir vaselina sólida 17/08 sexta Falar com José Eduardo - estação metereológica 17/08 sexta entrega da folha do prof orientador - projeto de pesquisa 20/08 segunda Tirar dúvidas do local do coletor com Sr. Walter e Soraia 22/08 quarta Pesquisar literatura 24/08 sexta Comprar cilindro de isopor 27/08 segunda Acertar com Soraia detalhes do coletor 29/08 quarta Confecção do coletor 31/08 sexta Pesquisar literatura 31/08 sexta Últimos detalhes do coletor 03/09 segunda Colocar primeiro coletor 05/09 quarta Conferir experimento no campo 05/09 quarta Pesquisar literatura 07/09 sexta Feriado 10/09 segunda Recolher 1° coletor e colocar 2° coletor 12/09 quarta Processar lâminas 14/09 sexta Conferir experimento no campo 17/09 segunda Recolher 2° coletor e colocar 3° coletor 19/09 quarta Processar lâminas 19/09 quarta Conferir experimento no campo 21/09 sexta Conferir experimento no campo 24/09 segunda Recolher 3° coletor e colocar 4° coletor 26/09 quarta Processar lâminas 28/09 sexta Conferir experimento no campo 01/10 segunda Recolher o 4° coletor 03/10 quarta Processar lâminas 05/10 sexta Montar tabelas com resultados polínicos 08/10 segunda Organização do trabalho escrito 10/10 quarta Conferência das lâminas com Soraia 12/10 sexta Feriado 15/10 segunda Limpeza das fotos para a plate 16/10 terça assistir TCC I dos colegas que já fizeram a cadeira 17/10 quarta Conferência das lâminas com Soraia 19/10 sexta Organização do trabalho escrito 22/10 segunda Organização do trabalho escrito 23/10 terça assistir TCC I dos colegas que já fizeram a cadeira 24/10 quarta Conferência das lâminas com Soraia 26/10 sexta Limpeza das fotos para a plate 29/10 segunda Falar com Sonia divisão de arq. e engenharia - sobre o mapa do campus 30/10 terça assistir TCC I dos colegas que já fizeram a cadeira

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31/10 quarta Organização do trabalho escrito 02/11 sexta Feriado 05/11 segunda Finalização do trabalho escrito 07/11 quarta Montagem da apresentação em power point 09/11 sexta Montagem da apresentação em power point 12/11 segunda Encaminhamento para a banca 03/12 segunda apresentação pública 04/12 terça apresentação pública 05/12 quarta apresentação pública 06/12 quinta apresentação pública 07/12 sexta apresentação pública

Tabela 02 - Parecer meteorológico completo da ESTAÇÃO DE

OBSERVAÇÃO METEOROLÓGICA da ULBRA

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - DECAr – Divisão de Estudos de Clima, Ar e Solos

Área de Meteorologia ESTAÇÃO DE OBSERVAÇÃO METEOROLÓGICA

Latitude: 29°53’06’ S – Longitude: 51°09’26’’ W – Altitude: 34,2488 metros Data de início: 13 de junho de 1992

Dados Meteorológicos - Setembro/2007

Dados Meteorológicos

Data Hora Direção do

Vento

Velocidade do vento

(m/s) Temperatura Máxima¹(°C)

Temperatura Mínima² (°C)

Temperatura Instantânea³

/ Temperatura Termômetro

de Bulbo Seco (°C)

Umidade Relativa

(%)

09:00 SW 0,9 17,4 0,6 17,2 80 15:00 W 1,8 19,0 0,6 18,8 77 01/09 21:00 W 0,6 19,0 - 18,4 74 09:00 S 0,7 19,1 6,0 17,8 92 15:00 SE 3,4 18,2 17,4 18,2 90 02/09 21:00 E 4,3 18,2 15,1 15,1 99 09:00 E 0,4 21,2 7,2 21,2 89 15:00 SE 4,6 25,4 13,2 24,4 63 03/09 21:00 SE 2,8 24,2 17,4 18,0 92 09:00 SE 2,9 20,8 8,8 20,8 82 15:00 N 2,6 33,6 14,6 31,8 80 04/09 21:00 SE 2,7 30,4 23,8 24,0 89 09:00 S 0,5 19,7 12,8 19,7 87 15:00 W 3,3 34,0 18,4 32,4 35 05/09 21:00 S 1,9 32,2 19,8 20,0 93

06/09 09:00 N 2,6 19,4 10,6 19,4 92

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15:00 NE 2 25,4 16,4 25,0 87 21:00 SE 0,5 25,0 20,2 20,6 98 09:00 SE 0,4 22,0 15,8 22,0 89 15:00 E 1,4 29,6 21,8 29,6 83 07/09 21:00 E 2,3 29,2 22,2 22,6 95 09:00 NE 0,3 - - - - 15:00 SE 2,4 - - - - 08/09 21:00 E 3,1 32,0 25,0 25,4 87 09:00 E 0,3 24,0 18,0 24,0 85 15:00 SE 2,4 28,6 23,0 28,6 81 09/09 21:00 E 3 29,0 25,8 25,8 86 09:00 E 1,1 28,2 15,3 26,4 86 15:00 E 1,6 - - - - 10/09 21:00 E 2,7 - - - - 09:00 NE 0,3 18,8 7,8 18,8 81 15:00 NW 1 32,6 29,0 15,0 91 11/09 21:00 E 1,3 28,4 23,8 24,2 98 09:00 N 0,4 24,4 18,2 23,0 89 15:00 S 1,4 30,2 18,2 25,2 92 12/09 21:00 SE 4 24,8 20,8 21,0 94

Dados Meteorológicos

Data Hora Direção do

Vento

Velocidade do vento

(m/s) Temperatura Máxima (°C)

Temperatura Mínima (°C)

Temperatura Instantânea

/ Temperatura Termômetro

de Bulbo Seco (°C)

Umidade Relativa

(%)

09:00 E 2,2 22,2 17,2 20,2 92 15:00 W 1,7 29,2 20,0 28,8 89 13/09 21:00 SE 2,1 28,4 22,4 22,8 95 09:00 SE 0,6 21,8 10,4 21,8 86 15:00 W 2,8 31,4 16,0 30,0 77 14/09 21:00 NE 1,2 30,0 21,0 21,4 94 09:00 SE 3,3 21,6 16,2 19,8 95 15:00 SE 4,7 - - - - 15/09 21:00 SE 3,5 20,8 17,8 20,4 94 09:00 S 2,5 24,9 18,3 20,0 94 15:00 S 4,3 22,0 19,7 21,3 92 16/09 21:00 SE 6,1 24,8 17,8 18,0 92 09:00 SE 7,9 19,2 10,8 19,2 90 15:00 SE 10,4 21,8 16,8 19,0 83 17/09 21:00 SE 3,5 19,0 16,4 17,0 88

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Dados Meteorológicos

Data Hora Direção do

Vento

Velocidade do vento

(m/s) Temperatura Máxima (°C)

Temperatura Mínima (°C)

Temperatura Instantânea

/ Temperatura Termômetro

de Bulbo Seco (°C)

Umidade Relativa

(%)

09:00 SE 1,1 16,2 8,9 16,2 94 15:00 N 2,7 23,8 14,6 23,6 80 27/09 21:00 E 1 23,8 19,6 19,8 96 09:00 SW 0,9 18,6 10,2 18,6 51 15:00 SW 1,2 24,8 16,0 24,0 73 28/09 21:00 E 2,4 24,6 17,4 17,8 94

09:00 SE 1,9 - - - - 15:00 NE 3,2 - - - - 18/09 21:00 N 3,6 19,4 15,4 18,2 98 09:00 W 4,7 19,8 10,2 19,8 87 15:00 W 5 24,2 16,6 23,2 83 19/09 21:00 E 1 23,8 15,2 15,8 96 09:00 SE 2,3 18,0 12,9 16,2 99 15:00 E 2,9 18,6 12,8 17,6 98 20/09 21:00 NE 4,3 18,8 16,4 18,4 94 09:00 S 1,6 16,2 10,4 16,2 92 15:00 SE 2,7 19,4 16,0 19,4 94 21/09 21:00 S 1 19,6 18,2 18,6 96 09:00 S 2,3 - - - - 15:00 E 3,6 - - - - 22/09 21:00 S 0,8 20,0 16,6 18,0 98 09:00 E 3,5 - - - - 15:00 NW 2,9 - - - - 23/09 21:00 SW 4,6 - - 16,8 96 09:00 W 6,6 12,6 4,2 12,6 83 15:00 W 9,3 17,2 9,8 17,0 100 24/09 21:00 W 4,8 17,4 12,6 13,0 72 09:00 W 2,4 11,6 4,4 4,6 83 15:00 S 2,7 18,0 10,2 17,4 76 25/09 21:00 SE 5,9 18,0 12,0 12,4 93 09:00 E 4,8 19,6 5,2 19,6 69 15:00 E 7,9 20,8 10,0 16,4 87 26/09 21:00 SE 2,9 20,2 11,6 11,8 88

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09:00 E 0,9 17,8 12,4 15,6 91 15:00 SE 5,6 24,2 15,4 23,6 68 29/09 21:00 E 4,9 24,4 14,8 18,6 73 09:00 E 3,5 23,4 11,4 18,6 81 15:00 SE 5,6 24,4 18,0 23,6 73 30/09 21:00 SE 4,9 23,4 15,6 19,4 84

¹ Temperatura Máxima: Temperatura máxima registrada entre o intervalo de leitura; ² Temperatura Mínima: Temperatura mínima registrada entre o intervalo de leitura; ³ Temperatura Instantânea: Temperatura registrada no momento da leitura.

Tabela 03. Orçamento

Sabrina Castelo Branco Fuchs Material utilizado para o TCC I

ITEM DESCRIÇÃO DO MATERIAL DE CONSUMO QTDE

VALOR

UNITÁRIO VALOR TOTAL

1 Lâminas 1 caixa R$ 4,50 R$ 4,50

2 Lamínulas 1 caixa R$ 5,20 R$ 5,20

3 Lâminas de barbear 10 unidades R$ 0,20 R$ 2,00

4 Vaselina sólida 1 tubo R$ 4,15 R$ 4,15

5 Folhas A4 500 folhas R$ 11,50 R$ 11,50

6 Papel alumínio 1 rolo R$ 2,05 R$ 2,05

7 Cilindro de isopor 1 unidade R$ 1,50 R$ 1,50

8 Pedra de mármore 2 unidades R$ 2,50 R$ 5,00

9 Arame fino 2 metros R$ 1,50 R$ 3,00

10 Gelatina glicerinada 1 frasco R$ 15,00 R$ 15,00

11 Folha para impressão de fotos 4 folhas R$ 1,00 R$ 4,00

12 Caixa para lâminas 50 lugares 1 caixa R$19,90 R$ 19,90

13 Safranina 25g 1 embalagem R$ 48,94 R$ 48,94

14 Lenço de papel 1 caixa R$ 2,60 R$ 2,60

15 Luvas de procedimento P 1 caixa R$ 12,00 R$ 12,00

TOTAL R$ 141,34